Mestrado em Estudos de Linguagens

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Trabalhos

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TRABALHO Ações
O LÉXICO INDÍGENA NAS CAPITAIS BRASILEIRAS: UM ESTUDO GEOLINGUÍSTICO.
Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
Tipo Dissertação
Data 07/12/2012
Área LETRAS
Orientador(es)
  • Aparecida Negri Isquerdo
Coorientador(es)
    Orientando(s)
    • Daniela de Souza Silva Costa
    Banca
    • Aparecida Negri Isquerdo
    • Auri Claudionei Matos Frubel
    • Suzana Alice Marcelino Cardoso
    Resumo A língua reflete influências do ambiente social, como os determinantes sócio-históricos, culturais e geográficos relacionados à história social dos falantes. E, especialmente no léxico, essas influências são percebidas, por se refletirem nas escolhas dos usuários. No Brasil, por exemplo, desde os tempos coloniais, os intercâmbios culturais e linguísticos que se processaram entre europeus, indígenas e africanos deixaram marcas e contribuíram sobremaneira para a construção da identidade nacional. Assim, no âmbito do léxico, os empréstimos lexicais advindos das línguas de povos indígenas e africanos, além das línguas de imigrantes, muito enriqueceram o português do Brasil com um vocabulário voltado para as diferentes realidades regionais do país. Este trabalho utilizou como arcabouço teórico princípios da Dialetologia, da Geolinguística, da Lexicologia e da Semântica e, como corpus, dados geolinguísticos coletados pela equipe de pesquisadores do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB) nas 25 capitais brasileiras que integram a rede de pontos do Projeto ALiB. O estudo teve como propósito investigar a influência indígena no repertório lexical dos falantes dessas localidades, expressa por meio do uso de indigenismos – unidades léxicas de base indígena – relacionados a áreas semânticas como a fauna, as atividades agropastoris e a alimentação e cozinha. Para isso, além de se analisar os dados pesquisados sob a luz dos ramos da Linguística mencionados, buscou-se, na história social das localidades investigadas, possíveis motivações para a manutenção e/ou desaparecimento do substrato indígena no vocabulário dos habitantes de grandes centros urbanos, demonstrando também, por meio da cartografação dos dados analisados, possíveis isoglossas léxicas que demarcam áreas dialetais em território nacional. Nas 62 perguntas das três áreas semânticas pesquisadas, dos 800 itens lexicais catalogados, 59 são de base indígena (7,3%), em sua maioria no campo da fauna: 30 ocorrências. Com isso, identificaram-se também certas isoglossas léxicas que evidenciam traços regionais no vocabulário, como os usos de aipim, muriçoca e curau, por exemplo, e também que as cidades comportam-se de maneiras distintas, no que diz respeito às escolhas lexicais de seus falantes. O estudo ratificou ainda que a importância das pesquisas geolinguísticas como subsídios para dicionários gerais da língua, no que tange ao registro de marcas dialetais, à medida que revelou, ora a disseminação de unidades léxicas dicionarizadas com marca de uso de certas regiões, como muriçoca, ora a confirmação de marcas de uso já registradas em obras lexicográficas, como o uso de carapanã, e mesmo a inovação lexical promovida pelos usuários ao atribuir novas acepções a itens lexicais já existentes, como o ocorrido com soca e carioquinha. Em síntese, os dados analisados reiteraram o papel da Geolinguística para o conhecimento da língua em uso, num dado espaço e tempo, aqui representados pela contemporaneidade no uso da língua portuguesa no Brasil.
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    CLARICE E O SILÊNCIO: A LINGUAGEM EM A PAIXÃO SEGUNDO G.H.
    Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
    Tipo Artigo Científico
    Data 31/08/2012
    Área LITERATURA BRASILEIRA
    Orientador(es)
    • Edgar Cezar Nolasco dos Santos
    Coorientador(es)
      Orientando(s)
      • Luiza de Oliveira
      Banca
      • André Luís Gomes
      • Edgar Cezar Nolasco dos Santos
      • Vania Maria Lescano Guerra
      Resumo O trabalho visa analisar a linguagem em A paixão segundo G.H.
      (1964), de Clarice Lispector, tendo por estofo teórico- crítico o conceito de místico
      em Ludwig Wittgenstein, e também o conceito de arquivo de Jacques Derrida. O
      místico tal como Wittgenstein entendia é o aparecer do que se mostra, o indizível.
      O filósofo chamou místico, ao mostrar que há, na linguagem, algo que é indizível
      – o silêncio. Sua defesa seria que o místico pode ser mostrado, porém não possa
      ser dito, expresso via linguagem. No romance de Lispector, a protagonista G.H.,
      dado seu entendimento sobre a limitação da linguagem, tenta reproduzir a
      conquista do originário, a perda da identidade. A recapitulação que a protagonista
      faz do que lhe aconteceu é o exercício de linguagem de tocar no ponto que não é
      tocável: de arquivar a experiência. Derrida, em Mal de Arquivo: uma impressão
      freudiana, escreve que não há arquivo sem mal de arquivo, para o autor, mal de
      arquivo – desejo de lembrar a origem- deriva do esquecimento/memória. Para
      Derrida “estar com o mal de arquivo é sofrer de um mal. É arder de paixão, é
      incessantemente procurar o arquivo onde ele se esconde”. Em A paixão segundo
      G.H, o termo de Derrida se aproxima da falência da narradora, a falha de sua
      construção é comparável ao mal de arquivo porque designa a paixão da procura
      do arquivo onde ele se esconde, representado pela experiência mística de GH.
      Em tal estudo dar-se-á atenção, sobretudo, para a questão do silêncio como um
      traço diferenciador da linguagem empregada no livro. Além de Ludwig
      Wittgenstein e Jaques Derrida, outro filósofo e estudioso da obra clariciana
      embasará nossa discussão, Benedito Nunes, principalmente com os livros O
      dorso do tigre (1976), O drama da linguagem: uma leitura de Clarice Lispector
      (1995) e também a Edição Crítica do romance A paixão segundo G.H. (1988)
      organizada pelo crítico.
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      "DESCRIÇÃO SOCIOLINGUÍSTICA DOS TEXTOS ESCOLARES: O PÚBLICO E O PRIVADO"
      Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
      Tipo Dissertação
      Data 24/08/2012
      Área LETRAS
      Orientador(es)
      • Dercir Pedro de Oliveira
      Coorientador(es)
        Orientando(s)
        • Edimara Cristina Meliso Gonçalves
        Banca
        • Dercir Pedro de Oliveira
        • Rosangela Villa da Silva
        • Valéria Faria Cardoso
        Resumo A temática apresentada neste trabalho insere-se no âmbito da pesquisa em sociolinguística
        voltada para a variação fonético-fonológica e os reflexos dessa variação na produção escrita
        de alunos do ensino fundamental de duas escolas de Campo Grande: uma pública, localizada
        na área periférica da cidade, e uma particular, localizada na área central urbana. O
        levantamento e análise das interferências da modalidade oral na produção escrita em Língua
        Portuguesa foram feitos com base na teoria da Sociolinguística Variacionista. O objeto da
        pesquisa recai sobre o interesse em mostrar as interfaces entre as linguagens: oral e escrita. O
        objetivo do trabalho foi o de registrar, descrever e interpretar as marcas das variedades
        linguísticas fonológicas, nos desvios decorrentes da transposição do ato da fala para a escrita
        de alunos do 5º ano do Ensino Fundamental, caracterizando e comparando a produção textual
        dos alunos, e também correlacionando a sua competência linguística com a estratificação
        social da escola. O método empregado nesta pesquisa foi o da Sociolinguística Variacionista
        Quantitativa (Labov 1972), com aplicação do programa computacional Goldvarb 2001. Após
        a compreensão das diferenças na apropriação da escrita dos alunos pelos postulados da
        sociolinguística foram averiguados os fenômenos da variação linguística e os dois maiores
        grupos destacados foram: o alçamento das vogais /e/ com 28% e alçamento das vogais /o/,
        com 21%. Os resultados mostraram que há uma correlação direta entre variáveis sociais e
        estruturais ligadas aos fenômenos estudados.
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        O SELO DA CAMPANHA PUBLICITÁRIA "TUDO PARA VOCÊ. TUDO PARA SEU SUCESSO" DA UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP: UM ESTUDO De CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADE DE MARCA.
        Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
        Tipo Dissertação
        Data 24/08/2012
        Área LETRAS
        Orientador(es)
        • Eluiza Bortolotto Ghizzi
        Coorientador(es)
          Orientando(s)
          • Fabiana Cristina Perin
          Banca
          • Eluiza Bortolotto Ghizzi
          • Geraldo Vicente Martins
          • Paulo Cesar Duarte Paes
          Resumo A pesquisa de que resultou esta dissertação teve como proposta analisar o selo da campanha
          publicitária “Tudo para você. Tudo para seu sucesso”, da marca institucional Universidade
          Anhanguera-Uniderp. A pergunta específica da pesquisa foi como são construídos os
          significados desse selo e, extensivamente, como o seu uso do mesmo nas peças publicitárias
          da Instituição pode colaborar para a construção da identidade da marca, considerando-se o
          fato de que a marca gráfica da Instituição compõe os elementos gráficos que aparecem nesse
          selo. A metodologia de pesquisa envolve revisão de bibliografia, levantamento de
          documentação sobre o selo e posterior análise. A revisão de bibliografia abrangeu,
          principalmente, os temas marca, semiótica da imagem e semiótica do texto verbal. O estudo
          de marca foi direcionado para os conceitos de marca, identidade e imagem de marca. O
          levantamento da documentação teve como fontes a instituição Anhanguera-Uniderp e a
          agência Remat Marketing & Propaganda, ambas sediadas em Campo Grande – MS. A
          descrição e a análise dos dados teve como referencial teórico-metodológico conceitos da
          Semiótica Filosófica de Charles S. Peirce (1839-1914) e da Semiótica Discursiva de A. J.
          Greimas (1917-1992). Concluiu-se que os significados do selo, tendo como um de seus
          elementos a marca gráfica da Anhanguera-Uniderp, contribui com valores intangíveis para a
          identidade de marca, os quais deverão influenciar na construção de sua imagem de marca. Os
          resultados da pesquisa poderão contribuir com os estudos específicos de linguagem visual,
          bem como com os das áreas de marca e identidade de marca.
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          GLOSSÁRIO DIDÁTICO SEMIBILÍNGUE DE VERBOS AO ENSINO DE PORTUGUÊS LÍNGUA ESTRANGUEIRA ( PORTUGUÊS- INGLÊS/ ESPANHOL)
          Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
          Tipo Dissertação
          Data 21/08/2012
          Área LETRAS
          Orientador(es)
          • Elizabete Aparecida Marques
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • Juliana Nogueira Aguena
            Banca
            • Cleonice Cândida Gomes
            • Elizabete Aparecida Marques
            • Maria Emilia Borges Daniel
            Resumo No Brasil, observa-se um interesse de pesquisadores na área da Lexicografia Pedagógica de forma enriquecedora. No entanto, nota-se uma falta de dicionários pedagógicos bilíngues diversificados e, até o momento presente, o Brasil não apresentou um dicionário bilíngue que tenha dado tratamento lexical de modo didático e gramatical ao verbo no formato semibilíngue da Língua Portuguesa, muito menos plurilíngue, dedicado ao ensino de Português língua estrangeira. O formato semibilíngue justificou-se também pelo seu caráter inovador no campo da Lexicografia Pedagógica Bilíngue Brasileira, por oferecer uma nomenclatura verbal que mantém o usuário em maior contato com a língua estudada, a Língua Portuguesa, nos seus aspectos morfológicos, fonéticos, sintáticos, semânticos, com exemplos contextualizados de uso e com alguns paradigmas verbais. Por isso que, o objetivo deste trabalho foi obter, como produto final, o Glossário Didático Semibilíngue de Verbos na direção do português às línguas inglesa e espanhola, dirigida aos aprendizes estrangeiros iniciantes da Língua Portuguesa que é inédito no Brasil. O Glossário deu tratamento lexical aos 144 verbos mais frequentes da Língua Portuguesa, levantados em 4 coleções de livros didáticos recomendados pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) para o ensino de Língua Portuguesa no Ensino Médio. Além disso, apresenta também outros glossários nas direções: Inglês - Português e Espanhol - Português, somente com os seus equivalentes. Cabe destacar que o glossário se fundamentou na Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) nas questões relativas ao verbo, na Lexicografia e na Lexicografia Pedagógica Bilíngue, apoiando-se nos trabalhos de autores como Haensch (1982), Carvalho (2001) e Duran (2004), entre outros.
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            O DETERMINANTE DE GÊNERO NA PRODUÇÃO TEXTUAL DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DE ESCOLAS INDÍGENAS AQUIDAUANENSE
            Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
            Tipo Dissertação
            Data 13/08/2012
            Área LETRAS
            Orientador(es)
            • Raimunda Madalena Araujo Maeda
            Coorientador(es)
              Orientando(s)
              • Lurdes Batista Monteiro
              Banca
              • Claudete Cameschi de Souza
              • Maria Emilia Borges Daniel
              • Raimunda Madalena Araujo Maeda
              Resumo Em Aquidauana – MS encontra-se a etnia Terena, distribuída em onze aldeias indígenas localizadas próximas à sede do Município. Este trabalho detectou a ausência do artigo como determinante na produção textual escrita, em Língua Portuguesa, de alunos índios bilíngues que cursam o ensino médio em escolas públicas das Aldeias Indígenas Limão Verde e Lagoinha. O objetivo do trabalho foi a verificação dessa ausência, que, segundo BORTONI-RICARDO, irá facilitar a compreensão dos professores no que se refere às influências de uma língua materna (L1) em uma segunda língua (L2), de forma a desencadear ações metodológicas de educação que contribuam para a melhoria do ensino-aprendizagem desses referidos alunos, bem como suscitar políticas públicas voltadas para a educação bilíngue. O levantamento e análise da ausência do artigo como determinante na produção escrita em L2 dos informantes teve como aporte teórico a Sociolinguística Variacionista e Sociolinguística Educacional. As variáveis escolhidas são: série escolar dos informantes e localização geográfica. Os resultados da pesquisa apontam para a confirmação da nossa hipótese inicial de que a Língua Materna influencia na produção textual do índio Terena, na realização escrita em L2, quanto ao uso e concordância do artigo como determinante de gênero, observados por meio de uma análise contrastiva entre L1 e L2.
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              CONTEMPORANEIDADE, SUBALTERNIDADE E VIOLÊNCIA EM FELIZ ANO NOVO, DE RUBENS FONSECA.
              Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
              Tipo Dissertação
              Data 08/08/2012
              Área LITERATURA COMPARADA
              Orientador(es)
              • Rosana Cristina Zanelatto Santos
              Coorientador(es)
                Orientando(s)
                • Hans Stander Loureiro Lopes
                Banca
                • Rosana Cristina Zanelatto Santos
                • Susylene Dias de Araujo
                • Wagner Corsino Enedino
                Resumo A partir da análise dos contos “Feliz Ano Novo”, “Passeio Noturno parte 1”, “Passeio Noturno parte 2”, “Nau Catrineta” e “74 Degraus” do livro Feliz Ano Novo (1989), de Rubem Fonseca, pretendemos demonstrar como os traumas que atingem o corpo físico das personagens também se refletem no desencadeamento do processo narrativo, para além de simples consequências socioeconômicas, marcando um estilo de escrever, característico da obra fonsequiana. Esses traumas acabam marcando a trajetória de violência contra si e contra os outros, inscrita no corpo e na história do ser humano. Para a análise desses contos, também fomos levados a refletir sobre o lugar do escritor na contemporaneidade e sobre o lugar que o subalterno tem ocupado em uma sociedade dominante e fragmentada. Para o desenvolvimento desta dissertação, relacionamos a noção de contemporâneo, como estudada por Giorgio Agambem (2009), ao conceito de subalternidade, com ênfase nos estudos de John Beverly (2004) e de Gayatri Chakravorty Spivak (2010), na obra de Rubem Fonseca, especificamente Feliz Ano Novo. Tivemos ainda como aliados os estudos literários, com aporte em Alfredo Bosi (1997) e outros estudiosos brasileiros cujo interesse volta-se para a obra de Rubem Fonseca e temas que lhe são caros, como a violência, o trauma e a (in)subordinação de muitos à vontade de poucos. Também utilizamos alguns autores inclusos na teoria crítica como Hannah Arendt (2009), essencial na discussão da violência, e Theodor Adorno (2003), primordial no entendimento da posição do narrador na prosa contemporânea.
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                Slogans publicitários e sentido: uma análise semiótica
                Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                Tipo Dissertação
                Data 30/03/2012
                Área LINGUÍSTICA
                Orientador(es)
                • Geraldo Vicente Martins
                Coorientador(es)
                  Orientando(s)
                  • Luciana da Silva Souza Reino
                  Banca
                  • Geraldo Vicente Martins
                  • Maria Luceli Faria Batistote
                  • Rita de Cassia Aparecida Pacheco Limberti
                  Resumo
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                    ASPECTOS DA CONSTRUÇÃO DOS SENTIDOS NAS TIRAS DA MAFALDA: CATEGORIAS ENUNCIATIVAS NO TEXTO VERBO-VISUAL.
                    Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                    Tipo Dissertação
                    Data 30/03/2012
                    Área LINGUÍSTICA
                    Orientador(es)
                    • Geraldo Vicente Martins
                    Coorientador(es)
                      Orientando(s)
                      • Daniela Raffo Scherer
                      Banca
                      • Geraldo Vicente Martins
                      • Maria Luceli Faria Batistote
                      • Rita de Cassia Aparecida Pacheco Limberti
                      Resumo
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                        ESPAÇO CULTURAL GLAUCE ROCHA: ARQUIVO E MEMÓRIA NO PALCO ARTÍSTICO -CULTURAL EM MATO GROSSO DO SUL
                        Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                        Tipo Dissertação
                        Data 30/03/2012
                        Área TEORIA LITERARIA
                        Orientador(es)
                        • Edgar Cezar Nolasco dos Santos
                        Coorientador(es)
                          Orientando(s)
                          • Marcia Maria de Brito
                          Banca
                          • Edgar Cezar Nolasco dos Santos
                          • Norma Wimmer
                          • Paulo Sergio Nolasco dos Santos
                          Resumo Nosso trabalho procura estudar, de forma concisa, as questões sobre o arquivo e a
                          memória na cultura local, tomando como base o espaço cultural Glauce Rocha, da cidade
                          universitária UFMS – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul em Campo Grande, capital
                          do estado. Inicialmente analisamos a representatividade que o arquivo do espaço cultural traz
                          para o cenário artístico-cultural sul-mato-grossense e, para ilustrar, usamos alguns cartazes das
                          manifestações culturais realizadas no espaço citado. Na sequência fazemos um breve relato
                          biográfico da atriz Glauce Rocha, destacando seus trabalhos e a sua importância como figura
                          pública e cultural, tanto no Brasil como em Mato Grosso do Sul. Para finalizar, estudamos o
                          arquivo do espaço cultural dentro do que entendemos por cultura fronteiriça. Para tanto,
                          tomamos como suporte crítico as obras Glauce Rocha: atriz, mulher, guerreira, de José Octávio
                          Guizzo; babeLocal: lugares das miúdas culturas, de Edgar Cezar Nolasco; Planetas sem boca:
                          escritos efêmeros sobre arte, cultura e literatura, de Hugo Achugar; Os Arquivos Imperfeitos, de
                          Fausto Colombo; Arquivos Literários, de Eneida Maria de Souza e Wander Mello Miranda, e A
                          Trama do Arquivo, de Wander Melo Miranda. Esperamos, com isso, traçar um perfil do que se
                          entende por memória e cultura locais em Mato Grosso do Sul.
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                          " Entre o romance Dom Casmurro e a minissérie Capitu: Duas linguagens, dois estilos, uma história".
                          Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                          Tipo Dissertação
                          Data 30/03/2012
                          Área LITERATURA COMPARADA
                          Orientador(es)
                          • Marcia Gomes Marques
                          Coorientador(es)
                            Orientando(s)
                            • Angélica Catiane da Silva de Freitas
                            Banca
                            • Josette Maria Alves de Souza Monzani
                            • Marcia Gomes Marques
                            • Maria Adelia Menegazzo
                            Resumo Este trabalho propõe uma análise comparada entre o romance Dom Casmurro
                            (1899), de Machado de Assis, e sua adaptação audiovisual, a minissérie Capitu
                            (2008), de Luiz Fernando Carvalho. A finalidade é discutir os aproveitamentos, os
                            empréstimos e as modificações feitas pela adaptação; explorando os mecanismos
                            de inclusão e de exclusão de ideias, bem como os ajustes e as adequações que se
                            realizaram para efetuar a transposição entre suportes, linguagens, gêneros e
                            contextos de produção. O objetivo é verificar, com base na proposta de Brian
                            McFarlane (1996), como a minissérie transfere do romance aqueles elementos que,
                            segundo este teórico, são mais facilmente transferíveis de um meio narrativo para o
                            outro, que dizem respeito à narrativa ou história; e como ela adapta os elementos
                            ligados à enunciação, uma vez que esses últimos resistem à transferência, por
                            estarem atrelados à linguagem do meio, e requerem a busca de equivalentes entre
                            os dois sistemas de signos, o escrito e o audiovisual, o que McFarlane denomina
                            como adaptation proper.
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                            " A ALTERIDADE EM NARRATIVAS DE LUIZ VILELA"
                            Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                            Tipo Dissertação
                            Data 30/03/2012
                            Área LETRAS
                            Orientador(es)
                            • Rauer Ribeiro Rodrigues
                            Coorientador(es)
                              Orientando(s)
                              • Laura Eliane de Magalhães Alvarez Delgado
                              Banca
                              • Kelcilene Gracia Rodrigues
                              • Miguel Sanches Neto
                              • Rauer Ribeiro Rodrigues
                              Resumo Este trabalho propõe a análise das relações de alteridade presentes em oito contos do escritor Luiz Vilela. Os contos selecionados apresentam personagens em confronto com alteridades definidas por serem estrangeiras (imigrantes e aquelas que não se sentem pertencentes ao lugar). Temos o Outro, como aquele que não pertence ao grupo ‗nós‘ (migrantes e o exótico) e também temos a Outridade (condição de acolhimento do outro por personagem local). O objetivo do estudo é estabelecer a forma com que Luiz Vilela representa o Estrangeiro, ―o outro‖ e a outridade. Para tanto, descrevemos o relacionamento que tais personagens estabelecem entre si. Utilizamos como método analítico os preceitos da semiótica greimasiana, em específico, o quadrado semiótico. Valemo-nos também de referencial teórico embasado em estudos de Julia Kristeva, Todorov e Octavio Paz. Dialogamos com a fortuna crítica de Luiz Vilela, utilizando estudos de Wania Majadas, Yvonélio Nery Ferreira, Rauer Ribeiro Rodrigues e Ronaldo Vinagre Franjotti. A primeira hipótese, neste trabalho, é de que, em Luiz Vilela, como verificamos nos contos de explícito contato do ―eu‖ com ―o outro‖, o espaço social é cruel e desumano e o homem é um ser sem complacência com a alteridade. No extremo, o que parece é que o ―nós‖ elimina o ―outro‖, quando não pode submetê-lo aos seus ditames. A segunda hipótese é de que o narrador não é conivente com a crueldade, forjando alternativas de entendimento entre a alteridade que simboliza o diferente, o outro, e o eu, que representa um ‗nós‘ coletivo. Nossa proposição central é de que o narrador, em Luiz Vilela, passa da dissociação ―eu‖/alteridade para situações nas quais o ―eu‖ incorpora, em si, a alteridade.
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                              CLARICE LISPECTOR ENTRE A PINTURA E A ESCRITA DE ÁGUA VIVA: UM RECORTE COMPARATIVO- BIOGRÁFICO- CULTURAL.
                              Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                              Tipo Dissertação
                              Data 23/03/2012
                              Área TEORIA LITERARIA
                              Orientador(es)
                              • Edgar Cezar Nolasco dos Santos
                              Coorientador(es)
                                Orientando(s)
                                • Marcos Antônio de Oliveira
                                Banca
                                • Edgar Cezar Nolasco dos Santos
                                • Eneida Maria de Souza
                                • Vania Maria Lescano Guerra
                                Resumo Nesta pesquisa, como sugere o título, “Clarice Lispector entre a pintura e a
                                escritura de Água viva”, faço uma análise da produção pictural (vinte e dois quadros pintados
                                por Clarice Lispector) e do livro Água viva (1973) embasada nos postulados dos estudos
                                comparados, culturais e da crítica biográfica. Não obstante, vale salientar ao leitor que a
                                produção pictural clariciana resume-se em uma atividade “amadora da intelectual” (GOTLIB),
                                realizada, em sua grande maioria, entre os anos de 1975 e 1976. Nesse sentido, apesar de o livro
                                ter sido publicado dois anos antes (1973) da prática mais intensa da artista na pintura, defendo a
                                ideia de que ele antecipa o processo pictural de Clarice Lispector. Para tanto, o “recorte” crítico
                                proposto toma o livro Água viva como um suplemento (DERRIDA) das pinturas, e vice-versa.
                                Nesse tocante, as semelhanças não são poucas, a começar pela constatação de que no livro temse
                                uma narradora-pintora que se propõe a dialogar com seu processo de criação pictural/verbal.
                                Por conseguinte, nas pinturas, já que algumas são descritas no livro pela narradora-pintora,
                                comprova-se o mesmo “recorte” biográfico apresentado no livro Água viva. Partindo disso,
                                articulo a ideia de que o livro e as pinturas são partes e complementam o bios de Clarice
                                Lispector na mesma medida em que ambos suplementam-se como obra e como vida.
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                                ENTRE FRONTEIRAS: ADAPTAÇÃO E IDENTIDADE NO FILME "OS MATADORES"
                                Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                                Tipo Dissertação
                                Data 23/03/2012
                                Área TEORIA LITERARIA
                                Orientador(es)
                                • Marcia Gomes Marques
                                Coorientador(es)
                                  Orientando(s)
                                  • Rodolfo Nonose Ikeda
                                  Banca
                                  • Helio Augusto Godoy de Souza
                                  • Marcia Gomes Marques
                                  • Silvia Helena Andrade de Brito
                                  Resumo Esta dissertação apresenta os resultados de um projeto de pesquisa que tem como objetivo discutir os processos de adaptação - aproveitamentos, empréstimos e reciclagens temáticas, narrativas e situacionais - que os produtos midiáticos fazem de outros textos precedentes na indústria cultural dos meios de comunicação. O principal ponto a ser explorado no estudo dos processos de adaptação refere-se às suas influências nos processos de construção de identidades sociais e culturais. Esta reflexão é feita a partir da análise da relação da obra audiovisual “Os Matadores” (1997), de Beto Brant, com a obra literária da qual foi adaptada, o conto “Matadores” (1994), de Marçal Aquino.
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                                  " CORPO SILENCIOSO: O VAZIO NA POÉTICA DE ORDES FONTELA"
                                  Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                                  Tipo Dissertação
                                  Data 23/03/2012
                                  Área LITERATURA COMPARADA
                                  Orientador(es)
                                  • Maria Adelia Menegazzo
                                  Coorientador(es)
                                    Orientando(s)
                                    • Aparecido Carlos Simionato
                                    Banca
                                    • Daniel Abrão
                                    • Maria Adelia Menegazzo
                                    • Rosana Cristina Zanelatto Santos
                                    Resumo Este trabalho tem como objetivo realizar um estudo dos procedimentos de desmaterialização e
                                    de significação do vazio na obra de Orides Fontela, poetisa brasileira que produziu entre 1969
                                    e 1996, para inseri-la em uma tradição poética que se estende de Mallarmé aos concretistas
                                    brasileiros, apontando para o trabalho de construção poética centrado na economia, na
                                    concisão e na objetividade. Em decorrência e nesta perspectiva, chegamos à leitura
                                    comparada de poemas com obras de arte minimalistas que apresentam um mínimo de
                                    informação e o máximo de significado. Um processo semelhante de tratar a forma pode ser
                                    verificado em ambas as manifestações artísticas, a literária e a pictórica.
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                                    " AS MISSANGAS DE MIA COUTO: A MOÇAMBICANIDADE NO DISCURSO PLURALISTA"
                                    Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                                    Tipo Dissertação
                                    Data 22/03/2012
                                    Área LITERATURA COMPARADA
                                    Orientador(es)
                                    • Rosana Cristina Zanelatto Santos
                                    Coorientador(es)
                                      Orientando(s)
                                      • Tamarana Marques Silva
                                      Banca
                                      • Maria Emilia Borges Daniel
                                      • Rosana Cristina Zanelatto Santos
                                      • Vera Lúcia da Rocha Maquêa
                                      Resumo O escritor moçambicano Mia Couto constroi em suas produções literárias um universo plural, valorizando as miudezas e as grandezas da vida e, a partir dos recursos linguísticos e das diversas possibilidades do uso da palavra, inscreve sua postura política contemporânea. A prosa poética de Couto ao mesmo tempo em que é universal, por se fazer compreensível em qualquer parte do mundo, fixa suas raízes em solos moçambicanos, por desmistificar contextos histórico-culturais do cotidiano de Moçambique. A presente pesquisa tem por evidencia, na obra O fio das missangas (2009), o posicionamento político de Couto em relação ao seu país sob o olhar de personagens-narradoras femininas. Dessa forma, escolhemos para compor nosso corpus cinco “missangas” das vinte e nove reunidas no livro, em que a personagem protagonista fosse também narradora, para observarmos o discurso feminino em relação à sociedade patriarcal e falocêntrica onde ainda estão submetidas, sendo elas: “Meia Culpa, meia própria culpa”, “O cesto”, “Os olhos dos mortos”, “A despedideira” e “A Saia Almarrotada”. O nosso passeio pelo universo literário de Couto, nos contos escolhidos, mostra que há o que Macêdo e Maquêa (2007) chamaram de moçambicanidade, representada pelo discurso histórico pluralista, proposto por Carlos Lopes (1994), nas falas das narradoras-personagens.
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                                      DO PREFEITO AO PASTOR: SIGNOS DE UMA ARQUITETURA EM CURSO.
                                      Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                                      Tipo Dissertação
                                      Data 21/03/2012
                                      Área LINGUÍSTICA
                                      Orientador(es)
                                      • Eluiza Bortolotto Ghizzi
                                      Coorientador(es)
                                        Orientando(s)
                                        • Alex Nogueira Rezende
                                        Banca
                                        • Eduardo De Oliveira Elias
                                        • Eluiza Bortolotto Ghizzi
                                        • Helio Augusto Godoy de Souza
                                        Resumo
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                                        "A ORDEM NATURAL DAS COISAS E O ESPLENDOR DE PORTUGAL: A ESTÉTICA DAS RUÍNAS EM LOBO ANTUNES"
                                        Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                                        Tipo Dissertação
                                        Data 21/03/2012
                                        Área LITERATURA COMPARADA
                                        Orientador(es)
                                        • Rosana Cristina Zanelatto Santos
                                        Coorientador(es)
                                          Orientando(s)
                                          • Carolina Barbosa Lima e Santos
                                          Banca
                                          • Maria Adelia Menegazzo
                                          • Rosana Cristina Zanelatto Santos
                                          • Vera Lúcia da Rocha Maquêa
                                          Resumo Propomos neste trabalho uma leitura voltada para a perspectiva do horror
                                          sobre os romances O Esplendor de Portugal e A Ordem Natural das Coisas,
                                          ambos de António Lobo Antunes, escritor contemporâneo português. Trata-se
                                          de uma literatura fragmentada e violenta, que põe em cena, por meio do
                                          testemunho de suas personagens, elementos íntimos e aparentemente
                                          negativos da natureza humana. Os discursos dessas personagens e os
                                          cenários compostos pela destruição, pela morte e pela miséria expõem-nos
                                          com intensidade problemas que assombram o cotidiano da realidade empírica,
                                          os quais, muitas vezes, encaramos como banais. A literatura de Lobo Antunes
                                          provoca, ataca e fere a sensibilidade de seu público ao encenar, numa poética
                                          de ruínas, questões relacionadas à violência (doméstica, física e psicológica), à
                                          dor, ao medo, ao autoritarismo e à exclusão social. Ao lermos suas obras,
                                          somos levados a refletir sobre os temas propostos pelo autor e dificilmente
                                          permanecemos imunes aos ataques do romancista. A reflexão sobre as
                                          questões problemáticas presentes nas obras, tais como a violência de gênero,
                                          as relações de poder e o estranhamento diante da alteridade, problemas
                                          presentes na cultura e na sociedade ocidental, justificam a relevância deste
                                          trabalho. O objetivo é propor ao leitor uma experiência estética acerca de sua
                                          realidade empírica, por meio da análise desses romances. Para a leitura
                                          dessas obras, valemo-nos da perspectiva teórica de autores como Márcio
                                          Seligmann-Silva e Jacques Derrida, que tratam da memória; Ronaldo Lima Lins
                                          e Hannah Arendt, pensadores que refletem sobre as forma pelas quais se
                                          manifesta a violência na arte e na cultura; Walter Benjamin e Homi K. Bhabha,
                                          filósofos que nos propõem reflexões sobre a cultura e a história como
                                          formadoras da identidade humana.
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                                          "JESUSALÉM: A MORTE DO MUNDO E O NASCIMENTO DO MONSTRO".
                                          Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                                          Tipo Dissertação
                                          Data 21/03/2012
                                          Área LITERATURA COMPARADA
                                          Orientador(es)
                                          • Rosana Cristina Zanelatto Santos
                                          Coorientador(es)
                                            Orientando(s)
                                            • Juliana Ciambra Rahe
                                            Banca
                                            • Maria Adelia Menegazzo
                                            • Rosana Cristina Zanelatto Santos
                                            • Vera Lúcia da Rocha Maquêa
                                            Resumo Este trabalho tem como objetivo a análise acerca da presença do monstruoso
                                            na obra Antes de nascer o mundo, do moçambicano Mia Couto. A investigação
                                            da monstruosidade de Silvestre Vitalício conduz a um entendimento da cultura
                                            que o gerou, revelando-nos, por meio da análise de sua transformação, os
                                            limites e traçando fronteiras que não devem ser transpostas na busca pela
                                            construção de uma identidade moçambicana, bem como os caminhos a serem
                                            percorridos no exorcismo do monstro. Isso se dá por meio da (re)invenção
                                            identitária, o que pode promover a reintegração do indivíduo ao mundo após a
                                            espoliação sofrida com o processo de colonização e de descolonização.
                                            Apresentamos a hipótese de que a transformação de Mateus Ventura, patriarca
                                            de Antes de nascer o mundo, no monstro Silvestre Vitalício se deu em razão da
                                            tentativa de apagamento da experiência traumática sofrida pelo personagem
                                            nas guerras de Moçambique. Ao fugir das memórias, exilando-se em
                                            Jesusalém, Silvestre Vitalício é incapaz de acessar e compreender o evento
                                            traumático e, assim, passa a sofrer de uma crise de identidade, que
                                            fundamenta sua transformação em um monstro. Essa crise afeta também
                                            aqueles que vivem com ele, fora do mundo. Assim, como monstro, Silvestre
                                            ameaça a vida de seus filhos, que correm o risco de morrerem ou se
                                            transformarem também em monstros. No entanto, com a chegada de Marta a
                                            Jesusalém, os meninos podem se libertar das ameaças do monstro. Afinal, ela
                                            promove a desconstrução dos atributos que compõem o monstro e a
                                            reconstrução identitária de Ntunzi e Mwanito.
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                                            O RURAL E O URBANO: NOVOS E VELHOS FALARES NA REGIÃO CENTRO-OESTE DO BRASIL.
                                            Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                                            Tipo Dissertação
                                            Data 20/03/2012
                                            Área LETRAS
                                            Orientador(es)
                                            • Aparecida Negri Isquerdo
                                            Coorientador(es)
                                              Orientando(s)
                                              • Luciene Gomes Freitas Marins
                                              Banca
                                              • Aparecida Negri Isquerdo
                                              • Auri Claudionei Matos Frubel
                                              • Vanderci De Andrade Aguilera
                                              Resumo Este trabalho discute aspectos da relação rural/urbano no vocabulário dos habitantes da região Centro-Oeste com base em dados geolinguísticos, buscando, por meio da análise de variantes lexicais que designam referentes que permeiam o cotidiano, tanto do mundo urbano quanto do rural, identificar em que proporção características do meio ambiente interferem nas formas de nomeação do mesmo elemento da realidade. Os princípios teórico-metodológicos adotados para este estudo foram buscados na Lexicologia, na Dialetologia e na Geolinguística, áreas de Linguística que fornecem subsídios para a análise dos dados na perspectiva adotada para este trabalho. Também foi buscado respaldo teórico na Geografia Humana e na Sociologia, com o intento de compreender as características e os conceitos atribuídos aos espaços rural e urbano. O corpus da pesquisa reuniu 133 unidades lexicais, fornecidas como respostas para quinze perguntas do Questionário Semântico-Lexical (QSL), do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (Projeto ALiB) vinculadas às áreas semânticas das atividades agropastoris, habitação e vida urbana que, para fins de análise, foram agrupadas e distribuídas equitativamente em três grupos, considerando o teor do conceito contido em perguntas: i) cujo conteúdo remete especificamente a referentes do universo rural; ii) que contemplam conceitos voltados diretamente para referentes do mundo urbano, e iii) que abrigam conceitos relativos a referentes comuns aos dois espaços (rural e urbano). As respostas analisadas foram fornecidas por 108 habitantes com idade entre 18 a 30 anos e de 50 a 65 anos, sexos masculino e feminino, com Ensino Fundamental (capitais/interior) e Curso Superior (capitais), nascidos e criados na localidade pesquisada; habitantes das 24 localidades da região Centro-Oeste que integram a rede de pontos do Projeto ALiB. A análise considerou, dentre outros aspectos, a produtividade de uso e a respectiva distribuição espacial das variantes registradas; a interferência de fatores extralinguísticos nas escolhas lexicais dos falantes, além da questão da dicionarização das designações analisadas. A pesquisa revelou que, no grupo das questões ligadas especificamente ao universo rural, os informantes da segunda faixa etária mencionaram predominantemente variantes que remetem às marcas de ruralidade e que os informantes do sexo masculino demonstram maior familiaridade em termos de nomeação de aparatos ligados à lida com o gado. Já as variantes que nomeiam referentes comuns no meio urbano foram fornecidas, sobretudo pelos jovens; também ocorreu entre os informantes dessa faixa etária a maior ocorrência de não resposta para as questões cujo conteúdo remete especificamente ao universo rural. Além disso, observou-se que o Estado de Goiás forneceu maior representatividade de variantes tipicamente regionais. O estudo apontou ainda dados que evidenciam tanto o caráter conservador do léxico quanto casos de unidades léxicas que na contemporaneidade adquiriram novos sentidos. Enfim, pôde-se constar que o vocabulário dos habitantes da região Centro-Oeste contém unidades lexicais típicas tanto do mundo rural quanto do mundo urbano, o que aponta para a existência de um continuum em termos de marcas de urbanização e de ruralidade no léxico do homem centroestino.
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