Mestrado em Psicologia

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Trabalhos

Trabalhos Disponíveis

TRABALHO Ações
Personalidade e bem-estar subjetivo: o papel mediador do fenômeno do impostor em crianças
Curso Mestrado em Psicologia
Tipo Artigo Científico
Data 25/04/2024
Área PSICOLOGIA
Orientador(es)
  • Ana Karla Silva Soares
Coorientador(es)
    Orientando(s)
    • Rafaela Teodoro Alves
    Banca
    • Alberto Mesaque Martins
    • Ana Karla Silva Soares
    • Jose Angel Vera Noriega
    • Lucas Ferraz Cordova
    • Sandra Elisa de Assis Freie
    Resumo O objetivo desta dissertação foi avaliar a relação entre os traços de personalidade, o bem-estar subjetivo e o fenômeno do impostor em crianças. Para atingir esse fim, foram elaborados dois manuscritos. O primeiro teve uma abordagem qualitativa e buscou reunir informações sobre a conexão entre o impostorismo e variaveis de saúde mental por meio de uma revisão sistemática. Foram analisados 54 artigos relevantes, incluidos após aplicação de critérios de legibilidade. Os resultados destacaram diversas variaveis de saúde mental que se relacionam com o FI e demonstraram que o impostorismo se manifesta em contextos e amostras variadas, além da necessidade de mais pesquisas nesse campo. O segundo manuscrito, de natureza empírica, visou avaliar em que medida e os traços de personalidade, o bem-estar subjetivo e o fenômeno do impostor se relacionam em uma amostra de crianças. Participaram do estudo 117 estudantes do ensino fundamental de Campo Grande (MS), com idade média de 11 anos. Os resultados revelaram uma correlação significativa e negativa entre o fenômeno do impostor e o bem-estar geral, bem como que ele foi predito pelo FI e pela extroversão, abertura à mudança e conscienciosidade. Esses achados indicam a importância do bem-estar subjetivo e dos traços de personalidade na compreensão do impostorismo, destacando a necessidade de pesquisas futuras para ampliar esses resultados. Em suma, os resultados obtidos nos dois manuscritos contribuem para alcançar o objetivo geral desta dissertação.
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    Fatores Individuais e Contextuais Associados ao Uso de Estratégias de Autorregulação da Aprendizagem em Estudantes do Ensino Superior
    Curso Mestrado em Psicologia
    Tipo Artigo Científico
    Data 07/03/2024
    Área PSICOLOGIA
    Orientador(es)
    • Alexandre Jose de Souza Peres
    Coorientador(es)
      Orientando(s)
      • Danielly Martins da Silva
      Banca
      • Alexandre Jose de Souza Peres
      • Eveli Freire de Vasconcelos
      • Luiz Henrique Santana Conceição
      • Rodolfo Augusto Matteo Ambiel
      Resumo Esta dissertação de mestrado é composta por dois estudos, cujos objetivos foram investigar fatores individuais e contextuais potencialmente associados ao uso de estratégias de Autorregulação da Aprendizagem (ARA) em uma amostra de 712 estudantes do ensino superior de uma universidade pública federal brasileira da região Centro-Oeste. Os participantes pertencem a 44 cursos de oito diferentes áreas do conhecimento. Possuem média de idade de 21,64 anos e frequentavam do primeiro ao sexto ano de seus cursos. Utilizando a Escala de Avaliação de Estratégias de Aprendizagem para Universitários, foram avaliadas quatro dimensões de ARA: Estratégias de Planejamento e Organização da Aprendizagem (EPOA; ω = 0,82), Estratégias Sociais de Aprendizagem (ESA; ω = 0,84), Estratégias de Verificação da Aprendizagem (EVA; ω = 0,78) e Estratégias de Regulação da Aprendizagem (ERA; ω = 0,75). No Estudo 1, investigou-se a associação entre ARA e covariáveis educacionais. Apesar dos resultados dos testes de Kruskal-Wallis revelaram diferenças estatisticamente significativas (p < 0,05) nos usos dessas estratégias relacionadas à raça/cor, áreas de conhecimento, tempo na graduação e turno do curso, o tamanho de efeito foi pequeno, exceto para o gênero, com efeito moderado. Correlações entre as dimensões de ARA e idade, bem como nível socioeconômico, foram fracas (variando de r = -0,15 a r = 0,08). Por sua vez, no Estudo 2, ARA foi associada aos cinco grandes fatores da personalidade por meio de regressão linear múltipla. As dimensões de ARA apresentaram associações significativas com todos os fatores do Big Five (p < 0,05). Especificamente, EPOA apresentou associação (p < 0,05) com Conscienciosidade (CO; β = 0,38), Abertura (AB; β = 0,06) e Amabilidade (AM; β = 0,07). Em ESA as associações significativas (p < 0,006) foram entre EX (β = 0,13), AM (β = 0,10), CO (β = 0,08) e NE (β = 0,07). No fator EVA as associações foram entre CO (β = 0,20) e AB (β = 0,10). Já em ERA as associações significativas foram entre NE (β = -0,25), CO (β = 0,19) e AB (β = 0,06). Nos outros traços as associações não foram significativas (p > 0,05). Os resultados apontam que as variáveis individuais e contextuais analisadas no Estudo 1 apresentam um baixo poder explicativo na utilização de estratégias de aprendizagem autorregulada, em contrapartida, traços de personalidade apresentou ser um bom fator de associação. Os resultados são discutidos à luz de evidências empíricas de estudos anteriores na área e o papel das instituições de ensino no desenvolvimento da ARA dos alunos.
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      Traços de personalidade, fenômeno do impostor e estilos parentais: Um estudo correlacional com crianças
      Curso Mestrado em Psicologia
      Tipo Artigo Científico
      Data 22/02/2024
      Área PSICOLOGIA
      Orientador(es)
      • Ana Karla Silva Soares
      Coorientador(es)
        Orientando(s)
        • Renata Tereza dos Passos Costa Araújo
        Banca
        • Alberto Mesaque Martins
        • Alessandro Teixeira Rezende
        • Alexandra Ayach Anache
        • Ana Karla Silva Soares
        Resumo Perceber-se como fraude, duvidando da própria capacidade, apesar de realizações evidentes são características de pessoas com sentimentos impostores. O fenômeno do impostor tem o potencial de gerar impactos à saúde mental e bem-estar do indivíduo, e por isso deve ser estudado com profundidade, podendo ser relacionado com diversas variáveis capazes de elucidar esse construto. Dessa forma, os traços de personalidade e os estilos parentais, se mostram importantes para a sua compreensão. Para isso, realizou-se uma revisão sistemática da literatura com objetivo de verificar as relações entre os fenômenos (Personalidade e Fenômeno do impostor), além de um estudo de natureza quantitativa, correlacionando personalidade, estilos parentais e fenômeno do impostor, em crianças. Os achados da revisão apontam a relevância da personalidade nos níveis de impostorismo e destacam a lacuna da literatura sobre o assunto. O estudo empírico aponta que a percepção parental e a personalidade exercem inflluência significativa nos sentimentos impostores.
        Palavras-chave: Traços de Personalidade, fenômeno do impostor, estilos parentais, crianças.
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        Trabalho, masculinidades e vida em acolhimento institucional para grupos de homens jovens acolhidos
        Curso Mestrado em Psicologia
        Tipo Dissertação
        Data 19/02/2024
        Área PSICOLOGIA
        Orientador(es)
        • Alberto Mesaque Martins
        Coorientador(es)
          Orientando(s)
          • Salvador Loureiro Rebelo Junior
          Banca
          • Alberto Mesaque Martins
          • Fernando Henrique Protetti
          • Jeferson Camargo Taborda
          • Josiane Peres Goncalves
          Resumo Ainda hoje, o trabalho mantém o seu estatuto de centralidade na formação da sociedade e na constituição dos sujeitos. Contudo, nas últimas décadas, há uma desqualificação dos trabalhadores com a precarização das condições de trabalho, intensificada pelo contexto pandêmico, afetando sobretudo os jovens. O trabalho ainda vem sendo tomado como atributo importante da identidade masculina e, como atividade humana, se torna também eixo na aplicação da medida protetiva de acolhimento institucional. Assim, na perspectiva da Psicologia Social e, pautado na abordagem da pesquisa qualitativa, esse estudo tem como objetivo identificar e analisar as concepções sobre trabalho e masculinidades e as relações entre trabalho, masculinidades e vida em acolhimento institucional para homens jovens acolhidos. Para desenvolvimento da pesquisa foram realizadas entrevistas na modalidade grupo focal, com 11 homens jovens acolhidos em serviços de dois grandes territórios do município de São Paulo. As entrevistas foram analisadas sob a perspectiva da Análise de Conteúdo. Os resultados mostram as concepções do trabalho associadas à ideia de responsabilidade, depositada sobretudo aos homens; permeadas por elementos que marcam o contexto de precarização do trabalho: gestão da própria sobrevivência, meritocracia, informalidade, exposição ao risco, empregos subalternos, em contraponto às expectativas dos jovens quanto ao trabalho formal, protegido e que possibilite mobilidade social. Além disso, o discurso aponta para o trabalho como elemento performático da masculinidade, associado às ideias da divisão sexual do trabalho e denuncia como os corpos dos homens encontram-se emaranhados à lógica produtiva do capitalismo. Já as concepções sobre ser homem correspondem à representação da masculinidade hegemônica, na qual se valorizam atributos como força, agressividade, autoridade e apagamento de quaisquer sinais de feminilidade, indicando uma indissociabilidade entre ser homem e ser trabalhador. Os resultados mostram, ainda, as ambivalências da vida em acolhimento perpassando as experiências do trabalho que, por vezes, possibilita ao jovem a garantia de direito à profissionalização, mas que também gera angústias e incertezas quanto ao futuro profissional; e as experiências de ser homem, dando-lhes a oportunidade de revisar a vida, de voltar a viver com a responsabilidade proporcional, ao mesmo tempo em que vivem os estigmas sociais da vida institucionalizada e atualizam a bruta realidade que vivem, marcada pela pobreza e pela necessidade de “se virar”. Por fim, a pesquisa possibilitou também explorar como corpos trans atravessam a experiência de ser homem e da vida em acolhimento institucional. Os
          resultados apontam para a necessidade de construção e fortalecimento de programas e políticas públicas que considerem as singularidades dos jovens institucionalizados quanto ao futuro profissional e que rompam com os discursos da meritocracia, considerando os desafios e condições materiais que esses jovens encontram para exercício da sua cidadania.
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          Reflexões e atravessamentos na subjetividade lésbica: cartografias de inspiração etnográfica
          Curso Mestrado em Psicologia
          Tipo Dissertação
          Data 19/02/2024
          Área PSICOLOGIA
          Orientador(es)
          • Jeferson Camargo Taborda
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • Luana Medeiros de Sá Lucas
            Banca
            • Jainara Gomes de Oliveira
            • Jeferson Camargo Taborda
            • Renata Bellenzani
            • Zaira de Andrade Lopes
            Resumo Com o objetivo geral de compreender a constituição subjetiva da identidade lésbica, tendo como objetivos específicos discorrer acerca dos processos de invisibilização da lesbianidade, debater as formas de repressão das vivências lésbicas vigentes nas sociedades ocidentais e problematizar a construção dos dispositivos de gênero e sexualidade na atualidade, a presente dissertação busca construir um panorama amplo de tais processos. Para isso, a proposta metodológica seguiu os princípios da cartografia, o que permitiu a análise dos fenômenos abordados, a partir de relatos etnográficos e do diário de bordo. De início, foi realizada uma discussão conceitual sobre a relação entre o dispositivo da sexualidade e as mulheres lésbicas, para tornar possível a compreensão das relações de poder, que servem como regulações sexuais, políticas e religiosas. No que diz respeito aos relatos etnográficos, o primeiro apresenta discussões sobre a promoção de um minicurso, intitulado “Psicologia e Lesbianidade”, a partir das minhas vivências junto das participantes e das trocas realizadas. O segundo relato etnográfico foi desenvolvido a partir do debate que participei, sobre o filme “O mau exemplo de Cameron Post”, realizado a convite do Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso do Sul (CRP14) como parte da campanha de Setembro Amarelo, que buscavam discorrer sobre a saúde mental da população LGBTQIAP+. O terceiro e último tópico é construído a partir de uma breve etnografia digital de matérias jornalísticas sobre a questão das comunidades terapêuticas e sua relação com mulheres lésbicas brasileiras. A partir destas três cartografias de inspiração etnográfica, foi possível identificar os mecanismos nos quais os discursos hegemônicos da heteronormatividade e do heterossexismo influenciam a construção da subjetividade lésbica, inclusive, reforçando a manutenção de comportamentos e valores que contribuem para a perpetuação de repressões e discriminações. Por fim, o trabalho busca avançar nas questões elencadas para se tornar uma forma de contribuição aos debates sobre a lesbianidade e os fenômenos relacionados, tendo em vista o número ainda insuficiente de produções publicadas sobre o tema no Brasil.
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            EFEITO DO HISTÓRICO DE REFORÇAMENTO DA FORMAÇÃO EM DIFERENTES ÁREAS DO DISCURSO EXPLICATIVO DE ACADÊMICOS DE LICENCIATURA SOBRE O DESEMPENHO HIPOTÉTICO DE ESTUDANTES
            Curso Mestrado em Psicologia
            Tipo Dissertação
            Data 04/09/2023
            Área PSICOLOGIA
            Orientador(es)
            • Lucas Ferraz Cordova
            Coorientador(es)
              Orientando(s)
              • Pedro Henrique Araujo Orlandi
              Banca
              • Alexandra Ayach Anache
              • Lucas Ferraz Cordova
              • Marcos Spector Azoubel
              • Weiny Cesar Freitas Pinto
              Resumo Skinner conceitualiza comportamento verbal como sendo um comportamento operante em que a consequência é mediada por um ouvinte treinado pela comunidade verbal. Um dos focos do autor viria a ser com o comportamento verbal científico e consequentemente no comportamento verbal de explicar emitido pelo cientista. Explicações seriam, comumente, descrições acerca de relações causais e teriam como fim promover com que o ouvinte consiga agir concretamente de modo mais eficaz. O objetivo desta pesquisa foi analisar o efeito do histórico de reforçamento da formação em diferentes áreas sobre o discurso explicativo de acadêmicos de licenciatura sobre o desempenho contido em uma situação hipotética de dois estudantes do ensino fundamental. Foram selecionados participantes de três cursos: Biologia, Matemática e História. O método utilizado foi o Método Reno, que é uma alternativa considerada efetiva para se analisar discursos. O procedimento consistiu em apresentar uma situação hipotética escrita ao participante, em que esteve descrito o desempenho acadêmico de dois alunos, um com alto rendimento e outro não, e após a leitura desta situação foram feitas questões acerca da história ao participante e como este explica tal situação e como agiria se ele mesmo fosse o professor em questão. Os resultados indicam um consenso entre os três grupos participantes, onde estes responderam de forma uníssona nas macrocategorias e categorias de análise, com uma pequena diferença de respostas no grupo 2 – acadêmicos de História. Discutiu-se acerca de padrões de respostas dos participantes, assim como discrepâncias e análises no histórico pessoal dos participantes e em possíveis efeitos do histórico de reforçamento da graduação cursada sobre suas respostas. Finalmente, realizou-se uma descrição funcional do próprio comportamento de explicar do pesquisador.
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              Narrativas de Indígenas Urbanos Terenas sobre a Saúde Mental da comunidade durante a Pandemia de COVID-19
              Curso Mestrado em Psicologia
              Tipo Dissertação
              Data 30/08/2023
              Área PSICOLOGIA
              Orientador(es)
              • Alberto Mesaque Martins
              Coorientador(es)
                Orientando(s)
                • Eduardo Godoy da Rocha
                Banca
                • Alberto Mesaque Martins
                • Ancelmo Schorner
                • Jacy Correa Curado
                • Renata Bellenzani
                Resumo A pandemia da COVID-19 mobilizou as autoridades sanitárias pelo mundo inteiro, devido aos altos índices de transmissão e letalidade da doença, que ocasionaram a morte de milhares de pessoas. A pandemia impôs desafios sanitários, sobretudo aos grupos socialmente vulneráveis, dentre os quais se incluem os povos originários e indígenas urbanos, ou que vivem em territórios demarcados, que, assim como outros grupos sociais, se depararam com os efeitos do distanciamento social em sua saúde mental, além de dificuldades de acesso aos serviços de saúde. As singularidades desses grupos e a necessidade de medidas de atenção à saúde que levem em consideração suas particularidades étnicas indicam a importância de investigações que incluam os povos indígenas e originários. Nesse sentido, os Terenas que vivem em uma aldeia urbana, situada na cidade de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, compõem a população a ser estudada neste trabalho. Assim, esta dissertação tem como objetivo compreender as narrativas desses indígenas urbanos acerca do impacto da pandemia de COVID-19 na saúde mental de sua comunidade. A pesquisa foi desenvolvida em duas etapas: na primeira, foi realizada uma revisão integrativa, buscando identificar e analisar as produções científicas que consideram os impactos da pandemia de COVID-19 na saúde mental de povos indígenas brasileiros. Para isso, foram consultados os bancos de dados da Scientific Electronic Library Online (SciELO), dos Periódicos Eletrônicos em Psicologia (Pepsic) e da Biblioteca Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), utilizando os termos booleanos "indígenas" e “COVID-19”. O corpus de análise foi composto por 17 publicações. Na segunda etapa, foram realizadas entrevistas narrativas com 07 indígenas, sendo um homem (cacique) e seis mulheres, que vivem na aldeia urbana Terena, escolhida como contexto da investigação. As entrevistas foram gravadas, transcritas e submetidas à Análise Fenomenológica Interpretativa. A revisão integrativa da literatura indica que, durante a pandemia, a saúde mental dos indígenas foi prejudicada, sendo mais comprometida por sua relação com os brancos do que pela perda de vidas pelo novo coronavírus. Os governos, ao implantarem as medidas de biossegurança orientadas pela Organização Mundial de Saúde e as estratégias eurocentristas para contenção da pandemia nas comunidades indígenas da América Latina, infligiram todo um saber e cultura que, ao mesmo tempo que foi ineficaz no controle da COVID-19, também promoveu angústia e acentuou aspectos da colonização. De modo geral, as entrevistas revelam que, sobretudo nos primeiros meses da pandemia, os indígenas urbanos a percebiam como um fenômeno muito distante e compartilhavam a ideia de que a nova doença não chegaria ao Brasil com o mesmo potencial letal. Os entrevistados também percebem a pandemia como mais um dos desdobramentos do processo de colonização dos povos originários brasileiros. Diante da pandemia, com alto e descontrolado índice de contágio e vários casos de mortes, a população Terena passou a conviver com o medo do contágio, de morrer e perder entes queridos, assim como da ausência de tratamentos e da escassez de meios de garantia da sobrevivência. Além disso, as medidas de distanciamento social, ao mesmo tempo que protegiam do contágio, produziam sentimentos de tristeza e medo, especialmente pela diminuição da interação comunitária, muito presente na sociabilidade desse grupo. Percebe-se ainda que o luto esteve muito presente nas falas dos entrevistados, seja por parentes vitimados pela COVID-19, pela perda do modo de vida anterior, ou pela perda da sua própria identidade, que teve que se modificar para se adaptar à nova realidade. Os indígenas participantes relatam dificuldades de acesso aos serviços de saúde, bem como o descaso do governo federal na atenção aos povos indígenas, durante a pandemia. Nesse sentido, as igrejas evangélicas e a própria comunidade foram apontadas como os principais suportes do grupo durante esse período. O estudo aponta para a necessidade de se ampliar a compreensão acerca das necessidades dos povos originários e indígenas, durante a pandemia, refletindo sobre os prejuízos à saúde mental desse grupo. Além disso, faz-se necessária a construção de práticas de saúde mental que deem voz a esses grupos e que considerem as suas especificidades, em uma perspectiva interseccional.
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                Uma Análise verbal do discurso do comportamento verbal de acompanhantes terapeuticos.
                Curso Mestrado em Psicologia
                Tipo Dissertação
                Data 30/08/2023
                Área PSICOLOGIA
                Orientador(es)
                • Lucas Ferraz Cordova
                Coorientador(es)
                  Orientando(s)
                  • Fernanda Gomes de Souza
                  Banca
                  • Alberto Mesaque Martins
                  • Ana Karla Silva Soares
                  • Lucas Ferraz Cordova
                  • Rodrigo Lopes Miranda
                  Resumo Esse experimento parte da premissa estabelecida pelo Behaviorismo radical, como
                  filosofia que embasa a ciência da Análise do Comportamento, sendo o comportamento
                  o objeto de estudo dessa epistemologia. Diante desse pressuposto, o objeto de estudo
                  da pesquisa é o discurso explicativo de acompanhantes terapêuticos sobre
                  comportamento de crianças, em especifico acompanhantes terapêuticos que atuam
                  com pessoas neurodivergentes. Para realização do experimento foi feita uma análise
                  do discurso, implementando o Método Reno no discurso verbal sobre situações de
                  análise funcional. São investigados os seguintes parâmetros: a) avaliar os
                  componentes contingenciais que produziram os comportamentos verbais e classificálos de acordo com o Método Reno; e b) avaliar as diferenças e as semelhanças do
                  comportamento explicativo de acompanhantes terapêuticos Psicólogos e
                  acompanhantes terapêuticos com outras formações. A pesquisa foi realizada em duas
                  etapas a primeira de revisão de bibliografia para embasamento, a segunda a aplicação
                  do experimento, que por sua vez se apresenta dividida em: a) coleta de dados onde
                  as verbalizações ocorriam diante de um estimulo antecedente organizado pela
                  pesquisadora, permitindo analisar as fontes de controle do comportamento verbal; e
                  b) a autoanálise do comportamento da cientista. Participaram do experimento dez
                  participantes, sendo 5 acompanhantes terapêuticos psicólogos e 5 acompanhantes
                  terapêuticos com outras formações. As entrevistas foram gravadas, transcritas e,
                  posteriormente, criadas categorias de análise a partir de verbalizações. A partir de tais
                  análises, foram realizadas comparações entre os grupos, sendo que os dois grupos
                  emitiram respostas verbais das mesmas categorias, havendo também variações entre
                  categorias e frequências de respostas diante de estímulos antecedentes. A pesquisa
                  trouxe contribuições de forma indireta para o comportamento verbal do psicólogo e
                  análise do comportamento, do impacto do treinamento e da formação do profissional
                  acompanhante terapêutico. Em suma, as variáveis apontadas na pesquisa e histórico
                  de cada pessoa podem implicar na frequência de respostas mentalistas.
                  Palavras-chaves: Comportamento verbal. Análise do Comportamento. Acompanhante terapêutico
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                  Excluídos pelo consumo ou consumidos pela exclusão? Uma reflexão sobre a diretriz da reinserção social na atenção psicossocial em álcool e drogas no SUS
                  Curso Mestrado em Psicologia
                  Tipo Dissertação
                  Data 03/08/2023
                  Área PSICOLOGIA
                  Orientador(es)
                  • Renata Bellenzani
                  Coorientador(es)
                    Orientando(s)
                    • Daniela Dias Medrado Rogério
                    Banca
                    • Alberto Mesaque Martins
                    • Jeferson Camargo Taborda
                    • Renata Bellenzani
                    • ROGERIO MIRANDA GOMES
                    Resumo A garantia de direitos e o modelo de atenção territorial comunitário, não segregador, foi materializado na Lei 10.216/2001 abarcando as pessoas em uso abusivo e dependência de substâncias entendendo que o sofrimento psíquico pode estar na base dessas condutas, bem como se produzir no decorrer dos prejuízos à saúde, relacionais e sociais consequentes deste abuso. O estudo teve como objetivo analisar a diretriz de reinserção social, legalmente instituída na atenção em saúde/saúde mental às pessoas em sofrimento psíquico e com problemas decorrentes do abuso de álcool e outras drogas, resgatando o histórico desta diretriz, buscando identificar e analisar suas definições e conceituações. A pesquisa é do tipo teórico conceitual que permite acrescentar a dimensão histórica à compreensão do social relacionada às fases das políticas. Foram analisados atos normativos (decretos, portarias, leis e resoluções), incluídos de saúde mental e política de drogas, identificando-se neles a menção à reinserção social, buscando possíveis definições e modos de atuação visando tal finalidade. É tecida uma discussão crítica sobre tal diretriz apoiando-se em formulações e categorias teóricas de orientação marxista tais como: exército industrial de reserva, no modo de produção capitalista, entendendo o consumo substâncias como parte do processo de reprodução individual e social, a questão social/pauperismo, o paradigma inclusão-exclusão e a determinação social do processo saúde-doença. A dinâmica do capital, que compõe a dinâmica do capitalismo, leva a uma precarização do emprego e ao desemprego e, consequentemente, a uma classe de trabalhadores sem trabalho, ditos excluídos. Esse “mundo social dos excluídos” não é criado ou escolhido por eles, mas uma condição pela qual são empurrados por circunstâncias para além de seu controle e para além do consumo das drogas.
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                    As narrativas de pessoas idosas em situação de vulnerabilidade psicossocial na Pandemia COVID-19
                    Curso Mestrado em Psicologia
                    Tipo Dissertação
                    Data 05/07/2023
                    Área PSICOLOGIA
                    Orientador(es)
                    • Jacy Correa Curado
                    Coorientador(es)
                      Orientando(s)
                      • Fernanda Meira dos Santos
                      Banca
                      • Dóris Firmino Rabelo
                      • Jacy Correa Curado
                      • Sandra Fogaca Rosa Ribeiro
                      • Zaira de Andrade Lopes
                      Resumo Pessoas idosas foram as mais afetadas pela pandemia da Covid-19 e tiveram suas vulnerabilidades ampliadas. Sofreram as consequências das regras de biossegurança, da letalidade da doença, além das desigualdades de raça, classe social, gênero e idade. Considerando esse contexto, a pesquisa “As narrativas de pessoas idosas em situação de vulnerabilidade psicossocial na Pandemia Covid-19” objetivou analisar as narrativas de pessoas idosas atendidas pelo Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI) a fim de conhecer os sentidos da velhice e do envelhecimento no contexto de vulnerabilidade psicossocial na pandemia Covid-19. Este serviço é ofertado no Centro de Referência Especializado de Assistência Social “Nely Baís Martins” (CREAS Sul/ Campo Grande - MS), órgão estatal que pertence à Proteção Social Especial de Média Complexidade. Utilizamos os pressupostos do Construcionismo Social em diálogo com os estudos de envelhecimento e, para as entrevistas escolhemos o roteiro semiestruturado de Entrevista Narrativa. Ao final, entendemos a velhice como uma construção social que produz narrativas sobre o envelhecer. Pessoas envelhecem no contexto brasileiro em meio a desvantagens sistemáticas, sendo que a exposição à riscos, como pobreza, traumas, violência e privação de direitos civis básicos, desencadeia o sofrimento psíquico e instaura a vulnerabilidade psicossocial. Entendemos que, discutir a velhice precisa ser um esforço coletivo, impulsionando novas construções para o envelhecer e futuros possíveis.
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                      Análise de gênero e raça em documentos educacionais de domínio público
                      Curso Mestrado em Psicologia
                      Tipo Dissertação
                      Data 04/07/2023
                      Área PSICOLOGIA
                      Orientador(es)
                      • Jacy Correa Curado
                      Coorientador(es)
                        Orientando(s)
                        • Joel Pereira Cirqueira
                        Banca
                        • Eugenia Portela de Siqueira Marques
                        • Jacy Correa Curado
                        • Sandra Fogaca Rosa Ribeiro
                        • Zaira de Andrade Lopes
                        Resumo A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é uma diretriz curricular que se tornou
                        lei em 2022 para a educação básica no Brasil. Devido à relevância deste
                        documento, esta pesquisa buscou entender a forma como as questões de gênero e
                        raça são abordadas nele, bem como defender as propriedades performativas
                        presentes do documento. A BNCC emergiu em um período sensível da história
                        brasileira, logo após o golpe de 2016, as eleições presidenciais de 2018 e a
                        emergência da polêmica "ideologia de gênero". Nesse contexto, a presente pesquisa
                        adotou uma perspectiva construcionista social para analisar como gênero e raça são
                        representados nas três versões da BNCC do Ensino Médio de 2015, 2016 e 2017. A
                        pesquisa foi conduzida com uma abordagem qualitativa, baseada em uma análise
                        crítica da BNCC. Além disso, a análise histórica dos avanços e retrocessos das
                        políticas públicas de educação em relação a gênero e raça foi apresentada como
                        parte do estudo. As três versões da BNCC foram analisadas, e observou-se que a
                        BNCC de 2015 e 2016 abordaram com mais frequência as questões de gênero e
                        raça. Por outro lado, a versão de 2017 apresentou uma queda na inclusão dessas
                        temáticas, com lacunas e um apagamento das categorias de gênero e raça nas
                        habilidades e fundamentação teórica do documento.
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                        Gênero e cárcere: As Representações Sociais de mulheres sobre as visitas íntimas em penitenciárias femininas
                        Curso Mestrado em Psicologia
                        Tipo Dissertação
                        Data 01/07/2023
                        Área PSICOLOGIA
                        Orientador(es)
                        • Zaira de Andrade Lopes
                        Coorientador(es)
                          Orientando(s)
                          • Beatryz Andrade Lira
                          Banca
                          • Alberto Mesaque Martins
                          • Jeferson Camargo Taborda
                          • Vanessa Andrade de Barros
                          • Zaira de Andrade Lopes
                          Resumo Estudos acadêmicos e movimentos sociais revelam as demandas da população feminina encarcerada no Brasil e nos relata o que ocorre entre muros e grades, que, na maioria das vezes, são acontecimentos invisíveis para grande parte da sociedade. Visando compreender os elementos que envolvem mulher, sexualidade, encarceramento e as relações de gênero, este estudo tem como objetivo analisar as Representações Sociais (RS) das mulheres em regime privativo de liberdade sobre as visitas íntimas no presídio feminino. O estudo tem como fundamentação a Teoria das Representações Sociais (TRS), desenvolvida por Serge Moscovici e os estudos de gênero, tendo como eixo a categoria de análise gênero. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa descritiva e de natureza qualitativa. A coleta das informações foi realizada por meio de entrevistas individuais seguindo um roteiro semiestruturado e o uso do jogo de evocação de palavras como estratégia projetiva, buscando revelar as RS das participantes da pesquisa, com os termos indutivos/estímulo: prisão, detenta, visita íntima, visita e eu mesma. Para o tratamento das informações adquiridas nas entrevistas e no jogo de evocação de palavras, foi utilizado a técnica de Análise de Conteúdo de Laurence Bardin, para organização dos núcleos e categorias de análise, visando analisar o sentido das comunicações na descrição dos conteúdos manifestos coletados. As entrevistas foram realizadas com 12 (doze) mulheres que já vivenciaram a privação de liberdade em regime fechado. A localização das participantes ocorreu a partir de uma busca ativa em redes sociais, indicações de movimentos sociais, pastorais, movimentos de famílias e no Estabelecimento Penal Feminino. Os conteúdos foram organizados em três eixos temáticos: Sexualidade das mulheres encarceradas, Regime fechado e os sentimentos expressos e Violências vividas. Estes eixos tornaram possível a visualização das RS das mulheres participantes do estuco acerca da visita íntima. Dessa forma, foi possível identificar que as mulheres em regime privativo de liberdade vivem uma ambiguidade de sentimentos a respeito da sexualidade, o que, a partir das RS, surgiram, principalmente, como vergonha, sofrimento, negação/bloqueio da sexualidade e frustração. Já as relações familiares revelaram a importância do suporte familiar e da função maternal como ferramenta de superação, manifestando o confronto entre esperança e realidade, as barreiras estruturais no universo feminino bem como a estigmatização presente no cárcere e a defasagem das políticas públicas. Em relação às violências vividas, revelou-se a punição dupla a partir da intimidade, a assimetria entre feminino e masculino presente no regime privativo de liberdade e a humilhação, que se manifestam a partir do “castigo da casa” com a submissão feminina à margem dos delitos e o ciclo do cárcere no universo feminino.

                          Palavras-chave: Mulher. Penitenciária. Gênero. Representações Sociais.
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                          A morte e os ambientes de terapia intensiva: as representações sociais para um grupo de profissionais de saúde
                          Curso Mestrado em Psicologia
                          Tipo Dissertação
                          Data 30/06/2023
                          Área PSICOLOGIA
                          Orientador(es)
                          • Zaira de Andrade Lopes
                          Coorientador(es)
                            Orientando(s)
                            • Brenda de Lima Pinto da Silva
                            Banca
                            • Adriano Roberto Afonso do Nascimento
                            • Alberto Mesaque Martins
                            • Renata Bellenzani
                            • Zaira de Andrade Lopes
                            Resumo Este estudo se trata de uma investigação sobre as representações sociais de morte para profissionais de saúde atuantes em ambientes de terapia intensiva, buscando compreender as condições que organizam e compõem as representações sobre morte para essas pessoas. Depreende-se que a ênfase na cura e nos procedimentos técnicos, presentes na formação e na atuação em saúde, pode dificultar a reflexão sobre a dimensão subjetiva da finitude humana, permeando as práticas profissionais, no que tange às experiências com a morte, assim como a experiência de cuidado por pessoas em terminalidade. Para elucidar sobre como os profissionais de saúde interagem com a morte e a finitude humana em seu cotidiano, nesta pesquisa foram conduzidas uma investigação e uma discussão sobre a forma como a morte, enquanto um objeto de representação social, é apreendida por esse grupo. O estudo teve como objetivo analisar as representações sociais de morte para profissionais de saúde que compõem equipes multiprofissionais de ambientes de terapia intensiva. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa, na qual os dados foram produzidos por meio de roteiros de entrevistas semiestruturadas e de uma ferramenta de associação de palavras. Foram realizadas cinco entrevistas, com profissionais de fisioterapia, enfermagem e psicologia que atuam em ambientes de terapia intensiva. Como metodologia de organização e análise dos dados, foi utilizada a técnica de Análise de Conteúdo, de modo a elucidar categorias de análise. A análise das categorias, buscando indicativos de representações sociais, foi fundamentada na Teoria das Representações Sociais, de Serge Moscovici. Os resultados demonstraram, para o grupo investigado, a representação social de morte como uma passagem permeada por sofrimento e pela necessidade de construção de modos dignos de morrer. Considera-se pertencente ao mesmo sistema de RS a representação social do CTI/UTI como um ambiente complexo e de sofrimento, ambas conectadas à representação social da atuação como um árduo fazer profissional, que, diante dos intensos desafios de tal prática, objetiva-se numa atitude de afastamento do profissional em relação à pessoa atendida, denotando a tentativa de se proteger do sofrimento. Salienta-se a notável interferência das experiências vivenciadas durante a pandemia de Covid-19, visto que a pesquisa se deu durante a pandemia. Denota-se que a morte, como objeto de representação social, desafia o saber científico, impulsionando os sujeitos a ancorarem as formas como explicam os fenômenos e organizam suas práticas também em outros saberes, como o religioso. Considera-se que estudos dessa natureza auxiliem na integração à prática de elementos que delineiam as representações sociais e, portanto, as formas como tais profissionais se posicionam diante da terminalidade.
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                            O isolamento social e o trabalho remoto na pandemia de covid-19 em uma universidade pública na região Centro-Oeste do Brasil: o trabalho feminino representado por elas
                            Curso Mestrado em Psicologia
                            Tipo Dissertação
                            Data 27/06/2023
                            Área PSICOLOGIA
                            Orientador(es)
                            • Zaira de Andrade Lopes
                            Coorientador(es)
                              Orientando(s)
                              • Katiuscia Kintschev
                              Banca
                              • Alexandra Ayach Anache
                              • Ana Claudia dos Santos
                              • Josiane Peres Goncalves
                              • Zaira de Andrade Lopes
                              Resumo A mulher, em decorrência da estrutura social alicerçada na ideologia patriarcal, sempre esteve em desigualdades de condições de trabalho, evidenciadas principalmente pelos estudos sobre a sobrecarga do trabalho feminino e a sobreposição do trabalho doméstico e do trabalho no âmbito público. Considerando a eclosão da pandemia de COVID-19 entre os anos de 2020 e 2022, questiona-se quais as implicações nas representações sociais sobre as condições da jornada de trabalho das mulheres, resultantes das medidas de biossegurança de isolamento social e do trabalho remoto, para um grupo de servidoras de uma universidade pública. Deste modo, o presente estudo busca analisar as representações sociais sobre o trabalho doméstico e o trabalho público remunerado durante a pandemia de COVID-19, para um grupo de servidoras. Trata-se de uma investigação fundamentada na Teoria das Representações Sociais, em articulação com os estudos feministas e de gênero sobre o trabalho feminino. É um estudo descritivo, de análise qualitativa, realizado a partir do banco de dados do "Projeto Corona e Saúde Mental - UFMS no Centro Oeste". A coleta dos dados ocorreu por meio de entrevistas individuais, seguindo um roteiro semiestruturado, com as participantes da primeira etapa da pesquisa mencionada. Para a organização dos dados, utilizou-se a técnica da análise de conteúdo, tendo como referência L. Bardin, com o objetivo de identificar os elementos significativos das Representações Sociais presentes nas entrevistas realizadas com as participantes, que eram mulheres trabalhadoras durante o período de distanciamento social. Os resultados indicam a existência de uma dualidade antagonista, visto que, embora as entrevistadas afirmem não haver diferenciação entre trabalho masculino e feminino, em um segundo momento trazem à tona a questão da obrigatoriedade feminina do trato, cuidado e manutenção do lar e da família. Dessa forma, há no discurso e nas ações das mulheres estudadas a perpetuação da posição da mulher sobrecarregada, que acumula os papéis de "dona do lar" e "mulher de sucesso profissional", mesmo em um contexto de convivência de um casal sem filhos, no qual
                              uma divisão mais equilibrada do trabalho invisível (afazeres domésticos) poderia ser realizada entre os indivíduos residentes e isolados no domicílio durante o período de reclusão social.
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                              IDEAÇÕES E TENTATIVAS DE SUICÍDIO: ATUAÇÃO PROFISSIONAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
                              Curso Mestrado em Psicologia
                              Tipo Dissertação
                              Data 06/06/2023
                              Área PSICOLOGIA
                              Orientador(es)
                              • Renata Bellenzani
                              Coorientador(es)
                                Orientando(s)
                                • Daniela Bruno dos Santos
                                Banca
                                • Alberto Mesaque Martins
                                • Alexandra Ayach Anache
                                • Elisa Zaneratto Rosa
                                • Renata Bellenzani
                                Resumo O suicídio é um problema frequente no Brasil e no mundo e, nas últimas décadas tem se tornado alvo de diversas pesquisas, sobretudo, em razão do aumento progressivo de casos. O enfrentamento desse fenômeno perpassa também o campo da saúde, em que o nível assistencial primário desponta como importante para o cuidado em saúde mental. Assim, o objetivo geral deste estudo foi caracterizar e analisar as concepções e as práticas de profissionais que atuam na Atenção Básica à Saúde, voltadas aos cuidados em situações envolvendo ideações e tentativas de suicídio, prioritariamente de unidades de saúde organizadas segundo a Estratégia Saúde da Família, com retaguarda de psicólogos que integram equipes do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB), em Campo Grande/MS. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevista semiestruturada (dois psicólogos) e grupos focais (duas equipes Estratégia de Saúde da Família - ESF, de unidades de saúde diferentes, sendo uma unidade com apoio de um dos psicólogos via NASF-AB e a outra não), totalizando 18 participantes. As análises têm como base teórico-metodológica pressupostos do método do materialismo histórico-dialético na área da saúde coletiva, da Psicologia Histórico-Cultural e da Psicologia Social em Saúde. Espera-se que o estudo contribua com dados e reflexões importantes para a compreensão do fenômeno e a prática dos profissionais no campo da saúde como estratégia do cuidado na Atenção Primária.
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                                O sofrimento psíquico de estudantes da pós-graduação stricto sensu em Psicologia: reflexões a partir da Teoria da Atividade de A. N. Leontiev e da Patopsicologia de B. V. Zeirgarnik
                                Curso Mestrado em Psicologia
                                Tipo Dissertação
                                Data 31/05/2023
                                Área PSICOLOGIA
                                Orientador(es)
                                • Marilda Goncalves Dias Facci
                                Coorientador(es)
                                  Orientando(s)
                                  • Beatriz Marques Carvalho
                                  Banca
                                  • Marilda Goncalves Dias Facci
                                  • Renata Bellenzani
                                  • Silvia Maria Cintra da Silva
                                  • Sonia da Cunha Urt
                                  Resumo Os recentes cortes orçamentários feitos sobre a Educação brasileira, a partir de uma política neoliberal, com evidente ideologia conservadora, apresentam reflexos sobre as condições de estudo e pesquisa de pós-graduandos no Brasil. Ademais, as cobranças de produtividade, a burocratização das relações universitárias de estudo e trabalho, dentre outros, são fatores que podem estar atrelados ao sofrimento psíquico no processo de formação de novos pesquisadores e docentes no país. Há ainda poucas pesquisas voltadas para o adoecimento de pós-graduandos, o que demanda da Psicologia uma compreensão sobre esse fato. A presente pesquisa tem como objetivo geral investigar os fatores que perpassam o sofrimento psíquico de alunos de pósgraduação stricto sensu em Psicologia. O estudo se fundamenta na Psicologia HistóricoCultural., tomando como referência a Teoria da Atividade de A. N. Leontiev e a Patopsicologia Experimental de B. V. Zeigarnik. A metodologia utilizada é a pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo. Esta, realizada por meio da aplicação de questionários em Instituições de Ensino Superior da região centro-oeste do Brasil. No primeiro capítulo, apresentamos uma revisão de literatura, que aponta para um número insuficiente de pesquisas sobre o adoecimento ou sofrimento psíquico de pós-graduandos no Brasil e que as pesquisas publicadas, em sua maioria, não explicitam a fundamentação teórica do trabalho. No segundo capítulo, apresenta-se a fundamentação teórica da presente dissertação, com enfoque na Teoria da Atividade de Leontiev e da Patopsicologia Experimental de Zeigarnik, principalmente sobre suas contribuições para a investigação do sofrimento humano. Já no terceiro e último capítulo, são apresentados os dados da pesquisa de campo. A análise feita em seguida é fundamentada pela Teoria da Atividade e pela Patopsicologia experimental. Participaram do estudo 46 pósgraduandos dos Programas de Pós-Graduação stricto sensu em Psicologia dos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. Os resultados obtidos evidenciam a sobrecarga assumida pelos pós-graduandos, implicados a realizar a pós-graduação e trabalhar para garantir sua subsistência, somado às demandas da vida doméstica e, em alguns casos, à maternidade. A burocratização e os fatores externos que atrasam o cumprimento das atividades da PósGraduação e a relação distanciada entre orientando-orientador configuram-se como fatores que contribuem para o processo de sofrimento. Ademais, o contexto da pandemia e isolamento social contribuíram para redução da rede de apoio dos Pós-Graduandos e empobrecimento das experiências durante a formação. Tal sofrimento é expresso como ansiedade, angústia, sentimento de insuficiência e sintomas depressivos. Apesar das dificuldades e do sofrimento vivenciado, observamos resistência e reestruturação dos nexos entre as funções psicológicas superiores para sobreviver e responder às demandas postas pela atividade em questão. Faz-se necessário, ainda assim, transformações na política brasileira diante a Educação e também na Pós-Graduação para que esta atividade reassuma sua função de promotora do processo de humanização. Com a realização desse estudo, pretendemos destacar, através do entrelaçamento entre Teoria da Atividade de A. N. Leontiev e a Patopsicologia Experimental de B. V. Zeigarnik, as principais determinações sobre o sofrimento de pós-graduandos, que permeiam o processo de formação, e apresentar subsídios para que Programas de Pós-Graduação em Psicologia possam conduzir as atividades trabalhando em prol da saúde mental dos discentes.
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                                  REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE HOMENS GAYS SOBRE HOMENSGAYS COM DEFICIÊNCIA VISUAL
                                  Curso Mestrado em Psicologia
                                  Tipo Dissertação
                                  Data 30/05/2023
                                  Área PSICOLOGIA
                                  Orientador(es)
                                  • Alberto Mesaque Martins
                                  Coorientador(es)
                                    Orientando(s)
                                    • Geíza Ferreira dos Santos
                                    Banca
                                    • Alberto Mesaque Martins
                                    • Alexandra Ayach Anache
                                    • Luiz Paulo Ribeiro
                                    • Zaira de Andrade Lopes
                                    Resumo O modo como é percebido o indivíduo com deficiência está ligado aos valores em distintos momentos históricos e culturais. A Declaração dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Organização das Nações Unidas (ONU) trouxe à luz os direitos deste público, reforçando a necessidade global de garanti-los em todos os países signatários. Estas pessoas, mesmo dotadas de direitos que asseguram a sua total integração na sociedade, encontram dificuldades para exercerem a sua sexualidade. Por não estarem adequados a um padrão socialmente imposto, os homens gays com deficiência visual podem ainda sofrer preconceitos relacionados ao próprio grupo de pertença, neste caso, dos homens gays sem deficiência Visual. Desta forma, a presente pesquisa tem por objetivo identificar e analisar as Representações Sociais (RS) de homens gays sobre homens gays com deficiência visual. A pesquisa foi alicerçada na perspectiva da Teoria das Representações Sociais (TRS) e, mais especificamente na Teoria do Núcleo Central de Jean-Claude Abric. Participaram do estudo, 105 homens gays (Cis ou Trans), residentes no estado do Mato Grosso do Sul. Dos respondentes, 86 foram eletivos e assinalaram o termo de aceite, além de responderem a um formulário virtual, visando traçar um perfil sociodemográfico. Utilizou-se as técnicas de substituição, para analisar a zona muda e a Técnica de Associação Livre de Palavras (TALP), a partir dos evocadores: homem gay, deficiência visual e homem gay com deficiência visual. Os dados foram analisados com o auxílio do software Iramuteq, por meio de análise prototípica e de similitude. Desta forma, para o termo indutor “homem gay”, foram evocadas em situação normal as palavras: “Liberdade”, com maior frequência representando o núcleo duro das representações e; “arco-íris”, com menor frequência. Em situação de substituição surgiram as palavras: “sexo”, em maior frequência e “academia” com frequência menor. Para o termo indutor “deficiência visual”, emergiram como centralidade “acessibilidade” e “cão-guia” em menor frequência. Na zona muda, surgiram “Dificuldade” como núcleo central e “Apoio” com pouca frequência. Para o termo indutor “homem gay com deficiência visual”, em situação normal emergiram palavras como “Preconceito” como núcleo duro e “Deficiência” em menor frequência. Na zona muda, aparecem as palavras “preconceito” como núcleo central e “empatia” na zona de contraste. Em síntese, as palavras emergidas com os termos indutores em situação normal e em situação de substituição revelam que as pessoas investigadas possuem uma imagem acerca do público com deficiência visual pautada no contexto de respeito aos direitos, presentes nas palavras “acessibilidade” e “cão-guia”. No entanto, emergiram em situação normal e em situação de substituição a palavra “Preconceito” como centralidade quando se referia ao termo indutor “homem gay com deficiência visual”, destoantes das palavras relacionadas com o termo indutor “homem gay” que foram “liberdade” e “sexo” em situação normal e em substituição respetivamente. Os resultados desta pesquisa sugerem uma falta de compreensão acerca do potencial dos homens gays com deficiência visual por parte dos homens gays pesquisados pois, emergiram termos que beira o capacitismo, evidenciando que estes, são eletivos para um relacionamento pelo público pesquisado somente à título de “curiosidade” e por “fetiche”, denotando uma perspectiva marginalizada, desvelando uma violência silenciosa, além de preconceitos e discriminações dentro da própria sigla LGBTQIAP+.

                                    Palavras-chave: Deficiência Visual; Homens Gays; Representações Sociais.
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                                    Mediação pedagógica e o estudante com deficiência intelectual: um estudo a partir da Psicologia Histórico-Cultural
                                    Curso Mestrado em Psicologia
                                    Tipo Dissertação
                                    Data 30/05/2023
                                    Área PSICOLOGIA
                                    Orientador(es)
                                    • Marilda Goncalves Dias Facci
                                    Coorientador(es)
                                      Orientando(s)
                                      • Andreza Pereira
                                      Banca
                                      • Alexandra Ayach Anache
                                      • Denise Mesquita de Melo Almeida
                                      • Marilda Goncalves Dias Facci
                                      Resumo Os estudos e pesquisas sobre Educação Especial ganharam espaço a partir da Declaração de Salamanca (1994), que foi um marco nos debates sobre a inclusão total do estudante com deficiência no espaço escolar. A partir desses debates, cresce a preocupação por parte da escola com os estudantes que apresentam Deficiência Intelectual (DI), visto que muitas vezes há dificuldade em observar que esses estudantes possuem habilidades e potencialidades para aprender. Assim o nosso objetivo visa discorrer sobre o processo de mediação na prática pedagógica realizada com alunos com deficiência intelectual, destacando o conceito de compensação. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, ancorada na Psicologia Histórico-Cultural, nos apoiando especialmente em L. S. Vigotski e os seus colaboradores, que nos ajudam a pensar o desenvolvimento dos estudantes com DI. Na primeira seção discorremos sobre o desenvolvimento do ser humano e atividade de estudo. Na segunda seção apresentamos alguns elementos da Psicologia Histórico-Cultural para compreender a deficiência intelectual e discorremos sobre o conceito de compensação abordado por L. S. Vigotski e por autores contemporâneos, em publicações em artigos, dissertações e teses. Na terceira seção discutimos alguns aspectos que podem auxiliar na prática pedagógica desenvolvida com estudantes com deficiência intelectual, tais como as contribuições que a Pedagogia histórico-crítica para o desenvolvimento de uma prática pedagógica; a relação entre aprendizagem e desenvolvimento, na Psicologia Histórico-Cultural e a importância da compensação na prática pedagógica desenvolvida com estudantes com deficiência intelectual. Consonante com a abordagem teórica que fundamenta esta dissertação, defendemos a ideia de os estudantes com deficiência podem desenvolver as suas potencialidades e possibilidades quando o trabalho pedagógico é organizado, sistematizado e tem como finalidade o provocar o desenvolvimento das funções psicológicas superiores, por meio da apropriação dos conhecimentos científicos. Como resultado da pesquisa é importante destacar a importância da utilização de recursos mediadores que podem auxiliar no desenvolvimento dos estudantes, possibilitando sua construção enquanto ser humano capaz de ampliar suas potencialidades de compreensão e ação na realidade. Entendemos que a prática pedagógica e mediações realizadas com estudantes com DI, com atenção especial à compensação, são necessárias para colaborar com o processo de humanização. Conclui-se que a psicologia Histórico-Cultural, a partir dos pressupostos elaborados na educação especial, em particular as mediações e as práticas pedagógicas, pode contribuir com o processo de escolarização dos estudantes com DI, mas para que isso ocorra, faz-se necessário um trabalho coletivo, envolvendo escola, família e sociedade.
                                      Ensino remoto e formação da(o) psicóloga(o), sob a perspectiva Histórico-Cultural
                                      Curso Mestrado em Psicologia
                                      Tipo Dissertação
                                      Data 29/05/2023
                                      Área PSICOLOGIA
                                      Orientador(es)
                                      • Marilda Goncalves Dias Facci
                                      Coorientador(es)
                                        Orientando(s)
                                        • Brimáuria Nascimento da Luz
                                        Banca
                                        • Alexandra Ayach Anache
                                        • Maria da Apresentação Barreto
                                        • Marilda Goncalves Dias Facci
                                        • Sonia da Cunha Urt
                                        Resumo Pesquisas com coordenadores, professores e estudantes universitários denunciam os inúmeros, imensos e intensos desafios enfrentados na formação superior e que o contexto pandêmico da Covid-19, doença infecciosa causada pelo vírus SARS-Cov-2, no Brasil, ajudou a descortinar e a acentuar. Tal pandemia levou a implantação do Ensino Remoto Emergencial - ERE. Compreendemos que o Ensino remoto (ER) também provocou e continua a provocar impactos na formação acadêmica, social e história dos estudantes universitários, em geral. Considerando esse aspecto, nosso objetivo geral é identificar e analisar os efeitos do ensino remoto para a formação do psicólogo em algumas instituições de Ensino Superior do Estado de Goiás, tomando como fundamento pressupostos teóricos da psicologia histórico-cultural. Também pretendemos, discorrer sobre alguns aspectos relacionados diretamente a Psicologia Escolar e Educacional, obtidos nos questionários, em especial referente a Lei 13.935/2019, que dispõe sobre a inserção da Psicologia e da Assistência Social na Educação Básica. O estudo está fundamentado na Psicologia Histórico-Cultural. Como metodologia usaremos as pesquisas bibliográfica e empírica. A dissertação é composta de três seções. A primeira contextualiza a formação do psicólogo no Brasil, apresentando as legislações sobre o funcionamento do ensino remoto e abordando alguns aspectos da atuação e formação dos psicólogos escolares. Na seção 2, abordamos a relação entre desenvolvimento e aprendizagem, na perspectiva da Psicologia Histórico-Cultural. Já na seção 3, apresentamos os resultados da pesquisa empírica, que foi composta de questionários respondidos por oito coordenadores/docentes e 41 discentes. Como resultados constatamos que a maioria de professores, assim como discentes, consideram que o processo ensino-aprendizagem foi impactado pela pandemia da Covid-19 e pelo ensino remoto. Os participantes da pesquisa relatam dificuldades na relação professor-aluno e aluno-aluno devido ao distanciamento. Mesmo diante das dificuldades impostas pelo ERE, 87,5% dos professores e 58,5% dos graduandos consideraram que o ensino foi eficaz nessa modalidade. Constatamos também que todos os docentes e 82,9% dos estudantes declararam ter conhecimento sobre a referida Lei 13.935/2019 e que a formação e atuação direciona-se, quase em sua totalidade para uma concepção crítica de Psicologia Escolar e Educacional. Diante disso, compreendemos que a perspectiva Histórico-cultural pode descortinar as inúmeras implicações diretas e indiretas na área da educação, em particular, do Ensino Superior, no contexto pandêmico, trazendo contribuições inegáveis para o enfrentamento dos diversos tipos de desafios e impactos para o indivíduo: ser social, histórico. Nos resta agora, na formação dos psicólogos, buscar resgatar os conhecimentos que ainda não foram apropriados pelos estudantes, para que a universidade cumpra com sua função de formação humana e preparação profissional.
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                                        Dimensões Subjetivas da Ação Docente com o Projeto de Vida
                                        Curso Mestrado em Psicologia
                                        Tipo Dissertação
                                        Data 26/05/2023
                                        Área PSICOLOGIA
                                        Orientador(es)
                                        • Alexandra Ayach Anache
                                        Coorientador(es)
                                          Orientando(s)
                                          • Daniel Ventura Damaceno
                                          Banca
                                          • Alexandra Ayach Anache
                                          • Geandra Cláudia Silva Santos
                                          • Maria Aparecida Lima dos Santos
                                          • Marilda Goncalves Dias Facci
                                          • Sonia da Cunha Urt
                                          Resumo Esta pesquisa tem como objetivo investigar as configurações subjetivas relacionadas à ação docente no componente curricular Projeto de Vida (PV), analisando o contexto histórico-cultural da sua implementação, com ênfase na Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul, como também, das configurações subjetivas do professor de Projeto de Vida pelos campos de inteligibilidade relacionados ao contexto da ação e relação pedagógica no componente durante os últimos anos e no contexto da COVID-19. A pesquisa é qualitativa, e nela se utilizou a Epistemologia Qualitativa e a Metodologia Construtivo-Interpretativa, com entrevistas, questionários e produção escrita como instrumentos. Além disso, produziu-se um modelo teórico à luz da Teoria da Subjetividade, com a análise contextual pela Teoria Histórico-Cultural. A análise foi tecida com a participação de cinco professores de Projeto de Vida de escolas estaduais de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Dois desses professores compuseram a produção teórica deste estudo. A partir disso, esta pesquisa se organiza em um capítulo introdutório e outros quatro capítulos teóricos que apresentam análise dos dispositivos históricos, legais e conceituais que levaram ao surgimento do Projeto de Vida. Além disso, esses capítulos abordam a relação entre o Projeto de Vida e a Educação; os fundamentos teórico-epistemológico-metodológicos para o estudo e pesquisa da dimensão subjetiva; a produção teórica realizada com os dois professores; e os limites e perspectivas da pesquisa. Vale ressaltar que esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e teve como resultados: a compreensão dos campos de inteligibilidade e as configurações subjetivas da ação docente em PV; a influência neoliberal no surgimento do PV; a fragilidade conceitual e pedagógica do componente curricular; a personalização da condução do componente pelos professores; a identificação do desenvolvimento das competências socioemocionais; as mudanças subjetivas nos docentes após lecionarem PV; as discrepâncias de experiências vividas na pandemia; e a necessidade de uma formação inicial para os professores de PV - considerando a dimensão subjetiva nos processos formativos, reconhecendo as múltiplas experiências dos professores e a compreensão de que as ações pedagógicas em PV podem promover a expressão da experiência humana na escolarização sendo um espaço de diálogos autênticos.
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