Mestrado em Psicologia

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Trabalhos

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TRABALHO Ações
Um diálogo auto etnográfico psicossocial sobre Escrevivências e saúde mental de mulheres negras
Curso Mestrado em Psicologia
Tipo Dissertação
Data 21/03/2025
Área PSICOLOGIA
Orientador(es)
  • Jacy Correa Curado
Coorientador(es)
    Orientando(s)
    • Maria Carolina Ferreira dos Santos
    Banca
    • Cláudia Cristina Ferreira Carvalho
    • Jacy Correa Curado
    • Jeferson Camargo Taborda
    • Thaize de Souza Reis
    Resumo Essa dissertação de mestrado é fruto de um posicionamento político que defende que a questão racial e as narrativas de mulheres negras devem ser inseridas na Psicologia Social como forma de produção de conhecimento e saúde mental. Assim, além de contribuir para uma Psicologia antirracista, também é pensado em como a saúde mental de mulheres negras pode ser fortalecida a partir do ato de escrever. O interesse pela interlocução entre literatura, negritude e a ciência Psicológica se dá pela trajetória da pesquisadora: mulher negra, bissexual e escritora, que participa na militância do movimento negro, leitora assídua da literatura afro brasileira e poeta. Diante disso, ancorados em uma ótica interseccional, nos debruçamos no conceito de Escrevivência, cunhado por Conceição Evaristo para compreender as experiências de mulheres negras no Brasil. É, então, uma escrita engendrada, racializada e política. Para o delineamento da pesquisa, foi utilizado a abordagem da Psicologia Social construcionista como repertório teórico metodológico, visto que promove uma visão crítica sobre a produção de conhecimento, é anti universalista, aposta na linguagem como forma de criar realidades e compreende os fenômenos humanos e sociais como resultado da cultura. A presente dissertação é também, um relato auto etnográfico; a auto etnografia é um método muito utilizado nas Ciências Humanas, em que considera as experiências da pessoa pesquisadora como ferramenta de produção de conhecimento e produto social. Como objetivo geral da pesquisa temos : 1) Analisar se a Escrevivência pode ser um fator de produção de saúde mental para mulheres negras, e como objetivos específicos : 2) Discorrer sobre a literatura feminina negra a partir de uma ótica psicossocial, 3) Contribuir com novas formas de pensar a produção de conhecimento e saúde mental e 4) Levantar o questionamento epistemológico e construibir para a construção de uma Psicologia antirracista. Na exposição das várias potencialidades da Escrevivência, reconhecemos a influência dos elementos africanos na linguagem e na forma de construção de vida, por meio do Pretuguês de Lélia Gonzales, a filosofia do Ubuntu e sankofa, que reconhece a importância da coletividade para a vivência negra, e a necessidade de olhar para o passado como pista para construção de futuro, enfatizando assim a importância do aquilombar a partir de um relato autoetnográfico.
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    O mito do herói e sua função social: um estudo psicanalítico
    Curso Mestrado em Psicologia
    Tipo Dissertação
    Data 28/02/2025
    Área PSICOLOGIA
    Orientador(es)
    • Weiny Cesar Freitas Pinto
    Coorientador(es)
      Orientando(s)
      • Ana Tercia Rosa Alves
      Banca
      • Caio Padovan Soares de Souza
      • Janaina Namba
      • Lucas Ferraz Cordova
      • Weiny Cesar Freitas Pinto
      Resumo A Psicanálise procura compreender o ser humano e a sociedade, vendo na Mitologia símbolos culturais que representam a ligação entre o inconsciente e o consciente. A união da Psicanálise com a Mitologia possibilita diversas reflexões, e sabe-se que os mitos são importantes para o homem tanto como indivíduo, quanto como sociedade. Otto Rank foi um dos primeiros pesquisadores a estudar Mitologia comparada por meio da aplicação do método psicanalítico, analisando os estereótipos de lendas de heróis e comparando os sonhos cotidianos com os mitos clássicos. Desse modo, observou em seus estudos que narrativas míticas de diferentes civilizações possuíam semelhanças entre si, que carregavam desejos e manifestações da história humana. Levando esse contexto em consideração, a presente pesquisa propõe-se a investigar qual é a função social do mito do herói através do método da Psicanálise aplicada, baseada nos conceitos teóricos desenvolvidos por Otto Rank. Em virtude da expressiva quantidade de heróis mitológicos existentes, foi necessário selecionar um personagem para ilustrar a figura do herói mítico, portanto, tendo sido escolhido para esta pesquisa o personagem Belerofonte, um dos heróis mais reverenciados da mitologia grega, cujos símbolos mitológicos permanecem populares no imaginário contemporâneo. Essa pesquisa justifica-se devido à inequívoca contribuição do trabalho de Rank para a Psicanálise aplicada aos estudos de mitologia, auxiliando psicanalistas a compreenderem melhor as culturas e sociedades. A hipótese a ser sustentada reside no fato de que a principal função do mito do herói é representar os desejos e anseios da sociedade, ilustrando, desse modo, as manifestações do inconsciente.
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      Entre cuidados e contradições: representações sociais de trabalhadoras e trabalhadores sobre uma unidade de acolhimento
      Curso Mestrado em Psicologia
      Tipo Dissertação
      Data 25/02/2025
      Área PSICOLOGIA
      Orientador(es)
      • Zaira de Andrade Lopes
      Coorientador(es)
        Orientando(s)
        • Vanessa Duarte
        Banca
        • Alberto Mesaque Martins
        • Alexandra Ayach Anache
        • Luciane Pinho de Almeida
        • Zaira de Andrade Lopes
        Resumo A pesquisa teve como objetivo analisar as representações sociais (RS) dos trabalhadores e das trabalhadoras de uma unidade de acolhimento institucional no município de Campo Grande (MS) acerca da instituição na qual atuam. Para tanto, adotou-se como fundamentação teórica a Teoria das Representações Sociais (TRS), que permite compreender como os indivíduos constroem e compartilham significados sobre a realidade em que vivem. Trata-se de um estudo qualitativo, uma vez que essa abordagem metodológica permite captar a complexidade e a subjetividade inerentes às representações sociais, considerando a dinâmica sujeito-objeto na construção do conhecimento. Para a produção de informações e dados, foram utilizados dois a entrevistas individuais semiestruturadas, que possibilitaram um aprofundamento das percepções individuais, e rodas de conversa, que favoreceram a expressão coletiva e a interação grupal. A organização dos resultados foi realizada por meio da técnica da Análise de Conteúdo de Bardin. Para a construção da análise de dados foi utilizado a TRS um procedimento sistemático que permitiu categorizar e interpretar os discursos, identificando núcleos temáticos e contradições presentes nas falas dos participantes. Os resultados revelaram representações sociais ambíguas e paradoxais em relação à unidade de acolhimento, expressas nas seguintes categorias: 1) Acolher e Vigiar, 2) Caridade, 3) Familiar, 4) Difícil, mas dá prazer, e 5) Culpada. Por um lado, os trabalhadores idealizam a instituição como um espaço acolhedor, protetor e afetivo, aproximando-a de uma concepção familiar e humanizada. Por outro, descrevem práticas institucionais que remetem a mecanismos de controle, disciplina e vigilância, assemelhando-se a estruturas prisionais. Essa dualidade evidencia uma tensão entre o discurso idealizado e a realidade operacional, na qual coexistem percepções conflitantes sobre o papel da instituição. Tal contradição pode refletir, por exemplo, a dificuldade em conciliar o trabalho da assistência social com as limitações estruturais e organizacionais do serviço, além de possíveis influências de estereótipos sociais sobre populações acolhidas. O estudo contribui, assim, para uma reflexão crítica sobre as práticas institucionais, sugerindo a necessidade de maior alinhamento entre os princípios teóricos do acolhimento e as vivências cotidianas dos trabalhadores, de modo a promover uma atuação mais coerente e emancipatória.
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        REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA MULHER UNIVERSITÁRIA SOBRE A VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA EM SUAS RELAÇÕES AFETIVAS NO ÂMBITO DA CIDADE DE CAMPO GRANDE - MS
        Curso Mestrado em Psicologia
        Tipo Dissertação
        Data 24/02/2025
        Área PSICOLOGIA
        Orientador(es)
        • Zaira de Andrade Lopes
        Coorientador(es)
          Orientando(s)
          • Ana Paula Vicentini Boni
          Banca
          • Ana Claudia dos Santos
          • Constantina Xavier Filha
          • Josiane Peres Goncalves
          • Zaira de Andrade Lopes
          Resumo As marcas de um persistente sistema patriarcal ainda são muito presentes na sociedade atual, mormente quando se analisam parâmetros socioculturais que, de alguma forma, ainda balizam as desigualdades de gênero. Nesse contexto, a luta das mulheres tem sido ininterrupta em busca de uma sociedade livre de preconceitos e discriminações. Dentre as diferentes formas de violência, como a física, sexual, patrimonial e moral encontra-se a violência psicológica, a mais difícil de ser percebida, uma vez que as mulheres possuem dificuldade de perceber suas nuances e de se reconhecer como vítimas nas mais variadas situações. A violência psicológica é uma forma de violação contra as mulheres nas relações de gênero, uma vez que é contínua e gradativa, por se tratar de uma manifestação minuciosa de abusos que afetam direta ou indiretamente a sua psique, provocando-lhe contínuos prejuízos. Tendo em vista o exposto, esta pesquisa se propõe a investigar a violência de gênero dirigida à mulher, tomando como objeto a de viés psicológica, com o objetivo de analisar as representações sociais de estudantes universitárias sobre ocorrência dessa forma de violência no âmbito íntimo dos relacionamentos afetivos, nos limites das universidades situadas no município de Campo Grande – MS. Trata-se de uma pesquisa de intenção explicativa, de caráter qualitativo, com base em dois grupos focais compostos por 9 participantes ao todo, sendo estes estudantes das universidades de Campo Grande - MS. Como elemento disparador dos grupos focais foram utilizados uma notícia e um vídeo sobre violência psicológica, veiculados na imprensa online. Após a finalização dos grupos focais, utilizou-se o método de análise de conteúdo, de acordo com L. Bardin (2011); para organização dos discursos e para a análise e discussão fundamentou-se com a Teoria das Representações Sociais (1961) sistematizada por Moscovici e Jodelet (1989). Concluiu-se que as estudantes universitárias constroem representações sociais da violência psicológica em relações afetivas baseadas em papéis de gênero; porquanto as universitárias narraram diversas situações de violência psicológica, frequentemente envolvendo amigas, conhecidos ou familiares, em vez de suas vivências. Elas reconhecem a origem cultural dessa violência, enraizada nos papéis de gênero definidos pela família. Além disso, essas mulheres possuem um repertório informativo ampliado sobre gênero, adquirido tanto no campus da universidade quanto em plataformas online.
          Palavras-chave: Representações Sociais; Violência de Gênero; Violência Psicológica; Estudantes Universitárias.
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          Representações Sociais de Famílias para Profissionais do SUAS
          Curso Mestrado em Psicologia
          Tipo Dissertação
          Data 17/02/2025
          Área PSICOLOGIA
          Orientador(es)
          • Zaira de Andrade Lopes
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • Ana Maria de Oliveira Espindola
            Banca
            • Ana Claudia dos Santos
            • Josiane Peres Goncalves
            • Luciane Pinho de Almeida
            • Zaira de Andrade Lopes
            Resumo A Política Nacional de Assistência Social (PNAS) dispõe em seu escopo de objetivos que visam auxiliar aquelas/aqueles que se encontram em condições de vulnerabilidade social, por meio das suas funções de inclusão, prevenção, promoção e proteção. Para tanto, estabelece no Sistema Único de Assistência Social (SUAS) o eixo da matricialidade sociofamiliar como um de seus princípios fundamentais, destacando a relevância da família como base essencial para a eficácia dos programas, projetos e serviços. Na assistência social, é constituída uma relação de interdependência entre os dispositivos legais, institucionais e as práticas desenvolvidas por profissionais que executam esta política. As atribuições das/os psicólogas/os e assistentes sociais no SUAS são subsidiadas por um arcabouço teórico, operativo e legal, mas também se fundamentam em discursos e decisões que refletem a adoção de seus valores. Nesse sentido, emerge o questionamento da pesquisa, que indaga: Quais são as representações sociais sobre família para psicólogas, psicólogos e assistentes sociais do SUAS? A pesquisa teve como objetivo analisar as representações sociais de assistentes sociais e psicólogas/os dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) de Mato Grosso do Sul – MS sobre família. Para este fim, toma-se como base teórica a Teoria das Representações Sociais (TRS), formulada por Moscovici e colaboradores, tendo como referência o caráter dinâmico das representações sociais e sua função na orientação de práticas sociais. O estudo realizou, ainda, interlocução com autoras e autores que discutem as políticas públicas de assistência social. Caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa, que utiliza como instrumento de coleta de dados as entrevistas semiestruturadas, organizadas e categorizadas. Utilizando a análise de conteúdo proposta por Bardin, analisados com base nos referenciais teóricos da TRS e demais autores. Os resultados revelaram uma tensão entre a manutenção de representações hegemônicas e a tentativa de ressignificação inclusiva dessas concepções. Por um lado, os profissionais reconhecem a pluralidade dos arranjos familiares e a necessidade de desconstruir modelos normativos. Por outro lado, persistem estigmas e preconceitos que categorizam famílias atendidas como desvios de um padrão idealizado. Os profissionais também atribuem sentidos variados às famílias, mesclando reconhecimento da diversidade e reforço de estereótipos. Aspectos como valores pessoais e religiosos foram identificados como influências significativas, constituindo práticas e representações sobre as famílias. Representações emancipatórias, que valorizam a autonomia e a pluralidade das configurações familiares, contrastam com visões conservadoras e familistas ainda prevalentes. A pesquisa evidenciou que a assistência social opera em um contexto de desigualdades estruturais e que os profissionais enfrentam desafios para equilibrar demandas das famílias e limitações institucionais. Apesar das dificuldades, há esforços crescentes para adotar práticas mais inclusivas e colaborativas, promovendo direitos e justiça social. Conclui-se que a Teoria das Representações Sociais foi uma ferramenta analítica eficaz, oferecendo um entendimento aprofundado das práticas profissionais e dos desafios enfrentados no contexto da assistência social. Contudo, o estudo destaca a necessidade de futuras pesquisas para consolidar práticas mais inclusivas e teoricamente fundamentadas no campo socioassistencial.

            Palavras-chave: Representações Sociais; Assistência Social; Sistema Único de Assistência Social/ SUAS; Família.
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            OS ATOS DE 8 DE JANEIRO NA NARRATIVA DE UMA MÍDIA CONSERVADORA: CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA SOCIAL
            Curso Mestrado em Psicologia
            Tipo Dissertação
            Data 27/01/2025
            Área PSICOLOGIA
            Orientador(es)
            • Alberto Mesaque Martins
            Coorientador(es)
            • Thiago Mikhael Silva
            Orientando(s)
            • Douglas Édio Maurer Teixeira
            Banca
            • Alberto Mesaque Martins
            • Ana Karla Silva Soares
            • Thiago Mikhael Silva
            • Zaira de Andrade Lopes
            Resumo O evento ocorrido em 8 de janeiro de 2023, caracterizado pela invasão da Praça dos Três Poderes em Brasília por simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro, constitui um momento importante na política brasileira. Durante essa manifestação, houve a depredação de prédios públicos, incluindo o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional. Os invasores clamaram pela tomada do poder e pela destituição do governo eleito em 2022, alegando fraude nas eleições. Baseado na Análise de Conteúdo de Bardin, este estudo tem como objetivo investigar as narrativas sobre os atos de 8 de janeiro em uma mídia jornalística, representada neste caso pelo site de notícias online Jovem Pan. Por meio de descritores-chave, foram selecionadas 768 matérias, das quais, após a aplicação de critérios de exclusão, constituiu-se um corpus de 472 matérias. Após a leitura das matérias, os dados referentes a elas foram analisados e categorizados. Os resultados revelaram que o meio de comunicação estudado apresenta em suas mensagens ao abordar os eventos, uma narrativa que reflete seus valores e posicionamentos ideológicos. As considerações finais apontam as limitações decorrentes da escassez de fontes sobre um evento recente, com produção acadêmica ainda incipiente, e sugerem que novos estudos podem ser realizados a partir deste, com foco nas investigações que analisem as verbalizações, reações e discursos dos participantes registrados em vídeos ou outras mídias sobre o 8 de janeiro.
            Palavras-chave: Mídia, 8 de Janeiro, Jovem Pan, Psicologia Social.
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            Representações sociais da autolesão para jovens escolares de Campo Grande/MS: o corpo em questão
            Curso Mestrado em Psicologia
            Tipo Dissertação
            Data 20/12/2024
            Área PSICOLOGIA
            Orientador(es)
            • Alberto Mesaque Martins
            Coorientador(es)
              Orientando(s)
              • Amanda Ferreira de Andrea
              Banca
              • Alberto Mesaque Martins
              • Alexandra Ayach Anache
              • Hugo Monteiro Ferreira
              • Maria Isabel Antunes Rocha
              Resumo Na esteira das práticas corporais, a ação de provocar marcas intencionais no próprio corpo com o objetivo de promover alívio do sofrimento psicológico é entendida como um fenômeno social e contemporâneo. A autolesão, uma das terminologias utilizadas para nomear esse fenômeno, a qual será adotada nesse trabalho, apresenta duas características centrais: as lesões não possuem intenção suicida e não são validadas socialmente. Diversos autores consideram que a autolesão é praticada principalmente por jovens, sendo a prática, por vezes, reforçada entre os adolescentes. Observa-se, dentre outros aspectos, que a hiperconectividade, marcante dos dias atuais tem refletido na subjetividade dos jovens, principalmente nas meninas e mulheres, na sua relação com seus corpos, saúde e bem-estar, sendo impactados pelas normativas de beleza e moda que circulam socialmente, na busca do corpo ideal, magro e saudável. O corpo aparece, para os jovens, como objeto de importância social. Dito isso, essa pesquisa teve como objetivo geral analisar as representações sociais de jovens escolares em relação a autolesão. Nos objetivos específicos, buscou-se analisar as atitudes, comportamentos e hábitos relacionados às práticas corporais ou cuidados com o corpo entre os jovens e analisar os aspectos estruturais das representações sociais de autolesão para os jovens participantes da pesquisa. Para o desenvolvimento da pesquisa, utilizou-se da perspectiva teórica da Teoria das Representações Sociais, por meio da abordagem estrutural do Núcleo Central. A pesquisa foi do tipo qualitativa, realizada por meio da aplicação de um formulário online, composto pela Técnica de Associação Livre de Palavras (TALP), além de questões sobre caracterização sociodemográfica, percepção de saúde mental, satisfação corporal, práticas corporais e experiências de autolesão. A aplicação se deu em três escolas públicas da rede estadual de ensino, localizadas no município de Campo Grande – Mato Grosso do Sul. Participaram 83 jovens, sendo uma maior parte meninas e a mesma proporção de jovens brancos e negros. Por meio dos resultados, foi possível constatar que as meninas são as que mais indicam insatisfação corporal e autopercepção negativa da saúde mental, em que a internet parece ter significativa relação, uma vez que a maioria dos jovens relatou uso constante das redes sociais, relação também apontada por outras pesquisas. Em relação às representações sociais (RS) da autolesão para este grupo de jovens, o núcleo central é composto pelos elementos dor e corte, enquanto elementos organizativos e normativos. O sistema periférico está organizado por categorias das causas para a autolesão, das funções e dos métodos e instrumentos, significados a partir do núcleo central. Por fim, constatou-se a necessidade de construir espaços de expressão e acolhimento à juventude, possibilitando outros meios de assimilação e ressignificação dos sofrimentos vivenciados.
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              A infração sexual e as (im)possibilidades de reintegração social de adolescentes: cartografias de uma psicóloga na socioeducação
              Curso Mestrado em Psicologia
              Tipo Dissertação
              Data 18/12/2024
              Área PSICOLOGIA
              Orientador(es)
              • Jeferson Camargo Taborda
              Coorientador(es)
                Orientando(s)
                • Luiza Regina Campos Dalpiaz
                Banca
                • Ana Claudia dos Santos
                • Cledione Jacinto de Freitas
                • Conrado Neves Sathler
                • Jeferson Camargo Taborda
                Resumo Este trabalho problematiza as possibilidades e impossibilidades no processo de reintegração de adolescentes autores de infrações sexuais, incluindo casos de estupro de vulnerável, no contexto das medidas socioeducativas em meio aberto. A partir de minha experiência profissional como psicóloga no Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida e Prestação de Serviços à Comunidade, identifiquei lacunas nas práticas atuais, como a automatização das intervenções, a falta de engajamento comunitário e a pouca valorização de marcadores sociais, especialmente os relacionados às questões de gênero. Utilizando o método da Cartografia Social de Deleuze e Guattari, a pesquisa foi desenhada em três seções complementares e dois artigos científicos. As seções abordam a relação entre juventude, medidas socioeducativas e o ato infracional de estupro de vulnerável, destacando a importância dos estudos de gênero e problematizando a escassez de pesquisas sobre a temática no Estado de Mato Grosso do Sul. O primeiro artigo, de natureza teórica, analisa o atravessamento dos dispositivos de gênero e do patriarcado no ato infracional de estupro de vulnerável, bem como as possibilidades de atuação da Psicologia nesse contexto, propondo intervenções que desnaturalizem e despatologizem tais infrações. O segundo artigo contou com a autoetnografia performativa crítica, onde utilizo os conceitos foucaultianos de práticas confessionais enquanto práticas discursivas, regimes de verdade, além do conceito de tanatopolítica de Agamben, para discutir os desafios éticos e políticos da reintegração desses adolescentes. Ao problematizar as práticas socioeducativas vigentes, a pesquisa busca fomentar uma atuação mais humanizada e reflexiva, alinhada à crítica de Baratta e ao questionamento do modelo ressocializador proposto pelo Sinase. Assim, pretende-se contribuir para o debate sobre a reintegração desses jovens, enfatizando a necessidade de práticas inclusivas e dialógicas em um contexto permeado por relações de poder e marginalização.
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                Socioeducação e preconceito: uma análise à luz da teoria crítica
                Curso Mestrado em Psicologia
                Tipo Artigo Científico
                Data 06/12/2024
                Área PSICOLOGIA
                Orientador(es)
                • Branca Maria de Meneses
                Coorientador(es)
                  Orientando(s)
                  • Vanessa Ramon Wagna
                  Banca
                  • Branca Maria de Meneses
                  • Dulce Regina dos Santos Pedrossian
                  • Nivaldo Alexandre de Freitas
                  • Zaira de Andrade Lopes
                  Resumo Este estudo foi desenvolvido com o objetivo de analisar se ocorre a manifestação de preconceito em relação aos adolescentes em cumprimento da medida socioeducativa de prestação em serviços à comunidade em escolas no município de Campo Grande/MS. Paralelamente, relizou-se uma revisão de literatura nos campos da Psicologia, Ciências Humanas e Sociais, bem como na área da Educação a fim de conhecer o que vem sendo publicado acerca das interrelações entre Socioeducação, Educação e Preconceito. A partir disso, a metodologia, análise e resultados foram descritos em formato de dois artigos. Para a revisão de literatura, realizou-se uma busca nas bases de dados Scielo, Pepsic e Periódicos CAPES, partindo dos descritores “socioeducação”, “educação” e “preconceito”. A análise dos dados encontrados foi realizada por meio das contribuições da Teoria Crítica da Sociedade da Escola de Frankfurt. O quantitativo final do levantamento sistemático constou de 27 artigos, publicados no período de 2000 a 2020. Foram encontrados estudos que dissertaram ora sobre as relações entre socioeducação e preconceito ora sobre educação e preconceito. A maior parte dos estudos analisados partiu de discussões sobre a constituição do sujeito e suas relações com a educação e o preconceito. Poucas foram as publicações que dissertaram sobre socioeducação (06 artigos), no geral. Dentre as observações realizadas ao longo da pesquisa, menciona-se a importância da educação inclusiva aplicada e desenvolvida na socioeducação, tendo consequências significativas nos processos e práticas socioeducativas, com possibilidades de superação em relação ao combate ao preconceito. O estudo subsquente apresenta a metodologia e a análise dos resultados de uma pesquisa realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com quatro socioeducadores, trabalhadores (as) em unidades receptoras de medidas socioeducativas de prestação de serviços à comunidade, de três escolas estaduais do município mencionado. A Teoria Crítica da Sociedade contribui com os estudos referentes ao preconceito ao conduzir às análises suas raízes estruturais e ideológicas, e propor mudanças nas formas de pensar e organizar a sociedade para combater a discriminação em suas diversas formas. Nas avaliações dos resultados, foram analisados os dizeres dos participantes da pesquisa e identificadas verbalizações que entrelaçaram, além do preconceito em relação aos adolescentes em conflito com a lei, outros temas que aludem a ele, tais como sentimentos manifestos, responsabilidades da família, qualificação profissional, sociedade, segregação e justiça social. Apareceram, nos discursos, os receios frente ao desconhecido do ato infracional, bem como a escassez de preparo técnico sobre a socioeducação e a legislação que a rege, a garantia dos direitos e demais procedimentos e técnicas que visem ao pensamento crítico e a emancipação humana desses sujeitos. Os resultados evidenciam que as práticas socioeducativas precisam ser repensadas e debatidas ampliando-se o universo de pesquisas com o propósito de elaborar alternativas à efetivação da socioeducação, e, em especial, a luta pelo enfrentamento ao preconceito, devido a sua presença nas instituições e na sociedade como um todo.
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                  Relações afetivas no trabalho: um estudo com profissionais da Enfermagem hospitalar
                  Curso Mestrado em Psicologia
                  Tipo Dissertação
                  Data 02/12/2024
                  Área PSICOLOGIA
                  Orientador(es)
                  • Branca Maria de Meneses
                  Coorientador(es)
                    Orientando(s)
                    • Talita Vanessa Akamine Silva Moreira
                    Banca
                    • Branca Maria de Meneses
                    • Dulce Regina dos Santos Pedrossian
                    • Jeferson Camargo Taborda
                    • Zaira de Andrade Lopes
                    Resumo O interesse desta dissertação é centrado nos estudos sobre as relações afetivas no trabalho, decorrente de pesquisa com profissionais da enfermagem de um hospital privado de Campo Grande (MS). Como base epistemológica, utilizou-se a Teoria Crítica da Sociedade – Escola de Frankfurt. Esta pesquisa teve os objetivos específicos (1) a identificação do significado dado ao trabalho pelos participantes deste estudo e (2) a análise das emoções e dos afetos manifestados no trabalho pelos participantes da pesquisa. Esta pesquisa tem caráter qualitativo, por meio de entrevistas com perguntas semi estruturadas organizadas de acordo com a Escala Social e de Relações Afetivas no Trabalho e subdivididas em três sub escalas: trabalho e ideologia, afeto e trabalho e significado do trabalho – material desenvolvido e validado por Meneses (2008). Os resultados obtidos apontam que os sujeitos da pesquisa identificaram o trabalho como significativo, ligado ao sustento de si e da família; se sentir importante, pela escolha profissional (enfermagem- ajudar o próximo) e à utilidade (de se sentir útil). Quanto aos afetos no trabalho, os participantes da pesquisa manifestaram felicidade, raiva e tristeza. Ao manifestarem as emoções, o choro, ansiedade, chateação e estresse foram as principais atreladas ao trabalho.
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                    Ensino de Tato para Crianças com Transtorno do Espectro Autista com Estímulos Discriminativos Mais Preferíveis e Menos Preferíveis
                    Curso Mestrado em Psicologia
                    Tipo Dissertação
                    Data 27/11/2024
                    Área PSICOLOGIA
                    Orientador(es)
                    • Lucas Ferraz Cordova
                    Coorientador(es)
                      Orientando(s)
                      • Amanda Carolina Botareli Cesar
                      Banca
                      • Alexandra Ayach Anache
                      • Ana Karla Silva Soares
                      • Lucas Ferraz Cordova
                      • Paulo Roberto dos Santos Ferreira
                      Resumo O presente estudo tem como intuito avaliar o aprendizado do operante verbal tato em crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), comparando dois métodos de ensino após avaliação de itens preferíveis. Um dos métodos empregou estímulos discriminativos com itens mais preferíveis, enquanto o outro utilizou como estímulos itens menos preferíveis. Foram explicitadas as características diagnósticas descritas pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM V) do espectro, ressaltando os déficits persistentes na comunicação. Os comportamentos verbais foram categorizados com base nas definições de operantes verbais, mais especificamente o tato, foco da pesquisa em questão. Definido por Skinner como o operante verbal em que a resposta é controlada por um estímulo antecedente não verbal (p. ex. um objeto, uma ação ou uma propriedade) e essa resposta é fortalecida por um estímulo reforçador generalizado. Utilizou-se de desenho experimental de caso único 3 crianças com TEA entre 6 e 7 anos que passaram, uma de cada vez, pelo procedimento para o ensino do operante verbal tato. Para o treino, foram utilizados estímulos reforçadores selecionados pelos participantes e estímulos menos reforçadores selecionados pela experimentadora. A pesquisa apresenta os resultados obtidos do treino tato comparando as duas estratégias de ensino adotadas.
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                      As representações sociais de pessoas idosas sobre o envelhecimento e velhice em tempos de pandemia da Covid-19
                      Curso Mestrado em Psicologia
                      Tipo Dissertação
                      Data 15/10/2024
                      Área PSICOLOGIA
                      Orientador(es)
                      • Zaira de Andrade Lopes
                      Coorientador(es)
                        Orientando(s)
                        • Heloanny Vilarinho Alencar
                        Banca
                        • Alexandra Ayach Anache
                        • Jacy Correa Curado
                        • Zaira de Andrade Lopes
                        • Zeidi Araújo Trindade
                        Resumo O estudo sobre o envelhecimento e velhice tem se tornando tema de interesse científico para muitos(as) pesquisadores(as). Certamente, uma das razões que explicam essa causalidade se refere a representatividade demográfica da população idosa no Brasil e no mundo. À medida que a população idosa aumenta e as transformações culturais ocorrem, novos desafios, expectativas e problemas sociais também surgem. No atual cenário contemporâneo, um grande problema social que se mostrou em evidência diz respeito ao surgimento da pandemia da Covid-19, revelando concepções, discursos e práticas conflitantes sobre o envelhecimento e a velhice. Diante desse cenário, a presente pesquisa investigou sobre o envelhecimento, a velhice e as pessoas idosas durante a pandemia da Covid-19, com base no seguinte problema de pesquisa: quais as representações sociais que pessoas idosas possuem sobre o envelhecimento e a velhice em tempos de pandemia da Covid-19? O objetivo geral foi analisar as representações sociais de pessoas idosas sobre o envelhecimento e velhice em tempos de pandemia da Covid-19. O estudo é fundamentado na Teoria das Representações Sociais e caracteriza-se como uma pesquisa de campo, do tipo descritiva e de abordagem qualitativa. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas individuais semiestruturadas, composta por uma amostra não probabilística de oito participantes, sendo dois homens e seis mulheres, convidados(as) por meio do método “Snowball”. Ao final, as entrevistas foram transcritas e organizadas com base na técnica de Análise de Conteúdo de Bardin, sendo divididas em dois eixos temáticos: (1) envelhecimento e velhice, e; (2) pandemia da Covid-19. Cada eixo temático traz em sua composição outros subtemas que, ao serem identificados por aproximação de significados semelhantes, formaram as respectivas categorias de análise. Os resultados apontaram que as representações sociais sobre o envelhecimento e a velhice possuem um caráter ambivalente. Por um lado, destacaram-se aspectos positivos e satisfatórios, como longevidade, respeito, experiências acumuladas, convivência familiar, estabilidade financeira, aposentadoria, autonomia e autocuidado. Por outro, surgiram aspectos negativos, associados às perdas e dificuldades, como alterações biológicas, problemas de saúde, limitações físicas, medo da dependência e desvalorização social. Em relação à pandemia da Covid-19, esta foi representada como uma doença que gerou medo, perdas significativas e medidas preventivas. Também emergiram críticas ao descaso governamental e ao dilema ético sobre a priorização entre jovens e pessoas idosas. A vivência pandêmica destacou desafios como isolamento social, preocupação com higiene, vulnerabilidade ao contágio e estigmatização social. No entanto, sentimentos positivos, como a valorização pela prioridade na vacinação, gratidão a Deus e a sensação de vitória, também foram ressaltados. Tais elementos refletem estratégias de enfrentamento e resiliência diante das adversidades deste período.
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                        Adoecimento Mental em Policiais: Identificação de Preditores para o Desenvolvimento de um Sistema de Intervenção Precoce
                        Curso Mestrado em Psicologia
                        Tipo Artigo Científico
                        Data 06/09/2024
                        Área PSICOLOGIA
                        Orientador(es)
                        • Alexandre Jose de Souza Peres
                        Coorientador(es)
                          Orientando(s)
                          • Fabiana Souza Pedraza
                          Banca
                          • Alexandre Jose de Souza Peres
                          • Cristiane Faiad de Moura
                          • Eveli Freire de Vasconcelos
                          • Jucimara Zacarias Martins
                          Resumo Esta dissertação, composta por dois estudos, visou identificar preditores de adoecimento mental visando a proposição de critérios de seleção para o desenvolvimento de um Sistema de Intervenção Precoce (SIP) em saúde mental. Ambos os estudos foram realizados com os dados de registros administrativos desindentificados cedidos por uma instituição policial do centro-oeste brasileiro para essa finalidade. O Estudo 1 realizou uma análise epidemiológica dos transtornos mentais e comportamentais (TMC) entre policiais da instituição, no período de 2014 a 2022, registrando 6.298 licenças para tratamento de saúde em geral, para 1.944 servidores, com uma média de 3,24 licenças por servidor. A prevalência de TMC variou entre 2,73% e 5,03%, enquanto a incidência oscilou entre 2,82% e 5,28%. Os transtornos neuróticos, relacionados com o “stress” e somatoformes, foram os mais frequentes, correspondendo a 42,22% a 55,59% de ocorrências, seguidos pelos transtornos de humor, com variação de 46,67% a 50,84%. Esses dados revelam que 30% das licenças médicas estavam associadas a TMC, indicando a necessidade de estratégias preventivas. O Estudo 2 identificou preditores de TMC por meio do treinamento de modelos de aprendizado de máquina. Os modelos treinados se mostraram acurados: random forest (96,09%), decision tree (95,56%) e regressão logística (89,06%). Buscou-se realizar uma interpretação integrada dos resultados dos três modelos. Reconhecimento no trabalho, como elogios e premiações, atuou como fator protetor, enquanto baixo desempenho no estágio probatório, ocorrências de ourtas doenças e mudanças de lotação aumentaram o risco de TMC. Por fim, argumentamos que os resultados são evidências de que intervenções voltadas à valorização e estabilidade no trabalho podem prevenir TMC entre policiais, bem como advogamos pela constituição de um SIP em saúde mental.
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                          Efeitos de um não-lugar: como se constitui o sujeito negro
                          Curso Mestrado em Psicologia
                          Tipo Dissertação
                          Data 05/09/2024
                          Área PSICOLOGIA
                          Orientador(es)
                          • Weiny Cesar Freitas Pinto
                          Coorientador(es)
                            Orientando(s)
                            • Leonardo Italo Pessoa Ferreira Gomes
                            Banca
                            • Lourival dos Santos
                            • Marcelo Bueno de Paula
                            • Thaize de Souza Reis
                            • Weiny Cesar Freitas Pinto
                            Resumo O presente trabalho busca compreender como se dá a constituição de sujeito para a psicanálise, e nessa interface busca-se compreender sobre o sujeito negro. O lugar psicossocial em que o negro está inserido no Brasil tem efeitos psíquicos na sua constituição de sujeito? A hipótese desta pesquisa reside no fato que o fenômeno do racismo estrutural tem consequências não apenas no plano sociológico, mas também no plano psíquico na constituição do negro como sujeito. Propõe-se pensar que o racismo estrutural contribui para que exista um não-lugar social, o qual tem efeitos na constituição do sujeito negro. Para compreender tais objetivos, será realizada uma pesquisa bibliográfica com a revisão cuidadosa de textos sobre o racismo estrutural, tomando como autor principal do tema o Silvio de Almeida, e também textos psicanalíticos, utilizando como principal referencial teórico Sigmund Freud, e literaturas complementares de Jacques Lacan para compreender em linhas gerais o sujeito na psicanálise.
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                            Efeito do treino de palavras com controle temático e formal na aquisição de resposta intraverbal
                            Curso Mestrado em Psicologia
                            Tipo Dissertação
                            Data 23/08/2024
                            Área PSICOLOGIA
                            Orientador(es)
                            • Lucas Ferraz Cordova
                            Coorientador(es)
                              Orientando(s)
                              • Larissa dos Santos Costa
                              Banca
                              • Alexandre Jose de Souza Peres
                              • Ana Karla Silva Soares
                              • Carlos Augusto de Medeiros
                              • Lucas Ferraz Cordova
                              Resumo Skinner descreveu o comportamento verbal como um comportamento operante no qual a consequência é mediada por um ouvinte treinado dentro da comunidade verbal; as respostas podem variar, tanto pela função como a topografia, partir das relações estabelecidas pelo antecedente e consequente. Neste aspecto, postulou-se que a relação antecedente advém do controle temático e do controle formal. Porém, ao ressaltar os controles, constata-se que as separações entre elas podem ser classificadas como didáticas, pois no operante intraverbal, conforme descrito por Skinner, as rimas poderiam estar sob os dois controles. Ao escolher este tipo de comportamento verbal, o objetivo desta pesquisa foi observar as consequências no repertório verbal categorizado como intraverbal após o treino de palavras com controle formal e com controle temático. Deste modo, o método foi estabelecido e aplicado com 10 participantes voluntários da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. O treinamento envolveu 12 pares de palavras inventadas, divididos em dois blocos com controle temático e parcialmente formal, e blocos apenas com controle temático; o treino de ecoico precedeu o intraverbal. Por conseguinte, registraram-se as respostas do participante quando questionado sobre o correspondente ao par, investigando a relação temática e formal das duas condições supracitadas. Os resultados foram apresentados considerando uma métrica abrangente que captura a soma total das respostas dos participantes, apresentando tanto as respostas correta quanto as tentativas ao longo do treino. Esses resultados sugerem que a presença de controle temático e do controle formal nas palavras pode aumentar a probabilidade de respostas correspondentes ao par, ou seja, as palavras que rimam apresentaram desempenho ligeiramente superior. No entanto, é importante considerar as nuances e limitações do estudo representado nos resultados.
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                              Violência contra as mulheres e masculinidades: questões de gênero
                              Curso Mestrado em Psicologia
                              Tipo Artigo Científico
                              Data 22/08/2024
                              Área PSICOLOGIA
                              Orientador(es)
                              • Jeferson Camargo Taborda
                              Coorientador(es)
                                Orientando(s)
                                • Thiago de Brito Ribeiro
                                Banca
                                • Cledione Jacinto de Freitas
                                • Jeferson Camargo Taborda
                                • Miguel Rodrigues de Sousa Neto
                                • Vicentina dos Santos Vasques Xavier
                                Resumo Este trabalho versa sobre as correlações possíveis entre as categorias gênero, violência de gênero contra as mulheres e masculinidades. Possui como ponto de partida o fenômeno psicossocial da violência de gênero contra as mulheres, suas determinações histórico-culturais e as relações de gênero. A base epistemológica que fundamental este estudo consiste na denominada Crítica Feminista, que é um tipo de epistemologia feminista crítica que leva em consideração as determinações do sistema ideológico patriarcal que traz como uma de suas consequências, as relações desiguais de poder e oportunidades entre os gêneros: a violência de gênero contra as mulheres pode ser uma dessas consequências. Esta pesquisa obteve como produto três artigos científicos, a saber: artigo 01 – ensaio teórico a partir de uma revisão narrativa de literatura sobre o sistema ideológico do patriarcado e conceituações a respeito da categoria de gênero; artigo 2 – ensaio teórico a partir de uma revisão narrativa de literatura sobre a violência de gênero contra as mulheres, masculinidades e grupos reflexivos de homens autores de violência doméstica e familiar; artigo 3 – pesquisa bibliográfica, consistindo em uma revisão sistemática e integrativa de literatura para responder ao questionamento “o que os periódicos de Psicologia têm publicado acerca das interrelações entre gênero, violência de gênero contra as mulheres e masculinidades?”. Em relação ao último artigo, foram realizadas revisão sistemática e integrativa de literatura com os seguintes critérios de inclusão: (1) artigos publicados nos periódicos escolhidos para a pesquisa documental; (2) publicações entre 2016 a 2022; (3) artigos completos; (4) artigos com palavras-chave e temática relacionadas aos descritores “gênero”, “violência de gênero” e “masculinidades”. Para a organização e análise dos dados foi utilizado o método da Análise de Conteúdo de L. Bardin. Após a separação dos artigos encontrados em Categorias Temáticas, identificou-se que as publicações discorreram sobre a temática aqui estudada sob diversas vertentes, não havendo uma unanimidade em relação ao uso dos termos “violência de gênero”, “violência contra a mulher”, “violência doméstica e familiar contra as mulheres”, o que dificulta o entendimento global do fenômeno da violência contra as mulheres. A maioria dos artigos apresenta uma discussão de gênero sobre a violência contra a mulher e as masculinidades. Também na maioria das publicações, as masculinidades foram representadas em suas perspectivas hegemônicas, de acordo com postulações de Raewyn Connell. Observou-se que poucas foram as publicações encontradas nos periódicos de Psicologia selecionados, o que demonstra que é preciso que essa área do conhecimento realize maiores estudos e pesquisas, a fim de operacionalizar, além da criação e planejamento de políticas públicas, ações interventivas que objetivem ao enfrentamento da violência de gênero contra as mulheres, assim como propostas para repensar as performances de masculinidades que acabam por produzir discursos e práticas violentas na sociedade.
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                                Práticas discursivas sobre a violência contra as mulheres na contemporaneidade: uma crítica feminista à objetividade dos números e a centralidade da judicialização
                                Curso Mestrado em Psicologia
                                Tipo Dissertação
                                Data 16/08/2024
                                Área PSICOLOGIA
                                Orientador(es)
                                • Jacy Correa Curado
                                Coorientador(es)
                                  Orientando(s)
                                  • Márcia Paulino da Silva Lopes
                                  Banca
                                  • Ana Maria Gomes
                                  • Jacy Correa Curado
                                  • Jeferson Camargo Taborda
                                  • Vicentina dos Santos Vasques Xavier
                                  Resumo A violência doméstica e familiar contra as mulheres é um fenômeno histórico e sociocultural que se manifesta a partir das desigualdades de gênero e das relações de poder assimétricas, as quais produzem relações de dominação pelos homens e de subordinação das mulheres em diferentes lugares do mundo e em distintas épocas. Essa pesquisa tem como objetivo conhecer e analisar as práticas discursivas sobre a violência doméstica e familiar contra as mulheres, tendo como embasamento teórico a psicologia social, na perspectiva sócio-construcionista, em diálogo com as epistemologias feministas estudos de gênero. Os caminhos metodológicos partem dos Planos Nacionais de Políticas para as Mulheres como Documentos de Domínio Público em uma pesquisa caracterizada como qualitativa, analítica, descritiva e explicativa. Problematizamos a construção das práticas discursivas das políticas públicas de enfrentamento da violência contra as mulheres a partir de dois aspectos, a construção dos números como uma verdade absoluta, e da perpectiva da judicialização punitivista como centrais na atualidade. Orientadas pela abordagem interseccional, posicionamos nossa crítica, propondo a ampliação da atuação da psicologia social como fundamental para o enfrentamento à violência contra as mulheres. Visando contribuir com a atuação de profissionais da psicologia junto às mulheres vítimas de violência, listamos algumas metodologias entendidas como potenciais recursos para a transformação no âmbito da subjetividade das mulheres e do contexto sociocutural que perpetua a violência de gênero contra as mulheres.
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                                  Terapia baseada na mentalização: aspectos teóricos, epistemológicos e metodológicos
                                  Curso Mestrado em Psicologia
                                  Tipo Artigo Científico
                                  Data 26/07/2024
                                  Área PSICOLOGIA
                                  Orientador(es)
                                  • Weiny Cesar Freitas Pinto
                                  Coorientador(es)
                                    Orientando(s)
                                    • Bruno Marques Ibanes
                                    Banca
                                    • Caio Padovan Soares de Souza
                                    • Lucas Ferraz Cordova
                                    • Maria de Fatima Chavarelli
                                    • Weiny Cesar Freitas Pinto
                                    Resumo Esta pesquisa investigou a Terapia Baseada na Mentalização (TBM), analisando suas bases teóricas, práticas clínicas e implicações epistemológicas. Desenvolvida nos anos 90 a partir das teorias de Peter Fonagy e colaboradores, a TBM integrou conceitos de diversas disciplinas, como a psicanálise e a teoria do apego, para tratar transtornos psicológicos, com foco no Transtorno de Personalidade Borderline. Os artigos revisados destacaram a trajetória histórica da TBM, o conceito central de mentalização e suas bases teóricas, além das práticas técnicas específicas. Apesar dos avanços, a pesquisa apresentou limitações, como a dependência de estudos empíricos anteriores, a simplificação de construtos teóricos complexos e a escassez de estudos longitudinais. Adicionalmente, houve falta de clareza sobre práticas baseadas em evidências e sobre a posição da teoria do apego como teoria do desenvolvimento. A aplicabilidade da TBM em contextos não-clínicos ainda era incipiente, não permitindo que fosse considerada uma ontologia completa. Reconhecer essas limitações é crucial para promover uma melhor integração teórica e prática da TBM. Futuros estudos devem focar em desenvolver pesquisas longitudinais, explorar a eficácia da TBM em diferentes contextos e populações, e aprofundar a integração da teoria do apego com a psicanálise, visando responder às demandas contemporâneas da psicoterapia.
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                                    Iniciação ao uso de álcool e outras substâncias psicoativas por homens universitários durante a pandemia de Covid-19
                                    Curso Mestrado em Psicologia
                                    Tipo Dissertação
                                    Data 02/05/2024
                                    Área PSICOLOGIA
                                    Orientador(es)
                                    • Alberto Mesaque Martins
                                    Coorientador(es)
                                    • Cremildo Joao Baptista
                                    Orientando(s)
                                    • Jaine Aparecida Colecta Galhardo
                                    Banca
                                    • Alberto Mesaque Martins
                                    • Ana Karla Silva Soares
                                    • Cremildo Joao Baptista
                                    • Patricia Maria Fonseca Escalda
                                    • Thiago Mikhael Silva
                                    Resumo Estudos com a população jovem brasileira têm detectado altas prevalências de consumo de substâncias psicoativas (SPA), especialmente álcool, maconha, cocaína, entre outras. De modo geral, o uso de SPA no Brasil se inicia antes do ingresso na universidade e se intensifica ao longo da formação universitária. Nesse contexto, destaca-se a população universitária masculina, cujo consumo de álcool e drogas é elevado e potencializado devido ao processo de socialização e construção social das masculinidades. A pandemia de COVID-19 e as medidas de distanciamento social repercutiram nos hábitos de vida da população, gerando prejuízos à saúde mental, sendo importante considerar as possíveis implicações no consumo de SPA. Tratase de uma pesquisa quantitativa e exploratória com o objetivo de verificar indicadores associados à pandemia de COVID-19 e de medidas de distanciamento social na iniciação ao uso de álcool e outras SPA entre homens estudantes universitários de uma comunidade universitária do Centro-Oeste brasileiro. O desfecho analisado foi o relato de iniciação ao uso de SPA durante a pandemia de COVID-19 (Sim/Não) com um formulário virtual autoaplicado gerado a partir da ferramenta Google Forms, que continha questões de múltipla escolha divididas em: caracterização sociodemográfica, vida acadêmica ou profissional, uso de SPA durante a pandemia. Foi utilizada a técnica regressão stepwise para identificar o melhor subconjunto de variáveis independentes a incluir em cada modelo de regressão multivariável. Dificuldades financeiras básicas, diagnóstico prévio de transtornos mentais, trancamento de matrícula ou solicitação de licença do trabalho, percepção de piora no estado emocional durante o distanciamento social/físico estiveram associados ao início de uso de SPA piora do desempenho acadêmico ou profissional, ter praticado alguma atividade para o bem-estar, ter tido algum sinal ou sintoma da COVID-19, ser do grupo de risco, ter perdido algum parente/amigo pela COVID-19 e ter sido vítima de algum tipo de violência durante as medidas de distanciamento social. Os resultados também chamam a atenção para a necessidade de se considerar o processo de construção social de masculinidades e suas implicações no uso de SPA.
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                                    Personalidade e bem-estar subjetivo: o papel mediador do fenômeno do impostor em crianças
                                    Curso Mestrado em Psicologia
                                    Tipo Artigo Científico
                                    Data 25/04/2024
                                    Área PSICOLOGIA
                                    Orientador(es)
                                    • Ana Karla Silva Soares
                                    Coorientador(es)
                                      Orientando(s)
                                      • Rafaela Teodoro Alves
                                      Banca
                                      • Alberto Mesaque Martins
                                      • Ana Karla Silva Soares
                                      • Jose Angel Vera Noriega
                                      • Lucas Ferraz Cordova
                                      • Sandra Elisa de Assis Freie
                                      Resumo O objetivo desta dissertação foi avaliar a relação entre os traços de personalidade, o bem-estar subjetivo e o fenômeno do impostor em crianças. Para atingir esse fim, foram elaborados dois manuscritos. O primeiro teve uma abordagem qualitativa e buscou reunir informações sobre a conexão entre o impostorismo e variaveis de saúde mental por meio de uma revisão sistemática. Foram analisados 54 artigos relevantes, incluidos após aplicação de critérios de legibilidade. Os resultados destacaram diversas variaveis de saúde mental que se relacionam com o FI e demonstraram que o impostorismo se manifesta em contextos e amostras variadas, além da necessidade de mais pesquisas nesse campo. O segundo manuscrito, de natureza empírica, visou avaliar em que medida e os traços de personalidade, o bem-estar subjetivo e o fenômeno do impostor se relacionam em uma amostra de crianças. Participaram do estudo 117 estudantes do ensino fundamental de Campo Grande (MS), com idade média de 11 anos. Os resultados revelaram uma correlação significativa e negativa entre o fenômeno do impostor e o bem-estar geral, bem como que ele foi predito pelo FI e pela extroversão, abertura à mudança e conscienciosidade. Esses achados indicam a importância do bem-estar subjetivo e dos traços de personalidade na compreensão do impostorismo, destacando a necessidade de pesquisas futuras para ampliar esses resultados. Em suma, os resultados obtidos nos dois manuscritos contribuem para alcançar o objetivo geral desta dissertação.
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