Luiz Roberto Lins de Almeida |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/11/2022 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Andre Rezende Benatti
- Carolina Barbosa Lima e Santos
- Magdalena Gonzalez Almada
- Rosana Cristina Zanelatto Santos
- Wellington Furtado Ramos
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Resumo |
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Download |
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O narrador e a violência em Cuentos, microcuentos y anticuentos, de Mario Halley Mora |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/11/2022 |
Área |
TEORIA LITERARIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
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Resumo |
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O narrador e a violência em Cuentos, microcuentos y anticuentos, de Mario Halley Mora |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/11/2022 |
Área |
LITERATURA BRASILEIRA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- LUIZ ROBERTO LINS ALMEIDA
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Banca |
- Andre Rezende Benatti
- Carolina Barbosa Lima e Santos
- Magdalena Gonzalez Almada
- Rosana Cristina Zanelatto Santos
- Wellington Furtado Ramos
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Resumo |
Esta investigação debruça-se sobre a narrativa breve na obra Cuentos, microcuentos y anticuentos, de Mario Halley Mora (1926-2003), escritor, dramaturgo e jornalista paraguaio, considerado o fundador do romance assunceno, além de ser o precursor, na literatura paraguaia, dos gêneros microconto e anticonto. A obra analisada enquadra-se na tradição contística latino-americana, razão pela qual o referencial teórico utilizado apoiou-se especialmente em teóricos latino-americanos, tendo por norte as concepções de formas breves de Ricardo Piglia (2014). Realizou-se, para isso, uma apresentação da evolução da obra estudada, desvelando questões relacionadas à classificação das narrativas. Nesse passo, apresentam-se os gêneros literários presentes na obra, bem como as problemáticas que envolvem essas definições, além de articular como isso se apresenta na obra de Halley Mora, tendo em vista também sua própria produção crítica. Tendo em vista que a violência é um fenômeno social que precede a literatura (BENATTI, 2020) e que é uma presença constante na literatura (KOHUT, 2002), foram selecionadas narrativas nas quais se vislumbra a violência. Da análise desses textos foi possível colher elementos que demonstram a articulação entre elementos constitutivos da violência e a forma como os narradores são mobilizados dentro das estratégias do autor para tratar dessa temática. Comprova-se, assim, que, nas narrativas em que se faz presente a violência, há prevalência do narrador heterodiegético. Para empreender a análise foram considerados os aportes teóricos de Arendt (2020), Crettiez (2009), Michaud (1989), Ginzburg (2012), para citar alguns dos teóricos enumerados neste trabalho.
Palavras-chave: literatura paraguaia, Mario Halley Mora, violência, narrador, narrativa breve. |
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Multiletramentos e impressões sobre o uso de tecnologias digitais por professoras de língua portuguesa |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
21/11/2022 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Josiane de Jesus Reis de Freitas
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Banca |
- Daniela Sayuri Kawamoto Kanashiro
- Elaine de Moraes Santos
- Fabiana Pocas Biondo
- Jucara Zanoni do Nascimento
- Ruberval Franco Maciel
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Resumo |
Este estudo tem por objetivo investigar a percepção de professoras de língua portuguesa do 9º ano do ensino fundamental II sobre o uso que fazem de tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) em suas práticas pedagógicas. Para isso, propomos analisar como as professoras investigadas afirmam usar tecnologias digitais em suas aulas de língua portuguesa, buscando discutir possíveis relações entre esse uso e a pedagogia dos multiletramentos em seu fazer pedagógico, assim como a importância do uso de tecnologias digitais no ensino de língua portuguesa, sobretudo considerando o contexto da pandemia da covid-19. Para isso, dialogamos, por meio de entrevista semiestruturada, realizada em março, maio e agosto de 2021, com quatro professoras das redes pública e privada de ensino de Campo Grande – MS, que atuam no 9º ano do ensino fundamental, partindo de 12 (doze) questões mais gerais sobre o tema. Entre as justificativas para a investigação, estão as percepções da pesquisadora enquanto professora de reforço do ensino fundamental, sobre dificuldades no acesso a tecnologias digitais pelos alunos nas escolas e no uso dessas tecnologias por professores nas aulas de línguas. Os resultados apontam alguns indícios de trabalho com tecnologias digitais em perspectiva da pedagogia dos multiletramentos, porém destacam muitas barreiras para a realização desse tipo de prática, principalmente durante o período de ensino remoto emergencial da pandemia da covid-19. Como mostram as análises, não é possível dizer que esse tipo de trabalho possa ser facilitado apenas por uma infraestrutura digital adequada, pois muitas vezes também estão presentes nas práticas de ensino algumas dificuldades e resistências para o trabalho a partir da perspectiva dos multiletramentos.
Palavras chave: Pedagogia dos Multiletramentos. Ensino de Língua Portuguesa. Pandemia da covid-19.
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O ENSINO DA LÍNGUA TERENA NA EDUCAÇÃO INFANTIL DAESCOLA POLO MUNICIPAL INDÍGENA ALEXINA ROSA FIGUEIREDO |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
18/11/2022 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Adiane Quelri Valente França
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Banca |
- Caroline Pereira de Oliveira
- Patricia Graciela da Rocha
- Paulo Baltazar
- Rogerio Vicente Ferreira
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Resumo |
Esta pesquisa focalizou o ensino da língua Terena na educação infantil da Escola Indígena Alexina Rosa Figueiredo que fica na Aldeia Indígena Buriti, município de Dois Irmãos do Buriti em Mato Groso do Sul MS. Tem como objetivo principal averiguar as práticas de ensino referente ao uso da língua Terena na educação para crianças de quatro e cinco anos de idade e verificar se a língua Terena é a língua de instrução usada com crianças indígenas desta faixa etária na escola pesquisada, pois existe uma preocupação mundial referente ao fortalecimento das línguas indígenas, uma vez que a maioria corre risco de extinção e, a aldeia Buriti, engrossa essa estatística, pois há poucos falantes da língua materna, o que indica a necessidade de estratégias para o fortalecimento da língua. A escolarização intercultural e diferenciada proporciona o uso da língua materna, o que torna a escola em uma importante ferramenta para a sua manutenção. A metodologia qualitativa empregada na pesquisa constou de levantamento bibliográfico sobre aslegislações que garantem o ensino da língua indígena na escola, e autores como Nincao(2003 - 2008), Cavalcante e Maher (2006), Farias (2015), Toneto (2008), Oliveira (2003),
Hamel (2003), Knapp (2012), Brighenti e Chamorro (2012), Rajagopalan (2013),
Altenhofen (2013), Maher (2013) e Lagares (2013) entre outros. Quanto a metodologia quantitativa, foram realizadas entrevistas com dezenove pessoas, sendo 09 professores,
que já atuaram na educação infantil e na gestão escolar e dez pais da comunidade, para compreender como ocorre o ensino da língua, na escolarização infantil, na aldeia em questão. Os resultados deste estudo evidenciam um panorama da situação da língua indígena na comunidade e reforça a necessidade de políticas linguísticas para a escola indígena. |
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Trabalho, Brutalidade e desumanização na representação do protagonista Edgar Wilson em De gados e homens de Ana Paula Maia |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
22/09/2022 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Michele Felizardo Lopes de Oliveira
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Banca |
- Andre Rezende Benatti
- Carolina Barbosa Lima e Santos
- Ramiro Giroldo
- Rosana Cristina Zanelatto Santos
- Wellington Furtado Ramos
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Resumo |
O presente trabalho faz uma leitura crítica da obra De Gados e Homens (2013),
de autoria da escritora e roteirista Ana Paula Maia. A pesquisa estabeleceu
uma discussão acerca das condições precárias de trabalho sofrido pelo
protagonista Edgar Wilson com o processo de desumanização. Selecionou-se
as seguintes temáticas: trabalho, violência e desumanização com o intuito de
analisar tais elementos na produção literária de Ana Paula Maia. Identificou-se
na leitura da obra as contradições entre elementos formais, sociais, culturais e
econômicos presentes no texto de Maia, como pressupostos na análise e
compreensão da ficção. A narrativa evidencia as relações de trabalho em um
contexto marcado por violência, condições precárias de trabalho, desigualdade
social, brutalidade e alienação. As condições de trabalho implicam na
constituição das dimensões psicológica, emocional, social e econômica do
protagonista, sendo consideradas mecanismos de reprodução alienante e
desumanização das relações sociais. Utilizou-se para o desenvolvimento da
pesquisa os fundamentos teóricos das seguintes obras: A Condição Humana,
de Hannah Arendt (2009); Literatura, violência e melancolia, de Jaime Ginzburg
(2012) e Realismo e realidade na literatura, de Tânia Pellegrini (2009). Concluise que a obra aponta elementos relacionados a literatura contemporânea da
realidade social do trabalhador que envolto das condições precárias de
trabalho, violência e alienação, torna-se desumanizado e reproduz uma
dinâmica de violência como estratégia internalizada pelo meio que o molda,
fragilizando sua existência e condição humana. |
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MAPEAMENTO E DESCRIÇÃO DAS LÍNGUAS INDÍGENAS EM MATO GROSSO DO SUL |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
12/09/2022 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Shirley Alzeman Rocha Benites
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Banca |
- Bruno Oliveira Maroneze
- Caroline Pereira de Oliveira
- Daniela Sayuri Kawamoto Kanashiro
- Denise Silva
- Rogerio Vicente Ferreira
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Resumo |
Esta pesquisa focalizou o estado das línguas indígenas do Mato Grosso do Sul, considerando
sua localização, identificação e vitalidade. O estado do Mato Grosso do Sul possui a segunda
maior população indígena do Brasil com nove povos e diferentes línguas pertencentes a troncos
e famílias linguísticas diversas: Atikum, Guarani, Guató, Terena, Ofaié, Kamba, Kaiowá,
Kadiwéu, Kinikinau, em diferentes situações de uso. Dessa forma, é importante conhecer a
distribuição geográfica e o estado dessas línguas, considerando a importância da diversidade
linguística no estado do Mato Grosso do Sul. A metodologia, de cunho qualitativo, constou de
levantamento documental e bibliográfico a respeito da diversidade linguística local e
documentos legais sobre as políticas linguísticas existentes no decorrer dos períodos da
colonização e da república, com especificidade para o período pós-constituição de 1988. A
revisão bibliográfica constou de autores relacionados aos conceitos de política linguística e suas
vertentes conforme Calvet (2007), Maher (2013), Lagares (2018), Rajagopalan (2013), Oliveira
(2016), Hamel (2016), em linguística Ferreira (2015), Rodrigues (1986), Ferreira (2016). Em
antropologia Cunha (2012, 2016), Ribeiro (2017, 2021), Aguilhera Urquiza (2016), Chamorro
e Martins (2015), Ribeiro (1983) entre outros. No campo da educação Silva e Ferreira (2001),
Rocha e Hamel (2020), Brandão (2017), Knapp (2016), Tavares (2016) e sobre educação
escolar indígena no que se refere à educação intercultural bilíngue que privilegia o ensino e
valorização das línguas indígenas no Brasil. Os resultados, advindos das leituras realizadas,
mostraram o estado geral das línguas indígenas do Mato Grosso do Sul e a situação de uso e
vitalidade das mesmas, apontando para línguas já em situação de perda e outras com número
alto de falantes, porém com desconhecimento de estatísticas de transmissão geracional, o que
pode garantir ou não sua continuidade. Espera-se com este trabalho contribuir para o
conhecimento do estado geral das línguas do Mato Grosso do Sul e, assim, identificar as
iniciativas sobre políticas e planejamento linguístico de status e corpus para fortalecimento
das línguas indígenas do Mato Grosso do Sul.
Palavras-chave: línguas indígenas, política linguística, educação.
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OS REGIMES DO GOSTO NAS PRÁTICAS DA FEIRA LIVRE: UM ESPETÁCULO DE VER, SENTIR E CONSUMIR |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
10/09/2022 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Sueli Maria Ramos da Silva
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Elaine Cristina de Queiroz Silva Vasques
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Banca |
- Alexandre Marcelo Bueno
- Eluiza Bortolotto Ghizzi
- Geraldo Vicente Martins
- Sueli Maria Ramos da Silva
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Resumo |
O objetivo geral desta pesquisa é observar a produção dos sentidos nas feiras livres e como se
formam desde a sua genealogia, referenciando uma semiótica das experiências, tendo como
base teórica a semiótica discursiva e seus recentes desdobramentos, tais como o
semissimbolismo e a sociossemiótica. Nossa metodologia se circunscreve na pesquisa
bibliográfica e descritiva pontuando os enunciados narrativos inscritos nos registros históricos
e nas práticas da contemporaneidade. Como objetivos específicos delimitamos organizar como
se constrói os regimes de sentido e interação nas práticas das feiras livres ao longo do tempo e
as alterações nos sentidos provocadas pela pandemia de COVID-19. Por ser um objeto do social
fazemos uso de diferentes corpora para as análises em um caráter exploratório que elencamos
em três categorias: 1) levantamento bibliográfico com base nos registros históricos que
denotam os sentidos das feiras como prática social e cultural por meio dos processos
axiológicos; dos fatores linguísticos e extralinguísticos, como expressões e provérbios
instituídos nas feiras da Idade Média; e das alterações nas práticas causadas pelas epidemias
que mudaram o contexto do comércio nesse período; 2) estudo in loco na Feira Livre do
Guanandi, na capital Campo-grandense, para análise sociossemiótica das práticas do social
utilizando imagens do dia de feira capturadas por meio de gravações feitas com uso de um
celular; 3) texto audiovisual, utilizando reportagem jornalística televisiva produzida no
ambiente de feira, o qual dissecamos em dois recortes para demonstrar as alterações dos
sentidos nas práticas da feira em tempos de pandemia da COVID-19, observando o percurso
gerativo de sentido no plano de conteúdo da matéria jornalística e as relações semissimbólicas
em uma imagem congelada (freeze frame) ou enquadramento. O referencial teórico centralizase nas ideias de estudiosos, tais como: Greimas (1973), Landowski (2004), Floch (1985),
Pietroforte (2019), Barros (2001), Fiorin (2018), Oliveira (2014) e Bueno (2014), dentre outras
contribuições bibliográficas visando aprofundamento das investigações, entre esses:
Bourquelot (1865), Huvelin (1897), Goffman (1986), Le Goff (1990), Bateson (2000), Sato
(2012), Bernardo (2014) entre outros. Este trabalho desenvolvido nos postulados dos estudos
de linguagens, além de oportunizar novos olhares para a elaboração de novas pesquisas em
Semiótica, possibilitou compreender que o sincretismo semiótico da feira livre salta da
figuratividade, dos gostos e das relações de um consumo de afetivo pautado em processos
axiológicos.
Palavras-chave: Feira livre; Semiótica discursiva; Semissimbolismo; Sociossemiótica.
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A doença como metáfora em Philip Roth e Samuel Rawet |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
09/09/2022 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Rosana Cristina Zanelatto Santos
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Mariana Alice de Souza Miranda
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Banca |
- Andre Rezende Benatti
- Josilene Moreira Silveira
- Márcia Maria de Medeiros
- Rosana Cristina Zanelatto Santos
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Resumo |
Esta dissertação objetiva aproximar a novela Homem comum, de 2006, do escritor
estadunidense Philip Roth (1933-2018), de quatro contos do escritor brasileiro
Samuel Rawet (1929-1984): ―O fio‖, ―O crime perfeito‖, ―A batalha de Kurukshetra‖ e
―Consciência do mundo‖. Nossa hipótese é a de que nesses textos a doença, a
melancolia e a degenerescência são representadas alegoricamente, a fim de
expressar aquilo que a psicanálise freudiana entende como o conflito primordial do
ser humano: a tensão entre as forças da pulsão de vida (Eros) e da pulsão de morte
(Thanatos). A partir de uma leitura benjaminiana, essas narrativas colocam em
questão o declínio da experiência e da tradição na modernidade, a impossibilidade
de se transmitir experiências autênticas e de se afirmar um único significado, eterno
e universal. A narração, nesse sentido, deixa de ter um caráter coletivo, no qual as
experiências eram passadas de geração em geração para dar lugar à narração da
vida de um sujeito solitário que luta pelo sucesso em uma sociedade marcada pela
concorrência. Dessa forma, as obras de Roth e de Rawet representam o
desencantamento do mundo na modernidade, e é essa desvalorização do mundo
aparente e a morte do sujeito clássico que fazem ressurgir a forma alegórica como
Walter Benjamin a definiu, a saber, que a alegoria manifesta a fragmentação do real.
Ainda que o texto esteja impregnado de melancolia devido à perda de um sentido
último, sua produtividade nasce do reconhecimento dos fragmentos desta perda,
pois, como a alegoria nos revela, o sentido não nasce somente da vida, mas
também da morte. Nossa análise é baseada, sobretudo, nos estudos de Walter
Benjamin, Freud, Betty Fuks, Jaime Ginzburg e Susan Sontag. |
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POLÍTICAS LINGUÍSTICAS DE ACOLHIMENTO PARA MIGRANTES/REFUGIADOS VENEZUELANOS EM CAMPO GRANDE/MS |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
09/09/2022 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Silvana Ferreira Monteiro
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Banca |
- Andre Rezende Benatti
- Daniela Sayuri Kawamoto Kanashiro
- Mircia Hermenegildo Salomão Conchalo
- Paulo Gerson Rodrigues Stefanello
- Rosana Cristina Zanelatto Santos
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Resumo |
MONTEIRO, S.F. POLÍTICAS LINGUÍSTICAS DE ACOLHIMENTO PARA
MIGRANTES/REFUGIADOS VENEZUELANOS EM CAMPO GRANDE/MS,
2022. Dissertação- Programa de pós-graduação em letras estudos de
linguagens. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, MS,
2022.
Os refugiados são pessoas que estão fora de seus países de origem, forçadas
a deixar suas casas para a preservação de suas vidas. Obrigadas a fugir, por
temer perseguição, conflito, violência ou circunstâncias de subsistência. Esses
migrantes/refugiados buscam, essencialmente, oportunidades de emprego e de
uma vida melhor. A adoção do português como língua oficial, apesar das
semelhanças com as línguas faladas (espanhol e suas variações), dificulta as
relações dos migrantes no país e até sua entrada no mercado de trabalho, e por
isso a necessidade imperiosa de um acolhimento linguístico específico para este
fim. Esses indivíduos necessitam de acolhimento individualizado. A Língua de
Acolhimento (PLAc) ultrapassa as dimensões da estudos de Língua Estrangeira
(LE) ou da segunda língua (L2), incluindo necessariamente a abordagem para o
crescimento profissional, dos direitos sociais e de se integrar temporária ou
permanente ao país de acolhimento. A proposta de curso de português para
refugiados da igreja Batista em Campo Grande- MS é baseada na inclusão,
integração e acolhimento. A metodologia utilizada no ensino do português para
migrantes/refugiados diferencia-se do ensino de português como língua
estrangeira, leva em consideração o todo, a sociedade em qual o estudante está
inserido e as dificuldades que ele enfrenta em seu dia-a-dia. Além do
acolhimento que deve ser promovido no ensino de PLAc para refugiados, um
material didático personalizado inserindo orientações sobre a emissão de
documentos, inserção no ambiente de trabalho e na sociedade. Leitura e
interpretação de textos como Leis Trabalhistas, elaboração de Curriculum Vitae
e outras temáticas demandadas pelo público-alvo são essenciais para promover
a integração social dos refugiados. O professor é o elo central, muitas vezes, é
a referência que o refugiado tem para lidar com as adversidades. O professor
media conflitos entre o refugiado e a sociedade que nem sempre os recebe com
acolhimento. O aprendizado da língua com o professor acolhedor vai inserindo
o estudante aos poucos na sociedade, dando-lhe recursos se emancipar e achar
o seu lugar nesta nova realidade. O professor muitas vezes acaba indo além de
suas funções de ensino, ele é um amigo, e isso é o acolhimento. |
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Trabalho da memória em Conhecimento do inferno, de António Lobo Antunes |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
08/09/2022 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Rosana Cristina Zanelatto Santos
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Carolina Barbosa Lima e Santos
- Paulo Bungart Neto
- Rosana Cristina Zanelatto Santos
- Wellington Furtado Ramos
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Resumo |
A proposta deste trabalho é a de ler Conhecimento do inferno (1980), de António Lobo Antunes, como um romance que insiste no inferno como alegoria de uma memória traumática. O narrador, ex-combatente do exército português na guerra
contra a independência de Angola, realiza uma viagem de carro do Algarve até Lisboa, marcando o seu retorno das férias para exercer a profissão de psiquiatra. Durante o trajeto, ele rememora obsessivamente a sua experiência na guerra e no
hospital psiquiátrico. O horror presenciado na guerra encontra continuidade no hospital, descrito como instituição concentracionária, prolongando assim o seu sofrimento. O inferno começa por ser um lugar concreto: em África, a guerra indesejada; no hospital, o tratamento desumano e obsoleto; mas é, sobretudo, um estado de espírito, pois, deixada a guerra, ele se alastra pelo cotidiano, como
rememoração, perturbação mental, delírio, fantasmagoria, tormentos infligidos e sofridos, enfim como culpa. Por isso, quase sempre a organização diegética do romance altera-se e abre-se para histórias paralelas, e o leitor encontra dificuldade em situar-se temporalmente. Com efeito, o romance propõe rememorar o passado
pessoal e nacional para realizar um trabalho da memória. A análise é fundamentada pelos estudos da memória e da literatura de testemunho, a partir de autores como Freud, Benjamin, Ricoeur, Márcio Seligmann-Silva, Jeanne Marie Gagnebin, entre outros.
Palavras-chave: Lobo Antunes; Conhecimento do inferno; literatura portuguesa contemporânea; literatura e trauma. |
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Políticas Linguísticas para Línguas Indígenas: Normas, Leis e Práticas em Mato Grosso do Sul |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
02/09/2022 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Grayson Wellington Mannocci Toliver
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Banca |
- Aparecida Negri Isquerdo
- Caroline Pereira de Oliveira
- Onilda Sanches Nincao
- Rogerio Vicente Ferreira
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Resumo |
O direito ao uso das suas línguas é parte integrante da garantia à autonomia dos povos indígenas do Brasil e ao pleno exercício da sua cidadania. Para que se mantenha o poder de escolha em questões relativas às suas línguas, é necessário que haja ação por parte das instituições, poder público e sociedade civil, particularmente no fornecimento de serviços de tradução e interpretação. Ao objetivar traçar uma trajetória de políticas linguísticas no Brasil e em Mato Grosso do Sul, realizou-se um levantamento das normas jurídicas a nível federal e estadual desde a promulgação da Constituição Federal de 1988 até junho de 2022. Assim, visou-se avaliar as previsões e as lacunas na legislação vigente. Para isso, utilizou-se o sistema de busca do ordenamento jurídico do governo federal do Brasil para encontrar as legislações federais relevantes e o sistema de busca do ordenamento jurídico estadual de Mato Grosso do Sul por meio do site da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. A seleção de Mato Grosso do Sul para análise se deve ao fato desse possuir a segunda maior população indígena do Brasil e por esse contar com pelo menos dois municípios que tem línguas indígenas cooficiais, Tacuru (MS) com a língua guarani e Miranda (MS) com a língua terena. Realizou-se então um levantamento a nível municipal. Este trabalho também traçou o rumo das políticas linguísticas realizadas por meio de ações e projetos elaborados por indivíduos, instituições e comunidades. Por incluir matérias jornalísticas, relatórios, censos, documentários e palestras disponíveis online, ao lado de artigos, livros e documentos de legislações, considera-se esta uma pesquisa documental. Foram consultados Calvet (2007), Spolsky (2012), Jernudd e Nekvapil (2012) entre outros como referencial teórico. De modo geral, verificou-se a implementação de uma política linguística que valoriza as especificidades dos povos indígenas e que objetiva a manutenção da sua diversidade linguística. No entanto, entre os temas abordados na legislação sobressaíram questões relativas à educação tanto no nível federal (mais de 92% das leis) quanto no nível estadual (80%), sendo que o segundo tema mais tratado, “Preservação e promoção”, apareceu em menos de 31% das leis federais, e menos de 27% das estaduais. Portanto, ainda carecem políticas públicas em outras áreas, pois, se o intuito for revitalizar e fortalecer essas línguas, é preciso assegurar espaço para o seu uso diário nos âmbitos da vida pública, inclusive no comércio, mídias, tecnologia e saúde, além da educação. |
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Entre fronteiras e memórias subalternas: reflexões acerca dos escritos teórico-ficcionais de Edgar Nolasco, um intelectual fronteiriço |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/07/2022 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Marta Francisco de Oliveira
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Ana Paula Marques Machado
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Banca |
- Eliene Dias de Oliveira
- Lucilene Machado Garcia Arf
- Marta Francisco de Oliveira
- Vania Maria Lescano Guerra
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Resumo |
O intelectual fronteiriço, de certa maneira, necessita pensar e agir de forma desobediente, a fim de
que possa fazer ouvir nos centros hegemônicos as vozes que se erigem dos espaços de fronteira,
como é o caso de Mato Grosso do Sul. Praticar a desobediência epistêmica e teórica é, assim, uma
condição inerente aos saberes fronteiriços. É a partir desse bios e lócus epistêmico que esta proposta
de trabalho se constrói. Para isso, pretende-se criar possibilidades de diálogo com obras ficcionais,
prioritariamente, e teóricas de Edgar Cézar Nolasco, que teoriza seu discurso a partir de seu lócus
fronteiriço, a fronteira-Sul Brasil/Paraguai/Bolívia, erigindo uma crítica pós- colonial a partir dessa
fronteira sanguinolenta onde canta o urutau, ave símbolo de regiões do cerrado brasileiro. Seus
escritos poéticos são permeados por suas memórias subalternas e se encontram presentes na sua
poética ficcional Pântano, Oráculo da fronteira, A ignorância da Revolta, O jardim das fronteiras,
Paisagens biográficas, El lado oscuro del corazón de la frontera, Gramática despoética da
fronteira, Ensaio da desobediência dos pássaros e O teorizador vira-lata. Bios e lócus de sujeitos
fronteiriços estão atrelados, criando, dessa maneira, as memórias subalternas de fronteira. Portanto,
proponho delinear tal reflexão a partir dos escritos teórico-ficcionais do intelectual Edgar Cézar
Nolasco, que é um sujeito híbrido, fronteiriço, mestiço e múltiplo, pois há vários Nolascos
permeando minha escrita e interpretação, em diálogo com autores como Glória Anzaldúa, Ramón
Grosfoguel, Bessa-Oliveira, Boaventura de Sousa Santos, Walter Mignolo, Aníbal Quijano, Franz
Fanon, Juliano Garcia Pessanha, Eneida Maria de Souza e Zulma Palermo. É nessa direção que este
trabalho pretende seguir, a partir do estudo da poética ficcional de Nolasco, um intelectual
fronteiriço desobediente de nascença.
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Expressões idiomáticas do russo e do português brasileiro: um estudo comparativo de somatismos |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
27/05/2022 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Elizabete Aparecida Marques
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Aparecida Negri Isquerdo
- Ekaterina Volkova Américo
- Elizabete Aparecida Marques
- Olga Alexandrovna Saprykina
- Renato Rodrigues Pereira
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Resumo |
A fraseologia tem sido objeto de atenção especial de linguistas, tradutores, especialistas, lexicógrafos e terminólogos de diferentes países desde o início dos estudos da linguagem até os dias atuais e vem desenvolvendo-se de forma progressiva em diversos países, haja vista sua intima relação com o viés cultural da língua. O ensino de línguas e o desenvolvimento dos estudos da tradução levaram ao estudo comparativo e à consolidação das descrições das línguas naturais. Uma análise comparativa do vocabulário de diferentes línguas levou os linguistas a conclusões relevantes e abriu novas perspectivas para o estudo de meios tão expressivos de criação de imagens, como as unidades fraseológicas idiomáticas, usadas por falantes de diferentes comunidades linguísticas. Esses itens lexicais são parte do imaginário coletivo e variam de um idioma para outro, oferecendo informações valiosas que contribuem para a compreensão das conotações culturais sobre determinados temas. Cada unidade fraseológica, se contiver a conotação cultural, contribui para a imagem global do mosaico da cultura nacional. A linguista espanhola Martínez López (1996, p. 198 apud MARQUES, 2006, p. 64) afirma que somatismos são “expressões fixas que empregam lexemas que fazem referência a alguma parte do corpo, seja física ou psíquica”.1 Nesse sentido, o propósito deste trabalho é apresentar e discutir as características estruturais e semânticas de expressões idiomáticas somáticas do russo e do português brasileiro, pois essas unidades fraseológicas representam um dos tipos centrais das unidades fraseológicas. Este estudo visou ainda discutir e compreender as possíveis diferenças e semelhanças semânticas e culturais de expressões idiomáticas somáticas, ou seja, formadas por partes do corpo humano, neste caso em específico: cabeça, olho, língua e pé/perna. Via de regra, o significado dessas expressões é construído a partir de metáforas e, na maioria das vezes, para compreendê-lo, é necessário entender a cultura e o estilo de vida dos povos de cada país, uma vez que o vocabulário fraseológico reflete a visão de mundo de uma determinada sociedade. Nessa perspectiva, as unidades fraseológicas em português e russo são de grande interesse, pois fornecem informações sobre a cultura e a mentalidade dos dois povos. Os dados desta pesquisa foram extraídos de um corpus lexicográfico e de textos autênticos disponíveis na Internet, do Corpus Nacional da Língua Russa2 e dos dicionários da língua russa3 e do português brasileiro4. O estudo comparativo evidenciou semelhanças e diferenças estruturais e semânticas nas expressões idiomáticas somáticas das duas línguas analisadas. É relevante buscar comparar e descrever cientificamente as expressões idiomáticas formadas por itens lexicais que nomeiam partes do corpo humano em russo e português de vertente brasileira, a fim de observar o comportamento fraseológico nas duas línguas. Será que existem correspondentes para todas as expressões russas? Será que aspectos morfológicos são semelhantes?
Palavras-chave: Expressões Idiomáticas Somáticas; Português Brasileiro; Russo. |
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A LÍNGUA VERNÁCULA EM TRAINSPOTTING: UM ESTUDO COMPARATIVO MULTIMIDIÁTICO SOBRE O USO DO SCOTS EM DIFERENTES ADAPTAÇÕES DA OBRA DE IRVINE WELSH |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
17/05/2022 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Michele Eduarda Brasil de Sa
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Ronaldo de Carvalho Gomes
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Banca |
- Amaury Garcia dos Santos Neto
- Angela Maria Guida
- Michele Eduarda Brasil de Sa
- William Teixeira da Silva
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Resumo |
Esta pesquisa analisa o uso da principal língua vernácula da Escócia, denominada Scots, na adaptação cinematográfica, na versão em audiobook e na versão escrita original da obra literária Trainspotting (2004), de Irvine Welsh. Através de um estudo comparativo multimidiático, investigou-se como se deram os processos de adaptação, em termos linguísticos, e qual o papel desempenhado pelo Scots em cada uma das adaptações. Investigou-se, também, como tais adaptações contribuem para a compreensão de línguas vernáculas em obras literárias que fazem parte das literaturas em língua inglesa. Para tanto, fez-se necessário um estudo panorâmico dos eventos históricos que mantiveram a Escócia separada da Inglaterra durante séculos, e como, mais tarde, vieram a se unir na formação do Reino Unido. Tais eventos históricos influenciaram o desenvolvimento dessa variação linguística, que Welsh emprega em suas obras. A partir deste trabalho, fez-se possível uma visão mais ampla sobre o que é o Scots, suas origens e qual o papel desempenhado nas adaptações e na obra literária analisada. Conclui-se que os resultados desta pesquisa podem contribuir para a difusão do uso de obras fora do cânon literário nos estudos de literaturas em língua inglesa e a utilização de diferentes recursos multimidiáticos para a compreensão destes, quando fizerem uso de variações linguísticas e línguas vernáculas.
Palavras-chave: Trainspotting; Scots; Multimídia. |
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Lugares na obra de Paulo Nazareth: deslocamentos poéticos e ressignificação semiótica |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
13/05/2022 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Camila Calolinda da Silva
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Banca |
- Eluiza Bortolotto Ghizzi
- Geraldo Vicente Martins
- Isaac Antonio Camargo
- Simone Rocha de Abreu
- Sueli Maria Ramos da Silva
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Resumo |
A presente pesquisa se baseia no percurso do artista viajante contemporâneo mineiro Paulo Nazareth (1977), com enfoque em obras de 2 séries desenvolvidas no deslocamento, “Notícias de América” (2011-2012) e “Cadernos de África” (2012-). O artista realiza um itinerário autobiográfico, em que demonstra um alto senso de sua identidade mestiça, e no qual atua como um arquivo vivo de sua própria história-memória individual que se mescla à coletiva. Ao longo do texto, defino a estratégia de análise, apoiada em uma relação entre Arte, Antropologia e Semiótica, bem como no caminhar como prática ativa na produção, o que tem aporte nos relatos de experiência do artista, registrados nas entrevistas concedidas por Paulo Nazareth, nos textos críticos sobre suas obras e nas próprias obras como fontes primárias. Desenvolvo uma reflexão sobre o caminhar como prática estética, tal qual apresentado pelo arquiteto italiano Francesco Careri (1966) e, também, acerca dos escritos do etnólogo e antropólogo francês Marc Augé (1935), sobre o que ele chamou de sobremodernidade, principalmente nos conceitos de lugar antropológico e não lugar antropológico. Este último, tem inspirado pesquisas para além do campo da antropologia, incluindo esta, no campo das artes visuais contemporâneas, com o objetivo de investigar a relação entre a produção artística de Paulo Nazareth e os locais que percorre, por meio dos registros, que são também obras de arte, e com o enfoque na possibilidade de essas obras atuarem na ressignificação de certos
símbolos culturais, através da relação artística com esses lugares. Para a análise das obras, a abordagem metodológica adotada está ancorada na semiótica geral de Charles S. Peirce (1839-1914), bem como nas publicações da pesquisadora e professora brasileira Lucia Santaella (1944), entre outros estudiosos dessa semiótica que a propõem como possibilidades de leitura e análise de obras de arte. Por fim, nas obras analisadas, em conjunto aos conhecimentos adquiridos através da pesquisa, foi possível identificar os pontos de ligação com os conceitos teóricos, além de elementos que corroboraram com a comprovação da ressignificação desses locais em lugares próximos ao que entendemos como “em casa”. A pesquisa buscou contribuir para a ampliação dos estudos da arte enquanto linguagem e suas
ligações interdisciplinares. |
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Arte-Educação Decolonial Crítica no Ensino Fundamental |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
12/05/2022 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Noelene da Costa Lima Silva
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Banca |
- Andréa Antonieta Cotrim Silva
- Marlene de Almeida Augusto de Souza
- Nara Hiroko Takaki
- Rosivaldo Gomes
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Resumo |
O objetivo desta pesquisa é realizar uma análise autocrítica reflexiva por meio de um levantamento
bibliográfico sobre a Arte-Educação, a decolonialidade e a criticidade no Ensino Fundamental e
exercitar a minha capacidade crítico-interpretativa com vistas a ampliar a minha formação
continuada. A mudança sempre esteve presente no mundo, no entanto, seu processo acelerado,
como na atualidade, é algo para se questionar por meio dos letramentos críticos (SOUZA, 2011;
TAKAKI, 2017) e decolonialidade (QUIJANO, 2005; MIGNOLO, 2017) da Arte-Educação. A
escolha desse referencial teórico deve-se à hipótese de que há pensamentos colonizadores que
permeiam a cidadania que se exercita por meio da Arte. A Arte-Educação tem um papel essencial
com relação às reflexões, mediante as imagens e as materialidades semióticas multimodais. A Arte
busca entender as complexidades do passado com as consequências históricas e culturais do/no
presente, para a reconstrução de um futuro mais justo. Assim, busco compreender os letramentos
críticos e a decolonilidade, por meio da análise e interpretação de duas obras artísticas. A
metodologia de pesquisa é teórica, de natureza bibliográfica e interpretativista, pois busca entender
a literatura que a fundamenta e, ao mesmo tempo, contempla o exercício da minha própria
capacidade de construção de sentido em relação as duas obras, com base no meu lugar de fala, nas
minhas vivências e experiências como professora de Arte, em diálogo com as perspectivas dos
letramentos críticos e da decolonialidade. Os resultados desta pesquisa se presentificam na força
que as abordagens estudadas me possibilitaram na autocritica reflexiva por melhores condições
para espalhar novas perspectivas e, em sala de aula, oportunizar que os(as) alunos(as) pensem por
si mesmos e cheguem às conclusões individualmente, a partir de aulas de Arte fundamentadas nos
letramentos críticos e na decolonialidade.
Palavras-chave: Letramentos Críticos em Arte. Decolonialidade. Reconstrução de sentidos. |
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Sob o signo do tempo: implicações temporais na experiência visual e na experiência imersiva na escultura |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
03/05/2022 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Eluiza Bortolotto Ghizzi
- Geraldo Vicente Martins
- Isaac Antonio Camargo
- Simone Rocha de Abreu
- Sueli Maria Ramos da Silva
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Resumo |
Os fenômenos de tempo, espaço e movimento permeiam toda a existência; na arte, além de necessários para a representação, tornam-se temas para suas obras. Ao longo dos anos, a maneira como encaramos tais fenômenos foi sendo alterada ou, como compreende Charles S. Peirce, atualizada. Com isso, nas mitologias, religiões e a partir das várias áreas do conhecimento, ao longo da história e mesmo hoje, pode-se constatar uma polissemia no modo como são significadas as ideias de tempo, espaço e movimento. Analogamente, pode-se perceber o deslocamento das categorias da arte e de suas obras em propostas que dialogam das mais variadas maneiras com esses fenômenos e seus significados, ainda que considerados banais por muitos de nós em nosso dia a dia. No início do século XX, em decorrência da modernização e, na segunda metade do século, da globalização, surgem correntes artísticas como o Futurismo e a Land Art, que propõem explorar os fenômenos de movimento e espaço em obras que englobam física ou conceitualmente a ideia de tempo, o que ainda é recorrente em produções da atualidade. E é neste viés de mudanças e adaptações que a arte irá se reestruturar, como propôs Rosalind Krauss, com o “campo ampliado”. A partir desse panorama, esta pesquisa insere-se entre os estudos sobre a escultura como campo ampliado, com o objetivo de estudar a maneira pela qual estes fenômenos – de tempo, espaço e movimento – se fazem presentes/participam das obras de arte. Para tanto, propõe-se analisar três esculturas, do início do século XX, do final desse século e do início do século XXI: 1. Desenvolvimento de uma garrafa no espaço, de Humberto Boccioni (1912), 2. Running Fence, de Christo & Jeanne-Claude (1976), e 3. Abismo sobre abismo, de Thiago Rocha Pitta (2018), esta última de um artista brasileiro. A análise pauta-se pelas relações sígnicas, em especial os efeitos interpretativos, que as obras estão aptas a produzirem e a participação dos fenômenos em estudo no seu processo gerativo. Apoiando-se tanto na história quanto na semiótica, esta pesquisa recorreu a diferentes perspectivas históricas sobre as conceituações de tempo e suas relações com o espaço e o movimento; na história da arte, tem por base textos de Michael Archer, Giulio Argan e Ernest Gombrich, entre outros. Os estudos semióticos consideram aspectos da iconografia de Erwin Panofsky e a semiótica geral de Charles S. Peirce, bem como textos de estudiosos da sua semiótica aplicada às imagens. Realizou-se, então, uma pesquisa envolvendo revisão de bibliografia e análise semiótica, a fim de construir uma visão sobre a relação entre tempo, espaço, movimento e artes visuais. Os resultados devem permitir compreender melhor o modernismo e a contemporaneidade, além de contribuir para ampliar os estudos relacionando arte e semiótica. |
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Fanfictions: das plataformas digitais para os livros didáticos |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/04/2022 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Daniela Sayuri Kawamoto Kanashiro
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Ana Claudia Gauto de Sousa Sovernigo
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Banca |
- Adriana Lúcia de Escobar Chaves de Barros
- Daniela Sayuri Kawamoto Kanashiro
- Fabiana Pocas Biondo
- Izabel Souza do Nascimento
- Michele Eduarda Brasil de Sa
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Resumo |
Esta dissertação tem o objetivo de analisar proposições de atividades sobre o gênero
discursivo fanfiction nos livros didáticos selecionados pelo Programa Nacional do Livro
e do Material Didático (PNLD) para o ensino fundamental (BRASIL, 2018b) e para o
ensino médio (BRASIL, 2019). Dentre as coleções indicadas, identificamos que seis
livros apresentaram atividades relacionadas às fanfictions, dos quais selecionamos
quatro deles com base nos seguintes critérios: pertencerem a coleções distintas,
apresentarem mais de uma página de atividades com o gênero discursivo fanfic, de
forma a ter uma material mais consistente para análise, e descreverem as etapas da
produção do texto. Desse modo, para a análise, selecionamos: Se liga na língua -
leitura, produção de texto e linguagem – 8º ano do ensino fundamental (ORMUNDO;
SINISCLACHI, 2018), e, para o ensino médio, Se Liga nas Linguagens - experimenta
dialogar! (ORMUNDO et al., 2020), Identidade em ação: Linguagens e suas
tecnologias – Um mundo de linguagens (GUIMARÃES et al., 2020), Ser protagonista
Linguagens e suas Tecnologias – Interação Social (POUGY et al., 2020). Buscamos
verificar se as atividades contribuem para a formação do leitor/autor, tendo como base
a leitura de obras que mobilizam as comunidades virtuais de fãs. Também é foco de
nossos estudos compreender como a experiência de leitura e produção de fãs, em
plataformas digitais, pode ser empregada na escola, de forma que o ato de ler e
elaborar um gênero discursivo faça sentido para os alunos, não se limitando a
atividades mecânicas em que o único leitor seja o professor. Pretendemos, ainda,
verificar como o uso de ferramentas digitais é proposto nas atividades com o gênero
discursivo fanfiction nos livros didáticos analisados e se são válidas para a formação
do leitor/autor, de maneira que fomentem a produção de textos autorais. Para tanto,
os estudos de Cosson (2020,2021); Jamison (2017); Jenkins (2010, 2009); Jenkins,
Green e Ford (2014); Kalantzis, Cope e Pinheiro (2020); Schneuwly, Dolz e Noverraz
(2013); Vargas (2015), entre outros, embasam as análises e as propostas de
intervenções. A metodologia adotada é a pesquisa bibliográfica e de análise
documental. A investigação contribui no campo das práticas de ensino e
aprendizagem de língua portuguesa no que se refere à leitura e produção de gêneros
discursivos do/no universo digital, considerando as fanfictions. Como resultados,
evidenciamos que as atividades nos livros didáticos analisados não focam na prática
de leitura de fanfic em seus suportes originais e, em alguns casos, não apresentam
os elementos que caracterizam esse gênero discursivo, em um primeiro contato com
o texto. Constatamos, ainda, que as propostas de elaboração textual estão
concentradas mais na produção de texto verbal, ou seja, as possibilidades que as
tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) oferecem, no que diz
respeito à multimodalidade, não são exploradas. Apesar dos problemas detectados,
consideramos as atividades promissoras, pois contemplam gêneros discursivos
digitais relativamente novos, possivelmente mais próximos dos interesses dos alunos |
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NARRATIVAS ORAIS: CULTURA LOCAL, LITERATURA E EXUMAÇÃO DA MEMÓRIA NA SERRA DA BODOQUENA (NABOGOCENA) |
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Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
31/03/2022 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Marta Francisco de Oliveira
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Quézia Stefani Fagundes Sena
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Banca |
- Edgar Cezar Nolasco dos Santos
- Eliene Dias de Oliveira
- Geovana Quinalha de Oliveira
- Marta Francisco de Oliveira
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Resumo |
Este trabalho tem por objetivo escavar as “histórias locais”(MIGNOLO, 2000) a partir de uma epistemologia outra da fronteira-sul, minha/nossa opção descolonial. Por conseguinte, a intenção é falar do meu/nosso “balaio cultural”(SEREJO, 1992), a partir da condição fronteiriça que temos de “local das miúdas culturas” (NOLASCO, 2012). Para tanto, delimito este estudo no lócus da Serra da Bodoquena, região que fica localizada no Estado de Mato Grosso do Sul. Direcionada pela perspectiva descolonial da fronteira sul, proponho um trabalho de “escrevivência” (BESSA-OLIVEIRA, 2018) de “homens-fronteira” (NOLASCO, 2012) — ou, como prefiro marcar em meu corpo fronteiriço de mulher-fronteira (SENA, 2021). Aqui, neste útero epistemológico, criamos a “fisiologia da composição” (SANTIAGO, 2021) do meu/nosso corpos, a partir dos (des)limites de nossas fronteiras epistêmicas e dos encontros acadêmicos, culturais, sociais, pessoais, que possibilitarão a formação de parceria, de ‘aliança hospitaleira’ (PESSANHA, 2018) reforçadas na escuta das narrativas a serem representadas e nas vozes teóricas selecionadas, concentrando nossos esforços para chamar a atenção para a relação entre a “interculturalidade epistêmica”(WALSH, 2002) e a descolonialidade dos saberes “outros”, mesmo – e talvez principalmente – em tempos pandêmicos de Covid-19. No intento de descolonizar os corpos da diferença colonial, a minha/nossa sensibilidade epistêmica estarão alinhavadas em discussões atravessadas pela crítica biográfica fronteiriça (NOLASCO, 2013). Portanto, ao exumar as histórias locais da região de Nabogocena, nome da cidade de Bodoquena-MS na língua Kadiwéu, a intenção é dar visibilidade aos corpos subalternos que exumam suas memórias e as hospedam em nossos corpos. Nesta interação epistemológica e valendo-me de uma metodologia de caráter bibliográfico sou respaldada por teóricos/críticos que conduziram a “fisiologia” epistemológica de nossos corpos, dentre os teóricos consultados, menciono Walter Mignolo, Frantz Fanon, Gloria Anzaldúa, Aníbal Quijano, Ramón Grosfoguel, Boaventura de Sousa Santos, Juliano Pessanha, Eneida Maria de Souza, Edgar Nolasco, Bessa-Oliveira, Jacques Derrida, Francisco Ortega e outros. Sendo assim, ao longo da pesquisa, evidenciamos a prática epistêmica no desenvolvimento de cada capítulo. Enfim, por meio de nosso mergulho epistemológico pelas nascentes de Bodoquena, e nossa articulação por exumar dos atoleiros de Nabogocena a história local de nossos hóspedes, proponho, assim, a representação cultural e literária do meu/nosso lócus fronteiriços.
Palavras-chave: Descolonialidade; Crítica biográfica fronteiriça; Interculturalidade.
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