Mestrado em Estudos de Linguagens

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TRABALHO Ações
A representação da mulher indígena na literatura de Eliane Potiguara
Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
Tipo Dissertação
Data 17/12/2021
Área TEORIA LITERARIA
Orientador(es)
  • Rosana Cristina Zanelatto Santos
Coorientador(es)
    Orientando(s)
    • Leticia Cintra Paulo de Oliveira
    Banca
    • Danglei de Castro Pereira
    • Paulo Eduardo Benites de Moraes
    • Rosana Cristina Zanelatto Santos
    • Wellington Furtado Ramos
    Resumo Esta dissertação tem por objetivo principal apresentar como a escritora indígena Eliane
    Potiguara, no livro Metade Cara, Metade Máscara, traz um testemunho do sofrimento
    do povo indígena, que tenta reafirmar sua identidade após anos de lutas, além de
    traduzir, para a linguagem escrita, a poética da oralidade indígena. Os poemas do livro
    são como gritos da mulher indígena ativista que engrandece suas raízes e seus
    ancestrais. Por meio da análise de alguns poemas selecionados, procuramos perceber
    uma construção poética que coloca em evidência a mulher indígena, narrando
    liricamente a si mesma. Buscamos ainda compreender a representação da mulher
    indígena escrita por uma mulher indígena ativista das causas dos povos indígenas
    brasileiros. Para chegar ao nosso objetivo principal, investigamos como ocorre a
    participação política dos indígenas hoje no Brasil, qual o conceito de literatura possível
    para pensarmos a literatura indígena brasileira e como a voz de Eliane Potiguara se
    transforma em texto escrito em Metade Cara, Metade Máscara. A temática da mulher
    indígena é referida de várias maneiras, com menções à avó, à mãe, às tias, às primas e a
    mulheres velhas que guardam a sabedoria indígena. Neste trabalho, o foco é a
    representatividade da mulher indígena nos poemas “Terra Cunhã”, “A perda da essência
    da mulher” e “Terra-Mulher”. Os poemas escolhidos são alguns dos que tratam das
    dores e dos sofrimentos da mulher indígena, nos quais Potiguara mostra a força interior,
    a espiritualidade e os valores cosmológicos dessa mulher.
    Palavras-chave: Literatura Indígena Brasileira; Mulher Indígena; Poemas; Eliane
    Potiguara.
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    Olhares brancos, terror negro: branquitude e horror em Corra!, de Jordan Peele
    Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
    Tipo Dissertação
    Data 16/12/2021
    Área LETRAS
    Orientador(es)
    • Ramiro Giroldo
    Coorientador(es)
      Orientando(s)
      • Heidy Maiyumi Rafael Kanasiro
      Banca
      • Angela Maria Guida
      • Paulo Custódio de Oliveira
      • Ramiro Giroldo
      • Rosana Cristina Zanelatto Santos
      Resumo Este trabalho tem como objetivo realizar uma análise do longa-metragem Corra! (2017), de
      Jordan Peele, buscando compreender como o filme constrói o efeito de horror por meio das
      representações da branquitude. Para tanto, parte-se de um panorama geral sobre
      representações raciais no cinema estadunidense, para então realizar-se uma abordagem mais
      específica sobre o gênero do horror. Na segunda seção, intitulada Representações de Raça no
      Cinema Norte-americano, recorre-se aos Estudos Culturais e à ideia de políticas de
      representação de Hall (2016) para pensar processos de construção que tensionam as disputas
      quando a diferença é representada. São abordados os cinco principais estereótipos raciais do
      cinema norte-americano, que dão título ao livro Toms, Coons, Mulattoes, Mammies and
      Bucks: An Interpretative History of Blacks in America Films, de Bogle (2016). Em
      contrapartida, são consideradas as contranarrativas do cinema negro, entendidas como um
      olhar opositor (hooks1
      , 2019), tais como os race movies2
      , algumas produções da
      blaxploitation e de Spike Lee. A terceira seção trata da presença negra no cinema de horror.
      Parte-se de uma abordagem a respeito dos gêneros cinematográficos para compreender-se a
      estrutura do gênero de terror e seus arquétipos. Entre os subgêneros do terror, destaca-se a
      presença de monstros e sua repetida utilização alegórica como a alteridade racial. É analisada
      a figura de King Kong e sua representação como uma negritude animalizada. Como um
      contraponto às representações estereotipadas, apresenta-se A noite dos mortos-vivos (1968),
      de George Romero, para introduzir a ideia da branquitude como fonte de horror. Também são
      relacionadas algumas experiências de animalização e objetificação de pessoas negras em
      espaços majoritariamente brancos, como em Fanon, Baldwin, Saartje Baartman e nas
      mulheres que foram entrevistadas por Grada Kilomba de maneira alusiva ao protagonista de
      Corra!, Chris. A quarta seção detém-se em uma análise de quatro trechos específicos do
      filme, sendo o primeiro um estudo sobre Dean Armitage como arquétipo do cientista maluco,
      o segundo refere-se ao lugar de silenciamento provocado pela hipnose de Missy, o terceiro
      trecho busca entender o lugar de asiáticos nas relações raciais, partindo do personagem Hiroki
      Tanaka, por fim, a mansão dos Armitage será relacionada a uma plantation, associando o
      gesto de Chris, ao tirar o algodão dos ouvidos, a um processo de descolonização.
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      A objetivação da mulher surda na ordem do digital: discursos e sentidos sobre o sujeito-corpo (de) Natália
      Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
      Tipo Dissertação
      Data 10/12/2021
      Área LETRAS
      Orientador(es)
      • Elaine de Moraes Santos
      Coorientador(es)
        Orientando(s)
        • Ana Paula Saffe Mendes
        Banca
        • Edson Carlos Romualdo
        • Elaine de Moraes Santos
        • Fabiana Pocas Biondo
        • Juliana da Silveira
        • Rosivaldo Gomes
        Resumo À luz dos Estudos Discursivos Foucaultianos, travando um diálogo entre os conceitos do filósofo francês e dos Estudos Surdos (SKLIAR, 2015), analisei como ocorreu a caracterização da mulher surda pelo viés da objetivação e da objetificação do corpo em comentários realizados em duas matérias publicadas pelo Portal G1 de notícias, uma de 2014, outra de 2017. Para tanto ponderei, pela ótica do método arqueogenealógico, como e por quê emergiram determinadas discursividades sobre a vida de Natália, uma mulher surda. Observando a circulação de discursos ordinários (SILVEIRA, 2016), meu foco foi a relação entre os saberes instituídos sobre a mulher surda e a objetivação do sujeito Natália nos comentários selecionados para análise. A construção do arquivo e o recorte do corpus, norteados pela regularidade serial de enunciabilidades sobre a corporeidade (SANTOS, 2014) de Natália, contaram com a heterogeneidade de espaços discursivos que é própria ao que Guilhaumou & Maldidier (2014) designam por trajeto temático. A metodologia foi fundamental à realização de uma leitura de diferentes instâncias de legitimidade de onde erigem os discursos constitutivos dos enunciados coletados. As condições de possibilidade (FOUCAULT, 2020a) do objeto selecionado se situam a partir de 2014, com o início da intensificação do debate sobre acessibilidade no Exame Nacional do Ensino Médio, a partir da denúncia feita por Natália e midiatizada pelo Portal G1, e se estendem até 2017 – ano no qual o tema da redação focalizou as dificuldades da formação de surdos na educação brasileira e Natália protagonizou outra reportagem do mesmo canal. Das análises, destacou-se a presença de características qualitativas sobre o corpo de uma mulher surda, tomadas como, no ecoar das falas foucaultianas, efeitos que formulam o sujeito Natália enquanto deficiente, problemático e objeto sexual. Tendo corpo e comportamento regulados por descrições normativas, institucionalizadas por discursos clínicos, jurídicos, midiáticos e ordinários, o apagamento da diferença da surdez destitui Natália de sua existência heterogênea, superiorizando a homogeneidade da naturalização do que é ser surda pela perspectiva desses discursos. Por fim, a partir das análises, este trabalho se apresenta com uma contribuição para a expansão da pesquisa científica referente à mulher surda.
        Palavras-chave: Mulher surda. Enunciado. Objetivação. Objetificação.
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        A construção discursiva de um regime de verdades sobre professores em postagens de 2019 e 2020 no Twitter
        Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
        Tipo Dissertação
        Data 06/12/2021
        Área LETRAS
        Orientador(es)
        • Elaine de Moraes Santos
        Coorientador(es)
          Orientando(s)
          • Valesca Soares Consolaro
          Banca
          • Daniela Sayuri Kawamoto Kanashiro
          • Elaine de Moraes Santos
          • Fabiana Pocas Biondo
          • Juliana da Silveira
          • Renata Adriana de Souza
          Resumo Fundamentado na arqueogenealogia (ARAÚJO, 2008), o objetivo deste trabalho é
          desestabilizar as relações de poder-saber (FOUCAULT, 2019) que atravessam a
          construção de sentidos nos discursos ordinários (SILVEIRA, 2015) sobre
          professores brasileiros do Twitter, nos anos de 2019 e 2020. O recorte é selecionado
          levando em consideração o modo como os discursos da rede social alcançam um
          lugar de visibilidade que não existia anteriormente à popularização dos espaços
          enunciativos informatizados (GALLO, 2019). O movimento também é baseado na
          descontinuidade de acontecimentos históricos (FOUCAULT, 2014a), olhar que
          favorece a compreensão de como os efeitos de sentido circulam e se (re)atualizam
          no tempo. As condições de possibilidade (FOUCAULT, 2020) dos enunciados
          descritos e interpretados surgem do corte de verbas da educação superior federal,
          em 2019 – evento marcado pela depreciação dos conhecimentos e das práticas
          produzidas pelas/nas universidades públicas. Instituições que foram definidas pelo
          ministro da educação no período, Abraham Weintraub, como locais de “balbúrdia”.
          Do estabelecimento de trajetos temáticos (GUILHAUMOU; MALDIDIER, 2014),
          foram mobilizados, como recortes metodológico-analíticos, os três diferentes e
          interligados eixos, a saber: “professores doutrinadores”, “ser professor é declaração
          de não conseguir fazer outra coisa” e “professores não trabalham na pandemia”.
          Enquanto resultado, os discursos analisados são atravessados pela formação de um
          regime de verdades (FOUCAULT, 2014a), em que são aplicadas, por meio da
          governamentalidade (FOUCAULT, 2019), estratégias de poder e saber pautadas na
          disciplinarização (FOUCAULT, 2014b), responsável por fabricar modos de ser
          professor hoje.

          Palavras-chave: Arqueogenealogia. Discursos ordinários. Balbúrdia. Sujeitoprofessor.
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          LEITURAS CRÍTICAS BIOGRÁFICAS FRONTEIRIÇAS: Heloisa Buarque de Hollanda, uma intelectual da exterioridade.
          Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
          Tipo Dissertação
          Data 03/12/2021
          Área LETRAS
          Orientador(es)
          • Edgar Cezar Nolasco dos Santos
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • Nathalia Flores Soares
            Banca
            • Damaris Pereira Santana Lima
            • Edgar Cezar Nolasco dos Santos
            • Marcos Antônio Bessa Oliveira
            • Marta Francisco de Oliveira
            • Vania Maria Lescano Guerra
            Resumo Esta pesquisa se assenta em uma leitura biográfico-fronteiriça partindo da obra
            Escolhas (2009), da intelectual e professora Heloisa Buarque de Hollanda. Para tanto,
            me valerei do viés possibilitado pela crítica biográfica de Eneida Maria de Souza
            (2002), da crítica biográfica fronteiriça de Edgar Cézar Nolasco (2013) e da
            epistemologia descolonial presente nos escritos de Walter Mignolo (2003). Nesse
            sentido, utilizarei uma metodologia eminentemente bibliográfica assentada na crítica
            biográfica fronteiriça engendrada por conceitos como desprendimento, desobediência
            espitêmica, razão subalterna, memórias subalternas latinas, dentre outros. Portanto,
            na esteira do recorte teórico supracitado, pretendo delinear um ensaio biográfico da
            intelectual a partir de seu projeto intelectual com os corpos marginais. A dissertação
            será dividida em três momentos, o I capítulo intitulado: “DO OUTRO LADO DO
            PENSAMENTO COLONIAL: Escolhas da desobediência epistêmcia em Heloisa
            Buarque de Hollanda”, o qual se baseia em uma teorização dos principais conceitos
            que elegem a epistemologia fronteiriça. No II capítulo, “MEMÓRIA DESCOLONIAL:
            por uma conceituação fronteiriça”, tratarei da questão da memória e do arquivo da
            exterioridade em Heloisa Buarque de hollanda. Por fim, no III capitulo intitulado “UMA
            AULA DE ESCOLHAS: a desobediencia epistêmica em Heloisa Buarque de Hollanda
            e Ana Callado” se trata de uma leitura comparatista de ordem crítica biográfica
            fronteiriça, acerca da obra Uma aula de Matar (2010) a qual ficcionaliza a vida de
            Heloisa Buarque de Hollanda.
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            Da trilha ao caminho: um estudo do rural e do urbano no léxico de falantes da região Sudeste do Brasil
            Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
            Tipo Dissertação
            Data 29/11/2021
            Área LETRAS
            Orientador(es)
            • Aparecida Negri Isquerdo
            Coorientador(es)
              Orientando(s)
              • Sânia Fontoura Fernandes
              Banca
              • Aparecida Negri Isquerdo
              • Beatriz Aparecida Alencar
              • Elizabete Aparecida Marques
              • Marilze Tavares
              • Renato Rodrigues Pereira
              Resumo O acervo vocabular de um grupo social retrata aspectos da identidade, da visão de mundo, das crenças, dos valores e das tradições desse grupo. O léxico constitui assim, como a via que permite ao falante perceber e representar o meio no qual está inserido possibilitando-o nomear todos os seres e referentes dos ambientes físico e sociocultural a que pertence. Este trabalho tem como objetivo mais amplo discutir o léxico regional, analisando a questão da relação rural/urbano no vocabulário de falantes de localidades de pequeno porte do interior da região Sudeste do Brasil, com enfoque na perspectiva da identificação e análise de traços de conservadorismos léxicos. Assim, esta pesquisa busca, com base em dados geolinguísticos, verificar em que medida fatores espaciais, históricos e socioculturais podem influenciar a escolha lexical dos falantes. Para tanto, fundamenta-se em pressupostos teórico-metodológicos da Lexicologia, da Dialetologia, da Sociolinguística, da Etnolinguística assim como em conhecimentos teóricos da Antropologia e Sociologia Rural, tendo em vista a abordagem da pesquisa voltada para a questão dos conceitos de rural e urbano materializados no léxico do grupo investigado. O corpus do estudo foi constituído por um total de 1.019 unidades lexicais documentadas como respostas para sete perguntas do Questionário Semântico-Lexical (QSL), do Projeto Atlas Linguístico do Brasil – ALiB, vinculadas às áreas semânticas das atividades agropastoris e da fauna, a saber: QSL/44 – “a ponta roxa no cacho da banana”; QSL/54 – “a armação de madeira, que se coloca no pescoço de animais (porco, terneiro / bezerro, carneiro, vaca), para não atravessarem a cerca”; QSL/61 – “o homem que é contratado para trabalhar na roça de outro, que recebe por dia de trabalho”; QSL/62 – “O que é que se abre com o facão, a foice para passar por um mato fechado? ” ; QSL/63 – “...o caminho no pasto onde não cresce mais grama, de tanto o animal ou o homem passarem por ali”; QSL/65 – “o passarinho bem pequeno, que bate muito rápido as asas, tem o bico comprido e fica parado no ar” e QSL/66 – “a ave que faz a casa com terra, nos postes, nas árvores e até nos cantos da casa” (COMITÊ NACIONAL, 2001, p. 25-27). As respostas foram fornecidas por 156 falantes naturais de 39 localidades do interior dos estados de Minas Gerais, do Espírito Santo e do Rio de Janeiro, integrantes da rede de pontos do Projeto ALiB na região Sudeste do Brasil. De acordo com o perfil estabelecido pelo ALiB, em cada localidade entrevistaram-se quatro informantes nascidos e criados na localidade e com pais da mesma região linguística, de ambos os sexos, de duas faixas etárias (18 a 30 anos e 50 a 65 anos) e com escolaridade até o Ensino Fundamental. Os dados foram examinados pelas perspectivas diatópica, demonstrando a distribuição areal das unidades lexicais documentadas e léxico-semântica. As análises demonstraram por exemplo, a presença do item lexical caminho de uso genérico para denominar “picada” e “trilho/trilha” assim como o registro do item picada, o que permitiu identificar traços de ruralidade e ao mesmo tempo de urbanização na fala dos grupos investigados, fato que confirma a existência de um continuum de rural e urbano na norma lexical desse grupo. Apontou ainda dados que revelam resquícios de formas léxicas conservadoras indicando possivelmente influências decorrentes de aspectos históricos, geográficos e socioculturais, na fala dos grupos em análise, como é o caso dos itens léxicos trieiro, carreiro e rastro, os dois primeiros particulares ao Estado de Minas Gerais e o último, apenas no Rio de Janeiro, como designativo para “trilho/trilha”. Por fim, este estudo ratificou a interface entre léxico, cultura e sociedade.
              Palavras-chave: Léxico-regional; Continuum rural/urbano; Conservadorismo lexical; Atlas Linguístico do Brasil; região Sudeste.
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              A SEMIÓTICA GREIMASIANA NAS CANÇÕES INFANTIS DO ÁLBUM CRIANCEIRAS
              Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
              Tipo Dissertação
              Data 30/07/2021
              Área LETRAS
              Orientador(es)
              • Sueli Maria Ramos da Silva
              Coorientador(es)
                Orientando(s)
                • Maria Lucia Amaral Muniz
                Banca
                • Eluiza Bortolotto Ghizzi
                • Geraldo Vicente Martins
                • Matheus Nogueira Schwartzmann
                • Rita de Cassia Aparecida Pacheco Limberti
                • Sueli Maria Ramos da Silva
                Resumo Esta dissertação está fundamentada na teoria semiótica de linha francesa. Nosso
                objetivo geral é realizar a análise semiótica das canções do Álbum Crianceiras do compositor
                Márcio de Camillo, ao musicalizar poesias de Manoel de Barros. Cabe ressaltar que nossa
                investigação incide sobre a percepção sensível do enunciatário infantil. A metodologia de
                análise consiste na utilização do percurso gerativo do sentido como forma de leitura para
                depreender o sentido sensível das canções, assim como aspectos sonoros e timbrísticos.
                Selecionamos, essencialmente, o seguinte aparato bibliográfico: (BARROS, 2005), (FIORIN,
                2001, 2005), (BERTRAND, 2003), (GREIMAS, 1966), (TATIT, 2019), dentre outras
                publicações mais recentes, sobretudo dos últimos cinco anos, que tratam da semiótica
                cancional. Nosso recorte analítico seleciona as canções do Álbum Crianceiras para a análise em
                suas três camadas: fundamental, narrativa e discursiva. Tomando as unidades cancionais que
                compõem a totalidade da obra, observamos as relações simétricas entre as canções que
                compõem o álbum. Nossas análises procuraram identificar: a) os actantes da enunciação: eu/tu;
                b) o espaço da enunciação; c) a contraposição entre valores positivos e negativos; d) os tempos
                verbais da enunciação; e) euforia e disforia, resultado estético da obra no contexto região
                pantanal. Análise das canções realizou-se de modo a nos permitir referenciar às imagens
                temáticas e figurativas, segundo as quais elas sinalizam a imagem sonora descrita no modelo
                taitiano para a visualização da linha melódica, de como se dá a relação da letra com a canção
                (TATIT, 2003). Assim sendo, guardamos a perspectiva de contribuir na ampliação dos estudos
                acerca da semiótica greimasiana aplicada ao objeto de análise da canção infantil, notadamente
                no que concerne às composições de Márcio de Camillo.
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                Drummond, leitor de si mesmo: princípios de organização em sua Antologia Poética
                Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                Tipo Dissertação
                Data 09/07/2021
                Área LETRAS
                Orientador(es)
                • Geraldo Vicente Martins
                Coorientador(es)
                  Orientando(s)
                  • Fernanda Martines de Araujo
                  Banca
                  • Geraldo Vicente Martins
                  • José Antonio De Souza
                  • Maria Luceli Faria Batistote
                  • Nataniel dos Santos Gomes
                  • Wellington Furtado Ramos
                  Resumo A pesquisa de que resultou a presente dissertação fundamentou-se na teoria
                  semiótica discursiva também conhecida como greimasiana ou francesa,
                  compreendida como a mais adequada para a análise do nosso objeto – o texto
                  poético drummondiano – devido a seu caráter de teoria voltada para uma
                  abordagem do conteúdo e da expressão dos textos. Partindo da premissa de uma
                  lacuna existente com relação aos estudos e análises da obra Antologia poética, de
                  Carlos Drummond de Andrade, considerada como representativa não somente por
                  dispor de uma variedade de poemas, mas também por ter sido organizada pelo
                  próprio autor, a partir de escolhas pessoais, objetivou-se realizar uma análise de
                  seus eixos de organização em busca de identificar o simulacro do enunciador
                  drummondiano como leitor e organizador de sua Antologia. No que se refere ao
                  método, foram feitas as análises do percurso gerativo de sentido de dois poemas de
                  cada uma das seções que compõem o livro, visando a verificar, por meio das
                  temáticas das seções, a presença de elementos semânticos recorrentes nos textos
                  que as constituem, a partir dos quais se pudesse alcançar o eixo geral de
                  organização da obra e, concomitantemente, uma identificação do simulacro do
                  enunciador drummondiano. Por meio do exame do percurso gerativo de alguns dos
                  poemas, que compõem o corpus da pesquisa, pode-se verificar que dialogam uns
                  com os outros no que diz respeito à temática. No que se refere à organização,
                  encontraram-se três eixos relacionados: primeiro, a seleção das obras; segundo, as
                  quatro fases drummondianas; e, terceiro, a temática apropriada aos tópicos
                  presentes ao longo dessas fases. Tais eixos, em sua junção, suscitam uma
                  concepção geral da organização da obra, a qual visa a evidenciar, por meio das
                  características de um sujeito, toda a sua realização poética. Observou-se que
                  determinado sujeito possui como característica mais evidente o desajuste, o qual se
                  dá distintamente de acordo com o tema da seção, sendo, portanto, um elemento
                  desencadeador de paixões, como também uma marca que, além de dar vazão ao
                  sentir do indivíduo, acaba por dar forma tanto ao simulacro do enunciador, quanto ao
                  do enunciatário, tornando possível uma compreensão da intencionalidade
                  enunciativa ao se organizar a obra de determinada maneira, o que se pode
                  aproximar, com as devidas ressalvas, de uma imagem do autor.
                  Palavras-chave: Semiótica. Poesia. Literatura brasileira. Simulacro. Enunciador
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                  A via crucis do corpo na poética performática de Angélica Freitas e Berna Reale
                  Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                  Tipo Dissertação
                  Data 18/06/2021
                  Área LETRAS
                  Orientador(es)
                  • Angela Maria Guida
                  Coorientador(es)
                    Orientando(s)
                    • Daniel Almeida Machado
                    Banca
                    • Alexandra Santos Pinheiro
                    • Angela Maria Guida
                    • Fabiana Pocas Biondo
                    • Patricia Graciela da Rocha
                    Resumo A violência absoluta que emana das relações humanas nos acompanha diariamente, em
                    noticiários, na vida cotidiana e no âmago de nossas ações. Seres passivos ou ativos, somos
                    partícipes da vida em violência. Sujeitos sem saída, podemos tentar entender a violência,
                    representá-la de forma estética. Neste sentido, o presente trabalho almeja, por meio do diálogo
                    entre poemas da escritora gaúcha Angélica Freitas, em Um útero é do tamanho de um punho ,
                    e performances da artista visual paraense Berna Reale, demonstrar um discurso
                    poético-artístico-filosófico acerca da violência, especialmente contra os corpos femininos.
                    Pensar-se-á, assim, como a violência ganha forma por meio da literatura, das artes visuais, e
                    nos questionamentos de pensadores e pensadoras como Hannah Arendt, Judith Butler, Slavoj
                    Žižek, Michel Foucault, Heloisa Buarque de Hollanda e Jacques Derrida. Há algo de estranho
                    no reino da vida humana, e esse algo, é a violência.
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                    A TRANSPOSIÇÃO DOS GAMES PARA O CINEMA: A REPRESENTAÇÃO DAS VIOLÊNCIAS NA ADAPTAÇÃO DE ASSASSIN’S CREED
                    Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                    Tipo Dissertação
                    Data 07/05/2021
                    Área LETRAS
                    Orientador(es)
                    • Marcia Gomes Marques
                    Coorientador(es)
                      Orientando(s)
                      • Isabela Domingues Allaman
                      Banca
                      • Andriolli de Brites da Costa
                      • Angela Maria Guida
                      • Marcia Gomes Marques
                      • Marcos Paulo da Silva
                      Resumo A presente pesquisa tem como objetos de análise duas obras: o jogo eletrônico Assassin's Creed (2007) e sua adaptação cinematográfica homônima de 2016, dirigida por Justin Kurzel, com o objetivo de analisar como a representação de violências e suas temáticas adjacentes é apresentada e explorada dentro do contexto narrativo de cada uma das mídias. Partindo da premissa de que produtos midiáticos são produtos culturais que carregam consigo lógicas de produção e linguagens específicas, produzindo discursos em suas narrativas temos como intenção a) apresentar o contexto contemporâneo de produção midiática audiovisual e digital; b) refletir sobre a violência de um ponto de vista filosófico, salientando as suas formas, significações e representações sociais; e c) analisar e interpretar a representação das violências feitas nas duas obras. Portanto, este estudo dividido em 3 capítulos, sendo o primeiro de referencial teórico aborda questões relativas à mídia, meios de comunicação e contemporaneidade, o segundo é voltado para questões filosóficas relativas às violências e o último analisa o discurso dos objetos a partir de uma interpretação de base filosófica e literária do tema de Assassin’s Creed.
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                        Entre espaços discursivo-biográficos: sobre as práticas de escrita de adultos surdos
                        Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                        Tipo Dissertação
                        Data 26/02/2021
                        Área LETRAS
                        Orientador(es)
                        • Elaine de Moraes Santos
                        Coorientador(es)
                          Orientando(s)
                          • Adalgisa Aparecida de Oliveira
                          Banca
                          • Daniela Sayuri Kawamoto Kanashiro
                          • Elaine de Moraes Santos
                          • Nara Hiroko Takaki
                          • Rony Marcio Cardoso Ferreira
                          • Samuel Ronobo Soares
                          Resumo Este trabalho visa desestabilizar os efeitos de evidência acerca da natureza híbrida
                          das práticas de escrita de adultos surdos quando mobilizam a língua portuguesa e se
                          fazem autores em espaços discursivos do cotidiano. Para adentrar esse trajeto
                          temático (GUILHAUMOU; MALDIDIER, 2014), adoto a Análise do Discurso de linha
                          francesa em diálogo com os chamados Estudos Surdos, focalizando as noções de
                          cultura e identidade surda, para pensar surdez como diferença linguística, a LIBRAS
                          como L1 e o acesso ao português como segunda língua. Na relação transdisciplinar,
                          adoto a crítica biográfica como meio de tecer maior “liberdade criativa” (SOUZA,
                          2011), no batimento entre uma escrita de si, professora e pesquisadora, diante das
                          condições de escrita de 8 alunos surdos que cursam o Ensino Médio em um Centro
                          Estadual de Educação de Jovens e Adultos, situado em Campo Grande-MS. De posse
                          do arquivo discursivo produzido, o estudo recorta como corpus regularidades e
                          dispersões (FOUCAULT, 2010) que historicizam a relação entre as políticas públicas
                          em vigor para o ensino inclusivo de surdos e sua implementação no contexto
                          investigado. No processo, ao retratar minhas memórias, enunciando um caminho
                          desconhecido, ressignifico a minha própria vida e a do outro. Iniciando pelo meu eu,
                          enquanto profissional de AEE, perpasso por memórias que enriquecem minha
                          trajetória de vida, ao me apropriar das experiências que demarcam a minha
                          caminhada e que, aqui, relaciono com meu objeto de estudo, para dar suporte e
                          mostrar de onde vem o desejo por colaborar com o outro, surdo, enquanto sujeito de
                          subjetividades fronteiriças. Como resultados, de um lado, reuni informações, registros,
                          exemplos e experiências a partir de um modo outro de pensar a aprendizagem de
                          português por alunos surdos na EJA ou a forma como se constituem suas práticas de
                          escrita no espaço escolar. Em conformidade aos anseios da atualidade, reivindicar a
                          urgência de promover adequação da formação profissional de professores e
                          intérpretes, além da implementação de políticas linguísticas que desmistificam a
                          deturpação das práticas escritas do sujeito surdo, é assumir o compromisso de
                          desconstruir estigmas e proporcionar maior aquisição da LIBRAS por ouvintes.

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                          Análise de discursos machistas reproduzidos por mulheres no Facebook
                          Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                          Tipo Dissertação
                          Data 25/02/2021
                          Área LETRAS
                          Orientador(es)
                          • Elaine de Moraes Santos
                          Coorientador(es)
                            Orientando(s)
                            • Talita Ribeiro Martins
                            Banca
                            • Elaine de Moraes Santos
                            • Fabiana Pocas Biondo
                            • JULIANA DA SILVEIRA SANTOS
                            • Kátia Alexsandra dos Santos
                            • Rogerio Vicente Ferreira
                            Resumo Em 2018, no Brasil, durante as eleições presidenciais, concepções machistas de uma sociedade historicamente patriarcal ganharam força nas redes sociais, manifestando o engajamento de eleitores nas campanhas. A constante repetição dos discursos machistas em diversas esferas sociais do período motivou a realização deste trabalho, que objetiva analisar a apropriação do discurso extremista – feminista e machista – por perfis/avatares apresentados como femininos nas páginas Jovens de Esquerda e Jovens de Direita no Facebook, problematizando regularidades e dispersões, estabelecendo, também, a historicidade e os impactos do efeito bumerangue por e para as mulheres. Para montagem do arquivo, foram utilizados os filtros do próprio Facebook na busca pelas palavras “mulher” e “feminismo”. O processo metodológico de descrição-interpretação das sequências discursivas selecionadas como corpus levou em conta as condições de produção, com base na perspectiva teórico-analítica da Análise de Discurso de linha francesa. No cumprimento do propósito maior, configuraram objetivos específicos: a) interrogar os efeitos de sentido possíveis no que tange à circulação de discursos machistas por perfis/avatares; b) contribuir com o arcabouço acerca do trabalho com discursividades do/no Facebook, enquanto espaço discursivo. No exercício da dominação, do apagamento e do silenciamento do feminino, os enunciados analisados sustentam o licenciamento da interdição das mulheres, quais os discursos (não) permitidos para elas, os locais que (não) podem ocupar e quais ações os seus corpos (não) devem realizar. Os resultados ainda explicitam a manutenção do equívoco conceitual quanto aos feminismos, julgando-os antônimo de machismos, seguida de desumanização, animalização, sexualização e desqualificação profissional do sujeito feminista, bem como de descaracterização de sua espiritualidade. Por uma série de discursos estabilizados a partir de estereótipos sociais, as mulheres continuam sendo caracterizadas sob o prisma do lar, do matrimônio e da imagem de fragilidade, em frequentes tentativas de interromper o exercício livre das capacidades físicas e intelectuais do sujeito feminino.
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                            Protótipo de dicionário monolíngue de expressões somáticas do português
                            Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                            Tipo Dissertação
                            Data 24/02/2021
                            Área LETRAS
                            Orientador(es)
                            • Elizabete Aparecida Marques
                            Coorientador(es)
                              Orientando(s)
                              • Natália Gabrieli dos Santos Fagundes Euzébio
                              Banca
                              • Ana Karla Pereira de Miranda
                              • Aparecida Negri Isquerdo
                              • Elizabete Aparecida Marques
                              • Renato Rodrigues Pereira
                              • Rosana Budny
                              Resumo
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                                Do texto verbal ao imagético: o narrador em O enfermeiro, de Machado de Assis
                                Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                                Tipo Dissertação
                                Data 19/02/2021
                                Área LETRAS
                                Orientador(es)
                                • Marcia Gomes Marques
                                Coorientador(es)
                                  Orientando(s)
                                  • Yaisa Melina de Araujo Custódio
                                  Banca
                                  • Angélica Catiane da Silva de Freitas
                                  • Geraldo Vicente Martins
                                  • Marcia Gomes Marques
                                  • Marcos Paulo da Silva
                                  Resumo Esta pesquisa tem por objetivo analisar como se deu o processo de transposição do
                                  conto O enfermeiro em três mídias distintas: a do jornal (1884), a do livro (1896) e a
                                  do cinema, concentrando-se na categoria do narrador. O estudo tem como base as
                                  teorias de mediação de Martín-Barbero (2015) e de tradução intersemiótica de Plaza
                                  (2013), ancoradas pela semiótica da cultura a partir dos conceitos de Lotman (1978,
                                  1996). Considerando o meio pelo qual está inserido, ressalta-se a figura do narrador
                                  como elemento principal de construção e apreensão de sentidos, que são alterados
                                  mediante o processo de tradução pelos quais os textos são submetidos. No final desta
                                  pesquisa, contatou-se que as modificações que Machado de Assis realizou no conto
                                  Cousas Intimas para fazer parte da coletânea diziam respeito ao caráter do narrador,
                                  que ora se aproximava, ora se distanciava do leitor, mediante o meio de comunicação
                                  e o ambiente no qual estava publicado. Essas mudanças promoveram um efeito de
                                  duplicidade no conto transposto para o livro, que quando fazia parte do jornal era
                                  abrandado. Adaptado para o cinema, esse narrador com seu caráter ambíguo adotou
                                  a perspectiva do conto publicado na coletânea, no qual manteve os vazios no texto
                                  para que o leitor/ espectador tirasse suas conclusões.
                                  Palavras-chave: Machado de Assis; Narrador; Tradução intersemiótica.
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                                    A LITERATURA AFRO-BRASILEIRA E O ENSINO HÍBRIDO
                                    Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                                    Tipo Dissertação
                                    Data 12/02/2021
                                    Área LETRAS
                                    Orientador(es)
                                    • Michele Eduarda Brasil de Sa
                                    Coorientador(es)
                                      Orientando(s)
                                      • Leticia da Rocha de Araujo
                                      Banca
                                      • Daniela Sayuri Kawamoto Kanashiro
                                      • Fabiana Pocas Biondo
                                      • Michele Eduarda Brasil de Sa
                                      • Rony Marcio Cardoso Ferreira
                                      • Vanessa Ribeiro Teixeira
                                      Resumo Esta pesquisa de mestrado investiga o ensino híbrido como ferramenta para o ensino
                                      da literatura afro-brasileira. Nesta abordagem, em que o aluno aprende por meios mais
                                      dinâmicos, basicamente o processo ensino e aprendizado ocorre ora presencial, ora
                                      a distância. É importante ressaltar que desde a publicação da Lei 10693/03 percebese ainda poucos materiais impressos e métodos que abarquem essa temática nas
                                      instituições de ensino públicas e particulares. Por isso, esta pesquisa descreve aspectos e modalidades do ensino híbrido a partir de Souza e Andrade (2013) e Christensen,
                                      Horn e Staker (2015) e apresenta também ambientes virtuais e redes sociais com
                                      Machado e Tijiboy (2005) e Braga (2013) como meio de embasar o profissional da educação que deseja ensinar com efetividade a cultura e a história do povo negro no
                                      Brasil. Para abordar a literatura, aborda-se Candido (1995), Abreu (2006), Zilberman
                                      (2008) e Ramos e Corso (2010). Para a literatura afro-brasileira e suas especificidades, consulta-se Evaristo (2007, 2009 e 2010), Munanga (2005), Duarte (2008, 2010
                                      e 2014) e Lobo (2007). Muitos educadores têm dificuldade para trabalhar com os temas relacionados ao preconceito e à discriminação racial, assim, como auxílio apresenta-se algumas estratégias de ensino, tais como o modelo de rotação, o virtual enriquecido e o rodízio como possibilidades de ferramentas apropriadas. Portanto, a
                                      questão que orienta este estudo trata de como o ensino híbrido pode auxiliar no processo de ensino da literatura afro-brasileira para alunos do ensino médio. A discriminação, os conflitos e preconceitos raciais mostram que ainda é preciso um grande
                                      investimento na educação, e o ensino híbrido pode colaborar nestes esforços.
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                                      A representação da violência em espaços periféricos: Coração das Trevas, de Joseph Conrad, e Selva Trágica, de Hernâni Donato
                                      Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                                      Tipo Dissertação
                                      Data 01/02/2021
                                      Área LETRAS
                                      Orientador(es)
                                      • Rosana Cristina Zanelatto Santos
                                      Coorientador(es)
                                        Orientando(s)
                                        • Rafaela Cristiane Pereira Maciel
                                        Banca
                                        • Jucelia Souza da Silva
                                        • Paulo Bungart Neto
                                        • Ramiro Giroldo
                                        • Rosana Cristina Zanelatto Santos
                                        • Wellington Furtado Ramos
                                        Resumo
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                                          CORPO EPISTÊMICO FRONTEIRIÇO: LUGAR DESCOLONIAL DAS SENSIBILIDADES BIOGRÁFICAS, CORPORAIS E LOCAIS
                                          Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                                          Tipo Dissertação
                                          Data 21/12/2020
                                          Área LETRAS
                                          Orientador(es)
                                          • Edgar Cezar Nolasco dos Santos
                                          Coorientador(es)
                                            Orientando(s)
                                            • Marina Maura de Oliveira Noronha
                                            Banca
                                            • Damaris Pereira Santana Lima
                                            • Edgar Cezar Nolasco dos Santos
                                            • Marta Francisco de Oliveira
                                            • Vania Maria Lescano Guerra
                                            Resumo Este trabalho tem por objetivo (re)ler os corpos a partir de uma epistemologia
                                            outra da fronteira-sul como opção descolonial. Portanto, o corpo epistêmico
                                            fronteiriço aqui em vislumbre será tomado como contra modelo ao corpo
                                            defendido pela lógica ocidental/moderna, assentada no cogito cartesiano,
                                            segundo o qual se não pensarmos eurocentricamente meu/nossos corpos não
                                            existirão. Assim, no intento de descolonizar os corpos da diferença colonial, o
                                            meu/nossos corpos epistêmicos fronteiriços estão pautados em discussões
                                            atravessadas pela crítica biográfica fronteiriça (NOLASCO, 2013) com um
                                            fazer/saber outro da fronteira-sul de um lócus geoistórico que desafia os projetos
                                            imperiais/territoriais edificados pelo contexto da interioridade moderna. Por
                                            conseguinte, a intenção é dar visibilidade aos corpos da exterioridade fixados na
                                            ideia de arquivo (DERRIDA) na distinção entre razão e emoção, segundo projeto
                                            moderno. Considerando essas questões, penso e insisto na ideia primeira para
                                            instaurar meu próprio bios/lócus num corpo de pesquisadora, mulher, de cor e
                                            subalterna por excelência, visando abrir o arquivo outro na/da fronteira de Mato
                                            Grosso do Sul – Brasil. Entende-se que o corpo também é “conceito” a ser
                                            discutido por uma teorização fronteiriça, como o corpo da exterioridade, a
                                            corpopolítica (Mignolo), o corpo da diferença colonial e por outros conceitoscorpos na esteira da crítica biográfica fronteiriça. Valendo-me de uma metodologia
                                            de caráter bibliográfico e respaldada por teóricos/críticos que nos ajudam a
                                            pensar a paisagem biogeográfica (BESSA-OLIVEIRA) busquei deter-me nos
                                            corpos latinos da fronteira-sul. Nesse ponto, dentre os teóricos utilizados,
                                            menciono Walter Mignolo, Frantz Fanon, Gloria Anzaldúa, Aníbal Quijano, Ramón
                                            Grosfoguel, Boaventura de Sousa Santos, Juliano Pessanha, Eneida Maria de
                                            Souza, Edgar Nolasco, Bessa-Oliveira, Jacques Derrida, Francisco Ortega e
                                            outros. Sendo assim, ao longo da pesquisa, evidenciamos a prática epistêmica no
                                            desenvolvimento de cada capítulo. No capítulo I “COR(POR)AZONAR – O
                                            ESPAÇO INTIMO BIOGRÁFICO: uma opção descolonial epistêmica fronteiriça”,
                                            volto-me, essencialmente, para o corpo epistêmico fronteiriço exatamente para
                                            pensar em corpos outros que ensejo discutir, corpos de vidas locais que foram
                                            insistentimente relegadas à diferença colonial/moderna. No capítulo II, “CORPO
                                            (DES)ARQUIVO: memórias na/da fronteira da exterioridade”, debrucei-me sobre a
                                            crítica do bios, tendo como maiores expoentes os conceitos de memória e arquivo
                                            à luz de teóricos a contar de formulações de Derrida, passando pela ideia de
                                            arquivo outro, da fronteira-sul. O corpo será tratado como lugar de memóriaarquivo das práticas epistêmicas de Mato Grosso do Sul. No capítulo III, “CORPO
                                            ILUSTRAÇÃO: entre curvas/retas – corpos epistêmicos fronteiriços”, retomo de
                                            forma ilustrativa as discussões teóricas a partir da crítica comparatista biográfica
                                            pensada da latinidade fronteira-sul, lugar descolonial das sensibilidades
                                            biográficas, corporais e locais. Enfim, por meio da discussão realizada ao longo
                                            do texto como um todo procurei contornar o lugar conceitual pelo que vim
                                            chamando de “corpo epistêmico fronteiriço”.
                                            Palavras-chave: Corpo epistêmico fronteiriço; Descolonialidade; Crítica biográfica
                                            fronteiriça.
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                                            Entre homo-bios-grafias e escrevivências de Silviano Santiago: exercícios de crítica biográfica fronteiriça
                                            Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                                            Tipo Dissertação
                                            Data 21/12/2020
                                            Área LETRAS
                                            Orientador(es)
                                            • Edgar Cezar Nolasco dos Santos
                                            Coorientador(es)
                                              Orientando(s)
                                              • Pedro Henrique Alves de Medeiros
                                              Banca
                                              • Edgar Cezar Nolasco dos Santos
                                              • Marcos Antônio Bessa Oliveira
                                              • Marta Francisco de Oliveira
                                              • Vania Maria Lescano Guerra
                                              Resumo Este trabalho dissertativo tem por objetivo realizar uma leitura crítico-biográfica
                                              fronteiriça do projeto homo-bio-ficcional-ensaísta do escritor e intelectual mineiro
                                              Silviano Santiago à luz, sobremaneira, do seu/nosso romance Mil rosas roubadas
                                              publicado em 2014. Nesse intento, utilizarei-me, como condição sine qua non de uma
                                              teorização outra, oriunda do Sul geopolítico-epistemológico-metafórico e de cunho
                                              biográfico-comparatista, dos biografemas aquilatados na minha própria (auto)biografia
                                              intelectual enquanto homem-menino-fronteira, pesquisador e homossexual que
                                              existe, (sobre)vive, pensa e escre(vi)ve a partir da fronteira-sul, geoistóricoepistemológica, vertida nos trópicos da América Latina e, em especial, do Brasil. Para
                                              tanto, as articulações angariadas se respaldarão, majoritariamente, no que
                                              compreendo, na esteira do pesquisador sul-fronteiriço Edgar Cézar Nolasco, enquanto
                                              crítica biográfica fronteiriça imbricada em uma metodologia de caráter bibliográfico.
                                              Em linhas gerais, esse recorte teórico outro compreende as aproximações entre as
                                              epistemologias do Sul, os estudos descoloniais/fronteiriços e a leituras críticobiográficas atualmente discutidas no Brasil. À vista disso, dentre os autores utilizados,
                                              menciono Gloria Anzaldúa, Homi K. Bhabha, Conceição Evaristo, Frantz Fanon, Hugo
                                              Achugar, Ramón Grosfoguel, Denilson Lopes, Guacira Lopes Louro, Judith Butler,
                                              Boaventura de Sousa Santos, Walter Mignolo, Juliano Garcia Pessanha, Eneida Maria
                                              de Souza, Roland Barthes, Jacques Derrida, Antoine Compagnon, Marcos Antônio
                                              Bessa-Oliveira, Francisco Ortega e Geoffrey Bennington. No plano do
                                              desenvolvimento prático desse trabalho, o capítulo I, intitulado de “OS PRETÉRIOS
                                              IMPERFEITOS DA RAZÃO COLONIAL: entre-corpos-lugares e escrevivências
                                              epistêmico-literárias a partir de Silviano Santiago”, debruçar-se-á sobre os conceitos
                                              de escrevivências homo-biográficas, desobediência epistêmica, opção descolonial,
                                              identidade em política, pensamento fronteiriço, entre-corpos-lugares, corpo-política,
                                              semelhanças-na-diferença, exterioridade, paisagens, corazonar, intercorporeidade,
                                              epistemicídio e não-modernos assentados no projeto homo-bio-ficcional-ensaísta de
                                              Silviano. No capítulo Il, “MINHA VIDA, NOSSA(S) VIDA(S): as escrevivências
                                              fantasmagóricas da morte”, entrarão em cena os conceitos de arquivo(s),
                                              paisagens/sujeitos biogeográficos, (boa) amizade (política), morte, amores
                                              exagerados, memória, hospitalidade, divíduo e aliado hospitaleiro no tocante às
                                              particularidades biográfico-metafóricas evocadas pelas minhas/nossas Mil rosas
                                              roubadas permeadas pelo roçar da minha vida com as de Silviano, Ezequiel Neves e
                                              Cazuza. Por fim, no capítulo III, “ENTRE SILVIANOS, VIRGINIAS E FRONTEIRAS:
                                              escrevivências roubadas, (con)fundidas e incorporadas”, atravessado ainda pelos
                                              conceitos supracitados, valer-me-ei das injunções (trans)fronteiriças a partir de
                                              Silviano somadas às conceituações de nome próprio, assinatura e amância
                                              justapostas em uma leitura comparatista-biográfica entre o meu mineiro e a escritora
                                              inglesa Virginia Woolf com sua biografia-romance Orlando (2017).
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                                              A REPRESENTAÇÃO DA NATUREZA EM EMMANUEL MARINHO: PERSPECTIVAS FENOMENOLÓGICAS NO ESPAÇO POÉTICO
                                              Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                                              Tipo Dissertação
                                              Data 12/11/2020
                                              Área LETRAS
                                              Orientador(es)
                                              • Wellington Furtado Ramos
                                              Coorientador(es)
                                                Orientando(s)
                                                • Stelamaris da Silva Ferreira
                                                Banca
                                                • Altamir Botoso
                                                • Carolina Barbosa Lima e Santos
                                                • Rosana Cristina Zanelatto Santos
                                                • Wellington Furtado Ramos
                                                Resumo Esta pesquisa se propõe a analisar, fenomenologicamente, alguns poemas de Emmanuel
                                                Marinho. Em Marinho, é perceptível a presença vital de elementos da natureza constituídos
                                                enquanto âmago dos versos, a saber, as flores, o rio, o pássaro, a árvore, etc, que compõem o
                                                espaço poético e ressoam sonhos, simbolismos e representações. Analisar-se-ão, poemas de
                                                Margem de Papel (2018), Satilírico (2017) e, sobretudo, de Cantos de Terra (2016),
                                                observando seus vieses fenomenológicos – mais especificamente, a fenomenologia da
                                                imaginação bachelardiana – e como representam/pensam o mundo por meio das coisas que
                                                engendram as imagens poéticas. O trabalho é dividido em três capítulos. No primeiro,
                                                intitulado “UMA POÉTICA DA TERRA: a fenomenologia na apreensão do homem, do
                                                mundo e de seus espaços”, foram articulados conceitos, teóricos e teorias para definir a noção
                                                de fenomenologia, de fenômeno e de essência. Utilizamos, entre outras, as obras: A ideia da
                                                fenomenologia (1990) e Ideias para uma fenomenologia pura e para uma filosofia
                                                fenomenológica (2006), de Edmund Husserl; A caminho da linguagem (2003) e Ser e Tempo:
                                                Parte I (2005), de Martin Heidegger; Fenomenologia da percepção (1999), de Maurice
                                                Merleau-Ponty; Hermenêutica e poesia: o pensamento poético (2011), de Benedito Nunes; O
                                                homem e a terra: natureza da realidade geográfica (2011), de Eric Dardel e A poética do
                                                espaço (1978), de Gaston Bachelard, com seus conceitos sobre fenomenologia da imaginação,
                                                fenômeno e espaço poético. O capítulo II, denominado “O HORIZONTE DA
                                                REPRESENTAÇÃO: a literatura, a sociedade, a natureza e o humano”, constitui-se, no
                                                primeiro subtópico, na tentativa de conceituar, sem limitar, o termo “representação” por meio
                                                dos conceitos e esclarecimentos do capítulo “Representação social e mimesis” (1981), de Luiz
                                                Costa Lima, do ensaio “O narrador na literatura brasileira Contemporânea” (2012), de Jaime
                                                Ginzburg e do capítulo “O mundo”, da obra O demônio da teoria (2012), de Antoine
                                                Compagnon. No segundo subtópico, trazemos definições para “natureza”, “natural” e
                                                “artificial” de acordo com o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (2001) e o Dicionário
                                                Aurélio da língua portuguesa (2010). Em sequência, na última subdivisão, fizemos a
                                                articulação de excertos e considerações de estudiosos como Bosi (1977), Candido (2011),
                                                entre outros, que refletiram sobre o processo de cisão e tensão entre homem e natureza a partir
                                                da ascensão científica e tecnológica. No capítulo “III – CANTOS DE TERRA: Possíveis
                                                análises fenomenológicas” abordamos, fenomenologicamente, algumas imagens poéticas da
                                                obra mais telúrica de Emmanuel Marinho. A fenomenologia da imaginação, bachelardiana,
                                                neste capítulo, não consta apenas nas teorizações, mas como método de análise das imagens
                                                poéticas.
                                                PALAVRAS-CHAVE: Emmanuel Marinho. Fenomenologia. Natureza. Poesia.
                                                Representação
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                                                  ESTRATÉGIAS ENUNCIATIVAS E EFEITOS DE SENTIDO EM CAMPANHA POLÍTICA PRESIDENCIÁVEL: UMA ANÁLISE SEMIÓTICA
                                                  Curso Mestrado em Estudos de Linguagens
                                                  Tipo Dissertação
                                                  Data 30/10/2020
                                                  Área LETRAS
                                                  Orientador(es)
                                                  • Maria Luceli Faria Batistote
                                                  Coorientador(es)
                                                  • Geraldo Vicente Martins
                                                  Orientando(s)
                                                  • Dayne da Silva Caldeira Saibert
                                                  Banca
                                                  • Eluiza Bortolotto Ghizzi
                                                  • Maria Luceli Faria Batistote
                                                  • Rita de Cassia Aparecida Pacheco Limberti
                                                  • Sueli Maria Ramos da Silva
                                                  Resumo Reconhecida como teoria da significação que postula o texto como seu objeto e se
                                                  dedica a explicar o que ele diz e como faz para dizer o que diz, a semiótica
                                                  discursiva organiza-se por meio do percurso gerativo de sentido, constituído de três
                                                  patamares: o fundamental, o narrativo e o discursivo, que vai do mais simples e
                                                  abstrato ao mais complexo e concreto. Nessa conjuntura, esta pesquisa propõe
                                                  analisar as estratégias enunciativas, bem como compreender os efeitos de sentidos
                                                  em propaganda política do ator Jair Bolsonaro durante o processo eleitoral de 2018.
                                                  Para tanto, elege-se como corpus cinco cartazes políticos veiculados por meio do
                                                  Facebook oficial dele, produzidos para convencer e persuadir a população em
                                                  determinado contexto histórico-social. De forma a atingir o objetivo pretendido,
                                                  busca-se, a partir dos pressupostos teórico-metodológicos da semiótica discursiva,
                                                  descrever e interpretar o plano de conteúdo, bem como as instâncias de enunciação,
                                                  o plano de expressão e as relações semissimbólicas para depreender os efeitos de
                                                  sentido construídos pelo enunciador no texto. Para analisar o plano de expressão,
                                                  considera-se os pressupostos da semiótica plástica, pensada por Floch (1985), e os
                                                  estudos desenvolvidos por Pietroforte com base no conceito semiótico de
                                                  semissimbolismo. De modo a complementar a análise, depreende-se, também, por
                                                  meio da noção de éthos, proposta por Discini, calcada em postulados semióticos, a
                                                  construção da imagem do político nos cartazes selecionados. O presente trabalho
                                                  orienta-se por metodologia de base qualitativo-interpretativista, eleita especialmente
                                                  para a análise do corpus. Desse modo, aponta-se como resultado as formas como
                                                  os efeitos de sentidos e as estratégias enunciativas na campanha política de Jair
                                                  Bolsonaro, associada a um contexto histórico-social favorável, contribuíram para a
                                                  adesão do enunciatário ao discurso veiculado.
                                                  Palavras-chave: Semiótica discursiva. Estratégias enunciativas. Efeitos de sentido.
                                                  Semissimbolismo. Campanha política.
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