A UBERIZAÇÃO NA PERSPECTIVA DOS DIREITOS HUMANOS DOS TRABALHADORES |
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Curso |
Mestrado em Direito |
Tipo |
Dissertação |
Data |
30/03/2021 |
Área |
DIREITO |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Fabiano Diniz de Queiroz Pilate
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Banca |
- Adriana Kirchof de Brum
- Elisaide Trevisam
- Ynes da Silva Felix
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Resumo |
PILATE, Fabiano Diniz de Queiróz. A Uberização na perspectiva dos Direitos Humanos dos
Trabalhadores 2021. 155 f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Faculdade de Direito,
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, 2021.
A uberização é um termo cunhado, a partir do nome da empresa Uber, para expressar um novo
formato de fazer negócios, apoiado nas tecnologias móveis, que conectam o consumidor, da
forma mais direta possível, ao fornecedor de produtos e serviços, agregando ao produto ou
serviço final uma personalização, coisa que não era possível de se fazer antes, sendo importante
que se compreenda que esse formato pode ser adotado por qualquer ramo de negócio que não
tenha restrições ao uso de tecnologia como apoio e não tenha resistência à mudança do modelo
tradicional para um outro totalmente diferente de fazer e que por esse motivo o chama de modelo
disruptivo. Esses novos modelos de negócios têm provocado diversos questionamentos e
redirecionamentos nas mais diversas áreas, em especial no Direito, e dentro do Direito, os mais
diversos ramos, como o Empresarial, Consumidor, Tributário, têm se debruçado sobre o tema
para melhor tratar o fenômeno. Porém, essa pesquisa se restringirá à análise do fenômeno da
uberização sob a perspectiva dos Direitos Humanos dos Trabalhadores. Em um primeiro
momento, se fará necessário, certamente, compreender e conceituar o fenômeno, para após,
analisá-lo sob o viés do direito laboral. A presente pesquisa parte da hipótese de que direitos
trabalhistas tendem a ser precarizados por esse formato de negócios. E em diversos lugares do
mundo essa mesma hipótese vem sendo rechaçada pelos empreendedores destes novos modelos
de economia, sob a premissa de que asrelações travadas não são de cunho laboral, premissa esta
que deverá ser enfrentada. Dessa forma, este trabalho tem por objetivo, esclarecer qual a relação
jurídica travada entre os participantes dessa cadeia, e diante da possibilidade de precarização da
relação de trabalho, como o Direito do Trabalho pode responder à essas novas demandas de
forma prática e criativa, sem negar a realidade da evolução tecnológica e social. Para o
desenvolvimento do presente, fez-se uso do método de pesquisa dedutivo, partindo da análise
qualitativa de material bibliográfico e documental, compreendendo, também, o cotejamento de
instrumentos normativos e produções técnicas desenvolvidas por organismos internacionais
sobre o fenômeno.
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A CONSIDERAÇÃO DOS INTERESSES DOS ANIMAIS SENCIENTES DIANTE DAS POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E DAS NORMAS DE PROTEÇÃO DA BIODIVERSIDADE |
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Curso |
Mestrado em Direito |
Tipo |
Dissertação |
Data |
26/03/2021 |
Área |
DIREITO |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Elisaide Trevisam
- Livia Gaigher Bosio Campello
- Luciani Coimbra de Carvalho
- Mariana Ribeiro Santiago
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Resumo |
CRUCIOL JUNIOR, Jessé. A consideração dos interesses dos animais sencientes diante das
políticas de desenvolvimento sustentável e das normas de proteção da biodiversidade
2021. 155 f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Faculdade de Direito, Universidade Federal
de Mato Grosso do Sul, 2021.
O Homo sapiens alcançou um nível tal de técnica que passou a impactar incomumente o
ambiente em que vive, tendo assumido um papel de preeminência na ordem do dia global de
modo que as demais espécies, notadamente vegetais e animais, passaram a lhe ser meramente
servis. Esse impacto causou mudanças profundas na biosfera a ponto de ameaçar o equilíbrio
que sustenta a vida e a própria biodiversidade. Com isso, a mudança de rumo através da ideia
de um novo modelo de desenvolvimento, uma nova ética interespécie e mandamentos de
proteção da biodiversidade se tornaram necessários. O conceito de desenvolvimento sustentável
vem sendo defendido desde meados do século passado, ao passo que éticas que se pretendem
superadoras do antropocentrismo (o qual põe o ser humano no ápice entre as demais espécies e
impõe às demais valor apenas instrumental) como o biocentrismo, o animalismo e o
ecocentrismo também tem ampliado seu espaço paulatinamente. Essas novas éticas ampliam a
considerabilidade moral para além dos seres humanos, em maior ou menor extensão, e revisam
os termos da relação entre as espécies que dividem espaço e interagem na arena ambiental.
Essas visões também estão sujeitas a críticas, o que, no entanto, não lhes diminui a importância
enquanto instância de análise das práticas antropocentristas, sendo horizonte e ponto de partida
para novas ideias, práticas e políticas. De acordo com os subsídios teóricos fornecidos por essas
éticas acredita-se que do ponto de vista dos animais sencientes seus interesses são mais bem
considerados quando se adota uma posição sencientista de Peter Singer, mas calcada na
deontologia de Tom Regan, de modo a se considerar a situação de cada ser individualmente,
independente de considerações agregativas. Tendo esse espectro em vista se pode analisar sob
esse filtro as políticas, diretrizes e normas sobre o modelo de desenvolvimento sustentável e
proteção da biodiversidade, verificando-se se atendem os interesses dos animais sencientes em
suas disposições. A análise dessas políticas e normas demonstra que os interesses dos animais
sencientes quase sempre são desconsiderados enquanto tal, sendo vistos como recursos tal qual
outros seres vivos ou mesmo objetos inanimados. Outrossim, quando considerados, esses
interesses muitas vezes o são apenas indiretamente ou, mesmo quando diretamente,
aparentemente o são para proteger o sentimento humano acerca dos fatos respectivos (visão de
deveres indiretos). Para alcançar o resultado pretendido a pesquisa terá caráter descritivo e
exploratório. O método será o dedutivo e, quanto aos procedimentos, a pesquisa será
bibliográfica e documental.
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ANÁLISE JURÍDICA DA CERTIFICAÇÃO DE ALIMENTOS ORGÂNICOS DE PROJETOS DE ASSENTAMENTO DE REFORMA AGRÁRIA |
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Curso |
Mestrado em Direito |
Tipo |
Dissertação |
Data |
25/03/2021 |
Área |
DIREITO |
Orientador(es) |
- Luciani Coimbra de Carvalho
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Eduardo Henrique Magiano Perdigão Lima Cardoso Ferro
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Banca |
- Ana Paula Correia de Araujo
- Elisaide Trevisam
- Flávio Garcia Cabral
- Luciani Coimbra de Carvalho
- Vladmir Oliveira da Silveira
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Resumo |
FERRO, Eduardo Henrique Magiano Perdigão Lima Cardoso Ferro. Análise Jurídica da
Certificação de Alimentos Orgânicos de Projetos de Assentamento de Reforma Agrária.
124 f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Faculdade de Direito, Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul, 2020.
A pesquisa parte da visão da reforma agrária como política pública de reorganização da estrutura fundiária brasileira, desenvolvimento regional e assistência social ao seu beneficiário. Apresenta o agricultor familiar, ator principal da política pública, e sua relação com a terra, características e peculiaridades como modo de vida, em uma perspectiva de liberdade instrumental proposta por Amartya Sen. Identifica a importância da produção de orgânicos pelos assentados para a sustentabilidade em um modelo de agricultura que alia eficiência da produção e proteção ao meio ambiente. E nesse contexto objetiva a análise jurídica da certificação dos alimentos orgânicos produzidos em assentamentos de reforma, visando buscar soluções jurídicas para as dificuldades encontradas pelos assentados na sua obtenção. Conclui a pesquisa com a indicação da certificação por auditoria como o método mais adequado para a certificação de orgânicos, viabilizada por parceria governamental que já detém precedentes, sem detrimento do sistema participativo de garantia, que requer alterações legislativas para melhor implementação. Metodologicamente, o estudo utiliza enfoque jurídico-sociológico, adota os meios bibliográfico, documental e a pesquisa de campo, e possui finalidade exploratória e descritiva. O método propriamente empregado é o dedutivo. |
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ANÁLISE DO REGIME JURÍDICO BRASILEIRO DESTINADO ÀS PESSOAS COM TRANSTORNOS MENTAIS EM CONFLITO COM A LEI, SOB A ÓTICA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS |
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Curso |
Mestrado em Direito |
Tipo |
Dissertação |
Data |
25/03/2021 |
Área |
DIREITO |
Orientador(es) |
- Luciani Coimbra de Carvalho
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Nádia Beatriz Farias da Silva Maggioni
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Banca |
- Andrea Flores
- Elaine Dupas
- Luciani Coimbra de Carvalho
- Natalia Pompeu
- Saulo de Oliveira Pinto Coelho
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Resumo |
MAGGIONI, Nádia B. F. S. Análise do regime jurídico brasileiro destinado às pessoas com
transtornos mentais em conflito com a lei, sob a ótica dos direitos fundamentais. 2021. 163
f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Faculdade de Direito, Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul, Campo Grande.
A presente dissertação trata sobre os transtornos mentais, sobre os direitos humanos
fundamentais dos indivíduos que os detêm, e sua relação com o Direito Penal Brasileiro, com
a finalidade de analisar o tratamento das pessoas com transtornos mentais encarceradas, sob o
ponto de vista da dignidade humana preconizada pelo sistema brasileiro. O problema consiste
em examinar se o regime jurídico criminal brasileiro atual de tratamento dos inimputáveis é
compatível com os direitos humanos fundamentais a eles aplicáveis, garantindo-lhes condições
mínimas de existência digna. O objetivo geral é o de analisar o tratamento jurídico brasileiro às
pessoas com transtornos mentais que praticam crimes, sua incompatibilidade com os direitos
humanos fundamentais que tutelam esses indivíduos, e trazer propostas e críticas doutrinárias
de tratamento jurídico com fundamento na dignidade humana. O estudo do tema se justifica
pela ampla vulnerabilidade dessa parcela populacional, usualmente submetida a diversas
violações de direitos humanos, aliado à inefetividade dos instrumentos normativos atuais de
cumprirem o principal fim a que se destinam, que é o tratamento. Utilizou-se o método
bibliográfico, com técnica descritiva, qualitativa e dedutiva, possibilitando análise dos dados
colhidos em artigos e documentos, como legislação e pesquisas com dados estatísticos, já
publicados em bases científicas, fundamentados por autores que dissertaram sobre a matéria e
apoiada pela legislação pertinente. Como resultados alcançados, observou-se que houve uma
mudança de paradigma no tratamento da pessoa com deficiência, aí incluída a pessoa com
transtorno mental, que deixou de ser vista como um objeto a ser curado para ser vista como um
sujeito de direitos, com lugar de voz e poder de decisão; não mais se busca a cura, mas sim sua
inserção social. Além disso, os movimentos de reforma psiquiátrica do final do século XX, e
que resultaram, no Brasil, na Lei n. 10.216/2001, alteraram a regra do tratamento com
internações de longo prazo em manicômios, e estabeleceram que as internações psiquiátricas
devem ser temporárias e excepcionais, e a regra passa a ser o tratamento ambulatorial em meio
aberto, transformando a legislação penal e processual penal acerca do inimputável, com a
revogação tácita de diversos dispositivos. Há também a proposta de aplicação do regime
jurídico penal e processual penal ao inimputável, a fim que este possa usufruir de vários dos
benefícios legais destinados ao imputável, existindo, ainda, análises de propostas intermediárias
de responsabilização penal do inimputável, sendo o transtorno mental uma causa de diminuição
de pena. Por fim, apresentam-se programas de alguns Estados brasileiros que tem alcançado
grande êxito na inserção social dos inimputáveis (PAI-PJ, PAILI e PCIPP). |
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TRABALHO NO SISTEMA PRISIONAL COMO INSTRUMENTO DE REINSERÇÃO: DA POLÍTICA NACIONAL DO TRABALHO NA PRISÃO ÀS IMPLICAÇÕES NA POLÍTICA LOCAL,MATO GROSSO DO SUL (1984-2020) |
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Curso |
Mestrado em Direito |
Tipo |
Dissertação |
Data |
17/03/2021 |
Área |
DIREITO PENAL |
Orientador(es) |
- Maurinice Evaristo Wenceslau
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Fábio Luis Martins Fernandes
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Banca |
- Andrea Flores
- Elisaide Trevisam
- Maurinice Evaristo Wenceslau
- Pedro Paulo Teixeira Manus
- Sandro Rogerio Monteiro de Oliveira
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Resumo |
Esta dissertação insere-se na linha de pesquisa “Direitos Fundamentais, Democracia e Desenvolvimento Sustentável”. O objeto de estudo é a política nacional do trabalho na prisão e suas implicações na política local, especificamente no estado de Mato Grosso do Sul (MS), a partir do trabalho como instrumento de reinserção e como conteúdo de práticas restaurativas. Na condição de instrumento e conteúdo, o trabalho é tomado na premissa da ressocialização responsável, ou seja, aquela que permite aos detentos e ex-detentos alcançar subsistência digna, durante e após o cumprimento da pena, afastando-os, por consequência, da reincidência delitiva. O objetivo geral é analisar a política nacional do trabalho nas unidades prisionais, voltada à reinserção de detentos e ex-detentos nos mercados de trabalho e/ou emprego, como parte da realização dos direitos essenciais à pessoa humana. Os objetivos específicos são: investigar as formas, os conteúdos e os resultados da política nacional do trabalho na prisão; analisar o trabalho e sua relação com a dignidade humana, tomada como instrumento na formação da identidade do indivíduo e fundamento de sua cidadania, parte da prática restaurativa na reinserção social de detentos e ex-detentos; identificar e analisar as práticas restaurativas para reinserção social de detentos em Mato Grosso do Sul (MS). Os procedimentos metodológicos incluem a pesquisa documental, a revisão bibliográfica, organizada com literatura específica, estudos jurídicos existentes e jurisprudência concernentes às discussões propostas. Para as análises, incursiona-se pelos conceitos de justiça, do trabalho, da reinserção e das práticas restaurativas, orientados pelo referencial teórico de abordagem neocontratualista. Em conclusão, a implementação da ressocialização pelo trabalho em MS, por meio das práticas restaurativas analisadas, simboliza a oportunidade de transformação dos envolvidos e a ascensão da cidadania. Tais práticas devem ser operadas pela escolha em trabalhar e não em que trabalhar, distantes dos elementos nucleares da relação de trabalho e aproximadas dos interesses pelo emprego, tornando o trabalho prisional uma utopia ressocializante. |
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A PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE E DOS DIREITOS HUMANOS AFETADOS PELAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NOS SISTEMAS UNIVERSAL E REGIONAIS DE DIREITOS HUMANOS |
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Curso |
Mestrado em Direito |
Tipo |
Dissertação |
Data |
17/03/2021 |
Área |
DIREITO |
Orientador(es) |
- Livia Gaigher Bosio Campello
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Elisaide Trevisam
- Livia Gaigher Bosio Campello
- Mariana Ribeiro Santiago
- REGINA VERA VILLAS BÔAS
- Vladmir Oliveira da Silveira
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Resumo |
LIMA, Rafaela de Deus. A proteção do meio ambiente e dos direitos humanos afetados pelas
mudanças climáticas nos sistemas universal e regionais de direitos humanos. 2021. 137 fl.
Dissertação (Mestrado em Direito) – Faculdade de Direito, Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul, 2021.
A mudança climática é o grande desafio, decorrente da crise ecológica global, a ser enfrentado
pela humanidade na nova época geológica do Antropoceno. Trata-se de uma problemática
transfronteiriça de origem antrópica cujas consequências ameaçam todas as formas de vida
existentes no planeta, inclusive, a própria humanidade. Logo, as respostas efetivas para o seu
enfrentamento demandam uma visão multidisciplinar. No âmbito jurídico, áreas como o Direito
Ambiental, Direito Internacional e Direitos Humanos têm grande relevância no que concerne à
atuação voltada para a mitigação e adaptação às mudanças do clima. Com efeito, a presente
dissertação de Mestrado explora a temática referente à proteção do meio ambiente e dos direitos
humanos afetados pelas mudanças climáticas nos sistemas internacionais de tutela dos direitos
humanos com o propósito de responder o seguinte questionamento: como pode ser buscada a
justiça climática para a proteção dos direitos humanos e do meio ambiente no sistema universal
e regional de Direitos Humanos? Para tanto, tem como objetivos específicos, analisar as
mudanças climáticas como uma das manifestações da crise ecológica global na nova época
geológica do Antropoceno; examinar os direitos humanos que são violados pelas mudanças
climáticas; estudar as principais normas do regime internacional de mudança climática
concernentes na Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima (1992), no Protocolo de Quioto
(1997) e no Acordo de Paris (2015); e verificar como pode ser buscada a justiça climática para
a proteção dos direitos humanos e do meio ambiente nos sistemas universal e regionais
(europeu, interamericano e africano) de Direitos Humanos. A fim de alcançar esses objetivos e
responder o problema suscitado, adota-se o paradigma epistemológico pós-positivista, bem
como, o enfoque teórico e metodológico é dogmático e axiológico, o método é dedutivo, a
pesquisa é exploratória, descritiva com análise crítica, documental, bibliográfica e multicasos. |
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Direitos humanos e biodiversidade: análise jurídica da proteção do Bioma Pantanal à luz do desenvolvimento sustentável |
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Curso |
Mestrado em Direito |
Tipo |
Dissertação |
Data |
10/03/2021 |
Área |
DIREITOS ESPECIAIS |
Orientador(es) |
- Livia Gaigher Bosio Campello
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Ana Carolina Vieira de Barros
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Banca |
- Elisaide Trevisam
- Joseliza Alessandra Vanzela Turine
- Livia Gaigher Bosio Campello
- Mariana Ribeiro Santiago
- Vladmir Oliveira da Silveira
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Resumo |
BARROS, Ana Carolina Vieira. Direitos Humanos e Biodiversidade: Análise Jurídica da
Proteção do Bioma Pantanal à luz do Desenvolvimento Sustentável. 2020. 138 f.
Dissertação (Mestrado em Direito) – Faculdade de Direito, Programa de Pós-Graduação em
Direito, Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
A perda da biodiversidade é uma realidade enfrentada pela humanidade. É fruto da crise
ambiental global e conta com consequências para as searas dos Direitos Humanos e do Direito
Ambiental. Nesse cenário, o Brasil é destacado como um dos países que abriga significativa
biodiversidade mundial. O Bioma Pantanal figura como um dos biomas protegidos, entretanto,
sua tutela jurídica carece de maior discussão, ante a expressiva relevância da biodiversidade
pantaneira tanto para os estados brasileiros (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul) e países
vizinhos que a abrigam (Paraguai e Bolívia), quanto para o equilíbrio ambiental global,
considerando que é a maior planície alagável do mundo. A presente dissertação de mestrado
buscou verificar como efetivar os direitos humanos, notadamente o direito humano ao
desenvolvimento sustentável, por meio da proteção jurídica da biodiversidade do Bioma
Pantanal. Para isso, tratou compreender o processo de desenvolvimento mundial, até sua
acepção sustentável, além de buscar compreender a solidariedade como valor fundamental ao
desenvolvimento humano. Ainda, explorar a relação entre a biodiversidade e os Direitos
Humanos e, por fim, tecer reflexões acerca da tutela jurídica do Bioma Pantanal quanto a
proteção da biodiversidade e seu papel para assegurar o direito ao desenvolvimento e,
consequentemente, as demais garantias humanas. A fim de alcançar os objetivos almejados, a
presente pesquisa utilizou, quanto aos objetivos, a pesquisa exploratória e descritiva,
bibliográfica e documental, com uma análise por meio de obras, artigos, declarações,
convenções e demais documentos. O método de abordagem foi o dedutivo, partindo de
conceitos genéricos até sua particularização. Quanto aos procedimentos, foram adotados os
métodos bibliográfico e documental, utilizando-se como fontes de pesquisa doutrinas,
constantes em meio físico ou digital, principalmente artigos jurídicos, além de documentos
oficiais, leis, normas jurídicas, dissertações e teses, especialmente nas áreas de Direito
Internacional, Direitos Humanos e Direito Ambiental. Com base no exposto, constatou-se que,
de fato, a crise ambiental causada, pela atividade antrópica desregrada, impacta diretamente na
qualidade de vida. No entanto, houve ao longo do tempo quebra de paradigmas, com a passagem
da visão unicamente econômica para o desenvolvimento focado na erradicação das mazelas
sociais e ciente de que o meio ambiente influi no gozo dos direitos humanos e na qualidade da
vida ofertada as presentes e futuras gerações. É a partir de um meio ecologicamente equilibrado
que os direitos humanos e fundamentais podem ser exercidos. As estratégias de
desenvolvimento devem evitar alcançar a qualquer preço a eficácia institucional ou o lucro
econômico. Não há, até o presente momento, uma normativa geral que seja capaz de
compatibilizar a utilização econômica e sustentável dos recursos naturais, o desenvolvimento
humano e a preservação ambiental do Bioma Pantanal. A necessidade de uma legislação
específica é primordial, principalmente porque áreas especiais, como as formadas pelos biomas,
requerem uma regulamentação jurídica que trace de maneira assertiva os limites da exploração
humana e defenda o uso sustentável dos recursos naturais existentes. Indicar a possibilidade de
construção de uma legislação de proteção ao Pantanal reforça a pauta da sustentabilidade e
fomento às políticas públicas. |
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POVOS INDÍGENAS E ACESSO À JUSTIÇA: ANÁLISE DO PROCESSO JUDICIAL DA TERRA INDÍGENA LIMÃO VERDE, MATO GROSSO DO SUL |
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Curso |
Mestrado em Direito |
Tipo |
Dissertação |
Data |
26/02/2021 |
Área |
DIREITO |
Orientador(es) |
- Antonio Hilario Aguilera Urquiza
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Ana Paula Martins Amaral
- Antonio Hilario Aguilera Urquiza
- Jose Paulo Gutierrez
- Luciani Coimbra de Carvalho
- Luiz Henrique Eloy Amado
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Resumo |
A presente pesquisa tem por objetivo analisar o processo judicial (Agravo
Regimental nº 803462/STF) da Terra Indígena Limão Verde, da etnia Terena,
localizada no município de Aquidauana no Estado do Mato Grosso do Sul, que
tramita no Supremo Tribunal Federal. Partindo do pressuposto de que cada vez
mais os povos e comunidades indígenas têm demandado no judiciário o
reconhecimento de seus direitos territoriais, como direitos fundamentais de
solidariedade, a análise irá se pautar pela perspectiva processual do acesso à
justiça, tendo como paradigma o fim da tutela jurídica que antes imperava sob
os índios. A rigor, urge a análise processual do instituto do litisconsórcio
passivo necessário que foi indeferido pela Suprema Corte, no voto do Ministro
Relator Teori Zavasck, mantendo a relação processual somente entre
Proprietário versus União. Assim, a pesquisa busca compreender como se deu
o processo de perda do espaço geográfico dessa comunidade, levantando esta
discussão dentro do debate da efetivação de Direitos Humanos no Brasil,
descrevendo, neste ínterim, o impacto da conduta estatal de colonização do
oeste brasileiro que resultou na distribuição de terras no Mato Grosso do Sul
para colonos, em detrimento dos territórios dos povos originários. Outro viés é
a judicialização de processos administrativos de demarcação de territórios
indígenas, como no caso. Valendo do viés dogmático jurídico com acentuação
em valores, a pesquisa será interdisciplinar, baseada no método indutivo, com
análise quanti-qualitativa, com base em jurisprudência, doutrina, bibliográfica e
documental. |
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ANÁLISE JURÍDICA DO DIREITO AO DESENVOLVIMENTO DO IMIGRANTE NO BRASIL |
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Curso |
Mestrado em Direito |
Tipo |
Dissertação |
Data |
14/01/2021 |
Área |
DIREITO |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Tânia Regina Silva Garcez
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Banca |
- Ana Paula Martins Amaral
- Antonio Hilario Aguilera Urquiza
- Elaine Cler Alexandre dos Santos
- Heitor Romero Marques
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Resumo |
A internacionalização é um fato no horizonte cultural, linguístico, social e econômico, e
possibilita oportunidades para o Brasil se beneficiar do multiculturalismo e da diversidade,
entretanto, muitas vezes, o imigrante que, também favorece o desenvolvimento econômico,
social e cultural do país, apresenta dificuldades para usufruir de seus direitos, assegurados por
diversos tratados e documentos sobre direitos humanos, dos quais o Brasil faz parte pela
Constituição Federal e pela Lei nº 13.445/2017, denominada de Lei de Migração, que propõe a
proteção do imigrante e, para isso, tem-se a necessidade de constante diálogo com Leis já
vigentes no país e com os tratados e documentos internacionais dos quais o Brasil é parte, o que
justifica o presente estudo, cuja relevância se revela na verificação da extensão do direito ao
desenvolvimento, enquanto liberdade da pessoa do imigrante. A questão trazida pela presente
pesquisa foi descobrir de que maneira o direito ao desenvolvimento do imigrante que aqui
chega, vem sendo efetivado no Brasil, diante da proteção do direito internacional e nacional e
na perspectiva do desenvolvimento como liberdade segundo Amartya Sem (2010), respeitando
sua condição de ser humano, em todas as suas múltiplas dimensões? O objetivo geral foi
verificar como o direito ao desenvolvimento do imigrante é efetivado no Brasil, frente a
proteção das regras internacionais e nacionais, respeitando sua condição de ser humano e suas
liberdades instrumentais no desenvolvimento, em todas as suas múltiplas dimensões. O presente
trabalho usou o método dedutivo com pesquisa exploratória, bibliográfica documental e
descritiva, tendo como base os instrumentos internacionais, da declaração do direito ao
desenvolvimento da Organização das Nações Unidas, das regras da Organização Internacional
do Trabalho e do ordenamento jurídico brasileiro atual. O imigrante que aqui se estabelece, tem
como amparo de seus direitos uma Constituição Federal Cidadã que o resguarda, uma Lei de
Migração capaz de trazer princípios e garantias revolucionários de direito e acolhimento,
portarias, resoluções de órgãos da Administração Pública que visam defender o direito a saúde,
educação, ao pleno emprego, a benefícios assistenciais e a clareza das informações a todos
imigrantes no país, porém, não há proteção efetiva a esses direitos conquistados por meio de
políticas públicas que os assegure. A falta de acolhimento por parte do Estado e da sociedade
brasileira através de políticas públicas e a falsa ideia de que imigrantes são “estranhos” que
batem à porta são os empecilhos para o melhor desenvolvimento social e econômico desses
braços que escolheram o Brasil como destino transitório ou final de sua jornada.
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SEXUALIDADES ENCARCERADAS: REMIÇÃO DA PENA PELO TRABALHO NA PERSPECTIVA DOS DIREITOS HUMANOS AOS INDIVÍDUOS LGBT NO SISTEMA PENITENCIÁRIO |
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Curso |
Mestrado em Direito |
Tipo |
Dissertação |
Data |
21/12/2020 |
Área |
DIREITO |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- João Pedro Rodrigues Nascimento
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Banca |
- Elisaide Trevisam
- José Euclimar Xavier de Menezes
- Ynes da Silva Felix
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Resumo |
NASCIMENTO, João Pedro Rodrigues. Sexualidades encarceradas: remição da pena pelo
trabalho na perspectiva dos direitos humanos aos indivíduos LGBT no sistema penitenciário.
235 f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Faculdade de Direito, Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul, 2020.
O pensamento naturalizado quando se reflete sobre a sexualidade sugere que gênero, sexo
biológico e orientação sexual estão irremediavelmente ligados. Embora existam várias formas
de compreender a sexualidade, a ordem compulsória e hegemônica entre sexo, gênero e desejo
faz surgir, por um lado, gêneros inteligíveis, isto é, aqueles que mantêm relações de coerência
entre sexo, gênero, prática sexual e desejo, e, por outro, identidades que não podem existir, ou
seja aquelas no qual não há a reprodução dessa ligação fundada na heterossexualidade e na
cisgeneridade. No interior do cárcere, também se instituem os discursos, valores e práticas de
sexualidade heterossexual hegemônica, o que faz com que os indivíduos da população LGBT
sejam alvo de múltiplas violências e opressões justamente por não se conformarem ao padrão
social dominante, gerando uma dupla segregação e marginalização que intensifica as mazelas
do próprio aprisionamento. Diante disso, pretende-se, no presente trabalho, analisar a seguinte
questão: ser LGBT afeta as oportunidades de exercício do trabalho enquanto forma de remição
da pena no sistema penitenciário nacional? Primeiramente, analisa-se o trabalho prisional no
cumprimento da pena privativa de liberdade, observando o resgate histórico da consolidação da
reclusão como pena máxima nos sistemas penais modernos. Posteriormente, traça-se a evolução
histórica, nacional e internacional, do surgimento dos direitos à livre orientação sexual e à
identidade de gênero. Demarcados tais elementos teóricos, examina-se a identidade LGBT no
sistema penitenciário, abordando as características do tratamento penal destinado àqueles que
possuem sexualidades e identidades de gênero plurais tanto no contexto latino americano
quanto no Brasil. Por fim, no ponto central da pesquisa, verifica-se se o fato de ser LGBT
prejudica ou impede as oportunidades de acesso às políticas de trabalho prisional e,
consequentemente, à remição da pena pelo trabalho. Para tanto, a pesquisa utiliza o método
hipotético-dedutivo, partindo da hipótese de que o acesso às políticas de remição da pena pelo
trabalho é obstado àqueles que se constroem a partir de orientações sexuais e identidades de
gênero plurais. Além disso, qualifica-se como qualitativa e, quanto aos fins, como descritiva e
exploratória. Para atingir os objetivos propostos, utiliza as técnicas de pesquisa empírica, a
partir do estudo de caso junto aos presos LGBT custodiados no sistema penitenciário de Mato
Grosso do Sul, bem como bibliográfica e documental, a partir da revisão de livros, artigos,
periódicos, documentos de organizações especializadas e recortes jornalísticos sobre a
problemática proposta. Verificou-se que o fato de ser LGBT afeta as oportunidades de acesso
à política de trabalho prisional e, consequentemente, à remição da pena. Há dificuldade de
integração nas oficinas de trabalho entre os presos heterossexuais e cisgênero e a população
LGBT, assim como ausência de políticas das administrações prisionais para o incentivo do
trabalho para aquela população. Conclui-se que repensar e adequar as legislações
infraconstitucionais e as práticas penitenciárias, dando atenção às demandas específicas da
população LGBT enquanto grupo social mais vulnerável, possibilita o reconhecimento e a
legitimidade de suas identidades, sendo esta a única perspectiva da execução penal que se
encontra em consonância com os direitos humanos.
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A PROMOÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS ONLINE NA SOCIEDADE DIGITAL |
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Curso |
Mestrado em Direito |
Tipo |
Dissertação |
Data |
30/10/2020 |
Área |
DIREITO |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Elisaide Trevisam
- Livia Gaigher Bosio Campello
- Luciani Coimbra de Carvalho
- Luc Marie Quoniam
- Mariana Ribeiro Santiago
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Resumo |
O presente trabalho busca demonstrar como os direitos humanos, isto é, os direitos
de liberdade, igualdade e solidariedade estão sendo promovidos na sociedade digital.
A pesquisa enfrenta a necessidade de promoção dos direitos na era digital. A tríade
da Internet, das tecnologias de informação e comunicação e digitalização promoveu
transformações na sociedade, provocando a modificação das relações sociais. Serão
abordados os conceitos de era da informação, sociedade em rede e vida onlife, até a
concepção da atual sociedade digital, para demonstrar como as mudanças sociais
alteraram a vida humana. Conforme a teoria da dinamogenesis, será evidenciado
como os direitos humanos são resultado de lutas históricas que englobam o
conhecimento-descobrimento dos valores pela sociedade, com a posterior adesão
social e a concretização normativa. Os direitos humanos serão didaticamente
divididos em (i) direitos de liberdade ou direitos civis e políticos, (ii) direitos de
igualdade ou direitos econômicos, sociais e culturais, (iii) direitos de solidariedade
para que, assim, seja possível demonstrar como os direitos humanos, sendo
influenciados pela tríade da Internet, das tecnologias de informação e comunicação e
da digitalização da sociedade estão sendo promovidos na sociedade digital. Serão
tratados os (i) direitos de liberdade ou direitos civis e políticos como: liberdade dos
indivíduos na Internet, liberdade de expressão digital; informação e pensamento
digital; privacidade, intimidade e anonimato digital; propriedade digital, democracia
digital; cidadania digital e participação política; governo digital; ativismo digital e dark
web. Os (ii) direitos de igualdade ou direitos econômicos, sociais e culturais serão
explanados como: economia digital e trabalho digital; educação digital; saúde digital;
segurança digital e cultura digital. Enquanto que os (iii) direitos de solidariedade serão
expressos como: inclusão digital, direito ao desenvolvimento ou progresso digital por
meio da inclusão digital e transformação digital, democratização das tecnologias e
democratização do conhecimento na internet. Para atingir um resultado satisfatório,
foi utilizado o método dedutivo e descritivo para estudo, análise, registro e
interpretação das transformações tecnológicas e o impacto na promoção dos direitos
humanos. |
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DIREITOS HUMANOS SOB PERSPECTIVA CRÍTICA, DESCOLONIAL E CONSENSUAL |
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Curso |
Mestrado em Direito |
Tipo |
Dissertação |
Data |
09/10/2020 |
Área |
DIREITO |
Orientador(es) |
- Antonio Hilario Aguilera Urquiza
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Guilherme Maciulevicius Mungo Brasil
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Banca |
- Ana Paula Martins Amaral
- Antonio Hilario Aguilera Urquiza
- Caique Ribeiro Galicia
- Elisaide Trevisam
- Jose Paulo Gutierrez
- Tiago Resende Botelho
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Resumo |
A dogmática dos direitos humanos é absolutamente incapaz de promover a libertação para um mundo mais humano e justo. Trata-se da teoria tradicional, que limita os direitos humanos a previsões em textos internacionais e nacionais (quando os chama de direitos fundamentais) e os tenta efetivar em sistemas de justiciabilidade próprios, sejam os regionais e o global, seja o interno. De acordo com a opção teórica adotada neste estudo, a ineficácia dessa concepção
dos direitos humanos é proposital e se baseia na construção capitalista e colonial do direito. Esses direitos humanos, portanto, teriam como principal papel a legitimação de práticas econômicas e de controle das subjetividades por meio de um processo hegemônico e de cima para baixo. A partir desse objeto e com o escopo de superar tal teoria, a pesquisa adota como problema a seguinte questão: como conceber direitos humanos que não se limitem à dogmática? Assume-se como hipótese a teoria crítica dos direitos humanos, que compreende a inadequação da deontologia abstrata (dever-ser) que fundamenta a teoria tradicional e a contrapõe com uma proposta ontológica concreta (o ser) dos direitos humanos. Consequentemente, a teoria crítica induz à compreensão dos direitos humanos a partir da realidade da qual se pensa, isto é, desde o Sul global e em perspectiva descolonial. Ainda, de nada adianta pensar os direitos humanos criticamente sem se conceber, também de maneira crítica, formas de tratamento de conflitos em que esses direitos se manifestam, o que leva à fuga do usual padrão substitutivo, impositivo e vertical e à busca por uma forma participativa, consensual e horizontal. Compreender e explorar essas três bases (teoria crítica dos direitos humanos, paradigma descolonial dos direitos humanos e consensualidade e direitos humanos) é o que constitui os objetivos específicos do trabalho e, portanto, a cada uma delas
corresponde um de seus capítulos. A articulação entre essas ideias atinge o objetivo geral: descrever uma opção de abordagem dos direitos humanos para além da dogmática.
Metodologicamente, o estudo utiliza enfoque jurídico-sociológico, adota os meios bibliográfico e documental e possui finalidade exploratória e descritiva. O método propriamente empregado é o dialético.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO ESTADO SOCIOAMBIENTAL DE DIREITO: ATENDIMENTO JURÍDICO AO ODS 11 DA AGENDA 2030 DA ONU POR MEIO DA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA URBANA |
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Curso |
Mestrado em Direito |
Tipo |
Dissertação |
Data |
17/09/2020 |
Área |
DIREITO |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Naymi Salles Fernandes Silva Torres
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Banca |
- Andrea Flores
- Elisaide Trevisam
- José Paulo Baltazar Junior
- Livia Gaigher Bosio Campello
- Natalia Pompeu
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Resumo |
TORRES, Naymi Salles F. S. Desenvolvimento sustentável no Estado Socioambiental de Direito: atendimento jurídico ao ODS 11 da Agenda 2030 da ONU por meio da regularização fundiária urbana. 2020. 142 f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Faculdade de Direito, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, 2020.
Com base na premissa de que o Estado deve elaborar políticas públicas visando à proteção e efetivação dos direitos fundamentais, pretende-se verificar quais contribuições poderia dar o Estado Socioambiental de Direito à pretensão de firmar o caminho sustentável e resiliente definido no ODS 11 da Agenda 2030 (ONU, 2015) para o desenvolvimento sustentável no âmbito urbano, especialmente por meio da regularização fundiária urbana. Para tanto, pretende-se verificar os avanços obtidos pelo Estado de Direito além dos seus reflexos na dinâmica evolutiva dos direitos fundamentais, bem como analisar e avaliar políticas públicas recentes voltadas à realização do desenvolvimento sustentável e da implementação da resiliência em consonância com o ODS 11 da Agenda 2030, em especial aquelas decorrentes de Conferências da ONU e as que constam na Lei nº 13.465/2017 e no Estatuto da Cidade. Inscrita no paradigma qualitativo, a pesquisa é eminentemente bibliográfica, com incursões em aspectos da pesquisa documental, assumindo características de uma investigação de natureza exploratória e descritiva. |
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COLETIVIZAÇÃO DO CONTROLE JUDICIAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS: CONCRETIZAÇÃO DEMOCRÁTICA, IGUALITÁRIA E RACIONAL DE DIREITOS FUNDAMENTAIS SOCIAIS |
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Curso |
Mestrado em Direito |
Tipo |
Dissertação |
Data |
24/07/2020 |
Área |
DIREITO |
Orientador(es) |
- Lidia Maria Lopes Rodrigues Ribas
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Lidia Maria Lopes Rodrigues Ribas
- Livia Gaigher Bosio Campello
- Maurinice Evaristo Wenceslau
- Sandro Rogerio Monteiro de Oliveira
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Resumo |
NASSAR, Marcos. Coletivização do controle judicial de políticas públicas: concretização
democrática, igualitária e racional de direitos fundamentais sociais. 2020. 134 f. Dissertação
(Mestrado em Direito) – Faculdade de Direito, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul,
2020.
O trabalho objetiva verificar qual é a via processual mais adequada para revisão de políticas
públicas como meio de tutela a direitos fundamentais sociais, sob a perspectiva do princípio
da igualdade, que está à base de tais direitos, dos valores democráticos e da obtenção de
resultados racionais em nível coletivo. Utiliza-se preponderantemente o método dedutivo, a
partir de pesquisa bibliográfica e jurisprudencial. A abordagem é pautada pela teoria
tridimensional do Direito, de Miguel Reale. Com suporte em considerações históricoaxiológico-normativas, parte-se do pressuposto da justiciabilidade dos aludidos direitos e da
legitimidade, ainda que excepcional, do sistema de justiça para o controle de políticas
públicas como forma de sua proteção. Passa-se então à análise da complexa cognição judicial
necessária à alteração de políticas públicas, que pressupõe sejam consideradas, à luz da
isonomia inspiradora dos direitos sociais, a limitação dos recursos públicos disponíveis, as
demandas sociais e informações técnicas existentes, entre outros dados, num quadro de
prioridades orçamentárias cujo norte deve ser encontrado nos objetivos constitucionalmente
estabelecidos para o Estado brasileiro. Busca-se, assim, demonstrar que o modelo processual
individual não se tem mostrado, na prática forense, adequado a essa tarefa, tanto por quebra
de isonomia – decorrente das diferenciações individualizadas levadas a efeito em processos
individuais e do assimétrico acesso individual à justiça na realidade social –, quanto pela
falta de estrutura e expertise do Judiciário para chegar, em cada um dos milhares de casos
individuais, à necessária visão de conjunto quanto aos impactos na arrecadação e alocação
de recursos públicos e outros aspectos do problema. Procura-se apontar, na sequência, a
adequação do sistema processual coletivo para esse tipo de litígios, em razão de certas
peculiaridades dessa forma de prestação jurisdicional, notadamente seus efeitos erga omnes,
contemplando isonomicamente todos os que se encontram na mesma situação, bem como as
técnicas que oferece de democratização do debate processual e qualificação da atividade
deliberativa, com vistas a fornecer elementos para compreensão global do problema,
persecução da melhor solução possível e, em especial, incrementar a legitimidade da
atuação do sistema de justiça no âmbito eminentemente político das políticas públicas. Com
isso, intenta-se resguardar a inafastabilidade da jurisdição, sem, porém, os problemas e
distorções causados pela litigância individual em larga escala em tal seara, em observância ao
princípio do acesso efetivo à justiça, intrinsecamente ligado ao valor igualdade, com
promoção de prestação jurisdicional mais justa no contexto da sociedade contemporânea.
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O DIREITO DE RESISTÊNCIA À OPRESSÃO E OS POVOS INDÍGENAS EM MATO GROSSO DO SUL: UMA ANÁLISE SOB A PERSPECTIVA DO PLURALISMO JURÍDICO |
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Curso |
Mestrado em Direito |
Tipo |
Dissertação |
Data |
10/07/2020 |
Área |
DIREITO |
Orientador(es) |
- Antonio Hilario Aguilera Urquiza
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Adriana de Oliveira Rocha
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Banca |
- Ana Paula Martins Amaral
- Antonio Hilario Aguilera Urquiza
- Jose Paulo Gutierrez
- Luciani Coimbra de Carvalho
- Luiz Henrique Eloy Amado
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Resumo |
ROCHA, Adriana de Oliveira. O Direito de Resistência à opressão e os povos indígenas de Mato Grosso do Sul: uma análise sob a perspectiva do pluralismo jurídico. 2020. f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Faculdade de Direito, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, 2020.
O uso legítimo do direito de resistência à opressão, tal como cunhado na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, na França de 1789, é objeto da ciência do Direito e da filosofia há vários séculos, antes e depois da declaração. A presente pesquisa debate esse direito na perspectiva de povos indígenas no Estado de Mato Grosso do Sul, a unidade federada que possui o segundo maior contingente populacional do País, e altos níveis de violações de direitos humanos e fundamentais em relação a esses povos. Estuda-se ainda o conceito de alienação legal, que é aquele definidor da negação de direitos a determinados grupos sociais ainda que formalmente as disposições legais devessem protegê-los. Ao mesmo tempo, se observa a existência de determinadas regras de conduta entre os indígenas, as quais se identificariam com o chamado pluralismo jurídico. Essa forma de existir, de se autodeterminar, e de obedecer a regras próprias de conduta, induziria à superação do estado de alienação legal, através do exercício do direito de resistência? Eis o problema da pesquisa. Trata-se de pesquisa dedutiva do tipo descritiva e exploratória, na qual são utilizados os métodos bibliográfico e documental, com o objetivo de identificar nas ações indígenas documentadas em manifestos, notas públicas, cartas, dissertações e teses acadêmicas, livros e noticiário da imprensa, o exercício do direito de resistência à opressão tal qual descrito na literatura filosófica e jurídica, e positivado em alguns documentos internacionais e constituições de países democráticos. A pesquisa chega à conclusão de que, embora não formalmente utilizado como fundamento do movimento indígena sul-mato-grossense, o direito de resistência à opressão vem sendo exercido pelos indígenas em suas ações para reaver áreas de ocupação tradicional, obter a execução de políticas públicas de educação e saúde, e se posicionar politicamente perante os poderes estatais, de modo a manter sua coesão e existência enquanto população etnicamente diferenciada, tudo com o sentido de superar o estado de alienação legal. |
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AUTORIZAÇÃO DE RESIDÊNCIA CONCEDIDA PELO ESTADO BRASILEIRO NAS HIPÓTESES DE ACOLHIDA HUMANITÁRIA E AO IMIGRANTE NACIONAL DE PAÍS FRONTEIRIÇO: CONSAGRAÇÃO DO DIREITO FUNDAMENTAL DA IGUALDADE? |
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Curso |
Mestrado em Direito |
Tipo |
Dissertação |
Data |
05/06/2020 |
Área |
DIREITO |
Orientador(es) |
- Luciani Coimbra de Carvalho
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Daniela Estolano Francelino
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Banca |
- Ana Paula Martins Amaral
- Cesar Augusto Silva da Silva
- Elisaide Trevisam
- Joseliza Alessandra Vanzela Turine
- Luciani Coimbra de Carvalho
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Resumo |
O Brasil adota a concessão de autorização de residência para fins de acolhida
humanitária fornecida para cidadãos haitianos e apátridas residentes na República
do Haiti e autorização de residência concedida ao migrante nacional de país
fronteiriço, referidos institutos são oriundos de medidas legislativas emitidas para
sanar lacunas existentes no ordenamento jurídico brasileiro, referentes à
regularização da condição jurídica dos imigrantes supramencionados. Esta pesquisa
tem como objetivo analisar a autorização de residência do migrante no Estado
Brasileiro, sob a ótica do direito fundamental da igualdade, como instrumento para
exercício de direitos fundamentais a pessoas que se encontram em situação de
vulnerabilidade. Dessa análise surge o questionamento sobre a atuação efetiva do
Estado brasileiro para que haja o tratamento igualitário entre os migrantes e os
nacionais. A pesquisa realizada neste trabalho baseou-se principalmente no método
qualitativo, ou seja, houve descrição, entendimento, explicação das características
relevantes inerentes ao problema da pesquisa. Possui natureza bibliográfica, tendo
sido consultados documentos, livros e artigos científicos. Entende-se que a intenção
de solucionar a situação dos imigrantes por parte do governo brasileiro, faz parte da
política migratória brasileira que visa atender, pela via de instrumentos nacionais e
internacionais, os direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição
Federal. A emissão de medidas legislativas, com objetivo de resguardar os direitos
dos migrantes e sanar as lacunas da lei, corroboraram, até o presente momento,
para a consagração do direito à igualdade, previsto na doutrina dos direitos
humanos e, especialmente, no ordenamento jurídico brasileiro, direcionando a
proteção aos sujeitos de direitos, por vezes em situação de vulnerabilidade. Preza-se, nestes casos, pela igualdade em sua perspectiva material, ou melhor, quando
ocorre distinção de tratamento de fato, sendo necessário que haja a tentativa de
igualar a situação, com objetivo de atingir a justiça social. |
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TRABALHO DECENTE, DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E A LEI N. 13.467/2017: ANÁLISE DE IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA SOBRE AS CONDIÇÕES DE TRABALHO E A SAÚDE DO TRABALHADOR NO MATO GROSSO DO SUL |
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Curso |
Mestrado em Direito |
Tipo |
Dissertação |
Data |
30/03/2020 |
Área |
DIREITO |
Orientador(es) |
- Maurinice Evaristo Wenceslau
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Débora Suemi Shimabukuro Casimiro
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Banca |
- Andrea Flores
- Lidia Maria Lopes Rodrigues Ribas
- Maurinice Evaristo Wenceslau
- Rogerio Mayer
- Sandro Rogerio Monteiro de Oliveira
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Resumo |
Os processos de globalização ocorridos a partir do final do século XX trouxeram a hegemonia
do sistema de produção liberal e influenciaram significativamente na alteração da estrutura de
produção do Brasil. Esta alteração culminou na publicação da Lei n. 13.467, em 13 de julho
de 2017 (BRASIL, 2017), também conhecida como Reforma Trabalhista, que trouxe novas
modalidades contratuais e novidades legislativas no sentido de flexibilizar as condições de
trabalho no Brasil, sob o pretexto de combate ao desemprego e enfrentamento de uma crise
econômica que alcançou fortemente o Brasil a partir de 2015. Uma das alterações
permanentes mais preocupantes que a Consolidação das Leis do Trabalho (BRASIL, 1943)
sofreu com a reforma foi a possibilidade de ampliação da jornada de trabalho, por meio da
supressão de intervalos intrajornada ou por meio da instituição de horas suplementares de
trabalho, por negociação coletiva ou acordo individual de trabalho. Outra preocupação é com
relação à desvinculação que a lei nova faz entre duração de trabalho e saúde do trabalhador,
para fins de negociação coletiva. Assim, o objetivo desta pesquisa é analisar os impactos da
Reforma Trabalhista sobre questões relativas à jornada de trabalho no Estado de Mato Grosso
do Sul, considerando-se os conceitos de trabalho decente e desenvolvimento sustentável. Para
tanto, utiliza-se do método de abordagem dedutivo, e da revisão bibliográfica, bem como
análise normativa e documental, e utilização de dados secundários como métodos
procedimentais. Depreende-se, a partir dos documentos analisados e de dados secundários
apresentados, que a Lei n. 13.467 (BRASIL, 2017) não afetou consideravelmente as
condições de trabalho no Mato Grosso do Sul. |
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O Direito à Segurança Pública: fator de desenvolvimento humano nas fronteiras do Mercosul |
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Curso |
Mestrado em Direito |
Tipo |
Dissertação |
Data |
26/03/2020 |
Área |
DIREITO PENAL |
Orientador(es) |
- Vladmir Oliveira da Silveira
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Elio Ricardo Chadid da Silva
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Banca |
- Andrea Flores
- Jaceguara Dantas da Silva Passos
- Livia Gaigher Bosio Campello
- Vladmir Oliveira da Silveira
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Resumo |
O trabalho acadêmico que ora se apresenta cuida da temática do crime organizado transnacional
nas fronteiras do Mercosul, com abordagem sob a ótica do Direito Internacional dos Direitos
Humanos, visando a análise específica do direito humano à segurança pública como suporte
para asseguramento do direito ao desenvolvimento sustentável e sustentabilidade das
comunidades transfronteiriças. Perquire-se se o direito à segurança pública é efetivamente
colocado à disposição das populações das fronteiras mercosulinas, bem como os impactos da
questão no desenvolvimento daquelas populações. Para tanto, apresenta a evolução histórica e
conceitual do Direito à Segurança Pessoal, bem como a forma de tratamento do direito em
epígrafe nos diversos sistemas de proteção dos direitos humanos (ONU, OEA e Mercosul), e
quais os desafios para sua implementação. A pesquisa expõe, também, o contexto atual das
fronteiras, que sofrem influxos advindos da globalização contemporânea, a qual positivamente
facilita o trânsito de pessoas e bens, mas também aumenta sua porosidade, fator que muitas
vezes funciona como catalisador dos delitos transnacionais. Nesse diapasão, objetiva-se estudar
quais são os crimes transfronteiriços mercosulinos mais frequentes e como o enfrentamento dos
delitos é tradicionalmente realizado pelas autoridades responsáveis. Faz-se, também,
considerações sobre o direito ao desenvolvimento sustentável e à sustentabilidade, com análise
de um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, componente
da Agenda 2030, que é pertinente ao tema específico estudado, para, a partir daí, analisar os
possíveis impactos que um meio ambiente transfronteiriço violento pode gerar no
desenvolvimento das zonas de fronteiras e também dos habitantes de tais regiões do continente
sul-americano. Pesquisa-se, ainda, a cooperação internacional como elemento fundamental para
a efetivação do direito à segurança cidadã e ao desenvolvimento nas fronteiras do Mercosul.
Nessa parte da pesquisa, perquire-se se e até que ponto o conceito clássico de soberania
nacional, que geralmente a concebe de forma fechada no plano externo, pode funcionar como
entrave para a operacionalização, na América do Sul, dos direitos em destaque e, também,
debate-se e apresenta-se suportes científicos e abstratos para a cooperação internacional, tendo
como alicerce os preceitos do Estado Constitucional Cooperativo (Peter Häberle), que podem
servir de arcabouço teórico para implementação de uma cooperação transnacional efetiva e de
resultados promissores para a problemática exposta. Nesse contexto, também se perquire sobre
a existência de um direito de fronteiras na região em epígrafe, com base que pode se fundar na
paradiplomacia e, também, na cooperação internacional descentralizada, como possível forma
de avanço no asseguramento dos direitos humanos destacados na pesquisa. Expõe-se, por
derradeiro, proposições práticas, com base na cooperação internacional, objetivando a redução
dos efeitos da violência perpetrada contra as populações fronteiriças do Mercosul. Utiliza-se,
na pesquisa, o método hipotético-dedutivo, as técnicas descritiva, documental e bibliográfica,
enquadrando-se, também, na modalidade quali-quantitativa. |
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O DIREITO HUMANO À ÁGUA E A RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL COMPARTILHADA DA PROTEÇÃO DOS AQUÍFEROS TRANSFRONTEIRIÇOS: O CASO DO AQUÍFERO GUARANI |
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Curso |
Mestrado em Direito |
Tipo |
Dissertação |
Data |
20/03/2020 |
Área |
DIREITO |
Orientador(es) |
- Livia Gaigher Bosio Campello
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Micaella Carolina de Lucena
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Banca |
- Ana Paula Martins Amaral
- Elisaide Trevisam
- Livia Gaigher Bosio Campello
- Luciana Aboim Machado Gonçalves da Silva
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Resumo |
LUCENA, Micaella Carolina de. O direito humano à água e a responsabilidade internacional compartilhada da proteção dos aquíferos transfronteiriços: o caso do Aquífero Guarani. 2019, 87 f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Faculdade de Direito, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, 2019.
Esta pesquisa tem o objetivo de examinar a responsabilidade compartilhada dos Estados que compreendem o Aquífero Guarani, ressaltando a essencialidade desse recurso enquanto direito humano assegurado pela Organização das Nações Unidas. Isso porque, a sociedade vivencia episódios de crise hídrica que fazem reavaliar a postura dos Estados para a proteção desses recursos hídricos. Neste contexto, o trabalho reforça a evolução normativa para a proteção da água, que apesar de ser reconhecido como direito humano recentemente, sempre esteve adstrito a outros direitos humanos fundamentais como o direito à vida, à saúde, à alimentação, à moradia e à higiene. De igual forma, busca-se analisar o processo de construção normativa para a proteção dos aquíferos transfronteiriços, atualmente considerados como as maiores reservas de água doce do mundo. Nesse cenário, convém estudar sobre os valores oriundos dos princípios de Direito Internacional, como a Soberania Permanente sobre os Recursos Naturais e a Cooperação Internacional para a concretização de uma gestão compartilhada dos aquíferos transfronteiriços. E por fim, se faz necessário avaliar a atual estrutura normativa sobre às águas subterrâneas nos quatro países que compreendem o Aquífero Guarani e suas perspectivas de gestão. Os procedimentos metodológicos utilizados foram pesquisas exploratórias e descritivas. O método de abordagem é o dedutivo, com análise bibliográfica, histórica e documental. Os instrumentos e fontes para a coleta de dados foram legislações, doutrinas (impressa ou online), monografias, dissertações, teses e artigos científicos. |
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O TRABALHO DO IDOSO NA UNIÃO EUROPEIA E NO MERCOSUL |
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Curso |
Mestrado em Direito |
Tipo |
Dissertação |
Data |
16/03/2020 |
Área |
DIREITO |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Carmela Dell'Isola
- Nilton Cesar Antunes da Costa
- Ynes da Silva Felix
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Resumo |
O aumento da expectativa de vida e a baixa taxa de natalidade nos países desenvolvidos e em desenvolvimento provocam, atualmente, mudanças no cenário populacional e impõe refletir sobre as implicações dessas alterações no âmbito econômico e social. O processo de envelhecimento da população é menos intenso que outrora, de forma que é comum encontrar pessoas idosas com vigor físico e intelectual aptas para permanecerem ou serem inseridas no mercado de trabalho. Diante desse cenário, objetiva-se demonstrar de que forma ocorre a proteção do trabalho do idoso na União Europeia e no Mercosul. A razão de se estudar ambos os blocos consiste no fato de que esse é o meio mais eficaz de se abordar a temática, considerando-se o maior número de países em uma perspectiva integrativa, econômica e social. Ao longo do trabalho conceitua-se o idoso no âmbito internacional e identificam-se as normas de proteção do seu trabalho na União Europeia e no Mercosul. A delimitação temporal da pesquisa é feita, no âmbito da União Europeia, considerando-se o período de pós-crise do bloco, especificamente os anos de 2015 a 2019, valendo-se de documentos emitidos pela Comissão Europeia, EUROFOUND, EUROSTAT e outras instituições. Em relação ao Mercosul, atém-se a uma análise mais histórica de suas normativas sociais (1997, 1998 e 2002), contextualizando-as com as legislações, políticas e programas existentes nos países dos Estados-partes nos últimos anos (2015-2020). A metodologia adotada é descritiva, documental e bibliográfica. Descritiva, pois descreve-se a abordagem histórica da população idosa; o trabalho como direito humano; e de que forma se dá o trabalho do idoso nos blocos regionais mencionados. Bibliográfica, pois recorre-se ao uso de textos com contribuições de diversos autores em estudos analíticos publicados em livros, artigos e dissertações. Documental, haja vista que utilizam-se textos sem tratamento analítico como documentos legais da União Europeia, do Mercosul, dos Estados-membros e Estados-partes de ambos os blocos, da Organização Internacional do Trabalho e da Organização das Nações Unidas; bem como revistas da Organização Mundial da Saúde. Como referenciais teóricos utilizam-se as contribuições de Simone de Beauvoir (1970) para delinear a velhice ao longo da história e seus desdobramentos; Hannah Arendt (1973) com o fim de demonstrar o idoso como pessoa com “direito a ter direitos”; e Norberto Bobbio (1992) para demonstrar que a realidade social é fundamental para que se novos direitos surjam (no caso da pesquisa, os direitos trabalhistas da pessoa idosa). A proteção ao trabalho do idoso na União Europeia e no Mercosul configura-se de formas distintas. Enquanto a União Europeia atenta-se aos direitos sociais dessa população, normatizando questões atreladas ao seu trabalho, o Mercosul mostra-se como um bloco eminentemente econômico, com uma legislação escassa sobre a matéria. Destaca-se, no entanto, que em ambos os blocos, as normas não são dotadas de eficácia no sentido de serem implementados os direitos e garantias que elas protegem. |
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