O ACESSO DE MULHERES NEGRAS À EDUCAÇÃO SUPERIOR PÚBLICA: INTERSECCIONALIDADE, LUTAS E POLÍTICAS EM DISPUTA (2012 - 2022). |
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Curso |
Doutorado em Educação |
Tipo |
Tese |
Data |
18/03/2025 |
Área |
EDUCAÇÃO |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Andréia da Silva Quintanilha Sousa
- Carina Elisabeth Maciel
- Christian Muleka Mwewa
- Dirceu Santos Silva
- Maria José de Jesus Alves Cordeiro
- Silvia Helena Andrade de Brito
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Resumo |
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EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA E EDUCAÇÃO ESPECIAL: a Teoria da Subjetividade como base na compreensão da organização didática e pedagógica de docentes bacharéis que exercem a função de coordenadores e trabalham com estudantes com deficiência. |
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Curso |
Doutorado em Educação |
Tipo |
Tese |
Data |
14/03/2025 |
Área |
EDUCAÇÃO |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Andréa Duarte de Oliveira
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Banca |
- Alexandra Ayach Anache
- Carla Ariela Rios Vilaronga
- Eladio Sebastian Heredero
- Geandra Cláudia Silva Santos
- José Fernando Patiño Torres
- Monica de Carvalho Magalhaes Kassar
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Resumo |
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A EXPANSÃO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL EM CAMPO GRANDE/MT-MS (1960-1985) |
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Curso |
Doutorado em Educação |
Tipo |
Tese |
Data |
27/02/2025 |
Área |
EDUCAÇÃO |
Orientador(es) |
- Silvia Helena Andrade de Brito
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Alessandra Cristina Furtado
- Carina Elisabeth Maciel
- Eurize Caldas Pessanha
- Fabiany de Cassia Tavares Silva
- Silvia Helena Andrade de Brito
- Solange Jarcem Fernandes
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Resumo |
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ADORNO, FANON E AS DINÂMICAS DE VIOLÊNCIA E EMANCIPAÇÃO: a dialética das encruzilhadas. |
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Curso |
Doutorado em Educação |
Tipo |
Tese |
Data |
17/02/2025 |
Área |
EDUCAÇÃO |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Cintia Medeiros Robles Aguiar
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Banca |
- Christian Muleka Mwewa
- Emiliano Matías Gambarotta
- Jaqueline Aparecida Martins Zarbato
- Jose Eduardo de Oliveira Evangelista Lanuti
- Josiane Peres Goncalves
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Resumo |
Este estudo insere-se nas atividades do Grupo de Pesquisa “Formação e Cultura na Sociedade Contemporânea – EduForP/CNPq” e no Programa de Pesquisa “Teoria Crítica para o Inconformismo: a não-Identidade como telos das relações étnicas e ‘raciais’”, financiado pelo CNPq/MCTI/FNDCT (Chamada 18/2021 – Universal). Vinculado à linha de pesquisa “Educação, Cultura, Sociedade” do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, o estudo examina a violência como ameaça à emancipação humana a partir do diálogo entre Theodor W. Adorno e Frantz Fanon. A pesquisa propõe a “dialética das encruzilhadas” como ferramenta analítica para articular as relações entre conformidade e ruptura na compreensão das dinâmicas da violência. Metodologicamente, adota a Grounded Theory para a análise das obras Estudos sobre a Personalidade Autoritária (Adorno et al., 2019) e Os Condenados da Terra (Fanon, 2022), expandindo o escopo para outros textos fundamentais dos autores. A partir da crítica adorniana à conformidade e da perspectiva fanoniana sobre a violência como práxis de ruptura, o estudo investiga como a violência opera estruturalmente na conformação dos sujeitos e na reprodução das desigualdades. Os resultados indicam que, enquanto Adorno compreende a violência como um mecanismo de manutenção da ordem social autoritária, Fanon a analisa como um meio de subversão das estruturas opressoras. No entanto, o estudo demonstra que ambas as abordagens convergem na compreensão da violência como fenômeno estruturante das relações sociais, estabelecendo um ponto de intersecção na crítica às formas de dominação. A dialética das encruzilhadas evidencia que a oposição entre conformidade e ruptura não é binária, mas atravessada por complexidades históricas e contextuais que desafiam uma leitura simplista da violência. Conclui-se que a dialética das encruzilhadas contribui para um entendimento mais amplo da violência enquanto fenômeno social, permitindo deslocar as discussões para além de categorias fixas e dicotômicas. Esse deslocamento teórico oferece subsídios para aprofundar a análise crítica da violência em sua relação com a educação, sugerindo novos caminhos para a construção de alternativas teóricas que não reproduzam as armadilhas do conformismo ou da destruição absoluta. |
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O PROTAGONISMO FEMININO NAS OBRAS LITERÁRIAS INFANTIS BOLIVIANAS |
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Curso |
Doutorado em Educação |
Tipo |
Tese |
Data |
06/12/2024 |
Área |
EDUCAÇÃO |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Tarissa Marques Rodrigues dos Santos
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Banca |
- Constantina Xavier Filha
- Fabiano Quadros Ruckert
- Jorgelina Ivana Tellei
- Josiane Peres Goncalves
- Marcia Regina do Nascimento Sambugari
- Maria José de Jesus Alves Cordeiro
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Resumo |
A tese se insere na linha de pesquisa “Processos Formativos, Práticas Educativas, Diferenças” ligada ao Grupo de Pesquisa Estudos e Pesquisa em Desenvolvimento, Gênero e Educação (GEPDGE), do Programa de Pós-Graduação em Educação, na Faculdade de Educação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. A pesquisa tem por objetivo geral analisar como as feminilidades são construídas e produzidas nos livros para a infância na literatura boliviana, e por específicos, identificar a constituição de feminilidades em personagens mulheres nos livros para a infância oriundos dos acervos literários infantis bolivianos, bem como coletar e agrupar os livros para a infância de acordo com as concepções de gênero que são construídas e produzidas. Assim, selecionamos e analisamos os livros para a infância a partir do embasamento teórico dos estudos de gênero e das discussões feitas no desenvolvimento da pesquisa. Para fundamentar as análises dos discursos, utilizamos o aporte teórico de autores que promovem discussões sobre Gênero, Estudos Feministas e Estudos de Gênero, na abordagem pós-estruturalista (Foucault, Deleuze, Butler, Louro, Xavier Filha, entre outros), com relação ao Feminismo na Bolívia e identidades (Paredes, Cândia, Galindo, Arroyo, Bhabha, Mignolo, entre outros); sobre a Literatura (Cândido, Colomer, Cosson, Coelho, Zilberman, Gisbert, Montoya, Reyes, Andruetto, Lajolo, entre outros), de modo a refletir sobre os conceitos e aspectos gerados durante a realização desta tese. A metodologia utilizada adotou procedimentos da pesquisa qualitativa, cujos instrumentos de investigação direciona-se para o delineamento de uma análise aprofundada das discursividades presentes nos livros para a infância bolivianos. Foram analisadas 10 obras, todas parte da coleção da Academia Boliviana de Literatura Infantil y juvenil, selecionadas com base na representatividade e recorrência dos temas de gênero e feminilidades em personagens mulheres, buscando identificar e categorizar as diferentes formas de representação das identidades femininas. Realizamos uma análise documental e bibliográfica dos textos literários, utilizando técnicas de análise com conceitos foucautianos conforme as abordagens propostas por Foucault, categorizando-os em quatro conceitos foucaultianos dos discursos: Poder, Biopolítica, Genealogia e Arqueologia para explorar como esses textos não apenas comunicam histórias, mas também produzem formas de conhecimento e poder que moldam identidades, comportamentos e valores sociais desde a infância. Os resultados evidenciam que a literatura para a infância boliviana é um potente artefato cultural que contribui significativamente para a desmistificação dos preconceitos de gênero historicamente enraizados no meio social e nas escolas. Os artefatos culturais analisados apresentam diferentes tipos de feminilidades, desafiando estereótipos e permitindo que as crianças explorem identidades de gênero de maneira mais ampla e crítica. Essas feminilidades diversas, ao serem trazidas para o debate no espaço escolar, podem fomentar uma compreensão mais inclusiva e questionadora sobre os papéis de gênero na sociedade. |
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RACIONALIDADE POLÍTICA E EDUCAÇÃO: A (Re) invenção do Ensino Médio brasileiro em reformas (2017-2022) |
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Curso |
Doutorado em Educação |
Tipo |
Tese |
Data |
27/11/2024 |
Área |
EDUCAÇÃO |
Orientador(es) |
- Antonio Carlos do Nascimento Osorio
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Antonio Carlos do Nascimento Osorio
- Fabiany de Cassia Tavares Silva
- Jacira Helena do Valle Pereira Assis
- Linoel de Jesus Leal Ordonez
- Marcos Villela Pereira
- Rosemeire de Lourdes Monteiro Ziliani
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Resumo |
Esta pesquisa problematiza os efeitos e as práticas decorrentes da Reforma do Ensino Médio, sancionada por meio da Medida Provisória (MP) nº 746, em 22 de setembro de 2016, que posteriormente se transformou na Lei nº 13.415, em 16 de fevereiro de 2017. O objetivo é mostrar que tal reforma trouxe diversos impactos na educação formal dos jovens brasileiros, à luz dos princípios neoliberais, que caracterizam o contexto da Governamentalidade, conceito cunhado por Paul Michel Foucault (1926-1984), que descreve como as instituições, saberes e estratégias tem sido utilizados para governar os indivíduos desde o século XVIII. A orientação metodológica engloba o estudo de um conjunto complexo de instituições, procedimentos, análises, reflexões, cálculos e táticas, empregados para exercer um tipo específico de poder, que se concentra na população. Isso ajuda a entender como a Reforma do Ensino Médio faz parte de um movimento de reformas trabalhistas, da previdência, tributária, política e fiscal desencadeadas no país a partir do governo de Michel Temer (2016 a 2018), direcionando cortes no orçamento e congelamento de gastos públicos, principalmente nos discursos das garantias da proteção das políticas sociais e de educação. Com o propósito de delimitar a análise e compreendendo que o Neoliberalismo é correspondente à cultura local, analisam-se os efeitos dessa razão de governo, que produziu um alinhamento imediato da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul (REE/MS). A Lei nº 4.973, de 29 de dezembro de 2016, implantou o programa de Educação em Tempo Integral, denominadas de Escolas da Autoria. Os resultados indicam uma condição de guerra continuada por outros meios, que se exige, da educação, a solução para corrigir as distorções sociais acumuladas ao longo da história neste nível de formação, e, revelam um conjunto de metas e estratégias no campo educacional frequentemente atuando para regular os indivíduos em suas especificidades, levando-os ao exercício da condição de empresários de si, pelo desenvolvimento de tecnologias e esforços que buscam capacitá-los na aquisição de habilidades e competências mínimas para se reconhecerem na condição de sujeitos, em uma sociedade que preconiza o protagonismo por diferentes relações econômicas, sociais e culturais, sem a intenção efetiva de transformação, mantendo as práticas conservadoras que balizam o país e negligenciam os direitos educacionais e sociais, colocando em risco e comprometendo o exercício da cidadania e o próprio sentido do processo democrático que circula, muitas vezes, pelo autoritarismo. |
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AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS DE INTERNACIONALIZAÇÃO NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS BRASILEIRAS: ESTUDO DE CASO NA UFMS E UFSC (2019-2022) |
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Curso |
Doutorado em Educação |
Tipo |
Tese |
Data |
01/10/2024 |
Área |
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO |
Orientador(es) |
- Silvia Helena Andrade de Brito
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- SABRINA BORGES RAMOS DE CARVALHO
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Banca |
- Carina Elisabeth Maciel
- Fabiany de Cassia Tavares Silva
- Giselle Cristina Martins Real
- Hellen Jaqueline Marques
- Maria de Lourdes Pinto de Almeida
- Silvia Helena Andrade de Brito
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Resumo |
Esta tese, produzida como parte das atividades previstas num curso de doutorado que surgiu a partir de um Processo de Cooperação Interinstitucional (PAC) entre o Centro Universitário de Mineiros (UNIFIMES) e a UFMS, foi produzida no interior da linha de pesquisa “História, políticas, educação” do PPGEdu/FAED/UFMS – Campo Grande. Inicialmente, frise-se que a internacionalização envolve trocas internacionais relacionadas às políticas públicas de educação, sendo um processo de relações universitárias além das nações. Na educação superior é uma estratégia institucional para o desenvolvimento, incentivo e compartilhamento da ciência no mundo globalizado, ademais ela é moldada pelo nível de relação que os programas desenvolvidos para internacionalização têm com o mercado e a sociedade. Consciente disso, o problema de pesquisa sustenta-se no fato de não haver uma política clara de internacionalização para a educação superior no Brasil, a partir de diretrizes emanadas pelo governo federal. Assim, este estudo busca analisar as políticas públicas educacionais do processo de internacionalização promovidas em duas universidades federais brasileiras (UFSC e UFMS). A escolha temporal (2019-2022) se deve ao fato das mudanças nos parâmetros políticos, sociais e educacionais em relação à atuação do Estado, conformando-se assim num momento particular, como o foram outras gestões. Nossa tese é que somente a existência de editais para internacionalização não são suficientes para que se constitua uma política federal consolidada. Para esta finalidade, a pesquisa utiliza abordagem teórico-metodológica com base nas teorias de Knight e De Wit sobre internacionalização da educação superior, e como procedimento o estudo a partir de caso. Sua proposta de coleta de dados é por meio de múltiplas fontes – revisão de literatura, observação participante e entrevistas, estas últimas realizadas com o setor de relações internacionais e pró-reitorias das duas universidades selecionadas, no período de maio até outubro de 2023. A análise de dados se deu por meio da análise de conteúdo. A partir dos resultados da pesquisa, verificou-se que a política de internacionalização teve um grande impulso devido a editais governamentais, tais como o Ciências sem Fronteiras; o PEC-G e PEC-PG e o Capes-PrInt. Conclui-se, apesar disso, que não há uma política pública educacional para internacionalização estabelecida no Brasil. Por isso, ambas as universidades efetivaram e aproveitaram os editais governamentais de fomento para internacionalização, para estruturar e firmar sua própria política institucional de internacionalização. Ademais, elas implementaram ações para fortalecer essa política pública educacional. Outros resultados da tese foram o de propiciar conhecimento sobre a dinâmica do processo de internacionalização das universidades estudadas. Isso torna possível compartilhar conhecimentos comuns a todas as instituições federais, de forma que haja troca de exemplos de internacionalização, com visibilidade para as ações, resultados, contribuição teórica e análise para as demais instituições. |
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O CONHECIMENTO NA EDUCAÇÃO ESCOLAR: UMA REFLEXÃO EMANCIPADORA |
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Curso |
Doutorado em Educação |
Tipo |
Tese |
Data |
20/09/2024 |
Área |
EDUCAÇÃO |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Karlliny Martins da Silva
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Banca |
- Carina Elisabeth Maciel
- Celia Beatriz Piatti
- Hellen Jaqueline Marques
- Noeli Prestes Padilha Rivas
- Paulino José Orso
- Rafael Rossi
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Resumo |
Na presente tese, buscamos analisar a educação escolar em seus aspectos contraditórios
perante a totalidade social contemporânea e explicitar a sua dimensão humanamente
emancipatória. Baseados no método de pesquisa de Marx, realizamos quatro esforços
teóricos para atingirmos nossos objetivos específicos: análise histórico-ontológica, para
explicitarmos a origem histórica e social da educação escolar e assim compreendermos a
sua gênese e função social; revisão bibliográfica imanente, para apreendermos e
detalharmos as contribuições da Pedagogia Histórico-Crítica (PHC) para a compreensão
do trabalho educativo, da importância do conhecimento clássico na formação humana e
da especificidade da educação escolar; leitura imanente, para desvelarmos a essência do
clássico de Marx (2010) e conceituarmos emancipação política e emancipação humana;
e síntese teórico-histórico-crítica, para demonstrarmos pela análise histórica e científica
as contradições da educação escolar na atual sociedade capitalista, evidenciando a sua
importância do ponto de vista da integridade e da defesa do gênero humano. As análises
evidenciam que a emancipação humana não se limita ao âmbito educacional, pois na
perspectiva marxista está relacionada aos seres humanos terem oportunidades reais de se
desenvolverem plenamente, fato que implica uma forma de sociedade para além do
capital, sem qualquer forma de exploração. A emancipação política é um progresso social
que surgiu com o capitalismo, cuja base é a liberdade, a igualdade, a propriedade privada
e a segurança, direitos dos cidadãos. Dentro das conquistas para a sociedade com a
emancipação política, inclui-se a educação escolar como o meio de se oferecer
oportunidades de aprendizado e desenvolvimento aos seres humanos. Todavia, no campo
das contradições, as escolas se deparam com desafios que a desviam da sua
especificidade, dentre eles as pedagogias do aprender a aprender (Duarte, 2004).
Considerando os conceitos de emancipação política e emancipação humana e a ênfase na
investigação científica e materialista para a compreensão dos fenômenos sociais,
defendemos que a educação escolar, entendida como um complexo fundado oriundo da
categoria trabalho, faz a mediação com a emancipação humana ao desempenhar a sua
especificidade, que é proporcionar os meios necessários ao acesso e à apropriação dos
conteúdos científicos, artísticos e filosóficos, numa orientação crítica e marxista. Ter
acesso a esses conteúdos é um direito de todos os cidadãos e um caminho imprescindível
de um processo amplo que envolve aspectos educacionais, políticos e sociais. O elemento
chave dessa mediação é o ensino dos conhecimentos científicos, artísticos e filosóficos
transpostos em conteúdos escolares por meio do trabalho educativo sistemático e
intencional, que atua diretamente na formação dos alunos, interferindo no
desenvolvimento das funções psíquicas superiores, elevando a subjetividade e
condicionando a formação e a transformação da consciência e da concepção de mundo.
Trata-se, portanto, de uma tese que reforça a defesa da PHC. Compreendemos que, na
educação escolar, a luta pela transformação da sociedade e pela emancipação humana
inicia-se pela valorização do processo de transmissão e assimilação dos conhecimentos
clássicos. |
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A IMPORTÂNCIA DA CIÊNCIA GEOGRÁFICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: DO ESPAÇO BANAL AO ESPAÇO CONCRETO |
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Curso |
Doutorado em Educação |
Tipo |
Tese |
Data |
20/08/2024 |
Área |
EDUCAÇÃO |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Carina Elisabeth Maciel
- Celia Beatriz Piatti
- Dirceu Santos Silva
- Eloiza Cristiane Torres
- Noeli Prestes Padilha Rivas
- Rafael Rossi
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Resumo |
Este trabalho tem como objetivo geral analisar a Geografia como um complexo social inerente à humanidade e explicitar a função social da ciência geográfica, destacando sua importância na educação escolar e na formação de professores, a partir dos referenciais da Pedagogia Histórico-Crítica. Para tanto, utilizamos como método a perspectiva ontológica do Ser Social de Lukács (2013), e como ferramenta metodológica a Análise Imanente de Lessa (2014). A tese parte do princípio de que a realidade em que vivemos é complexa e de múltiplas determinações, onde o senso comum não é suficiente para apreender o movimento essencial do espaço e da realidade vivida. Portanto, o conhecimento científico e, especificamente a Ciência Geográfica, configuram-se como um caminho seguro para contribuir com a formação de professores, promovendo a apreensão e a aproximação do espaço concreto, para além do espaço banal. Para tanto, a análise imanente realizada a partir do texto Il Lavoro, primeiro capítulo do segundo tomo da Ontologia do Ser Social de Lukács, evidencia a relação entre trabalho, comunicação, relações sociais e a formação humana. Partimos da categoria trabalho, porque nossa análise é histórica, e compreender o processo histórico real do desenvolvimento humano perpassa pelo entendimento de que a espécie humana se humaniza a priori pelos atos de trabalho. Através desse entendimento, conseguimos relacionar o trabalho à educação, considerando a especificidade da Pedagogia Histórico-Crítica. A Educação é uma dimensão social que deriva dessa tríplice fundamental entre o trabalho, a comunicação e as relações sociais e, por esse motivo, desempenha uma função específica e de suma importância para o desenvolvimento humano. Sendo o Trabalho e a Educação categorias primordiais para a construção desta tese, evidenciamos sua relação com o ensino de geografia, entendendo que a geografia, enquanto ciência, estuda a produção e reprodução do espaço de maneira concreta, sendo que, através de seus conteúdos pode-se vincular e reconstituir o processo de autoconstrução humana centrado na dinâmica histórica real, permitindo uma articulação dos conceitos com o cotidiano. A partir das bases teóricas estudadas, compreendemos o caráter ontológico da Ciência Geográfica, ressaltando a totalidade como a categoria que apresenta as possibilidades e os entraves para os indivíduos atuarem. Essa ao acompanhar a humanidade desde o seu surgimento, precisa ser estudada através dessas múltiplas determinações e, por isso é importante o seu estudo sistematizado e organizado na escola. Assim, contribuímos para um trabalho educativo em geografia que preze pela eleição de conhecimentos amparados pelo que há de mais elaborado ao longo da história humana no âmbito da Ciência, da Arte e da Filosofia, possibilitando o desenvolvimento de capacidades humanas mais complexas, ou seja, a elevação das funções psíquicas superiores propiciando a transposição do espaço banal ao espaço concreto. |
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A AMPLIAÇÃO SOCIOMETABÓLICA DO CAPITAL NA/POR MEIO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA: A INICIATIVA DA FUNDAÇÃO LEMANN (2002-2021) |
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Curso |
Doutorado em Educação |
Tipo |
Tese |
Data |
12/08/2024 |
Área |
EDUCAÇÃO |
Orientador(es) |
- Silvia Helena Andrade de Brito
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Guilherme Afonso Monteiro de Barros Marins
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Banca |
- Fabiano Antonio dos Santos
- Maria Dilneia Espindola Fernandes
- Maria Teresa Cavalcanti de Oliveira
- Silvia Helena Andrade de Brito
- Solange Jarcem Fernandes
- Vera Maria Vidal Peroni
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Resumo |
A Fundação Lemann (FL), e seu papel na produção/reprodução do conglomerado 3G-Lemann, por meio de suas ações no campo da educação, no período 2022 a 2021, é nosso objeto de investigação nessa tese, relacionada institucionalmente ao Programa de Pós-Graduação em Educação/Faculdade de Educação/UFMS-Campo Grande, Linha de Pesquisa “História, Políticas, Educação”. Para demostrarmos como se relacionam estes elementos – a FL e a sociedade do Capital, precisamos compreender o Estado moderno – parte fundamental do sistema sociometabólico do capital - para desvendarmos como, por meio das finanças públicas, a iniciativa privada ganha fôlego para perpetuar seus interesses e com isso a sociabilidade burguesa se mantém vigente: esse é nosso objetivo geral neste trabalho. Para tal, lançamos mão do materialismo histórico-dialético como teoria, e de fontes documentais diversas, tanto bibliográficas como aquelas produzidas pela própria FL e suas parceiras, visando reconstituir sua atuação na educação no Brasil. Realizamos esta reconstituição problematizando temáticas como a Nova Gestão Pública; a relação público-privada; as parcerias internacionais e nacionais da FL; e as mercadorias produzidas pela FL no campo educacional, voltadas tanto para escolas públicas, como para escolas públicas, como as tecnologias educacionais, entre outras. Finalizando, podemos dizer que a própria complexidade e abrangência das atividades da FL voltadas à educação pública no Brasil, que tem no Estado moderno um dos seus principais financiadores, já desvela um dos mecanismos importantes para a manutenção do sociometabolismo capitalista contemporâneo. Assim, os resultados construídos apontam que Fundação Lemann só pode ser analisada, enquanto objeto de pesquisa, se compreendermos as determinações que a compõem, relacionando a FL ao conglomerado empresarial ao qual pertence, por um lado. Por outro, também não podemos desconsiderar a crise estrutural do Capital, e seus desdobramentos sobre a produção/reprodução capitalista, que vai se constituir como elemento determinante para o presente/futuro da própria FL, e daquilo que ela representa.
Palavras-chaves: Fundação Lemann, público-privado na educação, empresariado, fundos públicos. |
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EXPRESSÕES DE VIOLÊNCIAS NA ESCOLA, TENSÕES SOCIAIS E “RACIAIS”: MINHA PRESENÇA O INCOMODA? |
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Curso |
Doutorado em Educação |
Tipo |
Tese |
Data |
25/06/2024 |
Área |
EDUCAÇÃO |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- JULYANA SUEME WINKLER OSHIRO GALINDO
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Banca |
- Alexandre Fernandez Vaz
- ALEX SANDER DA SILVA
- Christian Muleka Mwewa
- Jaqueline Aparecida Martins Zarbato
- Jose Eduardo de Oliveira Evangelista Lanuti
- Marcelo Victor da Rosa
- OTAVIO HENRIQUE FERREIRA DA SILVA
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Resumo |
A violência escolar é um problema grave que afeta milhões de estudantes em todo o mundo, com consequências negativas para sua saúde física e mental, bem como para o seu desempenho acadêmico e social. A tese desta pesquisa foi que as tensões sociais e “raciais” estabelecidas na escola foram um fator significativo na ocorrência e configuração da violência no ambiente escolar. O objetivo foi investigar a partir dos cadernos de ocorrências dos nonos anos A, B e C do ensino fundamental II, as expressões de violências no ambiente escolar à luz das tensões sociais e “raciais”. Elegemos como campo uma escola estadual de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. De maneira mais específica, os objetivos deste estudo foram identificar os tipos de violências presentes no contexto formativo; investigar como as tensões sociais e “raciais” impactam a manifestação da violência na escola, com foco nos padrões e tendências; e verificar quais grupos sociais são mais vulneráveis (vítimas) às violências no nono ano e quais são mais propensos a perpetrá-las (agressores). Para uma análise mais aprofundada, preferiu-se centrar esforços nas ocorrências das turmas do nono ano por considerá-lo como última etapa de transição entre o ensino fundamental e médio, quando as exigências subjetivas e objetivas se intensificaram para os sujeitos objetivamente. Neste estudo, foi adotada uma abordagem metodológica qualitativa de cunho documental e bibliográfica. Os dados e conteúdos coletados/gerados foram analisados com base na Teoria Crítica da Sociedade, utilizando os postulados de Theodor W. Adorno, dos estudos culturais e das contribuições da psicanálise freudiana em diálogo com os estudos sociais e os que abordam o tema dos racismos. Essa metodologia nos possibilitou obter uma compreensão ampla e profunda da complexidade das relações sociais e “raciais” na escola e sua relação com as manifestações das violências (“racial”, verbal, física, psicológica, patrimonial e sexual). A hipótese desta pesquisa foi de que as tensões sociais e “raciais” estabelecidas nos nonos anos foram um fator significativo na continuidade de ocorrência e configuração das violências que os sujeitos sofreram e perpetuaram. Portanto, a explicitação e análise de tais violências encontraram seu locus privilegiado nesta transição do ensino fundamental para o médio, etapa essencial para a constituição das subjetividades objetivadas em diferentes contextos. Os resultados indicaram que as expressões de violências estavam presentes em diferentes grupos sociais, os quais denominamos: brancos e não brancos para uma operação conceitual potente. Os comportamentos violentos muitas vezes refletiram atitudes e valores presentes na sociedade, como o autoritarismo e o racismo. A análise dos dados flertou, em grande parte, com a hipótese inicial de que as tensões sociais e “raciais” estabelecidas nos nonos anos foram um fator significativo na ocorrência e configuração da violência no ambiente escolar. A pesquisa identificou uma relação entre a camada social e “raça” dos estudantes com inflexão ao sujeito que pratica ou que sofre a violência. Tal ambivalência presente no mesmo sujeito reafirma as tensões sociais referentes às violências, ou seja, por mais que as vítimas pratiquem certos tipos de violências, elas permanecem as mesmas no que diz respeito ao sofrimento. Em uma palavra, o perfil das vítimas segue sendo o mesmo do ponto de vista social, de gênero e “racial”. A apreensão e o enfrentamento das diferentes manifestações e formas de violências demandaram estratégias contextuais específicas que pudessem se valer da violência messiânica como mecanismo de inibição das violências no contexto formativo. Nossas descobertas indicam, também, que se é na pequena infância que podemos “diagnosticar” as violências, pode-se afirmar que é na transição do nono ano para o ensino médio que elas se intensificam (quando ganham velocidade).
Palavras-chave: Violência escolar; Expressões de violências; Tensões sociais e “raciais”.
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EDUCAÇÃO SUPERIOR E A POLÍTICA AFIRMATIVAS NA UFMS: ingresso e permanência de negros/as cotistas na graduação de 2013 a 2020 |
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Curso |
Doutorado em Educação |
Tipo |
Tese |
Data |
15/03/2024 |
Área |
EDUCAÇÃO |
Orientador(es) |
- Eugenia Portela de Siqueira Marques
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Ana Paula Oliveira dos Santos
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Banca |
- Alexandra Ayach Anache
- Carina Elisabeth Maciel
- Dyane Brito Reis Santos
- Eugenia Portela de Siqueira Marques
- Margarita Victoria Rodriguez
- Reinaldo dos Santos
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Resumo |
O presente trabalho está inserido na Linha de Pesquisa “Educação, Cultura e Sociedade” do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS). Articulado ao projeto “Políticas Afirmativas e o acesso de negros/as à Educação Superior nas universidades federais de Mato Grosso do Sul no período de 2013 a 2022”, bem como ao Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Educação, Relações Étnico-Raciais e Formação de Professores - Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva (GEPRAFE/PGS), tem como objeto de estudo as cotas raciais para ingresso da população negra na educação superior brasileira. O objetivo geral, nesse sentido, é analisar a Política Afirmativa da UFMS no âmbito do ingresso e da permanência de estudantes negros/as nos cursos de graduação, considerando o período de 2013 a 2020, e tendo como base a Lei nº 12.711/2012, que institucionalizou as cotas nas universidades federais públicas. Os objetivos específicos, por sua vez, são: contextualizar a luta do Movimento Negro (MN) para o acesso da população negra à educação superior; cotejar a implementação da Política Afirmativa da UFMS; e analisar o ingresso e a permanência dos/as estudantes negros/as nos cursos de graduação da UFMS. Os questionamentos que nortearam este processo de investigação foram: A Política Afirmativa da UFMS garantiu o acesso e a permanência da população negra em seus cursos de graduação? Em quais áreas do conhecimento os/as negros/as possuem maior representatividade? Para responder a essas questões e alcançar os objetivos propostos, realizamos pesquisa bibliográfica, documental, com aproximação dos estudos críticos sobre educação das relações étnico-raciais e raça. A hipótese levantada é a de que o desenho da Política Afirmativa institucional da UFMS não atende às demandas necessárias para a superação das desigualdades raciais no âmbito do ingresso e da permanência estudantil. As políticas afirmativas se constituem como um mecanismo de promoção da igualdade racial e, por meio da Lei nº 12.711/2012, possibilitaram o acesso de negros/as na educação superior. Os dados da UFMS apontam que o desenho institucional de oferta de cursos de graduação tem colaborado para que os/as cotistas negros/as acessem mais os cursos na área de ciências sociais aplicadas e nas ciências humanas. Portanto, conclui-se que a universidade em questão entende a permanência estudantil como estímulos à permanência em forma de ações isoladas, mais voltada para auxílios financeiros destinados aos estudantes e carece de uma atenção para a institucionalização de uma política de permanência institucional.
Palavras-chave: Cotas Raciais. Políticas Afirmativas. Educação Superior. Ingresso e Permanência. UFMS. |
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FORMAÇÃO DE PROFESSORES, EDUCAÇÃO E IDEOLOGIA:ANÁLISE DA BNC-FORMAÇÃO INICIAL |
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Curso |
Doutorado em Educação |
Tipo |
Tese |
Data |
07/03/2024 |
Área |
EDUCAÇÃO |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Aline Cristina Santana Rossi
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Banca |
- Armando Marino Filho
- Celia Beatriz Piatti
- Flavia Wegrzyn Magrinelli Martinez
- Irineu Aliprando Tuim Viotto Filho
- Marilda Goncalves Dias Facci
- Sonia da Cunha Urt
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Resumo |
A presente tese, na área da Educação, é instrumento por meio do qual abordamos a problemática referente às orientações para a Formação de Professores a partir do que está presente no documento que estabelece a Base Nacional Comum Curricular para a Formação Inicial de Professores – BNC-Formação Inicial. Nosso objeto, desse modo, é a formação de professores e o caso empírico analisado diz respeito ao supracitado documento. Investigamos como o fenômeno ideológico se apresenta na formação proposta nesse dispositivo legal orientador. Nosso objetivo geral foi pesquisar, histórica e cientificamente, as articulações que se estabelecem entre educação e ideologia na formação de professores a partir da análise da BNCFormação Inicial. A teoria educacional e pedagógica que estrutura nossas análises é a Pedagogia Histórico-Crítica que defende a educação escolar pública e o trabalho educativo dos professores a partir da perspectiva humanista que entende o ser humano enquanto ser histórico, social e multidimensional. Realizamos, portanto, análise bibliográfica imanente das categorias educação, educação escolar, formação de professores e ideologia. Além disso, realizamos análise documental crítica a respeito do dispositivo legal aqui em debate. A pesquisa permitiu compreender e revelar que a ideologia não pode ser encarada apenas como sinônimo de ideias falsas e enganosas. É preciso analisar o fenômeno ideológico perante a sua função em orientar a prática social mediante um conflito que atinja a totalidade de uma formação social. Nesse aspecto, nenhum documento legal se faz “neutro” perante a sociedade em que se manifesta. Os grupos empresariais dominantes intentam uma formação de professores esvaziadas de conteúdo e que reduzem o trabalho educativo apenas a questões praticistas e utilitaristas do cotidiano e do senso comum, reduzindo professores a “aplicadores” de materiais didáticos elaborados por grandes grupos econômicos. Na contramão desse entendimento, explicitamos a necessidade de defesa de uma sólida formação de professores que possibilite compreender a realidade social para além de suas aparências com vistas à defesa dos seres humanos que são nossos alunos e para que ocorra o desenvolvimento de suas funções psíquicas e intelectuais. A formação de professores apontada pela BNC-Formação Inicial implica um projeto formativo que se rende ao mercado e suas demandas. Na contramão dessa perspectiva, defendemos nossa tese, portanto, no sentido de que um projeto de formação de professores que esteja eticamente comprometido com o desenvolvimento humano das individualidades precisa valorizar e se fundamentar na Razão Pedagógica Crítica, entendendo a Pedagogia como ciência que possui como objeto a prática educativa em sua multidimensionalidade processual. |
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FORMAÇÃO DE PROFESSORES E PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS A CURRÍCULOS DE MATEMÁTICA: tessituras possíveis em tempos de pandemia |
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Curso |
Doutorado em Educação |
Tipo |
Tese |
Data |
26/02/2024 |
Área |
EDUCAÇÃO |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Carla Regina Mariano da Silva
- Frederico Fonseca Fernandes
- Gláucia da Silva Brito
- Maria Candido Borges de Moraes
- Patricia Sandalo Pereira
- Sandra Novais Sousa
- Suely Scherer
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Resumo |
RESUMO
Esta pesquisa foi desenvolvida a partir de uma ação de formação com professores do município de Mineiros/GO, com o objetivo de analisar uma ação de formação continuada de professores para processos de integração de tecnologias digitais ao currículo de matemática nos anos finais do Ensino Fundamental. A problemática desta tese de doutorado consistiu em responder: Que movimentos professores constituem em sua prática docente para integrar tecnologias digitais ao currículo de matemática a partir de um processo de formação continuada durante a pandemia? A partir dessa questão, os dados foram produzidos durante o ano letivo de 2021, em período pandêmico, sendo desenvolvido uma ação de formação continuada com seis professores-parceiros da pesquisa, cujos encontros foram realizados via Google Meet, para levantar/analisar questões/possibilidades a partir de seus contextos de trabalho na escola em movimentos de formação-ação-reflexão, consistindo em uma pesquisa-formação-integração. As ações foram gravadas na plataforma Google Meet para constituição dos dados. Essa análise é apresentada como narrativas, que contam sobre processos vivenciados pela pesquisadora-
formadora, analisando usos e relações de usos de tecnologias digitais a partir dos diálogos nos encontros coletivos e de planejamento, orientada a partir de estudos sobre o pensamento complexo, pesquisa-formação e integração de tecnologias digitais ao currículo. A partir de uma análise narrativa, foram apresentados os usos que os professores fizeram de tecnologias digitais para ensinar matemática, bem como as relações que eles estabeleceram do uso com a ação de formação. O processo formativo evidenciou que os professores vivenciaram movimentos de ação, formação e reflexão e que o “estar junto” com professores-parceiros durante a formação continuada possibilitou transformação da prática pedagógica de professores e ainda um processo autoformativo da professora-formadora. Nesse contexto, a formação de professores são tessituras que se fazem no caminhar. |
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EDUCAÇÃO AMBIENTAL: CONHECIMENTOS ESPECIALIZADOS NOS TEXTOS/DOCUMENTOS CURRICULARES DOS ESTADOS DE GOIÁS E MATO GROSSO DO SUL |
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Curso |
Doutorado em Educação |
Tipo |
Tese |
Data |
07/12/2023 |
Área |
EDUCAÇÃO |
Orientador(es) |
- Fabiany de Cassia Tavares Silva
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Katya Bonfim Ataides Smiljanic
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Banca |
- Airton José Vinholi Júnior
- Celia Beatriz Piatti
- Christiane Caetano Martins Fernandes
- Fabiany de Cassia Tavares Silva
- GENYLTON ODILON REGO DA ROCHA
- Juares da Silva Thiesen
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Resumo |
Este estudo é parte do Programa de Pesquisas desenvolvido no Grupo de Estudos e Pesquisas Observatório de Cultura Escolar (OCE), que se dedica à análise de textos/documentos curriculares pensados para contextos de educação formal e não formal. Nesse cenário, nossa pesquisa se concentra nos conhecimentos especializados relacionados à Educação Ambiental (EA) voltada para o ensino fundamental, em que investigamos materiais produzidos pelas redes estaduais de ensino de Goiás (GO) e Mato Grosso do Sul (MS), ambos estados da região Centro-Oeste, no período entre 2009 e 2019, considerando as mudanças ocorridas após a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em 2017. O objetivo principal deste estudo é mapear com base no campo científico da EA, os conhecimentos considerados especializados, bem como, a distribuição nos textos/documentos curriculares para o ensino fundamental, nas redes estaduais de ensino dos estados de Goiás e Mato Grosso do Sul. Para orientar nossa abordagem metodológica, recorremos à praxiologia bourdesiana, explorando conceitos como campo, habitus, capital e violência simbólica, os quais conceitos nos ajudam a compreender as condições que moldam a vida das pessoas em função de suas posições sociais e a internalização dessas condições, o que, por sua vez, pode nos auxiliar na identificação das normas e regras que regem o campo da EA. Para realizar a análise, escolhemos áreas-chave baseadas em fundamentos conceituais, como Meio Ambiente e Sustentabilidade, e em proposições metodológicas, como Educação Ambiental e Educação para o Consumo. Nesse sentido, os conhecimentos especializados que identificamos moldam a EA como uma “nova ciência” curricularizada, apontando-a como um campo em constante evolução, questionando paradigmas estabelecidos, conceitos e temas propagados por organizações internacionais e nacionais e agências de pesquisa, por meio da seleção seletiva e arbitrária de um vasto conjunto de possibilidades interdisciplinares. |
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MULHERES, DOCÊNCIA E CIÊNCIA: EPISÓDIOS DA CARREIRA CIENTÍFICA DE PROFESSORAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL |
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Curso |
Doutorado em Educação |
Tipo |
Tese |
Data |
04/12/2023 |
Área |
EDUCAÇÃO |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Zelia Vieira de Quevedo Bakargi
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Banca |
- Alessandra Cristina Furtado
- Celia Beatriz Piatti
- Janete Rosa da Fonseca
- Josiane Peres Goncalves
- Leia Teixeira Lacerda
- Sonia da Cunha Urt
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Resumo |
A temática mulheres na ciência traz à luz as mulheres atuantes enquanto educadoras e
pesquisadoras na academia, em especial na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
(UFMS), viabilizando uma discussão sobre os meandros destas trajetórias, desvelando seu
percurso escolar, seu contexto sócio-cultural e suas práticas, visto que se compreende a
necessidade de evidenciar as especificidades das trajetórias das mulheres em seu fazer
científico. Nossa tese é a de que a estabilidade transmitida pelos responsáveis, em
convergência com a valorização e o incentivo das práticas de estudo e atenuação da
socialização de gênero feminino, são preponderantes para as mulheres terem êxito na carreira
acadêmica e se posicionarem no campo mais assertivamente. Para promover tal discussão, o
arcabouço teórico desta pesquisa se utiliza dos conceitos bourdieusianos, especialmente de
habitus, conceituado enquanto um sistema único de disposições para a ação, planejado por
cada um em relação à posição que ocupa na estrutura social. Para melhor compreensão da
universidade enquanto campo, evocamos o conceito de campo científico, uma estrutura em
que agentes ocupam posições a partir do acúmulo de capital científico e, para compreender os
recursos que possibilitam o avanço no campo utilizou-se o conceito de capital, o qual remete
às vantagens culturais, materiais ou sociais que indivíduos ou famílias mobilizam. A falta ou
insuficiência deste capital pode submeter o indivíduo à violência simbólica, também um
conceito bourdieusiano, visto que, não estando de posse da cultura da classe dominante, sofre
marginalização e discriminações. Nosso objetivo é analisar quais aspectos das vivências e
práticas das educadoras/cientistas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
constituídas nos habitus primário, de gênero e escolar ratificam ou rompem com a igualdade
de gêneros pressuposta no campo científico. Para tanto, realizou-se a Revisão Bibliográfica
das produções científicas relativas ao tema e a análise das vivências e práticas das agentes no
que tange à perspectiva de gênero, objetivando verificar se estas práticas ratificam a exigência
de um modelo masculino de carreira. A metodologia utilizada adotou procedimentos da
pesquisa qualitativa, cujos instrumentos de investigação direciona-se para o delineamento
sócio-histórico-cultural da instituição e para os modos com que se estabeleceram os
mecanismos de manutenção deste status quo, o qual visa a desestimular a criação de modos
“destoantes” de se produzir ciência, como ocorre com as pesquisas sob o viés de gênero. Para
tanto, paralelamente à construção do arcabouço teórico, procedeu-se à realização da Revisão
Bibliográfica, e, após aprovação junto ao CEP, efetuamos a realização de 8 (oito) entrevistas,
com docentes do sexo feminino, concursadas na UFMS, e vinculadas a um Programa de
Pós-graduação. Após a efetivação da pesquisa, com questões relativas à identificação e quanto
à vida familiar e escolar/acadêmica, posteriormente tratando de sua compreensão do que
significa ser mulher procedeu-se à análise, na qual problematizou as trajetórias e os
mecanismos que a universidade tem adotado, ou não, para efetivar a igualdade de gêneros
neste campo tão repleto de disputas como o campo científico, personificado pela UFMS. As
análises apontam que os capitais necessários para desenvolvimento desta carreira são
fomentados pelos familiares/responsáveis, proporcionando condições afetivas, emocionais e
empoderamento de gênero, além da infra-estrutura material essencial para sua formação,
viabilizando assim a eficácia e a regularidade das práticas necessárias ao desenvolvimento dos
capitais cultural e social que as oportunizaram o acesso, o êxito e a permanência no campo
científico.
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PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NAS ESCOLAS DO CAMPO EM MINEIROS-GO: práxis, emancipação e transformação social |
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Curso |
Doutorado em Educação |
Tipo |
Tese |
Data |
01/12/2023 |
Área |
EDUCAÇÃO |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Ana Maria Sotero Pereira
- Celia Beatriz Piatti
- Icleia Albuquerque de Vargas
- Paulo Fioravante Giareta
- Sonia da Cunha Urt
- Suely dos Santos Silva
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Resumo |
Este trabalho, associado à linha de pesquisa “Processos formativos, práticas educativas, diferenças”, tem como objetivo conhecer as práticas pedagógicas realizadas pelos docentes das escolas do campo no município de Mineiros-GO a fim de analisar a educação escolar como prática social, como práxis emancipadora e transformadora do lócus. Compõem o objeto de estudo as práticas pedagógicas dos docentes que atuam em escolas do campo. O problema de pesquisa parte da seguinte questão: As práticas pedagógicas realizadas pelos docentes das escolas do campo da rede municipal de Mineiros-GO podem evidenciar suas dificuldades ou fragilidades e/ou avanços com relação à mediação da educação como prática social, como processo construtivo permanente de emancipação humana, como interpretação do mundo e como processo político de sua transformação? Por meio da fundamentação teórica pautada na teoria histórico-cultural com base no materialismo histórico-dialético, foi possível compreender as contradições que permeiam a temática envolvida e contextualizar o processo sócio-histórico de desenvolvimento do homem na sociedade de classes. Para tanto, analisou-se o Projeto Político Pedagógico de oito escolas e foram realizadas entrevistas semiestruturadas com oito docentes e uma coordenadora pedagógica, com o intuito de entender as interfaces da prática pedagógica e se elas dialogam em uma perspectiva de prática social, como práxis emancipadora e transformadora do lócus. Os resultados demonstraram que reconhecer a prática pedagógica como prática social vai além dos muros da escola, pois carrega em si a concepção de homem, de sociedade, de educação escolar e de conhecimento. Portanto, não há dúvida de que os avanços para uma prática emancipatória na perspectiva da práxis na educação do campo analisada no território mineirense constitui um movimento para a transformação do sujeito; e embora ela possa se concretizar, ainda apresenta um grande desafio em relação à articulação de um projeto de escola do campo com práticas sociais que seguem o percurso para a emancipação e transformação social em territórios marcados pela hegemonia da agricultura capitalista. Empreende-se que os processos formativos nas escolas do campo devem conduzir à humanização, por meio do ensino de conhecimentos que sigam a favor da desalienação dos indivíduos e contribua para que possam se apropriar da riqueza cultural e ampliar as potencialidades de relações com o território campesino.
Palavras-chave: Prática Pedagógica; Escola do Campo; Educação do Campo; Emancipação.
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POLÍTICA DE IMPLEMENTAÇÃO DE CARGA HORÁRIA NA MODALIDADE EAD EM CURSOS PRESENCIAIS DE GRADUAÇÃO: o caso da UFMS e UFG |
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Curso |
Doutorado em Educação |
Tipo |
Tese |
Data |
28/11/2023 |
Área |
EDUCAÇÃO |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Kelly Cristina da Silva Ruas
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Banca |
- Carina Elisabeth Maciel
- Daniela da Costa Britto Pereira Lima
- Dirceu Santos Silva
- Margarita Victoria Rodriguez
- Maria Cristina Lima Paniago
- Silvia Helena Andrade de Brito
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Resumo |
O tema desta pesquisa versa sobre a oferta de carga horária por meio da modalidade Educação a Distância (EaD) em cursos presenciais de graduação, com foco nas políticas institucionais. A proposta de pesquisa se justifica pela constatação de que, nos últimos anos, no Brasil, tem ocorrido uma expansão da oferta do ensino a distância, sendo que, a partir do ano de 2001, já se tem, especificamente, a possibilidade legal de se ofertar parte da carga horária na modalidade EaD nos cursos presenciais de graduação. Observa-se, ainda, que, de 2001 a 2019, já foram publicadas cinco diferentes portarias sobre o tema, a mais recente que revoga a anterior, estabeleceu um novo marco legal para o setor. Dado este fenômeno, faz-se necessário investigar a trajetória das políticas que institucionalizam a oferta da carga horária na modalidade EaD em cursos presenciais de graduação. Esta investigação está vinculada à linha de pesquisa História, Políticas, Educação do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e tem como objetivo geral analisar a implementação da carga horária na modalidade EaD em cursos presenciais de graduação das universidades federais de Mato Grosso do Sul (UFMS) e de Goiás (UFG), com base nos procedimentos adotados por estas instituições até o ano de 2019. A pesquisa corresponde a um estudo de caso comparativo ou múltiplo, e tem como locus de investigação a UFMS e a UFG. Metodologicamente, o estudo adota a abordagem qualitativa, desenvolvida na perspectiva do ciclo de investigação proposto por Minayo (2005). Na pesquisa de campo, optou-se por utilizar dois procedimentos para a coleta dos dados: análise documental, por meio de documentos institucionais, e aplicação de questionário aos sujeitos da pesquisa: coordenadores de alguns cursos presenciais de graduação das Instituições de Ensino Superior (IES) pesquisadas. O referencial adotado conta, principalmente, com as contribuições teóricas de Dourado (2001, 2008, 2011, 2020), Dresch, Lacerda e Antunes Júnior (2015), Giolo (2008a, 2008b, 2018), Lima (2013, 2014a, 2014b), Moore e Kearsley (2011, 2013) e Segenreich (2009, 2011, 2013, 2014, 2018). Como resultado, a pesquisa identifica a existência, no período de 2001 a 2019, de uma política pública com tendências de maior flexibilização normativa por parte do Ministério da Educação (MEC). A pesquisa evidencia uma expansão progressiva de oferta de carga horária na modalidade EaD em cursos presenciais de graduação, sobretudo, por parte de IES privadas, no entanto, os documentos institucionais das IES pesquisadas demonstram uma política de transferência de responsabilidade dos gestores educacionais, deixando as decisões para a iniciativa do corpo docente. Assim, conclui-se que a política de implementação de carga horária na modalidade EaD em cursos presenciais de graduação na UFMS e na UFG se limita ao discurso da inovação (necessidade de inserção das práticas da cultura digital em seus processos educacionais, com vistas a uma proposta inovadora de ensino), não indo além de uma pseudo institucionalização marcada por reiteradas práticas de desresponsabilização e pela indefinição de atribuições claras entre MEC, IES, colegiado dos cursos e professores, resultando, na prática, na não institucionalização da oferta de carga horária a distância em cursos presenciais de graduação nas IES pesquisadas. |
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CAMPO EM MOVIMENTO: Projetos e Programas – das Roças às Políticas de Educação do Campo |
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Curso |
Doutorado em Educação |
Tipo |
Tese |
Data |
14/11/2023 |
Área |
EDUCAÇÃO |
Orientador(es) |
- Margarita Victoria Rodriguez
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- JOSÉ ROBERTO RODRIGUES DE OLIVEIRA
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Banca |
- Alessandro Rodrigues Pimenta
- Antonio Carlos do Nascimento Osorio
- Carina Elisabeth Maciel
- Celia Beatriz Piatti
- CLARICE ZIENTARSKI
- Margarita Victoria Rodriguez
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Resumo |
A tese vincula-se à Linha de Pesquisa História, Políticas e Educação do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e faz parte do projeto de Pesquisa da Profa. Dra. Margarita Victoria Rodríguez sob o título “Propostas políticas e pedagógicas para a educação dos intelectuais orgânicos liberais e críticos no Brasil (1920-2000)”. Tem como objetivo identificar a participação dos movimentos sociais, sindicais, pastorais e da UFMS na construção e na oferta da educação do campo no estado de Mato Grosso do Sul. Os procedimentos metodológicos adotados foram a pesquisa bibliográfica e documental. A pesquisa bibliográfica ocorreu no banco de teses do PPGEDU e por meio da consulta de dissertações defendidas em outros programas de pós-graduação brasileiros, com ênfase para a região Centro-Oeste, bem como mediante produção bibliográfica referente ao objeto de estudo. A pesquisa documental foi realizada em arquivos físicos e on line, a partir da coleta e análise de fontes primárias, relatórios, atas, dados estatísticos, Projetos Políticos Pedagógicos, Constituição Federal de 1988, normas legais em âmbito nacional e estadual da educação e da educação do campo, bem como os textos normativos que se encontram no boletim de serviços on-line da UFMS. As categorias de análise são: Estado, educação do campo, diferença entre educação rural e educação do campo, políticas públicas, formação de professores. As categorias de método são: contradição, universal e singular. Os resultados mostram que os movimentos sociais, sindicais, pastorais e a UFMS protagonizaram ações educativas para a construção e a edificação dos princípios da educação do campo em MS. Outrossim, a pesquisa identificou as feições latifundiárias de MS, a questão agrária e as consequências danosas para o meio ambiente, determinadas pelo uso de agrotóxico e da exploração extensiva. Ao longo da investigação, percebeu-se que as ações de educação do campo, materializadas por força da movimentação de sujeitos rurais, homens e mulheres de sindicatos, de pastorais, de movimentos sociais, de associações e de cooperativas pela luta contra-hegemônica, forjaram novas sociabilidades e territorialidades no campo sul-mato-grossense.
Palavras-chave: educação do campo, políticas públicas, movimentos sociais, Mato Grosso do Sul.
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SOFRIMENTO E ADOECIMENTO PISÍQUICO DO ESTUDANTE DEMEDICINA À LUZ DA TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL |
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Curso |
Doutorado em Educação |
Tipo |
Tese |
Data |
13/11/2023 |
Área |
EDUCAÇÃO |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Armando Marino Filho
- Celia Beatriz Piatti
- Flavinês Rebolo
- Josiane Peres Goncalves
- Marilda Goncalves Dias Facci
- Sonia da Cunha Urt
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Resumo |
A vivência docente permite-nos perceber frequentemente as crises de certezas e insatisfações
entre universitários, desencadeando prejuízos no desempenho acadêmico e qualidade de vida
destes estudantes. Esta pesquisa investigou e discutiu os processos e determinantes do
sofrimento psíquico em alunos de medicina de uma instituição de Ensino Superior de Mineiros
- GO à luz da Teoria Histórico-Cultural. Utilizamos recursos investigativos a partir de
questionários e escalas aplicados a setenta e quatro estudantes de medicina, que nos deram o
panorama de caracterização socioeconômica e cultural dos discentes, a análise da qualidade de
vida e a percepção de estresse e sofrimento psíquico. Realizamos sequencialmente, dois grupos
focais com total de onze estudantes dos anos iniciais e finais do ciclo básico do curso. O método
de análise aplicado foi pautado nos pressupostos teórico-metodológicos da teoria Histórico-
Cultural que tem sua raiz epistemológica no Materialismo Histórico-Dialético. As análises
demonstram a influência das perspectivas profissionais e dos estigmas da profissão médica no
desencadeamento do sofrimento psíquico, considerando a historicidade e a interação constante
entre o singular, o particular e o universal. As análises revelaram as contradições inerentes à
formação médica, evidenciando a influência da cultura médica na reprodução de valores
hegemônicos. Este estudo destacou ainda o sofrimento psíquico como um fenômeno complexo,
enraizado nas motivações, estigmas sociais, pressões acadêmicas e contradições do exercício
profissional. Ressalta-se a necessidade de uma consciência crítica na educação médica diante
dos desafios estruturais que permeiam a formação médica sob a égide do capitalismo. Discutir
esses aspectos de forma reflexiva com alunos e professores pode favorecer a formação
profissional consciente e promover estratégias para minimizar os sintomas psicopatológicos
desde que considerados no contexto de sua constituição histórica e cultural. |
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