COM A PULGA ATRÁS DA ORELHA: DICIONÁRIO ESPANHOL-PORTUGUÊS DE EXPRESSÕES IDIOMÁTICAS ZOONIMAS |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
22/03/2013 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Ana Karla Pereira de Miranda
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Banca |
- Aparecida Negri Isquerdo
- Auri Claudionei Matos Frubel
- Claudia Maria Xatara
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Resumo |
As expressões idiomáticas são lexias complexas que estão intimamente ligadas às tradições culturais de um determinado povo. Além disso, elas fazem parte do acervo do léxico, não são uma combinatória discursiva qualquer (BIDERMAN, 2005) e são reconhecidas pela pesquisa linguística. Apesar da importância dessas unidades lexicais, confirmada por sua frequente ocorrência na linguagem oral e escrita, no Brasil observa-se ainda uma escassez de obras, principalmente fraseográficas, resultantes de estudos científicos acerca dessas unidades. Dessa forma, é necessária a elaboração de obras fraseográficas monolíngues e bilíngues. Por isso, a proposta desta pesquisa é elaborar um dicionário espanhol-português de expressões idiomáticas (EIs) que contenham em sua estrutura nomes de animais, neste trabalho denominadas EIs zoônimas. A justificativa da seleção desse objeto de estudo se deve às seguintes características: i) as EIs são frequentes em diferentes gêneros orais e escritos, ii) essas unidades são importantes para o ensino de línguas, seja ela materna ou estrangeira, iii) elas traduzem a cultura de um povo, e iv) são elementos que geram dificuldade na tradução. Dentre as diversas áreas temáticas englobadas pelas EIs, decidiu-se pesquisar a dos animais, devido a sua produtividade no par de línguas estudadas, espanhol-português, às metáforas que dão origem às EIs zoônimas e a seu grau de informalidade. Para desenvolver este trabalho, foi considerado o conceito de EI segundo os estudos fraseológicos (TRISTÁ PÉREZ;1988; XATARA, 1998, 2011; MEJRI, 2002), a frequência e o contexto de uso das unidades fraseológicas pesquisadas, em consonância com os estudos da Linguística de Corpus (SARDINHA, 2000), bem como os estudos em Fraseografia (OLÍMPIO DE OLIVEIRA SILVA, 2007), Lexicografia Bilíngue (ZGUSTA, 1983) e Teoria da Tradução (RODRIGUES, 2000a, 2000b). Para a elaboração do dicionário, efetuou-se o levantamento das EIs zoônimas do espanhol em dicionários espanhóis fraseológicos e gerais monolíngues. Em seguida, realizou-se o levantamento de frequência e de contexto de uso de tais unidades na web mediante a utilização do buscador Google, para posteriormente traduzi-las para o português. A tradução foi realizada por meio do auxílio de dicionários fraseológicos e gerais, monolíngues, bilíngues e semibilíngues, da web, de corpora e de informantes anônimos participantes de fóruns virtuais. O Dicionário espanhol-português de expressões idiomáticas zoônimas possui um total de 620 EIs em sua nomenclatura, todas elas abonadas por contexto-exemplo extraídos da web e seguidas de uma proposta de tradução para o português. Ademais, quando necessário, são apresentadas informações pragmáticas e gramaticais das EIs, além de haver referência a seus sinônimos e um sistema de remissivas. O dicionário também conta com dois apêndices, um no qual as EIs são agrupadas através do nome do animal presente em sua estrutura, e outro em que se apresenta uma lista reversa. |
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A CONSTRUÇÃO DA FIGURA FEMININA NOS CONTOS DE LA PIERNA DE SEVERINA, DE JOSEFINA PLÁ |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
22/03/2013 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Rosana Cristina Zanelatto Santos
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Facunda Concepcion Mongelos Silva
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Banca |
- Antonio Roberto Esteves
- Geraldo Vicente Martins
- Rosana Cristina Zanelatto Santos
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Resumo |
Nesta pesquisa, analisamos a construção da figura feminina no gênero literário conto, tendo como objeto de estudo textos da escritora, hispano-paraguaia, Josefina Plá. Trabalhamos, também, com a história e a cultura, além da literatura paraguaia, tudo convergindo para a análise dos contos de Plá reunidos no livro La Pierna de Severina, composto por sete contos, dos quais selecionamos quatro para análise: o primeiro deles é “La Pierna de Severina”, que dá o título ao livro, seguido de “La Vitrola”, “Siesta” e “Sisé”, todos ainda sem tradução em língua portuguesa. Segundo a própria autora, a presença constante de mulheres paraguaias, todas elas em situação de dor e de sofrimento, em seus contos pode ser explicada porque ela mesma viveu no Paraguai, sendo mulher e em meio a mulheres, conhecendo uma trajetória que, desde o período colonial, traz a marca da espoliação de si mesma em favor dos outros. Na análise dos textos, utilizamos os textos de história do Paraguai e de história da literatura paraguaia, entre eles, os de Suárez (2006), Rodríguez-Alcalá (1971) e Melià (1997); de teoria literária de autores como Candido (1995), Brait (1993) e Moisés (1987), bem como os estudos sobre subalternidade de Beverley (2004), Mignolo (2003) e Spivak (2010). |
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HÉRIB CAMPOS CERVERA: LUTO E MELANCOLIA NA LITERATURA PARAGUAIA. |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
21/03/2013 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Alvaro José dos Santos Gomes
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Banca |
- Maria Adelia Menegazzo
- Paulo Sergio Nolasco dos Santos
- Wagner Corsino Enedino
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Resumo |
A melancolia tem suscitado significativos debates teóricos no âmbito da psiquiatria e psicanálise. No meio social, segundo a Organização Mundial da Saúde, ela é uma patologia que afeta grande parte da população, sendo considerada por muitos especialistas como o mal do século. Os primeiros registros da melancolia são encontrados há 2500 anos, entre os gregos, na Ilíada de Homero, na teoria de Humores de Hipócrates e no tratado sobre a melancolia de Aristóteles. Com efeito, o interesse e objetivo de investigação partiu dos estados melancólicos das personagens verificados quando da análise da peça teatral Juan Hachero: una crónica dramática en un prólogo, tres jornadas y un epílogo do poeta e dramaturgo paraguaio Hérib Campos Cervera, assim como das poesias produzidas em razão dos contextos de perdas vivenciados pelo o autor. Nesse sentido, na presente dissertação, realizamos uma leitura comparativa da melancolia mimetizada no texto dramatúrgico e poético de Hérib Campos Cervera, à luz da teoria freudiana (2006) sobre luto e melancolia. Nesse estudo, consideramos, assim como Coutinho (1978) que literatura, como toda arte, é uma transfiguração do real, é a realidade recriada através do espírito do artista e retransmitida através da língua para as formas, que são os gêneros, e com os quais ela toma corpo e nova realidade. Com o propósito de verificar tal relação, nosso estudo centrou-se nos pressupostos teóricos da crítica biográfica (Souza, 2002, 2009, 2011), a fim de compreender o espaço biográfico o qual o autor estava inserido. Na mesma medida em que os conceitos sobre arquivo e memória balizaram-se nos estudos do filósofo Jacques Derrida (2001) com o propósito de sistematizar e compreender os arquivos cerverianos analisados. Não menos importante, os estudos sobre fronteira e subalternidade com ênfase na literatura paraguaia contribuíram significativamente para a compreensão da produção de Campos Cervera no contexto da crítica literária paraguaia. Por conseguinte, os trabalhos de Renata Pallottini (1983, 1988) nortearam os estudos dramatúrgicos e contribuíram decisivamente para compreender a configuração entre a criação das personagens e o contexto do teatro enquanto representação social. Constatamos, ao fim da pesquisa, que na produção de Hérib Campos Cervera há uma relação simbólica entre o luto e melancolia, fruto dos eventos históricos vivenciados pelo poeta, marcados, sobretudo, por perdas, como a morte dos pais na infância, a execução de amigos na ditadura militar e o exílio, deixando marcas em Cervera de um processo de luto sempre inacabado, contribuindo para que o quadro de melancolia fosse uma constante em sua vida e obra. A pesquisa revelou ainda que as escolhas dos temas, narrativas, paisagens, composição de personagens, diálogos, ambiente e encenação estão vinculadas a uma estética melancólica, posto que as palavras-chave comuns na produção de Cervera foram, a saber: morte, luto, melancolia, cal, sal, cinza, escuridão, sangre, exílio. |
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A IMAGEM MÍTICA DO HERÓI BRASILEIRO CONTEMPORÂNEO SOB A PERSPECTIVA DA SEMIÓTICA FRANCESA |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
21/03/2013 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Maria Luceli Faria Batistote
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Luciana Garcia Gabas Coelho
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Banca |
- Geraldo Vicente Martins
- Maria Leda Pinto
- Maria Luceli Faria Batistote
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Resumo |
A ideia da existência de um salvador para grande parte dos problemas que enfrentamos cotidianamente, aguça o imaginário das pessoas e nos faz acreditar na possibilidade de homens se transformarem em heróis. O personagem mítico, protagonista de obras ficcionais, permeia a realidade humana e traz à tona anseios e desejos das pessoas. O presente estudo analisa a figura do herói, embasado no conceito filosófico de mito, e sua forma de representação nas capas das revistas Veja e Isto É. A análise, elaborada com base na semiótica discursiva proposta por A. J. Greimas, aborda os conceitos de semissimbolismo, figurativização e intertextualidade, que são aplicados aos textos sincréticos selecionados. A abordagem da teoria greimasiana considera a significação dos elementos da linguagem verbal e não verbal, utilizados para compor o texto visual. Nas capas analisadas, que fazem referência aos atletas brasileiros César Cielo e Ronaldo, apresentamos os traços semânticos que interligam as figuras dos esportistas ao deus/herói Apolo, da mitologia greco-romana. Nas outras duas publicações, o herói se apresenta com aura menos celestial ao ser lançado no mundo dos semideuses. Pela determinação e coragem, alguns bravos trabalhadores que venceram a pobreza, a falta de emprego, têm lugar de destaque em suas profissões e, como o personagem Capitão Nascimento do filme Tropa de Elite que promove a limpeza ética no meio policial e político brasileiro, também são considerados heróis. Ao compreendermos o que faz com que certos indivíduos se transformem em heróis, podemos desenvolver um olhar mais crítico diante das informações que a imprensa nos oferece e refletir sobre as verdades invocadas para a construção dos mitos e dos anseios pessoais e coletivos espelhados na imagem construída. |
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O LUGAR DA SEMIOSE: RELAÇÕES ENTRE MENTE E CÉREBRO |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
20/03/2013 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Helio Augusto Godoy de Souza
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Geraldo Vicente Martins
- Helio Augusto Godoy de Souza
- Jorge de Albuquerque Vieira
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Resumo |
Nesta dissertação é apresentado o lugar da semiose explorando as considerações acerca do cérebro, uma estrutura física; e o lugar da semiose no seio das teorias semióticas, por um viés metafísico. São apontadas algumas relações entre a mente e o cérebro, explorando possíveis aproximações entre as manifestações mentais e a fisiologia cerebral. Para abordar o cérebro, sua estrutura e funcionamento, recorremos a teóricos da neurociência e evolucionismo, como Paul MacLean, Carl Sagan, Humberto Maturana, Francisco Varela, António Damásio, Miguel Nicolelis, Steven Pinker e Oliver Sacks. Esses autores partem de uma perspectiva evolutiva para abordar o surgimento das estruturas do cérebro, e em decorrência destas, o aparecimento de certos tipos de comportamento. As teorias semióticas abordadas tratam a semiose partindo de três diferentes perspectivas: uma filosófica de Charles S. Peirce; uma biológica de Jakob von Uexküll; e a última cultural, de Iúri Lótman. Nessas abordagens da neurociência e das semióticas são demonstrados alguns entrecruzamentos entre as teorias que revelam um lugar comum da semiose, caracterizado como um lugar complexo, uma vez que envolve a perspectiva fisiológica e matérica do cérebro, bem como a perspectiva conceitual da mente, do Umwelt e da Semiosfera. |
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DO LIVRO DE AREIA AO LIVRO SOBRE NADA: O PROJETO LITERÁRIO E O PAPEL DO LEITOR EM JORGE LUIS BORGES E MANOEL DE BARROS |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
19/03/2013 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Rosana Cristina Zanelatto Santos
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Rubens Aquino de Oliveira
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Banca |
- Danglei de Castro Pereira
- Geraldo Vicente Martins
- Rosana Cristina Zanelatto Santos
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Resumo |
Este trabalho apresenta um estudo crítico-comparativo entre os textos literários
e os processos de construção literária empreendidos por Jorge Luis Borges em
O Livro de Areia (1975) e por Manoel de Barros em Livro sobre Nada (1996).
Trata-se de uma pesquisa que visou a análise literária de cada obra, além de
comparação entre elas, construindo e desconstruindo sua recepção, a fim de
estabelecer significados sobre o fazer literário de cada um dos escritores para
o leitor, na perspectiva de suas realidades culturais e de seus locais de
enunciação. Para tanto foram essenciais os registros das semelhanças, das
dessemelhanças e das ferramentas linguísticas utilizadas nos processos
criativos de Borges e de Barros. Entre os teóricos que fundamentam a estrutura
da pesquisa constam nomes como os precursores dos estudos de recepção,
Wolfgang Iser, Hans Robert Jauss e Karlheinz Stierle, e os reformuladores de
conceitos contemporâneos desse ideário: Ricardo Piglia, Umberto Eco e Leila
Perrone-Moisés. Para os estudos comparados entre as obras de Borges e
Barros, enumeram-se Tânia Carvalhal, Silviano Santiago e Ana Cecília Olmos,
entre outros. Em O Livro de Areia, Borges narra a história de um livro infinito
cujas páginas, uma vez viradas, não podem ser lidas novamente. Um
procedimento de desconstruir, portanto, tudo o que foi escrito. Barros, em Livro
sobre Nada, procura fazer do nada o seu livro, o “nada absoluto”, “coisa
nenhuma por escrito”. Interessa-nos, sobremaneira, o exame desses dois
projetos, aos quais ambos os poetas emprestam toda sua experiência de vida
para construir perspectivas reformuladas do moderno. |
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O USO DO DICIONÁRIO NO ENSINO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA INGLESA |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
19/03/2013 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Auri Claudionei Matos Frubel
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Aparecida Negri Isquerdo
- Auri Claudionei Matos Frubel
- Odair Luiz Nadin da Silva
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Resumo |
O dicionário é um dos recursos pedagógicos mais importantes no ensino de vocabulário de língua estrangeira. Ele auxilia o trabalho do professor e viabiliza uma maior autonomia do aluno na medida em que ele, proficiente no seu uso, pode recorrer ao dicionário sem o auxílio do professor. No entanto, pesquisas têm revelado problemas com relação ao seu uso no contexto de ensino/aprendizagem, sobretudo nas aulas de Língua Inglesa. Vital (2006), Fagundes (2008) e Ratund (2011) observaram que no contexto escolar de Mato Grosso do Sul, o dicionário não estava presente em todas as aulas, a tradução era a atividade predominante e o conhecimento lexicográfico dos alunos era insatisfatório. Diante disso, o objetivo geral deste trabalho foi discutir o uso do dicionário no ensino de vocabulário da Língua Inglesa. Os objetivos específicos consistiram em: a) colaborar para que o dicionário seja mais (eficazmente) utilizado; b) elaborar um inventário dos trabalhos acadêmicos sobre o uso do dicionário em sala de aula; c) contribuir com a prática pedagógica do professor de Língua Inglesa. Com o foco no professor, elaboramos atividades de ensino do vocabulário de Língua Inglesa que contemplam o uso do dicionário bilíngue. Tais atividades se subdividem por conteúdo vocabular, num total de onze, e se baseiam em textos, os quais foram extraídos de diversas fontes, priorizando a variedade de gêneros textuais. O público-alvo das atividades é o 6º ano do Ensino Fundamental, posto que os conteúdos vocabulares trabalhados foram os determinados pelo Referencial Curricular do Ensino Fundamental de Mato Grosso do Sul. Como fundamentação teórica, para as questões relativas ao dicionário, baseamo-nos nas teorias da Lexicografia, com ênfase à Lexicografia Pedagógica. No que se refere a questões como o professor de língua estrangeira e os métodos e abordagens de ensino de línguas, calcamo-nos nas teorias da Linguística Aplicada. Por fim, esperamos que por meio de tais atividades possamos colaborar com a prática pedagógica do professor de Língua Inglesa assim como contribuir para uma maior valorização e utilização do dicionário e, por fim, que este trabalho venha a contribuir para os estudos da Lexicografia, sobretudo os da Lexicografia Pedagógica. |
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HORROR SUBLIME:MARCAS DO CONTEMPORÂNEO NOS CONTOS DO NASCER DA TERRA DE MIA COUTO. |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
15/03/2013 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Rosana Cristina Zanelatto Santos
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Maria Aparecida Saraiva Magalhães de Sousa
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Banca |
- Rosana Cristina Zanelatto Santos
- Susylene Dias de Araujo
- Wagner Corsino Enedino
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Resumo |
Este trabalho consiste no estudo dos contos “O não desaparecimento de Maria Sombrinha”, “A filha da solidão” e “A última chuva do prisioneiro”, integrantes do primeiro volume de Contos do nascer da Terra, de Mia Couto, com o intuito de mostrar a presença do “horror sublime” (SELIGMANN-SILVA, 2005, p. 31), conceito cuja definição coincide com a sensação de desconcerto e de deleite, enquanto efeito de sentido que, conforme a pesquisa evidencia, pode ser experimentado pelo leitor diante da obra do escritor moçambicano. Dessa forma, acompanham-se as alterações ocorridas na elaboração do conceito de sublime desde a tríade Verdade-Bom-Belo da teoria poética clássica até o sublime como um abalo que provoca o “horror deleitoso” (BURKE, 1993, p. 141), bem como se analisa como é conceituado o horror na literatura, para chegar à categoria do horror que está relacionado à exploração colonial enquanto experiência que marca a memória e a história daqueles que a testemunham. Busca-se, a partir das novas abordagens da crítica literária contemporânea, compreender como tais conceitos estão relacionados às produções literárias pós-coloniais como a de Mia Couto, que resgatam as figuras que estão à margem da sociedade, da situação de abandono e da omissão para o primeiro plano, numa postura de quem mantém relação com o seu tempo, aderindo a este, mas dele tomando distância (AGAMBEN, 2009). |
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A HUMANIZAÇÃO DA NARRATIVA JORNALÍSTICA: A LINGUAGEM TEXTUAL QUE APROXIMA O TELESPECTADOR DA NOTÍCIA. O CASO MS TV 1ª EDIÇÃO -TV MORENA. |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
15/03/2013 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Alzimar Rodrigues Ramalho
- Gerson Luiz Martins
- Maria Luceli Faria Batistote
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Resumo |
A partir da necessidade de aproximar o telespectador da notícia e aumentar a audiência dos telejornais, os apresentadores mudam o jeito de transmitir a informação. Com isso, surge uma questão: que fórmula é essa que ajuda a conquistar o enunciatário? Dentro desse contexto, esta dissertação analisou as estratégias utilizadas nas narrativas jornalísticas, veiculadas em um telejornal regional diário. Com embasamento teórico na perspectiva da semiótica greimasiana, no que concerne aos aspectos das projeções da instância da enunciação no enunciado e das relações entre enunciador e enunciatário, foram analisados os efeitos de aproximação e distanciamento nos textos jornalísticos dos apresentadores do telejornal MS TV, 1ª edição da TV Morena, afiliada da Rede Globo, de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Descobriu-se que os enunciadores usam textos mais simples para se aproximar do telespectador e ainda buscam alternativas para uma abordagem que seja de compreensão imediata, uma linguagem que conquiste enunciatários de todas as classes sociais. Também foram realizadas entrevistas com jornalistas da Rede Globo e da TV Morena que permitiram alcançar alguns objetivos: as principais mudanças na linguagem dos telejornais das emissoras onde trabalham, as dificuldades para mudar o jeito de transmitir a notícia e ainda o perfil do jornalista que conseguiu se adequar às mudanças. |
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UM OLHAR SOBRE A CONSTRUÇÃO IDENTITÁRIA DA MULHER EM " A COR PÚRPURA" |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
14/03/2013 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Vania Maria Lescano Guerra
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Claudete Cameschi de Souza
- Marcos Aurélio Barbai
- Vania Maria Lescano Guerra
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Resumo |
Este trabalho, intitulado “Um olhar sobre a construção identitária da mulher em A Cor Púrpura”, tem como objetivo problematizar a obra The Color Purple, na sua versão em língua portuguesa, A Cor Púrpura, da intelectual afro-americana Alice Walker, via discurso de Celie, a protagonista da obra, analisando as principais marcas do discurso da mulher, do discurso de exclusão, do discurso da violência. A partir do conceito de exclusão, trazemos o discurso do minoritário, dos preconceitos de uma forma abrangente, das formações identitárias definidoras de diferenças: um discurso que não está inscrito na “ordem” de quem está “autorizado” a dizer. A base teórico-metodológica da pesquisa é transdisciplinar e traz os Estudos Culturais, responsáveis por nos fornecerem as bases históricas da construção identitária, da exclusão e das relações de poder que perpassam os discursos dos grupos minoritários da obra; aliado a isso temos a Análise do Discurso, cujos pressupostos metodológicos e princípios analíticos subsidiam o processo analítico a partir da materialidade linguística, das formações discursivas e do interdiscurso: por meio da noção de formação discursiva, estudamos os interdiscursos que atravessam o discurso em pauta. A análise dos dados traz reflexões embasadas, especialmente, nos estudos de Pêcheux (2002), Foucault (2004), Coracini (2007), Hall (2005) e Guerra (2006). Textualmente a nossa pesquisa organiza-se em três capítulos. No primeiro, discorremos sobre as condições de produção do discurso a ser analisado, elementos que acreditamos ser de grande importância para que se entenda a obra, por isso, o capítulo subdivide-se em cinco partes, são elas: A intelectual Alice Walker, O protesto inserido em A Cor Púrpura, Crítica feminista, O Romance epistolar e Autor, narrador e personagem No segundo, apresentamos os pressupostos teóricos, focalizamos uma breve história dos Estudos Culturais, os temas abordados em cada uma das décadas que procedem ao seu surgimento, chegando até os dias atuais; trazemos também a história da Análise do discurso, alguns de seus conceitos básicos, destacando os conceitos de formação discursiva, interdiscurso e identidade; bem como algumas considerações acerca da “escrita de si”. No terceiro capítulo, apresentamos a análise e interpretação do discurso em pauta. De acordo com as orientações teóricas adotadas, detemos nossa pesquisa na discussão sobre as formações discursivas presentes no discurso da mulher excluída e violentada, sendo possível observarmos algumas das características que compõem esse movimento identitário. Desse processo discursivo, nossos dados revelam submissão, subalternidade, religiosidade - marcas essas que fazem Celie suportar a violência sofrida diante da sociedade machista da época. |
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CONSTRUINDO UMA IMAGEM DO BRASIL COLONIAL: UM ESTUDO DE MAPAS REPRESENTATIVOS DO TERRITÓRIO BRASILEIRO |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
14/03/2013 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Shirley Andrea Frajado Alves
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Banca |
- Carlos Martins Junior
- Eluiza Bortolotto Ghizzi
- Helio Augusto Godoy de Souza
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Resumo |
A produção de mapas geográficos é uma atividade exercida pelos seres
humanos desde os primórdios de sua existência; esteve e está presente em
diversas culturas. Mas, a história da produção de mapas, teve um capítulo
especial, iniciado no século XV, quando tiveram início, também, as “Grandes
Navegações”. A “descoberta” de novos espaços geográficos, característica
desse momento histórico, foi um dos fatores que proporcionou uma revolução
no modo de representar a geografia do planeta. Os cartógrafos passaram a se
embasar em experiências com o espaço geográfico para produzirem os mapas,
deixando, gradativamente, a prática de produzi-los utilizando como referências
as idealizações existentes nas tradições mitológicas. É nesse contexto histórico
que o Brasil começa a ter o seu território representado na cartografia,
identificado nos mapas como colônia portuguesa. Esta dissertação expõe o
resultado do estudo de um conjunto de cinco mapas representativos do
território brasileiro, produzidos nos séculos XVI e XVII. O estudo resultou na
interpretação de significados construídos pelos mapas e, também, na
compreensão de alguns aspectos acerca do modo como esses mapas foram
produzidos, atendo-se, especialmente, aos elementos de linguagem
envolvidos. Destaca-se, nessas representações do Brasil Colonial, a presença
de signos que sugerem ou indicam aspectos conhecidos pela experiência, por
meio do contato com o território, somados a signos que se referem a elementos
da imaginação acerca desse espaço geográfico, e ainda, do imaginário cultural
daqueles que produziram essas representações cartográficas. Também
destacamos aspectos da comunicação entre leitor e cartógrafo possibilitada por
meio dos mapas. A metodologia de pesquisa envolveu, primeiramente, uma
consulta às fontes bibliográficas, que abarcou textos sobre História da
Cartografia, Mitologia Medieval e Moderna, História Moderna e Semiótica,
buscando relacionar nosso trabalho a outros trabalhos já realizados. Em uma
segunda etapa, passamos à análise dos mapas e utilizamos, como base
teórica e metodológica para o desenvolvimento do estudo sobre os elementos
de linguagem nos mapas, conceitos pertencentes à Teoria Semiótica de
Charles S. Peirce (1839-1914), entre eles, o conceito de signo triádico e os de
seus constituintes: o signo em si, o objeto e o interpretante, bem como
conceitos sobre os tipos de relação entre signo e objeto: icônica, indicial e
simbólica. A análise nos conduziu à elaboração das considerações sobre os
significados dos mapas e a comunicação que eles estabelecem com os
leitores. |
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DISCURSO E MOVIMENTO: TRAÇOS DE TODO SOBRE MI MADRE NO ESPETÁCULO DOLORES |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
14/03/2013 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Vania Maria Lescano Guerra
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Caroline Cavalcante do Nascimento
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Banca |
- Celina Aparecida Garcia de Souza Nascimento
- Marcos Aurélio Barbai
- Vania Maria Lescano Guerra
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Resumo |
O presente trabalho problematiza, por meio da análise discursiva, o espetáculo de dança Dolores (2007), da Mimulus companhia de dança, relacionando-o ao estudo do roteiro do filme Todo sobre mi Madre, do cineasta espanhol Pedro Almodóvar. Para tanto procedemos à análise de trechos do roteiro de Todo sobre mi madre (1999), bem como excertos de entrevista realizada com o diretor da companhia Mimulus, Jomar Mesquita, na qual indagamos as possíveis relações entre o espetáculo de dança, e a película de Almodóvar. Nossa hipótese é a de que o discurso da dança é atravessado pelo discurso fílmico, uma vez que a referência utilizada pela companhia para a criação do espetáculo foram os filmes de Pedro Almodóvar. Verificamos como as temáticas presentes no filme são tratadas no espetáculo, de que forma as duas obras de natureza distinta se relacionam, e como os discursos dialogam entre si pelas discussões que fomentam. A pesquisa está calcada nos Estudos Culturais e na Análise do Discurso francesa, por meio da orientação teórica de pesquisadores como Hall (2003), Cevasco (2003) e no campo da AD os postulados de Foucault (1988), Pêcheux (1990) e Orlandi (2002). A dissertação está organizada em três capítulos, no primeiro apresentamos a fundamentação teórica e os principais conceitos da Análise do Discurso de linha francesa, bem como dos Estudos Culturais, que embasaram as análises. No segundo capítulo expomos as Condições de Produção dos discursos por nós analisados: o discurso relativo à dança, e o roteiro do filme. No terceiro capítulo encontram-se as interpretações dos recortes escolhidos, divididos em dois eixos de análise: sexualidade(s) e as relações de poder. Ressaltamos que estão presentes, neste texto, noções teóricas de outros campos das artes envolvidos no trabalho, mais especificamente o cinema e a dança. Nossas análises possibilitaram mostrar que os discursos de Dolores e Todo sobre mi madre são permeados por questões relacionadas à sexualidade e às noções de gênero em que os discursos artísticos assumem sua função sócio-histórica, e deslocam as construções tradicionalistas que tangem ao discurso familiar e afetivo, ao por no foco da discussão, homossexuais, travestis, e mulheres fortes e independentes. Verificamos que os discursos artísticos estão postos na sociedade e se fundem, à medida que as temáticas que os compõem mesclam-se e produzem novos sentidos e significados, os quais permitem que novas leituras e pesquisas acadêmicas sejam produzidas. |
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A FUNÇÃO-AUTOR NO ROMAM À CLEF: UM ESTUDO SOBRE PERSONAGEM E NARRADOR EM O INFERNO É AQUI MESMO, DE LUIZ VILELA. |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
12/03/2013 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Ariovaldo José Vidal
- Maria Adelia Menegazzo
- Rauer Ribeiro Rodrigues
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Resumo |
“— Vamos para um bar aí? Comemorar o fracasso”, diz a personagem Tarcísio em certo
ponto de O inferno é aqui mesmo, romance de Luiz Vilela lançado em 1979. Avesso a todo o
cinza e preto de São Paulo, o artista plástico Tarcísio dá seu grito de guerra imprimindo cores
vivas em seus quadros. O romance traz, através do olhar do narrador Edgar, a história de
personagens jovens — ou não tão jovens — que escolhem São Paulo como lugar para “fazer
a vida”. Centrada na redação do jornal “O Vespertino”, o livro pode ser classificado como um
roman à clef, já que grande parte das personagens foram inspiradas em pessoas que
conviveram com Luiz Vilela nos corredores do “Jornal da Tarde”, ao longo de 1968. Além do
tom autobiográfico do livro, a narrativa oferece ao leitor o retrato de uma época marcada pela
liberdade e questionamento das diretrizes que impulsionaram a política sócio-econômica em
prol da industrialização nacional durante o governo militar. O retrato de São Paulo como
modelo de sucesso proporcionado pela industrialização ressoa até hoje no país e ilustra a
atualidade dessa narrativa, cujo espaço reúne personagens tão distintas como Raimundo,
representante do migrante nordestino, e Vanessa, uma sintetize humana do que seria a
mentalidade da metrópole. Nesse romance, Luiz Vilela retrata os pilares modais de um Brasil
muito condizente com a pluralidade dos movimentos políticos e sociais dos conturbados anos
do governo militar. A função-autor sustentada pelo discurso desse romance, somado a outros
textos de Luiz Vilela, mostra-nos um autor crítico, implacável consigo e com o seu tempo,
que se vale da experiência pessoal para construir uma narrativa desmistificadora sobre um
tempo marcado pela esquerda festiva, composta por intelectuais com ideais revolucionários,
que comemoram seu fracasso no bar, remediando com álcool a impossibilidade de alcançar
algum ideal de felicidade. |
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DE POLO A POLO: SIGNIFICAÇÃO E POTENCIALIDADES NO PRIMEIRO CAPÍTULO DA SÉRIE DOCUMENTÁRIA PLANETA TERRA- A TERRA COM VOCÊ NUNCA VIU. |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
11/03/2013 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Helio Augusto Godoy de Souza
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Afranio Jose Soriano Soares
- Geraldo Vicente Martins
- Helio Augusto Godoy de Souza
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Resumo |
A presente pesquisa investiga as potencialidades narrativas e as funções significativas que o uso de diferentes técnicas da prática do cinema assumem em um capítulo da série documentária Planeta Terra – A Terra como você nunca viu, produzida pela BBC de Londres e veiculada na televisão britânica no ano de 2006. Foi escolhido como corpus de análise o primeiro episódio da série, intitulado “De Pólo a Pólo”. Para tal análise, foram utilizadas diferentes correntes teóricas: a semiótica filosófica de Charles Sanders Peirce e o realismo científico defendido pelo mesmo autor; os estudos sobre linguagem cinematográfica; a Teoria do Umwelt de Jacob von Uexkull; uma revisão histórica sobre o gênero fílmico e, por fim, o conceito de Empatia elaborado pela neurociência. No primeiro momento da argumentação, delimitamos os conceitos necessários para se compreender de que maneira a linguagem cinematográfica produz signos que agem como representação de aspectos da realidade. Ao resultado que obtivemos, acrescentamos como hipótese que a espécie humana expande suas capacidades de significação quando se utiliza de signos cinematográficos que lidam com conteúdos extraídos do mundo real e cujo objetivo é representar traços dele. O segundo momento é dedicado à análise semiótica e cinematográfica do episódio De Polo a Polo, na qual os conceitos trabalhados no primeiro capítulo foram aplicados, trazendo à tona a ação dos mecanismos da linguagem e da significação no documentário. E, por fim, no terceiro e último momento desta dissertação apresentamos um olhar mais amplo para o filme analisado, procurando uma conexão do mesmo com seu contexto enquanto obra cinematográfica pertencente a uma série; como produto de uma tradição documentária e com objetivos definidos como programação televisiva. Concluímos com a pesquisa que De Polo a Polo é um signo simbólico, capaz de representar seus objetos e gerar interpretantes de terceiridade. Além disso, esse filme foi construído com o objetivo de representar a própria série a qual pertence, pois mostra traços da mesma com o objetivo de situar o espectador quanto ao que esperar do restante da série. A estrutura narrativa de De Polo a Polo foi construída a partir de um grande esforço em causar empatia no público, sendo esta a estratégia do filme em conquistar a audiência para que os capítulos seguintes fossem vistos. |
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COMPETÊNCIA DISCURSIVA E ANÁLISE LINGUÍSTICA NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: UM DIÁLOGO ENTRE OS PARÂMETROS E AS VARIÁVEIS. |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
08/03/2013 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Raimunda Madalena Araujo Maeda
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Geraldo Vicente Martins
- Petrilson Alan Pinheiro da Silva
- Raimunda Madalena Araujo Maeda
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Resumo |
A pesquisa ora apresentada teve como objetivo identificar e compreender as lacunas existentes entre os Parâmetros Curriculares Nacionais e as variáveis do ensino-aprendizagem no 9º ano do ensino fundamental e no ensino médio das escolas públicas estaduais do município de Miranda, Mato Grosso do Sul. Desde a elaboração do projeto, partiu-se da hipótese de uma incoerência verificada na relação entre os métodos de ensino de língua materna perpetuados pelas práticas pedagógicas nas escolas e a proposta estabelecida nos Parâmetros. Assim, se apresentam duas situações: – de um lado, a orientação epistemológica dos PCN, pautada em atividades de reflexão e operação sobre a linguagem, visando ao desenvolvimento da competência discursiva dos alunos nas diversas instâncias comunicativas; – por outro lado, na prática das salas de aula, é possível observar aulas de língua portuguesa ainda centradas em atividades descontextualizadas, nas quais se tem, ainda, professores preocupados com a exercitação da metalinguagem, limitados à simples transmissão de conteúdos, à taxonomia de formas, à definição gramatical; e alunos enfadados pelos quadros de flexão e pelas classificações morfossintáticas, alheios à produtividade do trabalho com os gêneros que circulam em sua vida social. Ao longo da pesquisa, foi avaliada a validade dos processos didáticos relativos ao ensino da língua portuguesa na educação básica – do nono ano do ensino fundamental ao terceiro ano do ensino médio, por meio da pesquisa qualitativa, na qual foram analisados os procedimentos metodológicos e teóricos utilizados pelos professores, as aulas em si e as produções escritas dos alunos. A análise dos dados coletados partiu da revisão das propostas curriculares e da (re)aplicação das concepções teóricas que os embasaram. Algumas obras citadas nas referências dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa foram retomadas para estudo: Bakhtin (1990, 1992), Dolz e Schneuwly (1996), Geraldi (1984, 1996), Kaufman & Rodrigues (1995), Kleiman (1989), Koch (1989, 1992, 1994), Koch & Travaglia (1991) e Possenti (1996), em consonância com outras publicações mais recentes que também tratam do assunto na perspectiva da Linguística Textual, da Linguística Aplicada e do Interacionismo Sociodiscursivo. Paralelamente, o conhecimento teórico foi testado e aplicado através do estudo de
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campo nas escolas públicas estaduais do município de Miranda, Mato Grosso do Sul. A coleta de dados foi realizada em três etapas, que incluíram: num primeiro momento, entrevistas com os professores, para identificar as suas concepções com relação aos objetos de estudo da pesquisa, e leitura de planejamentos e planos de aula, para observar quais são os conteúdos e as metodologias privilegiadas por eles; num segundo momento, observação das aulas, para analisar se a abordagem utilizada pelos professores tem privilegiado, de fato, o desenvolvimento da competência discursiva de seus alunos e a análise linguística; e, finalmente, a coleta de produções textuais (artigos de opinião) dos discentes, para verificar-lhes o nível de desenvolvimento. Dessa forma, foi construído o diálogo proposto desde a elaboração do anteprojeto. Espera-se que os princípios estabelecidos nesta pesquisa permitam avaliar a natureza da relação entre a teoria que fundamenta os PCN e as variáveis observadas na prática. Consequentemente, almeja-se estimular os educadores a refletir sobre os parâmetros que eles seguem, de forma adequada e coerente com o desenvolvimento de seus alunos, e conscientizá-los da importância do aprimoramento profissional por meio da formação continuada. |
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MULHERES DE PAPEL EM MACHADO DE ASSIS, CLARICE LISPECTOR E CHARLOTTE P. GILMAN: TRÊS PERSONAGENS, TRÊS AUTORES E UM MESMO DESFECHO. |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
07/03/2013 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Rosana Cristina Zanelatto Santos
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Jose Alonso Torres Freire
- Lucilene Soares da Costa
- Rosana Cristina Zanelatto Santos
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Resumo |
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O LÉXICO INDÍGENA NAS CAPITAIS BRASILEIRAS: UM ESTUDO GEOLINGUÍSTICO. |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
07/12/2012 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Daniela de Souza Silva Costa
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Banca |
- Aparecida Negri Isquerdo
- Auri Claudionei Matos Frubel
- Suzana Alice Marcelino Cardoso
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Resumo |
A língua reflete influências do ambiente social, como os determinantes sócio-históricos, culturais e geográficos relacionados à história social dos falantes. E, especialmente no léxico, essas influências são percebidas, por se refletirem nas escolhas dos usuários. No Brasil, por exemplo, desde os tempos coloniais, os intercâmbios culturais e linguísticos que se processaram entre europeus, indígenas e africanos deixaram marcas e contribuíram sobremaneira para a construção da identidade nacional. Assim, no âmbito do léxico, os empréstimos lexicais advindos das línguas de povos indígenas e africanos, além das línguas de imigrantes, muito enriqueceram o português do Brasil com um vocabulário voltado para as diferentes realidades regionais do país. Este trabalho utilizou como arcabouço teórico princípios da Dialetologia, da Geolinguística, da Lexicologia e da Semântica e, como corpus, dados geolinguísticos coletados pela equipe de pesquisadores do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB) nas 25 capitais brasileiras que integram a rede de pontos do Projeto ALiB. O estudo teve como propósito investigar a influência indígena no repertório lexical dos falantes dessas localidades, expressa por meio do uso de indigenismos – unidades léxicas de base indígena – relacionados a áreas semânticas como a fauna, as atividades agropastoris e a alimentação e cozinha. Para isso, além de se analisar os dados pesquisados sob a luz dos ramos da Linguística mencionados, buscou-se, na história social das localidades investigadas, possíveis motivações para a manutenção e/ou desaparecimento do substrato indígena no vocabulário dos habitantes de grandes centros urbanos, demonstrando também, por meio da cartografação dos dados analisados, possíveis isoglossas léxicas que demarcam áreas dialetais em território nacional. Nas 62 perguntas das três áreas semânticas pesquisadas, dos 800 itens lexicais catalogados, 59 são de base indígena (7,3%), em sua maioria no campo da fauna: 30 ocorrências. Com isso, identificaram-se também certas isoglossas léxicas que evidenciam traços regionais no vocabulário, como os usos de aipim, muriçoca e curau, por exemplo, e também que as cidades comportam-se de maneiras distintas, no que diz respeito às escolhas lexicais de seus falantes. O estudo ratificou ainda que a importância das pesquisas geolinguísticas como subsídios para dicionários gerais da língua, no que tange ao registro de marcas dialetais, à medida que revelou, ora a disseminação de unidades léxicas dicionarizadas com marca de uso de certas regiões, como muriçoca, ora a confirmação de marcas de uso já registradas em obras lexicográficas, como o uso de carapanã, e mesmo a inovação lexical promovida pelos usuários ao atribuir novas acepções a itens lexicais já existentes, como o ocorrido com soca e carioquinha. Em síntese, os dados analisados reiteraram o papel da Geolinguística para o conhecimento da língua em uso, num dado espaço e tempo, aqui representados pela contemporaneidade no uso da língua portuguesa no Brasil. |
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CLARICE E O SILÊNCIO: A LINGUAGEM EM A PAIXÃO SEGUNDO G.H. |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Artigo Científico |
Data |
31/08/2012 |
Área |
LITERATURA BRASILEIRA |
Orientador(es) |
- Edgar Cezar Nolasco dos Santos
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- André Luís Gomes
- Edgar Cezar Nolasco dos Santos
- Vania Maria Lescano Guerra
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Resumo |
O trabalho visa analisar a linguagem em A paixão segundo G.H.
(1964), de Clarice Lispector, tendo por estofo teórico- crítico o conceito de místico
em Ludwig Wittgenstein, e também o conceito de arquivo de Jacques Derrida. O
místico tal como Wittgenstein entendia é o aparecer do que se mostra, o indizível.
O filósofo chamou místico, ao mostrar que há, na linguagem, algo que é indizível
– o silêncio. Sua defesa seria que o místico pode ser mostrado, porém não possa
ser dito, expresso via linguagem. No romance de Lispector, a protagonista G.H.,
dado seu entendimento sobre a limitação da linguagem, tenta reproduzir a
conquista do originário, a perda da identidade. A recapitulação que a protagonista
faz do que lhe aconteceu é o exercício de linguagem de tocar no ponto que não é
tocável: de arquivar a experiência. Derrida, em Mal de Arquivo: uma impressão
freudiana, escreve que não há arquivo sem mal de arquivo, para o autor, mal de
arquivo – desejo de lembrar a origem- deriva do esquecimento/memória. Para
Derrida “estar com o mal de arquivo é sofrer de um mal. É arder de paixão, é
incessantemente procurar o arquivo onde ele se esconde”. Em A paixão segundo
G.H, o termo de Derrida se aproxima da falência da narradora, a falha de sua
construção é comparável ao mal de arquivo porque designa a paixão da procura
do arquivo onde ele se esconde, representado pela experiência mística de GH.
Em tal estudo dar-se-á atenção, sobretudo, para a questão do silêncio como um
traço diferenciador da linguagem empregada no livro. Além de Ludwig
Wittgenstein e Jaques Derrida, outro filósofo e estudioso da obra clariciana
embasará nossa discussão, Benedito Nunes, principalmente com os livros O
dorso do tigre (1976), O drama da linguagem: uma leitura de Clarice Lispector
(1995) e também a Edição Crítica do romance A paixão segundo G.H. (1988)
organizada pelo crítico. |
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"DESCRIÇÃO SOCIOLINGUÍSTICA DOS TEXTOS ESCOLARES: O PÚBLICO E O PRIVADO" |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
24/08/2012 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Edimara Cristina Meliso Gonçalves
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Banca |
- Dercir Pedro de Oliveira
- Rosangela Villa da Silva
- Valéria Faria Cardoso
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Resumo |
A temática apresentada neste trabalho insere-se no âmbito da pesquisa em sociolinguística
voltada para a variação fonético-fonológica e os reflexos dessa variação na produção escrita
de alunos do ensino fundamental de duas escolas de Campo Grande: uma pública, localizada
na área periférica da cidade, e uma particular, localizada na área central urbana. O
levantamento e análise das interferências da modalidade oral na produção escrita em Língua
Portuguesa foram feitos com base na teoria da Sociolinguística Variacionista. O objeto da
pesquisa recai sobre o interesse em mostrar as interfaces entre as linguagens: oral e escrita. O
objetivo do trabalho foi o de registrar, descrever e interpretar as marcas das variedades
linguísticas fonológicas, nos desvios decorrentes da transposição do ato da fala para a escrita
de alunos do 5º ano do Ensino Fundamental, caracterizando e comparando a produção textual
dos alunos, e também correlacionando a sua competência linguística com a estratificação
social da escola. O método empregado nesta pesquisa foi o da Sociolinguística Variacionista
Quantitativa (Labov 1972), com aplicação do programa computacional Goldvarb 2001. Após
a compreensão das diferenças na apropriação da escrita dos alunos pelos postulados da
sociolinguística foram averiguados os fenômenos da variação linguística e os dois maiores
grupos destacados foram: o alçamento das vogais /e/ com 28% e alçamento das vogais /o/,
com 21%. Os resultados mostraram que há uma correlação direta entre variáveis sociais e
estruturais ligadas aos fenômenos estudados. |
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O SELO DA CAMPANHA PUBLICITÁRIA "TUDO PARA VOCÊ. TUDO PARA SEU SUCESSO" DA UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP: UM ESTUDO De CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADE DE MARCA. |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
24/08/2012 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Eluiza Bortolotto Ghizzi
- Geraldo Vicente Martins
- Paulo Cesar Duarte Paes
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Resumo |
A pesquisa de que resultou esta dissertação teve como proposta analisar o selo da campanha
publicitária “Tudo para você. Tudo para seu sucesso”, da marca institucional Universidade
Anhanguera-Uniderp. A pergunta específica da pesquisa foi como são construídos os
significados desse selo e, extensivamente, como o seu uso do mesmo nas peças publicitárias
da Instituição pode colaborar para a construção da identidade da marca, considerando-se o
fato de que a marca gráfica da Instituição compõe os elementos gráficos que aparecem nesse
selo. A metodologia de pesquisa envolve revisão de bibliografia, levantamento de
documentação sobre o selo e posterior análise. A revisão de bibliografia abrangeu,
principalmente, os temas marca, semiótica da imagem e semiótica do texto verbal. O estudo
de marca foi direcionado para os conceitos de marca, identidade e imagem de marca. O
levantamento da documentação teve como fontes a instituição Anhanguera-Uniderp e a
agência Remat Marketing & Propaganda, ambas sediadas em Campo Grande – MS. A
descrição e a análise dos dados teve como referencial teórico-metodológico conceitos da
Semiótica Filosófica de Charles S. Peirce (1839-1914) e da Semiótica Discursiva de A. J.
Greimas (1917-1992). Concluiu-se que os significados do selo, tendo como um de seus
elementos a marca gráfica da Anhanguera-Uniderp, contribui com valores intangíveis para a
identidade de marca, os quais deverão influenciar na construção de sua imagem de marca. Os
resultados da pesquisa poderão contribuir com os estudos específicos de linguagem visual,
bem como com os das áreas de marca e identidade de marca. |
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