Mestrado em Estudos de Linguagens

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Trabalhos

Trabalhos Disponíveis

TRABALHO Ações
Discurso transgressor a partir de Silviano Santiago: uma leitura crítica biográfica fronteiriça
Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
Tipo Dissertação
Data 25/05/2023
Área LETRAS
Orientador(es)
  • Marta Francisco de Oliveira
Orientando(s)
  • Dênis Angelo Ferraz
Banca
  • Damaris Pereira Santana Lima
  • Edgar Cezar Nolasco dos Santos
  • Fábio Pereira do Vale Machado
  • Marcos Antônio de Oliveira
  • Marta Francisco de Oliveira
Resumo
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    A CONSTRUÇÃO DE UM 'BAD ROMANCE': UM ESTUDO SEMIÓTICO DA INTERTEXTUALIDADE NA DRAMATIZAÇÃO DE PROBLEMAS SOCIAIS EM TRÊS VIDEOCLIPES DE LADY GAGA​
    Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
    Tipo Dissertação
    Data 22/05/2023
    Área LETRAS
    Orientador(es)
    • Eluiza Bortolotto Ghizzi
    Orientando(s)
    • Euclides Vieira de Sousa Filho
    Banca
    • Desiree Paschoal de Melo
    • Eluiza Bortolotto Ghizzi
    • Nara Hiroko Takaki
    • Renato Rodrigues Pereira
    Resumo A cantora Lady Gaga (n.1986) pode ser considerada uma porta-voz da sua geração, na
    medida em que se propõe a discutir problemas, especialmente da juventude, vivenciados
    por seus fãs, chamados por ela de Little monsters (monstrinhos). Assuntos como fluidez
    de gênero, respeito à comunidade LGBTQIAP+ e doenças mentais são alguns entre os
    que estão presentes nas músicas da cantora. Considerando a videografia de Lady Gaga,
    destacaram-se para nós seus aspectos de arte autobiográfica e engajada, paralelamente às
    misturas de signos de diferentes linguagens, entre as quais encontram-se referências a
    obras de outros artistas. Entendemos isso como gerando uma intertextualidade associada
    à dramatização de problemas sociais. E é essa intertextualidade que tomamos como objeto
    de estudo nesta dissertação, analisada em três videoclipes dessa cantora: Born This Way
    (2011); Applause (2013) e 911 (2020). O referencial teórico-metodológico adotado para
    a pesquisa correlaciona os conceitos de dialogismo, polifonia e intertextualidade de
    Mikhail Mikhailovich Bakhtin (1895-1975), com conceitos da semiótica de Charles
    Sanders Peirce (1839-1914), pertinentes à significação, à objetivação e à interpretação.
    As análises dos três videoclipes selecionados, para além de reconhecer que as misturas
    de signos são possibilitadas pelo uso das tecnologias digitais de informação e
    comunicação, permite visualizar como esses videoclipes vão referenciando e promovendo
    o diálogo com outras obras, já conhecidas pelo intérprete da cultura audiovisual.
    Considerando que essa estratégia leva à construção de um discurso dramático,
    autobiográfico e relacionado tematicamente com problemas sociais vivenciados por seu
    público, propusemos classificar os videoclipes como arte engajada. Concluímos a
    pesquisa destacando, por meio dessas obras, signos organizados em um discurso
    intertextual e que fala de problemas vivenciados pela própria cantora e, ainda, que são
    comuns a parte da sua geração; são dramas pessoais, alguns envolvendo riscos à saúde
    daqueles que os vivenciam. Eles são o tema das canções e dos videoclipes, razão pela
    qual interpretamos tais obras como contendo a narrativa de um romance ruim (Bad
    romance). As contribuições desta dissertação, além de abordar problemas sociais ainda
    presentes na nossa atualidade, focam a relação entre os estudos de linguagem, o
    videoclipe, a arte engajada e a pop music contemporânea.
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    A toponímia da cidade de Ladário/MS: interfaces entre léxico, cultura e história
    Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
    Tipo Dissertação
    Data 28/03/2023
    Área LETRAS
    Orientador(es)
    • Aparecida Negri Isquerdo
    Orientando(s)
    • Wanderley Renan Carmo dos Santos
    Banca
    • Ana Claudia Castiglioni
    • Aparecida Negri Isquerdo
    • Bruno Oliveira Maroneze
    • Elizabete Aparecida Marques
    • Marilze Tavares
    Resumo A Toponímia, disciplina linguística vinculada à Onomástica, fornece fundamentos para a análise dos nomes de lugares, os topônimos, particularmente, no que se refere ao estudo da motivação, da etimologia e estrutura dos sintagmas toponímicos, além de favorecer o resgate de aspectos históricos e sociais de uma região. Inserido no campo dos estudos toponímicos, este trabalho apresenta os resultados do estudo sobre a toponímia urbana da cidade de Ladário/MS que teve como objetivo geral estudar os topônimos que nomeiam os logradouros públicos (avenidas, ruas, praças etc.) da cidade de Ladário/MS, incluindo os topônimos relativos aos 11 bairros da cidade: Centro, Santo Antonio, Boa Esperança, Almirante Tamandaré, Seac, Mista, Alta Floresta I, Alta Floresta II, Mutirão, Nova Aliança e Potiguar. Como objetivos específicos o estudo teve os seguintes propósitos: i) catalogar os topônimos que nomeiam os logradouros públicos da cidade de Ladário/MS, a partir de consulta a mapas e/ou cartas oficiais da cidade; ii) analisar os topônimos que compõem o corpus dos pontos de vista da motivação, da língua de origem e da estrutura dos sintagmas toponímicos, adotando, para tanto, fundamentalmente, o modelo teórico de Dick (1990; 1992); iii) classificar os topônimos de acordo com o modelo taxionômico de Dick (1992) buscando traçar um panorama das tendência da toponímia estudada; iv) examinar condicionantes de natureza sociolinguístico-cultural que serviram de motivação e/ou de causa denominativa para a nomeação dos logradouros da cidade de Ladário/MS; v) verificar, por meio de pesquisas orais, as causas denominativas dos topônimos e a possível existência de uma toponímia paralela; vi) descrever, com base em postulados etnolinguísticos, a questão da relação léxico, cultura e história na toponímia em estudo. Os dados foram extraídos de mapas oficiais disponibilizados pela Secretaria de Administração do Município, escala 1:20000, contabilizando 170 topônimos que compõem o corpus de estudo. A análise foi pautada em pressupostos teórico-metodológicos da Toponímia, em especial nas contribuições de Dick (1990; 1992; 1996; 1999, 2001; 2004; 2007); Oliveira (2014); Bittencourt (2015); Cavalcante (2016); Amorim (2017); Neves (2019); da Lexicologia, Biderman (1998; 2001); da Etnolinguística, Sapir (1969); da Antropologia, Casado Velarde (1991) e, da Antropologia Linguística, Duranti (2000). Os resultados da pesquisa apontam a predominância de nomes de natureza antropocultural (76,92%) em detrimento de nomes de natureza física (23,07%). A taxonomia mais recorrente neste estudo foi a dos antropotopônimos (33,33%), seguida pelos axiotopônimos (19,49%) e pelos historiotopônimos (10,06%). Esses dados reforçam fatos evidenciados por outros estudos de mesma natureza: a tendência de homenagear pessoas reconhecidas ou não pela sociedade, entretanto, é mister destacar o alto índice de ocorrências dos fitotopônimos (16,98%) concentrados em dois bairros de Ladário/MS. Os dados confirmam ainda a influência da presença militar em terras ladarenses, haja vista que as taxonomias mais recorrentes se reportam a personalidades, títulos e acontecimentos históricos relacionados à Marinha do Brasil. Além disso, observa-se que a flora pantaneira pode ter servido de motivação para a denominação de parte significativa de logradouros ladarenses, visto que a cidade se situa em uma área imersa nesse bioma. Em síntese, o estudo contribuiu para evidenciar que a toponímia urbana registra fatos da vivência da população, atuando como fotografia da história e da cultura, como forma de perpetuar a memória coletiva de um lugar, mantendo-a viva para as futuras gerações.
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    UM OLHAR DISCURSIVO SOBRE AS IMAGENS PRODUZIDAS PELO CLUBE DE MOBGRAFIA DE JARDIM-MS
    Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
    Tipo Dissertação
    Data 03/03/2023
    Área LETRAS
    Orientador(es)
    • Rosana Cristina Zanelatto Santos
    Orientando(s)
    • Rafaela Chivalski de Oliveira
    Banca
    • Alessandro Aparecido Fagundes Matos
    • Paulo Custódio de Oliveira
    • Rosana Cristina Zanelatto Santos
    • Silvio da Costa Pereira
    Resumo Optar por investigar o processo criativo do Clube de Mobgrafia de Jardim marca o momento em que me percebo a/r/tógrafa, quando a minha produção artística se entrelaça com minha prática docente e ambos se entrelaçam com esta pesquisa, com o objetivo de problematizar os discursos imagéticos produzidos, editados e compartilhados em dispositivos móveis pelos participantes do Clube de Mobgrafia, projeto de ensino que coordeno no Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), no Campus de Jardim. As ideias resultantes fornecem uma perspectiva multifacetada, abrangendo minhas práticas como artista visual, como professora da Educação Básica Técnica e Tecnológica e como pesquisadora. Sendo relevante não apenas na construção de conhecimento, como também na produção de visualidades nos projetos e nas aulas de Arte da Educação Básica, analiso nesta dissertação três séries que foram produzidas e compartilhadas pela câmera do smartphone.

    Palavras-chave: Mobgrafia; Ensino de Artes; Educação decolonial; Experiência.
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    Luiz Roberto Lins de Almeida
    Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
    Tipo Dissertação
    Data 28/11/2022
    Área LETRAS
    Orientador(es)
      Orientando(s)
        Banca
        • Andre Rezende Benatti
        • Carolina Barbosa Lima e Santos
        • Magdalena Gonzalez Almada
        • Rosana Cristina Zanelatto Santos
        • Wellington Furtado Ramos
        Resumo
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          O narrador e a violência em Cuentos, microcuentos y anticuentos, de Mario Halley Mora
          Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
          Tipo Dissertação
          Data 28/11/2022
          Área TEORIA LITERARIA
          Orientador(es)
            Orientando(s)
              Banca
                Resumo
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                  O narrador e a violência em Cuentos, microcuentos y anticuentos, de Mario Halley Mora
                  Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                  Tipo Dissertação
                  Data 28/11/2022
                  Área LITERATURA BRASILEIRA
                  Orientador(es)
                  • Andre Rezende Benatti
                  Orientando(s)
                  • LUIZ ROBERTO LINS ALMEIDA
                  Banca
                  • Andre Rezende Benatti
                  • Carolina Barbosa Lima e Santos
                  • Magdalena Gonzalez Almada
                  • Rosana Cristina Zanelatto Santos
                  • Wellington Furtado Ramos
                  Resumo Esta investigação debruça-se sobre a narrativa breve na obra Cuentos, microcuentos y anticuentos, de Mario Halley Mora (1926-2003), escritor, dramaturgo e jornalista paraguaio, considerado o fundador do romance assunceno, além de ser o precursor, na literatura paraguaia, dos gêneros microconto e anticonto. A obra analisada enquadra-se na tradição contística latino-americana, razão pela qual o referencial teórico utilizado apoiou-se especialmente em teóricos latino-americanos, tendo por norte as concepções de formas breves de Ricardo Piglia (2014). Realizou-se, para isso, uma apresentação da evolução da obra estudada, desvelando questões relacionadas à classificação das narrativas. Nesse passo, apresentam-se os gêneros literários presentes na obra, bem como as problemáticas que envolvem essas definições, além de articular como isso se apresenta na obra de Halley Mora, tendo em vista também sua própria produção crítica. Tendo em vista que a violência é um fenômeno social que precede a literatura (BENATTI, 2020) e que é uma presença constante na literatura (KOHUT, 2002), foram selecionadas narrativas nas quais se vislumbra a violência. Da análise desses textos foi possível colher elementos que demonstram a articulação entre elementos constitutivos da violência e a forma como os narradores são mobilizados dentro das estratégias do autor para tratar dessa temática. Comprova-se, assim, que, nas narrativas em que se faz presente a violência, há prevalência do narrador heterodiegético. Para empreender a análise foram considerados os aportes teóricos de Arendt (2020), Crettiez (2009), Michaud (1989), Ginzburg (2012), para citar alguns dos teóricos enumerados neste trabalho.

                  Palavras-chave: literatura paraguaia, Mario Halley Mora, violência, narrador, narrativa breve.
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                  Multiletramentos e impressões sobre o uso de tecnologias digitais por professoras de língua portuguesa
                  Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                  Tipo Dissertação
                  Data 21/11/2022
                  Área LETRAS
                  Orientador(es)
                  • Fabiana Pocas Biondo Araujo
                  Orientando(s)
                  • Josiane de Jesus Reis de Freitas
                  Banca
                  • Daniela Sayuri Kawamoto Kanashiro
                  • Elaine de Moraes Santos
                  • Fabiana Pocas Biondo Araujo
                  • Jucara Zanoni do Nascimento
                  • Ruberval Franco Maciel
                  Resumo Este estudo tem por objetivo investigar a percepção de professoras de língua portuguesa do 9º ano do ensino fundamental II sobre o uso que fazem de tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) em suas práticas pedagógicas. Para isso, propomos analisar como as professoras investigadas afirmam usar tecnologias digitais em suas aulas de língua portuguesa, buscando discutir possíveis relações entre esse uso e a pedagogia dos multiletramentos em seu fazer pedagógico, assim como a importância do uso de tecnologias digitais no ensino de língua portuguesa, sobretudo considerando o contexto da pandemia da covid-19. Para isso, dialogamos, por meio de entrevista semiestruturada, realizada em março, maio e agosto de 2021, com quatro professoras das redes pública e privada de ensino de Campo Grande – MS, que atuam no 9º ano do ensino fundamental, partindo de 12 (doze) questões mais gerais sobre o tema. Entre as justificativas para a investigação, estão as percepções da pesquisadora enquanto professora de reforço do ensino fundamental, sobre dificuldades no acesso a tecnologias digitais pelos alunos nas escolas e no uso dessas tecnologias por professores nas aulas de línguas. Os resultados apontam alguns indícios de trabalho com tecnologias digitais em perspectiva da pedagogia dos multiletramentos, porém destacam muitas barreiras para a realização desse tipo de prática, principalmente durante o período de ensino remoto emergencial da pandemia da covid-19. Como mostram as análises, não é possível dizer que esse tipo de trabalho possa ser facilitado apenas por uma infraestrutura digital adequada, pois muitas vezes também estão presentes nas práticas de ensino algumas dificuldades e resistências para o trabalho a partir da perspectiva dos multiletramentos.

                  Palavras chave: Pedagogia dos Multiletramentos. Ensino de Língua Portuguesa. Pandemia da covid-19.
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                  O ENSINO DA LÍNGUA TERENA NA EDUCAÇÃO INFANTIL DAESCOLA POLO MUNICIPAL INDÍGENA ALEXINA ROSA FIGUEIREDO
                  Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                  Tipo Dissertação
                  Data 18/11/2022
                  Área LETRAS
                  Orientador(es)
                  • Rogerio Vicente Ferreira
                  Orientando(s)
                  • Adiane Quelri Valente França
                  Banca
                  • Caroline Pereira de Oliveira
                  • Patricia Graciela da Rocha
                  • Paulo Baltazar
                  • Rogerio Vicente Ferreira
                  Resumo Esta pesquisa focalizou o ensino da língua Terena na educação infantil da Escola Indígena Alexina Rosa Figueiredo que fica na Aldeia Indígena Buriti, município de Dois Irmãos do Buriti em Mato Groso do Sul MS. Tem como objetivo principal averiguar as práticas de ensino referente ao uso da língua Terena na educação para crianças de quatro e cinco anos de idade e verificar se a língua Terena é a língua de instrução usada com crianças indígenas desta faixa etária na escola pesquisada, pois existe uma preocupação mundial referente ao fortalecimento das línguas indígenas, uma vez que a maioria corre risco de extinção e, a aldeia Buriti, engrossa essa estatística, pois há poucos falantes da língua materna, o que indica a necessidade de estratégias para o fortalecimento da língua. A escolarização intercultural e diferenciada proporciona o uso da língua materna, o que torna a escola em uma importante ferramenta para a sua manutenção. A metodologia qualitativa empregada na pesquisa constou de levantamento bibliográfico sobre aslegislações que garantem o ensino da língua indígena na escola, e autores como Nincao(2003 - 2008), Cavalcante e Maher (2006), Farias (2015), Toneto (2008), Oliveira (2003),
                  Hamel (2003), Knapp (2012), Brighenti e Chamorro (2012), Rajagopalan (2013),
                  Altenhofen (2013), Maher (2013) e Lagares (2013) entre outros. Quanto a metodologia quantitativa, foram realizadas entrevistas com dezenove pessoas, sendo 09 professores,
                  que já atuaram na educação infantil e na gestão escolar e dez pais da comunidade, para compreender como ocorre o ensino da língua, na escolarização infantil, na aldeia em questão. Os resultados deste estudo evidenciam um panorama da situação da língua indígena na comunidade e reforça a necessidade de políticas linguísticas para a escola indígena.
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                  Trabalho, Brutalidade e desumanização na representação do protagonista Edgar Wilson em De gados e homens de Ana Paula Maia
                  Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                  Tipo Dissertação
                  Data 22/09/2022
                  Área LETRAS
                  Orientador(es)
                  • Andre Rezende Benatti
                  Orientando(s)
                  • Michele Felizardo Lopes de Oliveira
                  Banca
                  • Andre Rezende Benatti
                  • Carolina Barbosa Lima e Santos
                  • Ramiro Giroldo
                  • Rosana Cristina Zanelatto Santos
                  • Wellington Furtado Ramos
                  Resumo O presente trabalho faz uma leitura crítica da obra De Gados e Homens (2013),
                  de autoria da escritora e roteirista Ana Paula Maia. A pesquisa estabeleceu
                  uma discussão acerca das condições precárias de trabalho sofrido pelo
                  protagonista Edgar Wilson com o processo de desumanização. Selecionou-se
                  as seguintes temáticas: trabalho, violência e desumanização com o intuito de
                  analisar tais elementos na produção literária de Ana Paula Maia. Identificou-se
                  na leitura da obra as contradições entre elementos formais, sociais, culturais e
                  econômicos presentes no texto de Maia, como pressupostos na análise e
                  compreensão da ficção. A narrativa evidencia as relações de trabalho em um
                  contexto marcado por violência, condições precárias de trabalho, desigualdade
                  social, brutalidade e alienação. As condições de trabalho implicam na
                  constituição das dimensões psicológica, emocional, social e econômica do
                  protagonista, sendo consideradas mecanismos de reprodução alienante e
                  desumanização das relações sociais. Utilizou-se para o desenvolvimento da
                  pesquisa os fundamentos teóricos das seguintes obras: A Condição Humana,
                  de Hannah Arendt (2009); Literatura, violência e melancolia, de Jaime Ginzburg
                  (2012) e Realismo e realidade na literatura, de Tânia Pellegrini (2009). Concluise que a obra aponta elementos relacionados a literatura contemporânea da
                  realidade social do trabalhador que envolto das condições precárias de
                  trabalho, violência e alienação, torna-se desumanizado e reproduz uma
                  dinâmica de violência como estratégia internalizada pelo meio que o molda,
                  fragilizando sua existência e condição humana.
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                    MAPEAMENTO E DESCRIÇÃO DAS LÍNGUAS INDÍGENAS EM MATO GROSSO DO SUL
                    Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                    Tipo Dissertação
                    Data 12/09/2022
                    Área LETRAS
                    Orientador(es)
                    • Rogerio Vicente Ferreira
                    Orientando(s)
                    • Shirley Alzeman Rocha Benites
                    Banca
                    • Bruno Oliveira Maroneze
                    • Caroline Pereira de Oliveira
                    • Daniela Sayuri Kawamoto Kanashiro
                    • Denise Silva
                    • Rogerio Vicente Ferreira
                    Resumo Esta pesquisa focalizou o estado das línguas indígenas do Mato Grosso do Sul, considerando
                    sua localização, identificação e vitalidade. O estado do Mato Grosso do Sul possui a segunda
                    maior população indígena do Brasil com nove povos e diferentes línguas pertencentes a troncos
                    e famílias linguísticas diversas: Atikum, Guarani, Guató, Terena, Ofaié, Kamba, Kaiowá,
                    Kadiwéu, Kinikinau, em diferentes situações de uso. Dessa forma, é importante conhecer a
                    distribuição geográfica e o estado dessas línguas, considerando a importância da diversidade
                    linguística no estado do Mato Grosso do Sul. A metodologia, de cunho qualitativo, constou de
                    levantamento documental e bibliográfico a respeito da diversidade linguística local e
                    documentos legais sobre as políticas linguísticas existentes no decorrer dos períodos da
                    colonização e da república, com especificidade para o período pós-constituição de 1988. A
                    revisão bibliográfica constou de autores relacionados aos conceitos de política linguística e suas
                    vertentes conforme Calvet (2007), Maher (2013), Lagares (2018), Rajagopalan (2013), Oliveira
                    (2016), Hamel (2016), em linguística Ferreira (2015), Rodrigues (1986), Ferreira (2016). Em
                    antropologia Cunha (2012, 2016), Ribeiro (2017, 2021), Aguilhera Urquiza (2016), Chamorro
                    e Martins (2015), Ribeiro (1983) entre outros. No campo da educação Silva e Ferreira (2001),
                    Rocha e Hamel (2020), Brandão (2017), Knapp (2016), Tavares (2016) e sobre educação
                    escolar indígena no que se refere à educação intercultural bilíngue que privilegia o ensino e
                    valorização das línguas indígenas no Brasil. Os resultados, advindos das leituras realizadas,
                    mostraram o estado geral das línguas indígenas do Mato Grosso do Sul e a situação de uso e
                    vitalidade das mesmas, apontando para línguas já em situação de perda e outras com número
                    alto de falantes, porém com desconhecimento de estatísticas de transmissão geracional, o que
                    pode garantir ou não sua continuidade. Espera-se com este trabalho contribuir para o
                    conhecimento do estado geral das línguas do Mato Grosso do Sul e, assim, identificar as
                    iniciativas sobre políticas e planejamento linguístico de status e corpus para fortalecimento
                    das línguas indígenas do Mato Grosso do Sul.
                    Palavras-chave: línguas indígenas, política linguística, educação.
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                    OS REGIMES DO GOSTO NAS PRÁTICAS DA FEIRA LIVRE: UM ESPETÁCULO DE VER, SENTIR E CONSUMIR
                    Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                    Tipo Dissertação
                    Data 10/09/2022
                    Área LETRAS
                    Orientador(es)
                    • Sueli Maria Ramos da Silva
                    Orientando(s)
                    • Elaine Cristina de Queiroz Silva Vasques
                    Banca
                    • Alexandre Marcelo Bueno
                    • Eluiza Bortolotto Ghizzi
                    • Geraldo Vicente Martins
                    • Sueli Maria Ramos da Silva
                    Resumo O objetivo geral desta pesquisa é observar a produção dos sentidos nas feiras livres e como se
                    formam desde a sua genealogia, referenciando uma semiótica das experiências, tendo como
                    base teórica a semiótica discursiva e seus recentes desdobramentos, tais como o
                    semissimbolismo e a sociossemiótica. Nossa metodologia se circunscreve na pesquisa
                    bibliográfica e descritiva pontuando os enunciados narrativos inscritos nos registros históricos
                    e nas práticas da contemporaneidade. Como objetivos específicos delimitamos organizar como
                    se constrói os regimes de sentido e interação nas práticas das feiras livres ao longo do tempo e
                    as alterações nos sentidos provocadas pela pandemia de COVID-19. Por ser um objeto do social
                    fazemos uso de diferentes corpora para as análises em um caráter exploratório que elencamos
                    em três categorias: 1) levantamento bibliográfico com base nos registros históricos que
                    denotam os sentidos das feiras como prática social e cultural por meio dos processos
                    axiológicos; dos fatores linguísticos e extralinguísticos, como expressões e provérbios
                    instituídos nas feiras da Idade Média; e das alterações nas práticas causadas pelas epidemias
                    que mudaram o contexto do comércio nesse período; 2) estudo in loco na Feira Livre do
                    Guanandi, na capital Campo-grandense, para análise sociossemiótica das práticas do social
                    utilizando imagens do dia de feira capturadas por meio de gravações feitas com uso de um
                    celular; 3) texto audiovisual, utilizando reportagem jornalística televisiva produzida no
                    ambiente de feira, o qual dissecamos em dois recortes para demonstrar as alterações dos
                    sentidos nas práticas da feira em tempos de pandemia da COVID-19, observando o percurso
                    gerativo de sentido no plano de conteúdo da matéria jornalística e as relações semissimbólicas
                    em uma imagem congelada (freeze frame) ou enquadramento. O referencial teórico centralizase nas ideias de estudiosos, tais como: Greimas (1973), Landowski (2004), Floch (1985),
                    Pietroforte (2019), Barros (2001), Fiorin (2018), Oliveira (2014) e Bueno (2014), dentre outras
                    contribuições bibliográficas visando aprofundamento das investigações, entre esses:
                    Bourquelot (1865), Huvelin (1897), Goffman (1986), Le Goff (1990), Bateson (2000), Sato
                    (2012), Bernardo (2014) entre outros. Este trabalho desenvolvido nos postulados dos estudos
                    de linguagens, além de oportunizar novos olhares para a elaboração de novas pesquisas em
                    Semiótica, possibilitou compreender que o sincretismo semiótico da feira livre salta da
                    figuratividade, dos gostos e das relações de um consumo de afetivo pautado em processos
                    axiológicos.

                    Palavras-chave: Feira livre; Semiótica discursiva; Semissimbolismo; Sociossemiótica.
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                    A doença como metáfora em Philip Roth e Samuel Rawet
                    Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                    Tipo Dissertação
                    Data 09/09/2022
                    Área LETRAS
                    Orientador(es)
                    • Rosana Cristina Zanelatto Santos
                    Orientando(s)
                    • Mariana Alice de Souza Miranda
                    Banca
                    • Andre Rezende Benatti
                    • Josilene Moreira Silveira
                    • Márcia Maria de Medeiros
                    • Rosana Cristina Zanelatto Santos
                    Resumo Esta dissertação objetiva aproximar a novela Homem comum, de 2006, do escritor
                    estadunidense Philip Roth (1933-2018), de quatro contos do escritor brasileiro
                    Samuel Rawet (1929-1984): ―O fio‖, ―O crime perfeito‖, ―A batalha de Kurukshetra‖ e
                    ―Consciência do mundo‖. Nossa hipótese é a de que nesses textos a doença, a
                    melancolia e a degenerescência são representadas alegoricamente, a fim de
                    expressar aquilo que a psicanálise freudiana entende como o conflito primordial do
                    ser humano: a tensão entre as forças da pulsão de vida (Eros) e da pulsão de morte
                    (Thanatos). A partir de uma leitura benjaminiana, essas narrativas colocam em
                    questão o declínio da experiência e da tradição na modernidade, a impossibilidade
                    de se transmitir experiências autênticas e de se afirmar um único significado, eterno
                    e universal. A narração, nesse sentido, deixa de ter um caráter coletivo, no qual as
                    experiências eram passadas de geração em geração para dar lugar à narração da
                    vida de um sujeito solitário que luta pelo sucesso em uma sociedade marcada pela
                    concorrência. Dessa forma, as obras de Roth e de Rawet representam o
                    desencantamento do mundo na modernidade, e é essa desvalorização do mundo
                    aparente e a morte do sujeito clássico que fazem ressurgir a forma alegórica como
                    Walter Benjamin a definiu, a saber, que a alegoria manifesta a fragmentação do real.
                    Ainda que o texto esteja impregnado de melancolia devido à perda de um sentido
                    último, sua produtividade nasce do reconhecimento dos fragmentos desta perda,
                    pois, como a alegoria nos revela, o sentido não nasce somente da vida, mas
                    também da morte. Nossa análise é baseada, sobretudo, nos estudos de Walter
                    Benjamin, Freud, Betty Fuks, Jaime Ginzburg e Susan Sontag.
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                      POLÍTICAS LINGUÍSTICAS DE ACOLHIMENTO PARA MIGRANTES/REFUGIADOS VENEZUELANOS EM CAMPO GRANDE/MS
                      Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                      Tipo Dissertação
                      Data 09/09/2022
                      Área LETRAS
                      Orientador(es)
                      • Andre Rezende Benatti
                      Orientando(s)
                      • Silvana Ferreira Monteiro
                      Banca
                      • Andre Rezende Benatti
                      • Daniela Sayuri Kawamoto Kanashiro
                      • Mircia Hermenegildo Salomão Conchalo
                      • Paulo Gerson Rodrigues Stefanello
                      • Rosana Cristina Zanelatto Santos
                      Resumo MONTEIRO, S.F. POLÍTICAS LINGUÍSTICAS DE ACOLHIMENTO PARA
                      MIGRANTES/REFUGIADOS VENEZUELANOS EM CAMPO GRANDE/MS,
                      2022. Dissertação- Programa de pós-graduação em letras estudos de
                      linguagens. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, MS,
                      2022.
                      Os refugiados são pessoas que estão fora de seus países de origem, forçadas
                      a deixar suas casas para a preservação de suas vidas. Obrigadas a fugir, por
                      temer perseguição, conflito, violência ou circunstâncias de subsistência. Esses
                      migrantes/refugiados buscam, essencialmente, oportunidades de emprego e de
                      uma vida melhor. A adoção do português como língua oficial, apesar das
                      semelhanças com as línguas faladas (espanhol e suas variações), dificulta as
                      relações dos migrantes no país e até sua entrada no mercado de trabalho, e por
                      isso a necessidade imperiosa de um acolhimento linguístico específico para este
                      fim. Esses indivíduos necessitam de acolhimento individualizado. A Língua de
                      Acolhimento (PLAc) ultrapassa as dimensões da estudos de Língua Estrangeira
                      (LE) ou da segunda língua (L2), incluindo necessariamente a abordagem para o
                      crescimento profissional, dos direitos sociais e de se integrar temporária ou
                      permanente ao país de acolhimento. A proposta de curso de português para
                      refugiados da igreja Batista em Campo Grande- MS é baseada na inclusão,
                      integração e acolhimento. A metodologia utilizada no ensino do português para
                      migrantes/refugiados diferencia-se do ensino de português como língua
                      estrangeira, leva em consideração o todo, a sociedade em qual o estudante está
                      inserido e as dificuldades que ele enfrenta em seu dia-a-dia. Além do
                      acolhimento que deve ser promovido no ensino de PLAc para refugiados, um
                      material didático personalizado inserindo orientações sobre a emissão de
                      documentos, inserção no ambiente de trabalho e na sociedade. Leitura e
                      interpretação de textos como Leis Trabalhistas, elaboração de Curriculum Vitae
                      e outras temáticas demandadas pelo público-alvo são essenciais para promover
                      a integração social dos refugiados. O professor é o elo central, muitas vezes, é
                      a referência que o refugiado tem para lidar com as adversidades. O professor
                      media conflitos entre o refugiado e a sociedade que nem sempre os recebe com
                      acolhimento. O aprendizado da língua com o professor acolhedor vai inserindo
                      o estudante aos poucos na sociedade, dando-lhe recursos se emancipar e achar
                      o seu lugar nesta nova realidade. O professor muitas vezes acaba indo além de
                      suas funções de ensino, ele é um amigo, e isso é o acolhimento.
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                        Trabalho da memória em Conhecimento do inferno, de António Lobo Antunes
                        Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                        Tipo Dissertação
                        Data 08/09/2022
                        Área LETRAS
                        Orientador(es)
                        • Rosana Cristina Zanelatto Santos
                        Orientando(s)
                        • Gong Li Cheng
                        Banca
                        • Carolina Barbosa Lima e Santos
                        • Paulo Bungart Neto
                        • Rosana Cristina Zanelatto Santos
                        • Wellington Furtado Ramos
                        Resumo A proposta deste trabalho é a de ler Conhecimento do inferno (1980), de António Lobo Antunes, como um romance que insiste no inferno como alegoria de uma memória traumática. O narrador, ex-combatente do exército português na guerra
                        contra a independência de Angola, realiza uma viagem de carro do Algarve até Lisboa, marcando o seu retorno das férias para exercer a profissão de psiquiatra. Durante o trajeto, ele rememora obsessivamente a sua experiência na guerra e no
                        hospital psiquiátrico. O horror presenciado na guerra encontra continuidade no hospital, descrito como instituição concentracionária, prolongando assim o seu sofrimento. O inferno começa por ser um lugar concreto: em África, a guerra indesejada; no hospital, o tratamento desumano e obsoleto; mas é, sobretudo, um estado de espírito, pois, deixada a guerra, ele se alastra pelo cotidiano, como
                        rememoração, perturbação mental, delírio, fantasmagoria, tormentos infligidos e sofridos, enfim como culpa. Por isso, quase sempre a organização diegética do romance altera-se e abre-se para histórias paralelas, e o leitor encontra dificuldade em situar-se temporalmente. Com efeito, o romance propõe rememorar o passado
                        pessoal e nacional para realizar um trabalho da memória. A análise é fundamentada pelos estudos da memória e da literatura de testemunho, a partir de autores como Freud, Benjamin, Ricoeur, Márcio Seligmann-Silva, Jeanne Marie Gagnebin, entre outros.

                        Palavras-chave: Lobo Antunes; Conhecimento do inferno; literatura portuguesa contemporânea; literatura e trauma.
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                          Políticas Linguísticas para Línguas Indígenas: Normas, Leis e Práticas em Mato Grosso do Sul
                          Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                          Tipo Dissertação
                          Data 02/09/2022
                          Área LETRAS
                          Orientador(es)
                          • Rogerio Vicente Ferreira
                          Orientando(s)
                          • Grayson Wellington Mannocci Toliver
                          Banca
                          • Aparecida Negri Isquerdo
                          • Caroline Pereira de Oliveira
                          • Onilda Sanches Nincao
                          • Rogerio Vicente Ferreira
                          Resumo O direito ao uso das suas línguas é parte integrante da garantia à autonomia dos povos indígenas do Brasil e ao pleno exercício da sua cidadania. Para que se mantenha o poder de escolha em questões relativas às suas línguas, é necessário que haja ação por parte das instituições, poder público e sociedade civil, particularmente no fornecimento de serviços de tradução e interpretação. Ao objetivar traçar uma trajetória de políticas linguísticas no Brasil e em Mato Grosso do Sul, realizou-se um levantamento das normas jurídicas a nível federal e estadual desde a promulgação da Constituição Federal de 1988 até junho de 2022. Assim, visou-se avaliar as previsões e as lacunas na legislação vigente. Para isso, utilizou-se o sistema de busca do ordenamento jurídico do governo federal do Brasil para encontrar as legislações federais relevantes e o sistema de busca do ordenamento jurídico estadual de Mato Grosso do Sul por meio do site da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. A seleção de Mato Grosso do Sul para análise se deve ao fato desse possuir a segunda maior população indígena do Brasil e por esse contar com pelo menos dois municípios que tem línguas indígenas cooficiais, Tacuru (MS) com a língua guarani e Miranda (MS) com a língua terena. Realizou-se então um levantamento a nível municipal. Este trabalho também traçou o rumo das políticas linguísticas realizadas por meio de ações e projetos elaborados por indivíduos, instituições e comunidades. Por incluir matérias jornalísticas, relatórios, censos, documentários e palestras disponíveis online, ao lado de artigos, livros e documentos de legislações, considera-se esta uma pesquisa documental. Foram consultados Calvet (2007), Spolsky (2012), Jernudd e Nekvapil (2012) entre outros como referencial teórico. De modo geral, verificou-se a implementação de uma política linguística que valoriza as especificidades dos povos indígenas e que objetiva a manutenção da sua diversidade linguística. No entanto, entre os temas abordados na legislação sobressaíram questões relativas à educação tanto no nível federal (mais de 92% das leis) quanto no nível estadual (80%), sendo que o segundo tema mais tratado, “Preservação e promoção”, apareceu em menos de 31% das leis federais, e menos de 27% das estaduais. Portanto, ainda carecem políticas públicas em outras áreas, pois, se o intuito for revitalizar e fortalecer essas línguas, é preciso assegurar espaço para o seu uso diário nos âmbitos da vida pública, inclusive no comércio, mídias, tecnologia e saúde, além da educação.
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                          Entre fronteiras e memórias subalternas: reflexões acerca dos escritos teórico-ficcionais de Edgar Nolasco, um intelectual fronteiriço
                          Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                          Tipo Dissertação
                          Data 28/07/2022
                          Área LETRAS
                          Orientador(es)
                          • Marta Francisco de Oliveira
                          Orientando(s)
                          • Ana Paula Marques Machado
                          Banca
                          • Eliene Dias de Oliveira
                          • Lucilene Machado Garcia Arf
                          • Marta Francisco de Oliveira
                          • Vania Maria Lescano Guerra
                          Resumo O intelectual fronteiriço, de certa maneira, necessita pensar e agir de forma desobediente, a fim de
                          que possa fazer ouvir nos centros hegemônicos as vozes que se erigem dos espaços de fronteira,
                          como é o caso de Mato Grosso do Sul. Praticar a desobediência epistêmica e teórica é, assim, uma
                          condição inerente aos saberes fronteiriços. É a partir desse bios e lócus epistêmico que esta proposta
                          de trabalho se constrói. Para isso, pretende-se criar possibilidades de diálogo com obras ficcionais,
                          prioritariamente, e teóricas de Edgar Cézar Nolasco, que teoriza seu discurso a partir de seu lócus
                          fronteiriço, a fronteira-Sul Brasil/Paraguai/Bolívia, erigindo uma crítica pós- colonial a partir dessa
                          fronteira sanguinolenta onde canta o urutau, ave símbolo de regiões do cerrado brasileiro. Seus
                          escritos poéticos são permeados por suas memórias subalternas e se encontram presentes na sua
                          poética ficcional Pântano, Oráculo da fronteira, A ignorância da Revolta, O jardim das fronteiras,
                          Paisagens biográficas, El lado oscuro del corazón de la frontera, Gramática despoética da
                          fronteira, Ensaio da desobediência dos pássaros e O teorizador vira-lata. Bios e lócus de sujeitos
                          fronteiriços estão atrelados, criando, dessa maneira, as memórias subalternas de fronteira. Portanto,
                          proponho delinear tal reflexão a partir dos escritos teórico-ficcionais do intelectual Edgar Cézar
                          Nolasco, que é um sujeito híbrido, fronteiriço, mestiço e múltiplo, pois há vários Nolascos
                          permeando minha escrita e interpretação, em diálogo com autores como Glória Anzaldúa, Ramón
                          Grosfoguel, Bessa-Oliveira, Boaventura de Sousa Santos, Walter Mignolo, Aníbal Quijano, Franz
                          Fanon, Juliano Garcia Pessanha, Eneida Maria de Souza e Zulma Palermo. É nessa direção que este
                          trabalho pretende seguir, a partir do estudo da poética ficcional de Nolasco, um intelectual
                          fronteiriço desobediente de nascença.
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                          Expressões idiomáticas do russo e do português brasileiro: um estudo comparativo de somatismos
                          Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                          Tipo Dissertação
                          Data 27/05/2022
                          Área LETRAS
                          Orientador(es)
                          • Elizabete Aparecida Marques
                          Orientando(s)
                          • Elizaveta Koskevich
                          Banca
                          • Aparecida Negri Isquerdo
                          • Ekaterina Volkova Américo
                          • Elizabete Aparecida Marques
                          • Olga Alexandrovna Saprykina
                          • Renato Rodrigues Pereira
                          Resumo A fraseologia tem sido objeto de atenção especial de linguistas, tradutores, especialistas, lexicógrafos e terminólogos de diferentes países desde o início dos estudos da linguagem até os dias atuais e vem desenvolvendo-se de forma progressiva em diversos países, haja vista sua intima relação com o viés cultural da língua. O ensino de línguas e o desenvolvimento dos estudos da tradução levaram ao estudo comparativo e à consolidação das descrições das línguas naturais. Uma análise comparativa do vocabulário de diferentes línguas levou os linguistas a conclusões relevantes e abriu novas perspectivas para o estudo de meios tão expressivos de criação de imagens, como as unidades fraseológicas idiomáticas, usadas por falantes de diferentes comunidades linguísticas. Esses itens lexicais são parte do imaginário coletivo e variam de um idioma para outro, oferecendo informações valiosas que contribuem para a compreensão das conotações culturais sobre determinados temas. Cada unidade fraseológica, se contiver a conotação cultural, contribui para a imagem global do mosaico da cultura nacional. A linguista espanhola Martínez López (1996, p. 198 apud MARQUES, 2006, p. 64) afirma que somatismos são “expressões fixas que empregam lexemas que fazem referência a alguma parte do corpo, seja física ou psíquica”.1 Nesse sentido, o propósito deste trabalho é apresentar e discutir as características estruturais e semânticas de expressões idiomáticas somáticas do russo e do português brasileiro, pois essas unidades fraseológicas representam um dos tipos centrais das unidades fraseológicas. Este estudo visou ainda discutir e compreender as possíveis diferenças e semelhanças semânticas e culturais de expressões idiomáticas somáticas, ou seja, formadas por partes do corpo humano, neste caso em específico: cabeça, olho, língua e pé/perna. Via de regra, o significado dessas expressões é construído a partir de metáforas e, na maioria das vezes, para compreendê-lo, é necessário entender a cultura e o estilo de vida dos povos de cada país, uma vez que o vocabulário fraseológico reflete a visão de mundo de uma determinada sociedade. Nessa perspectiva, as unidades fraseológicas em português e russo são de grande interesse, pois fornecem informações sobre a cultura e a mentalidade dos dois povos. Os dados desta pesquisa foram extraídos de um corpus lexicográfico e de textos autênticos disponíveis na Internet, do Corpus Nacional da Língua Russa2 e dos dicionários da língua russa3 e do português brasileiro4. O estudo comparativo evidenciou semelhanças e diferenças estruturais e semânticas nas expressões idiomáticas somáticas das duas línguas analisadas. É relevante buscar comparar e descrever cientificamente as expressões idiomáticas formadas por itens lexicais que nomeiam partes do corpo humano em russo e português de vertente brasileira, a fim de observar o comportamento fraseológico nas duas línguas. Será que existem correspondentes para todas as expressões russas? Será que aspectos morfológicos são semelhantes?
                          Palavras-chave: Expressões Idiomáticas Somáticas; Português Brasileiro; Russo.
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                          A LÍNGUA VERNÁCULA EM TRAINSPOTTING: UM ESTUDO COMPARATIVO MULTIMIDIÁTICO SOBRE O USO DO SCOTS EM DIFERENTES ADAPTAÇÕES DA OBRA DE IRVINE WELSH
                          Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                          Tipo Dissertação
                          Data 17/05/2022
                          Área LETRAS
                          Orientador(es)
                          • Michele Eduarda Brasil de Sa
                          Orientando(s)
                          • Ronaldo de Carvalho Gomes
                          Banca
                          • Amaury Garcia dos Santos Neto
                          • Angela Maria Guida
                          • Michele Eduarda Brasil de Sa
                          • William Teixeira da Silva
                          Resumo Esta pesquisa analisa o uso da principal língua vernácula da Escócia, denominada Scots, na adaptação cinematográfica, na versão em audiobook e na versão escrita original da obra literária Trainspotting (2004), de Irvine Welsh. Através de um estudo comparativo multimidiático, investigou-se como se deram os processos de adaptação, em termos linguísticos, e qual o papel desempenhado pelo Scots em cada uma das adaptações. Investigou-se, também, como tais adaptações contribuem para a compreensão de línguas vernáculas em obras literárias que fazem parte das literaturas em língua inglesa. Para tanto, fez-se necessário um estudo panorâmico dos eventos históricos que mantiveram a Escócia separada da Inglaterra durante séculos, e como, mais tarde, vieram a se unir na formação do Reino Unido. Tais eventos históricos influenciaram o desenvolvimento dessa variação linguística, que Welsh emprega em suas obras. A partir deste trabalho, fez-se possível uma visão mais ampla sobre o que é o Scots, suas origens e qual o papel desempenhado nas adaptações e na obra literária analisada. Conclui-se que os resultados desta pesquisa podem contribuir para a difusão do uso de obras fora do cânon literário nos estudos de literaturas em língua inglesa e a utilização de diferentes recursos multimidiáticos para a compreensão destes, quando fizerem uso de variações linguísticas e línguas vernáculas.
                          Palavras-chave: Trainspotting; Scots; Multimídia.
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                          Lugares na obra de Paulo Nazareth: deslocamentos poéticos e ressignificação semiótica
                          Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                          Tipo Dissertação
                          Data 13/05/2022
                          Área LETRAS
                          Orientador(es)
                          • Eluiza Bortolotto Ghizzi
                          Orientando(s)
                          • Camila Calolinda da Silva
                          Banca
                          • Eluiza Bortolotto Ghizzi
                          • Geraldo Vicente Martins
                          • Isaac Antonio Camargo
                          • Simone Rocha de Abreu
                          • Sueli Maria Ramos da Silva
                          Resumo A presente pesquisa se baseia no percurso do artista viajante contemporâneo mineiro Paulo Nazareth (1977), com enfoque em obras de 2 séries desenvolvidas no deslocamento, “Notícias de América” (2011-2012) e “Cadernos de África” (2012-). O artista realiza um itinerário autobiográfico, em que demonstra um alto senso de sua identidade mestiça, e no qual atua como um arquivo vivo de sua própria história-memória individual que se mescla à coletiva. Ao longo do texto, defino a estratégia de análise, apoiada em uma relação entre Arte, Antropologia e Semiótica, bem como no caminhar como prática ativa na produção, o que tem aporte nos relatos de experiência do artista, registrados nas entrevistas concedidas por Paulo Nazareth, nos textos críticos sobre suas obras e nas próprias obras como fontes primárias. Desenvolvo uma reflexão sobre o caminhar como prática estética, tal qual apresentado pelo arquiteto italiano Francesco Careri (1966) e, também, acerca dos escritos do etnólogo e antropólogo francês Marc Augé (1935), sobre o que ele chamou de sobremodernidade, principalmente nos conceitos de lugar antropológico e não lugar antropológico. Este último, tem inspirado pesquisas para além do campo da antropologia, incluindo esta, no campo das artes visuais contemporâneas, com o objetivo de investigar a relação entre a produção artística de Paulo Nazareth e os locais que percorre, por meio dos registros, que são também obras de arte, e com o enfoque na possibilidade de essas obras atuarem na ressignificação de certos
                          símbolos culturais, através da relação artística com esses lugares. Para a análise das obras, a abordagem metodológica adotada está ancorada na semiótica geral de Charles S. Peirce (1839-1914), bem como nas publicações da pesquisadora e professora brasileira Lucia Santaella (1944), entre outros estudiosos dessa semiótica que a propõem como possibilidades de leitura e análise de obras de arte. Por fim, nas obras analisadas, em conjunto aos conhecimentos adquiridos através da pesquisa, foi possível identificar os pontos de ligação com os conceitos teóricos, além de elementos que corroboraram com a comprovação da ressignificação desses locais em lugares próximos ao que entendemos como “em casa”. A pesquisa buscou contribuir para a ampliação dos estudos da arte enquanto linguagem e suas
                          ligações interdisciplinares.
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