Doutorado em Educação

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Trabalhos

Trabalhos Disponíveis

TRABALHO Ações
AS EXPRESSÕES DA SUBJETIVIDADE DO PROFESSOR NA ORGANIZAÇÃO DA ACESSIBILIDADE NA SALA DE AULA
Curso Doutorado em Educação
Tipo Tese
Data 04/07/2025
Área EDUCAÇÃO
Orientador(es)
  • Alexandra Ayach Anache
Coorientador(es)
  • Eladio Sebastian Heredero
Orientando(s)
  • DANIEL MENDES DA SILVA FILHO
Banca
  • Alexandra Ayach Anache
  • Eladio Sebastian Heredero
  • Geandra Cláudia Silva Santos
  • Hellen Jaqueline Marques
  • José Fernando Patiño Torres
  • Lauro Araújo Mota
  • Monica de Carvalho Magalhaes Kassar
Resumo
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    FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES EM MEIO A PANDEMIA: CONHECIMENTOS MATEMÁTICOS E USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS.
    Curso Doutorado em Educação
    Tipo Tese
    Data 30/06/2025
    Área EDUCAÇÃO
    Orientador(es)
    • Suely Scherer
    Coorientador(es)
      Orientando(s)
      • MAXLEI VINICIUS CÂNDIDO DE FREITAS
      Banca
      • Adamo Duarte de Oliveira
      • Agnaldo de Oliveira
      • Frederico Fonseca Fernandes
      • Gláucia da Silva Brito
      • Marcelo Máximo Purificação
      • Suely Scherer
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        Os arquivos do século XIX como possibilidade de “enxergar antigamentes”: educação de surdos no Brasil Imperial
        Curso Doutorado em Educação
        Tipo Tese
        Data 27/06/2025
        Área EDUCAÇÃO
        Orientador(es)
          Coorientador(es)
          Orientando(s)
            Banca
            • Antonio Carlos do Nascimento Osorio
            • Carina Elisabeth Maciel
            • Linoel de Jesus Leal Ordonez
            • Lucyenne Matos da Costa Vieira Machado
            • Marcelo Victor da Rosa
            • Vanessa Regina de Oliveira Martins
            Resumo
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              Os arquivos do século XIX como possibilidade de “enxergar antigamentes”: Educação de surdos no Brasil Imperial
              Curso Doutorado em Educação
              Tipo Tese
              Data 27/06/2025
              Área EDUCAÇÃO
              Orientador(es)
              • Antonio Carlos do Nascimento Osorio
              Coorientador(es)
                Orientando(s)
                • Carlos Roberto de Oliveira Lima
                Banca
                • Antonio Carlos do Nascimento Osorio
                • Carina Elisabeth Maciel
                • Linoel de Jesus Leal Ordonez
                • Lucyenne Matos da Costa Vieira Machado
                • Marcelo Victor da Rosa
                • Vanessa Regina de Oliveira Martins
                Resumo Convencionou-se que a educação de surdos em território nacional se inicia na segunda metade do século XIX, com a chegada de Edouard Huet e a criação do atual Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) em 1856. Pesquisas anteriores a este período e que consideram o Brasil como recorte são, praticamente, inexistentes. Desta forma, desejo contribuir com a história da educação de surdos olhando para um espaço de tempo que se mantém silenciado (em relação a tudo que já foi dito), entretanto, com muitas vozes quando acariciado com maior cuidado, tendo como objetivo: compreender nas práticas discursivas da sociedade braziliense da primeira metade do século XIX as produções de normas sociais que atravessaram vidas surdas e suas possibilidades de existência. Desta forma, compreender as normas que circulavam no Brasil Império deste referido período (1801-1850) buscando esquadrinhar as motivações para que a criação do INES fosse possível em 1856 é a ‘jornada’ contida nesta investigação. A pesquisa se caracteriza, em sua classificação, como histórico-documental, descritiva e de cunho qualitativo. As fontes primárias levantadas foram tratadas a partir de uma inspiração foucaultiana com a intercessão literária de Manoel de Barros como possibilidade de ficcionar a realidade e a materialidade dos dados. A narrativa construída nesta análise é possível de ser compreendida por intermédio da invenção de quatro campos de saberes acerca da surdez: Literário, Legislativo, Imperial e Médico. Dentro deste aparato, a tese deste estudo aponta para o pensamento de que a criação do atual INES se tornou possível devido às constituições de imaginários que circularam neste momento histórico, dentro destes campos, dando possibilidade de inscrever a surdez nas normas sociais de sua época. As conclusões destacam que a surdez passou a existir nas linhas documentais a partir de um jogo mútuo entre tais instituições fabricadoras de normas que, no decorrer das leituras, aparecem conferindo o suporte para a construção de um dispositivo da surdez, condicionando e direcionando as possibilidades de vidas surdas neste momento histórico.
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                O ENSINO DAS DANÇAS POPULARES BRASILEIRAS DE MATRIZES AFRICANAS NA DISICIPLINA DE ARTE DAS ESCOLAS PÚBLICAS ESTADUAIS DE MATO GROSSO DO SUL: Contribuições para a educação das relações étnico-raciais.
                Curso Doutorado em Educação
                Tipo Tese
                Data 17/06/2025
                Área EDUCAÇÃO
                Orientador(es)
                • Eugenia Portela de Siqueira Marques
                Coorientador(es)
                  Orientando(s)
                  • Vanderlei José dos Santos
                  Banca
                  • Alexandra Ayach Anache
                  • Eugenia Portela de Siqueira Marques
                  • Gabriela Di Donato Salvador Santinho
                  • Marcelo Victor da Rosa
                  • Marcos Antônio Bessa Oliveira
                  • Sandra Novais Sousa
                  Resumo A presente tese investigou as Danças Populares Brasileiras de Matrizes Africanas (DPBMAs) como construtoras de conhecimentos e saberes que historicamente estiveram à margem do processo de escolarização na Educação Básica de Mato Grosso do Sul. A partir do componente curricular Arte, que abarca a Música, o Teatro, a Arte Visual e a Dança como linguagens a serem desenvolvidas na escola, procuramos, na linguagem da Dança, verificar como as escolas da Rede Estadual de Ensino têm trabalhado ou não as possibilidades de uma educação para as relações étnico-raciais que tenha como premissa os saberes corporais advindos da Cultura Popular Brasileira. Neste sentido, a fundamentação teórico-metodológica tem amparo no arcabouço jurídico da educação brasileira, especialmente no que tange a Lei 10.639/2003 e sua regulamentação com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais (DCNERER), bem como nos estudos relacionados ao racismo estrutural e institucional, à luta do movimento Negro Unificado (MNU) e à Educação para as Relações Étnico-raciais, em conexão com os estudiosos da relação Cultura Popular, Arte, Educação e Dança, além do currículos de referência da educação básica sul-mato-grossense, em diálogo com os estudos contra-hegemônicos. Desse modo, o percurso metodológico privilegiou estudos bibliográficos, documentais e questionário aberto junto aos professores de Arte da rede estadual de ensino, a partir do questionamento se as Danças Populares Brasileiras de Matrizes Africanas estão inseridas no currículo das escolas estaduais de Mato Grosso do Sul, se os professores de Arte da rede estadual as conhecem e as desenvolvem em sala de aula e, ainda, quais as contribuições dessas danças no que tange à descolonização do ensino de Arte em Mato Grosso do Sul. Sendo assim, desenvolvemos a hipótese de que, com a implementação da Lei nº 10.639/2003 e suas diretrizes, a disciplina de Arte tenha o potencial de desenvolver processos educativos a partir das Danças Populares Brasileiras de Matrizes Africanas como conteúdo para a educação das Relações Étnico-raciais na escola. Como resultados, percebemos que, a partir da referida lei, houve um deslocamento epistêmico no currículo, ao possibilitar que as DPBMAs permeiem as aulas de Arte. Observamos também que, embora o componente curricular Arte seja tratado pelo Estado de maneira reduzida e com orientações escamoteadas para a ERER e as DPBMAs, as ações de profissionais da educação que leem as entrelinhas do currículo e, com base nisso, desenvolvem atividades coerentes, consistentes e significativas no processo de escolarização dos estudantes evidenciam o potencial do ensino de Arte para a promoção da Educação para as Relações Étnico-Raciais, a partir das DPBMAs.
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                  HEGEMONIA E CONTRA-HEGEMONIA NAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS: O CASO DO NOVO ENSINO MÉDIO E DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC)
                  Curso Doutorado em Educação
                  Tipo Tese
                  Data 14/05/2025
                  Área EDUCAÇÃO
                  Orientador(es)
                  • Silvia Helena Andrade de Brito
                  Coorientador(es)
                    Orientando(s)
                    • Vinícius de Oliveira Bezerra
                    Banca
                    • Carina Elisabeth Maciel
                    • Luciana Rosa Marques
                    • Maria Dilneia Espindola Fernandes
                    • Maria Raquel Caetano
                    • Silvia Helena Andrade de Brito
                    • Solange Jarcem Fernandes
                    Resumo Este trabalho tem por objeto a disputa pela hegemonia da política educacional do Ensino Médio, pertencendo à Linha de Pesquisa “História, Políticas, Educação” do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (PPGEdu/FAED/UFMS). O objetivo geral consiste em analisar as relações de força na disputa pela hegemonia do Ensino Médio, em particular na conjuntura da tramitação da Medida Provisória nº 746/2016 e no processo de elaboração e aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A tese desta pesquisa defende que o impeachment de Dilma Rousseff (PT) iniciou um período de desmonte acelerado dos direitos sociais conquistados na Constituição Federal de 1988, fruto da alteração das relações de forças na disputa pela hegemonia. No campo educacional, as consequências principais foram as aprovações da reforma do Ensino Médio e da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A análise do objeto observa os preceitos do materialismo histórico e dialético, conforme definido por Karl Marx e Friedrich Engels, apoiado pelas categorias de Antonio Gramsci, em especial as de intelectual orgânico, hegemonia e relações de força. A pesquisa, de caráter bibliográfico e documental, teve como etapa preliminar a análise da produção sobre o objeto de estudo, seguida pela seleção e análise das fontes documentais. Os documentos da pesquisa foram todas obtidas de forma online, acessando os sites oficiais do Congresso Nacional e das organizações que disputaram a hegemonia nessa conjuntura. A partir do desenvolvimento da análise, foi possível mostrar que as estratégias postas em práticas pela contra-hegemonia não foram suficientes para alterar as relações de forças no campo educacional, sendo os projetos hegemônicos aprovados, apesar das resistências. Entendemos que esses reveses não destoam do conjunto de derrotas das esquerdas a partir de 2016, sendo essa apenas uma das políticas defendidas pela classe dominante diante de uma mudança no padrão de acumulação, decorrente do agravamento da crise estrutural do capitalismo. Dessa forma, o avanço da hegemonia neutralizou as estratégias contra-hegemônicas no campo econômico, político e educacional.
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                    O ACESSO DE MULHERES NEGRAS À EDUCAÇÃO SUPERIOR PÚBLICA: INTERSECCIONALIDADE, LUTAS E POLÍTICAS EM DISPUTA (2012 - 2022)
                    Curso Doutorado em Educação
                    Tipo Tese
                    Data 18/03/2025
                    Área EDUCAÇÃO
                    Orientador(es)
                    • Carina Elisabeth Maciel
                    Coorientador(es)
                      Orientando(s)
                      • Joelma Inês Evangelista
                      Banca
                      • Andréia da Silva Quintanilha Sousa
                      • Carina Elisabeth Maciel
                      • Christian Muleka Mwewa
                      • Dirceu Santos Silva
                      • Maria José de Jesus Alves Cordeiro
                      • Silvia Helena Andrade de Brito
                      Resumo Esta pesquisa está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), na linha de pesquisa História, Política, Educação. Mais especificamente, está associada ao projeto Inclusão, acesso e permanência na educação superior: políticas e trajetórias. Nesta investigação identificamos como objeto as políticas de acesso à educação superior pública para as mulheres negras, uma vez que o acesso de estudantes negras à educação superior possui demarcadores sociais que podem interferir no modo como elas chegam nesse nível educacional. Esta tese tem como objetivo geral analisar a relação entre as políticas educacionais e o acesso das mulheres negras à educação superior no período de 2012-2022. Tem como objetivos específicos: identificar as políticas educacionais que podem interferir no acesso das mulheres negras à educação superior; desvelar as condições sócio-históricas do acesso das mulheres negras à educação superior no Brasil; evidenciar as especificidades do acesso de mulheres negras à educação superior considerando ingressantes, concluintes e áreas dos cursos escolhidos. Essas condições sócio-históricas são identificadas nesta tese a partir de categorias de análises interseccionais como: raça, gênero e classe, pois compreendemos que esses fatores interligados projetam obstáculos na condição social ao qual as mulheres negras seguem submetidas e consequentemente essas desigualdades são reproduzidas, dificultando a superação dessas vulnerabilidades, que afetam diretamente seu processo educacional. Assim, no decorrer desta investigação, mobilizam-se conceitos que se referem a aspectos universais e a singularidades do objeto de pesquisa. A metodologia foi desenvolvida por meio de pesquisa do tipo exploratória, com a coleta de dados bibliográficos e documentos, a partir do método materialismo histórico-dialético. Os resultados apontaram que as políticas de educação superior promulgadas nas últimas décadas e, em particular, a política de cotas têm contribuído para o acesso de mulheres negras nesse nível educacional. Esse acesso ainda ocorre de modo desigual quando comparado ao acesso de mulheres brancas, principalmente quando observado o acesso em áreas consideradas elitizadas. A pesquisa ainda evidenciou que as chances de uma mulher negra concluir a educação superior é menor do que a de mulheres brancas, desvelando uma urgente demanda por estratégias e investimentos que contribuam para a permanência, com planejamentos para além de recursos financeiros, mas que se materializam concomitantemente em ações de acolhimento e mudanças curriculares que de fato contribuam para promover a inclusão dessas estudantes no ambiente acadêmico.
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                      AS CONFIGURAÇÕES SUBJETIVAS DE PROFESSORES-COORDENADORES DE UM INSTITUTO FEDERAL QUE ATUAM JUNTO AOS ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA.
                      Curso Doutorado em Educação
                      Tipo Tese
                      Data 14/03/2025
                      Área EDUCAÇÃO
                      Orientador(es)
                      • Alexandra Ayach Anache
                      Coorientador(es)
                        Orientando(s)
                        • Andréa Duarte de Oliveira
                        Banca
                        • Alexandra Ayach Anache
                        • Carla Ariela Rios Vilaronga
                        • Eladio Sebastian Heredero
                        • Geandra Cláudia Silva Santos
                        • José Fernando Patiño Torres
                        • Monica de Carvalho Magalhaes Kassar
                        Resumo Este projeto de pesquisa abarcou a problemática da inclusão de estudantes com deficiência na Educação Profissional Tecnológica. Foi desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, na linha de pesquisa Educação, Cultura e Sociedade. O objetivo geral foi compreender como se desenvolvem as configurações subjetivas para o cargo de docência na Educação Profissional e Tecnológica em profissionais bacharéis que ocupam a função de coordenação em áreas de ensino, pesquisa e extensão e atuam com estudantes com deficiência. Nossos objetivos específicos contemplaram: 1. Compreender como acontece a escolha para a participação de concurso à carreira docente; 2. Identificar como são construídos espaços de formação continuada dentro da instituição; 3. Conhecer o processo de integração ao grupo de coordenadores da Instituição/campus; 4. Identificar as produções subjetivas destes profissionais sobre o direito à educação para estudantes com deficiência; 5. Identificar como a subjetividade social institucional consonante à dupla jornada de atribuições (docência e coordenação) interfere na organização didática e no atendimento aos estudantes com deficiência. A pesquisa se desenvolveu em um Instituto Federal da região Centro-Oeste. Nossas conjecturas iniciais apontavam para a percepção da realidade que a não formação em licenciatura se consolidaria como um obstáculo no processo de inclusão através de uma organização didática que não contemplaria as necessidades específicas de estudantes com deficiência. Buscamos a Teoria da Subjetividade, criada pelo pesquisador Fernando Luís González Rey; assim, a pesquisa foi subsidiada pelo método construtivo-interpretativo, os instrumentos para construção de informações foram entrevista semiestruturada, complemento de frases e dinâmica conversacional; instrumentos abarcados pela epistemologia qualitativa, advinda da Teoria da Subjetividade. Participaram da pesquisa dois docentes que faziam parte do grupo de gestores do campus. Algumas hipóteses construídas, no processo de construção das informações, dão conta da escolha profissional em decorrência da estabilidade financeira; que a função de coordenação, aceita pela motivação de contribuir com o trabalho da Instituição, gera um acúmulo de atribuições que atravessam, completamente, a organização didática docente, em detrimento ao planejamento de aula. Tal dinâmica faz com que o processo de formação docente, sobretudo com relação à modalidade Educação Especial, aconteça de maneira informal, entre os intervalos de atendimento às atribuições, através de informações trocadas entre pares; também gera frustração pelo sentimento de incompatibilidade entre compromissos assumidos com a função de coordenação e organização didática docente. Nossas teses apontam para: as dimensões subjetivas da organização didática e pedagógica se distanciavam da perspectiva da Educação Inclusiva e a educação especial era compreendida como apêndice da dinâmica institucional; a necessidade de atender as pessoas com deficiências era decorrente das vivências particulares de cada participante e não de uma política de formação profissional; a formação profissional deveria ser pensada de forma transversal e articulada com os demais setores da instituição; as atividades de coordenação de curso estão equidistantes das necessidades de aprendizagens dos estudantes com deficiência na perspectiva de um ensino colaborativo; o trabalho de coordenação se restringe à formulação e acompanhamento de processos burocráticos.
                        A EXPANSÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL MUNICIPAL EM CAMPO GRANDE – MT/MS (1960-1985)
                        Curso Doutorado em Educação
                        Tipo Tese
                        Data 27/02/2025
                        Área EDUCAÇÃO
                        Orientador(es)
                        • Silvia Helena Andrade de Brito
                        Coorientador(es)
                          Orientando(s)
                          • Mauro Cunha Júnior
                          Banca
                          • Alessandra Cristina Furtado
                          • Carina Elisabeth Maciel
                          • Eurize Caldas Pessanha
                          • Fabiany de Cassia Tavares Silva
                          • Silvia Helena Andrade de Brito
                          • Solange Jarcem Fernandes
                          Resumo Esta tese, vinculada à Linha de Pesquisa "História, Política, Educação" do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS/PPGEdu), campus de Campo Grande, tem como objeto de investigação a expansão do ensino fundamental mantido pelo Poder Público municipal de Campo Grande, no período entre 1960 e 1985. A delimitação temporal deste trabalho tem início em 1960, ano em que a atuação do governo municipal de Campo Grande se expandiu no campo da educação, com a criação do primeiro grupo escolar municipal, o Grupo Escolar Bernardo Franco Baís. O recorte se encerra em 1985, no final do período da ditadura civil-militar (1964-1985), momento histórico marcado pela institucionalização da Lei Federal nº 5.692/1971, que estabeleceu as diretrizes e bases para o ensino de primeiro e segundo graus no país. O objetivo geral desta tese é desvelar os fatores econômicos, políticos e sociais que influenciaram a atuação do Poder Público municipal na expansão do ensino fundamental em Campo Grande, nesse momento histórico. Os objetivos específicos são: 1. analisar a modernização do Estado no Brasil e dos estados de Mato Grosso (antes da divisão) e Mato Grosso do Sul (após a divisão), o qual favoreceu o processo de expansão do ensino fundamental municipal; 2. desvelar o processo de expansão do ensino fundamental municipal em Campo Grande, considerando as iniciativas dos governos municipal, estadual e federal no campo educacional; e 3. investigar os fatores que influenciaram a expansão desse nível de ensino, em especial aquelas que foram iniciativa do governo municipal. Para atingir esses objetivos, realizou-se o levantamento e análise de fontes bibliográficas (livros, teses e dissertações) relacionadas sobre o tema, e de fontes documentais (leis, decretos, relatórios, informações estatísticas, entre outros), compiladas junto a sites, bibliotecas institucionais e arquivos. O referencial teórico adotado é a ciência da história, utilizando-se das categorias de método universal, singular, mediação e contradição, além das categorias de análise: educação pública, política educacional, Estado e modernização. O estudo constatou que a atuação do governo municipal de Campo Grande no campo educacional se intensificou a partir da década de 1960, impulsionada pelo apoio financeiro do governo federal com a instalação dos primeiros grupos escolares e ginásios municipais. Nesse contexto, identificaram-se dois principais momentos de expansão da Rede Municipal de Ensino (Reme) em Campo Grande: 1) entre 1960 e 1972, período em que foram implantados quatro grupos escolares, dez ginásios e 20 escolas primárias; e 2) entre 1974 e 1985, quando foi implementada a Lei Federal nº 5.692/1971, que culminou na instalação de mais 45 instituições de ensino de primeiro grau municipal. A tese defende o argumento de que a expansão do ensino fundamental municipal, embora determinada pelo desenvolvimento econômico e demográfico verificado na cidade de Campo Grande, entre as décadas de 1960 e 1980, o que ampliou a demanda social pelo ensino fundamental e pela oferta desse nível de ensino pelo Poder Público municipal, também foi resultado da atuação de determinados atores políticos que, influenciados pela política educacional da ditadura civil-militar (1964-1985), viam o investimento em educação como essencial para alcançar o desenvolvimento social e econômico da cidade. Assim, a expansão do ensino fundamental municipal foi um processo complexo, condicionado por interesses políticos, econômicos e sociais que determinaram o acesso e a qualidade da educação em Campo Grande entre 1960 e 1985.
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                          ADORNO, FANON E AS DINÂMICAS DE VIOLÊNCIA E EMANCIPAÇÃO: a dialética das encruzilhadas.
                          Curso Doutorado em Educação
                          Tipo Tese
                          Data 17/02/2025
                          Área EDUCAÇÃO
                          Orientador(es)
                          • Christian Muleka Mwewa
                          Coorientador(es)
                            Orientando(s)
                            • Cintia Medeiros Robles Aguiar
                            Banca
                            • Christian Muleka Mwewa
                            • Emiliano Matías Gambarotta
                            • Jaqueline Aparecida Martins Zarbato
                            • Jose Eduardo de Oliveira Evangelista Lanuti
                            • Josiane Peres Goncalves
                            Resumo Este estudo insere-se nas atividades do Grupo de Pesquisa “Formação e Cultura na Sociedade Contemporânea – EduForP/CNPq” e no Programa de Pesquisa “Teoria Crítica para o Inconformismo: a não-Identidade como telos das relações étnicas e ‘raciais’”, financiado pelo CNPq/MCTI/FNDCT (Chamada 18/2021 – Universal). Vinculado à linha de pesquisa “Educação, Cultura, Sociedade” do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, o estudo examina a violência como ameaça à emancipação humana a partir do diálogo entre Theodor W. Adorno e Frantz Fanon. A pesquisa propõe a “dialética das encruzilhadas” como ferramenta analítica para articular as relações entre conformidade e ruptura na compreensão das dinâmicas da violência. Metodologicamente, adota a Grounded Theory para a análise das obras Estudos sobre a Personalidade Autoritária (Adorno et al., 2019) e Os Condenados da Terra (Fanon, 2022), expandindo o escopo para outros textos fundamentais dos autores. A partir da crítica adorniana à conformidade e da perspectiva fanoniana sobre a violência como práxis de ruptura, o estudo investiga como a violência opera estruturalmente na conformação dos sujeitos e na reprodução das desigualdades. Os resultados indicam que, enquanto Adorno compreende a violência como um mecanismo de manutenção da ordem social autoritária, Fanon a analisa como um meio de subversão das estruturas opressoras. No entanto, o estudo demonstra que ambas as abordagens convergem na compreensão da violência como fenômeno estruturante das relações sociais, estabelecendo um ponto de intersecção na crítica às formas de dominação. A dialética das encruzilhadas evidencia que a oposição entre conformidade e ruptura não é binária, mas atravessada por complexidades históricas e contextuais que desafiam uma leitura simplista da violência. Conclui-se que a dialética das encruzilhadas contribui para um entendimento mais amplo da violência enquanto fenômeno social, permitindo deslocar as discussões para além de categorias fixas e dicotômicas. Esse deslocamento teórico oferece subsídios para aprofundar a análise crítica da violência em sua relação com a educação, sugerindo novos caminhos para a construção de alternativas teóricas que não reproduzam as armadilhas do conformismo ou da destruição absoluta.
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                            O PROTAGONISMO FEMININO NAS OBRAS LITERÁRIAS INFANTIS BOLIVIANAS
                            Curso Doutorado em Educação
                            Tipo Tese
                            Data 06/12/2024
                            Área EDUCAÇÃO
                            Orientador(es)
                            • Josiane Peres Goncalves
                            Coorientador(es)
                              Orientando(s)
                              • Tarissa Marques Rodrigues dos Santos
                              Banca
                              • Constantina Xavier Filha
                              • Fabiano Quadros Ruckert
                              • Jorgelina Ivana Tellei
                              • Josiane Peres Goncalves
                              • Marcia Regina do Nascimento Sambugari
                              • Maria José de Jesus Alves Cordeiro
                              Resumo A tese se insere na linha de pesquisa “Processos Formativos, Práticas Educativas, Diferenças” ligada ao Grupo de Pesquisa Estudos e Pesquisa em Desenvolvimento, Gênero e Educação (GEPDGE), do Programa de Pós-Graduação em Educação, na Faculdade de Educação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. A pesquisa tem por objetivo geral analisar como as feminilidades são construídas e produzidas nos livros para a infância na literatura boliviana, e por específicos, identificar a constituição de feminilidades em personagens mulheres nos livros para a infância oriundos dos acervos literários infantis bolivianos, bem como coletar e agrupar os livros para a infância de acordo com as concepções de gênero que são construídas e produzidas. Assim, selecionamos e analisamos os livros para a infância a partir do embasamento teórico dos estudos de gênero e das discussões feitas no desenvolvimento da pesquisa. Para fundamentar as análises dos discursos, utilizamos o aporte teórico de autores que promovem discussões sobre Gênero, Estudos Feministas e Estudos de Gênero, na abordagem pós-estruturalista (Foucault, Deleuze, Butler, Louro, Xavier Filha, entre outros), com relação ao Feminismo na Bolívia e identidades (Paredes, Cândia, Galindo, Arroyo, Bhabha, Mignolo, entre outros); sobre a Literatura (Cândido, Colomer, Cosson, Coelho, Zilberman, Gisbert, Montoya, Reyes, Andruetto, Lajolo, entre outros), de modo a refletir sobre os conceitos e aspectos gerados durante a realização desta tese. A metodologia utilizada adotou procedimentos da pesquisa qualitativa, cujos instrumentos de investigação direciona-se para o delineamento de uma análise aprofundada das discursividades presentes nos livros para a infância bolivianos. Foram analisadas 10 obras, todas parte da coleção da Academia Boliviana de Literatura Infantil y juvenil, selecionadas com base na representatividade e recorrência dos temas de gênero e feminilidades em personagens mulheres, buscando identificar e categorizar as diferentes formas de representação das identidades femininas. Realizamos uma análise documental e bibliográfica dos textos literários, utilizando técnicas de análise com conceitos foucautianos conforme as abordagens propostas por Foucault, categorizando-os em quatro conceitos foucaultianos dos discursos: Poder, Biopolítica, Genealogia e Arqueologia para explorar como esses textos não apenas comunicam histórias, mas também produzem formas de conhecimento e poder que moldam identidades, comportamentos e valores sociais desde a infância. Os resultados evidenciam que a literatura para a infância boliviana é um potente artefato cultural que contribui significativamente para a desmistificação dos preconceitos de gênero historicamente enraizados no meio social e nas escolas. Os artefatos culturais analisados apresentam diferentes tipos de feminilidades, desafiando estereótipos e permitindo que as crianças explorem identidades de gênero de maneira mais ampla e crítica. Essas feminilidades diversas, ao serem trazidas para o debate no espaço escolar, podem fomentar uma compreensão mais inclusiva e questionadora sobre os papéis de gênero na sociedade.
                              RACIONALIDADE POLÍTICA E EDUCAÇÃO: A (Re) invenção do Ensino Médio brasileiro em reformas (2017-2022)
                              Curso Doutorado em Educação
                              Tipo Tese
                              Data 27/11/2024
                              Área EDUCAÇÃO
                              Orientador(es)
                              • Antonio Carlos do Nascimento Osorio
                              Coorientador(es)
                                Orientando(s)
                                • Marcelo Correa Pires
                                Banca
                                • Antonio Carlos do Nascimento Osorio
                                • Fabiany de Cassia Tavares Silva
                                • Jacira Helena do Valle Pereira Assis
                                • Linoel de Jesus Leal Ordonez
                                • Marcos Villela Pereira
                                • Rosemeire de Lourdes Monteiro Ziliani
                                Resumo Esta pesquisa problematiza os efeitos e as práticas decorrentes da Reforma do Ensino Médio, sancionada por meio da Medida Provisória (MP) nº 746, em 22 de setembro de 2016, que posteriormente se transformou na Lei nº 13.415, em 16 de fevereiro de 2017. O objetivo é mostrar que tal reforma trouxe diversos impactos na educação formal dos jovens brasileiros, à luz dos princípios neoliberais, que caracterizam o contexto da Governamentalidade, conceito cunhado por Paul Michel Foucault (1926-1984), que descreve como as instituições, saberes e estratégias tem sido utilizados para governar os indivíduos desde o século XVIII. A orientação metodológica engloba o estudo de um conjunto complexo de instituições, procedimentos, análises, reflexões, cálculos e táticas, empregados para exercer um tipo específico de poder, que se concentra na população. Isso ajuda a entender como a Reforma do Ensino Médio faz parte de um movimento de reformas trabalhistas, da previdência, tributária, política e fiscal desencadeadas no país a partir do governo de Michel Temer (2016 a 2018), direcionando cortes no orçamento e congelamento de gastos públicos, principalmente nos discursos das garantias da proteção das políticas sociais e de educação. Com o propósito de delimitar a análise e compreendendo que o Neoliberalismo é correspondente à cultura local, analisam-se os efeitos dessa razão de governo, que produziu um alinhamento imediato da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul (REE/MS). A Lei nº 4.973, de 29 de dezembro de 2016, implantou o programa de Educação em Tempo Integral, denominadas de Escolas da Autoria. Os resultados indicam uma condição de guerra continuada por outros meios, que se exige, da educação, a solução para corrigir as distorções sociais acumuladas ao longo da história neste nível de formação, e, revelam um conjunto de metas e estratégias no campo educacional frequentemente atuando para regular os indivíduos em suas especificidades, levando-os ao exercício da condição de empresários de si, pelo desenvolvimento de tecnologias e esforços que buscam capacitá-los na aquisição de habilidades e competências mínimas para se reconhecerem na condição de sujeitos, em uma sociedade que preconiza o protagonismo por diferentes relações econômicas, sociais e culturais, sem a intenção efetiva de transformação, mantendo as práticas conservadoras que balizam o país e negligenciam os direitos educacionais e sociais, colocando em risco e comprometendo o exercício da cidadania e o próprio sentido do processo democrático que circula, muitas vezes, pelo autoritarismo.
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                                AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS DE INTERNACIONALIZAÇÃO NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS BRASILEIRAS: ESTUDO DE CASO NA UFMS E UFSC (2019-2022)
                                Curso Doutorado em Educação
                                Tipo Tese
                                Data 01/10/2024
                                Área SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO
                                Orientador(es)
                                • Silvia Helena Andrade de Brito
                                Coorientador(es)
                                  Orientando(s)
                                  • SABRINA BORGES RAMOS DE CARVALHO
                                  Banca
                                  • Carina Elisabeth Maciel
                                  • Fabiany de Cassia Tavares Silva
                                  • Giselle Cristina Martins Real
                                  • Hellen Jaqueline Marques
                                  • Maria de Lourdes Pinto de Almeida
                                  • Silvia Helena Andrade de Brito
                                  Resumo Esta tese, produzida como parte das atividades previstas num curso de doutorado que surgiu a partir de um Processo de Cooperação Interinstitucional (PAC) entre o Centro Universitário de Mineiros (UNIFIMES) e a UFMS, foi produzida no interior da linha de pesquisa “História, políticas, educação” do PPGEdu/FAED/UFMS – Campo Grande. Inicialmente, frise-se que a internacionalização envolve trocas internacionais relacionadas às políticas públicas de educação, sendo um processo de relações universitárias além das nações. Na educação superior é uma estratégia institucional para o desenvolvimento, incentivo e compartilhamento da ciência no mundo globalizado, ademais ela é moldada pelo nível de relação que os programas desenvolvidos para internacionalização têm com o mercado e a sociedade. Consciente disso, o problema de pesquisa sustenta-se no fato de não haver uma política clara de internacionalização para a educação superior no Brasil, a partir de diretrizes emanadas pelo governo federal. Assim, este estudo busca analisar as políticas públicas educacionais do processo de internacionalização promovidas em duas universidades federais brasileiras (UFSC e UFMS). A escolha temporal (2019-2022) se deve ao fato das mudanças nos parâmetros políticos, sociais e educacionais em relação à atuação do Estado, conformando-se assim num momento particular, como o foram outras gestões. Nossa tese é que somente a existência de editais para internacionalização não são suficientes para que se constitua uma política federal consolidada. Para esta finalidade, a pesquisa utiliza abordagem teórico-metodológica com base nas teorias de Knight e De Wit sobre internacionalização da educação superior, e como procedimento o estudo a partir de caso. Sua proposta de coleta de dados é por meio de múltiplas fontes – revisão de literatura, observação participante e entrevistas, estas últimas realizadas com o setor de relações internacionais e pró-reitorias das duas universidades selecionadas, no período de maio até outubro de 2023. A análise de dados se deu por meio da análise de conteúdo. A partir dos resultados da pesquisa, verificou-se que a política de internacionalização teve um grande impulso devido a editais governamentais, tais como o Ciências sem Fronteiras; o PEC-G e PEC-PG e o Capes-PrInt. Conclui-se, apesar disso, que não há uma política pública educacional para internacionalização estabelecida no Brasil. Por isso, ambas as universidades efetivaram e aproveitaram os editais governamentais de fomento para internacionalização, para estruturar e firmar sua própria política institucional de internacionalização. Ademais, elas implementaram ações para fortalecer essa política pública educacional. Outros resultados da tese foram o de propiciar conhecimento sobre a dinâmica do processo de internacionalização das universidades estudadas. Isso torna possível compartilhar conhecimentos comuns a todas as instituições federais, de forma que haja troca de exemplos de internacionalização, com visibilidade para as ações, resultados, contribuição teórica e análise para as demais instituições.
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                                  O CONHECIMENTO NA EDUCAÇÃO ESCOLAR: UMA REFLEXÃO EMANCIPADORA
                                  Curso Doutorado em Educação
                                  Tipo Tese
                                  Data 20/09/2024
                                  Área EDUCAÇÃO
                                  Orientador(es)
                                  • Rafael Rossi
                                  Coorientador(es)
                                    Orientando(s)
                                    • Karlliny Martins da Silva
                                    Banca
                                    • Carina Elisabeth Maciel
                                    • Celia Beatriz Piatti
                                    • Hellen Jaqueline Marques
                                    • Noeli Prestes Padilha Rivas
                                    • Paulino José Orso
                                    • Rafael Rossi
                                    Resumo Na presente tese, buscamos analisar a educação escolar em seus aspectos contraditórios
                                    perante a totalidade social contemporânea e explicitar a sua dimensão humanamente
                                    emancipatória. Baseados no método de pesquisa de Marx, realizamos quatro esforços
                                    teóricos para atingirmos nossos objetivos específicos: análise histórico-ontológica, para
                                    explicitarmos a origem histórica e social da educação escolar e assim compreendermos a
                                    sua gênese e função social; revisão bibliográfica imanente, para apreendermos e
                                    detalharmos as contribuições da Pedagogia Histórico-Crítica (PHC) para a compreensão
                                    do trabalho educativo, da importância do conhecimento clássico na formação humana e
                                    da especificidade da educação escolar; leitura imanente, para desvelarmos a essência do
                                    clássico de Marx (2010) e conceituarmos emancipação política e emancipação humana;
                                    e síntese teórico-histórico-crítica, para demonstrarmos pela análise histórica e científica
                                    as contradições da educação escolar na atual sociedade capitalista, evidenciando a sua
                                    importância do ponto de vista da integridade e da defesa do gênero humano. As análises
                                    evidenciam que a emancipação humana não se limita ao âmbito educacional, pois na
                                    perspectiva marxista está relacionada aos seres humanos terem oportunidades reais de se
                                    desenvolverem plenamente, fato que implica uma forma de sociedade para além do
                                    capital, sem qualquer forma de exploração. A emancipação política é um progresso social
                                    que surgiu com o capitalismo, cuja base é a liberdade, a igualdade, a propriedade privada
                                    e a segurança, direitos dos cidadãos. Dentro das conquistas para a sociedade com a
                                    emancipação política, inclui-se a educação escolar como o meio de se oferecer
                                    oportunidades de aprendizado e desenvolvimento aos seres humanos. Todavia, no campo
                                    das contradições, as escolas se deparam com desafios que a desviam da sua
                                    especificidade, dentre eles as pedagogias do aprender a aprender (Duarte, 2004).
                                    Considerando os conceitos de emancipação política e emancipação humana e a ênfase na
                                    investigação científica e materialista para a compreensão dos fenômenos sociais,
                                    defendemos que a educação escolar, entendida como um complexo fundado oriundo da
                                    categoria trabalho, faz a mediação com a emancipação humana ao desempenhar a sua
                                    especificidade, que é proporcionar os meios necessários ao acesso e à apropriação dos
                                    conteúdos científicos, artísticos e filosóficos, numa orientação crítica e marxista. Ter
                                    acesso a esses conteúdos é um direito de todos os cidadãos e um caminho imprescindível
                                    de um processo amplo que envolve aspectos educacionais, políticos e sociais. O elemento
                                    chave dessa mediação é o ensino dos conhecimentos científicos, artísticos e filosóficos
                                    transpostos em conteúdos escolares por meio do trabalho educativo sistemático e
                                    intencional, que atua diretamente na formação dos alunos, interferindo no
                                    desenvolvimento das funções psíquicas superiores, elevando a subjetividade e
                                    condicionando a formação e a transformação da consciência e da concepção de mundo.
                                    Trata-se, portanto, de uma tese que reforça a defesa da PHC. Compreendemos que, na
                                    educação escolar, a luta pela transformação da sociedade e pela emancipação humana
                                    inicia-se pela valorização do processo de transmissão e assimilação dos conhecimentos
                                    clássicos.
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                                    A IMPORTÂNCIA DA CIÊNCIA GEOGRÁFICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: DO ESPAÇO BANAL AO ESPAÇO CONCRETO
                                    Curso Doutorado em Educação
                                    Tipo Tese
                                    Data 20/08/2024
                                    Área EDUCAÇÃO
                                    Orientador(es)
                                    • Rafael Rossi
                                    Coorientador(es)
                                      Orientando(s)
                                      • Milena Pellissari Bedim
                                      Banca
                                      • Carina Elisabeth Maciel
                                      • Celia Beatriz Piatti
                                      • Dirceu Santos Silva
                                      • Eloiza Cristiane Torres
                                      • Noeli Prestes Padilha Rivas
                                      • Rafael Rossi
                                      Resumo Este trabalho tem como objetivo geral analisar a Geografia como um complexo social inerente à humanidade e explicitar a função social da ciência geográfica, destacando sua importância na educação escolar e na formação de professores, a partir dos referenciais da Pedagogia Histórico-Crítica. Para tanto, utilizamos como método a perspectiva ontológica do Ser Social de Lukács (2013), e como ferramenta metodológica a Análise Imanente de Lessa (2014). A tese parte do princípio de que a realidade em que vivemos é complexa e de múltiplas determinações, onde o senso comum não é suficiente para apreender o movimento essencial do espaço e da realidade vivida. Portanto, o conhecimento científico e, especificamente a Ciência Geográfica, configuram-se como um caminho seguro para contribuir com a formação de professores, promovendo a apreensão e a aproximação do espaço concreto, para além do espaço banal. Para tanto, a análise imanente realizada a partir do texto Il Lavoro, primeiro capítulo do segundo tomo da Ontologia do Ser Social de Lukács, evidencia a relação entre trabalho, comunicação, relações sociais e a formação humana. Partimos da categoria trabalho, porque nossa análise é histórica, e compreender o processo histórico real do desenvolvimento humano perpassa pelo entendimento de que a espécie humana se humaniza a priori pelos atos de trabalho. Através desse entendimento, conseguimos relacionar o trabalho à educação, considerando a especificidade da Pedagogia Histórico-Crítica. A Educação é uma dimensão social que deriva dessa tríplice fundamental entre o trabalho, a comunicação e as relações sociais e, por esse motivo, desempenha uma função específica e de suma importância para o desenvolvimento humano. Sendo o Trabalho e a Educação categorias primordiais para a construção desta tese, evidenciamos sua relação com o ensino de geografia, entendendo que a geografia, enquanto ciência, estuda a produção e reprodução do espaço de maneira concreta, sendo que, através de seus conteúdos pode-se vincular e reconstituir o processo de autoconstrução humana centrado na dinâmica histórica real, permitindo uma articulação dos conceitos com o cotidiano. A partir das bases teóricas estudadas, compreendemos o caráter ontológico da Ciência Geográfica, ressaltando a totalidade como a categoria que apresenta as possibilidades e os entraves para os indivíduos atuarem. Essa ao acompanhar a humanidade desde o seu surgimento, precisa ser estudada através dessas múltiplas determinações e, por isso é importante o seu estudo sistematizado e organizado na escola. Assim, contribuímos para um trabalho educativo em geografia que preze pela eleição de conhecimentos amparados pelo que há de mais elaborado ao longo da história humana no âmbito da Ciência, da Arte e da Filosofia, possibilitando o desenvolvimento de capacidades humanas mais complexas, ou seja, a elevação das funções psíquicas superiores propiciando a transposição do espaço banal ao espaço concreto.
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                                      A AMPLIAÇÃO SOCIOMETABÓLICA DO CAPITAL NA/POR MEIO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA: A INICIATIVA DA FUNDAÇÃO LEMANN (2002-2021)
                                      Curso Doutorado em Educação
                                      Tipo Tese
                                      Data 12/08/2024
                                      Área EDUCAÇÃO
                                      Orientador(es)
                                      • Silvia Helena Andrade de Brito
                                      Coorientador(es)
                                        Orientando(s)
                                        • Guilherme Afonso Monteiro de Barros Marins
                                        Banca
                                        • Fabiano Antonio dos Santos
                                        • Maria Dilneia Espindola Fernandes
                                        • Maria Teresa Cavalcanti de Oliveira
                                        • Silvia Helena Andrade de Brito
                                        • Solange Jarcem Fernandes
                                        • Vera Maria Vidal Peroni
                                        Resumo A Fundação Lemann (FL), e seu papel na produção/reprodução do conglomerado 3G-Lemann, por meio de suas ações no campo da educação, no período 2022 a 2021, é nosso objeto de investigação nessa tese, relacionada institucionalmente ao Programa de Pós-Graduação em Educação/Faculdade de Educação/UFMS-Campo Grande, Linha de Pesquisa “História, Políticas, Educação”. Para demostrarmos como se relacionam estes elementos – a FL e a sociedade do Capital, precisamos compreender o Estado moderno – parte fundamental do sistema sociometabólico do capital - para desvendarmos como, por meio das finanças públicas, a iniciativa privada ganha fôlego para perpetuar seus interesses e com isso a sociabilidade burguesa se mantém vigente: esse é nosso objetivo geral neste trabalho. Para tal, lançamos mão do materialismo histórico-dialético como teoria, e de fontes documentais diversas, tanto bibliográficas como aquelas produzidas pela própria FL e suas parceiras, visando reconstituir sua atuação na educação no Brasil. Realizamos esta reconstituição problematizando temáticas como a Nova Gestão Pública; a relação público-privada; as parcerias internacionais e nacionais da FL; e as mercadorias produzidas pela FL no campo educacional, voltadas tanto para escolas públicas, como para escolas públicas, como as tecnologias educacionais, entre outras. Finalizando, podemos dizer que a própria complexidade e abrangência das atividades da FL voltadas à educação pública no Brasil, que tem no Estado moderno um dos seus principais financiadores, já desvela um dos mecanismos importantes para a manutenção do sociometabolismo capitalista contemporâneo. Assim, os resultados construídos apontam que Fundação Lemann só pode ser analisada, enquanto objeto de pesquisa, se compreendermos as determinações que a compõem, relacionando a FL ao conglomerado empresarial ao qual pertence, por um lado. Por outro, também não podemos desconsiderar a crise estrutural do Capital, e seus desdobramentos sobre a produção/reprodução capitalista, que vai se constituir como elemento determinante para o presente/futuro da própria FL, e daquilo que ela representa.
                                        Palavras-chaves: Fundação Lemann, público-privado na educação, empresariado, fundos públicos.
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                                        EXPRESSÕES DE VIOLÊNCIAS NA ESCOLA, TENSÕES SOCIAIS E “RACIAIS”: MINHA PRESENÇA O INCOMODA?
                                        Curso Doutorado em Educação
                                        Tipo Tese
                                        Data 25/06/2024
                                        Área EDUCAÇÃO
                                        Orientador(es)
                                        • Christian Muleka Mwewa
                                        Coorientador(es)
                                          Orientando(s)
                                          • JULYANA SUEME WINKLER OSHIRO GALINDO
                                          Banca
                                          • Alexandre Fernandez Vaz
                                          • ALEX SANDER DA SILVA
                                          • Christian Muleka Mwewa
                                          • Jaqueline Aparecida Martins Zarbato
                                          • Jose Eduardo de Oliveira Evangelista Lanuti
                                          • Marcelo Victor da Rosa
                                          • OTAVIO HENRIQUE FERREIRA DA SILVA
                                          Resumo A violência escolar é um problema grave que afeta milhões de estudantes em todo o mundo, com consequências negativas para sua saúde física e mental, bem como para o seu desempenho acadêmico e social. A tese desta pesquisa foi que as tensões sociais e “raciais” estabelecidas na escola foram um fator significativo na ocorrência e configuração da violência no ambiente escolar. O objetivo foi investigar a partir dos cadernos de ocorrências dos nonos anos A, B e C do ensino fundamental II, as expressões de violências no ambiente escolar à luz das tensões sociais e “raciais”. Elegemos como campo uma escola estadual de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. De maneira mais específica, os objetivos deste estudo foram identificar os tipos de violências presentes no contexto formativo; investigar como as tensões sociais e “raciais” impactam a manifestação da violência na escola, com foco nos padrões e tendências; e verificar quais grupos sociais são mais vulneráveis (vítimas) às violências no nono ano e quais são mais propensos a perpetrá-las (agressores). Para uma análise mais aprofundada, preferiu-se centrar esforços nas ocorrências das turmas do nono ano por considerá-lo como última etapa de transição entre o ensino fundamental e médio, quando as exigências subjetivas e objetivas se intensificaram para os sujeitos objetivamente. Neste estudo, foi adotada uma abordagem metodológica qualitativa de cunho documental e bibliográfica. Os dados e conteúdos coletados/gerados foram analisados com base na Teoria Crítica da Sociedade, utilizando os postulados de Theodor W. Adorno, dos estudos culturais e das contribuições da psicanálise freudiana em diálogo com os estudos sociais e os que abordam o tema dos racismos. Essa metodologia nos possibilitou obter uma compreensão ampla e profunda da complexidade das relações sociais e “raciais” na escola e sua relação com as manifestações das violências (“racial”, verbal, física, psicológica, patrimonial e sexual). A hipótese desta pesquisa foi de que as tensões sociais e “raciais” estabelecidas nos nonos anos foram um fator significativo na continuidade de ocorrência e configuração das violências que os sujeitos sofreram e perpetuaram. Portanto, a explicitação e análise de tais violências encontraram seu locus privilegiado nesta transição do ensino fundamental para o médio, etapa essencial para a constituição das subjetividades objetivadas em diferentes contextos. Os resultados indicaram que as expressões de violências estavam presentes em diferentes grupos sociais, os quais denominamos: brancos e não brancos para uma operação conceitual potente. Os comportamentos violentos muitas vezes refletiram atitudes e valores presentes na sociedade, como o autoritarismo e o racismo. A análise dos dados flertou, em grande parte, com a hipótese inicial de que as tensões sociais e “raciais” estabelecidas nos nonos anos foram um fator significativo na ocorrência e configuração da violência no ambiente escolar. A pesquisa identificou uma relação entre a camada social e “raça” dos estudantes com inflexão ao sujeito que pratica ou que sofre a violência. Tal ambivalência presente no mesmo sujeito reafirma as tensões sociais referentes às violências, ou seja, por mais que as vítimas pratiquem certos tipos de violências, elas permanecem as mesmas no que diz respeito ao sofrimento. Em uma palavra, o perfil das vítimas segue sendo o mesmo do ponto de vista social, de gênero e “racial”. A apreensão e o enfrentamento das diferentes manifestações e formas de violências demandaram estratégias contextuais específicas que pudessem se valer da violência messiânica como mecanismo de inibição das violências no contexto formativo. Nossas descobertas indicam, também, que se é na pequena infância que podemos “diagnosticar” as violências, pode-se afirmar que é na transição do nono ano para o ensino médio que elas se intensificam (quando ganham velocidade).

                                          Palavras-chave: Violência escolar; Expressões de violências; Tensões sociais e “raciais”.
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                                          EDUCAÇÃO SUPERIOR E A POLÍTICA AFIRMATIVAS NA UFMS: ingresso e permanência de negros/as cotistas na graduação de 2013 a 2020
                                          Curso Doutorado em Educação
                                          Tipo Tese
                                          Data 15/03/2024
                                          Área EDUCAÇÃO
                                          Orientador(es)
                                          • Eugenia Portela de Siqueira Marques
                                          Coorientador(es)
                                            Orientando(s)
                                            • Ana Paula Oliveira dos Santos
                                            Banca
                                            • Alexandra Ayach Anache
                                            • Carina Elisabeth Maciel
                                            • Dyane Brito Reis Santos
                                            • Eugenia Portela de Siqueira Marques
                                            • Margarita Victoria Rodriguez
                                            • Reinaldo dos Santos
                                            Resumo O presente trabalho está inserido na Linha de Pesquisa “Educação, Cultura e Sociedade” do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS). Articulado ao projeto “Políticas Afirmativas e o acesso de negros/as à Educação Superior nas universidades federais de Mato Grosso do Sul no período de 2013 a 2022”, bem como ao Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Educação, Relações Étnico-Raciais e Formação de Professores - Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva (GEPRAFE/PGS), tem como objeto de estudo as cotas raciais para ingresso da população negra na educação superior brasileira. O objetivo geral, nesse sentido, é analisar a Política Afirmativa da UFMS no âmbito do ingresso e da permanência de estudantes negros/as nos cursos de graduação, considerando o período de 2013 a 2020, e tendo como base a Lei nº 12.711/2012, que institucionalizou as cotas nas universidades federais públicas. Os objetivos específicos, por sua vez, são: contextualizar a luta do Movimento Negro (MN) para o acesso da população negra à educação superior; cotejar a implementação da Política Afirmativa da UFMS; e analisar o ingresso e a permanência dos/as estudantes negros/as nos cursos de graduação da UFMS. Os questionamentos que nortearam este processo de investigação foram: A Política Afirmativa da UFMS garantiu o acesso e a permanência da população negra em seus cursos de graduação? Em quais áreas do conhecimento os/as negros/as possuem maior representatividade? Para responder a essas questões e alcançar os objetivos propostos, realizamos pesquisa bibliográfica, documental, com aproximação dos estudos críticos sobre educação das relações étnico-raciais e raça. A hipótese levantada é a de que o desenho da Política Afirmativa institucional da UFMS não atende às demandas necessárias para a superação das desigualdades raciais no âmbito do ingresso e da permanência estudantil. As políticas afirmativas se constituem como um mecanismo de promoção da igualdade racial e, por meio da Lei nº 12.711/2012, possibilitaram o acesso de negros/as na educação superior. Os dados da UFMS apontam que o desenho institucional de oferta de cursos de graduação tem colaborado para que os/as cotistas negros/as acessem mais os cursos na área de ciências sociais aplicadas e nas ciências humanas. Portanto, conclui-se que a universidade em questão entende a permanência estudantil como estímulos à permanência em forma de ações isoladas, mais voltada para auxílios financeiros destinados aos estudantes e carece de uma atenção para a institucionalização de uma política de permanência institucional.
                                            Palavras-chave: Cotas Raciais. Políticas Afirmativas. Educação Superior. Ingresso e Permanência. UFMS.
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                                            FORMAÇÃO DE PROFESSORES, EDUCAÇÃO E IDEOLOGIA:ANÁLISE DA BNC-FORMAÇÃO INICIAL
                                            Curso Doutorado em Educação
                                            Tipo Tese
                                            Data 07/03/2024
                                            Área EDUCAÇÃO
                                            Orientador(es)
                                            • Celia Beatriz Piatti
                                            Coorientador(es)
                                              Orientando(s)
                                              • Aline Cristina Santana Rossi
                                              Banca
                                              • Armando Marino Filho
                                              • Celia Beatriz Piatti
                                              • Flavia Wegrzyn Magrinelli Martinez
                                              • Irineu Aliprando Tuim Viotto Filho
                                              • Marilda Goncalves Dias Facci
                                              • Sonia da Cunha Urt
                                              Resumo A presente tese, na área da Educação, é instrumento por meio do qual abordamos a problemática referente às orientações para a Formação de Professores a partir do que está presente no documento que estabelece a Base Nacional Comum Curricular para a Formação Inicial de Professores – BNC-Formação Inicial. Nosso objeto, desse modo, é a formação de professores e o caso empírico analisado diz respeito ao supracitado documento. Investigamos como o fenômeno ideológico se apresenta na formação proposta nesse dispositivo legal orientador. Nosso objetivo geral foi pesquisar, histórica e cientificamente, as articulações que se estabelecem entre educação e ideologia na formação de professores a partir da análise da BNCFormação Inicial. A teoria educacional e pedagógica que estrutura nossas análises é a Pedagogia Histórico-Crítica que defende a educação escolar pública e o trabalho educativo dos professores a partir da perspectiva humanista que entende o ser humano enquanto ser histórico, social e multidimensional. Realizamos, portanto, análise bibliográfica imanente das categorias educação, educação escolar, formação de professores e ideologia. Além disso, realizamos análise documental crítica a respeito do dispositivo legal aqui em debate. A pesquisa permitiu compreender e revelar que a ideologia não pode ser encarada apenas como sinônimo de ideias falsas e enganosas. É preciso analisar o fenômeno ideológico perante a sua função em orientar a prática social mediante um conflito que atinja a totalidade de uma formação social. Nesse aspecto, nenhum documento legal se faz “neutro” perante a sociedade em que se manifesta. Os grupos empresariais dominantes intentam uma formação de professores esvaziadas de conteúdo e que reduzem o trabalho educativo apenas a questões praticistas e utilitaristas do cotidiano e do senso comum, reduzindo professores a “aplicadores” de materiais didáticos elaborados por grandes grupos econômicos. Na contramão desse entendimento, explicitamos a necessidade de defesa de uma sólida formação de professores que possibilite compreender a realidade social para além de suas aparências com vistas à defesa dos seres humanos que são nossos alunos e para que ocorra o desenvolvimento de suas funções psíquicas e intelectuais. A formação de professores apontada pela BNC-Formação Inicial implica um projeto formativo que se rende ao mercado e suas demandas. Na contramão dessa perspectiva, defendemos nossa tese, portanto, no sentido de que um projeto de formação de professores que esteja eticamente comprometido com o desenvolvimento humano das individualidades precisa valorizar e se fundamentar na Razão Pedagógica Crítica, entendendo a Pedagogia como ciência que possui como objeto a prática educativa em sua multidimensionalidade processual.
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                                              FORMAÇÃO DE PROFESSORES E PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS A CURRÍCULOS DE MATEMÁTICA: tessituras possíveis em tempos de pandemia
                                              Curso Doutorado em Educação
                                              Tipo Tese
                                              Data 26/02/2024
                                              Área EDUCAÇÃO
                                              Orientador(es)
                                              • Suely Scherer
                                              Coorientador(es)
                                                Orientando(s)
                                                • Stelamara Souza Pereira
                                                Banca
                                                • Carla Regina Mariano da Silva
                                                • Frederico Fonseca Fernandes
                                                • Gláucia da Silva Brito
                                                • Maria Candido Borges de Moraes
                                                • Patricia Sandalo Pereira
                                                • Sandra Novais Sousa
                                                • Suely Scherer
                                                Resumo RESUMO
                                                Esta pesquisa foi desenvolvida a partir de uma ação de formação com professores do município de Mineiros/GO, com o objetivo de analisar uma ação de formação continuada de professores para processos de integração de tecnologias digitais ao currículo de matemática nos anos finais do Ensino Fundamental. A problemática desta tese de doutorado consistiu em responder: Que movimentos professores constituem em sua prática docente para integrar tecnologias digitais ao currículo de matemática a partir de um processo de formação continuada durante a pandemia? A partir dessa questão, os dados foram produzidos durante o ano letivo de 2021, em período pandêmico, sendo desenvolvido uma ação de formação continuada com seis professores-parceiros da pesquisa, cujos encontros foram realizados via Google Meet, para levantar/analisar questões/possibilidades a partir de seus contextos de trabalho na escola em movimentos de formação-ação-reflexão, consistindo em uma pesquisa-formação-integração. As ações foram gravadas na plataforma Google Meet para constituição dos dados. Essa análise é apresentada como narrativas, que contam sobre processos vivenciados pela pesquisadora-
                                                formadora, analisando usos e relações de usos de tecnologias digitais a partir dos diálogos nos encontros coletivos e de planejamento, orientada a partir de estudos sobre o pensamento complexo, pesquisa-formação e integração de tecnologias digitais ao currículo. A partir de uma análise narrativa, foram apresentados os usos que os professores fizeram de tecnologias digitais para ensinar matemática, bem como as relações que eles estabeleceram do uso com a ação de formação. O processo formativo evidenciou que os professores vivenciaram movimentos de ação, formação e reflexão e que o “estar junto” com professores-parceiros durante a formação continuada possibilitou transformação da prática pedagógica de professores e ainda um processo autoformativo da professora-formadora. Nesse contexto, a formação de professores são tessituras que se fazem no caminhar.
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