Mestrado em Psicologia

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Trabalhos

Trabalhos Disponíveis

TRABALHO Ações
Efeitos de um não-lugar: como se constitui o sujeito negro
Curso Mestrado em Psicologia
Tipo Dissertação
Data 05/09/2024
Área PSICOLOGIA
Orientador(es)
  • Weiny Cesar Freitas Pinto
Coorientador(es)
    Orientando(s)
    • Leonardo Italo Pessoa Ferreira Gomes
    Banca
    • Lourival dos Santos
    • Marcelo Bueno de Paula
    • Thaize de Souza Reis
    • Weiny Cesar Freitas Pinto
    Resumo O presente trabalho busca compreender como se dá a constituição de sujeito para a psicanálise, e nessa interface busca-se compreender sobre o sujeito negro. O lugar psicossocial em que o negro está inserido no Brasil tem efeitos psíquicos na sua constituição de sujeito? A hipótese desta pesquisa reside no fato que o fenômeno do racismo estrutural tem consequências não apenas no plano sociológico, mas também no plano psíquico na constituição do negro como sujeito. Propõe-se pensar que o racismo estrutural contribui para que exista um não-lugar social, o qual tem efeitos na constituição do sujeito negro. Para compreender tais objetivos, será realizada uma pesquisa bibliográfica com a revisão cuidadosa de textos sobre o racismo estrutural, tomando como autor principal do tema o Silvio de Almeida, e também textos psicanalíticos, utilizando como principal referencial teórico Sigmund Freud, e literaturas complementares de Jacques Lacan para compreender em linhas gerais o sujeito na psicanálise.
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    Efeito do treino de palavras com controle temático e formal na aquisição de resposta intraverbal
    Curso Mestrado em Psicologia
    Tipo Dissertação
    Data 23/08/2024
    Área PSICOLOGIA
    Orientador(es)
    • Lucas Ferraz Cordova
    Coorientador(es)
      Orientando(s)
      • Larissa dos Santos Costa
      Banca
      • Alexandre Jose de Souza Peres
      • Ana Karla Silva Soares
      • Carlos Augusto de Medeiros
      • Lucas Ferraz Cordova
      Resumo Skinner descreveu o comportamento verbal como um comportamento operante no qual a consequência é mediada por um ouvinte treinado dentro da comunidade verbal; as respostas podem variar, tanto pela função como a topografia, partir das relações estabelecidas pelo antecedente e consequente. Neste aspecto, postulou-se que a relação antecedente advém do controle temático e do controle formal. Porém, ao ressaltar os controles, constata-se que as separações entre elas podem ser classificadas como didáticas, pois no operante intraverbal, conforme descrito por Skinner, as rimas poderiam estar sob os dois controles. Ao escolher este tipo de comportamento verbal, o objetivo desta pesquisa foi observar as consequências no repertório verbal categorizado como intraverbal após o treino de palavras com controle formal e com controle temático. Deste modo, o método foi estabelecido e aplicado com 10 participantes voluntários da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. O treinamento envolveu 12 pares de palavras inventadas, divididos em dois blocos com controle temático e parcialmente formal, e blocos apenas com controle temático; o treino de ecoico precedeu o intraverbal. Por conseguinte, registraram-se as respostas do participante quando questionado sobre o correspondente ao par, investigando a relação temática e formal das duas condições supracitadas. Os resultados foram apresentados considerando uma métrica abrangente que captura a soma total das respostas dos participantes, apresentando tanto as respostas correta quanto as tentativas ao longo do treino. Esses resultados sugerem que a presença de controle temático e do controle formal nas palavras pode aumentar a probabilidade de respostas correspondentes ao par, ou seja, as palavras que rimam apresentaram desempenho ligeiramente superior. No entanto, é importante considerar as nuances e limitações do estudo representado nos resultados.
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      Violência contra as mulheres e masculinidades: questões de gênero
      Curso Mestrado em Psicologia
      Tipo Artigo Científico
      Data 22/08/2024
      Área PSICOLOGIA
      Orientador(es)
      • Jeferson Camargo Taborda
      Coorientador(es)
        Orientando(s)
        • Thiago de Brito Ribeiro
        Banca
        • Cledione Jacinto de Freitas
        • Jeferson Camargo Taborda
        • Miguel Rodrigues de Sousa Neto
        • Vicentina dos Santos Vasques Xavier
        Resumo Este trabalho versa sobre as correlações possíveis entre as categorias gênero, violência de gênero contra as mulheres e masculinidades. Possui como ponto de partida o fenômeno psicossocial da violência de gênero contra as mulheres, suas determinações histórico-culturais e as relações de gênero. A base epistemológica que fundamental este estudo consiste na denominada Crítica Feminista, que é um tipo de epistemologia feminista crítica que leva em consideração as determinações do sistema ideológico patriarcal que traz como uma de suas consequências, as relações desiguais de poder e oportunidades entre os gêneros: a violência de gênero contra as mulheres pode ser uma dessas consequências. Esta pesquisa obteve como produto três artigos científicos, a saber: artigo 01 – ensaio teórico a partir de uma revisão narrativa de literatura sobre o sistema ideológico do patriarcado e conceituações a respeito da categoria de gênero; artigo 2 – ensaio teórico a partir de uma revisão narrativa de literatura sobre a violência de gênero contra as mulheres, masculinidades e grupos reflexivos de homens autores de violência doméstica e familiar; artigo 3 – pesquisa bibliográfica, consistindo em uma revisão sistemática e integrativa de literatura para responder ao questionamento “o que os periódicos de Psicologia têm publicado acerca das interrelações entre gênero, violência de gênero contra as mulheres e masculinidades?”. Em relação ao último artigo, foram realizadas revisão sistemática e integrativa de literatura com os seguintes critérios de inclusão: (1) artigos publicados nos periódicos escolhidos para a pesquisa documental; (2) publicações entre 2016 a 2022; (3) artigos completos; (4) artigos com palavras-chave e temática relacionadas aos descritores “gênero”, “violência de gênero” e “masculinidades”. Para a organização e análise dos dados foi utilizado o método da Análise de Conteúdo de L. Bardin. Após a separação dos artigos encontrados em Categorias Temáticas, identificou-se que as publicações discorreram sobre a temática aqui estudada sob diversas vertentes, não havendo uma unanimidade em relação ao uso dos termos “violência de gênero”, “violência contra a mulher”, “violência doméstica e familiar contra as mulheres”, o que dificulta o entendimento global do fenômeno da violência contra as mulheres. A maioria dos artigos apresenta uma discussão de gênero sobre a violência contra a mulher e as masculinidades. Também na maioria das publicações, as masculinidades foram representadas em suas perspectivas hegemônicas, de acordo com postulações de Raewyn Connell. Observou-se que poucas foram as publicações encontradas nos periódicos de Psicologia selecionados, o que demonstra que é preciso que essa área do conhecimento realize maiores estudos e pesquisas, a fim de operacionalizar, além da criação e planejamento de políticas públicas, ações interventivas que objetivem ao enfrentamento da violência de gênero contra as mulheres, assim como propostas para repensar as performances de masculinidades que acabam por produzir discursos e práticas violentas na sociedade.
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        Práticas discursivas sobre a violência contra as mulheres na contemporaneidade: uma crítica feminista à objetividade dos números e a centralidade da judicialização
        Curso Mestrado em Psicologia
        Tipo Dissertação
        Data 16/08/2024
        Área PSICOLOGIA
        Orientador(es)
        • Jacy Correa Curado
        Coorientador(es)
          Orientando(s)
          • Márcia Paulino da Silva Lopes
          Banca
          • Ana Maria Gomes
          • Jacy Correa Curado
          • Jeferson Camargo Taborda
          • Vicentina dos Santos Vasques Xavier
          Resumo A violência doméstica e familiar contra as mulheres é um fenômeno histórico e sociocultural que se manifesta a partir das desigualdades de gênero e das relações de poder assimétricas, as quais produzem relações de dominação pelos homens e de subordinação das mulheres em diferentes lugares do mundo e em distintas épocas. Essa pesquisa tem como objetivo conhecer e analisar as práticas discursivas sobre a violência doméstica e familiar contra as mulheres, tendo como embasamento teórico a psicologia social, na perspectiva sócio-construcionista, em diálogo com as epistemologias feministas estudos de gênero. Os caminhos metodológicos partem dos Planos Nacionais de Políticas para as Mulheres como Documentos de Domínio Público em uma pesquisa caracterizada como qualitativa, analítica, descritiva e explicativa. Problematizamos a construção das práticas discursivas das políticas públicas de enfrentamento da violência contra as mulheres a partir de dois aspectos, a construção dos números como uma verdade absoluta, e da perpectiva da judicialização punitivista como centrais na atualidade. Orientadas pela abordagem interseccional, posicionamos nossa crítica, propondo a ampliação da atuação da psicologia social como fundamental para o enfrentamento à violência contra as mulheres. Visando contribuir com a atuação de profissionais da psicologia junto às mulheres vítimas de violência, listamos algumas metodologias entendidas como potenciais recursos para a transformação no âmbito da subjetividade das mulheres e do contexto sociocutural que perpetua a violência de gênero contra as mulheres.
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          Terapia baseada na mentalização: aspectos teóricos, epistemológicos e metodológicos
          Curso Mestrado em Psicologia
          Tipo Artigo Científico
          Data 26/07/2024
          Área PSICOLOGIA
          Orientador(es)
          • Weiny Cesar Freitas Pinto
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • Bruno Marques Ibanes
            Banca
            • Caio Padovan Soares de Souza
            • Lucas Ferraz Cordova
            • Maria de Fatima Chavarelli
            • Weiny Cesar Freitas Pinto
            Resumo Esta pesquisa investigou a Terapia Baseada na Mentalização (TBM), analisando suas bases teóricas, práticas clínicas e implicações epistemológicas. Desenvolvida nos anos 90 a partir das teorias de Peter Fonagy e colaboradores, a TBM integrou conceitos de diversas disciplinas, como a psicanálise e a teoria do apego, para tratar transtornos psicológicos, com foco no Transtorno de Personalidade Borderline. Os artigos revisados destacaram a trajetória histórica da TBM, o conceito central de mentalização e suas bases teóricas, além das práticas técnicas específicas. Apesar dos avanços, a pesquisa apresentou limitações, como a dependência de estudos empíricos anteriores, a simplificação de construtos teóricos complexos e a escassez de estudos longitudinais. Adicionalmente, houve falta de clareza sobre práticas baseadas em evidências e sobre a posição da teoria do apego como teoria do desenvolvimento. A aplicabilidade da TBM em contextos não-clínicos ainda era incipiente, não permitindo que fosse considerada uma ontologia completa. Reconhecer essas limitações é crucial para promover uma melhor integração teórica e prática da TBM. Futuros estudos devem focar em desenvolver pesquisas longitudinais, explorar a eficácia da TBM em diferentes contextos e populações, e aprofundar a integração da teoria do apego com a psicanálise, visando responder às demandas contemporâneas da psicoterapia.
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            Iniciação ao uso de álcool e outras substâncias psicoativas por homens universitários durante a pandemia de Covid-19
            Curso Mestrado em Psicologia
            Tipo Dissertação
            Data 02/05/2024
            Área PSICOLOGIA
            Orientador(es)
            • Alberto Mesaque Martins
            Coorientador(es)
            • Cremildo Joao Baptista
            Orientando(s)
            • Jaine Aparecida Colecta Galhardo
            Banca
            • Alberto Mesaque Martins
            • Ana Karla Silva Soares
            • Cremildo Joao Baptista
            • Patricia Maria Fonseca Escalda
            • Thiago Mikhael Silva
            Resumo Estudos com a população jovem brasileira têm detectado altas prevalências de consumo de substâncias psicoativas (SPA), especialmente álcool, maconha, cocaína, entre outras. De modo geral, o uso de SPA no Brasil se inicia antes do ingresso na universidade e se intensifica ao longo da formação universitária. Nesse contexto, destaca-se a população universitária masculina, cujo consumo de álcool e drogas é elevado e potencializado devido ao processo de socialização e construção social das masculinidades. A pandemia de COVID-19 e as medidas de distanciamento social repercutiram nos hábitos de vida da população, gerando prejuízos à saúde mental, sendo importante considerar as possíveis implicações no consumo de SPA. Tratase de uma pesquisa quantitativa e exploratória com o objetivo de verificar indicadores associados à pandemia de COVID-19 e de medidas de distanciamento social na iniciação ao uso de álcool e outras SPA entre homens estudantes universitários de uma comunidade universitária do Centro-Oeste brasileiro. O desfecho analisado foi o relato de iniciação ao uso de SPA durante a pandemia de COVID-19 (Sim/Não) com um formulário virtual autoaplicado gerado a partir da ferramenta Google Forms, que continha questões de múltipla escolha divididas em: caracterização sociodemográfica, vida acadêmica ou profissional, uso de SPA durante a pandemia. Foi utilizada a técnica regressão stepwise para identificar o melhor subconjunto de variáveis independentes a incluir em cada modelo de regressão multivariável. Dificuldades financeiras básicas, diagnóstico prévio de transtornos mentais, trancamento de matrícula ou solicitação de licença do trabalho, percepção de piora no estado emocional durante o distanciamento social/físico estiveram associados ao início de uso de SPA piora do desempenho acadêmico ou profissional, ter praticado alguma atividade para o bem-estar, ter tido algum sinal ou sintoma da COVID-19, ser do grupo de risco, ter perdido algum parente/amigo pela COVID-19 e ter sido vítima de algum tipo de violência durante as medidas de distanciamento social. Os resultados também chamam a atenção para a necessidade de se considerar o processo de construção social de masculinidades e suas implicações no uso de SPA.
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            Personalidade e bem-estar subjetivo: o papel mediador do fenômeno do impostor em crianças
            Curso Mestrado em Psicologia
            Tipo Artigo Científico
            Data 25/04/2024
            Área PSICOLOGIA
            Orientador(es)
            • Ana Karla Silva Soares
            Coorientador(es)
              Orientando(s)
              • Rafaela Teodoro Alves
              Banca
              • Alberto Mesaque Martins
              • Ana Karla Silva Soares
              • Jose Angel Vera Noriega
              • Lucas Ferraz Cordova
              • Sandra Elisa de Assis Freie
              Resumo O objetivo desta dissertação foi avaliar a relação entre os traços de personalidade, o bem-estar subjetivo e o fenômeno do impostor em crianças. Para atingir esse fim, foram elaborados dois manuscritos. O primeiro teve uma abordagem qualitativa e buscou reunir informações sobre a conexão entre o impostorismo e variaveis de saúde mental por meio de uma revisão sistemática. Foram analisados 54 artigos relevantes, incluidos após aplicação de critérios de legibilidade. Os resultados destacaram diversas variaveis de saúde mental que se relacionam com o FI e demonstraram que o impostorismo se manifesta em contextos e amostras variadas, além da necessidade de mais pesquisas nesse campo. O segundo manuscrito, de natureza empírica, visou avaliar em que medida e os traços de personalidade, o bem-estar subjetivo e o fenômeno do impostor se relacionam em uma amostra de crianças. Participaram do estudo 117 estudantes do ensino fundamental de Campo Grande (MS), com idade média de 11 anos. Os resultados revelaram uma correlação significativa e negativa entre o fenômeno do impostor e o bem-estar geral, bem como que ele foi predito pelo FI e pela extroversão, abertura à mudança e conscienciosidade. Esses achados indicam a importância do bem-estar subjetivo e dos traços de personalidade na compreensão do impostorismo, destacando a necessidade de pesquisas futuras para ampliar esses resultados. Em suma, os resultados obtidos nos dois manuscritos contribuem para alcançar o objetivo geral desta dissertação.
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              Fatores Individuais e Contextuais Associados ao Uso de Estratégias de Autorregulação da Aprendizagem em Estudantes do Ensino Superior
              Curso Mestrado em Psicologia
              Tipo Artigo Científico
              Data 07/03/2024
              Área PSICOLOGIA
              Orientador(es)
              • Alexandre Jose de Souza Peres
              Coorientador(es)
                Orientando(s)
                • Danielly Martins da Silva
                Banca
                • Alexandre Jose de Souza Peres
                • Eveli Freire de Vasconcelos
                • Luiz Henrique Santana Conceição
                • Rodolfo Augusto Matteo Ambiel
                Resumo Esta dissertação de mestrado é composta por dois estudos, cujos objetivos foram investigar fatores individuais e contextuais potencialmente associados ao uso de estratégias de Autorregulação da Aprendizagem (ARA) em uma amostra de 712 estudantes do ensino superior de uma universidade pública federal brasileira da região Centro-Oeste. Os participantes pertencem a 44 cursos de oito diferentes áreas do conhecimento. Possuem média de idade de 21,64 anos e frequentavam do primeiro ao sexto ano de seus cursos. Utilizando a Escala de Avaliação de Estratégias de Aprendizagem para Universitários, foram avaliadas quatro dimensões de ARA: Estratégias de Planejamento e Organização da Aprendizagem (EPOA; ω = 0,82), Estratégias Sociais de Aprendizagem (ESA; ω = 0,84), Estratégias de Verificação da Aprendizagem (EVA; ω = 0,78) e Estratégias de Regulação da Aprendizagem (ERA; ω = 0,75). No Estudo 1, investigou-se a associação entre ARA e covariáveis educacionais. Apesar dos resultados dos testes de Kruskal-Wallis revelaram diferenças estatisticamente significativas (p < 0,05) nos usos dessas estratégias relacionadas à raça/cor, áreas de conhecimento, tempo na graduação e turno do curso, o tamanho de efeito foi pequeno, exceto para o gênero, com efeito moderado. Correlações entre as dimensões de ARA e idade, bem como nível socioeconômico, foram fracas (variando de r = -0,15 a r = 0,08). Por sua vez, no Estudo 2, ARA foi associada aos cinco grandes fatores da personalidade por meio de regressão linear múltipla. As dimensões de ARA apresentaram associações significativas com todos os fatores do Big Five (p < 0,05). Especificamente, EPOA apresentou associação (p < 0,05) com Conscienciosidade (CO; β = 0,38), Abertura (AB; β = 0,06) e Amabilidade (AM; β = 0,07). Em ESA as associações significativas (p < 0,006) foram entre EX (β = 0,13), AM (β = 0,10), CO (β = 0,08) e NE (β = 0,07). No fator EVA as associações foram entre CO (β = 0,20) e AB (β = 0,10). Já em ERA as associações significativas foram entre NE (β = -0,25), CO (β = 0,19) e AB (β = 0,06). Nos outros traços as associações não foram significativas (p > 0,05). Os resultados apontam que as variáveis individuais e contextuais analisadas no Estudo 1 apresentam um baixo poder explicativo na utilização de estratégias de aprendizagem autorregulada, em contrapartida, traços de personalidade apresentou ser um bom fator de associação. Os resultados são discutidos à luz de evidências empíricas de estudos anteriores na área e o papel das instituições de ensino no desenvolvimento da ARA dos alunos.
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                Traços de personalidade, fenômeno do impostor e estilos parentais: Um estudo correlacional com crianças
                Curso Mestrado em Psicologia
                Tipo Artigo Científico
                Data 22/02/2024
                Área PSICOLOGIA
                Orientador(es)
                • Ana Karla Silva Soares
                Coorientador(es)
                  Orientando(s)
                  • Renata Tereza dos Passos Costa Araújo
                  Banca
                  • Alberto Mesaque Martins
                  • Alessandro Teixeira Rezende
                  • Alexandra Ayach Anache
                  • Ana Karla Silva Soares
                  Resumo Perceber-se como fraude, duvidando da própria capacidade, apesar de realizações evidentes são características de pessoas com sentimentos impostores. O fenômeno do impostor tem o potencial de gerar impactos à saúde mental e bem-estar do indivíduo, e por isso deve ser estudado com profundidade, podendo ser relacionado com diversas variáveis capazes de elucidar esse construto. Dessa forma, os traços de personalidade e os estilos parentais, se mostram importantes para a sua compreensão. Para isso, realizou-se uma revisão sistemática da literatura com objetivo de verificar as relações entre os fenômenos (Personalidade e Fenômeno do impostor), além de um estudo de natureza quantitativa, correlacionando personalidade, estilos parentais e fenômeno do impostor, em crianças. Os achados da revisão apontam a relevância da personalidade nos níveis de impostorismo e destacam a lacuna da literatura sobre o assunto. O estudo empírico aponta que a percepção parental e a personalidade exercem inflluência significativa nos sentimentos impostores.
                  Palavras-chave: Traços de Personalidade, fenômeno do impostor, estilos parentais, crianças.
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                  Trabalho, masculinidades e vida em acolhimento institucional para grupos de homens jovens acolhidos
                  Curso Mestrado em Psicologia
                  Tipo Dissertação
                  Data 19/02/2024
                  Área PSICOLOGIA
                  Orientador(es)
                  • Alberto Mesaque Martins
                  Coorientador(es)
                    Orientando(s)
                    • Salvador Loureiro Rebelo Junior
                    Banca
                    • Alberto Mesaque Martins
                    • Fernando Henrique Protetti
                    • Jeferson Camargo Taborda
                    • Josiane Peres Goncalves
                    Resumo Ainda hoje, o trabalho mantém o seu estatuto de centralidade na formação da sociedade e na constituição dos sujeitos. Contudo, nas últimas décadas, há uma desqualificação dos trabalhadores com a precarização das condições de trabalho, intensificada pelo contexto pandêmico, afetando sobretudo os jovens. O trabalho ainda vem sendo tomado como atributo importante da identidade masculina e, como atividade humana, se torna também eixo na aplicação da medida protetiva de acolhimento institucional. Assim, na perspectiva da Psicologia Social e, pautado na abordagem da pesquisa qualitativa, esse estudo tem como objetivo identificar e analisar as concepções sobre trabalho e masculinidades e as relações entre trabalho, masculinidades e vida em acolhimento institucional para homens jovens acolhidos. Para desenvolvimento da pesquisa foram realizadas entrevistas na modalidade grupo focal, com 11 homens jovens acolhidos em serviços de dois grandes territórios do município de São Paulo. As entrevistas foram analisadas sob a perspectiva da Análise de Conteúdo. Os resultados mostram as concepções do trabalho associadas à ideia de responsabilidade, depositada sobretudo aos homens; permeadas por elementos que marcam o contexto de precarização do trabalho: gestão da própria sobrevivência, meritocracia, informalidade, exposição ao risco, empregos subalternos, em contraponto às expectativas dos jovens quanto ao trabalho formal, protegido e que possibilite mobilidade social. Além disso, o discurso aponta para o trabalho como elemento performático da masculinidade, associado às ideias da divisão sexual do trabalho e denuncia como os corpos dos homens encontram-se emaranhados à lógica produtiva do capitalismo. Já as concepções sobre ser homem correspondem à representação da masculinidade hegemônica, na qual se valorizam atributos como força, agressividade, autoridade e apagamento de quaisquer sinais de feminilidade, indicando uma indissociabilidade entre ser homem e ser trabalhador. Os resultados mostram, ainda, as ambivalências da vida em acolhimento perpassando as experiências do trabalho que, por vezes, possibilita ao jovem a garantia de direito à profissionalização, mas que também gera angústias e incertezas quanto ao futuro profissional; e as experiências de ser homem, dando-lhes a oportunidade de revisar a vida, de voltar a viver com a responsabilidade proporcional, ao mesmo tempo em que vivem os estigmas sociais da vida institucionalizada e atualizam a bruta realidade que vivem, marcada pela pobreza e pela necessidade de “se virar”. Por fim, a pesquisa possibilitou também explorar como corpos trans atravessam a experiência de ser homem e da vida em acolhimento institucional. Os
                    resultados apontam para a necessidade de construção e fortalecimento de programas e políticas públicas que considerem as singularidades dos jovens institucionalizados quanto ao futuro profissional e que rompam com os discursos da meritocracia, considerando os desafios e condições materiais que esses jovens encontram para exercício da sua cidadania.
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                    Reflexões e atravessamentos na subjetividade lésbica: cartografias de inspiração etnográfica
                    Curso Mestrado em Psicologia
                    Tipo Dissertação
                    Data 19/02/2024
                    Área PSICOLOGIA
                    Orientador(es)
                    • Jeferson Camargo Taborda
                    Coorientador(es)
                      Orientando(s)
                      • Luana Medeiros de Sá Lucas
                      Banca
                      • Jainara Gomes de Oliveira
                      • Jeferson Camargo Taborda
                      • Renata Bellenzani
                      • Zaira de Andrade Lopes
                      Resumo Com o objetivo geral de compreender a constituição subjetiva da identidade lésbica, tendo como objetivos específicos discorrer acerca dos processos de invisibilização da lesbianidade, debater as formas de repressão das vivências lésbicas vigentes nas sociedades ocidentais e problematizar a construção dos dispositivos de gênero e sexualidade na atualidade, a presente dissertação busca construir um panorama amplo de tais processos. Para isso, a proposta metodológica seguiu os princípios da cartografia, o que permitiu a análise dos fenômenos abordados, a partir de relatos etnográficos e do diário de bordo. De início, foi realizada uma discussão conceitual sobre a relação entre o dispositivo da sexualidade e as mulheres lésbicas, para tornar possível a compreensão das relações de poder, que servem como regulações sexuais, políticas e religiosas. No que diz respeito aos relatos etnográficos, o primeiro apresenta discussões sobre a promoção de um minicurso, intitulado “Psicologia e Lesbianidade”, a partir das minhas vivências junto das participantes e das trocas realizadas. O segundo relato etnográfico foi desenvolvido a partir do debate que participei, sobre o filme “O mau exemplo de Cameron Post”, realizado a convite do Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso do Sul (CRP14) como parte da campanha de Setembro Amarelo, que buscavam discorrer sobre a saúde mental da população LGBTQIAP+. O terceiro e último tópico é construído a partir de uma breve etnografia digital de matérias jornalísticas sobre a questão das comunidades terapêuticas e sua relação com mulheres lésbicas brasileiras. A partir destas três cartografias de inspiração etnográfica, foi possível identificar os mecanismos nos quais os discursos hegemônicos da heteronormatividade e do heterossexismo influenciam a construção da subjetividade lésbica, inclusive, reforçando a manutenção de comportamentos e valores que contribuem para a perpetuação de repressões e discriminações. Por fim, o trabalho busca avançar nas questões elencadas para se tornar uma forma de contribuição aos debates sobre a lesbianidade e os fenômenos relacionados, tendo em vista o número ainda insuficiente de produções publicadas sobre o tema no Brasil.
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                      EFEITO DO HISTÓRICO DE REFORÇAMENTO DA FORMAÇÃO EM DIFERENTES ÁREAS DO DISCURSO EXPLICATIVO DE ACADÊMICOS DE LICENCIATURA SOBRE O DESEMPENHO HIPOTÉTICO DE ESTUDANTES
                      Curso Mestrado em Psicologia
                      Tipo Dissertação
                      Data 04/09/2023
                      Área PSICOLOGIA
                      Orientador(es)
                      • Lucas Ferraz Cordova
                      Coorientador(es)
                        Orientando(s)
                        • Pedro Henrique Araujo Orlandi
                        Banca
                        • Alexandra Ayach Anache
                        • Lucas Ferraz Cordova
                        • Marcos Spector Azoubel
                        • Weiny Cesar Freitas Pinto
                        Resumo Skinner conceitualiza comportamento verbal como sendo um comportamento operante em que a consequência é mediada por um ouvinte treinado pela comunidade verbal. Um dos focos do autor viria a ser com o comportamento verbal científico e consequentemente no comportamento verbal de explicar emitido pelo cientista. Explicações seriam, comumente, descrições acerca de relações causais e teriam como fim promover com que o ouvinte consiga agir concretamente de modo mais eficaz. O objetivo desta pesquisa foi analisar o efeito do histórico de reforçamento da formação em diferentes áreas sobre o discurso explicativo de acadêmicos de licenciatura sobre o desempenho contido em uma situação hipotética de dois estudantes do ensino fundamental. Foram selecionados participantes de três cursos: Biologia, Matemática e História. O método utilizado foi o Método Reno, que é uma alternativa considerada efetiva para se analisar discursos. O procedimento consistiu em apresentar uma situação hipotética escrita ao participante, em que esteve descrito o desempenho acadêmico de dois alunos, um com alto rendimento e outro não, e após a leitura desta situação foram feitas questões acerca da história ao participante e como este explica tal situação e como agiria se ele mesmo fosse o professor em questão. Os resultados indicam um consenso entre os três grupos participantes, onde estes responderam de forma uníssona nas macrocategorias e categorias de análise, com uma pequena diferença de respostas no grupo 2 – acadêmicos de História. Discutiu-se acerca de padrões de respostas dos participantes, assim como discrepâncias e análises no histórico pessoal dos participantes e em possíveis efeitos do histórico de reforçamento da graduação cursada sobre suas respostas. Finalmente, realizou-se uma descrição funcional do próprio comportamento de explicar do pesquisador.
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                        Narrativas de Indígenas Urbanos Terenas sobre a Saúde Mental da comunidade durante a Pandemia de COVID-19
                        Curso Mestrado em Psicologia
                        Tipo Dissertação
                        Data 30/08/2023
                        Área PSICOLOGIA
                        Orientador(es)
                        • Alberto Mesaque Martins
                        Coorientador(es)
                          Orientando(s)
                          • Eduardo Godoy da Rocha
                          Banca
                          • Alberto Mesaque Martins
                          • Ancelmo Schorner
                          • Jacy Correa Curado
                          • Renata Bellenzani
                          Resumo A pandemia da COVID-19 mobilizou as autoridades sanitárias pelo mundo inteiro, devido aos altos índices de transmissão e letalidade da doença, que ocasionaram a morte de milhares de pessoas. A pandemia impôs desafios sanitários, sobretudo aos grupos socialmente vulneráveis, dentre os quais se incluem os povos originários e indígenas urbanos, ou que vivem em territórios demarcados, que, assim como outros grupos sociais, se depararam com os efeitos do distanciamento social em sua saúde mental, além de dificuldades de acesso aos serviços de saúde. As singularidades desses grupos e a necessidade de medidas de atenção à saúde que levem em consideração suas particularidades étnicas indicam a importância de investigações que incluam os povos indígenas e originários. Nesse sentido, os Terenas que vivem em uma aldeia urbana, situada na cidade de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, compõem a população a ser estudada neste trabalho. Assim, esta dissertação tem como objetivo compreender as narrativas desses indígenas urbanos acerca do impacto da pandemia de COVID-19 na saúde mental de sua comunidade. A pesquisa foi desenvolvida em duas etapas: na primeira, foi realizada uma revisão integrativa, buscando identificar e analisar as produções científicas que consideram os impactos da pandemia de COVID-19 na saúde mental de povos indígenas brasileiros. Para isso, foram consultados os bancos de dados da Scientific Electronic Library Online (SciELO), dos Periódicos Eletrônicos em Psicologia (Pepsic) e da Biblioteca Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), utilizando os termos booleanos "indígenas" e “COVID-19”. O corpus de análise foi composto por 17 publicações. Na segunda etapa, foram realizadas entrevistas narrativas com 07 indígenas, sendo um homem (cacique) e seis mulheres, que vivem na aldeia urbana Terena, escolhida como contexto da investigação. As entrevistas foram gravadas, transcritas e submetidas à Análise Fenomenológica Interpretativa. A revisão integrativa da literatura indica que, durante a pandemia, a saúde mental dos indígenas foi prejudicada, sendo mais comprometida por sua relação com os brancos do que pela perda de vidas pelo novo coronavírus. Os governos, ao implantarem as medidas de biossegurança orientadas pela Organização Mundial de Saúde e as estratégias eurocentristas para contenção da pandemia nas comunidades indígenas da América Latina, infligiram todo um saber e cultura que, ao mesmo tempo que foi ineficaz no controle da COVID-19, também promoveu angústia e acentuou aspectos da colonização. De modo geral, as entrevistas revelam que, sobretudo nos primeiros meses da pandemia, os indígenas urbanos a percebiam como um fenômeno muito distante e compartilhavam a ideia de que a nova doença não chegaria ao Brasil com o mesmo potencial letal. Os entrevistados também percebem a pandemia como mais um dos desdobramentos do processo de colonização dos povos originários brasileiros. Diante da pandemia, com alto e descontrolado índice de contágio e vários casos de mortes, a população Terena passou a conviver com o medo do contágio, de morrer e perder entes queridos, assim como da ausência de tratamentos e da escassez de meios de garantia da sobrevivência. Além disso, as medidas de distanciamento social, ao mesmo tempo que protegiam do contágio, produziam sentimentos de tristeza e medo, especialmente pela diminuição da interação comunitária, muito presente na sociabilidade desse grupo. Percebe-se ainda que o luto esteve muito presente nas falas dos entrevistados, seja por parentes vitimados pela COVID-19, pela perda do modo de vida anterior, ou pela perda da sua própria identidade, que teve que se modificar para se adaptar à nova realidade. Os indígenas participantes relatam dificuldades de acesso aos serviços de saúde, bem como o descaso do governo federal na atenção aos povos indígenas, durante a pandemia. Nesse sentido, as igrejas evangélicas e a própria comunidade foram apontadas como os principais suportes do grupo durante esse período. O estudo aponta para a necessidade de se ampliar a compreensão acerca das necessidades dos povos originários e indígenas, durante a pandemia, refletindo sobre os prejuízos à saúde mental desse grupo. Além disso, faz-se necessária a construção de práticas de saúde mental que deem voz a esses grupos e que considerem as suas especificidades, em uma perspectiva interseccional.
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                          Uma Análise verbal do discurso do comportamento verbal de acompanhantes terapeuticos.
                          Curso Mestrado em Psicologia
                          Tipo Dissertação
                          Data 30/08/2023
                          Área PSICOLOGIA
                          Orientador(es)
                          • Lucas Ferraz Cordova
                          Coorientador(es)
                            Orientando(s)
                            • Fernanda Gomes de Souza
                            Banca
                            • Alberto Mesaque Martins
                            • Ana Karla Silva Soares
                            • Lucas Ferraz Cordova
                            • Rodrigo Lopes Miranda
                            Resumo Esse experimento parte da premissa estabelecida pelo Behaviorismo radical, como
                            filosofia que embasa a ciência da Análise do Comportamento, sendo o comportamento
                            o objeto de estudo dessa epistemologia. Diante desse pressuposto, o objeto de estudo
                            da pesquisa é o discurso explicativo de acompanhantes terapêuticos sobre
                            comportamento de crianças, em especifico acompanhantes terapêuticos que atuam
                            com pessoas neurodivergentes. Para realização do experimento foi feita uma análise
                            do discurso, implementando o Método Reno no discurso verbal sobre situações de
                            análise funcional. São investigados os seguintes parâmetros: a) avaliar os
                            componentes contingenciais que produziram os comportamentos verbais e classificálos de acordo com o Método Reno; e b) avaliar as diferenças e as semelhanças do
                            comportamento explicativo de acompanhantes terapêuticos Psicólogos e
                            acompanhantes terapêuticos com outras formações. A pesquisa foi realizada em duas
                            etapas a primeira de revisão de bibliografia para embasamento, a segunda a aplicação
                            do experimento, que por sua vez se apresenta dividida em: a) coleta de dados onde
                            as verbalizações ocorriam diante de um estimulo antecedente organizado pela
                            pesquisadora, permitindo analisar as fontes de controle do comportamento verbal; e
                            b) a autoanálise do comportamento da cientista. Participaram do experimento dez
                            participantes, sendo 5 acompanhantes terapêuticos psicólogos e 5 acompanhantes
                            terapêuticos com outras formações. As entrevistas foram gravadas, transcritas e,
                            posteriormente, criadas categorias de análise a partir de verbalizações. A partir de tais
                            análises, foram realizadas comparações entre os grupos, sendo que os dois grupos
                            emitiram respostas verbais das mesmas categorias, havendo também variações entre
                            categorias e frequências de respostas diante de estímulos antecedentes. A pesquisa
                            trouxe contribuições de forma indireta para o comportamento verbal do psicólogo e
                            análise do comportamento, do impacto do treinamento e da formação do profissional
                            acompanhante terapêutico. Em suma, as variáveis apontadas na pesquisa e histórico
                            de cada pessoa podem implicar na frequência de respostas mentalistas.
                            Palavras-chaves: Comportamento verbal. Análise do Comportamento. Acompanhante terapêutico
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                            Excluídos pelo consumo ou consumidos pela exclusão? Uma reflexão sobre a diretriz da reinserção social na atenção psicossocial em álcool e drogas no SUS
                            Curso Mestrado em Psicologia
                            Tipo Dissertação
                            Data 03/08/2023
                            Área PSICOLOGIA
                            Orientador(es)
                            • Renata Bellenzani
                            Coorientador(es)
                              Orientando(s)
                              • Daniela Dias Medrado Rogério
                              Banca
                              • Alberto Mesaque Martins
                              • Jeferson Camargo Taborda
                              • Renata Bellenzani
                              • ROGERIO MIRANDA GOMES
                              Resumo A garantia de direitos e o modelo de atenção territorial comunitário, não segregador, foi materializado na Lei 10.216/2001 abarcando as pessoas em uso abusivo e dependência de substâncias entendendo que o sofrimento psíquico pode estar na base dessas condutas, bem como se produzir no decorrer dos prejuízos à saúde, relacionais e sociais consequentes deste abuso. O estudo teve como objetivo analisar a diretriz de reinserção social, legalmente instituída na atenção em saúde/saúde mental às pessoas em sofrimento psíquico e com problemas decorrentes do abuso de álcool e outras drogas, resgatando o histórico desta diretriz, buscando identificar e analisar suas definições e conceituações. A pesquisa é do tipo teórico conceitual que permite acrescentar a dimensão histórica à compreensão do social relacionada às fases das políticas. Foram analisados atos normativos (decretos, portarias, leis e resoluções), incluídos de saúde mental e política de drogas, identificando-se neles a menção à reinserção social, buscando possíveis definições e modos de atuação visando tal finalidade. É tecida uma discussão crítica sobre tal diretriz apoiando-se em formulações e categorias teóricas de orientação marxista tais como: exército industrial de reserva, no modo de produção capitalista, entendendo o consumo substâncias como parte do processo de reprodução individual e social, a questão social/pauperismo, o paradigma inclusão-exclusão e a determinação social do processo saúde-doença. A dinâmica do capital, que compõe a dinâmica do capitalismo, leva a uma precarização do emprego e ao desemprego e, consequentemente, a uma classe de trabalhadores sem trabalho, ditos excluídos. Esse “mundo social dos excluídos” não é criado ou escolhido por eles, mas uma condição pela qual são empurrados por circunstâncias para além de seu controle e para além do consumo das drogas.
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                              As narrativas de pessoas idosas em situação de vulnerabilidade psicossocial na Pandemia COVID-19
                              Curso Mestrado em Psicologia
                              Tipo Dissertação
                              Data 05/07/2023
                              Área PSICOLOGIA
                              Orientador(es)
                              • Jacy Correa Curado
                              Coorientador(es)
                                Orientando(s)
                                • Fernanda Meira dos Santos
                                Banca
                                • Dóris Firmino Rabelo
                                • Jacy Correa Curado
                                • Sandra Fogaca Rosa Ribeiro
                                • Zaira de Andrade Lopes
                                Resumo Pessoas idosas foram as mais afetadas pela pandemia da Covid-19 e tiveram suas vulnerabilidades ampliadas. Sofreram as consequências das regras de biossegurança, da letalidade da doença, além das desigualdades de raça, classe social, gênero e idade. Considerando esse contexto, a pesquisa “As narrativas de pessoas idosas em situação de vulnerabilidade psicossocial na Pandemia Covid-19” objetivou analisar as narrativas de pessoas idosas atendidas pelo Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI) a fim de conhecer os sentidos da velhice e do envelhecimento no contexto de vulnerabilidade psicossocial na pandemia Covid-19. Este serviço é ofertado no Centro de Referência Especializado de Assistência Social “Nely Baís Martins” (CREAS Sul/ Campo Grande - MS), órgão estatal que pertence à Proteção Social Especial de Média Complexidade. Utilizamos os pressupostos do Construcionismo Social em diálogo com os estudos de envelhecimento e, para as entrevistas escolhemos o roteiro semiestruturado de Entrevista Narrativa. Ao final, entendemos a velhice como uma construção social que produz narrativas sobre o envelhecer. Pessoas envelhecem no contexto brasileiro em meio a desvantagens sistemáticas, sendo que a exposição à riscos, como pobreza, traumas, violência e privação de direitos civis básicos, desencadeia o sofrimento psíquico e instaura a vulnerabilidade psicossocial. Entendemos que, discutir a velhice precisa ser um esforço coletivo, impulsionando novas construções para o envelhecer e futuros possíveis.
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                                Análise de gênero e raça em documentos educacionais de domínio público
                                Curso Mestrado em Psicologia
                                Tipo Dissertação
                                Data 04/07/2023
                                Área PSICOLOGIA
                                Orientador(es)
                                • Jacy Correa Curado
                                Coorientador(es)
                                  Orientando(s)
                                  • Joel Pereira Cirqueira
                                  Banca
                                  • Eugenia Portela de Siqueira Marques
                                  • Jacy Correa Curado
                                  • Sandra Fogaca Rosa Ribeiro
                                  • Zaira de Andrade Lopes
                                  Resumo A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é uma diretriz curricular que se tornou
                                  lei em 2022 para a educação básica no Brasil. Devido à relevância deste
                                  documento, esta pesquisa buscou entender a forma como as questões de gênero e
                                  raça são abordadas nele, bem como defender as propriedades performativas
                                  presentes do documento. A BNCC emergiu em um período sensível da história
                                  brasileira, logo após o golpe de 2016, as eleições presidenciais de 2018 e a
                                  emergência da polêmica "ideologia de gênero". Nesse contexto, a presente pesquisa
                                  adotou uma perspectiva construcionista social para analisar como gênero e raça são
                                  representados nas três versões da BNCC do Ensino Médio de 2015, 2016 e 2017. A
                                  pesquisa foi conduzida com uma abordagem qualitativa, baseada em uma análise
                                  crítica da BNCC. Além disso, a análise histórica dos avanços e retrocessos das
                                  políticas públicas de educação em relação a gênero e raça foi apresentada como
                                  parte do estudo. As três versões da BNCC foram analisadas, e observou-se que a
                                  BNCC de 2015 e 2016 abordaram com mais frequência as questões de gênero e
                                  raça. Por outro lado, a versão de 2017 apresentou uma queda na inclusão dessas
                                  temáticas, com lacunas e um apagamento das categorias de gênero e raça nas
                                  habilidades e fundamentação teórica do documento.
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                                  Gênero e cárcere: As Representações Sociais de mulheres sobre as visitas íntimas em penitenciárias femininas
                                  Curso Mestrado em Psicologia
                                  Tipo Dissertação
                                  Data 01/07/2023
                                  Área PSICOLOGIA
                                  Orientador(es)
                                  • Zaira de Andrade Lopes
                                  Coorientador(es)
                                    Orientando(s)
                                    • Beatryz Andrade Lira
                                    Banca
                                    • Alberto Mesaque Martins
                                    • Jeferson Camargo Taborda
                                    • Vanessa Andrade de Barros
                                    • Zaira de Andrade Lopes
                                    Resumo Estudos acadêmicos e movimentos sociais revelam as demandas da população feminina encarcerada no Brasil e nos relata o que ocorre entre muros e grades, que, na maioria das vezes, são acontecimentos invisíveis para grande parte da sociedade. Visando compreender os elementos que envolvem mulher, sexualidade, encarceramento e as relações de gênero, este estudo tem como objetivo analisar as Representações Sociais (RS) das mulheres em regime privativo de liberdade sobre as visitas íntimas no presídio feminino. O estudo tem como fundamentação a Teoria das Representações Sociais (TRS), desenvolvida por Serge Moscovici e os estudos de gênero, tendo como eixo a categoria de análise gênero. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa descritiva e de natureza qualitativa. A coleta das informações foi realizada por meio de entrevistas individuais seguindo um roteiro semiestruturado e o uso do jogo de evocação de palavras como estratégia projetiva, buscando revelar as RS das participantes da pesquisa, com os termos indutivos/estímulo: prisão, detenta, visita íntima, visita e eu mesma. Para o tratamento das informações adquiridas nas entrevistas e no jogo de evocação de palavras, foi utilizado a técnica de Análise de Conteúdo de Laurence Bardin, para organização dos núcleos e categorias de análise, visando analisar o sentido das comunicações na descrição dos conteúdos manifestos coletados. As entrevistas foram realizadas com 12 (doze) mulheres que já vivenciaram a privação de liberdade em regime fechado. A localização das participantes ocorreu a partir de uma busca ativa em redes sociais, indicações de movimentos sociais, pastorais, movimentos de famílias e no Estabelecimento Penal Feminino. Os conteúdos foram organizados em três eixos temáticos: Sexualidade das mulheres encarceradas, Regime fechado e os sentimentos expressos e Violências vividas. Estes eixos tornaram possível a visualização das RS das mulheres participantes do estuco acerca da visita íntima. Dessa forma, foi possível identificar que as mulheres em regime privativo de liberdade vivem uma ambiguidade de sentimentos a respeito da sexualidade, o que, a partir das RS, surgiram, principalmente, como vergonha, sofrimento, negação/bloqueio da sexualidade e frustração. Já as relações familiares revelaram a importância do suporte familiar e da função maternal como ferramenta de superação, manifestando o confronto entre esperança e realidade, as barreiras estruturais no universo feminino bem como a estigmatização presente no cárcere e a defasagem das políticas públicas. Em relação às violências vividas, revelou-se a punição dupla a partir da intimidade, a assimetria entre feminino e masculino presente no regime privativo de liberdade e a humilhação, que se manifestam a partir do “castigo da casa” com a submissão feminina à margem dos delitos e o ciclo do cárcere no universo feminino.

                                    Palavras-chave: Mulher. Penitenciária. Gênero. Representações Sociais.
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                                    A morte e os ambientes de terapia intensiva: as representações sociais para um grupo de profissionais de saúde
                                    Curso Mestrado em Psicologia
                                    Tipo Dissertação
                                    Data 30/06/2023
                                    Área PSICOLOGIA
                                    Orientador(es)
                                    • Zaira de Andrade Lopes
                                    Coorientador(es)
                                      Orientando(s)
                                      • Brenda de Lima Pinto da Silva
                                      Banca
                                      • Adriano Roberto Afonso do Nascimento
                                      • Alberto Mesaque Martins
                                      • Renata Bellenzani
                                      • Zaira de Andrade Lopes
                                      Resumo Este estudo se trata de uma investigação sobre as representações sociais de morte para profissionais de saúde atuantes em ambientes de terapia intensiva, buscando compreender as condições que organizam e compõem as representações sobre morte para essas pessoas. Depreende-se que a ênfase na cura e nos procedimentos técnicos, presentes na formação e na atuação em saúde, pode dificultar a reflexão sobre a dimensão subjetiva da finitude humana, permeando as práticas profissionais, no que tange às experiências com a morte, assim como a experiência de cuidado por pessoas em terminalidade. Para elucidar sobre como os profissionais de saúde interagem com a morte e a finitude humana em seu cotidiano, nesta pesquisa foram conduzidas uma investigação e uma discussão sobre a forma como a morte, enquanto um objeto de representação social, é apreendida por esse grupo. O estudo teve como objetivo analisar as representações sociais de morte para profissionais de saúde que compõem equipes multiprofissionais de ambientes de terapia intensiva. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa, na qual os dados foram produzidos por meio de roteiros de entrevistas semiestruturadas e de uma ferramenta de associação de palavras. Foram realizadas cinco entrevistas, com profissionais de fisioterapia, enfermagem e psicologia que atuam em ambientes de terapia intensiva. Como metodologia de organização e análise dos dados, foi utilizada a técnica de Análise de Conteúdo, de modo a elucidar categorias de análise. A análise das categorias, buscando indicativos de representações sociais, foi fundamentada na Teoria das Representações Sociais, de Serge Moscovici. Os resultados demonstraram, para o grupo investigado, a representação social de morte como uma passagem permeada por sofrimento e pela necessidade de construção de modos dignos de morrer. Considera-se pertencente ao mesmo sistema de RS a representação social do CTI/UTI como um ambiente complexo e de sofrimento, ambas conectadas à representação social da atuação como um árduo fazer profissional, que, diante dos intensos desafios de tal prática, objetiva-se numa atitude de afastamento do profissional em relação à pessoa atendida, denotando a tentativa de se proteger do sofrimento. Salienta-se a notável interferência das experiências vivenciadas durante a pandemia de Covid-19, visto que a pesquisa se deu durante a pandemia. Denota-se que a morte, como objeto de representação social, desafia o saber científico, impulsionando os sujeitos a ancorarem as formas como explicam os fenômenos e organizam suas práticas também em outros saberes, como o religioso. Considera-se que estudos dessa natureza auxiliem na integração à prática de elementos que delineiam as representações sociais e, portanto, as formas como tais profissionais se posicionam diante da terminalidade.
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                                      O isolamento social e o trabalho remoto na pandemia de covid-19 em uma universidade pública na região Centro-Oeste do Brasil: o trabalho feminino representado por elas
                                      Curso Mestrado em Psicologia
                                      Tipo Dissertação
                                      Data 27/06/2023
                                      Área PSICOLOGIA
                                      Orientador(es)
                                      • Zaira de Andrade Lopes
                                      Coorientador(es)
                                        Orientando(s)
                                        • Katiuscia Kintschev
                                        Banca
                                        • Alexandra Ayach Anache
                                        • Ana Claudia dos Santos
                                        • Josiane Peres Goncalves
                                        • Zaira de Andrade Lopes
                                        Resumo A mulher, em decorrência da estrutura social alicerçada na ideologia patriarcal, sempre esteve em desigualdades de condições de trabalho, evidenciadas principalmente pelos estudos sobre a sobrecarga do trabalho feminino e a sobreposição do trabalho doméstico e do trabalho no âmbito público. Considerando a eclosão da pandemia de COVID-19 entre os anos de 2020 e 2022, questiona-se quais as implicações nas representações sociais sobre as condições da jornada de trabalho das mulheres, resultantes das medidas de biossegurança de isolamento social e do trabalho remoto, para um grupo de servidoras de uma universidade pública. Deste modo, o presente estudo busca analisar as representações sociais sobre o trabalho doméstico e o trabalho público remunerado durante a pandemia de COVID-19, para um grupo de servidoras. Trata-se de uma investigação fundamentada na Teoria das Representações Sociais, em articulação com os estudos feministas e de gênero sobre o trabalho feminino. É um estudo descritivo, de análise qualitativa, realizado a partir do banco de dados do "Projeto Corona e Saúde Mental - UFMS no Centro Oeste". A coleta dos dados ocorreu por meio de entrevistas individuais, seguindo um roteiro semiestruturado, com as participantes da primeira etapa da pesquisa mencionada. Para a organização dos dados, utilizou-se a técnica da análise de conteúdo, tendo como referência L. Bardin, com o objetivo de identificar os elementos significativos das Representações Sociais presentes nas entrevistas realizadas com as participantes, que eram mulheres trabalhadoras durante o período de distanciamento social. Os resultados indicam a existência de uma dualidade antagonista, visto que, embora as entrevistadas afirmem não haver diferenciação entre trabalho masculino e feminino, em um segundo momento trazem à tona a questão da obrigatoriedade feminina do trato, cuidado e manutenção do lar e da família. Dessa forma, há no discurso e nas ações das mulheres estudadas a perpetuação da posição da mulher sobrecarregada, que acumula os papéis de "dona do lar" e "mulher de sucesso profissional", mesmo em um contexto de convivência de um casal sem filhos, no qual
                                        uma divisão mais equilibrada do trabalho invisível (afazeres domésticos) poderia ser realizada entre os indivíduos residentes e isolados no domicílio durante o período de reclusão social.
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