Mestrado em Enfermagem

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TRABALHO Ações
LIDERANÇA AUTÊNTICA NA ENFERMAGEM: UMA ANÁLISE DO CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
Curso Mestrado em Enfermagem
Tipo Dissertação
Data 06/09/2025
Área ENFERMAGEM
Orientador(es)
  • Larissa da Silva Barcelos
Coorientador(es)
    Orientando(s)
    • MUNIK DE OLIVEIRA MORENO
    Banca
    • Adriano Menis Ferreira
    • Aires Garcia dos Santos Junior
    • Larissa da Silva Barcelos
    • Mara Cristina Ribeiro Furlan
    • Mayara Caroline Ribeiro Antonio
    Resumo Introdução: As diversas mudanças no cenário tecnológico, econômico e social contribuíram para
    maior competitividade laboral, desse modo o mercado de trabalho tem exigido dos profissionais
    maior conhecimento e novas competências. Analisar o nível de conhecimento do enfermeiro sobre
    liderança permitiria às Instituições de saúde gerenciar o desenvolvimento desse profissional.
    Objetivo: identificar o conhecimento e o perfil de liderança autêntica dos profissionais de
    enfermagem. Materiais e métodos: estudo analítico, transversal com abordagem quantitativa a ser
    realizada em dois hospitais, de média complexidade, localizados no município de Três Lagoas,
    região leste do Estado de Mato Grosso do Sul. Resultados esperados: espera-se que os resultados
    deste estudo contribuam na identificação do conhecimento, sobre os modelos de liderança, dos
    profissionais de enfermagem e proporcione às instituições de saúde estudadas gerenciar
    capacitações para melhoria no desenvolvimento destes profissionais, promovendo, assim, melhoria
    no relacionamento interpessoal dos integrantes da equipe de enfermagem, melhoria da
    comunicação e no relacionamento com as demais equipes que prestam cuidado em saúde (médica,
    fisioterapia entre outras) e, consequentemente, melhoria da qualidade do atendimento e
    fortalecimento da segurança dos pacientes hospitalizados.
    TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM GESTANTES DO MUNICÍPIO DE TRÊS LAGOAS-MS: UMA ANÁLISE DAS VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS E DE SAÚDE
    Curso Mestrado em Enfermagem
    Tipo Dissertação
    Data 04/09/2025
    Área ENFERMAGEM
    Orientador(es)
    • Fernanda Luciano Rodrigues
    Coorientador(es)
      Orientando(s)
      • Thaylla Pereira dos Santos
      Banca
      • Danielle Cristina Tonello Pequito
      • Edirlei Machado dos Santos
      • Fernanda Luciano Rodrigues
      • Lucas Gazarini
      • Mara Cristina Ribeiro Furlan
      Resumo A gestação é um evento fisiológico de alta complexidade, que envolve intensas transformações
      no corpo e na mente da mulher, que são fundamentais para a manutenção da gravidez e o
      desenvolvimento fetal. Essas modificações, que incluem alterações hormonais, metabólicas,
      cardiovasculares e emocionais, impactam diretamente a saúde da mulher e exigem cuidados
      específicos no acompanhamento pré-natal. Transtornos de ansiedade durante a gestação
      configuram um importante problema de saúde pública, com possíveis repercussões sobre os
      desfechos obstétricos e cardiovasculares. A escassez de estudos que integrem variáveis
      emocionais, clínicas e sociodemográficas evidencia uma lacuna no conhecimento,
      especialmente em regiões com características sociodemográficas como o município de Três
      Lagoas-MS. Este estudo teve como objetivo analisar a severidade dos transtornos de ansiedade
      e o risco cardiovascular em gestantes de Três Lagoas-MS, associando-os a variáveis
      sociodemográficas e de saúde. Trata-se de um estudo descritivo-correlacional, transversal de
      abordagem quantitativa, realizado com 100 gestantes cadastradas nas 17 Unidades de Saúde da
      Família. Os dados foram coletados durante as consultas de pré-natal, por meio de questionário
      sociodemográfico e de saúde, e através de um instrumento validado para mensuração do risco
      de ansiedade (GAD-7). A pesquisa seguiu todos os preceitos éticos, sendo aprovada pelo
      Comitê de Ética em Pesquisa e com consentimento livre e esclarecido assinado por todas as
      participantes. Com a classificação de risco, 57% das gestantes foram estratificadas com risco
      para desenvolvimento de transtornos de ansiedade grave, enquanto 97% das gestantes foram
      classificadas com risco baixo para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares em 10 anos
      pelo Escore de Framingham, mesmo apresentando diversos fatores de risco, já consagrados pela
      literatura. Dentre as gestantes avaliadas, 31% estavam com o colesterol total acima de 240
      mg/dL e 32% estavam com o colesterol total entre 200 e 239 mg/dL, caracterizando
      hipercolesterolemia e hipercolesterolemia limítrofe, respectivamente. Identificamos ainda que
      30% das gestantes estavam com o colesterol HDL baixo (< 50 mg/dL), 36% estavam com
      triglicerídeos alto (>200 mg/dL) e 24% estavam com o colesterol LDL alto (>200 mg/dL). Com
      relação à PA, 43% das gestantes estavam com a PA elevada (> 140 x 90 mmHg) no momento
      em que foi aferida, sendo que 14% já tinham diagnóstico prévio de HAS e estavam em
      tratamento medicamentoso antes de engravidar. Ainda, 25% das gestantes apresentaram
      diagnóstico prévio de DM, sendo 21% com diabetes mellitus gestacional (DMG), 2% com DM
      tipo 1 e 2% com DM tipo 2. O presente estudo demonstrou que, embora as gestantes da amostra
      apresentassem diversos fatores de risco conhecidos para doenças cardiovasculares, o Escore de
      Framingham não identificou um aumento no risco cardiovascular em 10 anos, confirmando que
      este não é o método mais robusto para avaliação do risco cardiovascular em gestantes. No
      entanto, observamos um risco elevado para transtornos de ansiedade grave na população
      estudada, que pode estar associado a fatores fisiológicos, como hipertensão, dislipidemias e
      doenças crônicas pré-existentes, bem como a fatores psicossociais que comumente estão
      presentes durante a gestação. Este estudo reforça que o cuidado integral à gestante deve
      contemplar dimensões psicossociais e clínicas de forma articulada, com enfoque
      multiprofissional e intersetorial. Assim, espera-se que esses achados sirvam de fundamento para
      estudos futuros, estimulando o uso de diferentes metodologias e abordagens que possam
      complementar ou ampliar os resultados obtidos.
      AVALIAÇÃO DA LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES HOSPITALARES: UM ESTUDO TRANSVERSAL
      Curso Mestrado em Enfermagem
      Tipo Dissertação
      Data 04/09/2025
      Área ENFERMAGEM
      Orientador(es)
      • Adriano Menis Ferreira
      Coorientador(es)
        Orientando(s)
        • GILMAR DOS SANTOS SOARES
        Banca
        • Adriano Menis Ferreira
        • Aires Garcia dos Santos Junior
        • Alessandra Lyrio Barbosa Giroti
        • André Luiz Silva Alvim
        • Valquiria da Silva Lopes
        Resumo As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) representam um importante
        problema de saúde pública, associadas ao aumento da morbimortalidade e dos custos
        hospitalares. A limpeza e desinfecção eficazes das superfícies ambientais são
        estratégias fundamentais para reduzir a incidência dessas infecções. No entanto,
        existem lacunas no conhecimento sobre a efetividade dos diferentes métodos de
        monitoramento desses processos. Este estudo teve como objetivo avaliar a eficácia da
        limpeza e desinfecção de superfícies em uma clínica médica e cirúrgica de um hospital
        de pequeno porte, correlacionando os métodos utilizados para seu monitoramento.
        Trata-se de um estudo transversal realizado em unidade de clínica médica e cirúrgica
        de um hospital localizado na região leste de Mato Grosso do Sul. Superfícies com alta
        frequência de toque foram monitoradas por meio dos métodos: inspeção visual,
        adenosina trifosfato (ATP), unidade formadora de colônias (UFC) e marcador
        fluorescente. Os resultados evidenciaram as limitações da inspeção visual e
        destacaram o teste de ATP como o método mais acurado para avaliar a presença de
        matéria orgânica. Além disso, a eficácia da desinfecção variou conforme o tipo de
        superfície, indicando a necessidade de aprimoramento dos protocolos institucionais.
        Conclui-se que a adoção de estratégias combinadas de monitoramento, aliada à
        capacitação contínua das equipes, é essencial para reduzir as infecções relacionadas
        à assistência à saúde e garantir a segurança dos pacientes. Destaca-se ainda a
        necessidade de melhorias nos processos para alcançar os valores preconizados na
        literatura, assegurando um ambiente seguro em todos os serviços de saúde,
        especialmente considerando a complexidade dos pacientes atendidos nesta área de
        internação. Este estudo fornece um diagnóstico situacional abrangente do processo de
        limpeza e desinfecção das superfícies em uma unidade hospitalar de pequeno porte,
        subsidiando possíveis intervenções para aprimorar a qualidade da assistência e
        minimizar os riscos biológicos no ambiente hospitalar.
        Processo de transição hospital-domicílio de pacientes em cuidados paliativos com ordem de não reanimação: percepções de enfermeiros e médicos
        Curso Mestrado em Enfermagem
        Tipo Dissertação
        Data 02/09/2025
        Área ENFERMAGEM
        Orientador(es)
        • Juliana Dias Reis Pessalacia
        Coorientador(es)
        • Edirlei Machado dos Santos
        Orientando(s)
        • Maria Paula Bernardo dos Santos
        Banca
        • Anneliese Domingues Wysocki
        • Edirlei Machado dos Santos
        • Fabiana Bolela de Souza
        • Helca Franciolli Teixeira Reis
        • Mariana Alvina dos Santos
        Resumo As condições crônicas de saúde têm ampliado a necessidade de cuidados contínuos e integrados,
        exigindo a inserção dos Cuidados Paliativos em diferentes pontos da Rede de Atenção à Saúde.
        No contexto da terminalidade da vida, a implementação da Ordem de Não Reanimação
        representa um desafio ético e assistencial relevante, sobretudo durante a transição do cuidado
        hospitalar para o domicílio. Este estudo teve como objetivo compreender as percepções de
        enfermeiros e médicos, inseridos na Atenção Primária à Saúde, sobre a transição do hospital
        para os cuidados paliativos domiciliares em pacientes com Ordem de Não Reanimação. Tratouse de uma pesquisa de abordagem qualitativa do tipo exploratória, na qual foi empregada como
        técnica de coleta de dados a entrevista semiestruturada, cuja amostra contou com 55
        participantes, sendo 27 enfermeiros e 28 médicos. Para o processamento dos dados, foi utilizado
        o software IRaMuTeQ (Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de
        Questionnaires), versão 0.7, alpha, sendo a análise realizada a partir da Análise de Conteúdo
        Temática fundamentados na teoria das Transições de Afaf Meleis. A análise de conteúdo
        resultou em dois blocos temáticos: Bloco temático 1. Dimensões éticas e decisões no cuidado
        em fim de vida e Bloco Temático 2. Dimensões organizacionais e colaborativas no processo de
        transição hospital-domicílio. Os resultados indicam que os profissionais vêm ressignificando
        suas percepções sobre o processo de morte e morrer, reconhecendo decisões como a Ordem de
        Não Reanimação como uma medida ética centrada na autonomia do paciente. No entanto, esse
        reconhecimento ainda enfrenta resistências individuais, institucionais e socioculturais, além de
        ser dificultado por lacunas formativas, falhas na comunicação entre os níveis de atenção e
        ausência de formalização documental. Os achados demonstraram que a qualidade da transição
        hospital-domicílio de pacientes em Cuidados Paliativos com Ordem de Não Reanimação está
        condicionada por fatores inibidores e facilitadores. A fragmentação dos serviços e a escassez
        de capacitação geram padrões de resposta frágeis e descontinuidades assistenciais. Por outro
        lado, a valorização da educação permanente, a articulação interprofissional, o fortalecimento
        das redes e a institucionalização de processos e documentos configuram estratégias
        fundamentais para garantir uma transição segura, digna e alinhada aos desejos dos pacientes e
        de suas famílias.
        Virtudes éticas e tomada de decisão de enfermeiros em cuidados paliativos oncológicos: uma análise qualitativa
        Curso Mestrado em Enfermagem
        Tipo Dissertação
        Data 01/09/2025
        Área ENFERMAGEM
        Orientador(es)
        • Juliana Dias Reis Pessalacia
        Coorientador(es)
        • Edirlei Machado dos Santos
        Orientando(s)
        • Sandra Pereira de Souza Marques
        Banca
        • Anneliese Domingues Wysocki
        • Edirlei Machado dos Santos
        • Fabiana Bolela de Souza
        • Mariana Alvina dos Santos
        • Teresa Cristina da Silva Kurimoto
        Resumo Introdução: Cuidados Paliativos representam uma abordagem voltada para a melhoria da
        qualidade de vida de pacientes e familiares diante de doenças crônicas ou limitantes da vida,
        especialmente no contexto oncológico. Com o envelhecimento da população, esses tornam-se
        mais relevantes na saúde pública. O avanço científico e tecnológico na assistência de
        enfermagem suscita dilemas bioéticos, como o prolongamento da vida e a finitude humana.
        Com base na filosofia aristotélica, a pesquisa explora a conexão entre virtudes e a tomada de
        decisão ética pelos enfermeiros, destacando a necessidade de um preparo adequado para
        enfrentar desafios éticos e qualificar a assistência prestada. Objetivo: Compreender a relação
        entre as virtudes e o preparo dos enfermeiros na tomada de decisão frente a questões éticas no
        contexto dos cuidados paliativos oncológicos. Métodos: Trata-se de uma pesquisa qualitativa
        genérica, de caráter descritivo e exploratório, fundamentada no referencial teórico aristotélico.
        A técnica de coleta de dados foi a entrevista semiestruturada, realizada entre fevereiro e abril
        de 2024, com 37 enfermeiros em um centro de oncologia e um hospital filantrópico em um
        município do estado de Mato Grosso do Sul-Brasil. Os dados, foram processados com o
        auxílio do software IRaMuTeQ (software Interface de R pour les Analyses
        Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires) e analisados pela técnica de análise de
        conteúdo. Resultados: Foram geradas cinco classes por meio da classificação hierárquica
        descendente a partir das quais foram construídas três categorias de análise: (1) Práticas
        assistenciais e dimensões ético-espirituais nos cuidados paliativos: perspectivas sobre o alívio
        da dor e o sofrimento existencial; (2) Reflexão sobre morte e terminalidade; (3) Cuidados
        paliativos em oncologia: a ética das virtudes na tomada de decisão. Considerações finais: O
        cuidado paliativo oncológico, orientado pela ética das virtudes, demanda do enfermeiro não
        apenas competência técnica, mas também reflexão ética e sensibilidade moral. Isso reforça a
        urgência de uma formação que integre dimensões assistenciais, ético-espirituais e emocionais
        no preparo profissional. Impactos da pesquisa e implicações para a prática: A pesquisa
        sugere mudanças curriculares; institucionais que promovam espaços de escuta, reflexão e
        suporte emocional aos profissionais e como a sociedade cuida das pessoas em situação de
        vulnerabilidade, reafirmando cuidado humanizado é um direito fundamental.
        Associação entre sintomas ansiosos e depressivos com a automedicação em acadêmicos de medicina de uma universidade pública federal do Mato Grosso do Sul
        Curso Mestrado em Enfermagem
        Tipo Dissertação
        Data 31/07/2025
        Área ENFERMAGEM
        Orientador(es)
        • Lucas Gazarini
        Coorientador(es)
          Orientando(s)
          • Edson Candido Mendes Junior
          Banca
          • Adriane Lenhard Vidal
          • Edirlei Machado dos Santos
          • Fernanda Luciano Rodrigues
          • Lucas Gazarini
          • Tamara Cristina Moreira Lopes
          Resumo O estudo investigou a prática da automedicação entre acadêmicos de medicina de
          uma Universidade Pública Federal do Mato Grosso do Sul, analisando os fatores que
          influenciaram essa conduta. A automedicação é uma prática globalmente difundida,
          impulsionada por fatores como a facilidade de acesso a medicamentos, a alta carga
          de estresse acadêmico e a crença na autossuficiência para o manejo de sintomas. No
          contexto dos estudantes de medicina, essa prática torna-se ainda mais preocupante,
          pois compromete tanto a saúde dos próprios acadêmicos quanto sua futura conduta
          profissional na prescrição e uso racional de medicamentos. Os resultados
          demonstraram uma alta prevalência de sintomas depressivos, ansiosos (tanto
          psicológicos, quanto somáticos) entre os estudantes avaliados. Além disso, observouse que no perfil geral da amostra, houve a prevalência de analgésicos e antiinflamatórios, já no grupo de ansiedade alta, antieméticos, antimicrobianos e
          antiparasitários, pró-digestivo, laxantes e antigases, foram os utilizados com maior
          frequência. Os dados indicaram que acadêmicos com sintomas psicossomáticos,
          como problemas gastrointestinais, recorreram mais frequentemente à automedicação.
          O estudo concluiu que a automedicação entre acadêmicos de medicina representou
          uma alta ocorrência de sintomas ansiosos e depressivos com manifestações
          somáticas com a frequência alta de automedicação, com padrões característicos entre
          os mais ansiosos.
          AVALIAÇÃO DE UM PROGRAMA DE INTERVENÇÕES NA LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA
          Curso Mestrado em Enfermagem
          Tipo Dissertação
          Data 12/06/2025
          Área ENFERMAGEM
          Orientador(es)
          • Aires Garcia dos Santos Junior
          Coorientador(es)
          • Beatriz Maria Jorge
          Orientando(s)
          • Viviane Perbeline Gonçalves
          Banca
          • Aires Garcia dos Santos Junior
          • Alvaro Francisco Lopes de Sousa
          • Helder de Padua Lima
          • Larissa da Silva Barcelos
          Resumo A Teoria Ambientalista de Florence Nightingale já estabelecia que a modificação intencional do ambiente pode promover a saúde e prevenir doenças. O ambiente contaminado, pode favorecer a transmissão de patógenos, especialmente quando há falhas nos processos de limpeza e desinfecção de superfícies. Evidenciam-se, entretanto, lacunas na literatura científica sobre o detalhamento e efeito de capacitações aos trabalhadores responsáveis por esses processos, os quais muitas vezes permanecem invisibilizados, necessitando também de investigações que aborde seus níveis de motivação, satisfação, desempenho e comprometimento. Nesse contexto, esta pesquisa teve como objetivo avaliar o efeito de um programa de intervenção multimodal no conhecimento profissional e na limpeza e desinfecção de superfícies em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) e descrever os fatores humanos relacionados. Trata-se de um estudo multi-métodos sequencial, de natureza quantitativa, realizado em uma UTIP localizada na região Centro-Oeste do Brasil. Participaram da pesquisa 35 trabalhadores da saúde responsáveis pela limpeza e desinfecção de superfícies, sendo 6 enfermeiros, 17 técnicos de enfermagem e 12 profissionais da equipe de higienização e limpeza. Foram selecionadas cinco superfícies com maior frequência ao toque, para o monitoramento, sendo elas: mesa de medicação, mesa de alimentação, poltrona do acompanhante, controle de elevação da cama e cama do paciente. O estudo foi composto de 3 fases denominadas de: Baseline (fase I), Intervenção multimodal (fase II) e Acompanhamento de médio prazo (fase III). Utilizou-se os métodos de monitoramento: Adenosina Trifosfato, inspeção visual, contagem de colônias aeróbios totais e marcador fluorescente. A pesquisa recebeu aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. A pesquisa apontou em seus resultados que o conhecimento dos profissionais, pós-intervenção, indicou maior frequência de acertos sobre as práticas de higiene, controle de infecções, reconhecimento de superfícies críticas e uso adequado de equipamentos de proteção individual. Quanto ao monitoramento a taxa de aprovação após a limpeza e desinfecção de superfície, segundo o método da inspeção visual, foi de 75%, 95% e 90% nas fases I, II e III respectivamente. A taxa de aprovação do ATP após limpeza e desinfecção de superfície, foi de 67,5%, 77,5% e 70%, nas fases I, II e III respectivamente. E a taxa de aprovação do marcador fluorescente foi de 22,5%, 25% e 30%, nas fases I, II e III respectivamente. Em relação a taxa de aprovação pelo método de contagem das UFC, foi de 67,5%, 75% e 62,5%, nas fases I, II e III respectivamente. Observou-se uma redução significativa nas médias na Fase I para a cama do paciente (p-valor = 0,009) e na Fase II para a cama do paciente (p-valor = 0,046) e a mesa de preparo da medicação (p-valor = 0,018), mas não houve diferença significativa na Fase III. De forma geral, a limpeza e desinfecção de superfície teve impacto mais significativo nas Fase I e II, com uma tendência de menor variação na Fase III para ambos os métodos de monitoramento. Além disso, a pesquisa identificou que os níveis de motivação, satisfação, desempenho e comprometimento foram medianos. Níveis mais baixos de motivação no trabalho foram identificados apenas em itens pertencentes à motivação extrínseca, sobretudo no tocante à remuneração recebida. Verificou-se ainda, que quanto maior a escolaridade dos trabalhadores, maior o comprometimento afetivo (p-valor=0,038) e instrumental (p-valor=0,007), respectivamente. Conclui-se que práticas aprimoradas de limpeza e desinfecção a curto prazo e melhorias no conhecimento de trabalhadores da saúde sobre LDS foram observadas após intervenção multimodal. Além disso, os resultados indicam a necessidade de estratégias institucionais para fortalecimento do reconhecimento desses trabalhadores, passando pela readequação salarial, motivo de maiores indicies de desmotivação na pesquisa.
          Produção de cuidado aos usuários em atenção domiciliar: representações sociais do cuidador informal
          Curso Mestrado em Enfermagem
          Tipo Dissertação
          Data 24/04/2025
          Área ENFERMAGEM
          Orientador(es)
          • Edirlei Machado dos Santos
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • SABRINA DE ALMEIDA SILVA
            Banca
            • Anneliese Domingues Wysocki
            • Claudinei José Gomes Campos
            • Edirlei Machado dos Santos
            • Helca Franciolli Teixeira Reis
            • Mariana Alvina dos Santos
            Resumo O cuidado no domicílio é uma prática de longa data e, na contemporaneidade, apresenta-se como potente estratégia para uma atenção que considere as reais necessidades de saúde das pessoas, reconhecendo no processo de produção do cuidado em saúde a relevância da determinação social do processo saúde-doença. Nesse contexto, o serviço de assistência domiciliar e as equipes de atenção primária à saúde encontram no domicílio o lócus fecundo para uma atenção à saúde singular e assertiva aos usuários/famílias inseridas no território. O objetivo da presente pesquisa foi compreender as representações sociais do cuidador informal sobre o cuidado que ele produz aos usuários que estão sob sua responsabilidade enquanto cuidador domiciliar. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo exploratória, à luz da Teoria das Representações Sociais, em que se empregou como técnica de coleta de dados a entrevista semiestruturada, cuja amostra contou com 21 participantes. Para o processamento dos dados, utilizou-se do software IRaMuTeQ (Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires), versão 0.7, alpha 2, segundo a classificação Hierárquica Descendente (CDH) e o Dendrograma de Similitude, sendo a análise dos dados empreendida a partir da técnica da Análise de Conteúdo Temática. Frente aos vocábulos, que foram processados e analisados, foram obtidas três categorias: “Caminhos para o cuidado domiciliar”; “A verdadeira essência e a subjetividade do cuidar” e “Ambiguidade intramuros no processo de produção de cuidado”, no qual, foram representadas nas 6 classes geradas pelo software. Os resultados da referida pesquisa serviram para compreender a prática do cuidado no domicílio, a partir da figura do cuidador informal domiciliar, e contribuíram para o aperfeiçoamento de práticas de cuidado a partir do grupo estudado, trazendo impactos significativos para a pessoa que cuida e a pessoa cuidada.
            AUTOPERCEPÇÃO POSITIVA DA SAÚDE EM ADULTOS DE MEIA-IDADE E PESSOAS IDOSAS: UM ESTUDO LONGITUDINAL
            Curso Mestrado em Enfermagem
            Tipo Dissertação
            Data 23/04/2025
            Área ENFERMAGEM
            Orientador(es)
            • Bruna Moretti Luchesi Kwiatkoski
            Coorientador(es)
              Orientando(s)
              • Nathalia Assis de Souza Altran
              Banca
              • Bruna Moretti Luchesi Kwiatkoski
              • Fernanda Marques da Costa
              • Madson Alan Maximiano Barreto
              • Mariana Alvina dos Santos
              • Sofia Cristina Iost Pavarini
              Resumo A autopercepção de saúde é um dado subjetivo que reúne informações percebidas pela pessoa sobre sua própria saúde. É considerada um preditor de morbimortalidade, portanto, conhecer os fatores que a estimulam de forma positiva é essencial para promover saúde e o envelhecimento saudável. O objetivo deste trabalho é analisar os fatores sociodemográficos e biopsicossociais associados às mudanças na autopercepção positiva da saúde de adultos de meia-idade e pessoas idosas em três momentos no tempo. Trata-se de um estudo longitudinal, desenvolvido com 300 participantes com idade de 45 anos ou mais, cadastrados nas Unidades de Saúde da Família do município de Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, Brasil. A coleta de dados aconteceu nos anos de 2018/2019 (T1), 2021 (T2) e 2023 (T3). A variável dependente foi a autopercepção da saúde positiva e as independentes foram: dados sociodemográficos e de saúde, fragilidade, sintomas depressivos e hábitos de vida. Os dados foram analisados no Statistical Package for Social Science (SPSS), utilizando modelos de regressão multinomial. O projeto atendeu a todos os requisitos éticos. A maior parte da amostra era mulher (65,7%), tinha companheiro (56,0%), média de 60,9 anos de idade e 5,7 anos de escolaridade, usava medicamentos (75,7%), era frágil (56,3%), tinha sintomas depressivos (56,7%) e hábitos de vida saudáveis (49,3%). Em T1, 51,7% dos participantes tiveram autopercepção positiva de saúde, a qual foi associada a não usar medicamentos (OR = 2,60), ser não frágil (OR = 8,73) ou pré-frágil (OR = 2,11) e não ter sintomas depressivos (OR = 1,86). Em T2, a prevalência de autopercepção positiva de saúde foi 52,3%, sendo que 38,3% mantiveram a autopercepção positiva e 14,0% evoluíram para positiva entre T1 e T2. Os participantes que eram não frágeis (OR = 9,74) ou pré-frágeis (OR = 2,58) e que não tinham sintomas depressivos (OR = 3,56) tiveram mais chances de manter a autopercepção positiva de T1 para T2; e os participantes homens (OR = 2,23) e sem sintomas depressivos (OR = 3,17) tiveram maior chance da autoavaliação se tornar positiva entre T1 e T2. Em T3, 54,0% tinham autopercepção positiva de saúde, sendo que 41,3% mantiveram sua autopercepção como positiva, e 12,7% tornaram-se positivos entre T2 e T3. Observou-se menor chance da autopercepção se manter (OR = 0,97) e se tornar positiva (OR = 0,95) entre T2 e T3 em indivíduos com maior idade; e maior chance de se manter positiva para os não frágeis (OR = 4,10) e pré-frageis (OR = 2,92). Conclui-se que os homens, pessoas que não possuem fragilidade ou são pré-frageis, que não têm sintomas depressivos e possuem menor idade conseguem manter ou promover a autopercepção positiva ao longo do tempo. O estudo reforça a importância de conhecer os fatores que estimulam a autopercepção positiva de saúde da população para nortear ações assistenciais e políticas públicas, a fim de promover saúde e o envelhecimento saudável. Dentre as ações, destacam-se a prevenção, diagnóstico precoce e reversão/ tratamento da fragilidade e da depressão, especialmente nos grupos de mulheres mais velhas; sendo o enfermeiro, como um líder da equipe da Atenção Primária à Saúde, um profissional essencial nesse processo.
              Análise das Medidas de Prevenção e Controle da Infecção do Trato Respiratório Relacionada à Ventilação Mecânica Invasiva.
              Curso Mestrado em Enfermagem
              Tipo Dissertação
              Data 15/03/2025
              Área ENFERMAGEM
              Orientador(es)
              • Larissa da Silva Barcelos
              Coorientador(es)
              • Larissa da Silva Barcelos
              Orientando(s)
              • PATRICIA APARECIDA CORRÊA SILVA
              Banca
              • Adriano Menis Ferreira
              • Larissa da Silva Barcelos
              • Marcelo Alessandro Rigotti
              • Mayara Caroline Ribeiro Antonio
              Resumo RESUMO
              As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) são definidas como aquelas adquiridas após a admissão do paciente em estabelecimentos de cuidados em saúde, e que se manifestam durante o período de internação ou até mesmo após a alta. Nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), a Pneumonia Associada à Ventilação (PAV) caracteriza-se como a segunda IRAS mais prevalente, acometendo predominantemente os pacientes que requerem suporte respiratório invasivo. Parte significativa das intervenções relacionadas à prevenção da PAV está voltada para as práticas de cuidado, tornando o profissional enfermeiro essencial no processo de quebra da cadeia infecciosa. Dessa forma, avaliar o uso de medidas preventivas é essencial para garantir a eficácia das ações de prevenção, otimizar recursos, reduzir a incidência de infecções por PAV e melhorar a Segurança do Paciente (SP). O objetivo da presente pesquisa foi avaliar a conformidade das medidas de prevenção e controle da pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) em pacientes de alto risco e verificar a presença de associação entre as medidas de prevenção menos conforme e o surgimento de PAV no mesmo período. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, seguida de uma pesquisa observacional, analítica e transversal, realizada com pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto de um hospital localizado no município de Três Lagoas, no estado de Mato Grosso do Sul. Os dados foram coletados nos meses de janeiro e fevereiro de 2023, utilizando os itens que compõem o Indicador de Avaliação da Adesão às Medidas de Prevenção e Controle de Pneumonia em Pacientes de Risco (IRPR), além da verificação da presença de condensado no circuito. A unidade de análise foi o conjunto de oportunidades de observação das práticas relacionadas às medidas preventivas. A revisão integrativa da literatura, realizada a partir de bases de dados e bibliotecas virtuais, indicou que os cuidados de enfermagem mais utilizados para a prevenção da PAV são: o posicionamento da cabeceira entre 30º e 45º, a higienização simples das mãos, a realização da higiene bucal com clorexidina ou com clorexidina aquosa 0,12%, e o monitoramento da pressão do cuff. A adesão às medidas de prevenção e controle da PAV contribui para melhores desfechos clínicos, pois, quando bem aplicadas, reduzem o tempo de internação dos pacientes em ventilação mecânica e impactam positivamente na densidade de incidência da PAV. Em relação à avaliação da conformidade das medidas de prevenção e controle da PAV em pacientes de alto risco e à verificação da associação entre as medidas de prevenção menos conforme e o surgimento de PAV no mesmo período, foram realizadas 1.030 avaliações, distribuídas igualmente entre os turnos da manhã (515 avaliações) e da tarde (515 avaliações), em 206 oportunidades para cada medida preventiva. Os números absolutos das observações indicaram que a conformidade geral das medidas de prevenção e controle foi de 53,8%, sendo que o turno da tarde apresentou melhores resultados, com 61,2%. Esses valores revelam que a assistência prestada está aquém do esperado, uma vez que o índice de conformidade esperado para este estudo era ≥ 80%. A medida de controle com menor percentual de conformidade foi a presença de condensado no circuito, tanto no período da manhã (94,2%) quanto no da tarde (93%). Já o uso de soluções estéreis para nebulizadores e umidificadores e a troca de rotina do circuito de terapia inalatória foram as medidas de controle que apresentaram 100% de conformidade em ambos os turnos avaliados. Não foi encontrada associação significativa entre a presença de condensado no circuito e a ocorrência de PAV no mesmo período (p = 0,467). Conclui-se que as práticas de prevenção e controle da PAV na UTI estudada precisam ser aprimoradas. No entanto, é possível inferir que, neste ambiente específico, o não alcance de 80% no índice geral de conformidade não impactou na incidência de PAV.

              Palavras-chave: Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica. Unidades de Terapia Intensiva. Assistência à Saúde. Infecção. Prevenção & Controle. Cuidados de Enfermagem.
              Programa de Controle de Infecção Hospitalar: Avaliação dos Indicadores de Estrutura e Processo
              Curso Mestrado em Enfermagem
              Tipo Dissertação
              Data 27/02/2025
              Área ENFERMAGEM
              Orientador(es)
              • Larissa da Silva Barcelos
              Coorientador(es)
                Orientando(s)
                • Angela Conceição Rodrigues Vilella
                Banca
                • Adriano Menis Ferreira
                • Aires Garcia dos Santos Junior
                • Larissa da Silva Barcelos
                • Marcelo Alessandro Rigotti
                Resumo As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), são consideradas um problema de
                saúde pública e impactam na Segurança do Paciente (SP), uma vez que podem levar ao
                aumento do tempo de internação, dos custos hospitalares e das taxas de morbidade e
                mortalidade. Neste contexto, o Programa de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH) tem
                importante papel na prevenção e controle dessas infecções, pois garante a implementação de
                diretrizes e práticas de monitoramento. Desta forma, avaliar a estrutura e os processos destes
                programas é essencial para garantir a eficácia das ações de prevenção, otimizar recursos,
                reduzir infecções e melhorar a SP. O presente estudo buscou analisar os indicadores de
                estrutura e processo dos PCIH dos hospitais dos municípios de Três Lagoas/MS e
                Dracena/SP. Trata-se de um estudo multicêntrico, transversal, com abordagem quantitativa,
                realizado nos municípios de Três Lagoas, no estado de Mato Grosso do Sul, e Dracena, no
                estado de São Paulo. Os dados foram coletados de março a abril de 2023, por meio de
                entrevistas e análise documental junto às Comissões de Controle de Infecção Hospitalar
                (CCIH) das instituições participantes. Utilizou-se indicadores validados na literatura científica
                disponíveis no Manual de Indicadores de Avaliação de Práticas de Controle de Infecção
                Hospitalar. Participaram da pesquisa 03 (três) hospitais que realizam atendimento generalista,
                um (33%) de médio porte e dois (67%) de grande porte, sendo dois localizados no município
                de Três Lagoas/MS e um em Dracena/SP. Apenas uma (33%) instituição possui certificação
                de acreditação pela Organização Nacional de Acreditação e todas as três (100%) apresentaram
                CCIHs consolidadas, com 10 anos ou mais de existência e possuem Unidade de Terapia
                Intensiva Adulta (100%). A análise dos indicadores identificou que os três (100%) hospitais
                obtiveram conformidade total (100%) nos itens relacionados às diretrizes operacionais e ao
                sistema de vigilância epidemiológica, sugerindo uma boa organização das instituições, no que
                se refere à construção de normas, protocolos e ao monitoramento ativo e eficaz Infecções
                Hospitalares (IH). Já em relação à estrutura técnica-operacional houve uma conformidade
                geral de 86,7%, sendo que duas (67%) instituições obtiveram conformidade de 90% e uma
                (33%) de 80%, o que demonstra a necessidade de investimentos na construção de espaços
                físicos exclusivos para as CCIHs. O indicador que trata das atividades de controle e prevenção
                de IH foi o que apresentou menor conformidade (69,2%) dentre os analisados, com variação
                significativa entre as instituições, entre 57% e 86%, demonstrando deficiência na execução
                das atividades práticas de controle de infecção, tais como inspeções, treinamentos e
                avaliações de protocolos. Observa-se que os PCIH analisados possuem boa estrutura e
                diretrizes bem estabelecidas, mas enfrentam desafios na execução das atividades práticas de
                prevenção e controle. O estudo reforça a importância do treinamento contínuo e do
                engajamento das equipes de saúde, além da necessidade de monitoramento regular das
                práticas de controle para alcançar total conformidade nos indicadores. Por fim, recomenda-se
                que futuras pesquisas ampliem a análise para um número maior de instituições e explorem a
                relação entre a conformidade dos indicadores e os desfechos clínicos dos pacientes.
                Palavras-chave: Infecção Hospitalar. Controle de Infecção. Indicadores de Qualidade.
                Segurança do Paciente
                INTERVENÇÕES NA LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL
                Curso Mestrado em Enfermagem
                Tipo Dissertação
                Data 20/12/2024
                Área ENFERMAGEM
                Orientador(es)
                • Aires Garcia dos Santos Junior
                Coorientador(es)
                  Orientando(s)
                  • MARIA HELOISA DO NASCIMENTO SILVA
                  Banca
                  • Aires Garcia dos Santos Junior
                  • Caroline Lopes Ciofi Silva
                  • Larissa da Silva Barcelos
                  • Mara Cristina Ribeiro Furlan
                  • Patricia Klock
                  Resumo Introdução: O uso de pacotes de intervenções com a padronização de práticas, insumos,
                  protocolos e capacitação da equipe tem-se tornado uma ampla estratégia para a melhoria
                  dos resultados das práticas de limpeza e desinfecção de superfícies em serviços de saúde.
                  Entretanto, não está claro se o efeito desses pacotes é o mesmo quando aplicados em
                  unidades de natureza distintas: pública e privada. Além disso, é importante elucidar a
                  existência ou não de correlação entre os métodos de monitoramento em Unidades de
                  Terapia Intensiva Neonatal. Objetivo: avaliar o efeito de intervenções na limpeza e
                  desinfecção de superfícies em unidade de terapia intensiva neonatal. Método: Trata-se
                  de um estudo quase experimental, de natureza quantitativa. O estudo foi composto de três
                  fases: baseline (fase I), implementação do pacote de intervenções, sem feedback à equipe
                  (fase II) e por fim, o monitoramento em curto prazo, com feedback à equipe (fase III).
                  Foram realizadas 864 avaliações de acordo com os métodos de monitoramento: adenosina
                  trifosfato, inspeção visual, contagem de carga microbiana e detecção de Staphylococcus
                  aureus e a testagem de sua resistência à meticilina (MRSA) em cada unidade, durante
                  quatro meses, avaliando seis superfícies de alta frequência de toque, antes e após a
                  limpeza e desinfecção realizada pelos profissionais de enfermagem e de higienização.
                  Utilizou-se instrumento validado para avaliar a satisfação e desempenho da equipe. O
                  estudo adotou um nível de significância de 5% (p0,05). O mesmo ocorreu em relação ao método de ATP,
                  que também não apresentou diferenças significativas entre os hospitais (p>0,05) em todas
                  as fases do estudo. Em relação à contagem microbiana, apenas em uma superfície
                  (balança), na fase II do estudo, foi encontrada diferença significativamente menor no
                  hospital privado em comparação ao público (p=0,023). A inspeção visual indicou que a
                  UTIN privada teve uma proporção significativamente maior de superfícies com higiene
                  adequada na fase I: a bomba de infusão (p=0,021) e a poltrona (p=0,028 ), na fase II o
                  balcão (p=0,005) e na fase III novamente a superfície balcão (p=0,016). Em relação aos
                  fatores humanos, é possível evidenciar que, comparando as duas instituições, não houve
                  associações ou correlações estatisticamente significativas em relação à satisfação no
                  trabalho 0.067d (r=0.19). Porém, a instituição pública apresentou escores de desempenho
                  no trabalho maiores que a privada (Mann Whitney W=366.5, p=0.006). Conclusão:
                  verificou-se variação na correlação e nos valores de corte para o ATP. O estudo destaca
                  que a implantação rigorosa de pacotes de intervenção para limpeza em UTIN, mesmo que
                  com naturezas distintas, ainda apresentou resultados semelhantes de eficácia para todos
                  os métodos utilizados, exceto a inspeção visual. Esse estudo apontou que, mesmo os
                  colaboradores apresentando níveis de desempenho no trabalho distintos, ainda assim,
                  verificou-se efeito semelhante no resultado do pacote de intervenção.
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                    CARACTERIZAÇÃO DOS ACIDENTES CAUSADOS POR PICADA DE ESCORPIÃO ENTRE OS ANOS DE 2011 E 2021 NO MUNICÍPIO DE TRÊS LAGOAS-MS: AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS E DE SAÚDE
                    Curso Mestrado em Enfermagem
                    Tipo Dissertação
                    Data 03/09/2024
                    Área ENFERMAGEM
                    Orientador(es)
                    • Fernanda Luciano Rodrigues
                    Coorientador(es)
                      Orientando(s)
                      • SAMARAH RAFAELA BEVILAQUA
                      Banca
                      • Bruna Moretti Luchesi Kwiatkoski
                      • Fernanda Luciano Rodrigues
                      • Lucas Gazarini
                      • Marcelo Kwiatkoski
                      • Tamara Cristina Moreira Lopes
                      Resumo Os escorpiões são artrópodes pertencentes à classe Arachnida e são reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um problema de saúde pública que, por muitas vezes, é negligenciado. Os hábitos de vida da população dos grandes centros urbanos podem ter contribuído para o grande aumento no número de acidentes com escorpiões a partir do ano 2000, quando os casos passaram a ser de notificação compulsória. Segundo os dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN), cerca de 2.456.217 acidentes com animais peçonhentos foram notificados no Brasil entre os anos de 2007 e 2021, sendo que, acidentes com escorpiões foram o de maior incidência, chegando a 51% do total de notificações. O objetivo do presente estudo foi caracterizar os acidentes causados por picada de escorpião no município de Três Lagoas entre os anos de 2011 e 2021. Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal e retrospectivo com dados secundários. Os dados foram coletados pelo serviço de Tecnologia de Informações (TI) da Prefeitura Municipal de Três Lagoas – MS através de cópias das Fichas de Investigação Epidemiológica fornecidas pela Vigilância Epidemiológica/Vigilância de Doenças e Agravos. Os achados foram fornecidos na forma de um banco de dados encaminhado pela Vigilância Epidemiológica do Município onde as informações sigilosas e pessoais dos pacientes foram devidamente ocultadas. No total, 599 casos, em um período de 11 anos foram analisados. Os dados mostraram que houve um aumento no número de notificações ao decorrer dos anos. No ano de 2011 foram notificados 11 casos e em 2021, 112 casos. A maioria dos acidentes foi leve e ocorreu na zona urbana. Poucos indivíduos apresentaram reações e complicações (locais ou sistêmicas). A avaliação revelou que os acidentes foram mais frequentes no sexo feminino e em crianças, a residência foi a principal localidade de ocorrência, e a estação do ano com maior número de casos registrados foi a primavera, com 212 casos, seguida do inverno, com 137 casos. Independente da classificação, manifestações e/ou complicações, todos os casos evoluíram para cura, sem nenhuma evolução para óbito. Tendo em vista que os acidentes escorpiônicos possuem vários determinantes, é de extrema importância que os profissionais de saúde e a população estejam constantemente atentos e atualizados com informações recentes para detectar os focos dos acidentes.
                      Efeitos de um programa de fortalecimento de famílias nas práticas parentais, qualidade de vida, apoio social e vinculação
                      Curso Mestrado em Enfermagem
                      Tipo Dissertação
                      Data 29/08/2024
                      Área ENFERMAGEM
                      Orientador(es)
                      • Juliana Dias Reis Pessalacia
                      Coorientador(es)
                      • Helder de Padua Lima
                      Orientando(s)
                      • LUDMILLA REIS SILVA GOMES
                      Banca
                      • Bianca Cristina Ciccone Giacon Arruda
                      • Elaine Cristina Rodrigues Gesteira
                      • Helder de Padua Lima
                      • Nathan Aratani
                      • Soraia Geraldo Rozza
                      Resumo Introdução: O Projeto Famílias Fortes constituiu um programa baseado no Strengthening Families Program (SFP 10-14), projetado para melhorar a dinâmica familiar e reduzir o uso de substâncias psicoativas e comportamentos de risco entre adolescentes, implementado em um município sul-mato-grossense, Brasil. A literatura científica evidencia os benefícios de programas voltados para o fortalecimento familiar na redução de comportamentos de risco em adolescentes, como o uso de substâncias psicoativas e o envolvimento em atos de violência. No entanto, ainda existem lacunas no conhecimento acerca dos efeitos desses programas em aspectos relacionados às práticas parentais, qualidade de vida e apoio social dos participantes. Objetivo: Analisar os efeitos do Programa Famílias Fortes nas práticas parentais, qualidade de vida, apoio social e vinculação de adolescentes e familiares. Método: Realizou-se um estudo transversal, analítico e quantitativo, com 129 pais/responsáveis e 132 adolescentes participantes do programa. Os dados foram coletados entre março de 2022 e julho de 2023, antes da participação na primeira sessão (baseline) e após a participação na sétima sessão do Projeto (follow-up), por meio de Questionário de avaliação sociodemográfica, Medical Outcomes Study, 12-Item Short-Form Health Survey e Parenting Practices Scales. Nas análises inferenciais, o teste t pareado foi utilizado para comparar os escores obtidos na baseline e no follow-up. Em todas as análises foi considerado o nível de significância estabelecido em 5%. Também foi realizado um estudo qualitativo, exploratório e interpretativo, tendo como referencial metodológico a pesquisa qualitativa genérica, onde foram entrevistados 19 pais e 15 adolescentes participantes do programa, com foco na análise temática de suas experiências, e os dados foram analisados por meio de categorização temática. Resultados: Os dados quantitativos evidenciaram, na perspectiva dos adolescentes, o aumento dos escores de ‘Incentivo à autonomia’ (de 5,1 para 5,9) e ‘Intrusividade’ (de 10,1 para 11,2) nos pais; diminuição dos de ‘Intrusividade’ (de 16,0 para 11,8) nas mães; e aumento dos níveis de apoio social nos domínios ‘Emocional’ (de 13,6 para 15,9), ‘Informação’ (de 14,1 para 16,6) e ‘Interação social positiva’ (de 14,6 para 16,1). Para os pais, diminuíram os escores de ‘Vitalidade’ (de 18,4 para 17,8) e ‘Saúde mental’ (de 38,2 para 37,2) da qualidade de vida e aumentaram os escores dos domínios ‘Material’ (de 14,4 para 15,5) e ‘Afetivo’ (de 11,4 para 12,2) do apoio social. Na pesquisa qualitativa emergiram quatro categorias temáticas: Percepção dos papéis parentais; Conversação e comunicação assertiva; Fortalecimento dos vínculos familiares; e Influência das práticas religiosas na educação das crianças. A intervenção mostrou-se importante para o fortalecimento dos vínculos familiares, melhoria da comunicação entre pais e filhos e aprendizado de habilidades para lidar com situações de risco. Conclusão: O estudo traz evidências de uma estratégia voltada para a promoção da saúde de famílias e adolescentes, fundamentada em políticas públicas de saúde, e proporciona dados relevantes para ajustes e aprimoramentos futuros na utilização de programas de fortalecimento familiar.
                      SOLIDÃO EM ADULTOS DE MEIA IDADE E PESSOAS IDOSAS DURANTE E APÓS PANDEMIA DE COVID-19: UM ESTUDO LONGITUDINAL
                      Curso Mestrado em Enfermagem
                      Tipo Dissertação
                      Data 30/04/2024
                      Área ENFERMAGEM
                      Orientador(es)
                      • Tatiana Carvalho Reis Martins
                      Coorientador(es)
                        Orientando(s)
                        • Larissa Kazitani Cunha
                        Banca
                        • Bruna Moretti Luchesi Kwiatkoski
                        • Edirlei Machado dos Santos
                        • Madson Alan Maximiano Barreto
                        • Tatiana Carvalho Reis Martins
                        Resumo A solidão é uma condição aumentada pelo processo de envelhecimento e agravada pela pandemia de COVID-19. Ela emerge como uma preocupação global, o que destaca a necessidade urgente de atender ao bem-estar emocional dos mais vulneráveis e reconhece suas implicações significativas na saúde, associadas a um aumento da morbidade e mortalidade. Neste contexto, o estudo proposto tem como objetivo avaliar os fatores associados à solidão em adultos de meia idade e pessoas idosas cadastradas em Unidades de Saúde da Família do município de Três Lagoas/MS, durante e após a pandemia da COVID-19. Trata-se de um estudo longitudinal, prospectivo e analítico, abrangendo adultos de meia idade (≥45-59 anos) e pessoas (≥60 anos). A amostra na linha de base foi de conveniência, de acordo com o número máximo de pessoas que fossem abordadas entre fevereiro e dezembro de 2021 (n=215). Todos foram contatados e convidados a participar das avaliações de acompanhamento (i.e., primeira onda), que aconteceu entre fevereiro e julho de 2023. O questionário é composto por variáveis sociodemográficas, de saúde, comportamentais, rede de apoio social e pela Escala Brasileira de Solidão UCLA. Foram então estimados modelos de regressão multinomial sendo a solidão a variável dependente, a qual foi categorizada em 4 grupos, a saber: 1) solidão mínima nas duas avaliações (manteve bem); 2) solidão leve a intensa na primeira avaliação e solidão mínima na segunda avaliação (melhorou); 3) solidão mínima na primeira avaliação e solidão leve a intensa na segunda avaliação (piorou); e 4) solidão leve a intensa nas duas avaliações (manteve pior). No modelo múltiplo foram consideradas significativas as variáveis que apresentaram p
                        AUTOCUIDADO E FRAGILIDADE EM ADULTOS DE MEIA-IDADE E PESSOAS IDOSAS
                        Curso Mestrado em Enfermagem
                        Tipo Dissertação
                        Data 19/04/2024
                        Área ENFERMAGEM
                        Orientador(es)
                        • Bruna Moretti Luchesi Kwiatkoski
                        Coorientador(es)
                          Orientando(s)
                          • DIENIFFER WENDY MONTEIRO CABRELLI
                          Banca
                          • Bruna Moretti Luchesi Kwiatkoski
                          • Mariana Alvina dos Santos
                          • Rosimeire Aparecida Manoel Seixas
                          • Sofia Cristina Iost Pavarini
                          • Tatiana Carvalho Reis Martins
                          Resumo O envelhecimento populacional é realidade em países desenvolvidos há décadas e relaciona-se às modificações no perfil epidemiológico. A síndrome da fragilidade é uma condição complexa que associa fatores da senescência a um declínio gradativo nos sistemas biológicos. A fragilidade pode estar relacionada a uma redução da capacidade de autocuidado. Este trabalho tem por objetivo avaliar longitudinalmente as relações entre autocuidado e fragilidade em adultos de meia-idade e pessoas idosas cadastradas em Unidades de Saúde da Família (USF) do município de Três Lagoas/MS. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética. A dissertação está estruturada em dois artigos. Ambos foram do tipo quantitativo, analítico e com desenho
                          longitudinal, sendo uma coleta realizada em 2018/2019 e a outra em 2021. O primeiro artigo objetivou avaliar os fatores sociodemográficos e de saúde relacionados com a piora e com a
                          melhora da fragilidade em adultos de meia-idade e pessoas idosas em um período de dois anos, antes e durante a pandemia da COVID-19. Foi realizado com 200 indivíduos com 45 anos ou mais. A coleta de dados contemplou caracterização sociodemográfica, de saúde e avaliação da fragilidade pelo instrumento autorreferido. A amostra foi predominantemente composta por mulheres, com 60 a 74 anos, baixa escolaridade, fisicamente inativas e com sintomas depressivos. Na avaliação de fragilidade, 58,5% dos participantes permaneceram na mesma categoria, 23,5% melhoraram e 18,0% pioraram após dois anos. Houve associação entre a piora da fragilidade e aumento do número de medicamentos em uso. A melhora da fragilidade foi relacionada à menor idade. O segundo artigo objetivou avaliar se adultos de meia-idade e pessoas idosas pré-frágeis ou frágeis apresentam pior autocuidado em um período de dois anos. A amostra incluiu 197 indivíduos de 45 anos ou mais, avaliados quanto à dados sociodemográficos, instrumento de fragilidade autorreferida e Escala de Avaliação da Capacidade de Autocuidado (ASAS-R). A amostra era em sua maioria do sexo feminino, de 60 a 74 anos, escolaridade baixa e frágil. Não houve associação significativa entre o desfecho autocuidado e a fragilidade avaliada dois anos antes. Conclui-se que a fragilidade é um quadro
                          reversível, especialmente nas pessoas idosas mais jovens; e que o aumento no número de medicamentos em uso está associado à piora da fragilidade. Ainda, ressalta-se a promoção do autocuidado como um fator importante para manutenção da qualidade de vida e longevidade entre pacientes fragilizados ou não, com vistas na preservação da independência.
                          Qualidade de Vida, qualidade do sono e transtornos mentais de motoristas de caminhão
                          Curso Mestrado em Enfermagem
                          Tipo Dissertação
                          Data 01/03/2024
                          Área ENFERMAGEM DE SAÚDE PÚBLICA
                          Orientador(es)
                          • Mariana Alvina dos Santos
                          Coorientador(es)
                            Orientando(s)
                            • PRÍSCILA DAMACENO SANTOS
                            Banca
                            • Edirlei Machado dos Santos
                            • Flávia Helena Pereira
                            • Marcia Aparecida Ciol
                            • Mariana Alvina dos Santos
                            • Vinicius Batista Santos
                            Resumo A saúde ocupacional desempenha um papel importante na garantia do bem-estar dos trabalhadores, impactando diretamente a produtividade, redução de custos com saúde e qualidade de vida. Os motoristas de caminhão enfrentam desafios únicos que podem afetar sua qualidade de vida. A qualidade do sono e os transtornos mentais comuns emergem como áreas de preocupação nesse contexto. Horários de trabalho extenuantes, rotinas irregulares e longas horas na estrada contribuem para perturbações no sono e para o surgimento de problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão. Esses profissionais muitas vezes enfrentam a solidão das estradas, falta de interação social e um estilo de vida sedentário, que podem agravar ainda mais esses problemas. Este estudo teve como objetivo realizar uma avaliação da qualidade de vida, do sono e dos transtornos mentais comuns em motoristas de caminhão. Para tanto, foi conduzido um estudo transversal com 399 motoristas em duas regiões do Brasil. A qualidade do sono foi avaliada através do Pittsburgh Sleep Quality Index, e a qualidade de vida foi medida pelo The World Health Organization Quality of Life. O rastreamento de transtornos mentais comuns foi realizado com o uso do Self Report Questionnaire. Além disso, foram analisadas as correlações entre os diferentes domínios de qualidade de vida, o escore total de qualidade do sono e os transtornos mentais. Os resultados revelaram que a maioria dos participantes era composta por caminhoneiros com mais de dez anos de experiência profissional, muitos dos quais dirigiam por um período entre sete e doze 12 diárias. Dos domínios de qualidade de vida, o pior escore ocorreu para meio ambiente, e o melhor, para domínio físico. A maioria dos participantes (70%) foram classificados como bons dormidores (70%) e sem transtornos mentais (92%). Em relação a correlações entre domínios de qualidade de vida e qualidade de sono e transtornos mentais comuns foram negativas e de magnitude moderada. Enquanto os motoristas parecem ter uma qualidade de vida razoável, há espaço para melhoras, especialmente em relação ao meio ambiente de trabalho e à área de distúrbios do sono. Investimentos em intervenções a nível do indivíduo para melhora das qualidades de vida e de sono, além de políticas públicas criadas para melhorar as condições de trabalho e saúde a nível de profissão, poderiam contribuir para maior segurança viária e saúde econômica da sociedade.
                            LETRAMENTO EM SAÚDE EM PESSOAS IDOSAS: REVISÃO SISTEMÁTICA E RELAÇÃO COM A PROBABILIDADE DE ÓBITO
                            Curso Mestrado em Enfermagem
                            Tipo Dissertação
                            Data 27/02/2024
                            Área ENFERMAGEM DE SAÚDE PÚBLICA
                            Orientador(es)
                            • Bruna Moretti Luchesi Kwiatkoski
                            Coorientador(es)
                              Orientando(s)
                              • ANA CAROLINE PINTO LIMA
                              Banca
                              • Bruna Moretti Luchesi Kwiatkoski
                              • Fabiana de Souza Orlandi
                              • Marina Aleixo Diniz Rezende
                              • Rosimeire Aparecida Manoel Seixas
                              • Tatiana Carvalho Reis Martins
                              Resumo RESUMO
                              Introdução: O letramento em saúde é uma importante variável a ser avaliada em pessoas idosas,
                              pois está relacionada a diversos desfechos em saúde e também à características pessoais
                              específicas, como o aumento da idade. A identificação da possível relação entre letramento em
                              saúde e probabilidade de óbito nas pessoas idosas pode auxiliar no planejamento de
                              intervenções antes que os desfechos adversos aconteçam. Objetivo: Identificar na literatura os
                              fatores associados ao baixo letramento em saúde em pessoas idosas; e avaliar a relação entre o
                              letramento em saúde e a probabilidade de óbito em pessoas idosas cadastradas na Atenção
                              Básica. Para atingir os objetivos, foram desenvolvidos dois estudos. Artigo 1. Métodos: Foi
                              conduzida uma revisão sistemática da literatura nas bases dados Pubmed, Web of Science,
                              Scopus, PsycInfo, Embase, and LILACS. Os descritores utilizados foram “Aged” e “Health
                              Literacy”, com o operador booleano “AND”. Foram selecionados artigos publicados em inglês,
                              português ou espanhol, sem limite de tempo. Essa revisão foi registrada no PROSPERO - CRD:
                              42022350140. Resultados: Foram identificados 23,500 artigos nas bases de dados e 176 foram
                              selecionados para compor a revisão. Diversos fatores estão associados ao baixo letramento em
                              saúde em pessoas idosas, como aspectos sociodemográficos (i.e., maior idade, baixo nível
                              educacional, não ser branco e outros); sociais (i.e. falta de suporte social/ familiar, solidão,
                              isolamento social, poucas atividades sociais, poucos contatos sociais e outros); econômicos
                              (i.e., menor renda e/ou menor nível socioeconômico) e de saúde (i.e., pior saúde, condições
                              crônicas, pior saúde mental, hospitalizações, fragilidade, inatividade física, pior cognição, baixa
                              aderência ao tratamento e outros). Artigo 2. Métodos: Estudo transversal, quantitativo,
                              realizado com 200 pessoas idosas cadastradas nas Unidades de Saúde da Família no município
                              de Naviraí, Mato Grosso do Sul, Brasil. Foi realizada uma caracterização sociodemográfica e
                              de saúde e aplicados o Teste de Letramento em Saúde (TLS) e o Índice de Suemoto. Para as
                              análises, foram utilizados testes de correlação e modelos de regressão linear. Todos os cuidados
                              éticos foram observados. Resultados: A maioria dos participantes era do sexo masculino, tinha
                              entre 60-69 anos, com companheiro, escolaridade acima de quatro anos, aposentada, em uso de
                              medicamentos, não foi hospitalizada e não sofreu queda no último ano e se declarou muito
                              satisfeita com a vida. A pontuação média do TLS foi 47,7 pontos, sendo 2,5% dos participantes
                              classificados com letramento adequado, 25,0% com letramento limitado e 72,5% com
                              letramento inadequado. Quanto maior a idade, pior o letramento em saúde. A probabilidade
                              média de óbito em 10 anos foi de 35,4%, sendo maior para os homens, com maior idade, que
                              usam medicamentos, que foram hospitalizados e caíram no último ano. Identificou-se
                              correlação fraca e inversamente proporcional entre letramento em saúde e probabilidade de
                              óbito. O letramento em saúde foi associado à probabilidade de óbito, independente da idade,
                              sexo, número de medicamentos e hospitalização recente. Conclusões: Foi possível identificar
                              os fatores relacionados ao baixo letramento em saúde, que são sociodemográficos, sociais,
                              econômicos e de saúde. Existe relação entre letramento em saúde e probabilidade de óbito. O
                              letramento em saúde, bem como variáveis demográficas e de saúde, influenciam a
                              probabilidade de óbito. Os resultados podem subsidiar intervenções de educação em saúde
                              visando melhorar o letramento de pessoas idosas, especialmente na Atenção Básica, onde o
                              vínculo com os pacientes é maior. O enfermeiro, como membro da equipe, tem papel
                              fundamental nesse processo que pode reduzir a probabilidade de óbito das pessoas idosas e
                              melhorar a sua qualidade de vida.
                              Palavras-chave: Enfermagem Geriátrica; Idoso; Letramento em Saúde; Morte; Revisão
                              Sistemática.
                              EVIDÊNCIAS DE VALIDADE DO INSTRUMENTO ADAPTADO “MENSTRUAL PRACTICE NEEDS SCALE (MPNS-36)
                              Curso Mestrado em Enfermagem
                              Tipo Dissertação
                              Data 02/02/2024
                              Área ENFERMAGEM DE SAÚDE PÚBLICA
                              Orientador(es)
                              • Mara Cristina Ribeiro Furlan
                              Coorientador(es)
                                Orientando(s)
                                • MARIA EDUARDA PASCOALOTO DA SILVA
                                Banca
                                • Aires Garcia dos Santos Junior
                                • Ana Paula de Assis Sales
                                • Bianca Dargam Gomes Vieira
                                • Mara Cristina Ribeiro Furlan
                                • Sonia Silva Marcon
                                Resumo Introdução: A menstruação é um processo fisiológico que ocorre mensalmente em pessoas
                                com vagina e útero; no entanto, muitas vezes, essas pessoas enfrentam dificuldades de
                                condições e ambientes adequados para realizar a higiene menstrual de maneira digna. No
                                âmbito das escalas psicométricas, o Brasil carece de instrumentos validados na língua
                                portuguesa que quantifiquem as experiências menstruais de pessoas que menstruam,
                                dificultando a comparação do país com resultados de diversas culturas. Essa lacuna impede
                                a compreensão profunda dessas experiências, as quais são essenciais para o desenvolvimento
                                de políticas públicas direcionadas a essa população, abrindo caminho para avanços
                                significativos na saúde brasileira. Objetivo: Demonstrar as evidências de validação da versão
                                traduzida e adaptada ao português do Brasil do instrumento The Menstrual Practice Needs
                                Scale (MPNS-36). Método: Trata-se de um estudo metodológico, transversal, descritivo, com
                                abordagem quantitativa, realizado no período de julho a outubro de 2023. A análise das
                                propriedades psicométricas constitui-se em três etapas: coleta de dados, análise de constructo
                                e análise da consistência interna. A amostra incluiu 360 estudantes do ensino médio do
                                município de Três Lagoas, MS, Brasil. Resultados: A análise descritiva e inferencial revelou
                                dados sociodemográficos diversificados, das 360 participantes, a maioria eram solteiras
                                (n=331, 91,9%), pardas (n=178, 49,4%), evangélicas (n=160; 44,4%), residentes na área
                                urbana (n=304; 84,4%), idade média de 17,18 anos e menarca aos 11,12 anos. A dismenorreia
                                foi prevalente (n=259, 71,9%), influenciando a ausência nas atividades regulares (n=187,
                                52,4%). O absorvente descartável externo (323) foi o mais utilizado, seguido do papel
                                higiênico/papel (47), ademais 148 (41,1%) das meninas utilizam ou utilizaram tecidos/panos.
                                A análise de confiabilidade mostrou um Coeficiente Alfa de Cronbach de 0,781. Conclusão:
                                A diversidade das participantes revelou influências culturais e sociais na percepção
                                menstrual, destacando a ausência em atividades diárias, falta de instalações adequadas, de
                                higiene íntima, itens utilizados, estigma e falta de informações prévias. Essas informações
                                conectam as vivências e contextos sociodemográficos, o que proporcionou a compreensão
                                das necessidades e realidades menstruais dessas meninas. O estudo fortalece a validade e
                                confiabilidade da "Escala de Necessidades e Realidade Menstrual" como uma ferramenta
                                para avaliar as práticas e ambientes de gestão menstrual. Ademais, oferece informações de
                                suporte para a interpretação dos dados da escala e suas pontuações. Recomenda-se futuras
                                pesquisas para ampliar a validação em diversas regiões do país.
                                EFICIÊNCIA DA LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE COLCHÕES HOSPITALARES: CONTRIBUIÇÃO PARA SEGURANÇA DO PACIENTE
                                Curso Mestrado em Enfermagem
                                Tipo Dissertação
                                Data 15/12/2023
                                Área ENFERMAGEM DE DOENÇAS CONTAGIOSAS
                                Orientador(es)
                                • Adriano Menis Ferreira
                                Coorientador(es)
                                  Orientando(s)
                                  • Ruberval Peres Gasques
                                  Banca
                                  • Adriano Menis Ferreira
                                  • Aires Garcia dos Santos Junior
                                  • Alessandra Lyrio Barbosa Giroti
                                  • André Luiz Silva Alvim
                                  • Valquiria da Silva Lopes
                                  Resumo Colchões, frequentemente considerados superfícies não críticas, podem abrigar
                                  microrganismos prejudiciais devido ao contato direto com pacientes e exposição a
                                  fluidos corporais, tornando-se potenciais fontes de infecção. A alta carga microbiana
                                  nesses colchões aumenta o risco de disseminação de patógenos entre pacientes e
                                  profissionais de saúde, a menos que as práticas de limpeza sejam eficazes. Este
                                  estudo tem como objetivo analisar a eficácia das práticas de limpeza e desinfecção
                                  terminal de colchões hospitalares, com foco na segurança do paciente. O estudo
                                  adotou uma abordagem transversal e analítica, realizado no período de outubro a
                                  dezembro de 2021 em um hospital filantrópico no interior do Estado de Mato Grosso
                                  do Sul, Brasil. A avaliação da eficácia da limpeza e desinfecção de 40 colchões foi
                                  conduzida por meio de dois métodos de monitoramento: marcador fluorescente,
                                  aplicado em seis pontos antes do processo de limpeza e desinfecção, e cultura
                                  microbiológica, que envolveu a contagem de unidades formadoras de colônias (UFC)
                                  em três pontos, tanto antes quanto após o processo de limpeza e desinfecção,
                                  realizados em três áreas distintas de cada colchão (superior, médio e inferior).
                                  Globalmente, observou-se uma diferença estatisticamente significativa na contagem
                                  microbiana dos colchões após a realização da limpeza e desinfecção terminal
                                  (p<0,001). Não houve diferenças significativas (p=0,050) na comparação da variação
                                  da contagem microbiana entre a unidade cirúrgica e a unidade clínica, indicando que
                                  o processo de limpeza e desinfecção dos colchões foi igualmente eficaz em ambos os
                                  locais. Tanto no contexto global (p<0,001) quanto nas áreas específicas de coleta
                                  (unidade cirúrgica; p=0,002 e unidade clínica; p<0,001), houve um aumento
                                  significativo (p<0,05) na proporção de áreas aprovadas, ou seja, superfícies que
                                  apresentaram uma contagem microbiana inferior a 60 UFC/cm2. De modo geral, 36
                                  (90%) colchões foram aprovados após limpeza e desinfecção por esse método. Em
                                  relação ao marcador fluorescente, os resultados do teste de proporção demonstraram
                                  que o número de áreas dos colchões consideradas aprovadas foi significativamente
                                  maior em comparação com as áreas reprovadas (p=0,022). Considerando a
                                  aprovação com a remoção total do marcador, 17 (42,5%) colchões, foram aprovados
                                  depois da limpeza e desinfecção. Além disso, não foi identificada uma relação
                                  significativa entre os métodos de contagem microbiana e marcador fluorescente
                                  (p=0,185). Esses resultados destacam a importância de protocolos rigorosos de
                                  limpeza e desinfecção de colchões hospitalares na prevenção da disseminação de
                                  patógenos e na promoção da segurança do paciente. A utilização de métodos de
                                  monitoramento, como marcadores fluorescentes e análises microbiológicas, pode ser
                                  fundamental para garantir a eficácia desses processos e reduzir os riscos de infecções
                                  hospitalares. Portanto, essas descobertas têm implicações diretas para a prática
                                  clínica, fornecendo orientações valiosas para melhorar a qualidade dos cuidados em
                                  ambientes hospitalares.
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