Dicionários: Uma Avaliação Dos Materiais Lexicográficos Para O Ensino Médio |
|
Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
05/12/2014 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Auri Claudionei Matos Frubel
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
- Ana Rachel Spalenza Soares
|
Banca |
- Aparecida Negri Isquerdo
- Auri Claudionei Matos Frubel
- Onilda Sanches Nincao
|
Resumo |
Este trabalho investigou o uso de dicionários selecionados pelo MEC, por meio do Programa Nacional do Livro Didático – PNLD – Dicionários (2012) e distribuídos às escolas públicas de todo o Brasil. Mais precisamente, este trabalho analisou o uso dos dicionários do tipo 4 por alunos do Ensino Médio, em escolas públicas do município de Coxim-MS, com o objetivo de verificar, principalmente, a sua funcionalidade como material didático em sala de aula, primordialmente para a aquisição lexical, com base nos preceitos teóricos e metodológicos da Lexicografia, sobretudo na sua vertente pedagógica. Os dados analisados foram coletados a partir de um questionário aplicado a dois grupos distintos, para que posteriormente se desenvolvessem análises tanto quantitativas como qualitativas. Os resultados do estudo indicaram que os dicionários de tipo 4 seguem a produção lexicográfica, exceto um, por não indicar aspectos e informações importantes no que se refere à seleção dos lemas. Também se investigou a causa dos participantes confiarem mais na familiaridade do material que na autenticidade que ele oferecia enquanto dicionário pedagógico, o que contribui para o diagnóstico de que o estudante se relaciona bem com um dicionário à medida que o utiliza com frequência. Constatou-se, ainda, que utilizar poucas, ou nenhuma vez o material gera desconhecimento da funcionalidade, o que acarreta um desinteresse em conhecer o que um dicionário tem a oferecer como material informativo a respeito do léxico. Utilizar com maior frequência um dicionário em sala de aula contribui para a visão de que o dicionário pode ser uma obra pedagógica. Nesse sentido, para que o dicionário possa ser funcional, utilizado de maneira proveitosa, verificaram-se dois fatores: o conhecimento acadêmico do docente em relação à ciência lexicográfica e a proficiência do estudante como sujeito consulente acerca das obras lexicográficas adquiridas por meio de uma formação sistêmica e atuante no ensino da língua. |
Download |
|
|
TOPONÍMIA URBANA DA REGIÃO CENTRAL DE CAMPO GRANDE/ MS: UM OLHAR SOCIETNOLINGUÍSTICO |
|
Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
01/09/2014 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
- Leticia Alves Correa de Oliveira
|
Banca |
- Aparecida Negri Isquerdo
- Auri Claudionei Matos Frubel
- Maria Cândida Trindade Costa De Seabra
|
Resumo |
O léxico registra o conhecimento existente no universo, já que não é possível nomear um
objeto ou transmitir uma ideia sem fazer uso do repertório vocabular disponível na língua. O
processo de nomeação dos elementos geográficos, por exemplo, gerou a categoria dos nomes
de lugares (topônimos), que é objeto de investigação de uma área da Onomástica, ciência que
se ocupa do estudo dos nomes próprios de pessoas e de lugares. Assim, enquanto a
Antroponímia estuda os nomes de pessoas, a Toponímia ocupa-se dos nomes de lugares
(elementos geográficos) rurais e urbanos. Este trabalho apresenta resultado de estudo sobre a
toponímia urbana da região central da cidade de Campo Grande, capital do Estado de Mato
Grosso do Sul, onde se localiza a maior parte das ruas de significativa importância na história
da cidade. A pesquisa teve como objetivos estudar a toponímia da região urbana central de
Campo Grande e, para tanto, inventariar, classificar e analisar os nomes dos logradouros
públicos (ruas, avenidas, travessas e praças) relativos aos 13 bairros da região urbana do
centro de Campo Grande: Glória, São Francisco, Planalto, Carvalho, Amambaí, Cabreúva,
Itanhangá, Bela Vista, Monte Líbano, Centro, Jardim dos Estados, Cruzeiro e São Bento. A
coleta dos dados foi realizada por meio de consulta dos mapas oficiais da cidade de Campo
Grande, escala 1:30000, relativos aos bairros selecionados para o estudo. Além dos mapas,
foram necessárias consultas a obras sobre a história do município e da cidade, e a documentos
históricos e atas da Câmara Municipal. A recolha e a classificação dos topônimos que
compõem o corpus seguiram, fundamentalmente, os princípios teórico-metodológicos da
Lexicologia e da Toponímia, em especial o modelo teórico de Dick (1990; 1992; 1996; 1999;
2006). Os resultados da pesquisa apontaram para uma maior influência de condutas
motivadoras de natureza antropocultural, haja vista que as taxes mais produtivas foram os
antropotopônimos (191 ocorrências), os corotopônimos (61 ocorrências), os axiotopônimos
(47 ocorrências), e os historiotopônimos (41 ocorrências), o que demonstra que fatores
históricos, sociais e geográficos interferem na denominação de forma particular em topônimos
urbanos, como o constatado neste estudo. Verificou-se, principalmente, a grande incidência de
antropo, historio e axiotopônimos que apontam para homenagens a pessoas que tiveram
presença significativa na sociedade campo-grandense, bem como o resgate de fatos e de datas
históricas de cunho regional e/ou nacional na nomeação das ruas. A predominância de
topônimos com estrutura morfológica composta configurou-se como uma característica da
toponímia urbana estudada, o que pode ser explicado pela grande quantidade de
antropotopônimos compostos com mais de um formante em sua estrutura. Embora no
conjunto dos dados a pesquisa tenha identificado a grande predominância de
antropotopônimos na nomeação das ruas, alguns bairros evidenciam peculiaridades
toponímicas, como o tipo de antropotopônimos do bairro São Bento, que homenageiam
escritores da literatura brasileira (rua Gonçalves Dias, rua Fagundes Varela); os
astrotopônimos no bairro Planalto (rua Mercúrio, rua Vênus); a grande ocorrência de
corotopônimos no bairro Cruzeiro (rua Pernambuco, avenida Mato Grosso); a marcante
presença de fitotopônimos que singulariza a toponímia bairro Carvalho (rua das Orquídeas,
rua das Rosas, rua das Violetas). Em síntese, a toponímia estudada evidenciou que a principal
fonte motivadora para os designativos está relacionada a fatores sócio-históricos da região
estudada. Além disso, os dados ratificam a importância do estudo da toponímia urbana
também como um mecanismo de resgate da memória de um povo perpetuada por meio dos
nomes das ruas. |
Download |
|
|
A PROFUNDIDADE NA PLANURA ESTEREOSCÓPICA: ANÁLISE DE UM TRECHO DE A INVENÇÃO DE HUGO CABRET 3D |
|
Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
29/08/2014 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
|
Banca |
- Eluiza Bortolotto Ghizzi
- Marcia Gomes Marques
- Maurício de Bragança
|
Resumo |
Esta pesquisa investiga o efeito de profundidade nas imagens fílmicas estereoscópicas, verificando quais aspectos desse tipo de representação são responsáveis por esse efeito e como eles são utilizados na geração de significados. Parte-se da hipótese de que o uso das novas tecnologias de representação visual da tridimensionalidade pelo cinema contribui para a linguagem cinematográfica na construção de novos modos de geração de significado. A pesquisa utiliza-se metodologicamente da revisão bibliográfica e da análise fílmica. As fontes bibliográficas subsidiam os recortes teóricos sobre a percepção visual e do espaço, bem como, sobre técnicas de representação da profundidade e metodologias de análise fílmica. As análises encaminhadas pela pesquisa adotam a técnica de decupagem plano-a-plano e procedimentos embasados na semiótica aplicada de extração peirciana para, primeiramente, compreender a imagem estereoscópica enquanto signo, em abstrato, e, em seguida, tomando como corpus um trecho da sequência inicial do filme A invenção de Hugo Cabret 3D, de Martin Scorsese, 2011, analisá-lo, por meio do conceito de Interpretante dinâmico dessa teoria. Os resultados permitem não apenas uma compreensão de como a imagem estereoscópica pode ser compreendida a partir do conceito peirciano do signo triádico, mas especialmente, suas especificidades técnicas na composição da profundidade de campo, bem como, o modo como tais especificidades vão sendo significadas no trecho do filme analisado e, possivelmente, em outros filmes. |
Download |
|
|
MANOEL DE BARROS: POETA ANTROPÓFAGO |
|
Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
29/08/2014 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Kelcilene Gracia Rodrigues
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
- Paulo Eduardo Benites de Moraes
|
Banca |
- Alberto Pucheu Neto
- Kelcilene Gracia Rodrigues
- Maria Adelia Menegazzo
|
Resumo |
Manoel de Barros nunca escondeu a sua admiração e a influência recebida de Oswald de Andrade. Segundo o poeta, foi a partir da leitura de Oswald que compreendeu que o fazer poético deve primar pelo desvio. Este trabalho tem como objetivo abordar a poética de Manoel de Barros em relação ao projeto poético oswaldiano. Por meio do expediente comparativo, propomos um percurso que discute a questão da influência, e leva em conta a antropofagia como substrato teórico-simbólico para pensar a relação entre os dois autores. O problema desta pesquisa busca saber como Manoel de Barros, no curso de seu projeto poético, recebe, assimila e ressignifica a proposta oswaldiana até chegar à constituição de seu próprio projeto estético. Como base teórica deste estudo, utilizamos os referenciais da Literatura Comparada, que parte desde Antonio Candido (1975), Carvalhal (1998), Nitrini (2000), Pageaux (2011), até passar pelas referências que discutem as temáticas da influência, principalmente Bloom (2002, 2003), além de autores que refletem sobre a questão dos precursores, como em Borges (1956) e T. S. Eliot (1989). Além dos estudos referentes à Antropofagia, considerando o próprio Oswald de Andrade (1928), Perrone-Moisés (1990) e Rocha (2011). A metodologia é construída a partir de exercícios de leitura e interpretação de trechos significativos do corpus selecionado: Pau Brasil (1924) e Cadernos de Poesias do aluno Oswald de Andrade (1927), de Oswald de Andrade, e das obras Poemas concebidos sem pecado (1937) Compêndio para uso dos pássaros (1961) e Livro sobre nada (1996), de Manoel de Barros. As análises mostram que ambos os autores compreendem a poesia como forma de instaurar novas realidades por meio da linguagem. Por um lado, a proposta pioneira de Oswald de Andrade com a antropofagia ressignificando o cenário literário brasileiro contra uma tradição impregnada de conservadorismos e que abriu caminho para a busca de novas formas de expressão artística. Por outro, Manoel de Barros, com seu experimentalismo consolidando uma ars poetica própria marcada pelo desvio e a desleitura de seus precursores. |
Download |
|
|
TIPOGRAFIA DE LIVROS DIDÁTICOS DE LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO: UM ESTUDO DE CASO SOB A PERSPECTIVA DA SEMÓTICA |
|
Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/08/2014 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
|
Banca |
- Eluiza Bortolotto Ghizzi
- Geraldo Vicente Martins
- Katia Alexandra de Godoi e Silva
|
Resumo |
No Brasil, os livros didáticos são instrumentos de ensino adotados pelas escolas públicas de
Ensino Fundamental e Médio. Seu controle e produção são acompanhados pelo Governo
Federal há 75 anos, e os investimentos nesse setor tem sido volumosos. Por terem uma
presença massiva no cotidiano dos estudantes brasileiros, foi escolhido como objeto desta
pesquisa. A seleção dos livros utilizados nas escolas públicas é feita pelo Ministério da
Educação (MEC), por meio do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), do Governo
Federal, que tem como principal objetivo subsidiar o trabalho pedagógico dos professores por
meio da distribuição de coleções de livros didáticos aos alunos da educação básica. No
processo de desenvolvimento de livros didáticos, cabe ao designer atuar como um projetista
da comunicação verbo-visual, fazendo a mediação entre os conteúdos específicos e os
leitores. Esta mediação se dá por meio do projeto gráfico, que atua sobre todo o livro, mais
especificamente sobre os elementos gráficos em geral, tais como os tipográficos, as cores, as
imagens (fotos, ilustrações, infográficos etc.), os materiais para capa e miolo, e os processos
de impressão e acabamento a serem usados para materializar o livro. Selecionou-se, para esta
pesquisa, dois livros didáticos de Letramento e Alfabetização, destinados ao primeiro ano do
Ensino Fundamental, pois, dentre os inúmeros elementos que compõem um projeto gráfico,
nos livros didáticos de Letramento e Alfabetização, os elementos tipográficos tornam-se
especialmente importantes, pois é por meio desses elementos que a criança terá contato com
as práticas de leitura. Com o advento da editoração eletrônica, as possibilidades de um projeto
gráfico, e também do tipográfico, são inúmeras, dada a variedade de tipos de letras para
composição disponíveis, além das possibilidades de cada designer criar tipos especiais para
cada projeto. Se, de um lado, essa enorme fonte de recursos para a variação gráfica aumenta
as possibilidades de criação do designer, de outro, justamente isso estimula a pesquisa dos
processos significativos implicados nessas escolhas tipográficas, considerando o que é
apropriado à necessidade de comunicação em cada caso. Para a análise, foi selecionada a
metodologia de análise da semiótica peirciana, embasados no livro Semiótica Aplicada, de
Lúcia Santaella. Desse modo, esta dissertação está organizada em quatro etapas principais:
uma revisão de bibliografia para aprofundamento dos conhecimentos acerca dos temas
envolvidos, tais como tipografia, aprendizagem infantil, comunicação e semiótica; a
metodologia de análise semiótica; a análise propriamente dita dos livros selecionados; e, por
fim, a discussão com base nos resultados da análise, com a finalidade de ajudar na
compreensão das consequências de se programarem tais livros e, também, de fazer o
apontamento de possíveis caminhos para a elaboração de outros projetos tipográficos. |
Download |
|
|
A ARTE DE ROMERO BRITTO |
|
Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/08/2014 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
|
Banca |
- Biagio D' Ângelo
- Eluiza Bortolotto Ghizzi
- Maria Adelia Menegazzo
|
Resumo |
As diversas alterações sofridas pelo conceito de arte ao longo do último século, e intensificadas pelo aquecimento da economia mundial a partir dos anos 1980, transformaram, no limite, os modos de produção, venda e consumo de obras de arte. Tais modificações induzem a uma reflexão sobre o que está sendo feito e o que está sendo visto como arte hoje, principalmente no que diz respeito à produção de artistas que trabalham com objetos em larga escala para atender a uma demanda comercial, como é o caso do brasileiro Romero Britto, que, mesmo não sendo visto como artista pelo público iniciado, consegue ter sua produção legitimada pelas práticas do atual e complexo sistema de arte. O tipo de arte executado por Romero Britto só é passível de compreensão sob um ponto de vista mais amplo, que contemple não só as transformações estéticas provocadas pelo êxito tecnológico do início do século XIX e das novas tecnologias surgidas no final do século XX, como pelo âmbito da proliferação da mídia e da extensão das relações mercantis a novos domínios da vida e da sociedade. |
Download |
|
|
DISCURSOS E SENTIDOS NA COBERTURA JORNALÍSTICA: " O CASO GUAIVIRY EM MATO GROSSO DO SUL" |
|
Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
22/08/2014 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Maria Luceli Faria Batistote
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
- Tatiane Karina Barbosa de Queiroz
|
Banca |
- Gerson Luiz Martins
- Jorge Kanehide Ijuim
- Maria Luceli Faria Batistote
|
Resumo |
Mato Grosso do Sul concentra uma população de mais de 70 mil índios, a segunda
maior do país. A maioria deles, das etnias Guarani e Kaiowá, nos municípios do sul
do estado e na área que faz fronteira com o Paraguai; na mesma região, localizamse
grandes propriedades rurais que sustentam a principal atividade econômica do
estado: o agronegócio. Essa situação tem gerado conflitos motivados por “disputas
pela terra”, cuja violência tem sido mostrada pela imprensa regional e nacional. Em
novembro de 2011, notícias do ataque ao acampamento indígena Guaiviry, que
resultou na morte do cacique Nísio Gomes, permearam manchetes de veículos de
comunicação de todo país. O presente trabalho interessa-se pelo estudo desse
caso, que ficou conhecido como Guaiviry. Com base nos pressupostos teóricos da
semiótica desenvolvida por Algirdas Julien Greimas, buscou-se compreender os
efeitos de sentido produzidos pelos relatos que compõem a cobertura jornalística do
caso. Foram analisados nove textos, publicados em três ciberjornais, no período de
novembro de 2011 a novembro de 2012. Para a apreciação do corpus da presente
pesquisa, utilizaram-se os conceitos pertencentes à sintaxe e à semântica do nível
discursivo do percurso gerativo de sentido, à luz dos estudos da enunciação. Com
enfoque no ciberdiscurso, a investigação identificou simulacros, principalmente dos
indígenas, construídos discursivamente pelos enunciados, bem como a ideologia
adotada pelos cibermeios e os mecanismos persuasivos utilizados pelos
enunciadores para convencer os enunciatários. Os resultados do trabalho apontam
as figuras responsáveis pelo revestimento de temas vinculados à problemática dos
conflitos agrários e revelam discursos contraditórios sobre o Caso Guaiviry. |
Download |
|
|
NOVA YORK NA HQ DE WILL EISNER: FRAGMENTO, EXÍLIO E MEMÓRIA. |
|
Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
21/08/2014 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Rosana Cristina Zanelatto Santos
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
|
Banca |
- Ramiro Giroldo
- Ravel Giordano Paz
- Rosana Cristina Zanelatto Santos
|
Resumo |
Esta pesquisa buscou estudar duas histórias em quadrinhos do cartunista norte-americano Will Eisner, intituladas Nova York: a grande cidade e Cadernos de tipos urbanos, ambas publicadas na compilação Nova York: a vida na grande cidade (2009). As duas HQ’s têm muito em comum: ambas trazem uma discussão sobre a cidade de Nova York, pensando-a através de seus pequenos detalhes, objetos e personagens. Analisamos a fragmentação que marca esses quadrinhos, primeiro por meio de um histórico da fragmentação, para em seguida buscar aproximar esse modo de escrita da obra aqui estudada. Partimos, então, para o estudo de exílio, tendo em vista que Eisner era judeu e como judeu, exilado, nos embasando, para tanto, nas proposições de Douek, Fuks e Foster. Verificamos como tais categorias, quando aliadas, fragmentam ainda mais as HQ’s. Por último, pensamos na memória que Eisner constrói da cidade em seus quadrinhos, por meio da leitura de Freud e de Derrida. |
Download |
|
|
A LEITURA NA TELA DA TELEVISÃO: CAPITU, UMA TRADUÇÃO DE DOM CASMURRO |
|
Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
21/08/2014 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
- Juliana Rodrigues dos Santos
|
Banca |
- ADALBERTO MULLER JUNIOR
- Marcia Gomes Marques
- Maria Adelia Menegazzo
|
Resumo |
Com o surgimento de diversas mídias e a consolidação dos meios eletrônicos de comunicação no mundo contemporâneo, as obras literárias migram com frequência para outras expressões artísticas como o audiovisual, contudo, ao migrar, é inevitável que exista a comparação entre as artes. Este trabalho tem por finalidade discutir acerca das imbricações destas transposições para o audiovisual, considerando-o uma obra independente. Compreende-se a adaptação como um processo de tradução e interpretação. Far-se-á um estudo de caso da minissérie Capitu, de Luiz Fernando de Carvalho, a partir da qual se analisa os deslocamentos realizados entre essa e a obra Dom Casmurro, de Machado de Assis. São estudados os recursos visuais utilizados a fim de traduzir a obra-fonte para a televisiva. Tais recursos referem-se à organização do cenário, pois nessa obra em um único espaço coabitam o presente e o passado do narrador-protagonista. Para contar a história, utilizou-se o recurso do flashback a partir da inserção de objetos que pudessem demarcar as lembranças do narrador-protagonista, que é outro ponto da análise. Por fim, o desempenho do ator em cena, que a partir dos gestos e expressividade contribuiu para fazer com que o texto de Machado de Assis chegasse à televisão. |
Download |
|
|
"CATÁSTROFE, MEDO E HORROR EM LA CASA DE BERNARDA ALBA, DE FEDERICO GARCÍA LORCA, E A ASA ESQUERDA DO ANJO, DE LYA LUFT" |
|
Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
20/08/2014 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Rosana Cristina Zanelatto Santos
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
|
Banca |
- Jose Alonso Torres Freire
- Rosana Cristina Zanelatto Santos
- Susylene Dias de Araujo
|
Resumo |
|
Download |
|
|
GLOSSÁRIO TERMINOLÓGICO DE SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS |
|
Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
20/08/2014 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Auri Claudionei Matos Frubel
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
- Eduardo Espindola Braud Martins
|
Banca |
- Aparecida Negri Isquerdo
- Auri Claudionei Matos Frubel
- Gladis Maria Barcellos Almeida
|
Resumo |
Esta pesquisa apresenta o traçado teórico-metodológico de elaboração do Glossário
Terminológico de Sistemas de Informação Gerenciais (GTSIG), instrumento de
consulta monolíngue, com equivalência em língua inglesa, destinado aos profissionais
que lidam com Sistemas de Informação no ambiente administrativo e aos tradutores
desse mesmo ramo. A partir do mote principal do trabalho – organizar as unidades dos
Sistemas de Informação Gerenciais (SIG) em um produto terminológico específico –,
buscamos contribuir para a comunicação entre os profissionais do ramo supracitado e
auxiliar na descrição de um léxico especializado brasileiro. Os principais aportes
teóricos utilizados elaboração do GTSIG foram a Terminologia Comunicativa da
Terminologia e a Linguística de Corpus, e, a partir das considerações de tais áreas,
procedemos à descrição e seleção dos termos a partir de suas manifestações na
linguagem de especialidade da área. As unidades especializadas selecionadas para
compor o glossário foram extraídas de produções textuais autênticas de 344 artigos que
tratam de SIG, os quais foram selecionados a partir de 30 periódicos distintos. Tais
termos foram validados por 3 especialistas da área, dispostos em um mapa conceitual e
catalogados em uma ficha terminológica, recebendo, cada um, uma definição própria,
além de um tratamento específico na apresentação dos verbetes do glossário, aqui
organizado em sua toda sua estrutura terminográfica (introdução, apresentação dos
verbetes, índice remissivo e relação dos periódicos utilizados na pesquisa). Ao
concluirmos a elaboração do glossário terminológico em questão, notamos a relevância
da terminologia dos SIG e a importância de uma base teórico-metodológica para a
elaboração de produtos terminológicos, uma vez que as particularidades de cada termo
pressupõem um estudo terminológico próprio a fim de melhor organizar tais unidades
em um glossário. |
Download |
|
|
POR UMA VIDA MELHOR: O DESVENDAR DE MITOS E CRENÇAS PARA UMA CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS SOB A ÓTICA DA REVISTA VEJA |
|
Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
19/08/2014 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Maria Luceli Faria Batistote
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
|
Banca |
- Aparecida Negri Isquerdo
- Maria Luceli Faria Batistote
- Rita de Cassia Aparecida Pacheco Limberti
|
Resumo |
Considerando-se que a semiótica procura descrever e explicar o que o texto diz e
como ele faz para dizer o que diz, o presente trabalho analisa quatro gêneros
discursivos distintos: o artigo de opinião, Chancela para a ignorância; a Carta ao
Leitor, Preconceito contra a educação; a reportagem, Os adversários do bom
português e a entrevista, Em defesa da gramática, divulgados em 2011, pela revista
semanal de maior circulação no país, a VEJA. O estudo trata da discussão instituída
acerca de algumas afirmações feitas quando o livro didático Por uma Vida Melhor foi
distribuído pelo MEC aos estudantes da Educação de Jovens e Adultos - EJA.
Diante do exposto, baseando-se na teoria semiótica proposta pelo linguista lituano
Algirdas Julien Greimas, que considera o trabalho de construção do sentido como
um percurso gerativo, realizou-se o exame dos componentes sintáticos e semânticos
empregados no discurso e os efeitos de sentido fabricados pela utilização desses
mecanismos, a fim de garantir o efeito de veridicção às críticas. Vale ressaltar que,
para cada texto, foram mobilizados diferentes conceitos da semiótica, tais como:
percursos temáticos e figurativos, bem como as isotopias. A pesquisa permitiu
demonstrar a importância dos gêneros textuais, de distingui-los e compará-los, a fim
de verificar o diálogo estabelecido com a problemática em questão. A análise dos
textos e o desvendamento de temas principais possibilitou alcançar um conteúdo
comum a todos eles: a desconfiança das organizações governamentais, sobretudo
quanto à administração de recursos; evidenciando como cada autor, independente
do gênero, apropriou-se de estratégias persuasivas com o intento de garantir a
aceitação do leitor diante da tese de que existe apenas uma norma linguística
correta e de assegurar coerência ao conteúdo disseminado pela Editora Abril. Além
disso, oportunizou uma visão crítica perante as informações que circulam na
imprensa e uma reflexão acerca dos mitos e crenças sobre o ensino de língua
disseminados no discurso desse conceituado meio de comunicação. |
Download |
|
|
A "GRAÇA" DO NADA: ALGUNS ASPECTOS FILOSÓFICOS DA FICÇÃO DE LUIZ VILELA |
|
Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
19/08/2014 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
|
Banca |
- Rauer Ribeiro Rodrigues
- Rosana Cristina Zanelatto Santos
- Wilson Barroso Filho
|
Resumo |
Este trabalho tem como corpus o romance Graça, de Luiz Vilela, à luz de quatro conceitos: o ceticismo, de Pirro de Élis; a compaixão, de Schopenhauer; o niilismo, de Nietzsche e o existencialismo, que decorre de Kierkegaard a Sartre. Para deslindar esse enredo de substrato filosófico, valemo-nos, no âmbito das categorias da narrativa e dos elementos da teoria literária, de aspectos concernentes à construção das personagens, da elaboração da diegese e do estudo do ponto de vista romanesco, além de nos valermos da expressiva fortuna crítica que recebeu o romance de Vilela. Esta análise busca uma nova interpretação desse romance frente à crítica já existente, assim como mostrar, na obra do ficcionista mineiro — com a retomada do conceito de Além-do-Homem, por meio do pensamento nietzschiano — uma visão ontológica do ser-no-mundo vivenciado pela personagem Epifânio. Concluímos que a obra contém características concernentes aos conceitos filosóficos do ceticismo, da compaixão, do niilismo e do existencialismo, forjando uma cosmovisão que alia o hedonismo à defesa de um homem estoico, capaz de — pela arte literária — superar a mediocridade banal da vida de todos os dias. |
Download |
|
|
UM OUTRO PARADIGMA: A ALDEIA URBANA MARÇAL DE SOUZA ENTRE UM DIÁLOGO CRÍTICO PÓS-COLONIAL. |
|
Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
18/08/2014 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Edgar Cezar Nolasco dos Santos
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
- Alessandro Aparecido Fagundes Matos
|
Banca |
- Angela Maria Guida
- Edgar Cezar Nolasco dos Santos
- Rita de Cassia Aparecida Pacheco Limberti
|
Resumo |
Nesta pesquisa faço uma reflexão crítica acerca da primeira aldeia urbana instituída em solo nacional, A Marçal de Souza, localizada na cidade de Campo Grande, capital do Estado de Mato Grosso do Sul, onde, diga-se de passagem, possui a segunda maior população indígena do Brasil. A discussão terá como embasamento teórico os postulados dos estudos pós-coloniais, como indicado no título, a teoria da subalternidade, assim como o pensamento descolonial que vem sendo tratado por críticos latino-americanos, tanto aqueles que pensam a partir do cone Sul, quanto os residentes em terras mais longínquas. Não obstante, vale salientar ao leitor que esta pesquisa é uma tentativa de dessubalternização de povos. Partindo disso, articulo a evocação de epistemologias outras no decorrer das páginas seguintes. |
Download |
|
|
ENTEROVETHEA YA HCHUKA'ARÃ ÑANDEROVA / TODOS NÓS DEVEMOS MOSTRAR A NOSSA CARA: BRÔ MC'S E OS LOCI DE ENUNCIAÇÃO PÓS COLONIAL |
|
Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
18/08/2014 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
- Edgar Cezar Nolasco dos Santos
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
- Laura Cristhina Revoredo Costa
|
Banca |
- Edgar Cezar Nolasco dos Santos
- Rita de Cassia Aparecida Pacheco Limberti
- Vania Maria Lescano Guerra
|
Resumo |
|
Download |
|
|
AS FOTOGRAFIAS NA EXPOSIÇÃO GLAUCE ROCHA: OS SIGNIFICADOS, DO ACERVO À EXPOSIÇÃO |
|
Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
15/08/2014 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
|
Banca |
- Eluiza Bortolotto Ghizzi
- Isaac Antônio Camargo
- Marcia Gomes Marques
|
Resumo |
A expansão quantitativa dos hábitos de fotografar e de ver imagens, impulsionados pela “revolução digital”, tem contribuído para o aumento da complexidade das representações e consequentemente dos signos. O uso de fotografias digitais em exposições audiovisuais é um fenômeno estimulado pela facilidade da produção de fotografias. Todavia, analisar todos os significados de uma exposição audiovisual é um trabalho muito extenso, o que justifica no caso dessa pesquisa que propõe analisar exposição audiovisual Glauce Rocha realizada no Museu da Imagem e do Som de Mato Grosso do Sul (MIS-MS) a partir de outubro de 2012 a maio de 2013, fazer um recorte, que coloca o foco do estudo no aspecto das transformações de significados das fotografias da exposição audiovisual, se comparadas às usadas do acervo do MIS-MS. Para a análise parte-se do pressuposto de que a semiótica peirciana apresenta estratégias metodológicas para a leitura e análise dos processos empíricos de signos, e com base nesse referencial teórico-metodológica, foram desenvolvidos estudos com foco para a compreensão dos significados das fotografias a partir da teoria interpretantes de Peirce. |
Download |
|
|
UMA ANÁLISE SEMIÓTICA DA FOTOGRAFIA ANALÓGICA DE COTIDIANO NA ARTE CONTEMPORÂNEA . |
|
Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
15/08/2014 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
|
Banca |
- Eluiza Bortolotto Ghizzi
- Isaac Antônio Camargo
- Maria Adelia Menegazzo
|
Resumo |
A temática do cotidiano é uma entre as diversas abordagens escolhidas pelos
artistas fotógrafos contemporâneos na produção de suas obras; tal categoria
apresenta, na maioria das vezes, uma estética vernácula que decorre de fotografias
produzidas com ferramentas utilizadas por leigos para registrar eventos que
consideram importantes em suas vidas, recurso que valoriza e facilita a
compreensão do tema. Este trabalho faz uma reflexão sobre a fotografia analógica
de cotidiano na arte contemporânea, considerando os trabalhos de três artistas
norte-americanos que podem exemplificar diferentes momentos dessa categoria no
meio artístico. São eles Stephen Shore, Nan Goldin e Zoe Leonard. O referencial
teórico explora a fotografia na arte contemporânea em geral e a fotografia de
cotidiano de forma mais particular, com base em autores como Rouillé (2009) e
Dubois (2001); também são abordados conceitos específicos da semiótica de
Peirce, apresentados em textos do próprio Peirce e em textos de estudiosos da sua
obra, principalmente por Santaella. O percurso de aplicação da semiótica nas
fotografias selecionadas explora os significados oriundos das imagens, que
permitem considerações sobre o lugar dessa fotografia na arte contemporânea,
sobre as razões de os artistas adotarem tal temática e sobre as relações que essas
fotografias estabelecem com as ideias levantadas teoricamente; nesse âmbito, foi
necessário levar em consideração, no processo de análise, aspectos das fotografias
como as técnicas fotográficas utilizadas, o uso da cor e sua relação conceitual com o
consumo, cada vez maior, de fotografias por parte da sociedade. |
Download |
|
|
SOBRE MEDO E CULPA: SEMIÓTICA E PERSUASÃO NA CARTA AO PAI, DE KAFKA. |
|
Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
05/08/2014 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
|
Banca |
- Francisco Elias Simão Merçon
- Geraldo Vicente Martins
- Rosana Cristina Zanelatto Santos
|
Resumo |
|
|
O (IM)PROVÁVEL NO COTIDIANO COMO PRETEXTO PARA FALAR DE SEGURANÇA: A PERSUASÃO DO SUJEITO NA PUBLICIDADE DA ZURICH SEGUROS. |
|
Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
05/08/2014 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
|
Banca |
- Geraldo Vicente Martins
- Maria Luceli Faria Batistote
- Nataniel dos Santos Gomes
|
Resumo |
Este trabalho apresenta uma análise da temática do provável como estratégia argumentativa em uma campanha publicitária da empresa Zurich Seguros. Para tanto, utilizou, como instrumental teórico, o percurso gerativo de sentido, com ênfase em seu nível discursivo, por ser ele o mais adequado ao proposto neste trabalho. Todavia, quando necessários, os demais níveis são retomados na análise. De origem francesa, essa semiótica, mais do que depreender os efeitos de sentido, visa a compreender por que e como tais efeitos de sentido se constituem. Nessa perspectiva, ela oferece os subsídios necessários para a análise de anúncios publicitários, os quais, geralmente, objetivam persuadir o enunciatário, fazendo-o aderir a uma ideia ou mesmo adquirir um determinado produto. A análise dos textos da campanha indicou que a persuasão do enunciatário/consumidor deu-se por meio do simulacro de acontecimentos comuns no cotidiano das pessoas, cuja organização textual remeteu ao discurso da percepção do risco e da necessidade de prevenção. Nessa campanha, os sujeitos do enunciado, mesmo em situações minuciosamente planejadas, tiveram seus objetivos frustrados por não haverem considerado a probabilidade, ainda que remota, de algo (im)provável acontecer. A estratégia persuasiva, portanto, foi a de mostrar, primeiro, as situações de risco; depois, projetar-se como empresa responsável, capaz de evitar ou minimizar as consequências de um acontecimento inoportuno. |
Download |
|
|
POETICIDADE EM TEXTO DE ESTUDANTES: TEORIA, ENSINO E ANÁLISE À LUZ DA SEMIÓTICA DISCURSIVA. |
|
Curso |
Mestrado em Estudos de Linguagens |
Tipo |
Dissertação |
Data |
04/08/2014 |
Área |
LETRAS |
Orientador(es) |
|
Coorientador(es) |
|
Orientando(s) |
- Andréia Reis Bacha Moriningo
|
Banca |
- Geraldo Vicente Martins
- José Antônio de Souza
- Maria Luceli Faria Batistote
|
Resumo |
Neste trabalho, propusemos analisar, em poemas de estudantes da Rede Municipal de Ensino de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, os efeitos de sentido que produzem o que se configura como traços de poeticidade. Para tanto, recorremos ao instrumental teórico-analítico da semiótica discursiva, que procura explicar os mecanismos discursivos de produção dos sentidos no texto, com base na observação do plano de conteúdo e do plano de expressão. O estudo orientou-se a partir do que a semiótica concebe como percurso gerativo do sentido, instância na qual são estabelecidos três níveis: fundamental, narrativo e discursivo, ampliando-o a partir das pesquisas sobre a importância do componente da expressão nos textos poéticos. Portanto, com base na fundamentação teórica, objetivamos analisar, nos poemas, a articulação entre o plano de conteúdo e o plano de expressão, considerando os recursos fônicos, sintáticos e semânticos que produzem determinados efeitos de sentido. Em paralelo ao estudo da semiótica discursiva, dedicamos um capítulo ao estudo da poesia infantil no Brasil e, sobretudo, ao ensino do texto poético nas escolas; nesse contexto, apresentamos os projetos desenvolvidos pelas escolas municipais Kamé Adania e Dr. Tertuliano Meirelles, ambas pertencentes à Reme. A partir das análises realizadas pôde-se perceber que os poemas produzidos por estudantes do 3º e do 5º ano do ensino fundamental, portanto, que apresentavam, na época de redação dos textos, idade entre 9 e 11 anos, sustentam uma lógica coerente no discurso, longe de configurar-se um produto infantilizado e destituído de significações. Foram cinco poemas analisados, sendo que os três primeiros fazem parte da obra “Criança também faz poesia”, da Escola Municipal Kamé Adania, e os dois últimos, da obra “Poetas da Escola III”, da Escola Municipal Dr. Tertuliano Meirelles. Nos poemas, verificamos que os elementos lexicais, sintáticos e semânticos combinaram-se harmoniosamente para produzir o conteúdo. Este, por sua vez, associado a elementos de natureza fônica (às aliterações e assonâncias, por exemplo), às rimas, quando surgiam, à distribuição dos versos no espaço da página, aos paralelismos, bastante frequentes nos textos, produziram os efeitos de poeticidade, que pretendem provocar no leitor o despertar da emoção, de sensações das mais diferentes naturezas. Ressaltamos que, apesar de havermos traçado um percurso de análise a ser aplicado a todos os poemas, cada qual apresentou traços particulares e distintos, o que contribuiu para que se abstraíssem significações distintas. |
Download |
|
|