Doutorado em Educação Matemática

Atenção! O edital referente ao processo seletivo e arquivos pertinentes ao curso estão disponíveis no site do curso.
Os resultados dos processos seletivos serão divulgados no site do curso.

Trabalhos

Trabalhos Disponíveis

TRABALHO Ações
Quando aprendo matemática, também aprendo a viver no campo? Mapeando subjetividades
Curso Doutorado em Educação Matemática
Tipo Tese
Data 20/05/2019
Área MATEMÁTICA
Orientador(es)
  • Angela Maria Guida
Coorientador(es)
    Orientando(s)
    • Vanessa Franco Neto
    Banca
    • Angela Maria Guida
    • Antonio Carlos do Nascimento Osorio
    • Gelsa Knijnik
    • Joao Ricardo Viola dos Santos
    • Línlya Natássia Sachs Camerlengo de Barbosa
    • Patricia Graciela da Rocha
    • Thiago Pedro Pinto
    Resumo Esta tese analisa dez livros didáticos de matemática para os anos iniciais do Ensino Fundamental da rede regular pública de ensino que fizeram parte do Programa Nacional do Livro Didático em sua versão para o Campo, o PNLD Campo, durante os anos de 2013 a 2018. Esses materiais foram elaborados e adotados a partir das demandas de movimentos sociais que reivindicavam projetos de justiça social com atenção às populações camponesas no Brasil. Desse modo, o material empírico fez parte de um conjunto de ações cujo foco declarado era assistir as condições objetivas de vida e trabalho desse grupo que habita o campo. Os livros analisados, nesse sentido, anunciavam, em seus prefácios e nas orientações para os professores, o mesmo compromisso de justiça social para com esse grupo. O material didático em exame compõe duas coleções aprovadas em ambos os editais desse programa, publicados em 2013 e 2016. O objetivo da tese foi descrever e analisar o conjunto de práticas enunciadas nesse material com o propósito de constituir o sujeito desejável para habitar o campo. O perscrutar dos dados se deu por meio do uso de um software de análise qualitativa que gerou um total de 5.309 marcações organizadas em 132 codificações que, por sua vez, ajudaram a mapear o sujeito desejável no contexto do campo. Para tratar esse material, a tese foi organizada no formato de coleção de artigos, por revelar-se estratégia adequada para investigar tanto o conjunto como a quantidade de dados elaborados. As teorizações analíticas passam pelas contribuições do filósofo Michel Foucault em seus trabalhos que versam sobre a análise do discurso, processos de subjetivação e governamentalidade. Das análises foram desenvolvidas quatro dimensões que exploraram os processos de subjetivação dos habitantes do campo, são elas: animais, gênero, cidadania e trabalho. Cada uma delas demandou a incursão em teorizações específicas visando possibilitar o tratamento dos dados. Como resultado, sete artigos foram elaborados num trabalho profícuo de organização que buscou mapear o sujeito desejável para o campo apregoado pelo material didático em tela. Ao fim, concluiu-se que esse sujeito tem um relacionamento sempre favorável com os animais, necessitando deles cuidar e proteger, para, em seguida, extrair-lhes a vida, por exemplo. Ele também é regido por uma divisão sexual do trabalho que atribui ao feminino um papel irrevogável de cuidado e proteção. Em relação a suas responsabilidades enquanto ser social, esse sujeito necessita engajar-se na sua comunidade, proteger o meio ambiente, assegurar o bom uso dos recursos naturais, entre outras práticas que atribuem a ele a plena responsabilidade pelo espaço que habita. Finalmente, o currículo de matemática é mobilizado para reforçar a necessidade de otimização e modernização das práticas laborais no contexto do campo. Em suma, esse sujeito deve reconhecer um conjunto de valores, moralidades e regras a ele apresentadas sob a égide do currículo de matemática. Portanto, o livro de matemática para o campo acaba por produzir um sujeito que se relaciona de maneira produtiva com todos aqueles que coabitam esse espaço, a partir de uma racionalidade neoliberal bem estabelecida e reforçada, a despeito das intenções iniciais manifestadas nos documentos analisados.
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    Linguagem Digital, Celulares e Geometria Analítica: encontros com alunos do Ensino Médio
    Curso Doutorado em Educação Matemática
    Tipo Tese
    Data 25/04/2019
    Área MATEMÁTICA
    Orientador(es)
    • Suely Scherer
    Coorientador(es)
      Orientando(s)
      • Ádamo Duarte de Oliveira
      Banca
      • Aparecida Santana de Souza Chiari
      • Gláucia da Silva Brito
      • Jose Luiz Magalhaes de Freitas
      • Márcio Santana da Silva
      • Marcus Vinicius de Azevedo Basso
      • Marilena Bittar
      • Suely Scherer
      Resumo Esta pesquisa teve como objetivo analisar o processo de estruturação de
      conhecimentos de geometria analítica, por alunos do Ensino Médio ao resolverem
      tarefas matemáticas com Linguagem Digital, por meio do aplicativo Geogebra
      disponível para smartphones. O construto teórico da pesquisa pauta-se nos estudos
      de Vygotsky sobre os processos mentais superiores mediados e organizados por
      signos; de Valsiner sobre os processos interdependentes de Internalização e
      Externalização apresentados por este autor no modelo em lâmina e, de Valente
      sobre o ciclo de ações, reconfigurado a partir dos estudos de Valsiner. Estes
      estudos nos auxiliaram nas análises dos processos de estruturação de
      conhecimentos vivenciados pelos alunos. A pesquisa é de abordagem qualitativa.
      Para atingir o objetivo de pesquisa foram realizados encontros em uma escola da
      rede estadual de ensino de Mato Grosso do Sul, nos quais foram abordados
      conteúdos de geometria analítica com um grupo de seis alunos do Ensino Médio,
      sendo analisado na tese o processo de estruturação de conhecimentos de dois
      deles. Os dados produzidos são constituídos de diálogos gravados entre
      pesquisador/alunos e alunos/ alunos; por vídeos de gravação de tela dos celulares
      dos alunos no momento em que resolviam as tarefas de matemática no aplicativo
      Geogebra; e por diálogos estabelecidos no aplicativo de mensagens WhatsApp,
      entre professor e alunos. A análise de dados evidenciou que o processo de
      estruturação de conhecimentos de geometria analítica, relacionados ao conceito de
      distância entre dois pontos, vivenciados pelos alunos, perpassaram as três camadas
      do sistema de Internalização/Externalização, no entanto com mais ocorrências nas
      camadas II e III. Durante o processo de estruturação de conhecimentos, surgiram
      estratégias utilizadas pelos alunos para a resolução das tarefas, e os conhecimentos
      mobilizados nestas estratégias passam a se constituir como catalisadores cultivados
      ativamente pelos alunos no processo de estruturação vivenciado por eles. A análise
      evidenciou ainda, em alguns momentos, o papel organizador e estruturante dos
      símbolos, presentes na Linguagem Digital, frente aos processos mentais superiores
      empregados pelos alunos na resolução das tarefas.
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      Um estudo sobre a aprendizagem do conceito de limite de função por estudantes nos contextos Brasil e França
      Curso Doutorado em Educação Matemática
      Tipo Tese
      Data 15/04/2019
      Área MATEMÁTICA
      Orientador(es)
      • Jose Luiz Magalhaes de Freitas
      Coorientador(es)
        Orientando(s)
        • Sonia Maria Monteiro da Silva Burigato
        Banca
        • Aparecida Santana de Souza Chiari
        • Edilene Simoes Costa dos Santos
        • Heloisa Laura Queiroz Goncalves da Costa
        • Iranete Maria da Silva Lima
        • Jose Luiz Magalhaes de Freitas
        • Mustapha Rachidi
        • Shirley Takeco Gobara
        Resumo Nesta tese investigamos o processo de construção do conceito de limite de função com alunos do Brasil, na disciplina de Cálculo I, do Curso de Matemática – Licenciatura, e da França com uma turma do Terminale (3º ano) do lycée (ensino médio). Este conceito é considerado problemático e vem sendo tema de vários estudos. Sua aprendizagem envolve uma diversidade de conceitos sendo alguns de difícil compreensão, tais como: função, infinito e números reais. Nessa pesquisa estudamos as ações dos alunos ao lidar com situações para introdução desse conceito, pautadas principalmente na teoria dos campos conceituais. Primeiramente, delimitando o campo conceitual para estudo, em função do nível em que esse conceito é introduzido nesses dois países, e também considerando as dificuldades evidenciadas nas pesquisas. Nossa metodologia foi baseada na aplicação de questionários, atividades e entrevistas. Investigamos, nas ações dos alunos, o que eles mobilizavam ao lidar com as atividades. Essas ações foram modelizadas conforme nossa metodologia de análise em: regras em ação, que são responsáveis pelo desenvolvimento temporal das ações, envolvendo os meios de tomada de informação e de controle na ação; e de teoremas em ação, que são a parte conceitual responsável pela organização das regras. São elementos dos esquemas da teoria dos campos conceituais, que nos permitiram estudar filiações e rupturas nas adaptações dos esquemas utilizados pelo aluno ao lidar com as situações. Além disso, esses elementos foram relidos como imagens associadas ao conceito imagem de limite de função, conforme as noções de conceito imagem e conceito definição. Com nossos resultados de análise, identificamos que as variações de representações utilizadas nas atividades e nas ações dos alunos foram importantes para as adaptações dos esquemas mobilizados para lidar com as situações. E se constituíram também meios para associações de imagens mais próximas das definições apresentadas pelo ensino. Permitindo que apontássemos imagens que estavam se constituindo em um possível conceito definição pessoal de limite de função. Além disso, contribuiu para discussão das aproximações nas produções do estudante brasileiro e francês. Outro ponto importante evidenciado em nosso estudo foi com relação às filiações e/ou rupturas. Verificamos que elas perpassam o processo de compreensão de um conceito ao longo do ensino, algumas vezes elas podem não serem pertinentes ao processo de construção do conceito. Ao mesmo tempo, o conceito de limite tido como estável pelo professor pode ser alterado, seja por associações de imagens não pertinentes, ou pela mobilização de teoremas em ação incorretos para a situação tratada. Em nossa investigação também identificamos situações que se constituíram como pertinentes para a introdução do conceito de limite de função, como também para o trabalho com os conceitos ligados ao limite e que antecedem a sua apresentação.
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        Parangolés de Ações e Lousa Digital: movimentos de aprendizagem em aulas de matemática
        Curso Doutorado em Educação Matemática
        Tipo Tese
        Data 02/04/2019
        Área MATEMÁTICA
        Orientador(es)
        • Suely Scherer
        Coorientador(es)
          Orientando(s)
          • Sergio Freitas de Carvalho
          Banca
          • Aparecida Santana de Souza Chiari
          • Diva Maria Moraes Albuquerque Maciel
          • Gláucia da Silva Brito
          • Marco Aurélio Kalinke
          • Marilena Bittar
          • Suely Scherer
          • Thiago Pedro Pinto
          Resumo Nesta tese buscamos investigar como ocorrem movimentos de aprendizagem com Lousa Digital em aulas de matemática. Para tanto, foram produzidos dados a partir de momentos de estudos com alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio, utilizando a Lousa Digital em aulas de matemática, em escolas públicas de Campo Grande – MS. A partir de estudos de José Armando Valente sobre o Ciclo de Ações e de Jaan Valsiner sobre a Psicologia Cultural, propusemos uma articulação teórica, para análise de movimentos de aprendizagem com Lousa Digital, que denominamos de Ciclo de Ações Coletivo, o qual se constitui a partir de movimentos de interação entre sujeitos, via processos de internalização e externalização, que chamamos de Parangolés de Ações. O termo Parangolés de Ações faz referência à obra “Parangolé”, do artista plástico Hélio Oiticica, utilizada como metáfora que orientou a produção e organização desta tese. Para a análise de dados da pesquisa foram selecionadas duas aulas, uma com uma turma do oitavo ano do Ensino Fundamental e outra com uma turma do primeiro ano do Ensino Médio. A análise desses dados possibilitou observar que o uso da Lousa Digital, com foco na interação entre indivíduos, pode favorecer diferentes movimentos de aprendizagem, oportunizando a vivência de reflexões por alunos do grupo a partir do compartilhamento de ideias, ao realizarem tarefas com o uso dessa tecnologia. As análises possibilitaram observar ainda que cada movimento de aprendizagem que se constitui a partir das interações estabelecidas é único e, à luz da metáfora do Parangolé, constitui-se em formas e coloridos distintos, diferentes Parangolés. O material que compõe esta tese está organizado em seis textos cuja ordem de leitura pode ser definida pelo próprio leitor.
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          Relações saber-poder: discursos, tensões e estratégias que (re)orientam a constituição do livro didático de matemática
          Curso Doutorado em Educação Matemática
          Tipo Tese
          Data 26/02/2019
          Área MATEMÁTICA
          Orientador(es)
          • Marcio Antonio da Silva
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • José Wilson dos Santos
            Banca
            • Armando Traldi Júnior
            • Elenilton Vieira Godoy
            • Fernanda Wanderer
            • Joao Ricardo Viola dos Santos
            • Jose Luiz Magalhaes de Freitas
            • Marcio Antonio da Silva
            • Thiago Pedro Pinto
            Resumo Esta pesquisa teve por objetivo analisar e descrever o modo como o livro didático de Matemática situa-se em um terreno árido de disputas constantes, onde as relações de poder que atravessam o campo da produção didática produzem normatizações e instituem práticas que o constituem. Inspirados nos estudos de Michel Foucault – mais especificamente nas relações saber-poder, análise do discurso e governamentalidade – bem como na perspectiva de pesquisa cartográfica proposta por Kastrup, mobilizamos como principal recurso para produção dos dados entrevistas com autores reconhecidos no campo da produção didática de Matemática e com editores, designers, freelancers, ex-integrantes do Programa Nacional de Livros Didáticos e professores da rede pública de ensino. A partir da construção/análise dos dados, organizamos o texto em quatro capítulos iniciais, nos quais se discorre sobre temáticas que apresentam uma compreensão geral do campo, bem como dos fundamentos teórico-metodológicos mobilizados. Complementam o texto cinco artigos que podem ser lidos de modo independente, cujas articulações possibilitam uma compreensão da pesquisa como todo. Tais artigos enfocam: a idealização do livro didático de Matemática a partir dos discursos que compõem o campo de sua produção (primeiro artigo); os processos de normatizações, vigilância, exame e classificação presentes no ambiente panóptico da produção didática de Matemática (segundo artigo); as relações de poder que atuam na produção em rede, promovendo o aparecimento e desaparecimento do autor, bem como a emergência de ghost writers (terceiro artigo ); as múltiplas direções no fluxo do poder e os reajustes que este suscita por meio da contraconduta (quarto artigo); e o modo como o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) é afetado pelas relações de poder, atuando como instrumento de uma governamentalidade neoliberal (quinto artigo). Esse percurso conduz à compreensão da produção do livro didático de Matemática como espaço por onde circula um poder metamorfo, que se adapta para sobreviver. Sob a lente foucaultiana, podemos identificar elementos de um poder disciplinar em diferentes setores dessa produção, ambiente panóptico onde livros e sujeitos, após examinados, comparados, pesados, medidos, são valorados sob parâmetros meramente econômicos. Como efeitos dessas relações, produzem-se sujeitos úteis, docilizados, normatizados, transformando todos e cada um, vigilantes e vigiados. No limite, vigilante de si mesmo. Nesse contexto, os resultados de pesquisas focus group, a leitura das enunciações dos professores, as estatísticas e os relatórios produzidos a partir das avaliações pedagógicas do PNLD, entre outros mecanismos, destacam a intrínseca relação saber-poder, à medida que são os saberes produzidos na rede que movimentam o poder em fluxo. Ao colocar em xeque a figura do autor como “gênio criador” e “arquiteto intelectual da obra”, evidenciando, em seu desaparecimento, a emergência de ghost writers, destituímos o livro de sua “imagem sacra”, colocando-o no jogo das estratégias de poder, em que ele, livro, ocupa o lugar de produto econômico rentável. Destacamos, nesse contexto, o papel do PNLD como instrumento útil a uma governamentalidade neoliberal que contribui para a instituição de uma cultura da performatividade, tornando trabalhadores disciplinados em empreendedores de si. Portanto, evidencia-se, nos capítulos e artigos que se seguem, o modo como o livro didático de Matemática apresenta-se como produto e potência em uma maquinaria de poder que se retroalimenta, produzindo, em meio às relações que dela decorrem, conhecimentos e sujeitos úteis à manutenção e perpetuação de um “modelo” de produção, no qual os grandes grupos editoriais mantêm sua hegemonia a partir dessas mesmas relações de poder, sempre flexíveis, multidirecionais e (re)adaptáveis.
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            Interações e mediações propiciadas pela pesquisa colaborativa e o desenvolvimento profissional de professores de matemática
            Curso Doutorado em Educação Matemática
            Tipo Tese
            Data 22/09/2018
            Área MATEMÁTICA
            Orientador(es)
            • Patricia Sandalo Pereira
            Coorientador(es)
              Orientando(s)
              • Adriana Fátima de Souza Miola
              Banca
              • Abigail Fregni Lins
              • Anemari Roesler Luersen Vieira Lopes
              • Edilene Simoes Costa dos Santos
              • Fernanda Malinosky Coelho da Rosa
              • Ivana Maria Lopes de Melo Ibiapina
              • Klinger Teodoro Ciriaco
              • Patricia Sandalo Pereira
              Resumo Esta pesquisa tem como finalidade investigar as interações e as mediações que ocorreram em uma proposta de formação continuada desenvolvida por meio da metodologia da pesquisa colaborativa para o desenvolvimento profissional de professores de Matemática. A pesquisa decorreu no âmbito do projeto em rede “Trabalho colaborativo com professores que ensinam Matemática na Educação Básica em escolas públicas das regiões Nordeste e Centro-Oeste”, vinculado ao Programa Observatório da Educação (OBEDUC), financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). O núcleo UFMS, em que a nossa pesquisa foi realizada, era composto por uma coordenadora institucional, quatro mestrandos em Educação Matemática, quatro licenciandos em Matemática da UFMS, oito professores da Educação Básica da rede pública de Campo Grande e por mim, após a nossa entrada no doutorado. Em nossa pesquisa, investigamos as interações e as mediações de dois participantes do grupo, que foram identificados por nomes fictícios, sendo Lorenzo e Valentina. A escolha desses dois participantes justifica-se por atuarem na Educação Básica e terem participado nos encontros, além de terem acompanhado o projeto, ao longo dos três anos de seu desenvolvimento. O projeto utilizou a pesquisa colaborativa, segundo Ibiapina, como metodologia, sendo essa uma modalidade de pesquisa que se encontra ancorada na Abordagem Histórico Cultural de Vigotski, em que a sua premissa é conhecer a essência do fenômeno por meio de seu processo histórico real e de seu desenvolvimento, em que o sujeito é considerado parte inerente à sociedade da qual faz parte. Os dados desta pesquisa foram produzidos entre 2013 e 2016 no projeto OBEDUC, núcleo UFMS, a partir de 38 sessões e uma entrevista coletiva. Para análise dos dados, construímos dois eixos temáticos, Mediação e Colaboração, os quais nos permitiram atingir os objetivos desta investigação. Como resultado das análises, destacamos que a formação realizada no projeto, por meio da metodologia da pesquisa colaborativa, tornou-se uma oportunidade também de pesquisa para todos os participantes, propiciou coprodução de saberes, possibilidade de reflexão crítica, de colaboração, partindo das necessidades dos participantes e, principalmente, contribuindo para o seu desenvolvimento profissional. Esse formato de formação criou vínculo e foi além das produções que gerou, foi uma abordagem de formação contínua, que atinge a vontade de ser professor do graduando, do professor de ser pesquisador, e de cruzar os caminhos da universidade e da escola.
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              Licenciaturas em Matemática como produção narrativa: aberturas para experiências
              Curso Doutorado em Educação Matemática
              Tipo Tese
              Data 21/09/2018
              Área MATEMÁTICA
              Orientador(es)
              • Marilena Bittar
              Coorientador(es)
              • Luzia Aparecida de Souza
              Orientando(s)
              • Adriana Barbosa de Oliveira
              Banca
              • Adair Mendes Nacarato
              • Aparecida Santana de Souza Chiari
              • Filipe Santos Fernandes
              • Joao Ricardo Viola dos Santos
              • Jose Luiz Magalhaes de Freitas
              • Marilena Bittar
              • Thiago Pedro Pinto
              Resumo Nesta pesquisa busco investigar como cursos de Licenciatura em Matemática, de diferentes localidades do país, são construídos narrativamente por seus estudantes quando esses são indagados acerca de sua formação inicial para atuarem como professores de Matemática na Educação Básica. Para isso realizei um total de onze entrevistas com grupos de licenciandos em matemática, ingressantes e concluintes, de instituições públicas de ensino superior nas regiões Centro-Oeste, Norte, Sul e Sudeste do Brasil. Diante das textualizações produzidas a partir desses encontros optei pela realização de uma análise narrativa, na perspectiva de Bolívar, tendo em vista a possibilidade de explorar as singularidades percebidas nesses encontros de modo particular e, além disso, por meio de sua forma, destacar o tom implementado pelos estudantes. Como olhar teórico os estudos desenvolvidos por Jorge Larrosa acerca da noção de experiência e de Carlos Skliar quanto a leitura do outro mostraram-se um caminho fértil para a produção de compreensões acerca das narrativas desses estudantes. No processo de escuta desses acadêmicos foi possível ouvir os silenciamentos que perpassam suas formações e os afetam, tais como o afastamento da escola e a falta de diálogo com o curso. Outro ponto bastante explorado por eles diz respeito às relações humanas vivenciadas no convívio com professores; afetividade e acolhimento são traços significativos de suas narrativas.
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              Cola em prova escrita: de uma conduta discente a uma estratégia docente
              Curso Doutorado em Educação Matemática
              Tipo Tese
              Data 07/06/2018
              Área MATEMÁTICA
              Orientador(es)
              • Regina Luzia Corio de Buriasco
              Coorientador(es)
                Orientando(s)
                • Juliana Alves de Souza
                Banca
                • Joao Ricardo Viola dos Santos
                • Luzia Aparecida de Souza
                • Magna Natália Marin Pires
                • Marcele Tavares Mendes
                • Maria Tereza Carneiro Soares
                • Marilena Bittar
                • Regina Luzia Corio de Buriasco
                Resumo Esta pesquisa tem natureza qualitativa e subverte a ideia de cola em provas escritas. Parte de sua universalidade e persistência sinalizando que os mecanismos de controle podem provocar seu aperfeiçoamento e mudanças de estratégia na sua utilização. Convencionalmente, a cola desafia os professores, seus métodos avaliativos, suas escolhas metodológicas, seu domínio de sala de aula e até mesmo sua presença nela. Sai-se desse contexto para investigar a utilização da cola como um processo de subversão, ou seja, partindo de uma conduta comum dos discentes para uma estratégia docente. Para tanto, tomamos a prova-escrita-em-fases como instrumento avaliativo. O estudo, desenvolvido com estudantes de um Curso de Licenciatura em Matemática, teve por principal objetivo investigar a utilização da cola em uma prova-escrita-em-fases como estratégia docente na formação inicial de professores de matemática. A Educação Matemática Realística (RME) foi tomada como abordagem para o ensino de matemática. Nesse ambiente, os alunos são conduzidos a terem participação ativa, a avaliação é integrada à ação de formação e posta em prol do ensino e aprendizagem, constituindo-se em um elemento de formação, uma oportunidade de aprendizagem e uma prática de investigação. Ao final, considera-se que a prova-escrita-em-fases altera a natureza dos instrumentos convencionais de avaliação, coloca o aluno no direito de errar sem ser penalizado e lhe oferece a oportunidade de ampliar seus conhecimentos, a partir de suas maneiras de lidar com seus tempos e caminhos. As intervenções inerentes às fases reduzem a utilidade da cola porque individualiza a prova. A cola como conduta marginal discente interessa a um tipo de prova que privilegia a repetição. No contexto desta estratégia docente, ela perde sua finalidade, uma vez que a prova realizada em fases elimina a regra da não comunicação. Desse modo, a utilização da cola desperta interesse nos alunos e incentiva o estudo. Já as intervenções revelaram ser um recurso potencial para o professor orientar a resolução dos estudantes e regular o ensino e a aprendizagem.
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