Mestrado em Estudos Culturais

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TRABALHO Ações
CORPO ENCANTADO: a (in)corporação de caboclas e caboclos no Templo de Umbanda Pai Oxalá
Curso Mestrado em Estudos Culturais
Tipo Dissertação
Data 26/09/2023
Área INTERDISCIPLINAR
Orientador(es)
  • Miguel Rodrigues de Sousa Neto
Coorientador(es)
    Orientando(s)
    • Thaís Monique Batista Constantino
    Banca
    • Aguinaldo Rodrigues Gomes
    • Miguel Rodrigues de Sousa Neto
    • Murilo Sebe Bon Meihy
    • Róbson Pereira da Silva
    Resumo Esta dissertação tem como tema de reflexão os corpos de terreiro, especificamente a (in)corporação de caboclas e caboclos em terreiros de Umbanda. A escrevivência de Conceição Evaristo é utilizada enquanto ferramenta metodológica, uma vez que as reflexões apresentadas evocam meu corpo-memória e se cruzam/somam às bibliografias, construindo, questionando, criando e compreendendo conceitos e construções histórico-sociais ligados à religião Umbanda, à (in)corporação, seus elementos e seus sujeitos. Os temas abordados perpassam o terreiro, tanto em suas dimensões físicas e simbólicas, e exploram a relevância do corpo nas religiões afro-brasileiras, especialmente no contexto da (in)corporação. Adicionalmente, a pesquisa discute a importância e a identidade das caboclas e caboclos em terreiros de Umbanda. A pesquisa adota uma perspectiva decolonial, visando devolver/reconstituir ao corpo, e a religião como um todo, historicamente subalternizados suas próprias noções de significação. Utilizo a revisão bibliográfica como metodologia de pesquisa, observação participante nas giras de caboclas e caboclos no Templo de Umbanda Pai Oxalá, localizado em Campo Grande – MS, e entrevistas com médiuns de (in)corporação e algumas entidades caboclos a partir de questionário pré-estruturado. Os principais autores e conceitos utilizados são Graziela Rodrigues com corpo mastro, experivivência e coabitação; Luiz Rufino e Luiz Antonio Simas que discutem o carrego colonial, supravivência, caboclos e encantamento. Diante da constatação de que a colonialidade se fundamentou na descredibilização de diversas formas de ser, saber e fazer, bem como na dominação, perseguição e na morte, tanto física quanto simbólica, este estudo revela que a (in)corporação representa uma subversão desse projeto de desencanto. A (in)corporação possibilita o contato com diversas memórias de existência e energias vitais, sendo o corpo o local onde o axé está presente, permitindo assim a ruptura com a disciplinação dos corpos e dos cultos, desafiando a lógica imposta.

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    COMUNIDADE FURNAS DOS BAIANOS: DA CONQUISTA DA PROPRIEDADE À RESISTÊNCIA POR UMA IDENTIDADE QUILOMBOLA
    Curso Mestrado em Estudos Culturais
    Tipo Dissertação
    Data 30/08/2023
    Área INTERDISCIPLINAR
    Orientador(es)
    • Aguinaldo Rodrigues Gomes
    Coorientador(es)
    • Peterson José de Oliveira
    Orientando(s)
    • Caio Rodrigues
    Banca
    • Aguinaldo Rodrigues Gomes
    • Ana Paula Archanjo Batarce
    • Peterson José de Oliveira
    • Vera Lucia Ferreira Vargas Cesco
    Resumo O presente trabalho tem por finalidade pesquisar, levantar e entender como se originou a comunidade quilombola Furnas dos Baianos ao longo de sua trajetória buscando ainda compreender o processo de reconhecimento destes povos e de suas identidades quilombolas, que são vitais para o processo de regularização do território desta comunidade. No Brasil, o procedimento de identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação de terras ocupadas por remanescentes de quilombos se constituiu de forma muito burocrática e morosa, devido à falta de interesse do poder público em reconhecer a população negra como pertencentes à história de nosso país, bem como pelo fato de os interesses políticos existentes serem opostos ao processo de efetivação dessas propriedades na forma do artigo 68 dos atos de disposições constitucionais transitórios de nossa atual Constituição. O trabalho busca evidenciar a história dessa comunidade, seus costumes, suas tradições; a ligação que estabelecem com o espaço em que vivem e as relações dessas pessoas com a terra que ocupam. Busca-se também pesquisar e refletir sobre as comunidades tradicionais, como conseguiram se perpetuar ao longo do tempo diante das alterações trazidas pela sociedade moderna, dan-do ênfase à comunidade quilombola Furnas dos Baianos. Abdias do Nascimento e Beatriz Nascimento, intelectuais importantes para a discussão da temática, já denunciavam esse processo de subalternização do povo negro como elemento estruturante da sociedade escravocrata e mandonista no Brasil. Abdias do Nascimento deixa claro que essa condição subalternizada e a continuidade do colonialismo fazem parte do modus operandi estatal, seja ele monárquico ou republicano. Concordando com a historiadora Beatriz Nascimento, consideramos que qualquer atitude de associação seria quilombo, desde que buscasse maior valorização da herança negra. Assim, trabalhamos com a noção estendida de quilombo para compreender a legitimidade da luta da comunidade Furnas dos Baianos frente aos arranjos políticos locais de reconhecimento da sua identidade. A análise qualitativa envolveu pesquisa de campo, bibliográfica e documental. Metodologicamente, partimos da análise documental acerca de todos os textos legislativos (leis, decretos, portarias e resoluções) concernentes às matérias inerentes ao reconhecimento do direito de propriedade aos povos quilombolas, bem como do levantamento de teses e dissertações sobre a temática e entrevista. A pesquisa foi realizada em duas partes: a primeira consistiu em uma pesquisa de campo exploratória e consultiva, onde se realizou entrevistas com um morador da comunidade quilombola Furnas dos Baianos, o Sr. Antônio dos Santos conjuntamente com a Presidente da Associação de Moradores da comunidade a Sra. Ivete Carrera Pires, e outras duas entrevistas separadas, com antigos moradores da comunidade quilombola os Srs. Antônio Correa dos Santos e Joel Silva Ferreira, totalizando quatro entrevistados, em três entrevistas distintas, buscando entender a formação, os costumes, as tradições e a forma de manutenção dessas famílias como comunidade; a segunda foi a pesquisa documental de textos, vídeos, documentos legislativos, buscando entender o processo histórico e antropológico de formação e reconhecimento da comunidade como quilombo. Desvendar a história da comunidade Furnas dos Baianos não foi nada fácil, pois trata-se de uma comunidade que possui um histórico de formação único, quando comparado ao processo tradicional de formação de outras comunidades no Mato Grosso do Sul. A comunidade hoje vive um processo de reconhecimento de sua identidade quilombola através da incorporação dos costumes e tradições dos povos ancestrais, na busca de sua perpetuação como povo quilombola diante dos desafios e das mudanças ocorri-das ao longo do tempo.
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    A OBRA HIBISCO ROXO E A LIBERDADE, TRANSGRESSÃO E AGÊNCIA DAS MULHERES
    Curso Mestrado em Estudos Culturais
    Tipo Dissertação
    Data 29/08/2023
    Área INTERDISCIPLINAR
    Orientador(es)
    • Aguinaldo Rodrigues Gomes
    Coorientador(es)
      Orientando(s)
      • Carla Drielly Costa Santana
      Banca
      • Aguinaldo Rodrigues Gomes
      • Diana Milena Heck
      • Iara Quelho de Castro
      • Paula Manuella Silva de Santana
      Resumo Digite neste local Durante a maior parte da história, a mulher foi impedida de acessar a educação formal,
      consequentemente a produção literária não era uma possibilidade existente em sua
      vida. No campo social, entretanto, apesar das conquistas, muitas mulheres não se
      viam representadas no movimento feminista, uma vez que a realidade de suas
      organizadoras, que eram brancas, bem como suas produções literárias divergiam da
      realidade das mulheres africanas/asiáticas/indígenas/afro-americanas. Destarte,
      fazia-se necessário pensar uma literatura para além do pensamento
      hegemônico/ocidental/branco, que possibilitasse a entrada em cena de histórias que
      convidam o leitor a refletir sobre as desigualdades e assimetrias existentes no mundo.
      Chimamanda Ngozi Adichie se encontra nesse contexto de escritoras que ousam
      apresentar, discutir e refletir em sua produção literária o cotidiano de povos
      atravessados pela colonização enquanto colonizados, e é neste sentido que o
      presente trabalho se propõe a analisar a obra Hibisco Roxo (2003), de Adichie,
      atendo-se a como as personagens femininas constroem espaços de transgressão,
      agência, liberdade e resistência dentro de um contexto de colonialidade. Como
      referencial teórico, estão presentes as contribuições dos Estudos Pós-Coloniais com
      Spivak, Hall, Fanon, Said, Bhabha; dos estudos decoloniais, com Lugónes, Quijano,
      Mignolo, Maldonado-Torres, Gonzalez; das teorias e críticas africanas, a exemplo de
      Amadiume, Oyewùmí, Ogunyemi, Hudson-Weems, Ogundipe-Leslie e a própria
      Adichie; além de análises conceituais a partir de autores como Foucault, Weber,
      Giddens, Latour, Butler. Assim, trata-se de adentrar, através da pesquisa e da
      literatura, na realidade pós-colonial de uma literatura feminina através da qual as
      mulheres existem, resistem e escrevem sobre o que isso significa. Ao analisar as
      personagens verifica-se a presença do desejo como manifestação intrínseca da
      liberdade e sua efetivação no ato de transgressão encontram na agência a
      possibilidade de transposição de sua latência para o universo das relações de poder,
      onde seu papel é de redesenhar estruturas a partir das ferramentas com que a própria
      sociedade se reproduz.o resumo de seu trabalho
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      O ensino de artes visuais frente à modernidade/colonialidade: a narrativa eurocêntrica dos currículos e uma proposta de aulas oficina desobedientes
      Curso Mestrado em Estudos Culturais
      Tipo Dissertação
      Data 03/08/2023
      Área INTERDISCIPLINAR
      Orientador(es)
      • Ana Paula Squinelo
      Coorientador(es)
        Orientando(s)
        • Amanda Mamede
        Banca
        • Ana Paula Squinelo
        • Flávio Vilas-Bôas Trovão
        • Janete Rosa da Fonseca
        • Simone Rocha de Abreu
        Resumo Esta dissertação parte do problema de investigação acerca de qual a narrativa da história da arte presente nos documentos curriculares e manuais didáticos que normatizam o ensino de artes visuais na cidade de Campo Grande-MS. A partir do método dedutivo com uma abordagem qualitativa em uma perspectiva decolonial, busca-se compreender como a construção dos referenciais curriculares que orientam e normatizam a educação básica refletem nos processos de ensino-aprendizagem, partindo da hipótese de que referenciais latino-americanos são invisibilizados e deslegitimados nas aulas de arte, contribuindo para a manutenção da colonialidade do poder (QUIJANO, 2005). São realizadas análises de conteúdo no Referencial Curricular da Rede Municipal de Ensino de Campo Grande-MS (Reme) e em conteúdos selecionados em quatro volumes (6º ao 9º ano) do manual da/o professora/or da coleção “Por toda pARTE”, da editora FTD, adotada pela rede municipal para o quadriênico 2020-2023; a coleção faz parte do Plano Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD). Reflete-se junto a Silva (2013) e Arroyo (2013) em relação às teorias críticas do currículo e sua concepção de território de constante disputa de tensionamento de saberes e a Bittencourt (2002), Choppin (2004) e Rüsen (2009) acerca da metodologia de análise do manual didático considerando-o um instrumento complexo e multifacetado. Deste modo, o objetivo geral da pesquisa é analisar pontos de des/obediência docente (MOURA, 2018) a respeito do discurso presente nos conteúdos apresentados por ambos os instrumentos de análise e a construção de um material didático composto por quatro aulas-oficina, cujo conteúdo seja desobediente à lógica moderna/colonial que impera sobre as epistomologias do Sul. Foi possível perceber que o Referencial da Reme é essencialmente eurocentrado em seus conteúdos, sobretudo em relação à cronologia da história da arte, assim como a narrativa inscrita no discurso dos manuais didáticos. Ambos os instrumentos marginalizam movimentos, obras, artistas, conceitos e tendências produzidas fora do eixo Europa-EUA, produzindo uma ideia de “cultura da repetição” (RICHARD, 2012). Portanto, esta dissertação oferece um material didático cujo objetivo é a instrumentalização docente para o exercício da desobediência à centralização da epistemologia euro-estadunidense nos processos de ensino-aprendizagem em artes visuais, voltando seus olhares para a paisagem sociopolítica, cultural e artística de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, oferecendo um contragolpe à educação condicionada à lógica capitalista/moderna/colonial.
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        A PRÁTICA DAS ROÇAS ENTRE OS TERENA DA ALDEIA IPEGUE: PERMANÊNCIAS E ATUALIZAÇÕES
        Curso Mestrado em Estudos Culturais
        Tipo Dissertação
        Data 17/07/2023
        Área INTERDISCIPLINAR
        Orientador(es)
        • Vera Lucia Ferreira Vargas Cesco
        Coorientador(es)
          Orientando(s)
          • Elzéber Paiz Flôres
          Banca
          • Iara Quelho de Castro
          • Lenir Gomes Ximenes
          • Vera Lucia Ferreira Vargas Cesco
          Resumo Esta pesquisa tem por finalidade demonstrar a prática das roças realizadas pelos Terena moradores da aldeia Ipegue, na Terra Indígena Taunay/Ipegue, localizada no município de Aquidauana-MS. Nesse sentindo, privilegiou as discussões realizadas pelos trabalhos desenvolvidos por pesquisadores indígenas, também foi elaborado um roteiro de perguntas, que compôs um questionário aplicado para doze moradores da aldeia. As respostas das questões foram analisadas e se constituíram nas principais informações dessa pesquisa. Pois foi por meio das informações obtidas com os agricultores indígenas que esse texto foi produzido, uma vez que permitiram demonstrar que os trabalhos nas roças ainda são realizados pelos Terena, tanto para agricultura de subsistência, quanto para comercializarem os seus produtos na própria aldeia, assim como nas aldeias vizinhas e também nas cidades próximas. Dessa maneira, mantendo a prática das roças entre eles.
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          O GRITO DA “MULHER DO FIM DO MUNDO”: FEMINISMO DESCOLONIAL, SUBJETIVIDADES E REBELDIAS NA VIDA E OBRA DE ELZA SOARES (1930 – 2022)
          Curso Mestrado em Estudos Culturais
          Tipo Dissertação
          Data 30/05/2023
          Área SOCIAIS E HUMANIDADES
          Orientador(es)
          • Fabio da Silva Sousa
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • Larissa Papa Nogueira Martins
            Banca
            • Ana Paula Squinelo
            • Fabio da Silva Sousa
            • Raffaella Andrea Fernandez
            Resumo Considerando a diversidade social existente, é preciso compreender que a luta por mais igualdade e acesso a direitos dificilmente acontecerá de forma simplista e homogênea. Ela, possivelmente, apresentará complexidades que atravessam toda a constituição de um sujeito social, histórico e político. Trataremos da mulher negra que diante das especificidades de sua história, reivindica por igualdades de direitos que considere as suas vicissitudes. Nesse estudo, para trabalhar o feminismo negro, utiliza-se como recurso analítico o conceito de interseccionalidade. Discute-se, ainda, aspectos como a subjetividade da mulher negra, que não somente vê-se oprimida pelo engendramento de estruturas inerentes ao sistema capitalista que impactam sua realidade econômica e social, como também a sua saúde mental. Os procedimentos metodológicos envolvem a pesquisa de linguagens culturais da biografia e produção artística da cantora, Elza Soares, a fim de analisar, considerando a perspectiva dos Estudos Culturais, as suas contribuições para os estudos e movimentos antissexista, antirracista e descoloniais.

            Palavras-chave: Feminismo decolonial; Interseccionalidade; Estudos Culturais; Resistência; Elza Soares.
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            RACISMO NO AMBIENTE PROFISSIONAL ESCOLAR A PARTIR DA PERCEPÇÃO DOS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO DE COXIM, MATO GROSSO DO SUL
            Curso Mestrado em Estudos Culturais
            Tipo Dissertação
            Data 28/04/2023
            Área INTERDISCIPLINAR
            Orientador(es)
            • Miguel Rodrigues de Sousa Neto
            Coorientador(es)
              Orientando(s)
              • Sandra da Silva Costa
              Banca
              • Marcelo Victor da Rosa
              • Miguel Rodrigues de Sousa Neto
              • Róbson Pereira da Silva
              Resumo Neste trabalho, as percepções que trabalhadores/as da educação básica municipal, estadual e federal da cidade de Coxim, no Mato Grosso do Sul, têm em relação ao racismo no ambiente profissional escolar são levantadas e analisadas. Considerando que o racismo se manifesta de diversas maneiras no Brasil, buscou-se identificar como as tensões étnico-raciais são per-cebidas nas relações profissionais que se estabelecem no ambiente escolar, e, ainda, conhe-cer a importância que os/as trabalhadores/as da educação atribuem ao diálogo e às capacita-ções (formação continuada) relativas ao tema. Buscou-se, também, identificar quais estraté-gias e políticas são adotadas pelos/as gestores/as frente ao combate à discriminação racial no ambiente de trabalho. O presente estudo, com abordagem metodológica qualitativa, por meio do emprego de questionário on-line estruturado com perguntas abertas e fechadas, para dialogar com os/as profissionais de três instituições públicas de ensino (uma da esfera mu-nicipal, uma da estadual e uma federal, todas localizadas no município de Coxim, Mato Grosso do Sul), encontra-se aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. A pesquisa está ancorada no campo teórico dos Estudos Culturais, por meio da discussão que ele possibilita sobre os conceitos de cultura, de raça e de racismo nas práticas cotidianas da sociedade. En-tre os principais resultados da pesquisa está que os/as trabalhadores/as da educação reconhe-cem que o racismo existe, mas, ao mesmo tempo, o veem como algo que está distante deles e da escola, situação que ficou evidente quando 72,5% dos/as trabalhadores/as da educação disseram perceber o racismo como um problema estrutural. Mas, em contrapartida, 40% afirmam nunca ter, de forma consciente e/ou inconsciente, discriminado alguém em razão da cor, e somente 27,5% cogitam essa possibilidade; 87,5% dos/as profissionais admitem a importância do diálogo e da capacitação a respeito da discriminação racial; e há, entretanto, registros de servidores/as docentes que discordam e consideram que os/as servidores/as já são esclarecidos o suficiente sobre o assunto; 61% dos/as servidores/as desconhecem se a instituição onde atuam possui ou não políticas internas de combate ao racismo; 63% não sabem opinar sobre a atuação dos/as gestores/as frente a essa questão. A partir das manifes-tações de servidores/as, gestores/as e demais órgãos e entidades ouvidos, verificou-se que, quando há o implemento de políticas e/ou ações internas de combate ao racismo, essas são pontuais e ficam restritas, quase que exclusivamente, ao universo curricular e/ou docente, sem levar em conta que a instituição de ensino é formada por diferentes profissionais que , em atuação conjunta, protagonizam o processo educativo.

              PALAVRAS-CHAVE: racismo; trabalhadores da educação; ambiente profissional escolar.
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              AUTO DO CARÃO: ESTUDO SOBRE AS IDENTIDADES CULTURAIS DOS POVOS AMAZÔNIDAS ATRAVÉS DAS CIRANDAS DO AMAZONAS
              Curso Mestrado em Estudos Culturais
              Tipo Dissertação
              Data 31/03/2023
              Área INTERDISCIPLINAR
              Orientador(es)
              • Patricia Zaczuk Bassinello
              Coorientador(es)
                Orientando(s)
                • Jean Batista da Cunha
                Banca
                • Fabio da Silva Sousa
                • Milton Augusto Pasquotto Mariani
                • Patricia Zaczuk Bassinello
                Resumo Este trabalho visa refletir a constituição das identidades dos povos amazônicos numa
                perspectiva histórica e cultural, que vai desde migração histórica europeia até a migração
                nordestina nos meados do século XX. Trata-se de uma pesquisa baseada na história do sujeito
                da Amazônia em diálogo com os Estudos Culturais, enfatizando as identidades culturais e da
                hibridização cultural ao longo dos tempos através das cirandas do Amazonas. Faremos um
                diálogo com os autores Raymond Williams, Stuart Hall e Nestor Garcia Canclini para
                entendermos os conceitos de cultura, de identidades culturais e o processo de hibridização
                cultural. Iremos destacar os principais marcos históricos de conflitos e o posicionamento dos
                povos habitantes da região quanto a afirmação de suas identidades diante dos europeus, assim
                como as principais transformações vividas pelas cirandas ao longo do tempo e o ponto de tensão
                entre suas narrativas. Tais fatos descrevem a postura do homem amazônida frente a uma
                sociedade globalizada, padronizada e em processo de homogeneização cultural e que, mesmo
                com a romantização de sua imagem por parte do poder público, vive ainda uma ruptura social
                capaz de colocá-los em condições de descaso e de subalternização. Os povos amazônidas, assim
                como adeptos ao processo de globalização, viram no interstício a oportunidade negociação e de
                relação de poder frente as transformações exigidas pela modernidade e à manutenção de
                tradições culturais nas suas cirandas.
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                “Memória Para Uso Diário”: Arquivos E Coleções Orgânicas Como Dispositivos de Resistência (Favela da Rocinha-Rio de Janeiro, 1965 a 1984)
                Curso Mestrado em Estudos Culturais
                Tipo Dissertação
                Data 29/03/2023
                Área INTERDISCIPLINAR
                Orientador(es)
                • Murilo Sebe Bon Meihy
                Coorientador(es)
                • Mario Sérgio Ignácio Brum
                Orientando(s)
                • Maristela Santiago de Souza
                Banca
                • Mario Sérgio Ignácio Brum
                • Miguel Rodrigues de Sousa Neto
                • Murilo Sebe Bon Meihy
                Resumo A função social dos acervos arquivísticos e coleções é ressaltada nesta dissertação ao percorrer a militância política dos moradores da favela da Rocinha, na cidade do Rio de Janeiro, entre as décadas de 1960 a 1980. O uso da memória como dispositivo para a militância política se impõe para o constructo de contranarrativas na emergência da hora, da “favela” para a “favela” e para o “asfalto”, do “negro” para o “negro” e para o “branco”, das “minorias majoritárias” e dos “povos não integrados no sistema da propriedade privada” para eles mesmos e para os grupos (economicamente) hegemônicos ... enfim, para as sociedades de regulamentação, a perspectiva decolonial no fazer história a partir do direito à memória. E para nós mesmos, arruinar práticas discursivas que operam na racialização das subjetividades, de modo a nos conceituar como “favela”, “negro” ou “minoria”. Qual seja, o empoderamento, ou, o sufoco e o refastelo do mobilizar a identidade a nos projetar como atores sociais.
                As autobiografias de militantes, citadas ao longo deste trabalho, legam, os itens documentais do acervo em estudo, igualmente a memória é para uso diário.

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                JORNAL O PANTANEIRO: MEMÓRIA, HISTÓRIA E CULTURA
                Curso Mestrado em Estudos Culturais
                Tipo Dissertação
                Data 27/03/2023
                Área INTERDISCIPLINAR
                Orientador(es)
                • Antonio Firmino de Oliveira Neto
                Coorientador(es)
                • Edvaldo Correa Sotana
                Orientando(s)
                • Lise Rossi Jones Lima
                Banca
                • Antonio Firmino de Oliveira Neto
                • Edvaldo Correa Sotana
                • Eudes Fernando Leite
                • Patricia Zaczuk Bassinello
                Resumo Nos últimos anos ocorreu um aumento significativo de pesquisas acadêmicas que analisam a trajetória de periódicos publicados no Brasil. Há um conjunto de estudos voltados para jornais e revistas publicados nas capitais brasileiras. Porém, é menor o número de investigações sobre jornais produzidos no interior do país. Assim sendo, a presente pesquisa tem como objeto o jornal O Pantaneiro, publicado no município de Aquidauana, no Mato Grosso do Sul. O recorte temporal da investigação tem como marco inicial o ano de 1965, ano de lançamento do periódico. Já seu recorte final é 1978, buscando contemplar o período de criação do estado sul-mato-grossense, assim como os primeiros anos de administração do atual proprietário de O Pantaneiro. Na dissertação, objetiva-se investigar a trajetória do jornal e suas características, bem como a atuação de seus dirigentes e as produções das primeiras vozes femininas que colaboram com o periódico. Além disso, pretende-se considerar os meios locais de comunicação e momentos do desenvolvimento da imprensa. Para a realização do estudo, adota-se uma postura teórica interdisciplinar proporcionada pelos Estudos Culturais e pela articulação de conceitos das áreas de Comunicação e História. Com relação à metodologia, foi imprescindível recorrer à pesquisa bibliográfica e proceder à pesquisa documental no acervo do jornal. Como resultado do processo de pesquisa, apresenta-se uma dissertação em quatro capítulos.
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                PRIMAVERA NAS REDES: CONEXÕES E LUTAS NO SUL GLOBAL FEMINISTA EM #NIUNAMENOS, #UNVIOLADORENTUCAMINO E #ELENÃO
                Curso Mestrado em Estudos Culturais
                Tipo Dissertação
                Data 28/02/2023
                Área INTERDISCIPLINAR
                Orientador(es)
                • Fabio da Silva Sousa
                Coorientador(es)
                  Orientando(s)
                  • Aimê Barbosa Martins Bast
                  Banca
                  • Fabio da Silva Sousa
                  • Patricia Zaczuk Bassinello
                  • Rejane Aparecida Rodrigues Candado
                  • Silvana Colombelli Parra Sanches
                  Resumo O uso da internet e das ferramentas digitais elevou a outro patamar a ação de movimentos sociais - agora fortemente engajados em pautas identitárias - e tornou-se a principal ferramenta de mobilização política. Esta dissertação explora a contribuição dos feminismos transnacionais a partir de uma perspectiva decolonial para o espaço público globalizado: uma crítica interseccional à modernidade, expondo a violência com que o corpo-território das mulheres estão submetidas nas mãos do imperialismo e do neoliberalismo. Considerando esses aspectos, a literatura selecionada objetivou estabelecer a relevância de três eixos temáticos: a) feminismo; b) tecnologias de informação e comunicação, e; c) teorias do Sul Global. O levantamento dos dados discursivos dos três maiores movimentos digitais da América Latina permitiu expor uma narrativa muito específica vertendo em inúmeras informações que podem ser refletidas à luz dos Estudos Culturais. Assim, a dissertação, divide-se em três capítulos: o Capítulo 1 discute a evolução do pensamento feminista, as trajetórias do movimento na América Latina e o impacto das tecnologias para o ativismo feminista. No Capítulo 2 são explanadas as relações visíveis e ocultas entre a colonialidade, gênero e democracia, bem como o papel dos feminismos dentro e fora do Estado, em diálogo com a sociedade civil e organismos internacionais para fundamentar a produção de uma agenda política para o Sul Global Feminista que permita avanços nas relações de gênero em espaços públicos e privados. Por fim, o Capítulo 3 abarca o aporte das tecnologias de informação e comunicação no processo de questionamento da identidade feminista, a massificação do feminismo no âmbito da América Latina e o despertar da consciência política a partir do ano de 2015, utilizando como lócus de atuação e reflexão os movimentos #NiUnaMenos, #UnVioladorEnTuCamino e #EleNão. Em conclusão, o gênero e suas intersecções compõem os caracteres que constituem o sujeito pós-colonial feminino, online e offline, no contexto latino-americano, assim toda a episteme feminista levando em consideração essa constituição, deve e luta contra um patriarcado originário a fim de proteger não somente suas existências, mas na intenção de um dia quebrar com essa estrutura. Essa intenção remete ao conceito de redes de esperança de Castells, sendo a internet (redes sociais) o palco dessa subversão. Por conseguinte, se podemos traçar um panorama dos movimentos digitais da América Latina, esses diriam que os movimentos trazem uma narrativa de subversão, de negação, de uma apropriação coletiva de uma espécie de poder que é historicamente negado às mulheres e aos corpos femininos, que é um grito que saiu das redes, ganhou as ruas e performou corpos-corpus.

                  Palavras-chave: Sul Global; Feminismos; Movimentos Sociais; Ativismo; Redes Sociais.
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                  CEMITÉRIO DOS HERÓIS: conflitos entre o patrimônio cultural, apropriações e a educação patrimonial
                  Curso Mestrado em Estudos Culturais
                  Tipo Dissertação
                  Data 27/02/2023
                  Área INTERDISCIPLINAR
                  Orientador(es)
                  • Patricia Zaczuk Bassinello
                  Coorientador(es)
                  • Aguinaldo Rodrigues Gomes
                  Orientando(s)
                  • Renata Cordeiro Peguin
                  Banca
                  • Aguinaldo Rodrigues Gomes
                  • Antonio Firmino de Oliveira Neto
                  • Patricia Zaczuk Bassinello
                  • Rafael Alves Pinto Junior
                  Resumo Considerando os conflitos e tensões da herança moderno-colonial existentes na história e nas práticas de preservação patrimoniais brasileira, o objetivo desse estudo é analisar como o patrimônio Cemitério dos Heróis, situado em Jardim, Mato Grosso do Sul, é reconhecido, apropriado, e ressignificado pelos atores locais. O percurso metodológico se deu na interpretação das diferentes linguagens e apropriações sobre o cemitério. Para tanto, sob um olhar da paisagem cultural e da educação patrimonial decolonial, realizamos a análise de atas oficiais acerca do tombamento, entrevistas com o poder público, questionário semiestruturado para a comunidade local e professores da rede estadual do município. Os resultados demonstraram que o percurso de patrimonialização do espaço reproduziu o modelo epistêmico eurocêntrico, e que dado isso, o sentimento de pertencimento da comunidade para com o patrimônio, não se faz presente. Além disso, concluímos que, atualmente, o espaço é reconhecido pela sua relevância histórica, no entanto, não é apropriado e nem ressignificado pelos atores locais, o que comprova a teoria de que “conhecer para preservar” não é um único suporte para a efetividade dos bens na relação entre sujeito e patrimônio, sendo, portanto, proposto a adoção de uma educação patrimonial decolonial que considere a alteridade e a ecologia dos saberes na formação e construção de patrimônios contra hegemônicos.

                  Palavras-chave: Patrimônio Cultural; Cemitério dos Heróis; Decolonialismo; Educação Patrimonial; Estudos Culturais.
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                  Cenas de angústia e morte na dramaturgia filosófica de Jean-Paul Sartre, a partir da peça “A Prostituta Respeitosa” (1946): Representações de raça, classe e gênero
                  Curso Mestrado em Estudos Culturais
                  Tipo Dissertação
                  Data 30/11/2022
                  Área INTERDISCIPLINAR
                  Orientador(es)
                  • Aguinaldo Rodrigues Gomes
                  Coorientador(es)
                  • ROBSON PEREIRA DA SILVA
                  Orientando(s)
                  • Jéssica Ferreira Alves
                  Banca
                  • Aguinaldo Rodrigues Gomes
                  • Murilo Sebe Bon Meihy
                  • Róbson Pereira da Silva
                  • Thais Leao Vieira
                  Resumo A presente dissertação se concentra em compreender as opressões interseccionais (raça, classe e gênero), a angústia e a morte presentes na obra do dramaturgo e filósofo Jean-Paul Sartre, utilizando como objeto de pesquisa a peça A Prostituta Respeitosa, escrita no ano de 1946. A obra se passa no sul dos Estados Unidos, tendo como protagonista a personagem Lizzie, uma prostituta que viaja em um trem e, por conseguinte, presencia um conflito que resulta no assassinato de um homem negro. Assim, a peça direciona o seu foco para a questão racial, a qual tinha grande peso naquele contexto segregacionista norte-americano e pós-guerras mundiais. Sartre (1905-1980), como um dos precursores do existencialismo na França, utiliza-se de diversas linguagens para expressar sua filosofia e engajamento político. Sendo assim, nesta pesquisa, investigamos os aspectos estéticos na peça a partir da análise bibliográfica e do texto dramatúrgico, pensando como Jean-Paul Sartre, no texto teatral, perspectivou as opressões de raça, classe e gênero em suas obras, dando ênfase na temática da morte e da angústia.

                  PALAVRAS-CHAVE: Sartre, representação, problemas de gênero, raça, classe, existencialismo, dramaturgia.
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                  Pelos terreiros, becos e ruas que encruzilham a vida: o forró por um olhar afrocentrado
                  Curso Mestrado em Estudos Culturais
                  Tipo Dissertação
                  Data 30/09/2022
                  Área INTERDISCIPLINAR
                  Orientador(es)
                  • Marcelo Victor da Rosa
                  Coorientador(es)
                    Orientando(s)
                    • Marcos Nathaniel Pereira
                    Banca
                    • Aguinaldo Rodrigues Gomes
                    • Marcelo Victor da Rosa
                    • Osvanilton de Jesus Conceição
                    Resumo A pesquisa tem como objetivo geral analisar as minhas vivências, identificando as performances com o forró, como artefato cultural para direcionar um olhar pela perspectiva descolonial afrocentrada. Seu trilheiro encruzilha os terreiros da vida. O forró, sua dança, a escrevivência, a afrocentricidade e a pedagogia das encruzilhadas que florescem em ruas, terreiros, becos e vielas, espaços de transformações e de desenvolvimento de relações sociais. A pesquisa mistura poesia, que dirige os caminhos de cada capítulo; memórias, com base no pensamento de escrevivência; e os Estudos Culturais, com as leituras de afrocentricidade; sendo as ideias que trabalhem conceitos, ações, pensamentos e identidade africana que fale sobre os povos africanos e seus descendentes em relação a contextos históricos e social; as pedagogias das encruzilhadas e das ruas, encruzilham suas potencialidades em espaços não hegemônicos de conhecimento. Assim, florescem forrós múltiplos, que perpassam a dissertação e mesclam com outros conhecimentos afro-orientados. Quando o olhar visa os corpos negros diaspóricos, percorre pelos artefatos culturais, casa noturna, sarau e escola de dança, esfumaçando os saberes cognitivos motores. O que emerge são traços de possíveis conexões do forró com a cultura Africana, pensamentos e conflitos frente à brancura e do embranquecimento social, mostram que quando a cultura negra não está sendo marginalizada, seus povos estão. As energias dos orixás e pretos velhos também fluem, por toda a dissertação como conselhos ancestrais, informando as direções a serem tomadas. Assim, a pesquisa toma forma pelas encruzilhadas, encontrando estratégias a serem usadas, dentro de uma pedagogia do forró antirracista.
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                    SENÓHIKO KAVÁNETIHIKO, ÍHAEHIKO IPOXÓVOKUTI IHÁXENOTI TONÓ`ITI LIMAUN.Entrelugares e interculturalidade: vivências de feirantes Terena da Aldeia de Limão Verde
                    Curso Mestrado em Estudos Culturais
                    Tipo Dissertação
                    Data 30/09/2022
                    Área INTERDISCIPLINAR
                    Orientador(es)
                    • Iara Quelho de Castro
                    Coorientador(es)
                      Orientando(s)
                      • Valdevino Gonçalves Cardoso
                      Banca
                      • Iara Quelho de Castro
                      • Noemia dos Santos Pereira Moura
                      • Vera Lucia Ferreira Vargas Cesco
                      Resumo RESUMO


                      A presente dissertação trata da pesquisa realizada no Programa de Pós-Graduação, Mestrado em Estudos Culturais, da UFMS, Campus de Aquidauana. Tem como tema as terenas feirantes da Aldeia Limão Verde, em Aquidauana, Mato Grosso do Sul, e por objetivos apresentar e discutir suas experiências, práticas e relações estabelecidas com a sociedade envolvente, compreendidas a partir de referências teóricas de perspectiva decolonialista e da interculturalidade. Utilizou-se a pesquisa bibliográfica e o trabalho de campo, para a colheita de dados e informações junto as terenas, sobre suas vivências e percepções relacionadas às suas atividades. Conclui-se que as terenas observadas e consultadas atuam de modo significativo para além de suas aldeias e roças, realizam um trabalho intercultural, de (re)afirmação de identidade étnica, lugar a partir do qual se posicionam, requerendo respeito e reconhecimento à diferença, sendo a feira um entrelugar, espaço de percepção e modo como as feirantes Terena se posicionam no interior da sociedade envolvente e como realizam estratégias de convivência em zonas de fronteiras culturais.


                      Palavras-Chave: Feirantes Terena, Decolonialidade, Interculturalidade, Entrelugar

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                      AS AGÊNCIAS TERENA NAS IGREJAS CRISTÃS DA ALDEIA PASSARINHO: protagonismos e apropriações
                      Curso Mestrado em Estudos Culturais
                      Tipo Dissertação
                      Data 29/09/2022
                      Área INTERDISCIPLINAR
                      Orientador(es)
                      • Vera Lucia Ferreira Vargas Cesco
                      Coorientador(es)
                      • Marcelo Victor da Rosa
                      Orientando(s)
                      • Cesar Augusto Vareiro da Silva
                      Banca
                      • Iara Quelho de Castro
                      • Marcelo Victor da Rosa
                      • Noemia dos Santos Pereira Moura
                      • Vera Lucia Ferreira Vargas Cesco
                      Resumo A pesquisa busca demonstrar a construção do protagonismo indígena Terena por meio da compreensão e da análise das ações desenvolvidas por eles, através das apropriações das instituições religiosas na aldeia Passarinho, bem como das relações interétnicas identificadas por meio dos documentos das igrejas, do SPI, FUNAI e das entrevistas realizadas com as lideranças e com os membros das várias igrejas presentes na aldeia. Considera-se as igrejas também como lugares de debates e discussões em torno dos direitos indígenas, com a participação da comunidade da aldeia em seus cultos, missas e demais atividades desenvolvidas pelos membros de cada uma delas. Nesse sentido, evidencia-se um código de conduta presente no cotidiano da aldeia e para além dela marcado pelas atividades realizadas tanto pelas lideranças quanto pelos membros frequentadores, a fim de demonstrar a participação efetiva de todos junto as várias igrejas presentes na aldeia Passarinho. Para isso elegeu-se o campo teórico dos Estudos Culturais para compreender e demonstrar o processo de apropriação, ressignificação e protagonismo Terena dentro e fora da aldeia.
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                      VOZES TRANSGRESSORAS: agentes, mediações culturais, agenciamentos e América Latina nas páginas do jornal Lampião da Esquina (1978-1981)
                      Curso Mestrado em Estudos Culturais
                      Tipo Dissertação
                      Data 29/09/2022
                      Área INTERDISCIPLINAR
                      Orientador(es)
                      • Fabio da Silva Sousa
                      Coorientador(es)
                        Orientando(s)
                        • Geiselly Marçal da Silva Leão
                        Banca
                        • Aguinaldo Rodrigues Gomes
                        • Danilo Leite Moreira
                        • Edvaldo Correa Sotana
                        • Fabio da Silva Sousa
                        Resumo Interpretado pelas lentes da cultura hegemônica opressora heteronormativa como depravado, promíscuo, doentio e pervertido a população de LGBTQQICAPF2K+ sofre tratamentos diferenciados na sociedade brasileira marcados sobretudo, pela truculência das violências impostas a esses agentes. Este texto de Mestrado é fruto de uma pesquisa bibliográfica de abordagem qualitativa descritiva, intitulado “Agentes, mediações culturais, agenciamentos e América Latina nas páginas do jornal Lampião da Esquina (1978-1981). O jornal enquanto um artefato cultural através de seus conteúdos atua como produtor de sujeitos ao promover ensinos por meio de pedagogias culturais. O estudo faz também um delinear sobre o jornal de imprensa alternativa de oposição que traz um debate sobre a diferença para o Brasil a partir de uma perspectiva decolonial num Brasil da abertura em que a diferença está aflorando uma vez que a Colonialidade do poder dos regimes autoritários também se expressa nos marcadores da diferença na América Latina como um todo. Afinal, qual é o lugar da homossexualidade no interior das pautas políticas? Qual o lugar das mulheres? Qual o espaço dos indígenas? Qual o lugar das questões étnico-raciais? Faz-se também uma análise da construção de sentidos e práticas de subversão nas páginas do jornal Lampião da Esquina sobre as homossexualidades/sexualidades transgressoras na América Latina ao discutir a questão gay dos regimes autoritários latino-americanos. Para a fundamentação teórica do trabalho reporta-se esse estudo as lentes dos Estudos Culturais e tece-se um diálogo com vários autores, tais como: Jesus Martín Barbero (2015); Gayatri Chakravorti Spivak (2010) além dos constructos de Bernardo Kucinski, Renan Quinalha (2021); Viviane Camozzato, 2015 Douglas Kellner (2001); Elisabeth Ellsworth (2001) Marlécio Maknamara (2020); Patrícia Hill Collins (2021). Esse olhar a partir da margem da imprensa não hegemônica e seu devido engajamento cristaliza pautas de lutas por direitos na construção de reflexões e saberes dos agentes ao questionar a cultura dominante heterossexual, branca, cristã, normativa, patriarcal e machista no contexto autoritário.
                        Palavras-chave: Lampião da Esquina; Estudos Culturais; Agenciamento; Pedagogia cultural; Imprensa alternativa.
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                        Handala e as fronteiras para descolorir: os cartuns de Naji al-Ali, insurgências poéticas e epistêmicas na luta de libertação popular Palestina
                        Curso Mestrado em Estudos Culturais
                        Tipo Dissertação
                        Data 28/09/2022
                        Área INTERDISCIPLINAR
                        Orientador(es)
                        • Murilo Sebe Bon Meihy
                        Coorientador(es)
                          Orientando(s)
                          • Israel Aparecido da Silva Júnior Zayed
                          Banca
                          • Aguinaldo Rodrigues Gomes
                          • Murilo Sebe Bon Meihy
                          • Thais Leao Vieira
                          Resumo Esta pesquisa tem como foco investigar a produção imagética e o discurso artístico e político contido nos cartuns da personagem Handala, uma criança palestina destituída de pão e pátria - mas indignada e obstinada pela luta de libertação popular palestina. A personagem foi apresentada ao público pelo refugiado Naji al-Ali, a partir dos desdobramentos da tragédia palestina Al-Nakba. No primeiro capítulo, pode-se acompanhar, por uma abordagem histórica como e por que ocorreu a ocupação britânica na Palestina, que promoveu mudanças importantes que já ocorriam naquele espaço dinâmico e de múltiplas interações sociais e culturais. Com o domínio administrativo do Mandado da Palestina, um outro ator político estrangeiro europeu projetasse para o território palestino. Seu objetivo: ocupação, à custa da hegemonia demográfica nativa. Diferentes formas e tecnologias de violência fizeram insurgir lutas palestinas de base popular. O segundo capítulo abre-se com uma introdução à produção de arte palestina sob três abordagens teóricas (nativos, exilados e israelense). Além disso passamos por breve biografia do cartunista conhecido como Naji al-Ali à produção de seus cartuns, em especial, Handala: uma personagem refugiada que transita por questões urgentes. Parte da obra foi reunida e publicada em um livro no brasil, compilando alguns trabalhos que forneceram as imagens analisadas nesta pesquisa. A metodologia da investigação teve como objetivo identificar, através da leitura de imagens, temas relevantes da disputa entre agentes das metrópoles imperiais e das resistências palestinas a partir do artista e de “teórices” que pensam a partir das margens e das imagens. Partindo do pressuposto da diferença colonial como dispositivo que legitimou as estratégias de ocupação colonial na Palestina histórica e dos cenários da geopolítica, quais foram as respostas dadas pelo cartunista e seus trabalhos? A personagem conseguiu se comunicar tanto com as experiencia das populações nativas mas também das comunidades em diáspora. Parte do segundo e o terceiro capítulo analisam o acervo imagético dos cartuns produzidos entre as décadas 1970 a 1987. Neles, Handala e diferentes marcadores temáticos surgem nas trincheiras da linguagem em cartum: uma fronteira entre o jornalismo e as artes visuais, que modula a perspectiva do cotidiano e a representa a partir dos palestinos “de baixo”, empobrecidos e condenados da terra; as e os refugiados da Palestina. No campo interdisciplinar dos Estudos Culturais foi possível estabelecer aproximações entre teórices nativos, insurgentes, aliados e movimentos sociais para o discurso palestino por libertação popular. Qual o papel das imagens no discurso gráfico de Naji al-Ali? Quais as origens de Handala? Quais os principais temas encontrados nos cartuns? É grande o desafio de traduzir para o contexto brasileiro tantas imagens, conceitos e diferentes repertórios e paisagens culturais, com objetivo ampliado de ler imagens. Do orientalismo à descolonização do olhar, buscamos verificar como os marcadores da colonialidade e da resistência se relacionam nestes produtos visuais, evidenciando disputas internas e externas nos mais distintos campos. No front palestino, Handala aparece nas fronteiras acinzentadas entre arte, política, vida e morte. Motivado pelo fim do apartheid e da limpeza étnica, essa criança busca voltar para casa, sem perder a memória e brio, tornando-se uma espécie de portal entre o passado e hoje, demonstrando a luta interminável por dignidade, direto ao retorno e autodeterminação. Ao ocultar seu rosto, Handala nos convida a olhar com atenção para as tonalidades cinzentas que arte e vida podem se encontram.
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                          Uma leitura do cenário político brasileiro do ano de 2020 a partir de memes de internet: diálogos e cotejos sob a luz da heterociência do Círculo de Bakhtin
                          Curso Mestrado em Estudos Culturais
                          Tipo Dissertação
                          Data 28/09/2022
                          Área INTERDISCIPLINAR
                          Orientador(es)
                          • Patricia Zaczuk Bassinello
                          Coorientador(es)
                            Orientando(s)
                            • Jussara Leão Balbueno
                            Banca
                            • Camila Caracelli Scherma
                            • Fabio da Silva Sousa
                            • Patricia Zaczuk Bassinello
                            Resumo Esta pesquisa de mestrado propõe uma leitura e compreensão acerca da representação do cenário político brasileiro do ano de 2020 a partir de narrativas distintas que transitam pelos espaços virtuais, expressas por intermédio dos memes de internet. A partir desse propósito, intentamos compreender os embates discursivos que acontecem no ciberespaço (LÉVY, 2010), mais propriamente nas redes sociais, de forma a entender a constituição dos sujeitos inseridos nesse recorte espaço-temporal proposto, concebendo o meme como um gênero do discurso, calcado teoricamente na heterociência do Círculo de Bakhtin (BAKHTIN, 2011) e seus estudiosos. Em relação à constituição dos sujeitos, propomos um diálogo teórico entre estudiosos do campo dos Estudos Culturais que teorizam o tema, tais como Hall (2014), Woodward (2014), juntamente com estudiosos que se debruçam a pensar na referida temática a partir dos escritos do Círculo de Bakhtin, como Bassinello e Miotello (2019), Miotello (2018), compreendendo a construção da identidade por intermédio da alteridade. Por meio da heterocientificidade bakhtiniana, baseamos as nossas análises no exercício de interpretação marcado pelo cotejamento de textos, objetivando a ampliação do nosso horizonte de compreensão, a fim de visualizar as expressões de luta e de resistência realizadas pelo “ser expressivo e falante”, objeto de estudo das ciências humanas (BAKHTIN, 2011). Dessa forma, realizamos o cotejo entre os memes selecionados e outros textos, que compreendem artigos científicos e de opinião, matérias e reportagens da esfera jornalística, charges e posts virais. Compreendendo o mundo e a linguagem de forma dialógica, fizemos o exercício de escuta dos nossos sujeitos expressivos e falantes, ouvindo assim, muitas vozes que compõem o discurso. Como proposição, apresentamos o riso como uma poderosa força libertadora de mentes e espíritos, a qual possui a faculdade instigadora de promover debates e conscientizações. Na conclusão, temos a apresentação de uma compreensão outra, uma contrapalavra, pretendendo atribuir sentidos no mundo, praticando o exercício de pensar os sujeitos a partir da plenitude de suas existências.
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                            Heteroidentificação: um olhar dos estudos culturais sobre o processo de entrada do aluno cotista na Universidade
                            Curso Mestrado em Estudos Culturais
                            Tipo Dissertação
                            Data 27/09/2022
                            Área INTERDISCIPLINAR
                            Orientador(es)
                            • Helen Paola Vieira Bueno
                            Coorientador(es)
                              Orientando(s)
                              • Laila Cristina Domingos Ferreira
                              Banca
                              • Helen Paola Vieira Bueno
                              • Janete Rosa da Fonseca
                              • Mirian Cristina de Moura Garrido
                              Resumo Esta pesquisa busca compreender o processo de entrada de alunos que ingressam na pós-graduação (mestrado e/ou doutorado) através de cotas raciais, primordialmente que tenham passado pelo processo de heteroidentificação por banca, que ocorre em algumas instituições. Mesmo após alguns anos da vigência da Lei de Cotas, ela ainda não é amplamente aceita, e ao se tratar da heteroidentificação por banca a questão se torna um pouco mais controversa. O “tribunal das raças”(Folha de São Paulo, 2004) funciona como instrumento de garantia de direito e é complementar à autodeclaração de cor, porém, ao partir de um critério exclusivamente fenotípico, causa algumas discordâncias, principalmente por causa da miscigenação ocorrida no país. Atualmente existem muitas políticas públicas de promoção da equidade e da justiça social e as cotas raciais se encaixam como ações afirmativas de caráter temporário. Os participantes da pesquisa puderam compartilhar suas experiências nas entrevistas realizadas, acerca das suas percepções enquanto alunos negros e cotistas, por meio da história oral e narrativas, à luz das análises dos Estudos Culturais. O trabalho consiste em uma pesquisa qualitativa e o método utilizado para recrutamento dos entrevistados foi o “Bola de Neve Virtual”(COSTA, 2018). Foram coletados depoimentos variados, mas que convergem em muitos pontos, corroborando com o pensamento interseccional. Os resultados apontam para refletir o papel da academia como um locus de um processo de construção de identidade racial e que por mais que as bancas sejam importantes, o processo deve se concentrar no candidato e nos movimentos e experiências que o levaram até ali, portanto, a banca torna-se uma formalidade e mais uma etapa desse processo que irá garantir direitos e acesso ao público a que se destina.
                              Palavras-chave: Heteroidentificação; Cotas raciais; Políticas Públicas; Identidade racial.
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