A Transformação da Terra de Trabalho em Terra de Negócio na Região de Araçatuba/SP |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
08/08/2012 |
Área |
GEOGRAFIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Hansi Miller Quintino Leal
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Banca |
- Arnaldo Yoso Sakamoto
- Francisco Jose Avelino Junior
- Marcal Rogerio Rizzo
- Tito Carlos Machado de Oliveira
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Resumo |
A pesquisa aborda as contradições do capital canavieiro na Região de Araçatuba/SP, onde
verificamos o processo de expansão das unidades de produção do Grupo Cosan que atuam
na região, promovendo transformações econômicas, sociais e espaciais resultantes do
processo de monopolização e territorialização do capital, principalmente através dos
arrendamentos de terras de pequenos e médios proprietários.
A entrada de capital monopolista nas últimas décadas, principalmente do Grupo Cosan na
Região de Araçatuba/SP, associado às possíveis dificuldades que o campesinato da região
vem passando, permitiu a ampliação das práticas de arrendamentos de terras de pequenos
e médios proprietários em especial, com o objetivo de aumentar a produção de cana-deaçúcar
para a produção de etanol e açúcar.
Os arrendamentos de terras promovidos pelo capital canavieiro na Região de Araçatuba/SP
transformam as terras de pequenos e médios proprietários, que antes subsistiam
diretamente do que se produziam nelas, em terras de exploração pelo capital monopolista,
pois os arrendamentos de terras permitem aos usineiros extraírem a renda da terra, uma
fração da mais-valia social, mediante aos contratos de arrendamentos, sujeitando a
propriedade da terra e subordinando o trabalho ao capital.
Dessa forma, a territorialização do capital canavieiro na Região de Araçatuba/SP significa a
monopolização do território pelos grupos usineiros presentes na região. Tais grupos,
principalmente o Grupo Cosan, ampliam suas relações de dominação e controle social
através do capital, não se importando com as contradições geradas pela produção
canavieira que atingem camponeses, proprietários de terras e migrantes. |
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A Questão Agrária e as Formas de Resistência Camponesa nos Municípios de Andradina/SP e Castilho/SP |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
29/05/2012 |
Área |
GEOGRAFIA AGRÁRIA |
Orientador(es) |
- Rosemeire Aparecida de Almeida
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Edgar Aparecido da Costa
- Joao Edmilson Fabrini
- Rosemeire Aparecida de Almeida
- Valeria de Marcos
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Resumo |
Este trabalho tem por objetivo analisar a questão agrária em Andradina-SP e Castilho-SP,
municípios limítrofes. E, particularmente, as formas de resistência desenvolvidas por
camponeses da região frente aos desafios impostos pelo sistema capitalista de produção. A
pesquisa se faz por meio de ampla consulta bibliográfica cuja meta é estudar o processo
histórico que envolve a questão agrária nestes municípios, bem como analisar as condições
determinantes que levaram ao processo de territorialização do capital e ao domínio da classe
burguesa na distribuição das terras desta região. Em síntese, este foi um processo
contraditório que por si só fez com que surgisse outro movimento que levou à territorialização
da luta pela terra, empreendida pela organização de trabalhadores sem terra e camponeses em
sua maioria arrendatários. Esta conjuntura levou esta região do Estado de São Paulo a ter
certo destaque com relação aos conflitos por terra e resultou na criação de vários projetos de
assentamentos de Reforma Agrária. Mas, a conquista de território por parte destes sujeitos não
significa o fim dos conflitos de interesses no campo, tendo em vista que as bases da sociedade
que envolve suas relações de produção ainda não foram alteradas. Este fato determina que
mesmo de posse de importantes parcelas territoriais a classe dos antes trabalhadores sem terra
e agora camponeses tenha que continuar o enfrentamento da ordem burguesa.
Portanto, a realidade que se apresenta no campo da região noroeste paulista é a da luta de
classe expressa historicamente na desigual estrutura fundiária, na especulação imobiliária, na
exploração do trabalho e na luta pela terra e para nela permanecer. |
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A Evolução da Questão da Disposição Final dos Resíduos Sólidos Urbanos no Município de Três Lagoas - MS |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
18/04/2012 |
Área |
GEOGRAFIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Marcal Rogerio Rizzo
- Marcelino de Andrade Goncalves
- Vitor Matheus Bacani
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Resumo |
O município de Três Lagoas – MS, localizado a 20°45’04” de latitude sul e a 51°40’42” de longitude oeste, está tornando-se um pólo de atração para implantações de indústrias, repercutindo em crescente aumento populacional e consequentemente, no aumento da quantidade e diversidade de resíduos sólidos urbanos. Em novembro de 2009 foi inaugurado o aterro sanitário, entretanto, muitos outros aspectos que permeiam a questão ainda estão por encontrar soluções sócio-ambientais seguras, entre os quais está a ausência de coleta seletiva, de usinas de triagem de resíduos recicláveis e compostagem e o efetivo combate ao descarte clandestino. Diariamente são depositados no aterro sanitário municipal aproximadamente 90 toneladas de resíduos sólidos urbanos incluindo materiais nobres que poderiam ser reciclados, contribuindo para a rápida saturação da primeira célula. É nesse contexto que justificamos a relevância da presente pesquisa que tem como objetivo geral discorrer sobre a questão dos resíduos sólidos urbanos gerados no município, com ênfase na disposição final, abrangendo os diferentes impactos ambientais e os benefícios do gerenciamento integrado. Os principais procedimentos metodológicos adotados foram levantamentos e revisão bibliográfica; entrevistas junto a secretarias municipais e na empresa prestadora de serviços de coleta, transporte e disposição final; levantamentos fotos-descritivos e visitas técnicas ao aterro sanitário, e análise de dados do estudo preliminar para a construção do aterro sanitário elaborado pela empresa construtora para obtenção das licenças ambientais. O cruzamento de todas as informações obtidas, possibilitaram a compreensão da evolução da questão da disposição final dos resíduos sólidos urbanos no município de Três Lagoas - MS |
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Comunidades Tradicionais da Bacia Hidrográfica do Rio Paraná: Reassentamento Piaba, Três Lagoas - MS |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
30/03/2012 |
Área |
GEOGRAFIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Ailton Luchiari
- Arnaldo Yoso Sakamoto
- Marcal Rogerio Rizzo
- Vitor Matheus Bacani
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Resumo |
Este trabalho aborda questões relevantes para atualidade, por isso ressalta os impactos
causados pela construção de grandes empreendimentos com a finalidade de geração de
energia, para abastecer um modelo de organização e consumo conhecido como urbano
industrial. A região de estudo recebeu nas ultimas décadas do século XX diversas instalações
de Usinas Hidrelétricas, e entre elas se destaca a de Porto Primavera, denominada de Usina
Hidrelétrica Engº Sergio Mota. A criação da barragem para o represamento da água
representou um significativo impacto ambiental, alterando o modo de vida de diversas
comunidades tradicionais que se relacionavam de forma direta e indireta com o rio, além dos
aspectos físicos que foram afetados.
Algumas dessas comunidades foram reassentadas em locais distantes do rio, isso nos
leva a pensar como elas estão organizadas e como estão desenvolvendo seu modo de vida, que
é típico de relacionamento de respeito e interação com os elementos da natureza. |
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Os desafios da Agricultura Familiar Camponesa Frente à Territorialização do Agronegócio: perspectivas para o município de Tupi Paulista e seu entorno regional |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
29/03/2012 |
Área |
GEOGRAFIA AGRÁRIA |
Orientador(es) |
- Francisco Jose Avelino Junior
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Francisco Jose Avelino Junior
- Marcia Yukari Mizusaki
- Rosemeire Aparecida de Almeida
- Valeria de Marcos
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Resumo |
A presente dissertação versa sobre as mudanças vinculadas às conjunturas econômica, política e social decorrentes no campo nas últimas décadas no Brasil. Nesse contexto, buscamos apresentar, nesta pesquisa, reflexões sobre a resistência camponesa frente à expansão da lógica capitalista de produção. No bojo deste cenário, é coerente analisarmos a concentração exacerbada da propriedade da terra, organizada a partir do predomínio da monocultura voltada para exportação, sob a magnitude da expansão e territorialização do agronegócio e a marginalização da agricultura familiar camponesa pelas políticas agrárias. Tal fato nos remete compreendermos a dualidade de relações de produção que atuam em torno do espaço agrário brasileiro, qual sejam camponeses versus capitalistas. Considerando o exposto, a pesquisa tem como objetivo analisar os desafios e perspectivas da agricultura familiar camponesa frente à expansão e territorialização do agronegócio no município de Tupi Paulista/SP e no seu entorno regional, onde o agronegócio canavieiro vem ganhando espaço com a instalação de cinco destilarias na região. Nessa perspectiva, a nova dinâmica territorial e as formas organizacionais e produtivas desencadeadas no espaço agrário atual têm acirrado a disputa territorial entre camponeses e agronegócio. Valendo-se deste diálogo, há que se considerar que os conflitos territoriais entre a lógica camponesa e a lógica capitalista estão intimamente ligados à distinção das formas organizacionais e das relações de produção que redefinem o campo. Tal compreensão emerge ao apontarmos que a lógica camponesa se centra na tríade família, trabalho e terra, enquanto a lógica do agronegócio está centrada no lucro e na renda. Para tanto, estamos atentos para uma reflexão vinculada à territorialização e à espacialização da luta pela terra de trabalho empreendida pelos camponeses como forma de (re) criação e resistência frente à intensa concentração fundiária atrelada ao agronegócio. |
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Dinâmica Territorial da Rede Urbana na Mesorregião Leste de Mato Grosso do Sul |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
27/03/2012 |
Área |
GEOGRAFIA HUMANA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Beatriz Ribeiro Soares
- Edgar Aparecido da Costa
- Edima Aranha Silva
- Francisco Jose Avelino Junior
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Resumo |
O trabalho tem como objeto a rede urbana, delimitando-se como área de estudo a Mesorregião Leste de Mato Grosso do Sul, formada por 17 municípios. Discutem-se e apresentam-se as relações contínuas e descontinuas no território e posteriormente o papel que a cidade de Três Lagoas exerce na rede, com a análise de sua centralidade intra e interurbana. Os procedimentos teóricos metodológicos foram: levantamento bibliográfico sobre a temática redes urbanas e cidades médias, dentre os autores destacam-se, realizaram-se levantamentos de dados secundários através de pesquisas no banco de dados SEMAC/MS (2008) (Secretaria de Estudo do Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul), bem como IBGE/2009 (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), entrevistas com estudantes da UFMS oriundos de outros municípios, assim como nos hospitais da UNIMED e Nossa Senhora Auxiliadora para identificar a influência de Três Lagoas em escala regional e levantamento da infraestrutura, respectivamente, cujos dados foram organizados em tabelas e mapas e analisados ao longo do trabalho e mapeamento das variáveis analisadas no trabalho As relações contínuas ocorrem por meio das trocas e fluxos materiais no território e são delineadas a partir do movimento de pessoas e mercadorias entre as cidades da rede e externas a ela. Por conseguinte, as relações descontínuas, que derivam os territórios rede, são imateriais, multiescalares, que não seguem a hierarquia entre as cidades, o menor centro mantém relações com cidades globais internacionais, sem transitar pelas cidades intermediárias. Constata-se que Três Lagoas exerce centralidade entre as cidades que compõem a região, salientando que em algumas variáveis como educação, essa centralidade extrapola os limites políticos administrativos, polarizando algumas cidades do noroeste paulista. Portanto no contexto das cidades de Mato Grosso do Sul, Três Lagoas é uma cidade média, pois além do número de habitantes, tem a função de intermediação entre os pequenos e grandes centros, em algumas variáveis analisadas. |
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As Estratégias para Permanecer na Terra: os assentados do projeto Estrela da Ilha em Ilha Solteira/SP |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
26/03/2012 |
Área |
GEOGRAFIA HUMANA |
Orientador(es) |
- Rosemeire Aparecida de Almeida
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Glaucia de Oliveira Fialho
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Banca |
- Francisco Jose Avelino Junior
- Maria Celma Borges
- Rosemeire Aparecida de Almeida
- Valeria de Marcos
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Resumo |
A pesquisa inicia-se pela análise da história agrária brasileira que resultou na atual estrutura fundiária que concentrou, e ainda concentra, a terra nas mãos de poucos. Aliado a este processo de má divisão das terras brasileiras buscou-se entender como se deu a formação dos movimentos sociais de luta pela terra e os caminhos e descaminhos até a conquista da Lei da Reforma Agrária no Brasil. Destaque também foi dado a espacialização e territorialização do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra/MST, relembrando algumas disputas emblemáticas organizadas pelo MST no Estado de São Paulo. Definimos como objetivo principal deste trabalho a análise da formação do Assentamento Estrela da Ilha, no município de Ilha Solteira/SP, com o intuito de refletir como se deu este processo de reforma agrária, onde, através de relatos, buscamos entender as fases que vão da organização do acampamento até a conquista do assentamento pelas famílias. Para a pesquisa entrevistamos 52 famílias por meio do uso de dois questionários, um estruturado e outro semiestruturado, somando um total de 25 perguntas. Procuramos dar prioridade aos que estão no assentamento desde a fase de acampamento, tendo em vista a necessidade de compreendermos as etapas que foram vivenciadas e, consequentemente, buscarmos informações sobre os perfis das famílias assentadas, o modo de vida e como estão resistindo na terra conquistada. Os estudos a respeito da luta para a conquista do assentamento implicou necessariamente considerar não só as ações resultantes desse processo, mas o significado da luta para seus agentes. Logo, lutar pela terra não significa só a conquista de um pedaço de chão, mas sim, resgatar o modo de vida simples que a vida no campo pode proporcionar àqueles que um dia se viram obrigados a optar por uma vida de luta. As várias situações vivenciadas pelas famílias no assentamento, bem como as estratégias para permanecerem na terra, o trabalho familiar, os produtos produzidos nos lotes, a participação nos projetos como associações, cooperativas, assim como aqueles que optam por outras formas de sobrevivência, nos levará a refletir e compreender os caminhos dos projetos de reforma agrária no Brasil, em particular no que se refere ao modo como é operado e como funciona a assistência pública às famílias após a conquista da terra. A pesquisa aponta para a compreensão de que não há uma fórmula única para a sobrevivência nos lotes. Os estudos no assentamento levaram-nos ao entendimento do que já alertava Shanin (2008, p.28): que os camponeses são flexíveis, logo encontram soluções para as crises podendo ensinar até mesmo àquele que não é camponês. |
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Tramas Políticas e Impactos Socioambientais na Amazônia: a dinâmica do processo de pavimentação da BR-163 |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
15/03/2012 |
Área |
GEOGRAFIA HUMANA |
Orientador(es) |
- Francisco Jose Avelino Junior
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Eduardo Margarit Alfena do Carmo
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Banca |
- Carlos Alberto Franco da Silva
- Edima Aranha Silva
- Francisco Jose Avelino Junior
- Rosemeire Aparecida de Almeida
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Resumo |
A rodovia BR-163 (Cuiabá-Santarém) foi construída na década de 1970 no coração da
Amazônia brasileira e provocou inúmeras mudanças na organização do espaço em seu
entorno. Houve intenso desmatamento, diversos grupos indígenas foram expulsos de suas
terras e migrantes do Sul se instalaram em projetos de colonização. Todo este processo
ocorreu com base em políticas públicas que visavam à ocupação e o desenvolvimento
econômico da Amazônia. A pavimentação do trecho matogrossense da rodovia permitiu o
desenvolvimento e a modernização dos circuitos produtivos da soja para exportação.
Entretanto, o trecho da BR-163 que atravessa o Estado do Pará não é pavimentado,
provocando inúmeras dificuldades para os moradores e facilitando a ilegalidade. Neste
contexto, a pavimentação da BR-163 beneficiará a população e principalmente a soja
produzida no Mato Grosso, que poderá ser exportada através de Santarém. A pavimentação da
BR-163 envolve diversos atores políticos e econômicos, que estabelecem alianças, dando
origem à formação de redes políticas. Entretanto, essas relações são assimétricas, gerando
conflitos entre grupos e atores distintos. As corporações do agronegócio exercem pressão pela
pavimentação da rodovia e os movimentos sociais se unem para evitar que a pavimentação
venha a agravar os atuais problemas sócioambientais. A questão-chave colocada é: quais são
as redes políticas envolvidas no processo de pavimentação da rodovia BR-163? O objetivo
central do trabalho é analisar a dinâmica do processo de pavimentação da rodovia. Para tanto,
o trabalho se inicia por um debate sobre a dinâmica da fronteira agrícola capitalista na
Amazônia, para em seguida realizar um resgate do processo de ocupação do espaço ao longo da
BR-163, uma análise da atual dinâmica sócioespacial ao longo da rodovia e, por fim, analisar
os interesses em torno da pavimentação da BR-163 e os impactos sócioambientais. Com isso,
foi possível estabelecer parâmetros teórico-conceituais para a análise da dinâmica da fronteira
agrícola capitalista na Amazônia, onde diversos empreendimentos ligados ao agronegócio estão
se expandindo diante da perspectiva de pavimentação da rodovia. Entretanto, o desenvolvimento
econômico vem acompanhado da recriação de uma estrutura desigual, com a expansão dos
núcleos urbanos cujas periferias são ocupadas pela população de baixa renda, geralmente expulsa
pela modernização do campo. Além disso, inúmeras ilegalidades e crimes que envolvem
populações tradicionais e a natureza estão ocorrendo, provocando a desterritorialização de
populações indígenas, ribeirinhas e camponesas, além de diversos impactos ambientais. |
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Comunidade Yuba: Limites e Perspectivas da Produção Comunitária Camponesa |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
29/08/2011 |
Área |
GEOGRAFIA HUMANA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Edima Aranha Silva
- João Edmilson Fabrini
- Rosemeire Aparecida de Almeida
- Valeria de Marcos
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Resumo |
O objetivo principal deste trabalho é o de entender como se dá a territorialização da
Comunidade Yuba. Composta por camponeses, localizada no município de
Mirandópolis, região noroeste do Estado de São Paulo, é formada por japoneses e
descendentes, que migraram para o Brasil a partir da década de 1920. Foi fundada
em 1935 por Issamu Yuba, japonês de forte personalidade que, através de leituras
libertárias, idealizou uma sociedade baseada no tripé: “trabalho, arte e religião”, o
qual, por sua vez, forma a identidade territorial de seus integrantes. Além do tripé, a
comunidade tem seu funcionamento interno baseado no trabalho e posse
comunitária dos frutos do trabalho. Tais ideais, a nosso ver, se aproximam das
teorias anarquistas dos séculos XIX e XX, principalmente do anarquismo comunista
do geógrafo Kropotkin que tem como moto: “De cada um de acordo com as suas
possibilidades; e a cada um de acordo com as suas necessidades”. Para tal, este
trabalho foi feito através de revisões bibliográficas e trabalhos de campo. Procurouse
em um primeiro momento apresentar as teorias de organização comunitárias no
campo e, em seguida, algumas dessas práticas no Brasil, mostrando que o modo de
reprodução da Comunidade Yuba não é uma exceção, quanto ao campesinato
brasileiro, onde várias práticas de produção/consumo comunitários já foram (e são)
vivenciadas. Para compreender o contexto de criação da comunidade, realizou-se
uma contextualização sobre a imigração japonesa para o Brasil, sobre a vida destes
imigrantes em novas terras estrangeiras. As causas da vinda da família Yuba para o
Brasil também foram tratadas, assim como a vida e o ideal de Issamu Yuba. A partir
dai passou-se a analisar o processo de instalação da comunidade e como ela vem
se reproduzindo durante seus 76 anos de existência. Sua dinâmica de
funcionamento na atualidade foi estudada detalhadamente através de cinco
espaços: do trabalho, da arte, da religião, da política e da economia que, juntos, nos
permitem compreender como se dá a territorialização da Comunidade Yuba,
comprovando assim seu status camponês e confirmando as práticas comunitárias
ligadas ao anarquismo comunista, elaborado por Kropotkin. |
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Estudo do Campo Térmico Urbano por Meio do Sensoriamento Remoto: o caso de Campo Grande (MS) |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
12/08/2011 |
Área |
GEOGRAFIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Arnaldo Yoso Sakamoto
- Luiza Luciana Salvi
- Vicentina Socorro da Anunciação Andrade
- Vitor Matheus Bacani
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Resumo |
Campo Grande, a capital de Mato Grosso do Sul, se localizada na região central do Estado e a 530 m de altitude; possui 650.000 habitantes, densidade demográfica de 80 hab/km² e área urbana de 350 km². O clima da região é tropical, do tipo Aw. O objetivo da pesquisa foi estudar o campo térmico urbano de Campo Grande, aplicando técnicas de sensoriamento remoto. Foram usadas imagens do Landsat 5TM de 2010, da estação chuvosa (12/4 e 21/10) e da estação seca (15/6) para a obtenção de temperatura de superfície e uso do solo. Nas três datas o sistema atmosférico atuante era o ar polar tropicalizado. Os resultados mostraram que as fontes de calor são semelhantes nas imagens analisadas, tanto na área urbana (ocupação densa) quanto no rural (pastagem). A orientação das vertentes apresentou-se coerente com as áreas de maior aquecimento no horário de passagem do satélite (manhã). Na estação chuvosa a ilha de calor de superfície ocorreu em 12/4, com 13ºC de intensidade, enquanto que em 21/10 o aquecimento foi mais intenso no entorno rural; na estação seca, em 15/6, o aquecimento foi semelhante entre o urbano e o rural. |
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Análise Geoambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Coxipó em Cuiabá/MT (1988, 2000 e 2010) |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
12/08/2011 |
Área |
GEOGRAFIA |
Orientador(es) |
- Patricia Helena Mirandola Garcia
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Arnaldo Yoso Sakamoto
- Luiz da Rosa Garcia Netto
- Patricia Helena Mirandola Garcia
- Wallace de Oliveira
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Resumo |
O desenvolvimento científico proporcionou mudanças significativas no ritmo da relação sociedade-natureza, e condicionou o homem a desvendar os problemas mais relevantes, principalmente após a segunda grande guerra. Mesmo com esse avanço, o homem não conseguiu usar os recursos tecnológicos necessários para possibilitar o máximo de aproveitamento dos recursos naturais com um mínimo de degradação ambiental possível. Este trabalho se justifica pela necessidade de se promover uma análise geoambiental da bacia hidrográfica do rio Coxipó, sua preservação, recuperação dos recursos naturais, tendo em vista o alto grau de degradação em que ela se encontra. Preservar a natureza é uma necessidade constante, principalmente porque visa assegurar a perpetuação de espécies vegetais e animais para a posteridade, quanto para a melhoria das condições da vida humana. O objetivo deste trabalho é gerar informações multitemporais da Bacia Hidrográfica do Rio Coxipó e estabelecer diretrizes para o uso racional de suas potencialidades ambientais, mais especificamente com referência à ocupação da terra da bacia. Para atingir os objetivos propostos, foi realizada uma pesquisa bibliográfica, além da utilização de cartas topográficas, e imagens de satélite que permitiram constatar que na área de estudo existem declividades que apesar de pouco acentuadas possam ser responsabilizadas como fator determinante para a degradação ambiental que a área sofreu. O tipo de solo e o seu uso, a cultura temporária e a pastagem são fatores responsáveis pela retirada da vegetação. O cerrado permanece preservado ao longo do rio Coxipó e nos diversos cursos d'água que existem na bacia, a supressão da vegetação ocorre nas Áreas de Preservação Permanentes e também em Áreas de Proteção Ambiental. |
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A Expansão da Cana em Birigui e a Dinâmica Agrária Regional |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
31/05/2011 |
Área |
GEOGRAFIA AGRÁRIA |
Orientador(es) |
- Francisco Jose Avelino Junior
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Edgar Aparecido da Costa
- Edima Aranha Silva
- Francisco Jose Avelino Junior
- Rosemeire Aparecida de Almeida
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Resumo |
A expansão da cultura canavieira no interior do estado de São Paulo provocou profundas transformações no espaço rural. Seu desenvolvimento modificou a relação de produção e a transformação no processo de desenvolvimento agroindustrial, que atraiu grandes contingentes de trabalhadores migrantes, provocando sérios problemas de ordem social, econômica e até política no território. Objetivando apresentar a problemática da expansão da monocultura da cana na microrregião de Birigui, foi realizado um estudo de caso, com pesquisa de campo junto a trabalhadores, a produtores de cana e à população afetada, com ênfase no estudo do município de Birigui. Por meio do levantamento bibliográfico e dos dados obtidos com a pesquisa de campo, foi possível perceber que o território é o palco de disputa pelo grande capital canavieiro com os agentes econômicos tradicionais da cidade de Birigui. Na busca por terra para o plantio da cana, a sua espacialização no território provoca mudanças profundas na produção agrícola na microrregião com a monocultura da cana com intenso uso de mão de obra assalariada no espaço rural, criando sérios problemas de ordem social, e trabalhista. Para viabilizar o empreendimento da cultura canavieira, são realizadas parcerias, arrendamentos, e compra de terras, o que inviabiliza outras culturas tradicionais, provocando a diminuição da produção de alimentos. Verificou-se também que, com o intenso uso da mecanização da cultura canavieira, muito postos de trabalho são fechados, trazendo preocupação aos trabalhadores, à população, aos governantes e aos movimentos sociais. |
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Dinâmica Territorial e Mercado de Trabalho em Rondonópolis/MT |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
31/05/2011 |
Área |
GEOGRAFIA HUMANA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- José Felipe dos Santos Filho
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Banca |
- Edgar Aparecido da Costa
- Edima Aranha Silva
- Francisco Jose Avelino Junior
- Jorge Luiz Monteiro
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Resumo |
O trabalho versa sobre a dinâmica territorial em Rondonópolis/MT, sua evolução e a
organização social do trabalho. A produção do espaço teve início na dinâmica
regional do estado de Mato Grosso em suas fronteiras com o estado de Goiás, onde
havia divergências, pois visando assegurar as fronteiras o Estado promoveu a
ocupação da porção Sudeste. Construíram-se pontes e estradas. Ocupavam-se as
terras do atual município de Rondonópolis, sendo que os primeiros migrantes
estabeleceram-se nas margens do Rio Vermelho. Povos goianos chegaram em 1902
oriundos de Palmeiras (GO), criadores de gado em busca de terras para expandirem
suas atividades às margens do rio Poguba - rio Vermelho -, originando o povoado
Poguba. De 1907 a 1909 foi território de apoio a Comissão Rondom para
implantação da linha telegráfica, que conferiu o nome do lugar: Rondonópolis.
Território marcado por sucessivos fatos no período de 1920 a 1947. Ora nefastos
com severas doenças e epidemias, ora prósperos, como descoberta de diamante e
ouro em Poxoréu (1924), que o transformou em via de acesso às zonas
mineradoras. Em 1940 com oferta de terras devolutas para colonização atraiu novos
fluxos migratórios, que perduraram em 1950/1960. Mineiros, cearenses, baianos e
paulistas chegaram, demarcaram território e delinearam territorialidades. Com
crescimento populacional e econômico, se emancipou em 1953. A formação social e
econômica do município foi atípica em relação ao Estado, pois não se deu pela
mineração ou colonização privada. Resultou da Marcha para Oeste. A incorporação
de terras nos modos da produção capitalista e expansão da fronteira agrícola foram
elementos que atraíram os migrantes, principalmente os sulistas. Demarcaram
territórios e estabeleceram rede de relações. O POLOCENTRO consolidou a
agricultura e desenvolveu a economia local. A industrialização é caracterizada pelo
agronegócio da soja. Dentre as infraestruturas disponibilizadas em Rondonópolis
destacam-se as rodovias 163 e 364 que formam entroncamento de mão única,
sendo o principal eixo rodoviário do Estado. Aí, a cidade se estabeleceu. O
município é capital nacional do Bitrem e, vislumbra a chegada da Ferronorte projeto
que o transformará num eixo multimodal rodoviário/ferroviário no estado de Mato
Grosso. Rondonópolis centraliza na região Sudeste de Mato Grosso, as atividades
de comércio e serviços, bem como sedes administrativas de empresas privadas.
Cerca de 20 municípios mantém interação econômica e populacional com seu
território. Na rede territorial do trabalho, destaca-se pela produção no campo e pelas
indústrias do agronegócio aí instaladas, as quais dinamizam a economia e criam
cadeias produtivas, promovendo o crescimento econômico, a expansão das frentes
de trabalho. Nesse sentido, o desenvolvimento econômico do território atrai um fluxo
contínuo de migrantes. A pesquisa buscou compreender o processo de
territorialização, desterritorialização e reterritorialização das classes trabalhadoras.
Ou seja, revelou as tramas territoriais que se desenvolvem em Rondonópolis-MT. |
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Dinâmica Geomorfológica da Bacia Hidrográfica do Córrego Bom Jardim, Brasilândia/MS |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
29/04/2011 |
Área |
GEOGRAFIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Andre Luiz Pinto
- Arnaldo Yoso Sakamoto
- João Osvaldo Rodrigues Nunes
- Paulo Cesar Rocha
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Resumo |
O presente trabalho tem como objetivo entender os processos de formação de feições erosivas na bacia hidrográfica do córrego Bom Jardim, localizada no município de Brasilândia, estado de Mato Grosso do Sul. Para a análise desses processos optou-se pela construção de cartas morfométricas e análises de variáveis coadjuvantes, que associadas permitiram melhor compreensão da dinâmica erosiva do relevo da área da bacia. As cartas morfométricas constituem-se em documentos cartográficos elaborados com base nas informações contidas nas cartas topográficas, ou seja, curva de nível, altimetria e de acordo com a disposição dos canais fluviais, segundo metodologias propostas por De Biasi (1970-1992), Spiridonov (1981), Mendes (1993), Zacharias (2001), Sanchez (1991-1993), Cunha (2001) entre outros. Assim, foi elaborada a carta clinográfica que tem por objetivo demonstrar as declividades das áreas da bacia; a carta de dissecação horizontal, que indica a dissecação do canal fluvial dentro de cada sub-bacia no sistema; a carta de dissecação vertical indica os patamares altimétricos pelos quais os canais fluviais escoam ao longo de sua extensão. Por fim, a junção desses três documentos cartográficos deu origem à carta de energia potencial do relevo, carta essa que demonstra áreas de possíveis ocorrências de processos erosivos e consecutivamente de degradação ambiental. Aliados a esses documentos e suas interpretações foram elaborados também, em campo, perfis de solo e coletas de amostras dos mesmos para análise granulométrica e de coloração. Além disso, foi realizado em campo coleta de amostras de água ao longo do canal principal da bacia, a fim de identificar a quantidade de sedimentos em suspensão, transportados pelo canal, bem como a velocidade e vazão do fluxo d‟água. Para tanto, foram utilizados como base teórica os autores Pinto e Lorenz Silva (2010). Fez-se necessário também a construção da carta de uso, ocupação e disposição da vegetação da área em dois momentos distintos, um de 1974, com base nas cartas topográficas do DSG, e outro com imagens de satélite de 2011. Com essas cartas foi possível identificar o tipo e disposição da vegetação, e ainda a forma de uso da terra da bacia. Por fim, para o entendimento, localização e especificação tipológica dos processos erosivos foi construída a carta de atributos geomorfológicos da bacia com base nas variáveis anteriores. Portanto, foi possível concluir que embora em terreno de baixa declividade e potencial erosivo notou-se na bacia feições erosivas pronunciadas e em evolução, pois não apenas o grau de declividade é indicativo de erosão, as variáveis como o tipo de solo, manejo e ocupação também devem ser levadas em conta, pois, ambas são importantes na elaboração de planejamento e ordenamento de uso da terra a fim de minimizar impactos. |
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Geotecnologias Aplicadas à Criação e Organização de Banco de Dados Geoambientais da Bacia Hidrográfica do Rio Sucuriú - MS/BR |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
04/04/2011 |
Área |
GEOGRAFIA |
Orientador(es) |
- Patricia Helena Mirandola Garcia
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Antônio Cezar Leal
- Arnaldo Yoso Sakamoto
- Edson Luís Piroli
- Patricia Helena Mirandola Garcia
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Resumo |
O presente trabalho tem como objetivo diagnosticar, analisar e fornecer subsídios teóricos metodológicos e documentais da Bacia Hidrográfica do Rio Sucuriú/MS, com uso de Banco de Dados Geográficos apoiados em técnicas de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento, para fins de Planejamento e Gerenciamento. A Bacia Hidrográfica do Rio Sucuriú está localizada na porção leste do Estado de Mato Grosso do Sul entre as coordenadas geográficas 18º 12’36.18’’ a 20º 49’1.6’’ S e 51º 38’2.79’’ a 53º 31’27.96’’ W. Os procedimentos operacionais para os processamentos dos dados orbitais, cadastrais e temáticos foram realizados em um ambiente de sistemas destinados à aquisição, armazenamento, manipulação, análise e apresentação de dados georreferenciados, ou seja, SIG. Além de entender a bacia hidrográfica como um sistema de entrada e saída de energia. A investigação realizada demonstrou a importância de se conhecer prévia e detalhadamente o meio físico das áreas estudadas. Além disso, a aplicação da metodologia apresentada revelou-se importante para a elaboração de estudos ambientais e planejamento, para a Bacia Hidrográfica do Sucuriú. |
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Diagnóstico do Sistema Sócio-Ambiental da Sub-Bacia Hidrográfica Córrego São Roberto, Castilho-SP |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
31/03/2011 |
Área |
GEOGRAFIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Laís Coêlho do Nascimento Silva
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Banca |
- Ailton Luchiari
- Patricia Helena Mirandola Garcia
- Vitor Matheus Bacani
- Wallace de Oliveira
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Resumo |
A sucessiva tensão exercida pelo modelo econômico vigente proporcionou uma gradativa
degradação ao ambiente natural, como desmatamento, diminuição da biodiversidade,
degradação dos solos, assoreamento e poluição de rios entre outros. Desse modo, o conceito
de desenvolvimento sustentável e planejamento ambiental têm sido discutido, visando a
geração de menor impacto possível na natureza para desenvolvimento econômico do homem.
Tendo em vista a necessidade do planejamento ambiental, objetivou-se com este trabalho
realizar um diagnóstico sócio-ambiental da sub-bacia hidrográfica Córrego São Roberto,
localizada no município de Castilho, interior do estado de São Paulo. As atividades
agropecuárias, no município, correspondem como principal fonte econômica, despontando a
pecuária e a cana-de-açúcar, como principais responsáveis na produção agrícola. Na sub-bacia
hidrográfica, o pasto e a cana também são predominantes como usos do solo, em detrimento
da vegetação arbórea, indicando a ausência de APPs nas nascentes e ao longo dos cursos
d’água. Através de técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento, além de
bibliografia pertinente ao tema, chegou-se ao resultado de que as condições físicas naturais da
sub-bacia correspondem, em sua maioria, favoráveis as técnicas agrícolas, desde que
executadas práticas conservacionistas de manejo. Elencadas todas as fragilidades e
potencialidades que a área possui, seja de ordem natural ou antrópica, foram possíveis propor
medidas para conservação e/ou recuperação de áreas modificadas na sub-bacia hidrográfica
Córrego São Roberto, visto que a boa utilização das terras agrícolas proporciona um melhor
rendimento econômico ao município. |
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Plano de Manejo como Ferramenta de Gestão para Áreas Naturais Protegidas: Avaliação dos Resultados Alcançados com a Metodologia Utilizada na Reserva Cisalpina - Brasilândia/MS |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
31/03/2011 |
Área |
GEOGRAFIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Fernando Brandão de Andrade
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Banca |
- Ailton Luchiari
- Arnaldo Yoso Sakamoto
- Vitor Matheus Bacani
- Wallace de Oliveira
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Resumo |
A proposta desse estudo é avaliar os resultados alcançados com a metodologia utilizada na Reserva Cisalpina para a elaboração do seu plano de manejo. O Roteiro Metodológico para Elaboração de Plano de Manejo para Reservas Particulares do Patrimônio Natural, adaptado para as especificidades da Reserva Cisalpina, foi adotado como referencial para todas as atividades planejadas. A reserva está situada no município de Brasilândia – MS e a proposta de criação de Unidade de Conservação é na categoria de Reserva Particular do Patrimônio Natural _ RPPN. A proteção dessa área e o investimento em atividades de conservação, recuperação e educação ambiental representam um ganho ambiental importante, sobretudo nesta região do Estado em que as áreas nativas têm perdido espaço rapidamente para a silvicultura e outras atividades. Com a aplicação da metodologia analisada nesse trabalho, em pouco tempo a natureza deu respostas positivas. Nas atividades de fiscalização e administração da área, ou ainda em trabalhos de campo de cunho cientifico devidamente autorizados nota-se significativo aumento no número de visualizações de pegadas de animais silvestres e até visualizações de animais adultos e de filhotes, mostrando que área está reunindo condições adequadas para a procriação de algumas espécies. Entre elas podemos citar a Anta, Cervo do Pantanal, Onça Parda, Queixadas, Capivaras, Tamanduás e também uma grande quantidade de aves como Tuiuiús, garças e biguás. |
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Dinâmica da Paisagem em Ambientes Salinos no Pantanal da Nhecolândia, MS: estudo de caso da Lagoa Salina do Rondon |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
30/03/2011 |
Área |
GEOGRAFIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Arnaldo Yoso Sakamoto
- Deocleciano Bittencourt Rosa
- Vitor Matheus Bacani
- Wallace de Oliveira
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Resumo |
O Pantanal é considerado uma área única no mundo, em função das suas características e dinâmicas ambientais, que são ímpares. Uma região com dimensões continentais, incrustada na porção central da América do Sul, tendo áreas no Paraguai, Bolívia, porém grande parte está localizada no Brasil, nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Esta mesma dinâmica ambiental se faz presente pelas várias unidades de paisagem existentes, caracterizando as 11 sub-regiões existentes. O Pantanal da Nhecolândia, que se limita ao Norte com o Rio Taquari e ao Sul com o Rio Negro, é a região com mais particularidades, pois, existem diversos ambientes, como baías, corixos, cordilheiras, porém em especial existem lagoas conhecidas como salina. A área de estudo proposta é a lagoa salina do “Rondon”, localizada na Fazenda Firme, no Pantanal da Nhecolândia. O presente trabalho propõe este estudo por ter particularidades nos aspectos físicos e grande importância para o “pantaneiro”, pois é a última fonte de água nas épocas de estiagem. A metodologia foi baseada na análise integrada da paisagem que se pautam num estudo conjunto entre o meio físico e o meio antrópico. O método aplicado para a realização desta pesquisa foi o GTP, (proposto por Bertrand e Bertrand) onde temos o Geossistema (source), Território (ressource) e Paisagem (Ressourcement). O espaço foi estudado através das três variáveis propostas, que no seu conjunto se integram e se interagem na análise geográfica. Na área de estudo foram realizadas tradagens na forma de topossequências em transectos Norte-Sul e Leste-Oeste, para descrever as características dos perfís verticais e horizontais do solo e associar a cobertura vegetal do ambiente. Os resultados demonstraram a grande variabilidade das paisagens das lagoas salinas, onde na “cordilheira” apresente uma vegetação densa e arbórea, a área de contato com a vegetação baixa constituída de gramíneas e a praia onde não há cobertura vegetal, se encontra em contato com a oscilação da água da lagoa salina. Estes aspectos se relacionam com a morfopedologia da área que apresentam características de solos com manchas escuras por materiais orgânicos em decomposição, nos cordões arenosos e com concreções e camadas diferenciadas como a “camada verde”, principalmente na lagoa salina e em direção à base do cordão arenoso. Por meio da análise integrada da paisagem observamos a importância deste ambiente da dinâmica pantaneira, tanto dos aspectos físicos como de aspectos econômicos, na criação do gado bovino, que estes devem ser preservados. |
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Aspectos da Dinâmica Hidrossedimentológica e do Uso e Ocupação do Solo na Bacia do Córrego Arapuá (MS) |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
29/03/2011 |
Área |
GEOGRAFIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Fábio Luiz Leonel Queiroz
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Banca |
- Arnaldo Yoso Sakamoto
- Luiza Luciana Salvi
- Paulo Cesar Rocha
- Vitor Matheus Bacani
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Resumo |
A utilização de bacias hidrográficas como unidade de estudo é usual em pesquisas sobre
qualidade ambiental. Foi adotada como área de estudo a bacia do Córrego Arapuá,
localizada no município de Três Lagoas (MS), na Bacia do Rio Paraná. Os objetivos do
presente trabalho foram os de levantar o uso e ocupação do solo, identificar aspectos das
condições ambientais e descrever a dinâmica hidrossedimentológica na área de estudo. Os
procedimentos metodológicos incluíram o estudo e mapeamento do uso do solo, a análise
da pluviosidade, a análise da bacia hidrográfica (hierarquia fluvial e perfis longitudinal e
transversais) e a análise da dinâmica hidrossedimentológica. As amostras para análise
sedimentológica foram coletadas em 5 pontos no período chuvoso e no período seco, em
fevereiro e agosto de 2010. Os resultados mostraram que há processos erosivos
importantes na área, com presença de voçorocas, principalmente na porção sul da bacia,
área mais ocupada. A análise hidrossedimentológica mostrou que no período chuvoso
houve maior variabilidade de sedimentos de fundo e aporte de areias finas e médias, e
maior concentração dos sedimentos em suspensão. Recomenda-se a continuidade dos
estudos na área, visando a elaboração de políticas de planejamento e de recuperação das
áreas degradadas. |
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Dinâmica Agrária e a Territorialização do Complexo Celulose/Papel na Microrregião de Três Lagoas/MS |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
25/03/2011 |
Área |
GEOGRAFIA |
Orientador(es) |
- Rosemeire Aparecida de Almeida
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Antônio Thomaz Junior
- Carlos Walter Porto Gonçalves
- Maria Celma Borges
- Rosemeire Aparecida de Almeida
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Resumo |
Definimos como objetivo da pesquisa, analisar a dinâmica agrária na Microrregião de Três Lagoas na última década. Consequentemente, também são alvos de estudo, as transformações territoriais a partir da implantação do monocultivo do eucalipto nessa Microrregião, cujo processo está aliado à construção na atualidade da maior fábrica de celulose e papel do mundo, fruto da parceria entre IP/VCP (International Paper e Votorantin Celulose e Papel) com um investimento de aproximadamente Três bilhões de reais.
Aliado a essa investigação dos fatos no tempo presente, buscamos entender como ocorre à reorganização da posse e do uso do espaço agrário na Microrregião de Três Lagoas, tendo como base os dados do Censo Agropecuário do IBGE de 1995/96 e de 2006. Pesquisa esta alinhavada com as entrevistas com camponeses, funcionários e ex-funcionários das empresas de celulose e papel, participação em seminários promovidos pelo setor de celulose - e por entidades que se opõem aos monocultivos de árvores. Além de conversas informais com os proprietários de terras da Microrregião de Três Lagoas e com representantes de comunidades impactadas da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Este caminho investigativo pretendeu apreender a complexidade da aliança entre o capital industrial nacional/internacional e o capital agrário local, bem como o papel do poder público por meio dos incentivos fiscais e facilidades creditícias. Nesse sentido, fundamental se fez analisar como o favorecimento econômico oferecido pelo Estado por meio dos incentivos fiscais reforçou as relações de troca de favores entre o público e o privado, à semelhança do que Martins afirma ao estudar a formação do Estado brasileiro: ―as trocas de honrarias, como títulos e privilégios, no fim resultavam em poder político e, consequentemente, em poder econômico‖ (MARTINS, 1994, p.23).
A pesquisa que realizamos no intuito de compreender a dinâmica no uso e ocupação da terra na Microrregião de Três Lagoas, bem como seus desdobramentos, aponta para algumas certezas e também para questões polêmicas, pois, que, a verdade é uma construção histórica e em torno dela há disputas de concepções de mundo e projetos de sociedade. |
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