Doutorado em Educação Matemática

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Trabalhos

Trabalhos Disponíveis

TRABALHO Ações
MORTE E VIDA SEVERINA: auto de natal em Educação Matemática
Curso Doutorado em Educação Matemática
Tipo Tese
Data 19/02/2020
Área MATEMÁTICA
Orientador(es)
  • Luzia Aparecida de Souza
Coorientador(es)
    Orientando(s)
    • Ana Carolina de Siqueira Ribas dos Reis
    Banca
    • Carla Regina Mariano da Silva
    • Fernanda Malinosky Coelho da Rosa
    • Filipe Santos Fernandes
    • Heloisa da Silva
    • Luzia Aparecida de Souza
    • Paola Judith Amaris Ruidiaz
    • Thiago Donda Rodrigues
    Resumo Este trabalho se propôs a discutir vidas de professores de Matemática a partir de narrativas de professores que atuam ou atuaram na Rede Municipal de Ensino de Campo Grande/MS. Assumindo o ato de pesquisar como experiência (LARROSA, 2016), singular e situado, buscou-se evidenciar marcas dos meus (des)encontros com a pesquisa, com as narrativas e com a profissão docente. Entre essas marcas, o modo como a busca por resultados satisfatórios no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) tem potencializado discursos que acabam comprometendo a autonomia de professores de Matemática, no que tange à avaliação da aprendizagem, e tem criado uma lógica dentro de escolas que nos leva a problematizar os usos que tem sido feito do IDEB nos espaços escolares. Do encontro com a Síndrome de Burnout e da problematização do meu modo de vida na escola, foi proposto um exercício inicial de pensar a docência com e a partir do conceito niilismo, de Nietzsche. Assim, buscamos evidenciar como a idealização da escola e da profissão docente pode influenciar um modo de vida adoecido no ambiente escolar. Um modo de vida que, por um lado, pode esgotar o corpo-professor e, por outro, pode ajudá-lo a criar novos valores para a sua vida.
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    AÇÕES EM UM AMBIENTE CONSTRUCIONISTA COM USO DE SMARTPHONE: UMA PROPOSTA BIMODAL PARA ESTUDAR CONCEITOS DE CÁLCULO
    Curso Doutorado em Educação Matemática
    Tipo Tese
    Data 14/02/2020
    Área MATEMÁTICA
    Orientador(es)
    • Suely Scherer
    Coorientador(es)
      Orientando(s)
      • VANESSA RODRIGUES LOPES
      Banca
      • Adamo Duarte de Oliveira
      • Aparecida Santana de Souza Chiari
      • Frederico Fonseca Fernandes
      • Gláucia da Silva Brito
      • José Armando Valente
      • Jose Luiz Magalhaes de Freitas
      • Suely Scherer
      • Thiago Pedro Pinto
      Resumo As dificuldades em relação ao ensino e aprendizagem de Cálculo Diferencial e Integral é uma problemática no campo da Educação Matemática. Diante dessa problemática, essa tese de doutorado foi orientada pela seguinte questão de pesquisa: que ações podem favorecer a aprendizagem de conceitos de Cálculo, em um processo de educação bimodal, com uso de smartphones? O objetivo foi o de identificar e analisar ações que podem favorecer a aprendizagem de conceitos de cálculo em um ambiente construcionista, em uma proposta de educação bimodal, com uso de smartphone. Para atingir os objetivos foi elaborada e desenvolvida para uma disciplina de Matemática I, uma proposta de estudo de conceitos de Cálculo Diferencial e Integral, em formato de encontros presenciais e a distância, com/para uso de smartphone. A interação entre os sujeitos no espaço virtual aconteceu em um grupo do WhatsApp e os materiais didáticos selecionados e elaborados para a disciplina foram disponibilizados a partir da plataforma GeoGebra. No espaço presencial, foram planejadas e desenvolvidas aulas com uso de smartphone e espelhamento de tela. Para analisar ações que favoreceram a aprendizagem no ambiente construcionista, a construção teórica dessa tese foi proposta e discutida, para o espaço presencial, a partir de um ciclo de ações com uso de smartphone, espelhamento de tela e elementos da Teoria das Situações Didáticas. Com relação ao espaço virtual, foi proposta uma discussão teórica a partir do estudo sobre o estar junto virtual, proposto por José Armando Valente, e chegamos à proposta que denominamos de Estar Junto Virtual Ampliado com smartphone. A partir da análise, concluímos que a proposta de atividades, o uso do GeoGebra, a organização em grupo, a institucionalização com espelhamento de tela, a interação entre indivíduos, os questionamentos, os desafios propostos pela professora, e a atitude dos alunos e professora em relação às ações propostas na disciplina, se constituíram em ações que favoreceram a aprendizagem e foram determinantes para a vivência de uma ambiente construcionista constituído na articulação entre espaço presencial e virtual.
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      POSSIBILIDADES E LIMITAÇÕES DE MICROPERCURSOS DE ESTUDO E PESQUISA EM GEOMETRIA: Uma experiência de formação continuada com professores da rede pública
      Curso Doutorado em Educação Matemática
      Tipo Tese
      Data 11/12/2019
      Área MATEMÁTICA
      Orientador(es)
      • Jose Luiz Magalhaes de Freitas
      Coorientador(es)
        Orientando(s)
        • Cintia Melo dos Santos
        Banca
        • Aparecida Santana de Souza Chiari
        • Edilene Simoes Costa dos Santos
        • Jose Luiz Magalhaes de Freitas
        • José Messildo Viana Nunes
        • Marilena Bittar
        • Marlene Alves Dias
        • Paula Moreira Baltar Bellemain
        Resumo O objetivo principal desta pesquisa é investigar possibilidades do desenvolvimento de micro Percursos de Estudo e Pesquisas (PEP) por meio de um estudo praxeológico, desenvolvido em uma formação continuada de professores de matemática. A formação foi realizada com um grupo de doze professores atuantes na educação básica, no qual trabalhamos com sistemas didáticos intrínsecos aos estudos dos conteúdos geométricos amparados pela metodologia do PEP. Todas as sessões foram gravadas em áudio e vídeo, e, posteriormente, foram transcritas para a análise da produção dos dados. Para o estudo e desenvolvimento do PEP, buscamos compreensões da Teoria Antropológica do Didático (TAD), com ênfase no paradigma didático questionamento do mundo e dos níveis de codeterminação, identificando condições e restrições que permeiam as práticas pedagógicas dos professores participantes da pesquisa. Ao analisar os sistemas didáticos, pudemos perceber que os professores são dependentes dos livros didáticos e que esse recurso tem direcionado as suas práticas pedagógicas. Vimos também o quanto as condições impostas nas suas formações acadêmicas acabam sendo refletidas no modo como conduzem as suas práticas em sala de aula, reproduzindo um ensino direcionado pelo paradigma visita às obras no que diz respeito ao ensino de Geometria. Além disso, observamos a necessidade dos professores em estudar e buscar mais informações em torno dos conceitos abordados e o quanto suas praxeologias estão no bloco fazer, com poucas justificativas teóricas e tecnológicas. Nesse cenário, vimos que o PEP provocou nos professores uma desestabilização praxeológica dos seus conhecimentos geométricos, assim como o desenvolvimento de cada percurso depende fortemente dos sujeitos envolvidos no processo, ressaltando que a realidade brasileira no desenvolvimento de formações não propicia a permanência dos professores em formações continuadas, sendo uma busca mais individual de cada professor.
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        RAIZES HISTÓRICAS DO ENSINO DE CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL NA ESCOLA POLITÉCNICA DO RIO DE JANEIRO NAS ÚLTIMAS DÉCADAS DO SÉCULO XIX
        Curso Doutorado em Educação Matemática
        Tipo Tese
        Data 28/11/2019
        Área MATEMÁTICA
        Orientador(es)
        • Luiz Carlos Pais
        Coorientador(es)
          Orientando(s)
          • Enoque da Silva Reis
          Banca
          • Antonio Sales
          • Edilene Simoes Costa dos Santos
          • Jose Luiz Magalhaes de Freitas
          • Luiz Carlos Pais
          • Marlos Gomes de Albuquerque
          • Mustapha Rachidi
          • Viviane Barros Maciel
          Resumo O objetivo desta pesquisa é analisar a sistematização do ensino do Cálculo Diferencial e Integral na Escola Politécnica do Rio de Janeiro, nas últimas quatro décadas do século XIX, focalizando mais especificamente os saberes matemáticos de referência, bem como aos saberes para o ensino da mesma matéria. As fontes usadas para realizar esse objetivo resultaram, em grande parte, de documentos coletados na Hemeroteca Digital Brasileira, reunindo artigos de jornais e de revistas, assim como diferentes outros textos sobre o ensino da matemática superior na referida instituição. Além destes elementos, foram usados ainda leis, regulamentos, programas de ensino, reformas educacionais e relatórios oficiais. A pesquisa foi conduzida por uma abordagem metodológica crítica em conjunto com o Esquema Heptagonal, definido e discutido no contexto do grupo de pesquisa no qual o trabalho foi realizado. O referencial teórico adotado é constituído por conceitos oriundos da Nova História Cultural, na linha descrita pelo historiador Peter Burke, destacando a centralidade atribuída aos saberes disciplinares e profissionais e os diferentes processos inerentes à sua produção e disseminação em certos contextos de referência. Foi possível constatar a existência de uma forte presença da ordem de conhecimento positivista, nas raízes históricas do ensino de Cálculo Diferencial e Integral no quadro institucional considerado, bem como a emergência de uma prática diferenciada de sistematização dos saberes ensinados em textos publicados na imprensa da época. Aspectos conceituais do Cálculo Diferencial e Integral, debatidos na literatura especializada da época, aparecem no contexto institucional da pesquisa, associados ao acirrado contexto político dos últimos anos do período imperial e na fase inicial do período republicano. A pesquisa mostrou a existência de três linhas disciplinares, as quais levaram à profissionalização dos Engenheiros Politécnicos, a uma nova fase de formação dos Militares do Exército Brasileiro e, finalmente, a constituição dos primeiros traços de pesquisa no campo do ensino das matemáticas superiores no Brasil. E ainda, destaca-se a existência de uma relação entre a noção de expertise no sentido de que essa condição é conferida por uma instância que concede ao especialista esse estatuto, mas, por outra, essa própria instância está necessariamente vinculada a comunidade de saber, que referenda e aprova o seu poder de conferir o grau de expertise a um determinado profissional de reconhecida competência. Consequentemente foi possível destacar uma rede de expertise composta pelos experts Licínio Athanasio Cardoso, Roberto Trompowsky Leitão de Almeida e Benjamim Constant Botelho de Magalhães.
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          Necessidades formativas na constituição do professor de matemática em formação e em exercício: diálogos e conexões
          Curso Doutorado em Educação Matemática
          Tipo Tese
          Data 26/11/2019
          Área MATEMÁTICA
          Orientador(es)
          • Patricia Sandalo Pereira
          Coorientador(es)
          • Ivana Maria Lopes de Melo Ibiapina
          Orientando(s)
          • Kely Fabricia Pereira Nogueira
          Banca
          • Aparecida Santana de Souza Chiari
          • Edilene Simoes Costa dos Santos
          • Fernanda Malinosky Coelho da Rosa
          • João Coelho Neto
          • Maria Salonilde Ferreira
          • Maria Tereza Carneiro Soares
          • Patricia Sandalo Pereira
          Resumo Este trabalho é o produto de uma pesquisa desenvolvida junto à Linha de Pesquisa Formação de Professores do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, vinculada ao Grupo de Pesquisa Formação e Educação Matemática – FORMEM. Tendo como premissa que as necessidades formativas, compartilhadas na parceria colaborativa, possibilitam as conexões no/para o processo de constituição do professor de Matemática em formação e em exercício. Essa pesquisa se pauta nos princípios do materialismo histórico dialético enquanto método para análise, por compreendermos que, por meio dessa lógica, podemos buscar os elementos que darão sustentação a uma mediação formativa que permita maior compreensão da constituição dos professores de Matemática. O foco inicial é a práxis, visto que é uma atividade orientada, consciente e transformadora dos sujeitos, o qual envolve tanto as dimensões objetivas como as subjetivas. Particularmente, recorremos à perspectiva colaborativa, que conduz ações compartilhadas de informar, descrever, confrontar e reelaborar, tendo em vista que o ser humano aprende em interação com os outros eus. Nessa perspectiva, a investigação colaborativa possibilita aos sujeitos, refletir, ser pesquisador e co-construtor de seus atos. Buscou-se compreender a relação entre as necessidades formativas e as conexões no/para o processo de constituição do professor de Matemática em formação e em exercício, a partir da parceria colaborativa. As conexões estabelecidas, entre a díade formação inicial e continuada, foi propiciada em espaços formativos intencionalmente organizado no contexto das aulas de Prática de Ensino e na sala de estudos do Grupo FORMEM da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, com cinco futuros professores, dois professores da educação básica, a pesquisadora e a orientadora, totalizando nove colaboradores. Os Encontros Formativos ocorreram durante o ano de 2016 a 2018, totalizando 64 encontros. Os dados, provenientes dos registros diários dos colaboradores das transcrições (filmagens dos encontros), foram sistematizados a partir de temas definidores e analisados por meio de três fios condutores que caracterizam os movimentos construtivos na conexão entre a díade formação inicial e continuada dos professores de Matemática: T1: Parceria articulações iniciais: contexto da pesquisa e colaboração, pelo qual identificamos o contexto, as necessidades e estabelecemos parcerias colaborativas momentos de interação e de oposição; T2: Necessidades: Continuum Reflexivo: necessidades formativas, em que revelamos manifestação intrínseca das relações externas e internas e analisamos com base nas casualidades associando-a como possibilidade real ou mesmo abstrata; T3: Conexões: aproximações e distanciamentos: desafios e vantagens da conexão entre a díade FI/FC e a Constituição do ser professor, analisamos os momentos em que os colaboradores desencadeiam reflexões que, paulatinamente, vão tomando “corpo” e por meio das quais fomentam a constituição de ser professor de Matemática. Concluímos que, a partir dos encontros formativos espiralados dialógicos, organizados intencionalmente, via necessidades formativas, por meio da parceria colaborativa, tivemos indícios que os colaboradores tomaram consciência das múltiplas significações inerentes ao processo de constituição do professor de Matemática em formação e em exercício, o que só foi possível em razão de as relações implicadas e as múltiplas determinações estabelecidas, possibilidades de outros caminhos na constituição de si, dialogando com as necessidades dos tantos outros, revelando um estado de consciência crítica - ato responsável e o “não álibi”. Destacamos a importância da parceria colaborativa e a formação espiralada dialógica no processo na/para a constituição do professor de Matemática. Afirmamos que o que ideamos e materializamos é apenas o começo de uma infinidade de modos de caminhar e possibilidades que surgirão pela necessidade de busca por descobertas e conhecimentos envolvidos em atos responsáveis, propiciando os diálogos reflexivos entre os diferentes sujeitos, eu e outros.
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          ELEMENTOS CONSTITUINTES DA ATIVIDADE DE FORMAÇÃO CONTINUADA EM MATEMÁTICA NA PARCERIA UNIVERSIDADE-ESCOLA
          Curso Doutorado em Educação Matemática
          Tipo Tese
          Data 18/11/2019
          Área MATEMÁTICA
          Orientador(es)
          • Neusa Maria Marques de Souza
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • Maria Elídia Teixeira Reis
            Banca
            • Alexandra Ayach Anache
            • Edilene Simoes Costa dos Santos
            • Flávia da Silva Ferreira Asbahr
            • Jose Luiz Magalhaes de Freitas
            • Neusa Maria Marques de Souza
            • Shirley Takeco Gobara
            • Solange Mary Moreira Santos
            • Wellington Lima Cedro
            Resumo Esta pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de investigar os elementos constituintes de uma proposta de formação continuada de professores que ensinam Matemática, organizada a partir da parceria universidade-escola, que se caracterizem como estruturantes de uma ‘atividade’ na perspectiva de Leontiev. O embasamento teórico da Teoria Histórico-Cultural e, em particular, da Teoria da Atividade, junto com os estudos sobre coletividade, de Petrovski, sustentaram a orientação e o caminhar das análises e discussões fundamentadas no materialismo histórico-dialético. Os dados foram obtidos em 2016 por meio de gravações em áudio das reuniões do grupo organizador de um programa de formação continuada para professores que ensinam Matemática na Educação Básica (EB), estruturado na parceria entre universidade e escola, ofertado por uma universidade pública do interior de Goiás nos anos de 2010 a 2013 e em 2016. Os sujeitos da investigação foram: professores, coordenadores pedagógicos e diretores das escolas; formadores de professores da universidade dos cursos de Matemática e Pedagogia; e representantes das Sub(Secretarias) de Educação regional e local que participaram do planejamento e materialização do programa. Os procedimentos teórico-metodológicos de coleta e análise de dados foram estruturados a partir do método de Vigotski, na busca pela apreensão da realidade concreta do fenômeno, que, no caso desta pesquisa, consiste nos elementos que podem ser considerados estruturantes para se pensar em como planejar e organizar um processo formativo. As análises deram-se a partir de três eixos: (1) O contexto da atividade de formação continuada e as condições objetivas do processo de formação; (2) As relações sociais em movimento na atividade de formação; e (3) Avaliação: do proposto ao realizado. Os resultados evidenciaram que tanto as ações implementadas na formação continuada como o sentido que esta teve para os envolvidos sofreram influência direta das condições objetivas e da qualidade das relações sociais estabelecidas entre os participantes. Estes dois elementos mostraram-se essenciais na dinâmica da relação entre motivo e objeto, visto que podem fazer com que as necessidades dos envolvidos cheguem (ou não) a se transformar em motivos orientadores da atividade de formação. Concluiu-se que um projeto de formação continuada que tem como foco a parceria universidade-escola não se constrói ou se desenvolve a partir de ações isoladas, mas por meio de um trabalho coletivo, em que tanto a estrutura das relações sociais como a das condições objetivas possibilitem a geração de necessidades e motivos coletivos orientados pelo objeto da formação, de modo a propiciar a transformação dos envolvidos e a concretização da ação formativa como ‘atividade’ na perspectiva de Leontiev.
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            Quando aprendo matemática, também aprendo a viver no campo? Mapeando subjetividades
            Curso Doutorado em Educação Matemática
            Tipo Tese
            Data 20/05/2019
            Área MATEMÁTICA
            Orientador(es)
            • Angela Maria Guida
            Coorientador(es)
              Orientando(s)
              • Vanessa Franco Neto
              Banca
              • Angela Maria Guida
              • Antonio Carlos do Nascimento Osorio
              • Gelsa Knijnik
              • Joao Ricardo Viola dos Santos
              • Línlya Natássia Sachs Camerlengo de Barbosa
              • Patricia Graciela da Rocha
              • Thiago Pedro Pinto
              Resumo Esta tese analisa dez livros didáticos de matemática para os anos iniciais do Ensino Fundamental da rede regular pública de ensino que fizeram parte do Programa Nacional do Livro Didático em sua versão para o Campo, o PNLD Campo, durante os anos de 2013 a 2018. Esses materiais foram elaborados e adotados a partir das demandas de movimentos sociais que reivindicavam projetos de justiça social com atenção às populações camponesas no Brasil. Desse modo, o material empírico fez parte de um conjunto de ações cujo foco declarado era assistir as condições objetivas de vida e trabalho desse grupo que habita o campo. Os livros analisados, nesse sentido, anunciavam, em seus prefácios e nas orientações para os professores, o mesmo compromisso de justiça social para com esse grupo. O material didático em exame compõe duas coleções aprovadas em ambos os editais desse programa, publicados em 2013 e 2016. O objetivo da tese foi descrever e analisar o conjunto de práticas enunciadas nesse material com o propósito de constituir o sujeito desejável para habitar o campo. O perscrutar dos dados se deu por meio do uso de um software de análise qualitativa que gerou um total de 5.309 marcações organizadas em 132 codificações que, por sua vez, ajudaram a mapear o sujeito desejável no contexto do campo. Para tratar esse material, a tese foi organizada no formato de coleção de artigos, por revelar-se estratégia adequada para investigar tanto o conjunto como a quantidade de dados elaborados. As teorizações analíticas passam pelas contribuições do filósofo Michel Foucault em seus trabalhos que versam sobre a análise do discurso, processos de subjetivação e governamentalidade. Das análises foram desenvolvidas quatro dimensões que exploraram os processos de subjetivação dos habitantes do campo, são elas: animais, gênero, cidadania e trabalho. Cada uma delas demandou a incursão em teorizações específicas visando possibilitar o tratamento dos dados. Como resultado, sete artigos foram elaborados num trabalho profícuo de organização que buscou mapear o sujeito desejável para o campo apregoado pelo material didático em tela. Ao fim, concluiu-se que esse sujeito tem um relacionamento sempre favorável com os animais, necessitando deles cuidar e proteger, para, em seguida, extrair-lhes a vida, por exemplo. Ele também é regido por uma divisão sexual do trabalho que atribui ao feminino um papel irrevogável de cuidado e proteção. Em relação a suas responsabilidades enquanto ser social, esse sujeito necessita engajar-se na sua comunidade, proteger o meio ambiente, assegurar o bom uso dos recursos naturais, entre outras práticas que atribuem a ele a plena responsabilidade pelo espaço que habita. Finalmente, o currículo de matemática é mobilizado para reforçar a necessidade de otimização e modernização das práticas laborais no contexto do campo. Em suma, esse sujeito deve reconhecer um conjunto de valores, moralidades e regras a ele apresentadas sob a égide do currículo de matemática. Portanto, o livro de matemática para o campo acaba por produzir um sujeito que se relaciona de maneira produtiva com todos aqueles que coabitam esse espaço, a partir de uma racionalidade neoliberal bem estabelecida e reforçada, a despeito das intenções iniciais manifestadas nos documentos analisados.
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              Linguagem Digital, Celulares e Geometria Analítica: encontros com alunos do Ensino Médio
              Curso Doutorado em Educação Matemática
              Tipo Tese
              Data 25/04/2019
              Área MATEMÁTICA
              Orientador(es)
              • Suely Scherer
              Coorientador(es)
                Orientando(s)
                • Ádamo Duarte de Oliveira
                Banca
                • Aparecida Santana de Souza Chiari
                • Gláucia da Silva Brito
                • Jose Luiz Magalhaes de Freitas
                • Márcio Santana da Silva
                • Marcus Vinicius de Azevedo Basso
                • Marilena Bittar
                • Suely Scherer
                Resumo Esta pesquisa teve como objetivo analisar o processo de estruturação de
                conhecimentos de geometria analítica, por alunos do Ensino Médio ao resolverem
                tarefas matemáticas com Linguagem Digital, por meio do aplicativo Geogebra
                disponível para smartphones. O construto teórico da pesquisa pauta-se nos estudos
                de Vygotsky sobre os processos mentais superiores mediados e organizados por
                signos; de Valsiner sobre os processos interdependentes de Internalização e
                Externalização apresentados por este autor no modelo em lâmina e, de Valente
                sobre o ciclo de ações, reconfigurado a partir dos estudos de Valsiner. Estes
                estudos nos auxiliaram nas análises dos processos de estruturação de
                conhecimentos vivenciados pelos alunos. A pesquisa é de abordagem qualitativa.
                Para atingir o objetivo de pesquisa foram realizados encontros em uma escola da
                rede estadual de ensino de Mato Grosso do Sul, nos quais foram abordados
                conteúdos de geometria analítica com um grupo de seis alunos do Ensino Médio,
                sendo analisado na tese o processo de estruturação de conhecimentos de dois
                deles. Os dados produzidos são constituídos de diálogos gravados entre
                pesquisador/alunos e alunos/ alunos; por vídeos de gravação de tela dos celulares
                dos alunos no momento em que resolviam as tarefas de matemática no aplicativo
                Geogebra; e por diálogos estabelecidos no aplicativo de mensagens WhatsApp,
                entre professor e alunos. A análise de dados evidenciou que o processo de
                estruturação de conhecimentos de geometria analítica, relacionados ao conceito de
                distância entre dois pontos, vivenciados pelos alunos, perpassaram as três camadas
                do sistema de Internalização/Externalização, no entanto com mais ocorrências nas
                camadas II e III. Durante o processo de estruturação de conhecimentos, surgiram
                estratégias utilizadas pelos alunos para a resolução das tarefas, e os conhecimentos
                mobilizados nestas estratégias passam a se constituir como catalisadores cultivados
                ativamente pelos alunos no processo de estruturação vivenciado por eles. A análise
                evidenciou ainda, em alguns momentos, o papel organizador e estruturante dos
                símbolos, presentes na Linguagem Digital, frente aos processos mentais superiores
                empregados pelos alunos na resolução das tarefas.
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                Um estudo sobre a aprendizagem do conceito de limite de função por estudantes nos contextos Brasil e França
                Curso Doutorado em Educação Matemática
                Tipo Tese
                Data 15/04/2019
                Área MATEMÁTICA
                Orientador(es)
                • Jose Luiz Magalhaes de Freitas
                Coorientador(es)
                  Orientando(s)
                  • Sonia Maria Monteiro da Silva Burigato
                  Banca
                  • Aparecida Santana de Souza Chiari
                  • Edilene Simoes Costa dos Santos
                  • Heloisa Laura Queiroz Goncalves da Costa
                  • Iranete Maria da Silva Lima
                  • Jose Luiz Magalhaes de Freitas
                  • Mustapha Rachidi
                  • Shirley Takeco Gobara
                  Resumo Nesta tese investigamos o processo de construção do conceito de limite de função com alunos do Brasil, na disciplina de Cálculo I, do Curso de Matemática – Licenciatura, e da França com uma turma do Terminale (3º ano) do lycée (ensino médio). Este conceito é considerado problemático e vem sendo tema de vários estudos. Sua aprendizagem envolve uma diversidade de conceitos sendo alguns de difícil compreensão, tais como: função, infinito e números reais. Nessa pesquisa estudamos as ações dos alunos ao lidar com situações para introdução desse conceito, pautadas principalmente na teoria dos campos conceituais. Primeiramente, delimitando o campo conceitual para estudo, em função do nível em que esse conceito é introduzido nesses dois países, e também considerando as dificuldades evidenciadas nas pesquisas. Nossa metodologia foi baseada na aplicação de questionários, atividades e entrevistas. Investigamos, nas ações dos alunos, o que eles mobilizavam ao lidar com as atividades. Essas ações foram modelizadas conforme nossa metodologia de análise em: regras em ação, que são responsáveis pelo desenvolvimento temporal das ações, envolvendo os meios de tomada de informação e de controle na ação; e de teoremas em ação, que são a parte conceitual responsável pela organização das regras. São elementos dos esquemas da teoria dos campos conceituais, que nos permitiram estudar filiações e rupturas nas adaptações dos esquemas utilizados pelo aluno ao lidar com as situações. Além disso, esses elementos foram relidos como imagens associadas ao conceito imagem de limite de função, conforme as noções de conceito imagem e conceito definição. Com nossos resultados de análise, identificamos que as variações de representações utilizadas nas atividades e nas ações dos alunos foram importantes para as adaptações dos esquemas mobilizados para lidar com as situações. E se constituíram também meios para associações de imagens mais próximas das definições apresentadas pelo ensino. Permitindo que apontássemos imagens que estavam se constituindo em um possível conceito definição pessoal de limite de função. Além disso, contribuiu para discussão das aproximações nas produções do estudante brasileiro e francês. Outro ponto importante evidenciado em nosso estudo foi com relação às filiações e/ou rupturas. Verificamos que elas perpassam o processo de compreensão de um conceito ao longo do ensino, algumas vezes elas podem não serem pertinentes ao processo de construção do conceito. Ao mesmo tempo, o conceito de limite tido como estável pelo professor pode ser alterado, seja por associações de imagens não pertinentes, ou pela mobilização de teoremas em ação incorretos para a situação tratada. Em nossa investigação também identificamos situações que se constituíram como pertinentes para a introdução do conceito de limite de função, como também para o trabalho com os conceitos ligados ao limite e que antecedem a sua apresentação.
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                  Parangolés de Ações e Lousa Digital: movimentos de aprendizagem em aulas de matemática
                  Curso Doutorado em Educação Matemática
                  Tipo Tese
                  Data 02/04/2019
                  Área MATEMÁTICA
                  Orientador(es)
                  • Suely Scherer
                  Coorientador(es)
                    Orientando(s)
                    • Sergio Freitas de Carvalho
                    Banca
                    • Aparecida Santana de Souza Chiari
                    • Diva Maria Moraes Albuquerque Maciel
                    • Gláucia da Silva Brito
                    • Marco Aurélio Kalinke
                    • Marilena Bittar
                    • Suely Scherer
                    • Thiago Pedro Pinto
                    Resumo Nesta tese buscamos investigar como ocorrem movimentos de aprendizagem com Lousa Digital em aulas de matemática. Para tanto, foram produzidos dados a partir de momentos de estudos com alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio, utilizando a Lousa Digital em aulas de matemática, em escolas públicas de Campo Grande – MS. A partir de estudos de José Armando Valente sobre o Ciclo de Ações e de Jaan Valsiner sobre a Psicologia Cultural, propusemos uma articulação teórica, para análise de movimentos de aprendizagem com Lousa Digital, que denominamos de Ciclo de Ações Coletivo, o qual se constitui a partir de movimentos de interação entre sujeitos, via processos de internalização e externalização, que chamamos de Parangolés de Ações. O termo Parangolés de Ações faz referência à obra “Parangolé”, do artista plástico Hélio Oiticica, utilizada como metáfora que orientou a produção e organização desta tese. Para a análise de dados da pesquisa foram selecionadas duas aulas, uma com uma turma do oitavo ano do Ensino Fundamental e outra com uma turma do primeiro ano do Ensino Médio. A análise desses dados possibilitou observar que o uso da Lousa Digital, com foco na interação entre indivíduos, pode favorecer diferentes movimentos de aprendizagem, oportunizando a vivência de reflexões por alunos do grupo a partir do compartilhamento de ideias, ao realizarem tarefas com o uso dessa tecnologia. As análises possibilitaram observar ainda que cada movimento de aprendizagem que se constitui a partir das interações estabelecidas é único e, à luz da metáfora do Parangolé, constitui-se em formas e coloridos distintos, diferentes Parangolés. O material que compõe esta tese está organizado em seis textos cuja ordem de leitura pode ser definida pelo próprio leitor.
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                    Relações saber-poder: discursos, tensões e estratégias que (re)orientam a constituição do livro didático de matemática
                    Curso Doutorado em Educação Matemática
                    Tipo Tese
                    Data 26/02/2019
                    Área MATEMÁTICA
                    Orientador(es)
                    • Marcio Antonio da Silva
                    Coorientador(es)
                      Orientando(s)
                      • José Wilson dos Santos
                      Banca
                      • Armando Traldi Júnior
                      • Elenilton Vieira Godoy
                      • Fernanda Wanderer
                      • Joao Ricardo Viola dos Santos
                      • Jose Luiz Magalhaes de Freitas
                      • Marcio Antonio da Silva
                      • Thiago Pedro Pinto
                      Resumo Esta pesquisa teve por objetivo analisar e descrever o modo como o livro didático de Matemática situa-se em um terreno árido de disputas constantes, onde as relações de poder que atravessam o campo da produção didática produzem normatizações e instituem práticas que o constituem. Inspirados nos estudos de Michel Foucault – mais especificamente nas relações saber-poder, análise do discurso e governamentalidade – bem como na perspectiva de pesquisa cartográfica proposta por Kastrup, mobilizamos como principal recurso para produção dos dados entrevistas com autores reconhecidos no campo da produção didática de Matemática e com editores, designers, freelancers, ex-integrantes do Programa Nacional de Livros Didáticos e professores da rede pública de ensino. A partir da construção/análise dos dados, organizamos o texto em quatro capítulos iniciais, nos quais se discorre sobre temáticas que apresentam uma compreensão geral do campo, bem como dos fundamentos teórico-metodológicos mobilizados. Complementam o texto cinco artigos que podem ser lidos de modo independente, cujas articulações possibilitam uma compreensão da pesquisa como todo. Tais artigos enfocam: a idealização do livro didático de Matemática a partir dos discursos que compõem o campo de sua produção (primeiro artigo); os processos de normatizações, vigilância, exame e classificação presentes no ambiente panóptico da produção didática de Matemática (segundo artigo); as relações de poder que atuam na produção em rede, promovendo o aparecimento e desaparecimento do autor, bem como a emergência de ghost writers (terceiro artigo ); as múltiplas direções no fluxo do poder e os reajustes que este suscita por meio da contraconduta (quarto artigo); e o modo como o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) é afetado pelas relações de poder, atuando como instrumento de uma governamentalidade neoliberal (quinto artigo). Esse percurso conduz à compreensão da produção do livro didático de Matemática como espaço por onde circula um poder metamorfo, que se adapta para sobreviver. Sob a lente foucaultiana, podemos identificar elementos de um poder disciplinar em diferentes setores dessa produção, ambiente panóptico onde livros e sujeitos, após examinados, comparados, pesados, medidos, são valorados sob parâmetros meramente econômicos. Como efeitos dessas relações, produzem-se sujeitos úteis, docilizados, normatizados, transformando todos e cada um, vigilantes e vigiados. No limite, vigilante de si mesmo. Nesse contexto, os resultados de pesquisas focus group, a leitura das enunciações dos professores, as estatísticas e os relatórios produzidos a partir das avaliações pedagógicas do PNLD, entre outros mecanismos, destacam a intrínseca relação saber-poder, à medida que são os saberes produzidos na rede que movimentam o poder em fluxo. Ao colocar em xeque a figura do autor como “gênio criador” e “arquiteto intelectual da obra”, evidenciando, em seu desaparecimento, a emergência de ghost writers, destituímos o livro de sua “imagem sacra”, colocando-o no jogo das estratégias de poder, em que ele, livro, ocupa o lugar de produto econômico rentável. Destacamos, nesse contexto, o papel do PNLD como instrumento útil a uma governamentalidade neoliberal que contribui para a instituição de uma cultura da performatividade, tornando trabalhadores disciplinados em empreendedores de si. Portanto, evidencia-se, nos capítulos e artigos que se seguem, o modo como o livro didático de Matemática apresenta-se como produto e potência em uma maquinaria de poder que se retroalimenta, produzindo, em meio às relações que dela decorrem, conhecimentos e sujeitos úteis à manutenção e perpetuação de um “modelo” de produção, no qual os grandes grupos editoriais mantêm sua hegemonia a partir dessas mesmas relações de poder, sempre flexíveis, multidirecionais e (re)adaptáveis.
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                      Interações e mediações propiciadas pela pesquisa colaborativa e o desenvolvimento profissional de professores de matemática
                      Curso Doutorado em Educação Matemática
                      Tipo Tese
                      Data 22/09/2018
                      Área MATEMÁTICA
                      Orientador(es)
                      • Patricia Sandalo Pereira
                      Coorientador(es)
                        Orientando(s)
                        • Adriana Fátima de Souza Miola
                        Banca
                        • Abigail Fregni Lins
                        • Anemari Roesler Luersen Vieira Lopes
                        • Edilene Simoes Costa dos Santos
                        • Fernanda Malinosky Coelho da Rosa
                        • Ivana Maria Lopes de Melo Ibiapina
                        • Klinger Teodoro Ciriaco
                        • Patricia Sandalo Pereira
                        Resumo Esta pesquisa tem como finalidade investigar as interações e as mediações que ocorreram em uma proposta de formação continuada desenvolvida por meio da metodologia da pesquisa colaborativa para o desenvolvimento profissional de professores de Matemática. A pesquisa decorreu no âmbito do projeto em rede “Trabalho colaborativo com professores que ensinam Matemática na Educação Básica em escolas públicas das regiões Nordeste e Centro-Oeste”, vinculado ao Programa Observatório da Educação (OBEDUC), financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). O núcleo UFMS, em que a nossa pesquisa foi realizada, era composto por uma coordenadora institucional, quatro mestrandos em Educação Matemática, quatro licenciandos em Matemática da UFMS, oito professores da Educação Básica da rede pública de Campo Grande e por mim, após a nossa entrada no doutorado. Em nossa pesquisa, investigamos as interações e as mediações de dois participantes do grupo, que foram identificados por nomes fictícios, sendo Lorenzo e Valentina. A escolha desses dois participantes justifica-se por atuarem na Educação Básica e terem participado nos encontros, além de terem acompanhado o projeto, ao longo dos três anos de seu desenvolvimento. O projeto utilizou a pesquisa colaborativa, segundo Ibiapina, como metodologia, sendo essa uma modalidade de pesquisa que se encontra ancorada na Abordagem Histórico Cultural de Vigotski, em que a sua premissa é conhecer a essência do fenômeno por meio de seu processo histórico real e de seu desenvolvimento, em que o sujeito é considerado parte inerente à sociedade da qual faz parte. Os dados desta pesquisa foram produzidos entre 2013 e 2016 no projeto OBEDUC, núcleo UFMS, a partir de 38 sessões e uma entrevista coletiva. Para análise dos dados, construímos dois eixos temáticos, Mediação e Colaboração, os quais nos permitiram atingir os objetivos desta investigação. Como resultado das análises, destacamos que a formação realizada no projeto, por meio da metodologia da pesquisa colaborativa, tornou-se uma oportunidade também de pesquisa para todos os participantes, propiciou coprodução de saberes, possibilidade de reflexão crítica, de colaboração, partindo das necessidades dos participantes e, principalmente, contribuindo para o seu desenvolvimento profissional. Esse formato de formação criou vínculo e foi além das produções que gerou, foi uma abordagem de formação contínua, que atinge a vontade de ser professor do graduando, do professor de ser pesquisador, e de cruzar os caminhos da universidade e da escola.
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                        Licenciaturas em Matemática como produção narrativa: aberturas para experiências
                        Curso Doutorado em Educação Matemática
                        Tipo Tese
                        Data 21/09/2018
                        Área MATEMÁTICA
                        Orientador(es)
                        • Marilena Bittar
                        Coorientador(es)
                        • Luzia Aparecida de Souza
                        Orientando(s)
                        • Adriana Barbosa de Oliveira
                        Banca
                        • Adair Mendes Nacarato
                        • Aparecida Santana de Souza Chiari
                        • Filipe Santos Fernandes
                        • Joao Ricardo Viola dos Santos
                        • Jose Luiz Magalhaes de Freitas
                        • Marilena Bittar
                        • Thiago Pedro Pinto
                        Resumo Nesta pesquisa busco investigar como cursos de Licenciatura em Matemática, de diferentes localidades do país, são construídos narrativamente por seus estudantes quando esses são indagados acerca de sua formação inicial para atuarem como professores de Matemática na Educação Básica. Para isso realizei um total de onze entrevistas com grupos de licenciandos em matemática, ingressantes e concluintes, de instituições públicas de ensino superior nas regiões Centro-Oeste, Norte, Sul e Sudeste do Brasil. Diante das textualizações produzidas a partir desses encontros optei pela realização de uma análise narrativa, na perspectiva de Bolívar, tendo em vista a possibilidade de explorar as singularidades percebidas nesses encontros de modo particular e, além disso, por meio de sua forma, destacar o tom implementado pelos estudantes. Como olhar teórico os estudos desenvolvidos por Jorge Larrosa acerca da noção de experiência e de Carlos Skliar quanto a leitura do outro mostraram-se um caminho fértil para a produção de compreensões acerca das narrativas desses estudantes. No processo de escuta desses acadêmicos foi possível ouvir os silenciamentos que perpassam suas formações e os afetam, tais como o afastamento da escola e a falta de diálogo com o curso. Outro ponto bastante explorado por eles diz respeito às relações humanas vivenciadas no convívio com professores; afetividade e acolhimento são traços significativos de suas narrativas.
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                        Cola em prova escrita: de uma conduta discente a uma estratégia docente
                        Curso Doutorado em Educação Matemática
                        Tipo Tese
                        Data 07/06/2018
                        Área MATEMÁTICA
                        Orientador(es)
                        • Regina Luzia Corio de Buriasco
                        Coorientador(es)
                          Orientando(s)
                          • Juliana Alves de Souza
                          Banca
                          • Joao Ricardo Viola dos Santos
                          • Luzia Aparecida de Souza
                          • Magna Natália Marin Pires
                          • Marcele Tavares Mendes
                          • Maria Tereza Carneiro Soares
                          • Marilena Bittar
                          • Regina Luzia Corio de Buriasco
                          Resumo Esta pesquisa tem natureza qualitativa e subverte a ideia de cola em provas escritas. Parte de sua universalidade e persistência sinalizando que os mecanismos de controle podem provocar seu aperfeiçoamento e mudanças de estratégia na sua utilização. Convencionalmente, a cola desafia os professores, seus métodos avaliativos, suas escolhas metodológicas, seu domínio de sala de aula e até mesmo sua presença nela. Sai-se desse contexto para investigar a utilização da cola como um processo de subversão, ou seja, partindo de uma conduta comum dos discentes para uma estratégia docente. Para tanto, tomamos a prova-escrita-em-fases como instrumento avaliativo. O estudo, desenvolvido com estudantes de um Curso de Licenciatura em Matemática, teve por principal objetivo investigar a utilização da cola em uma prova-escrita-em-fases como estratégia docente na formação inicial de professores de matemática. A Educação Matemática Realística (RME) foi tomada como abordagem para o ensino de matemática. Nesse ambiente, os alunos são conduzidos a terem participação ativa, a avaliação é integrada à ação de formação e posta em prol do ensino e aprendizagem, constituindo-se em um elemento de formação, uma oportunidade de aprendizagem e uma prática de investigação. Ao final, considera-se que a prova-escrita-em-fases altera a natureza dos instrumentos convencionais de avaliação, coloca o aluno no direito de errar sem ser penalizado e lhe oferece a oportunidade de ampliar seus conhecimentos, a partir de suas maneiras de lidar com seus tempos e caminhos. As intervenções inerentes às fases reduzem a utilidade da cola porque individualiza a prova. A cola como conduta marginal discente interessa a um tipo de prova que privilegia a repetição. No contexto desta estratégia docente, ela perde sua finalidade, uma vez que a prova realizada em fases elimina a regra da não comunicação. Desse modo, a utilização da cola desperta interesse nos alunos e incentiva o estudo. Já as intervenções revelaram ser um recurso potencial para o professor orientar a resolução dos estudantes e regular o ensino e a aprendizagem.
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