Mestrado em Estudos de Linguagens

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Os resultados dos processos seletivos serão divulgados no site do curso.

Trabalhos

Trabalhos Disponíveis

TRABALHO Ações
O tempo como questão poética: diálogos
Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
Tipo Dissertação
Data 22/08/2016
Área LETRAS
Orientador(es)
  • Angela Maria Guida
Coorientador(es)
    Orientando(s)
    • Fernanda Vilas Boas Ferrari
    Banca
    • Angela Maria Guida
    • Geraldo Vicente Martins
    • José Antonio De Souza
    • Marcia Gomes Marques
    Resumo Nesta pesquisa se propôs discutir noções do tempo, a partir do diálogo com textos de Martin Heidegger e de Paul Ricoeur. Do filósofo alemão, buscou-se dialogar com a obra Ser e tempo e, do filósofo francês, com a obra Tempo e narrativa. No que diz respeito à literatura, o diálogo com a temática do tempo aconteceu, de maneira mais efetiva, com romances da escritora Clarice Lispector. Neste diálogo, ainda se ampliou a possibilidade de discutir o tema do tempo no filme Time: o amor contra a passagem do tempo, do cineasta sul-coreano Kim Ki-Duk, e na tela Visita al pasado, da artista plástica espanhola Remédios Varo. A hipótese de trabalho privilegiada nesta pesquisa se ancorou na noção de tempo poético, isto é, na noção de um tempo que vai além da simples cronologia ou do tempo vulgar, discutido por Martin Heidegger. Nessa perspectiva, buscou-se pensar uma temporalidade ontológica, ou seja, o tempo do ser que, muitas vezes, caminha em um ritmo diferente do tempo cronológico, como se buscou demonstrar, sobretudo, a partir das reflexões de Martin Heidegger. A questão do tempo construído na narrativa ou o “terceiro tempo”, conceito desenvolvido pelo filósofo Paul Ricoeur, teve relevância nesta pesquisa a partir, em especial, do diálogo com as narrativas de Clarice Lispector, com a narrativa fílmica de Kim Ki-Duk e com a narrativa pictórica de Remédios Varo. Assim, refletimos acerca do tempo não somente por meio do texto literário, mas perpassamos outras produções artísticas, por isso, além de Clarice Lispector, propusemos diálogos com outras manifestações de arte, como a pintura de Remédios Varo e o filme de Kim Ki-Duk. Nesta pesquisa, ainda se colocou como ponto de tensão e/ou questionamento a clássica divisão do tempo em passado, presente e futuro, bem como a relação entre tempo e morte.
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    Outridades animais: algumas considerações literário-filosóficas
    Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
    Tipo Dissertação
    Data 19/08/2016
    Área LETRAS
    Orientador(es)
    • Angela Maria Guida
    Coorientador(es)
      Orientando(s)
      • Camila de Freitas Vieira
      Banca
      • Angela Maria Guida
      • Daniel Abrão
      • Edgar Cezar Nolasco dos Santos
      • Marcia Gomes Marques
      Resumo Esta pesquisa apresenta como objetivo estabelecer uma reflexão sobre a alteridade
      animal, a partir de uma proposta de estudo intitulada Estudos Animais. A hipótese a
      ser defendida tem por base estudos de filósofos e etólogos, entre eles Jacques
      Derrida e Dominique Lestel, que acreditam que o animal, na maioria das vezes, é
      representado de forma precária, em uma leitura na qual ainda se privilegia uma
      visada antropocêntrica, na qual o homem é a medida de todas as coisas. Após
      demonstrar a pertinência das reflexões de pesquisadores que veem o animal como
      um ser outro, como aquele que ainda se encontra na condição de subjugado frente
      aos domínios do homem, se estabelecerá um diálogo com textos de Clarice
      Lispector e Guimarães Rosa, com a intenção de corroborar que, nos escritos dos
      referidos autores, a representação negativa do animal não acontece ou, se
      acontece, isso se dá em menor escala quando comparada a outras produções
      literárias. Nesta pesquisa, também se discutirá qual o impacto dos zoológicos e
      aquários na vida e no bem-estar animal, bem como a relevância de se abrir espaço
      na academia para se repensar a relação do homem com o animal, ou como diria
      Jacques Derrida, com o seu outro absoluto, com o seu outro radical.
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      “O EFEITO DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NAS TRADUÇÕES PARA LÍNGUAS INDÍGENAS: ACESSIBILIDADE, IDEOLOGIA E PODER”
      Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
      Tipo Dissertação
      Data 10/08/2016
      Área LETRAS
      Orientador(es)
      • Rosangela Villa da Silva
      Coorientador(es)
        Orientando(s)
        • Maria Teresa de Mendonça Casadei
        Banca
        • Elizabete Aparecida Marques
        • Elza Sabino Da Silva Bueno
        • Geraldo Vicente Martins
        • Rosangela Villa da Silva
        Resumo
        ESCULTURA DIGITAL: sob o signo do dinamismo plástico na obra de Peter Jansen
        Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
        Tipo Dissertação
        Data 05/08/2016
        Área LETRAS
        Orientador(es)
        • Eluiza Bortolotto Ghizzi
        Coorientador(es)
          Orientando(s)
          • Eliana Regina Gonçalves de Almeida
          Banca
          • Eluiza Bortolotto Ghizzi
          • Geraldo Vicente Martins
          • Maria Adelia Menegazzo
          • Sérgio de Moraes Bonilha Filho
          Resumo A expressão Escultura Digital refere-se, neste texto, a uma modalidade da linguagem escultórica, utilizada para designar imagens artísticas com efeito tridimensional, geradas com o auxílio de tecnologias digitais de informação e comunicação e, também, objetos artísticos tridimensionais, cuja materialidade é gerada por meio de impressão digital (processo aditivo) ou por meio de entalhe controlado digitalmente (processo subtrativo). As obras dialogam tanto com o campo da ciência contemporânea, quanto com produções oriundas da História da Arte. Este trabalho investiga esse modo de produção da escultura e seleciona para uma análise semiótica obras do escultor Peter Jansen (1956 - 2011) que explicitamente tomam como referência outras obras de arte, do movimento Futurista, ao mesmo tempo em que exploram as possibilidades criativas oferecidas pela mediação digital. Essas são investigadas com o objetivo de compreender como colocam em diálogo suas referências na arte e a mediação da arte pelas tecnologias digitais. A pesquisa toma como base teórica e histórica a noção de escultura como linguagem em transformação, o que é constatado por Rosalind Krauss na noção de escultura como campo ampliado, a relação do movimento futurista com o dinamismo plástico e a mediação da arte pelas tecnologias digitais de informação e comunicação. A relação entre esse referencial e as obras analisadas é feita, ainda, tendo como base formal conceitos da semiótica geral de Charles S. Peirce (1839-1914). Como síntese deste estudo, apontamos o dinamismo plástico como um signo que se manifesta na história da escultura, especialmente desde a importância atribuída a ele pelo Futurismo, e é interpretado e explorado pelas obras de Peter Jansen, em uma relação explícita tanto com a história quanto com os meios da arte hoje.
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          AMAVIOS, AMÂNCIAS E AMAVISSES: exercícios de crítica biográfica fronteiriça sobre Hilda Hilst
          Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
          Tipo Dissertação
          Data 05/08/2016
          Área LETRAS
          Orientador(es)
          • Edgar Cezar Nolasco dos Santos
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • Eduavison Pacheco Cardoso
            Banca
            • Angela Maria Guida
            • Damaris Pereira Santana Lima
            • Edgar Cezar Nolasco dos Santos
            • Volmir Cardoso Pereira
            Resumo Minha pesquisa visa investigar a relação entre bios (vida), trabalho intelectual e artístico, e lócus da escritora Hilda Hilst. Tal perspectiva também contemplará a minha participação efetiva dentro de meu discurso, ao levar em consideração as três instâncias já citadas, uma vez que pretendo descolonizar a crítica feita sobre Hilda. Para tanto, o recorte da pesquisa trata-se do trabalho literário de Hilda Hilst, iniciado em 1930, com o livro de poesia Presságio, passando pela dramaturgia principiada com A possessa (1967), seguindo com a prosa iniciada com Fluxo-floema (1970) e pelas crônicas compiladas em Cascos e carícias (1998) até o livro que reúne entrevistas que a autora concedeu, Fico besta quando me entendem (2013). Além disso, investigarei Hilda como uma artista diversa, perscrutando suas produções plásticas. Junto a esses textos, evidenciarei as experiências e sensibilidades da autora que extrapolam o que é da ordem textual, ao me deter em seu bios, isto é, em suas vivências, sempre as atravessando com as minhas experiências fronteiriças. Como aporte epistemológico da pesquisa, optarei pelo que nomeio de crítica biográfica fronteiriça, isto é, uma crítica cuja natureza é compósita, por englobar diferentes áreas do conhecimento, e descolonial, por levar em consideração os loci de enunciação e as sensibilidades biolocais de crítico biográfico (eu) e de biografada (Hilda). As políticas da crítica biográfica fronteiriça serão exploradas no primeiro capítulo da dissertação, intitulado “AMAVIOS: EXERCÍCIOS DE CRÍTICA BIOGRÁFICA FRONTEIRIÇA SOBRE HILDA HILST”, e que embasará, epistemologicamente, os demais capítulos. Já o segundo capítulo, “AMÂNCIAS: DA MORTE PARA ALÉM DA MORTE – odes de sobrevida”, terá como argumento o des-arquivamento que farei, enquanto crítico biográfico arconte da produção intelectual de Hilda. Por fim, “AMAVISSES: CANTARES AESTÉSICOS”, terceiro capítulo, será um desdobramento do segundo capítulo da dissertação e estudará a produção imagética de Hilda e em torno dela, como as ilustrações que outros artistas fizeram de seus livros ou seus próprios desenhos e grafismos, além de suas fotos para complementar o que é da ordem do biográfico. Os teóricos que fundamentarão essas proposições são: Walter Mignolo, Eneida Maria de Souza, Edgar Cézar Nolasco, Jacques Derrida, Denilson Lopes, Francisco Ortega etc., além do periódico CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS.
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            CICATRIZ COLONIAL NIILISTA: uma reflexão sobre "o mais sinistro de todos os hóspedes"
            Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
            Tipo Dissertação
            Data 04/08/2016
            Área LETRAS
            Orientador(es)
            • Edgar Cezar Nolasco dos Santos
            Coorientador(es)
              Orientando(s)
              • Alex da Silva Domingos
              Banca
              • Damaris Pereira Santana Lima
              • Edgar Cezar Nolasco dos Santos
              • Vania Maria Lescano Guerra
              Resumo Minha discussão aqui proposta visa refletir de que modo o niilismo que foi posto sobre a análise na Europa se relaciona com o niilismo particular que está hospedado aqui no Brasil. Niilismo é um dos conceitos fundamentais para que possamos compreender o pensamento filosófico dos últimos dois séculos, visto que no período considerado moderno a metafísica e os valores tradicionais depreciaram-se, por isso o conceito necessita ser (des)arquivado. Etimologicamente o termo niilismo deriva do latim (nihil) que significa (nada), revelando o primeiro sentido do conceito, que remete a um pensamento fascinado e obcecado pelo nada. Nas palavras de Nietzsche ―o mais sinistro de todos os hóspedes” é um fenômeno complexo e multifacetado, ao mesmo tempo, causa e patologia. Porém, este conceito se cristalizou ao longo do tempo, fazendo com que a América do Sul, mais especificamente o Brasil, se limitasse a repetir o conceito de niilismo vindo da Europa, expondo-o como se fosse algo universal e, sobretudo, não levando em conta a particularidade de cada povo. Nietzsche percebia o niilismo como um fenômeno particular e não universal, visto que o pensador escreveu amplamente sobre o niilismo europeu, ou seja o niilismo situado em um lugar específico, indo ao encontro com o que escreve o pensador argentino Walter Mignolo, quando faz compreender que o lócus influencia diretamente sobre a criação dos conceitos. Para cumprir aquilo que foi elencado, organizo minha dissertação em três capítulos: o primeiro é denominado de ―O NIILISMO EM QUESTÃO‖, onde busco fornecer um panorama histórico sobre o conceito de niilismo, assim elenco alguns pensadores que iniciaram a reflexão em que o nada surge como problema fundamental, o segundo, ―O SER EM QUESTÃO‖, fundamentado pela crítica biográfica pós-colonial, esboço a minha aproximação primeira com o conceito de niilismo e a relação dele com o meu (Bios); neste capítulo opto pela opção descolonial (MIGNOLO) que dará suporte para a epistemologia fronteiriça. A grande discussão trazida no segundo capítulo é a problemática que fornece o nome para o título, que tem por objetivo sublinhar a negação como causa do niilismo latino. No terceiro e último capítulo se chama ―DO NIILISMO EUROPEU AO NADA LATINO: TRANSCULTURAÇÃO DO CONCEITO DE NIILISMO‖, O niilismo que era irredutivelmente a desvalorização dos valores absolutos, ou seja, (a morte de Deus) apontada por Nietzsche, dará lugar à desvalorização dos valores hegemônicos, ocorrendo assim a transculturação do conceito de niilismo europeu para o niilismo latino.
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              MITOS E CORES NA FRONTEIRA-SUL: desarquivando memórias indígenas silenciadas pela colonialidade
              Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
              Tipo Dissertação
              Data 04/08/2016
              Área LETRAS
              Orientador(es)
              • Edgar Cezar Nolasco dos Santos
              Coorientador(es)
                Orientando(s)
                • Daniela Correa Nachif
                Banca
                • Damaris Pereira Santana Lima
                • Edgar Cezar Nolasco dos Santos
                • Marcos Antonio Bessa-Oliveira
                • Vania Maria Lescano Guerra
                Resumo Esta pesquisa visa, por meio de uma opção descolonial (MIGNOLO, 2008), contar as histórias locais da fronteira sul, desobedecendo a epistemologia hegemônica imposta pelo moderno projeto colonial, que desloca a narrativa do Primeiro para o Terceiro Mundo (MIGNOLO; 2003). Assentada nos postulados da crítica biográfica (SOUZA, 2002) pós-colonial (NOLASCO, 2013) faço uma leitura outra das telas da fase “Mitos e cores” do pintor e escultor ameríndio Ilton Silva, produzida na década de 1970. Uma prática descolonial vista como uma desobediência epistêmica que emerge da exterioridade do sistema colonial moderno. Baseada na epistemologia fronteiriça e no momento político, estabeleço uma relação entre a produção artística do sujeito indígena, considerado subalterno, e a teorização bárbara (MIGNOLO, 2003) a partir dos conceitos de lócus e de bios. A pesquisa está dividida em três capítulos: MITOS E CORES DA FRONTEIRA-SUL; DESARQUIVANDO MEMÓRIAS E MITOS, NARRANDO AS CORES DA FRONTEIRA; ARTE SUBALTERNA E POLÍTICA FRONTEIRIÇA.
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                ENTRE ENEIDAS E CAMILAS: afinidades e construções lócusbiocríticas
                Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                Tipo Dissertação
                Data 03/08/2016
                Área LETRAS
                Orientador(es)
                • Edgar Cezar Nolasco dos Santos
                Coorientador(es)
                  Orientando(s)
                  • Camila Torres
                  Banca
                  • Angela Maria Guida
                  • Edgar Cezar Nolasco dos Santos
                  • Marcos Antônio Bessa-Oliveira
                  • Vania Maria Lescano Guerra
                  Resumo Esta dissertação tem como objetivo realizar uma biografia crítica de parte da vida da intelectual mineira Eneida Maria de Souza. A vida tem sido objeto de estudos de muitos pesquisadores e escrever uma biografia não é um trabalho inédito. No entanto, ao me propor realizar uma biografia crítica, não viso meramente reproduzir a vida da autora, ao falar de Eneida acabo por falar de mim. Desta forma, o trabalho se encontra estruturado em três capítulos. O primeiro intitula-se “ENEIDA MARIA DE SOUZA: para um debate lócusbiocrítico” em que traço o caminho epistemológico que norteará a dissertação; O segundo chama-se “DOS (MEUS) PLURIARQUIVOS: a memória fronteiriça em Eneida Maria de Souza”, no qual abro o arquivo da intelectual revirando meus documentos e os dela; já o terceiro, “O FASCÍNIO PELO EXERCÍCIO DA CRÍTICA”, nele esboço o caminho percorrido por Eneida na academia, enquanto crítica. Dessa forma, nesta dissertação, trago vida/obra da autora no mesmo plano. Para isso, busco articular meu lugar de enunciação como referente para erigir o meu pensamento, ao qual chamo descolonial. Ou seja, ao considerar tal premissa, considero que a fronteira em que estou radicada, além de ser o meu lugar, também é a única condição para que eu possa falar sobre a autora. Além dos estudos fronteiriços, a perspectiva da crítica biográfica é uma constante nesta dissertação, posto que a mesma me abre portas para que eu pense fora do âmbito exclusivo da Literatura. Outros conceitos como o de arquivo e amizade também se configuram importantes, aqui, pois me ajudam a pensar melhor a relação de Eneida com o outro e de Eneida comigo. Desta forma, ao longo da escrita de toda a dissertação tomo como aporte teórico os postulados de Walter Mignolo; Jacques Derrida; Francisco Ortega, Edgar Cézar Nolasco e a própria Eneida Maria de Souza.
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                  CLARICE/FERNANDO/FRANCINE: amizades de entrevidas críticas
                  Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                  Tipo Dissertação
                  Data 03/08/2016
                  Área LETRAS
                  Orientador(es)
                  • Edgar Cezar Nolasco dos Santos
                  Coorientador(es)
                    Orientando(s)
                    • Francine Carla de Salles Cunha Rojas
                    Banca
                    • Angela Maria Guida
                    • Edgar Cezar Nolasco dos Santos
                    • Marcos Antonio Bessa Oliveira
                    Resumo Minha pesquisa tem como propósito investigar a relação de amizade dos escritores Fernando Sabino e Clarice Lispector, não a partir do que se entende amplamente sobre a amizade, mas a partir de uma dada concepção que compreende as diferenças, bem como a participação da pesquisadora-arconte, que acontece por meio da transferência. Para tanto, o recorte da pesquisa reside no período em que trocaram cartas, 1946 até 1969, o que, por sua vez, não me impede de recorrer, a medida do necessário, a outras produções de Sabino e Lispector. A amizade dos escritores se iniciou de forma bastante peculiar, pois Clarice enviou, por sugestão, talvez de Lúcio Cardoso, um exemplar com dedicatória de seu primeiro livro Perto do coração selvagem (1943) para Fernando Sabino. O gesto de Clarice deu início a relação de amizade que se estendeu até a morte da escritora em 1977. A amizade, como parte do bios dos amigos, influencia os escritores e suas respectivas produções, posto que Fernando e Clarice, respectivamente, submetiam seus escritos as avaliações do amigo. Nesse sentido é que procuro desvincular a amizade de sua concepção fraternal, e relacioná-la com outras noções que me auxiliarão a compreender a relevância da amizade na vida / obra dos escritores, são algumas delas: a alteridade, como forma de lidar com as diferenças que o amigo apresenta, a amizade para além do princípio da morte, posto que compreendo que a amizade não cessa quando um dos amigos morre e a dedicatória, como gesto realizado pelo amigo a fim de homenagear o outro. Embasa minha explanação a crítica biográfica pós-ocidental atrelada a discussão em torno do arquivo, visto que consideram o bios do sujeito que tece o discurso crítico e, por extensão, o lócus em que o crítico se encontra, a bibliografia básica que fornece o pressuposto teórico diz respeito aos livros Crítica Cult (2007) e Janelas indiscretas (2011), ambos de Eneida Maria de Souza, Histórias locais / projetos globais de Walter Mignolo e Políticas da amizade (2003) de Jacques Derrida. A fim de cumprir com os objetivos elencados organizo minha dissertação em três conjuntos de cartas, o primeiro abrange o período de dezembro de 2014 a outubro de 2015 e é denominado “A EMERGÊNCIA DO EXERCICIO CRÍTICO-BIOGRÁFICO PÓS-OCIDENTAL: a partir da amizade, dedicatória e herança de Fernando Sabino e Clarice Lispector”, o segundo conjunto abarca os meses de março a outubro de 2015 e é intitulado “(DES)ARQUIVANDO CARTAS PERTO DO CORAÇÃO”, por fim, o último grupo é composto de cartas escritas no período de janeiro a julho de 2016 denominado “A ULTIMA DESPEDIDA?: gestos (in)finitos”.
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                    Sexting: do privado ao público
                    Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                    Tipo Dissertação
                    Data 02/08/2016
                    Área LETRAS
                    Orientador(es)
                    • Nara Hiroko Takaki
                    Coorientador(es)
                      Orientando(s)
                      • Suzana de Souza Klas Guerra
                      Banca
                      • Dánie Marcelo de Jesus
                      • Edgar Cezar Nolasco dos Santos
                      • Nara Hiroko Takaki
                      Resumo Este trabalho pretendeu problematizar o uso das novas tecnologias digitais, tomadas
                      como práticas discursivas entre sujeitos, especialmente no que tange ao Sexting,
                      que consiste no envio de mensagens (texto ou imagem) com conteúdo sexual. Por
                      se dar em um ambiente virtual e se tratar de uma temática nova, essa prática
                      constitui importante fonte de pesquisa no tocante ao estudo das relações sociais. A
                      partir da análise de um vídeo disponível na internet, deixado pela adolescente
                      canadense Amanda Todd, procurei demonstrar que o uso das novas tecnologias
                      surge como prática facilitadora da exposição do sujeito, que vem encurtar as
                      fronteiras entre os espaços público e privado, perpassando as questões culturais e
                      de sexualidade, bem como os efeitos desse uso que, muitas vezes, acarretam
                      graves consequências. Para isso, contei com as teorias de Linguística Aplicada, a
                      partir de Menezes de Souza (2011), sob a ótica do Letramento Crítico, os
                      referenciais teóricos de Hall (2011) no que se referem às identidades e sua
                      mobilidade, bem como as teorias sobre os letramentos digitais (TAKAKI, 2014).
                      Pautei-me ainda nas contribuições de teóricos da perspectiva discursiva, recorrendo
                      ao suporte metodológico nos estudos de Foucault (2014), no que concerne à
                      problematização das regras, dos contextos nos quais os discursos são produzidos e
                      interpretados. Recorri a Sibilia (2008) e Costa (2000) para tratar das questões
                      pertinentes ao momento de exposição pelo qual passa a sociedade atual. Pautada
                      em Mignolo (2003/2008) optei por desconstruir alguns conceitos para reinterpretálos.
                      Na esteira de Derrida (2001) iniciei a busca pela compreensão do vídeo deixado
                      por Amanda. Busquei problematizar os discursos cristalizados, ditos como normais e
                      normalizadores, também presentes no discurso virtual. Almejei um encontro de
                      diferenças de atitudes, posicionamentos e autoria nas escolhas, tendo em vista que
                      as interpretações de sentidos são reconstruídas pelo trabalho performativo e
                      localizado (TAKAKI, 2012, 2013), constituindo-se num processo historicizado.
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                      LETRAMENTOS CRÍTICOS: INTERAÇÕES, SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM E FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES
                      Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                      Tipo Dissertação
                      Data 07/07/2016
                      Área LÍNGUA PORTUGUESA
                      Orientador(es)
                      • Nara Hiroko Takaki
                      Coorientador(es)
                        Orientando(s)
                        • Jany Baena Fernandez
                        Banca
                        • Clarissa Menezes Jordão
                        • Elizabete Aparecida Marques
                        • Lynn Mario Trindade Menezes de Souza
                        • Nara Hiroko Takaki
                        Resumo Esta pesquisa trata das interações sociais realizadas nos espaços virtuais em que predominam
                        os gêneros emergentes mais interativos, como fóruns e bate-papos. Tem como objetivo
                        compreender a construção de sentido dos professores de diferentes disciplinas, em relação aos
                        conteúdos discutidos (concepção de letramentos, Web 2.0, mediação pedagógica, produção
                        multimodal etc.), no processo de formação continuada que envolve as postagens dos fóruns,
                        as produções multimodais e as situações de agências, realizadas no do Ambiente Virtual de
                        Aprendizagem. As análises voltam-se para processos interativos e práticas discursivas dos
                        professores que atuam na Rede Municipal de Ensino de Campo Grande, MS. Do ponto de
                        vista metodológico, priorizam-se aspectos qualitativos e etnográficos, com descrições e
                        explicações. Ressalta-se sua importância para a formação continuada em que haja construção
                        de saberes no processo de ensino e aprendizagem com foco no discurso educacional na prática
                        pedagógica. O embasamento teórico está alicerçado, principalmente na abordagem
                        etnográfica e qualitativa de pesquisa, (André, 1983; Bogdan Biklen, 1994; Geertz, 1989 e
                        Wielewicki, 2001); questões de linguagem (Bakhtin, 2006; 2011); complexidade e
                        transdisciplinaridade (Morin, 2003; 2007); desconstrução e reconstrução de sentidos para a
                        transformação da prática docente, (Derrida, 2001); histórias locais (Mignolo, 2003);
                        multiletramentos (Rojo, 2012; 2013); novos letramentos e letramentos críticos, (Monte Mór,
                        2007-2014); questões de ética na pesquisa de letramentos e os letramentos, (Takaki, 2012;
                        2014); redefinição de letramento crítico, cultura e letramentos, (Menezes de Souza, 2007;
                        2011); formação, prática de professores e agência, (Jordão, 2010; 2011; 2013);
                        multimodalidade, (Kress, 2001); questões de imagem, mídia e ubiquidade, (Santaella, 2003;
                        2014); situações de agências, na perspectiva cultural e rizomática, (Bhabha, 1998) e (Deleuze,
                        Guattari, 1995). Há necessidade de trabalhar os letramentos nas formações para compreensão
                        do contexto social e ampliação do discurso em sala de aula, proporcionando uma dilatação na
                        forma de ensinar e mais oportunidades de aprendizagem por parte dos alunos.
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                        Uma vida em segredo: A trajetória de (Bi) ela em suas construções literária e cinematográfica
                        Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                        Tipo Dissertação
                        Data 01/04/2016
                        Área LETRAS
                        Orientador(es)
                        • Marcia Gomes Marques
                        Coorientador(es)
                          Orientando(s)
                          • Fernanda de Souza Rodrigues
                          Banca
                          • Geraldo Vicente Martins
                          • Marcia Gomes Marques
                          • Marcos Paulo da Silva
                          • Rosana Cristina Zanelatto Santos
                          Resumo Este trabalho apresenta um estudo de caso sobre a adaptação cinematográfica da obra do escritor
                          mineiro Autran Dourado, Uma vida em segredo (1964), realizada por Suzana Amaral em 2001,
                          tendo como objetivo geral analisar como a obra fonte é traduzida, indicando quais os elementos
                          foram utilizados para a adequação da obra literária para se obter a adaptação cinematográfica.
                          Para esse fim, realiza-se inicialmente um estudo sobre a construção da personagem tanto na
                          literatura como no cinema, utilizando teóricos como Renata Pallotini, Beth Brait, Antonio
                          Candido, Anatol Rosenfeld e Paulo Emílio Sales Gomes; apresentando, ainda, traços da vida e
                          obra de Autran Dourado e Suzana Amaral, introduzindo, de forma sucinta, a personagem Biela, a
                          literária e a cinematográfica, foco de nossa análise. Feito isso, parte-se para as principais teorias
                          no tocante a adaptação, intertextualidade e intermidialidade, observando como, de modo geral, as
                          obras podem se relacionar entre si, sob o olhar teórico de Linda Hutcheon, Julie Sanders, Haroldo
                          de Campos, entre outros. Por fim, é realizada, no último capítulo, a análise da personagem Biela
                          na literatura e logo em seguida como ela foi transposta para as telas do cinema, não só a
                          personagem protagonista, mas, também, os aspectos principais da obra, levando em consideração
                          como a cineasta lida com algumas especificidades da literatura, como por exemplo, a focalização
                          interna das personagens. Nessa direção, lançando um olhar atento sobre as obras, observa-se que
                          a trajetória de Biela é fundamentada na transição da roça para a cidade, acontecimento que
                          desencadeará todos os outros que a nós são apresentados em Uma vida em segredo: a não
                          adequação de Biela aos moldes citadinos, a lembrança da mãe e de seu universo uterino, as crises
                          entre a Biela que é e a que querem que ela seja, o apego aos seres, a vida de Biela exposta, ora
                          pela sua própria mente, através da utilização da técnica de fluxo de consciência, ora pelas
                          sugestões do narrador, ora pela opinião dos outros personagens, levando em consideração o
                          trabalho do narrador de esconder a vida de Biela, fazendo dela realmente uma vida em segredo.
                          Todas essas questões foram trabalhadas de diferentes formas pelos dois sistemas sígnicos aqui
                          analisados: o literário e o cinematográfico, de acordo com as especificidades e os recursos
                          disponíveis a cada um deles, levando em consideração, também, a intencionalidade e o projeto
                          estético de Dourado e de Amaral
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                          Atitude Linguística, Variação e Ensino da Língua Portuguesa na Educação Básica de Dourados
                          Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                          Tipo Dissertação
                          Data 30/03/2016
                          Área LETRAS
                          Orientador(es)
                          • Rosangela Villa da Silva
                          Coorientador(es)
                            Orientando(s)
                            • Monique de Paula Maidana
                            Banca
                            • Auri Claudionei Matos Frubel
                            • Elizabete Aparecida Marques
                            • Elza Sabino Da Silva Bueno
                            • Rosangela Villa da Silva
                            Resumo Não há dúvidas de que a linguagem e a sociedade estão ligadas entre si, e é do âmbito da
                            Sociolinguística a descrição da linguagem em seu contexto social. Dessa forma, as variações
                            linguísticas existentes em uma língua são justificadas por fatores internos e externos à língua.
                            A influência nas variações existentes na Língua Portuguesa advém de fatores inerentes ao
                            próprio indivíduo, que são etnia e gêneros, e os fatores sociais como escolarização, classe
                            econômica, faixa etária, localização dialetal dos falantes e profissão que exerce. No entanto,
                            pode-se afirmar que a variação na fala não é inconsequente e arbitrária, mas, pelo contrário,
                            há um uso sistemático e regular da variação possível de ser comprovada, conforme Labov
                            (2008) e Taralo (2007). Por isso, é errôneo afirmar que há uma variedade mais “bonita” e
                            mais “correta” do que as demais. A norma padrão, que é a variedade mais prestigiada da
                            Língua Portuguesa, é um construto histórico e social, constituída de forma artificial desde a
                            sua origem pelo fato de ter a literatura portuguesa como parâmetro. Posto isto, este trabalho
                            objetiva desmistificar algumas afirmações equivocadas que são repetidas há muitos anos pela
                            sociedade a respeito da natureza da Língua Portuguesa, como “a Língua Portuguesa é muito
                            difícil”, “o brasileiro não sabe Português”, entre outros. Para tanto, foi necessário rever
                            conceitos de língua, norma, heterogeneidade linguística, variação e mudança, para, em
                            seguida, refletir sobre as críticas feitas em torno da polêmica gerada em 2011 a respeito do
                            capítulo “Escrever é diferente de falar” do livro didático Por uma vida melhor. Em um
                            segundo momento, realizou-se análise de questionários respondidos por professoras da
                            educação básica de ensino da cidade de Dourados/MS, com o objetivo de investigar qual a
                            opinião dessas docentes em relação à variação linguística da Língua Portuguesa. Apurou-se
                            qual a importância da norma padrão da Língua Portuguesa para essas profissionais e, por fim,
                            foi possível conhecer o posicionamento delas a respeito de alguns mitos propagados no ensino
                            da Língua Portuguesa, como: “Brasileiro não sabe português” e “Português é muito difícil”. A
                            partir das respostas das professoras, concluiu-se que a formação em
                            Linguística/Sociolinguística contribuiu para a constituição de um professor de Língua
                            Portuguesa mais consciente da riqueza da variação linguística existente em nosso idioma. No
                            entanto, algumas docentes, mesmo com essa formação, apresentam um comportamento
                            preconceituoso em relação à variação linguística de sua língua. E a professora com formação
                            apenas em linguística, que não teve aulas de sociolinguística na faculdade, é categórica em
                            dizer que a variação da norma padrão é erro.
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                            Repertório de Expressões Idiomáticas Espanhol - Português
                            Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                            Tipo Dissertação
                            Data 26/02/2016
                            Área LETRAS
                            Orientador(es)
                            • Elizabete Aparecida Marques
                            Coorientador(es)
                              Orientando(s)
                              • Ioneide Preusse Juliani
                              Banca
                              • Aparecida Negri Isquerdo
                              • Damaris Pereira Santana Lima
                              • Elizabete Aparecida Marques
                              • Maria Luísa Ortiz Álvarez
                              Resumo O objeto de estudo deste trabalho são as Expressões Idiomáticas (EIs) extraídas dos exames que compõem o Diploma de Espanhol como Língua Estrangeira (DELE), visando a elaboração de um repertório fraseológico do espanhol com equivalência em português. Este trabalho justifica-se pela necessidade da criação de um material que possa auxiliar os usuários da língua espanhola no processo de construção de sua competência fraseológica possibilitando-lhes uma visão expandida da língua alvo, uma vez que é possível conhecer uma grande parcela da cultura do outro por meio das EIs. Estas podem definir-se como “lexia complexa indecomponível, conotativa e cristalizada em um idioma pela tradição cultural”, de acordo com Xatara (1998, p.148). Metodologicamente, serviram de fonte para a constituição do corpus as provas de compreensão leitora, de compreensão auditiva e de gramática e vocabulário, dos diferentes níveis de certificação do DELE, no período de 2004 a 2014. Os pressupostos metodológicos da Linguística de Corpus Tagnin (2004), Oliveira (2009) e Sardinha (2004) e da Lexicografia Haensch (1997) Zavaglia (2009), e Biderman (2002), auxiliaram na construção do repertório. Dentre as diferentes perspectivas teóricas que norteiam este trabalho estão os princípios da Fraseologia e da Fraseografia, de forma que os principais autores que embasam a pesquisa são Zuluaga (1990), Tristá Pérez (1998), Corpas Pastor (1996), Xatara (1994, 1998, 2001, 2013), Olímpio de Oliveira Silva (2007), Monteiro-Plantin (2012). Realizou-se uma pesquisa documental quantitativa, os dados encontrados foram institucionalizados por meio de consultas nos dicionários; Diccionario de la Real Academia Española (DRAE) . Como resultados do trabalho, foram levantadas e analisadas 108 expressões idiomáticas e foram elaboradas fichas fraseográficas com tratamento fraseográfico, de diferentes níveis de aprendizagem do espanhol, que receberam tratamento lexicográfico e constituem como resultado final um repertório fraseológico, o qual revela maior produtividade com as partes do corpo humano, bem como constatou-se a incidência maior das expressões idiomáticas no nível superior.
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                              Abotoar o paletó: uma análise da morte em unidades fraseológicas do português brasileiro
                              Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                              Tipo Dissertação
                              Data 26/02/2016
                              Área LETRAS
                              Orientador(es)
                              • Elizabete Aparecida Marques
                              Coorientador(es)
                                Orientando(s)
                                • Juliana Cansanção
                                Banca
                                • Aparecida Negri Isquerdo
                                • Damaris Pereira Santana Lima
                                • Elizabete Aparecida Marques
                                • Maria Luísa Ortiz Álvares
                                Resumo
                                Vocabulário da Construção Civil: Focalizando o Universo Terminológico da Madeira
                                Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                                Tipo Dissertação
                                Data 26/01/2016
                                Área LETRAS
                                Orientador(es)
                                • Raimunda Madalena Araujo Maeda
                                Coorientador(es)
                                  Orientando(s)
                                  • Danieli Daiani Francisquini Ocampos
                                  Banca
                                  • Aparecida Negri Isquerdo
                                  • Elizabete Aparecida Marques
                                  • Onilda Sanches Nincao
                                  • Raimunda Madalena Araujo Maeda
                                  Resumo Este trabalho tem como objetivo apresentar uma pesquisa terminológica que resultou na elaboração de um glossário contendo termos relacionados à Madeira na Construção Civil com os equivalentes em Língua Inglesa. O trabalho ancorou-se nos pressupostos teóricos e metodológicos da Teoria Comunicativa da Terminologia (TCT) mantendo interface com a Linguística de Corpus. Considerando que este trabalho visa à criação de um produto terminológico baseado em textos de língua natural, analisamos a nomenclatura como resultado de uma situação comunicativa especializada e, como texto especializado, é o veículo que nos leva aos termos, pois é neste tipo de texto que o termo se constitui como tal. Para tanto, 122 documentos autênticos, dentre eles, artigos científicos, científicos de divulgação, instrucionais, teses e dissertações, formam o corpus referência de onde foram extraídos os 171 termos, organizados, definidos e exemplificados de acordo com o contexto especializado em que estavam inseridos. No que se refere à elaboração do Glossário, tornou-se imprescindível utilizar as ferramentas computacionais. Para isso, foi importante nos atermos a algumas abordagens trabalhadas na Linguística de Corpus, principalmente no que tange à compilação de um corpus original de linguagem técnica especializada, edição do mapa conceitual e sua categorização, bem como as variadas formas de extração e organização dos termos. O resultado foi um glossário, que procura ofertar aos profissionais e estudantes da área da Construção Civil, um material de consulta autêntico que possa lhes auxiliar na comunicação técnica especializada, na tradução e elaboração de textos, em seu contexto de atuação.
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                                  MEU TIO ROSENO, A CAVALO: UM HERÓI, SEUS NOMES E SUAS PARAGENS
                                  Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                                  Tipo Dissertação
                                  Data 18/12/2015
                                  Área LETRAS
                                  Orientador(es)
                                  • Rosana Cristina Zanelatto Santos
                                  Coorientador(es)
                                    Orientando(s)
                                    • Vanessa Corrêa Gama
                                    Banca
                                    • Angela Maria Guida
                                    • Arlinda Cantero Dorsa
                                    • Geraldo Vicente Martins
                                    • Rosana Cristina Zanelatto Santos
                                    Resumo Na literatura contemporânea, o papel da narratividade na elaboração do discurso é percebido como fundamental. Esse fenômeno, composto de uma sucessão de estados e variadas transformações, produz o sentido da ficção literária e sua compreensão nos dá pistas de como a obra interage com o leitor. Na obra de Wilson Bueno, Meu tio Roseno, a Cavalo (2000), a construção do discurso narrativo imprime movimento e leveza à aventura do tio-herói Roseno em busca do seu “céu”, o (possível) nascimento de sua filha Andradazil com a amada Doroí, utilizando o ritmo da cavalgada e as mutações no nome do protagonista para imprimir o tom dessa história repleta de aventuras. O herói também busca o “céu”, traçando sua trajetória à procura de sua salvação. Compreender as estratégias narrativas utilizadas por Wilson Bueno, com foco nas características míticas e fantásticas que a história apresenta, é o que pretende esta pesquisa, tendo como categorias centrais o herói e suas configurações, as viagens e seu percurso e os nomes e seus possíveis significados.
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                                    OS MOVIMENTOS IDENTITÁRIOS DO PROFESSOR NA ERA DIGITAL E A REPRESENTAÇÃO DA INDISCIPLINA EM SEU DISCURSO
                                    Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                                    Tipo Dissertação
                                    Data 02/12/2015
                                    Área LETRAS
                                    Orientador(es)
                                    • Vania Maria Lescano Guerra
                                    Coorientador(es)
                                      Orientando(s)
                                      • Solange Almeida de Medeiros
                                      Banca
                                      • Antonio Carlos do Nascimento Osorio
                                      • Nara Hiroko Takaki
                                      • Silvane Aparecida de Freitas
                                      • Vania Maria Lescano Guerra
                                      Resumo Esta pesquisa tem como objetivo discutir a possível relação entre as novas tecnologias de
                                      informação e a indisciplina na escola, a partir de discursos de professores de Língua Portuguesa
                                      que atuam em escolas públicas de Bonito-MS, bem como analisar as representações da
                                      indisciplina, a construção identitária do sujeito professor e a concepção de novas tecnologias
                                      que permeiam esses discursos, tendo como base o arcabouço teórico da Análise do Discurso
                                      (AD) de linha francesa, a partir de Pêcheux (1988), Foucault (1987), Coracini (2007), entre
                                      outros. A análise considera recortes que compõem o arquivo de pesquisa constituído por
                                      respostas de questionários aplicados aos seis professores participantes da pesquisa e visa a
                                      identificar, na materialidade linguística, a alteridade, o contato com o diferente, visando a
                                      relacionar os efeitos de sentido que incitam o surgimento desses discursos no cotidiano escolar
                                      e que estabelecem sua representação. Partimos do pressuposto de que a estrutura escolar, assim
                                      como o corpo docente não estão acompanhando as mudanças necessárias para atender aos alunos
                                      da atualidade e que o professor, que até então se via como o detentor do saber, entra em crise
                                      de identidade. Com isso, o método empregado em nossa pesquisa é o arqueogenealógico
                                      apresentado por Foucault, com o objetivo de apurar, no corpus de análise, o modo como
                                      aparecem os discursos dos professores em questão. Para isso, primeiro fizemos uma seleção dos
                                      recortes, em seguida, identificamos, na materialidade linguística, elementos que nos indicam a
                                      presença da “subjetividade” para estabelecer uma relação entre os efeitos de sentido que incitam
                                      esses discursos no ambiente escolar e que asseguram sua representação. Esta pesquisa está
                                      organizada em três capítulos: no primeiro, focalizamos uma rápida exposição sobre o histórico
                                      da AD e os principais conceitos que orientam e fundamentam nossas análises; no segundo,
                                      apresentamos as condições de produção dos discursos analisados, destacando o conceito de
                                      identidade pós-moderna, o contexto histórico e cultural dos sujeitos professores; no terceiro
                                      capítulo, apresentamos a análise, a discussão e a interpretação dos discursos dos professores,
                                      envolvendo reflexões sobre o contexto educacional e as representações presentes no discurso
                                      que contribuem para a construção identitária do professor. Nossas análises possibilitaram
                                      compreender que as novas tecnologias na escola e a indisciplina surgem no ambiente escolar
                                      cada vez com mais força e que o comportamento dos alunos é fortemente influenciado pela
                                      ideologia da globalização, que produz indivíduos cada vez mais imersos nos meios
                                      tecnológicos, modificando, dessa forma, o modo de agir, de ver, de perceber o mundo e,
                                      consequentemente, o modo de aprender as coisas. Concluímos que as relações de saber/poder,
                                      presentes nos discursos do sujeito professor, reforçam o discurso regulado pela globalização,
                                      que impõe a esse sujeito uma situação de incompletude, por “excluí-lo” pelos meios
                                      tecnológicos inseridos no ambiente escolar. O Estado, assim, promove um controle do poder
                                      sobre o saber do sujeito professor, ao impor determinadas políticas educacionais que devem ser
                                      seguidas.
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                                      UM ESTUDO DO DISCURSO DO LIVRO DIDÁTICO NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: REPRESENTAÇÕES DO OUTRO
                                      Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                                      Tipo Dissertação
                                      Data 02/12/2015
                                      Área LETRAS
                                      Orientador(es)
                                      • Vania Maria Lescano Guerra
                                      Coorientador(es)
                                        Orientando(s)
                                        • Alexandre Rodrigues Lobo
                                        Banca
                                        • Edgar Cezar Nolasco dos Santos
                                        • Nara Hiroko Takaki
                                        • Terezinha Baze de Lima
                                        • Vania Maria Lescano Guerra
                                        Resumo Este trabalho visa refletir sobre o livro didático enquanto instrumento de apoio aos professores no ensino de línguas e o advento das novas tecnologias. A preocupação com os livros didáticos em nível oficial, no Brasil, se inicia com a Legislação do Livro Didático, criada em 1938 pelo Decreto–Lei 1006, em que fica definido que o Livro Didático e o Dicionário da Língua Portuguesa são um direito constitucional do educando brasileiro. A análise considera seis recortes do livro didático de língua portuguesa que compõem o corpus – materialidade linguística– e visa a identificar, a partir das regularidades existentes na escrita/língua, possíveis representações desses sujeitos sobre si, sobre o outro e sobre o próprio processo de ensino/aprendizagem da língua. Para que possamos lançar um olhar sobre os dizeres dos livros didáticos e compreender os elementos que interferem no processo de identificação do sujeito–professor, adotamos, neste trabalho, a Análise do Discurso como baliza teórica para nossas reflexões, já que nosso objetivo é investigar a influência do livro didático na definição de conteúdos escolares e nos planos de ensino, com o intuito de contribuir para o ensino de línguas no bojo do discurso sobre as novas tecnologias e dos manuais didáticos. Sob o enfoque transdisciplinar, utilizamos o método arqueogenealógico foucaultiano, a partir das escavações necessárias para o aprofundamento de análise do arquivo; para abordar a identidade do sujeito pós-moderno, adotamos a perspectiva culturalista. No âmbito do discurso, ao analisarmos a materialidade virtual, utilizamos as noções advindas da corpografia, explorando, na perspectiva da Análise do Discurso de origem francesa, a escrita virtual como uma escritura regida por diferentes estruturas gráficas, que nos permitem identificar como a língua faz sentido, ao mesmo tempo em que consideramos o sujeito constituído por desejos e poderes alocados no inconsciente. Para o conceito de memória, consideramos o sujeito pós-moderno, envolto pelas Novas Tecnologias, em que mobilizamos os estudos de Pêcheux (1990, 1997), Authier-Révuz (2002), Foucault (1992, 1996, 2001), Coracini (2003, 2007, 2010 e Orlandi (2000). No Capítulo I, focalizamos uma breve história da AD, refletindo sobre o discurso como permeador das relações de poder que são definidas institucionalmente – no caso, na instituição “Escola”, lugar de onde falam os sujeitos cujos dizeres constituem os recortes analisados. Trazemos a arqueologia de Foucault, em que balizamos a análise do discurso real, pronunciado e existente como materialidade, presente no LDLP. No Capítulo II, apresentamos as condições de produção do discurso em estudo, destacando os conceitos de identidade, voz e sujeito. No Capítulo III, trazemos reflexões sobre o contexto educacional e sobre as imagens presentes no discurso que concorrem para a construção identitária do professor e do aluno. A escolha do livro didático de Língua Portuguesa, decorre da observação de regularidades em nosso estudo, o que facilita a análise, através das luzes de nossos teóricos do discurso. Consideramos que as relações de saber/poder/sujeito presentes no livro didático de língua portuguesa reforçam o discurso mediado pela globalização, cujas “práticas de si” são a pirâmide central, impondo ao sujeito a angústia pela incompletude, por ser diferente ao portar o conhecimento vindo de manuais didáticos. O sujeito vivencia o silenciamento ao “saber ouvir e cumprir normas”, cujos alicerces são parte do processo da globalização, o que reforça as relações de poder apresentadas no enfoque pedagógico vigente, em especial em programas nacionais como o PNLD (Programa Nacional do Livro Didático) do MEC.
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                                        POÉTICAS DOS BUGRES: UMA INCURSÃO SOBRE ARTE, IDENTIDADE E O OUTRO
                                        Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                                        Tipo Dissertação
                                        Data 30/11/2015
                                        Área LETRAS
                                        Orientador(es)
                                        • Maria Adelia Menegazzo
                                        Coorientador(es)
                                          Orientando(s)
                                          • Isabella Banducci Amizo
                                          Banca
                                          • Angela Maria Guida
                                          • Biagio D' Angelo
                                          • Maria Adelia Menegazzo
                                          • Paulo Sergio Nolasco dos Santos
                                          Resumo Conceição Freitas da Silva nasceu em 1914 e ainda criança mudou-se para Mato Grosso do Sul. Dona de casa semialfabetizada, acostumada aos trabalhos pesados da roça, teve sempre uma vida simples e modesta. Durante a década de 1960, Conceição começa a produzir esculturas, as quais recebem o nome de bugres. Tidos, a princípio, como peças artesanais, as esculturas começam a ganhar espaço em museus e proporcionam à artista reconhecimento nacional e internacional, tornando-se, posteriormente, um dos ícones da arte sul-mato-grossense. A proposta deste trabalho é compreender a trajetória da obra de Conceição, analisando a mudança de status pela qual passa e seus diferentes significados desde o início de sua produção, partindo de artesanato à obra de arte, e de obra de arte à marco identitário do estado. O trabalho tem ainda como intuito analisar o contexto em que a obra é desenvolvida, um estado de costumes e produção agropecuária, refletindo sobre questões que permeiam sua realização e valorização.
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                                          Página 10 de 21 (20 de 403 registros).