Livro Didático: um solo fértil ou árido para o desabrochar do leitor literário? |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/01/2020 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Daniela Sayuri Kawamoto Kanashiro
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Coorientador(es) |
- Daniela Sayuri Kawamoto Kanashiro
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Orientando(s) |
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Banca |
- Daniela Sayuri Kawamoto Kanashiro
- Elaine de Moraes Santos
- Fabiana Pocas Biondo
- Rony Marcio Cardoso Ferreira
- Rozana Aparecida Lopes Messias
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Resumo |
A presente dissertação é resultado de pesquisa desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens (PPGEL) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Nela discutimos a formação do leitor literário na escola com base nas propostas do livro didático Português: Linguagens, de Cereja e Magalhães (2015), utilizado no 6º ano da rede municipal de ensino de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, além de outras regiões do Brasil. O foco de análise do material está voltado para que atividades são desenvolvidas a partir dos textos literários e, como consequência desta investigação, apresentar sugestões de complementação dos trabalhos em sala de aula com base nesses textos. Desse modo, as sugestões devem contribuir para a otimização de tempo e recursos, além de favorecer a ação do professor no processo de formação do leitor literário na escola. No percurso da pesquisa, realizamos levantamento teórico acerca da história da leitura, discutimos o rótulo “infantil” e “infantojuvenil”, abordamos a importância da leitura e do leitor literário, discorremos sobre a formação do leitor literário e, por fim, a respeito da literatura e o livro didático. O objetivo da análise, de perspectiva qualitativa e interpretativista, é discutir sobre a formação do leitor literário no ensino fundamental, bem como apresentar alternativas que contribuam com o prazer da leitura literária, sem estar necessariamente vinculada a uma série de exercícios relacionada ao modelo de anotação de respostas, amplamente proposto no livro didático analisado. Os resultados evidenciam que o livro didático adota, de modo geral, uma abordagem ligada à busca e reprodução de informações expostas no texto, como forma de testar a compreensão do aluno em relação à narrativa. Essa perspectiva pode fazer do material um solo árido no processo do desabrochar da leitura literária, no entanto, as alternativas
adotadas pelo professor podem contribuir na transformação desse cenário.
Palavras-chave: formação do leitor literário; livro didático; ensino fundamental; leitura |
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Fraseologismos especializados em sentenças judiciais cíveis: uma abordagem terminográfica |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
17/12/2019 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Elizabete Aparecida Marques
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Camila Candido Oliveira Menezes
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Banca |
- Aparecida Negri Isquerdo
- Auri Claudionei Matos Frubel
- Elizabete Aparecida Marques
- Renato Rodrigues Pereira
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Resumo |
MENEZES, Camila Candido Oliveira. Fraseologismos especializados em
sentenças judiciais cíveis: uma abordagem terminográfica. 164 f. Dissertação
(Mestrado em Estudos de Linguagens) – Universidade Federal de Mato Grosso do
Sul, Programa de Pós-graduação em Estudos de Linguagens, Campo Grande (MS),
2019.
Fundamentado na Teoria Comunicativa da Terminologia (TCT) de Cabré (1993;1999),
este estudo tem como objetivo identificar, descrever e analisar, de uma perspectiva
linguística, a formação de Unidades Fraseológicas Especializadas (BEVILACQUA,
2004; 2005) da área cível do Direito. Para esta abordagem terminográfica foram
adotados os procedimentos metodológicos de Almeida (2012) que, ao se apoiar na
Teoria Comunicativa da Terminologia, aplica seus pressupostos teóricos para a
realidade brasileira. Nessa perspectiva, os procedimentos e critérios adotados, bem
como as conclusões apontadas pela investigação, serviram de base para a tomada
de decisões referentes à inclusão das unidades fraseológicas coletadas em um
Vocabulário de Fraseologismos Especializados da Área Cível do Direito, monolíngue,
dirigido a estudantes, profissionais e consulentes, de modo geral, que se interessam
pela referida área. Para a exploração de um corpus de mil e quinhentas sentenças
judiciais publicadas no período de 2010 a 2019 no Diário Eletrônico, meio de
divulgação oficial do Tribunal Regional Federal da Terceira Região (TRF/3), Seção
Judiciária de Mato Grosso do Sul, foi aplicado o software AntConc; para a construção
do mapa conceitual da área cível do Direito e de seus respectivos campos nocionais
foi utilizado o software Cmap Tools e, por fim, para a elaboração do produto
terminográfico foi utilizado o software FLEx (FieldWorks Language Explorer). Entre os
resultados obtidos nesta investigação, destaca-se a predominância de unidades
fraseológicas especializadas de base nominalizada que, comparadas às de base
verbal, representam 88% do total de duzentos e setenta fraseologismos repertoriados,
enquanto as de base verbal respondem por 12% do total dessas unidades lexicais.
Outrossim, foram identificadas e analisadas as sete estruturas morfossintáticas mais
recorrentes e, também, realizou-se a distribuição dos fraseologismos estudados por
dez campos nocionais. Por fim, esta pesquisa tem a perspectiva de contribuir para a
disseminação da fraseologia jurídica, complementando os estudos terminológicos,
terminográficos e fraseológicos relacionados ao Direito já realizados, e se diferencia
por apresentar um produto terminográfico que abrange toda a área cível dessa ciência
especializada, o que significa repertoriar UFEs de todos os ramos do Direito, exceto o
Penal, no âmbito das matérias de competência da Justiça Federal, da qual provém o
corpus desta análise.
Palavras-chave: Teoria Comunicativa da Terminologia; Unidades Fraseológicas
Especializadas (UFEs); Vocabulário; Direito Cível |
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Desarquivando a violência na prosa breve de Bernardo Élis |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
13/12/2019 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Rosana Cristina Zanelatto Santos
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Marcelo Gonçalves de França
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Banca |
- Andre Rezende Benatti
- Karina Kristiane Vicelli
- Ramiro Giroldo
- Rosana Cristina Zanelatto Santos
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Resumo |
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Gramática dos afetos na sala de aula: um estudo semiótico sobre o domínio afetivo e suas práticas avaliativas |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
12/12/2019 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Sueli Maria Ramos da Silva
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Poliana Sabina Quintiliano Silvesso
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Banca |
- Daniervelin Renata Marques Pereira
- Geraldo Vicente Martins
- Maria Luceli Faria Batistote
- Sueli Maria Ramos da Silva
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Resumo |
Este trabalho tem como objetivo geral analisar o domínio afetivo da aprendizagem e suas
práticas avaliativas do âmbito educacional, de modo a utilizar a semiótica discursiva e
seus desdobramentos tensivos como eixo analítico. Nossos objetivos específicos
consistem em analisar o contínuo afetivo de objetivos educacionais propostos por Bloom,
Krathwohl e Masia (1972) na obra Taxionomia de objetivos educacionais: domínio
afetivo; o processo de internalização dessas categorias e as práticas avaliativas envolvidas
no processo. A obra em questão compreende o segundo volume a dar sequência aos
estudos iniciados pelo grupo – domínio cognitivo. Nosso objeto de análise são as
categorias e indicadores de afetividade que compõem as formulações da obra.
Metodologicamente, procuramos entender o devir ascendente e descendente desses
indicadores, os conceitos semióticos envolvidos na internalização, para então, discutir as
práticas avaliativas presentes por meio de instrumentos de avaliação, considerando as
funções – formativa, diagnóstica e somativa – frequentemente utilizadas no cotidiano
escolar. Sobre esse último, nos interessa entender quais os valores que elas mobilizam e
como o domínio afetivo é avaliado. O ferramental que embasa a presente pesquisa
consiste dos postulados da semiótica discursiva, acrescida de seus recentes
desdobramentos tensivos. Isso se deve às proposições metodológicas da teoria, que
permitem, em uma análise intensidade x extensidade, bem como da modulação de suas
subcategorias, observar paixões recorrentes em diversos discursos que circulam na
sociedade. Por fim, esperamos concluir este trabalho de modo a contribuir aos estudos
voltados para avaliação da aprendizagem.
Palavras chaves: Semiótica didática, semiótica tensiva, avaliação, objetivos afetivos. |
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A poesia visual de Clarice Freire e o leitor no Instagram: Estudo de caso sobre a intermidialidade da poesia publicada na internet |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
14/11/2019 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Caroline Bertini Fernandes
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Banca |
- Angélica Catiane da Silva de Freitas
- Geraldo Vicente Martins
- Lemuel de Faria Diniz
- Marcia Gomes Marques
- Rose Mara Pinheiro
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Resumo |
O texto poético possui especificidades estilísticas de forma que a característica principal
deste gênero seja a feitura do texto. Essa elaboração encontra-se entrelaçada aos
recursos expressivos e suportes nos quais tais textos se plasmam. As mídias são
compreendidas como os meios de expressão de mensagens culturais e artísticos. A
humanidade experimentou alterações desses meios, bem como a influência deles nos
modos de criação, nos hábitos de leitura e na forma com que seus receptores manuseiam
e participam desse processo. Os meios de comunicação são presença constante na
sociedade atual, e como característica das obras e produtos midiáticos, observa-se que
neles podem se misturar recursos expressivos próprios de mídias tradicionais ou outros.
A partir da definição de intermídia, compreende-se essa como a junção de uma ou mais
mídias, ou como textos que se encontram elas. A poesia, que em outros tempos fora
associada somente a signos verbais como meio de expressão principal, agora se
apresenta intermidializada por imagens, fotografias, desenhos e Lettering. Faz-se aqui
um estudo de caso do perfil de Instagram Pó de Lua, da escritora pernambucana Clarice
Freire, a fim de explorar como as possibilidades de publicação e disseminação da poesia
acontecem agora, em um período em que as mídias se cruzam. Fez-se, então, uma
pesquisa Netnográfica de junho de 2018 a abril de 2019, com o resultado da seleção de
10 publicações de leitores para a análise neste estudo, de modo a entender como o leitor
participa do processo de divulgação e ressignificação dos poemas visuais da poeta.
Palavras-chaves: Mídias; intermídia; poesia visual; Pó de Lua; instapoesia. |
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A (des)construção do discurso do projeto de Lei nº 1.676 de 1999: purismo e relações de poder |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
22/10/2019 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Vania Maria Lescano Guerra
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Edgar Cezar Nolasco dos Santos
- Fabricio Tetsuya Parreira Ono
- Marcos Antônio Bessa Oliveira
- Maria Leda Pinto
- Vania Maria Lescano Guerra
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Resumo |
SILVA, Felipe Martins da. A (Des) construção do discurso do Projeto de Lei nº 1.676 de
1999: purismo e relações de poder. Campo Grande, Universidade Federal de Mato Grosso do
Sul, 2019, 163 f. (Dissertação de Mestrado).
O projeto de Lei n. 1.676 de 1999, do deputado Aldo Rebelo, cujos objetivos são a
promoção, a proteção e a defesa da língua portuguesa, é o objeto da pesquisa
desenvolvido netsa dissertação, que busca problematizar a construção dos efeitos de
sentidos do discurso do projeto. Seu principal alvo são os estrangeirismos de língua
inglesa (anglicismos) que frequentam ou se integram ao português e que buscam, segundo
o PL, desestruturar, truncar ou até mesmo extinguir o idioma pátrio. O intuito é investigar
os efeitos de sentidos ligados às formações discursivas do monolinguismo, silenciamento
e purismo linguísticos que emergem da superfície linguística do texto. O lugar teórico
que se privilegia é a Análise de Discurso de orientação franco-brasileira (FOUCAULT;
PECHÊUX; CORACINI; ORLANDI; SATHLER; GUERRA; GREGOLIN) e as teorias
decoloniais de desconstrução dos saberes universalizantes e estereotipados (BHABHA;
MIGNOLO). Seguindo essas perspectivas, procuramos problematizar, desestabilizar e
romper com a lógica unívoca dos sentidos, investigando o rastro da memória (inter)
discursiva (CORACINI, 2007) que força a sua presença no PL 1676/99. Além disso,
examinamos a “vontade de verdade” (FOUCAULT, 2000), as relações de poder e a
vontade de pureza evocadas pelo discurso da lei para corroborar uma imagem pura,
íntegra e homogênea da língua. Os estudos sobre o purismo linguístico brasileiro e suas
configurações (LEITE, 2006); a narrativa hegemônica do monolinguismo (PINTO,
2012); a imposição do português em detrimento de outras línguas (MATTOS, 2006) e as
práticas de silenciamento linguísticos (SOUZA, 2005; OLIVEIRA, 2002) funcionam
como os alicerces do dispositivo analítico construído nesta dissertação, além de outros
estudos que buscam problematizar a paisagem linguística homogênea do Brasil e a
soberania da língua portuguesa como idioma inconteste (MARIANI, 2008, 2016;
MATTOS, 2006; MENDONÇA, 2006). A hipótese que lançamos é a de que esse projeto
ressignifica práticas discursivas coloniais de homogeneização linguísticas em nome da
defesa do idioma pátrio. A dissertação é dividida em três capítulos que se articulam para
corroborar nossas hipóteses, sendo o primeiro capítulo a explicitação de nossas opções
teóricas e o segundo as condições de produção e emergência (ORLANDI; FOUCAULT)
do projeto de lei. Nosso dispositivo de análise foi arquitetado em três eixos, explicitados
no terceiro capítulo, que buscam investigar as marcas discursivas I) da imposição, II) do
silenciamento e III) da proteção discursivizados e ressignificados via memória (inter)
discursiva pelo PL 1676/99.
Palavras-chave: Análise do Discurso; Purismo Linguístico; Relações de poder; |
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Norma Lexical no português falado em São Paulo: reflexões acerca do rural e do urbano |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
20/09/2019 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Mércia Cristina dos Santos
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Banca |
- Aparecida Negri Isquerdo
- Carla Regina de Souza Figueiredo
- Daniela de Souza Silva Costa
- Elizabete Aparecida Marques
- Rogerio Vicente Ferreira
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Resumo |
O nível lexical de uma língua evidencia aspectos culturais, sociais e históricos relacionados a uma comunidade linguística ao longo da sua história. Assim, o acervo vocabular de um grupo para nomear o mundo reflete formas particulares que singularizam o modo como os falantes apreendem a realidade, revelando, deste modo, a norma lexical desse grupo. Por meio do léxico os indivíduos também constroem o conhecimento, compartilham experiências, circunscrevem sua identidade e transmitem às gerações futuras suas heranças culturais como valores, crenças, costumes, tradições e ideologias. Este trabalho tem como objetivo mais amplo analisar a norma lexical dos paulistas, buscando examinar vestígios de ruralidade no acervo vocabular de falantes citadinos para nomear referentes comuns do universo rural, examinando relações entre léxico, cultura e sociedade. Para tanto, analisou um corpus formado de variantes lexicais documentadas como respostas para sete questões do Questionário Semântico-Lexical do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB), coletadas por meio de consulta aos inquéritos que compõem o Banco de Dados do Projeto ALiB, vinculadas à área semântica atividades agropastoris, respostas fornecidas para as perguntas: 42 – ―cada parte que se corta do cacho da bananeira para pôr para madurar/ amadurecer‖, 44 – ―a ponta roxa do cacho da banana‖, 54 – ―armação de madeira, que se coloca no pescoço de animais (porco, terneiro/bezerro, carneiro, vaca), para não atravessarem a cerca?‖, 56 – ―a peça de madeira que vai no pescoço do boi, para puxar o carro ou o arado‖, 61 – ―o homem que é contratado para trabalhar na roça de outro, que recebe por dia de trabalho‖, 62 – ―o que é que se abre com o facão, a foice, para passar por um mato fechado‖ e 63 – ―o caminho, no pasto, onde não cresce mais grama, de tanto o animal ou homem passarem por ali‖ (COMITÊ NACIONAL..., 2001). Os dados foram fornecidos por habitantes de 37 localidades situadas no interior do estado de São Paulo. Em cada ponto de inquérito, foram entrevistados quatro informantes selecionados de acordo com o perfil estabelecido pelo Projeto ALiB: pessoas nascidas e criadas na mesma comunidade linguística, com no máximo o Ensino Fundamental incompleto, de duas faixas etárias (18 a 30 anos e 50 a 65 anos), homens e mulheres, somando um total de 148 inquéritos. O estudo fundamenta-se nos pressupostos teóricos da Dialetologia e Geolinguística pluridimensionais e da Lexicologia. A análise dos dados considera a perspectiva diatópica – distribuição espacial das variantes lexicais documentadas segundo as mesorregiões administrativas do estado de São Paulo e localidades da rede de pontos do Projeto ALiB – somadas à observação das variáveis sociais diassexual e diageracional; e léxico-semântica – análise semântica dos itens lexicais em exame, pautando-se, dentre outras fontes, nos dicionários de Houaiss (2001) e Aulete (2014). Por fim, o resultado da pesquisa apontou que os dados coletados por meio das perguntas selecionadas motivaram o registro de um rico vocabulário que deixa transparecer questões de ruralidade e urbanização. Para tanto, o estudo demonstrou a presença de traços de um continuum rural no léxico de falantes paulistas, como também, apontou formas lexicais com tendências ao desuso, alto índice de não resposta e o uso de denominações genéricas para nomear os referentes contemplados pelas questões.
Palavras-chave: Léxico, norma lexical, rural, São Paulo. |
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A construção figurativa em contos de Lima Barreto: Um olhar semiótico |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
20/09/2019 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Angela Maria Guida
- Geovana Quinalha de Oliveira
- Geraldo Vicente Martins
- Maria Luceli Faria Batistote
- Nataniel dos Santos Gomes
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Resumo |
Neste trabalho, apresentamos, em uma perspectiva de integração entre os estudos linguísticos
e literários, uma abordagem semiótica, com base em suas vertentes padrão e tensiva, de
contos selecionados da vasta obra de Lima Barreto: “Um e Outro”, “Clara dos Anjos”, “Cló”
e “O filho de Gabriela”, com destaque para o estado afetivo do sujeito passível de manifestarse em diversos eixos figurativos. Objetivou-se discutir as paixões e, em específico, o
sentimento de falta gerador de conflitos, internos e externos, associado à ruína do sujeito e
desencadeador de um agir em função de suprir o dano sofrido, entendido como uma privação
sociocultural ou afetiva. Sob esse olhar semiótico, buscamos analisar os contos pontuando os
elementos que o constituem, para discutir a concepção da manifestação temática e figurativa e
os efeitos de sentido instaurados a partir de escolhas efetuadas pela instância da enunciação.
Pressupondo, no discurso/enunciado, um fazer contínuo e um fazer descontínuo, procurou-se
também trabalhar o eixo da intensidade e da extensidade, recorrendo a uma abordagem
tensiva, a fim de verificar os desdobramentos do percurso do sujeito das narrativas. No que
tange à composição literária, discutimos aspectos que relacionam língua e literatura, a partir
de dados convergentes nos elementos retóricos e narrativos; ao analisar os contos,
comentamos procedimentos relacionados à sua composição, mas sempre em diálogo com a
fundamentação teórica mais ampla e os estudos greimasianos. Na interface entre vida e obra
de Lima Barreto, destacamos a mediação dos contos, por meio de passagens que se vinculam
a uma construção argumentativa em torno da denúncia de situações de preconceito e/ou
hipocrisia sociais, registradas pela narrativa ficcional. A problematização visada procurou
elencar a formação crítica e a construção particular dos sujeitos, bem como a relação eufórica
e disfórica que norteia seu percurso rumo ao objeto e/ou ao outro. Apresentamos, ao final,
considerações sobre o estado sensível do sujeito que se verificou nos contos, procurando
evidenciar o fator gerador de seu deslocamento, no exercício de ações sucessivas que
desencadeiam o acontecimento/restabelecimento dos sujeitos em sua relação com os objetos
semióticos.
Palavras-chave: Semiótica Discursiva; Enunciação; Figurativização; Tensividade; Literatura
Brasileira. |
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Toponímia urbana de Campo Grande/MS: um estudo etnolinguístico dos nomes de logradouros da região do Prosa |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
19/09/2019 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Janaina Domingues Verão das Neves
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Banca |
- Ana Paula Tribesse Patrício Dargel
- Aparecida Negri Isquerdo
- Elizabete Aparecida Marques
- Marilze Tavares
- Renato Rodrigues Pereira
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Resumo |
O estudo dos nomes de lugares, os topônimos,favorece uma análise linguística e motivacional dos designativos atribuídos a elementos geográficos de uma determinada região, o que permite,também, recuperar aspectos históricos, transformações sociais, econômicas e etc. que podem se refletir na natureza dos nomes de lugares. Este trabalho tem como objeto de investigação os nomes de logradouros (bairros, parcelamentos, ruas, avenidas, travessas e estradas) da região urbana do Prosa, da cidade Campo Grande/MS, tendocomo referência fundamentos teóricos fornecidos pela Onomástica, mais especificamente os relacionados à Toponímia, em especial os pressupostos teórico-metodológicos concebidos por Dick (1990a; 1990b; 1992; 1996a; 1996b, 1998; 1999; 2006; 2004), também utilizados pelo projeto Atlas Toponímico do Estado de Mato Grosso do Sul (ATEMS), ao qual esta pesquisa está vinculada. Complementam a referência teórica fundamentos da Lexicologia, da Morfologia, e da Semântica. O corpus analisado foi coletado por meio de consulta a mapas oficiaisda cidade de Campo Grande/MS, pela SEMADUR, órgão da Prefeitura Municipal de Campo Grande. Os dados foram analisados segundo as dimensões quantitativa e qualitativa. A análise quantitativa consistiu na apresentação estatística dos dados, expressos por meio de tabelas e gráficos, tomando como referência a língua de origem, a taxionomia, a estrutura morfológica dos topônimos da região urbanado Prosa que abriga 11 bairros,132 parcelamentos e 1.106 topônimos. Na análise qualitativa, considerou-se a motivação semântica dos topônimos, além da associação entre a história social, econômica e política da cidade e as tendências toponímicas identificadas nos dados examinados. Os resultados da pesquisa apontaram para a predominância de taxionomias de natureza antropocultural, computando, como as taxes mais produtivas, os antropotopônimos (401 ocorrências) e os corotopônimos (112 ocorrências). A predominância de topônimos com estrutura morfológica simples também se configurou como uma característica da toponímia urbana estudada (576 ocorrências), embora os designativos de base composta também tenham sido expressivos (498 ocorrências), o que pode ser justificado pelo grande montante de antropotopônimos compostos formados por mais de um formante. E, por fim, o estrato linguístico que predomina na tessitura toponímica da região do Prosa é o português, com 1.193 ocorrências no corpus, seguido das línguas tupi e espanhol, respectivamente, com 80 e nove ocorrências no universo pesquisado. Em síntese, a toponímia estudada evidencia marcas de heterogeneidade quanto à natureza dos topônimos, o que pode ser justificado pela própria configuração da região urbana do Prosa, uma área com urbanizaçãorelativamente nova e com bairros que também refletem uma grande heterogeneidade social e econômica. A pesquisa demonstrou também, a exemplo das já realizadas sobre a toponímia urbana de outras regiões de Campo Grande (Central, Imbirussu e Segredo), que a toponímia urbana se configura como uma “caixa de surpresas” de onde saem nomes inusitados que instigam o espírito investigativo do toponimista.
Palavras-chave: Toponímia urbana; Prosa; Campo Grande; logradouros públicos. |
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A situação bilingue na comunidade indígena terena urbana de Campo Grande |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
11/09/2019 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Guadalupe Vilhalba Cabral Xavier
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Banca |
- Aline Saddi Chaves
- Claudia Camila Lara
- Cleonice Candida Gomes Leite
- Natalina Sierra Assencio Costa
- Onilda Sanches Nincao
- Rogerio Vicente Ferreira
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Resumo |
Esta pesquisa tem por objetivo investigar como se configura o uso da Língua Portuguesa e da
Língua Terena de comunidades indígenas Terena da cidade de Campo Grande, Mato Grosso
do Sul. Tal temática é relevante em razão do aumento crescente da população indígena em
Campo Grande pela migração dessas populações que saem de suas aldeias de origem e vêm
em busca de novas oportunidades na capital do Estado. No município de Campo Grande
existem 9 aldeias urbanas e um centro comercial indígena no Mercadão Municipal com um
quadro sociolinguístico complexo. A fundamentação teórica baseia-se nos conceitos da
Sociolinguística e Linguística Aplicada, que têm como ponto de partida o estudo de
fenômenos linguísticos relacionados a contextos sociais de línguas em contato e estudos de
linguagens (BRAGGIO,1998; MAHER, 2007) e os processos diglóssicos (HAMEL;
SIERRA, 1983). A metodologia da pesquisa é de caráter qualitativo e etnográfico, que busca
colher, organizar e analisar os resultados de forma interpretativa em interação com os
participantes da pesquisa. Foram realizados registros manuais no Diário de Campo, obtidos
nas observações realizadas em cada campo de pesquisa, assim como as anotações anexadas
manualmente nos questionários e no roteiro de entrevista a respeito do uso da Língua
Portuguesa e da Língua Terena, além das observações dos momentos de interação em
contextos comuns de moradores das 9 comunidades Terena e de um centro comercial indígena
estabelecido no centro de Campo Grande. Os resultados mostraram a presença do sujeito
Terena bilíngue e o processo de bilinguismo diglóssico diversificado, com a presença de
alternância de código pelos falantes da comunidade Terena do município de Campo Grande,
definidos a partir do uso em conjunto da Língua Terena e Língua Portuguesa com uso
significativo da Língua Portuguesa em contexto de comunidade Terena na capital e o uso
diferenciado da Língua Terena entre as faixas etárias que definem a comunidade. Dessa
forma, conclui-se que é importante que a comunidade e os estudiosos Terena, juntamente com
os órgãos competentes, definam diretrizes que favoreçam a valorização, preservação e ensino
da Língua Terena no contexto das aldeias indígenas urbanas da capital.
PALAVRAS-CHAVE: Aldeias Indígenas Urbanas. Índio Terena. Língua Terena. Língua
Portuguesa. Bilinguismo. |
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Fato, imaginação e pós-história: uma análise semiótica de Vampyroteuthis Infernais à luz da tipologia simbólica vitoriana |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
06/09/2019 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Luis Henrique Pereira de Paula
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Banca |
- Geraldo Vicente Martins
- Marcelo Fernandes Pereira
- Nataniel dos Santos Gomes
- Ramiro Giroldo
- Sueli Maria Ramos da Silva
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Resumo |
O presente trabalho visa a colocar em perspectiva, instrumentalizando noções
semióticas, a obra de Vilém Flusser, Vampyroteuthis Infernalis, e a tipologia bíblica
do período vitoriano – método interpretativo que tensionou a dicotomia
fato/imaginação imposta pelo mundo moderno. Através da cisão fato/imaginação,
desencadeada na tensão entre materialismo e idealismo, objetivo e subjetivo dos
séculos anteriores, ou na busca da reconciliação, iniciamos um ponto de contato
entre a obra flusseriana, em seu corpus filosófico e ficcional, e a tipologia bíblica
vitoriana conforme apresentada por George P. Landow, Paul Korshin e Herbert
Susmann. Na análise da obra de Flusser, identificamos oposições fundantes e
contraposições que ilustram aspectos diversos dessa dicotomia e propõem sua
superação por meio de uma estrutura de significação que se manifesta em sua
escrita ficcional e filosófica. O ponto de contato com os polos epistêmicos, Cila
classicista e Caribde confessional, da própria narrativa de Vampyroteuthis Infernalis,
espelha as visões distintas da semiótica e da tipologia simbólica vitoriana e sua
relação com o binômio fato-imaginação. Fazemos ainda uso instrumental do
conceito de cosmovisão, para refletir sobre a obra e sobre nosso instrumental
teórico. A fábula vampirotêutica ordena a apresentação do pensamento de Flusser e
sua dissolução da dicotomia, fundamentando, então, a avaliação dos métodos
encontrados na tipológica simbólica da Inglaterra do séc. XIX. Recorremos a
conceitos da semiótica discursiva, em sua versão clássica e seus desdobramentos
plásticos e tensivos, bem como ao cotejamento das concepções de mundo da
tipologia bíblica vitoriana e do Vampyroteuthis Infernalis.
Palavras-Chaves: Vilém Flusser, Vampyroteuthis Infernalis, Semiótica Discursiva,
Tipologia Bíblica |
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A religiosidade da artista sul-mato-grossense Lídia Baís: uma abordagem semiótica |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
30/08/2019 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Maria Luceli Faria Batistote
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Geraldo Vicente Martins
- Maria Luceli Faria Batistote
- Rita de Cassia Aparecida Pacheco Limberti
- Sueli Maria Ramos da Silva
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Resumo |
Esta pesquisa propõe, à luz das conjecturas instauradas pelo estudo semiótico discursivo, uma análise sobre a temática da religiosidade nas obras da artista plástica sul-mato-grossense Lídia Baís (1900-1985). Para tanto, elege-se, como corpus, cinco quadros que compõem o acervo da pintora, a saber, “A última ceia do Nosso Senhor Jesus Cristo”, “Lídia como Nossa Senhora”, “Composição de quadro profético”, ’’Alegoria Profética’’ e “Lídia Baís – simboliza a trindade”. A teoria semiótica toma por objeto o texto e se dedica a explicar o que ele diz e como faz para dizer o que diz, proposto por meio do percurso gerativo de sentido, constituído por três níveis: o fundamental, o narrativo e o discursivo, organizado do mais simples e abstrato ao mais complexo e concreto. Dessa forma, tratar semioticamente de telas de pinturas pressupõe defini-las como texto, produto da articulação do plano de conteúdo com o plano de expressão. Tomam-se como base teórica, também, os pressupostos trazidos pela semiótica visual, a qual considera o plano de expressão e como os seus elementos sistematizam e são capazes de gerar significações. Em se tratando de composições visuais, buscamos respaldo nas orientações e desenvolvimentos semióticos para leitura de textos não-verbais formulados por Jean-Marie Floch e desenvolvidos no Brasil por estudiosos como Pietroforte, Oliveira e Barros, com base no conceito semiótico de semissimbolismo. O presente trabalho orienta-se por uma metodologia de base qualitativo-interpretativista, eleita especialmente para a análise do corpus e aponta a aplicabilidade em objetos pictóricos. Os resultados apontam para a construção de uma Lídia tanto na dimensão humana quanto na espiritual, e, portanto, possivelmente possuidora das virtudes revestidas pelas figuras apresentadas nas obras analisadas.
Palavras-chave: Lídia Baís, Religião. Semiótica Discursiva. Texto nãoverbal. Semissimbolismo. |
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Translingualismos e Letramentos Críticos na Formação do Tradutor/Intérprete de Libras |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
27/08/2019 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
- Sueli Maria Ramos da Silva
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Orientando(s) |
- Maria de Lourdes Rodrigues Balabuch
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Banca |
- Adriana Lúcia de Escobar Chaves de Barros
- Daniela Sayuri Kawamoto Kanashiro
- Elaine de Moraes Santos
- Nara Hiroko Takaki
- Nataniel dos Santos Gomes
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Resumo |
O aumento das pesquisas no campo linguístico tem abrangido diferentes aspectos
no segmento do ensino e aprendizagem de idiomas, devido ao processo de
globalização, às mudanças tecnológicas, sociais e econômicas e ao crescente uso
de “novas” práticas sociais. Com base nesse pressuposto, esta pesquisa tem
como objetivo investigar como os conceitos de tais práticas sociais são expressos
no contexto de ensino-aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais (Libras),
identificando especificamente a presença dos Translingualismos e as
contribuições dos Letramentos Críticos, bem como ampliando a visão crítica
quanto às pesquisas linguísticas, de modo a favorecer a educação de novos
profissionais da área e a educação do surdo. A metodologia é estratégica com
objetivos descritivos e abordagem qualitativa, na premissa de melhorar a prática
por meio da verificação, análise e descrições. O método consta da observação da
pesquisadora presente em um curso de formação de tradutores/intérpretes de
Libras (TILS), oferecido pela rede estadual de ensino no Centro de Formação de
Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS-MS).
O embasamento teórico está alicerçado nos conceitos presentes em teorias como
Linguagem de Bakhtin (2010), Linguística Aplicada Indisciplinar de Moita Lopes
(2006), Linguística Aplicada Transgressiva de Pennycook (1998), Práticas
Translíngues de Canagarajah (2013), Letramentos Críticos de Monte Mór (2018),
Menezes de Souza (2011) o Preconceito Linguístico de Gesser (2009), dentre
outros. Esta pesquisa nos leva a concluir que os Translingualismos se fazem
presentes tanto na formação do tradutor/intérprete de Libras quanto no processo
educacional para a comunidade surda, pois não há como desvincular no contexto
em questão a Língua portuguesa da Língua de sinais. Assim, enfatizamos a
necessidade de uma postura crítica frente aos letramentos no contexto
educacional supracitado.
Palavras-chave: Libras. Linguística Aplicada. Translingualismos. Letramentos
Críticos. TILS. |
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Fazendas Distópicas: Estudo comparativo entre a Revolução dos Bichos, de George Orwell e Fazenda Modelo, de Chico Buarque |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
27/08/2019 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Constantina Xavier Filha
- Ramiro Giroldo
- Ravel Giordano de Lima Faria Paz
- Rosana Cristina Zanelatto Santos
- Wellington Furtado Ramos
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Resumo |
Esta dissertação realiza uma leitura comparativa entre as
obras Fazenda Modelo (1974), de Chico Buarque, e Revolução dos
Bichos (1945), de George Orwell. Buscou-se perceber como a literatura
representa o cenário político, histórico e social baseada não apenas em
experiências pessoais dos autores, mas da sociedade como um todo. A
pesquisa tem como fio condutor a maneira pela qual as noções de utopia e
distopia são construídas de acordo com diferentes contextos. As
obras analisadas são alegorias a dois períodos histórico-sociais diferentes, a
saber, Ditadura Militar no Brasil e Pós--Revolução Russa; assim, levantou-se
uma retrospectiva de seus autores e suas maneiras de engajamento, para
combater o totalistarismo presente nos contextos já citados. Neste sentido,
abordaram-se questões específicas de cada obra, demonstrando a
representação do período nas ações e acontecimentos que possibilitaram
perceber como a utopia de uma sociedade ideal fora construída
e, posteriormente, transposta para uma sociedade distópica. Analisou-se como
as relações de poder se dão em diversos campos como fala, alimentação,
sexualidade, punição, dentre outras, construídas e naturalizadas
corroborando, diretamente, para que as sociedades vivam a utopia bem como
a distopia. As análises foram amparadas por autores como Ernst Bloch (2005)
e Thomas More (2017) para conceituar utopia e distopia; Eric Hobsbawm
(1995) como suporte para compreender os períodos históricos; e Michel
Foucault (1979), (1987), (1988) no que concerne às noções e estudos sobre as
relações de poder; dentre outros teóricos que deram a sustentação que foi
necessária.
Palavras-chave: Utopia; Distopia; Relações de Poder; Fazenda Modelo;
Revolução dos Bichos. |
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As aventuras de Alice através dos sonhos e a distopia que encontrou por lá |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
27/08/2019 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Flávio Amorim da Rocha
- Ramiro Giroldo
- Ravel Giordano de Lima Faria Paz
- Rosana Cristina Zanelatto Santos
- Wellington Furtado Ramos
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Resumo |
Esta dissertação toma como objeto de análise os livros Alice no País das Maravilhas e
Através do espelho e o que Alice encontrou por lá, ambos escritos por Lewis Carroll. O
objetivo é observar de que forma é construída a utopia e a distopia nessas duas obras, além de
promover uma discussão sobre o nonsense como dispositivo narrativo. A proposta se deve à
construção de sociedades (País das Maravilhas e Terra dos Espelhos) envolta no uso arbitrário
e violento do poder pela Rainha de Copas e pela Rainha Vermelha, anulando a ideia de
individualidade e liberdade. Alice é a figura que se sobrepõe ao todo negativo, trazendo por
meio de seus questionamentos uma perspectiva de mudança, ainda que improvável. Para
tanto, nos valemos, centralmente, das considerações utópicas de Ernst Bloch (2006) e Thomas
More (2017).
PALAVRAS-CHAVE: Utopia; distopia; nonsense; Alice. |
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Questões de leitura e interpretação do livro didático de inglês a partir da prática social crítica |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
19/08/2019 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Aline Saddi Chaves
- Daniela Sayuri Kawamoto Kanashiro
- Fabiana Pocas Biondo
- Nara Hiroko Takaki
- Ruberval Franco Maciel
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Resumo |
Esta pesquisa investigou a natureza das questões de leitura e interpretação da
seção Looking Ahead do livro didático de inglês Way to English for Brazilian
Learners para o 9° ano do ensino fundamental. Assim, baseando nas teorias de
letramento crítico apresentadas pelas OCEM (BRASIL, 2006) que visam um
processo de ensino-aprendizagem voltado para a construção de conhecimento
de forma crítica, criativa e ética, tendo o aluno como protagonista, nesta
pesquisa, objetivei compreender e identificar se as questões de leitura e
interpretação textual de uma determinada seção do livro didático de inglês
possibilitam um trabalho que promova um alargamento do raciocínio. Como a
coleção é destinada ao ensino fundamental e tem como embasamento teórico
os pressupostos dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs, BRASIL, 1998),
foi possível explicar os motivos de adotar as OCEM (BRASIL, 2006) neste
estudo, tendo em mente que o foco é (re) pensar os materiais didáticos a partir
das teorias atualizadas de letramento crítico. A metodologia, de cunho
qualitativo, envolveu uma pesquisa que levou em consideração a visão do autor
a partir de sua análise, ocasionando mudanças no estudo. A análise incluiu uma
seção especifica, com três ou quatro questões, de oito unidades com temas
diferentes e correlacionados de um livro didático avaliado pelo Programa
Nacional do Livro Didático (2017) e escolhido pelos professores avaliadores para
serem usados nas escolas públicas de Campo Grande, MS. As questões dessa
seção foram analisadas de forma que foi possível complementá-las,
problematizando-as de acordo com o aporte teórico. Nesse sentido, os
resultados mostraram que essas questões, apesar de potencializarem
discussões importantes, não desenvolvem uma consciência crítica. Entretanto,
é possível ressignificá-las com a autonomia do professor.
Palavras-Chave: Livro Didático; Letramento crítico; Leitura e interpretação;
Construção de sentido. |
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O Embondeiro que contava estórias nas savanas africanas |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
16/08/2019 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Ancel Quaresma Afonso Ajupate
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Banca |
- Angela Maria Guida
- Edgar Cezar Nolasco dos Santos
- Elizabete Aparecida Marques
- Joao Ricardo Viola dos Santos
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Resumo |
Pretendi, com esta dissertação, discutir questões de identidade e diferença
cultural, sob uma perspectiva descolonial, a partir, sobretudo, da
problematização do termo raça ou racialização. Na esteira de Achille Mbembe,
defendo que o termo raça foi criado para reforçar o colonialismo eurocêntrico
sobre povos colonizados que não eram europeus nem brancos. Busquei
discutir a relação entre negritude e racialização. No início do séc. XX, a
expressão negritude ainda possuia um caráter pejorativo, sendo utilizada
como forma de ofender o negro, uma espécie de xingamento. Aimè Cèsaire,
poeta da Martinica, por volta de 1935, junto com outros escritores africanos
conferiu ao termo negritude outra conotação – movimento de recuperação da
autoestima do negro, que foi negada durante tanto tempo, em virtude
sobretudo da colonialidade do ser. Assim, nesta dissertação, procurei discutir
questões relacionadas à identidade, diferença cultural, racialização,
colonilidade linguística, memória cultural, crítica biográfica, norteando-me
sempre pelos princípios da decolonialidade. Ainda tentei demonstrar como os
efeitos perversos da colonialidade do poder, do saber e do ser se fazem
presentes, bem como acenar para uma possível mudança de rota a partir dos
estudos decoloniais. Busquei alcançar meu propósito dialogando com dois
contos de Mia Couto, extraídos do livro Cada homem é uma raça, bem como
com textos de teóricos e filósofos como Achille Mbembe, Walter Mignolo,
Frantz Fanon, Edgar Nolasco, Aimè Cèsaire, entre outros.
Palavras-chave: Diferença cultural; Decolonialidade; Colonialidade linguística; Racialização. |
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Entre memórias, confissões, silêncios e falares: O dia em que ouvi a confissão da Leoa |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
08/08/2019 |
Área |
LITERATURA BRASILEIRA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Betinha Yadira Augusto Bidemy
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Banca |
- Angela Maria Guida
- Edgar Cezar Nolasco dos Santos
- Elizabete Aparecida Marques
- Luzia Aparecida de Souza
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Resumo |
Busco, com esta dissertação, um diálogo com a obra do escritor moçambicano Mia
Couto – A confissão da leoa (2012). Para alcançar meu objetivo, tentei compreender
algumas noções acerca da memória e de outros elementos que ela convoca, como o
arquivo africano e o lugar duplamente colonizado da mulher africana dentro e fora das
narrativas ficcionais, como as de Mia Couto. Minha hipótese de trabalho é a de que o
tempo da memória é um tempo sem tempo ou mais que isso: um tempo que agrupa
várias temporalidades, que vão desde um simples relógio até o tempo kairós, que
acontece de forma individual e diferenciada para cada ser humano. Trouxe para esta
conversa com a memória e sobre a memória as tradições orais, tão comuns na cultura
africana, uma vez que o tempo na tradição oral alcança dimensões outras. Não pude
me furtar a discutir também, aliada à memória, questões de colonização e
descolonização femininas, afinal, Mia Couto inicia A confissão da leoa com a solene
proclamação de que Deus já foi mulher um dia. Ao lado de Mia Couto, também
converso com a escritora guineense, Odete Semedo. Ainda convido algumas pessoas
outras tais como Maria Lugones, Jacques Derrida, Walter Mignolo, Francisco Ortega,
Hugo Achugar e Edgar Nolasco para dialogarem comigo. Faço isso porque, no
momento, creio que essas pessoas podem contribuir com minhas reflexões nessa
roda de conversa sobre narrativas de mulheres e de memórias de mulheres.
Palavras-chave: Mia Couto; Memória; África; Decolonialidade feminina. |
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Arquitetura, Linguagem e Mediação Digital: Revisitando o Parodoxo de Tschumi sob uma Perspectiva Peirciana |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
08/08/2019 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- GABRIELA LIMA MASCARENHAS MOREIRA
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Banca |
- Elaine de Moraes Santos
- Eluiza Bortolotto Ghizzi
- Ivo Assad Ibri
- Maria Adelia Menegazzo
- Maria Luceli Faria Batistote
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Resumo |
Propôs-se, na pesquisa que resultou nesta Dissertação, partir de uma análise da
condição de disjunção entre os âmbitos do conceito e da experiência na arquitetura, como
investigada por Bernard Tschumi (1944-) em seu texto intitulado “The Architectural Paradox”
(1975), para, ao reconsiderar este problema da perspectiva da filosofia pragmatista de Charles
Sanders Peirce, verificar a possibilidade de se falar em uma suspensão dessa condição em um
momento atual, em que a relação entre os dois âmbitos passou a ser mediada pelas Tecnologias
Digitais de Informação e Comunicação (TDICs). Com relação à teoria da arquitetura, propôsse estudar a proposta de Josep Maria Montaner (1954-), desenvolvida em seu livro “Do
diagrama às experiências, rumo a uma arquitetura de ação” (2017), para um “pragmatismo
interativo”, fundado no confronto entre as teorias pós-estruturalistas e o pragmatismo. Admitiuse que, em seu texto, Montaner atualiza as reflexões realizadas por Tschumi ao reconhecer uma
continuidade entre a teoria e a prática como decorrência de sua postura pragmática. Ambos os
autores desenvolvem seus estudos em torno de três conceitos principais: (1) Conceito ou
diagrama, relativo ao âmbito do projeto e da ideação; (2) Experiência, relativa à subjetividade
da experiência individual com a arquitetura; e (3) Evento ou Ação, relativos às experiências
sociais, coletivas. Diagrama e experiência são conceitos fundamentais para a Fenomenologia,
a Semiótica e o Pragmatismo peircianos, e se propôs estudá-los, bem como o conceito de hábito
em Peirce, que mais se aproxima dos conceitos de evento e ação, em suas correspondências e
diferenças entre a filosofia e a arquitetura, buscando avançar no entendimento das contribuições
do Pragmatismo de Peirce para a arquitetura, considerando a possibilidade de que, com as
TDICs, alterem-se as características tanto do diagrama quanto da experiência, de onde emergem
novas possibilidades de projeto, de uso e de aproximação entre os dois âmbitos. Esta pesquisa
está inserida na linha de pesquisa Práticas e Objetos Semióticos, da área de concentração
Linguística e Semiótica do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens (PPGEL)
da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
Palavras-chave: Teoria da Arquitetura; Pragmatismo; Charles Sanders Peirce; Diagrama;
Experiência; Ação |
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Uso da escrita em Língua Guarani na Universidade Indígena Unibol Guarani Apiaguaiki Tüpa |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
12/07/2019 |
Área |
LÍNGUAS INDÍGENAS |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Claudete Cameschi de Souza
- Daniel de Mello Ferraz
- Eli Gomes Castanho
- Fabiana Pocas Biondo
- Patricia Graciela da Rocha
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Resumo |
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