Mestrado em Enfermagem

Atenção! O edital referente ao processo seletivo e arquivos pertinentes ao curso estão disponíveis no site do curso.
Os resultados dos processos seletivos serão divulgados no site do curso.

Trabalhos

Trabalhos Disponíveis

TRABALHO Ações
A percepção do adolescente com Diabetes Mellitus Tipo 1 sobre sua condição de saúde
Curso Mestrado em Enfermagem
Tipo Dissertação
Data 27/03/2015
Área ENFERMAGEM
Orientador(es)
  • Cristina Brandt Nunes
Coorientador(es)
    Orientando(s)
    • Adriana Cristina Pavoni de Carvalho
    Banca
    • Cristina Brandt Nunes
    • Elizabeth Goncalves Ferreira Zaleski
    • Giselle Dupas
    • Maria Auxiliadora de Souza Gerk
    Resumo A doença crônica na adolescência pode ser definida como uma situação que altera o funcionamento do corpo do adolescente em longo prazo, requer assistência e acompanhamento por profissionais de saúde. O diabetes é uma condição crônica grave, de evolução lenta e progressiva, que necessita de tratamento intensivo e orientação adequada, que permitam prevenir ou retardar as complicações agudas e crônicas da doença. O adoecimento na adolescência é um fenômeno causador de várias modificações, podendo significar para o adolescente um não ser igual. O adolescente geralmente vivencia essas mudanças em diversos aspectos de sua vida, experimentando novos sentimentos e emoções, complicações na saúde física, mudanças comportamentais e restrições sociais. Nessa perspectiva, este estudo tem como objetivo compreender a experiência do adolescente com o diabetes mellitus tipo 1. Trata-se de uma pesquisa qualitativa fenomenológica na perspectiva de Merleau-Ponty. Participaram do estudo quinze adolescentes com diagnóstico de diabetes mellitus tipo 1, atendidos no ambulatório de diabetes do Centro de Especialidades Médicas, pelo programa Diabetes Infanto-Juvenil do município de Campo Grande/MS. A coleta de dados deu-se por meio da utilização de entrevista e questão norteadora: “conta para mim, como é para você ter diabetes na sua idade?”. Os discursos foram reproduzidos exatamente como foram expressos e, após a transcrição na íntegra, foram realizadas repetidas leituras, extraindo-se, assim, as unidades de significado e, posteriormente, as categorias e os temas que expressam o fenômeno. Os temas: tendo a vida modificada pelo diabetes mellitus e manejando a vida a partir do diabetes mellitus expressam a experiência do adolescente com diabetes mellitus. Para ele, o diabetes é um fenômeno que modifica a sua vida, causa impacto, impõe limitações, é chato, ruim, causa medo, é uma experiência difícil, que o faz sentir-se diferente. Para conviver com essa condição crônica, o adolescente precisa manejar a sua vida a partir da doença, tentando se adaptar a ela e sendo ajudado pela família e amigos. A busca por desvelar a experiência do ser-adolescente-com diabetes mellitus permitiu ampliar a compreensão de sua experiência a partir de si mesmo, aproximar do seu mundo-vida e percebê-lo em sua totalidade, com seus sentimentos, percepções e vivências. Deseja-se com este estudo dar visibilidade à experiência do adolescente com diabetes, a fim de possibilitar a organização dos serviços de atendimento, de ações voltadas às suas demandas bem como a proposição de políticas públicas em saúde voltadas ao adolescente com diabetes. O enfermeiro pode motivar o adolescente a adquirir conhecimentos e a desenvolver habilidades para incorporar as mudanças de hábitos impostas pelo diabetes, visando ao controle metabólico e melhor qualidade de vida. Desta forma, respeita-se a essência do ser adolescente, que se depara com uma condição diferente da qual estava habituado antes do diagnóstico. Tal condição exige adaptações que restringem a sua autonomia. Conhecer o adolescente e o diabetes é relevante para a compreensão das singularidades que compõem essa fase da vida e que, associadas à condição crônica, trazem implicações de grande significado para ele. Essa compreensão propicia ao profissional da saúde o contato, a escuta e a aproximação com o ser-adolescente-com diabetes, estreitando os laços. Esse entendimento terá grande valor no cuidado prestado a esse adolescente.
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    Enfermeiro Docente no Ensino Técnico em Enfermagem
    Curso Mestrado em Enfermagem
    Tipo Dissertação
    Data 27/03/2015
    Área ENFERMAGEM
    Orientador(es)
    • Lourdes Missio
    Coorientador(es)
      Orientando(s)
      • Aniandra Karol Gonçalves Sgarbi
      Banca
      • Cristina Brandt Nunes
      • Elizabeth Goncalves Ferreira Zaleski
      • Fabiane Melo Heinen Ganassin
      • Lourdes Missio
      Resumo Nos últimos anos, tem crescido o número de enfermeiros bacharéis na função da docência, assumindo essa atividade seja por vocação, não intencional, por prazer ou para aumento da renda. A formação do enfermeiro nos moldes de bacharelado visa preparar o aluno para atuar nas áreas específicas da saúde, em nível hospitalar ou de saúde pública. Não se tem notado uma preocupação em relação à formação e a atuação na área da docência que, nos últimos anos, se ampliou como campo de trabalho para o profissional enfermeiro. Partindo desse pressuposto, este estudo objetiva compreender como os enfermeiros vão se constituindo docentes em cursos técnicos em enfermagem, no município de Dourados, Mato Grosso do Sul. Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa, de natureza descritivo-explicativa, realizada com 14 enfermeiros docentes em duas Escolas de Cursos Técnicos em Enfermagem. A coleta dos dados foi realizada por meio de uma entrevista semiestruturada e as informações obtidas foram analisadas mediante o Método de Interpretação de Sentidos com aporte teórico embasado nos estudos de Nóvoa e Tardif. Pelos resultados, observamos que os enfermeiros docentes não possuem formação pedagógica específica para atuar na docência. Constituem-se como docentes por meio das atividades diárias desenvolvidas, nas quais procuram refletir sobre suas práticas profissionais como uma possibilidade de formação. Seguem modelos de docentes encontrados durante a graduação e sofrem com a precarização do trabalho docente no que diz respeito a baixos salários, contrato de trabalho informal e desvalorização dos mesmos. Assim, acreditamos que se fazem necessários mais estudos voltados para essa temática, pois diante de um mundo globalizado e capitalista, há de se trabalhar, estudar as condições concretas desses docentes e efetivar reflexões sobre sua formação pedagógica. Deve-se também repensar a valorização de cursos e capacitações que favoreçam a formação desses profissionais, bem como o incremento da Licenciatura em Enfermagem na formação inicial desses profissionais para que a atuação enquanto docentes em cursos Técnicos de Enfermagem se dê de forma mais efetiva e sistematizada.
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      Capacidade para o trabalho de bombeiros militares
      Curso Mestrado em Enfermagem
      Tipo Dissertação
      Data 26/03/2015
      Área ENFERMAGEM
      Orientador(es)
      • Márcia Regina Martins Alvarenga
      Coorientador(es)
        Orientando(s)
        • Rafaela Palhano Medeiros Penrabel
        Banca
        • Ana Paula de Assis Sales
        • Márcia Regina Martins Alvarenga
        • Maria de Fatima Meinberg Cheade
        • Sonia Maria Oliveira de Andrade
        Resumo A profissão bombeiro militar tem demanda de alto grau de comprometimento físico e mental durante suas atividades profissionais. A capacidade para o trabalho diz respeito à aptidão que o indivíduo tem para executar suas funções relacionadas às exigências do trabalho. A saúde é considerada, entre diversos fatores, a principal determinante desta capacidade. Objetivo geral: caracterizar os profissionais bombeiros militares e estimar o índice de capacidade para o trabalho. Material e Métodos: estudo seccional, de abordagem quantitativa, com base em dados primários, amostra estratificada de 192 bombeiros de Campo Grande, MS, Brasil. As variáveis independentes foram os dados sociodemográficos, laborais, estilo de vida, e saúde e a dependente o índice de capacidade para o trabalho (ICT). A descrição dos dados foi apresentada em freqüência absoluta e relativa, assim como média e desvio-padrão. Calculou-se a associação do ICT com as variáveis independentes através da análise univariada e multivariada de regressão logística, utilizando o método de Backward Stepwise para estimação das razões de prevalências e aplicação do teste de Razão de Verossimilhança para a obtenção da significância estatística. Para avaliar a consistência ou confiabilidade do ICT, foi utilizado o coeficiente alfa de Cronbach. Resultados: houve predomínio do sexo masculino, cor parda, casados, ensino médio completo, faixa etária entre os 21 a 40 anos com uma média de 38,9 anos, renda salarial entre 3 a 7 salários mínimos, com o número de dependentes de 3 a 5 pessoas sendo metade do percentual. Destacam-se como participantes da pesquisa os sargentos. A média do tempo de serviço foi de 14,3 anos. O trabalho diurno e noturno predominou, assim como a escala 24:72h. A maioria relatou nunca ter sofrido qualquer acidente de trabalho. Destaca-se que 92,0% dos participantes afirmaram praticar exercícios físicos, sendo estes realizados semanalmente. A maioria não possui doenças crônicas e não menciona utilizar drogas lícitas e ilícitas. Observa-se que 64,6% apresentam sobrepeso e obesidade e apenas 35,4% dos bombeiros estão com peso normal. A pressão arterial atingiu níveis satisfatórios da classificação ótima para 62,7%. Na freqüência relativa do ICT, o parâmetro Baixo aparece em 3,7%, Moderado 32,8%, Bom 38,0% e Ótimo 25,5%. Na categorização Baixo/Moderado em 36,5% e Bom/Ótimo em 63,5%. Foram significativas para a pesquisa apenas a idade e o Índice de Massa Corpórea. O instrumento ICT apresentou boa confiabilidade. Conclusões: o índice médio da capacidade para o trabalho dos bombeiros em Campo Grande é considerado “Bom”, entretanto 36,5% estão com índice Baixo/Moderado, o que representa um alerta para os profissionais. A idade e a obesidade são fatores de risco para diminuição da capacidade para o trabalho. O instrumento ICT atestou boa confiabilidade para a pesquisa nos bombeiros. Por existirem trabalhadores com baixa capacidade e os que ainda podem diminuir, a enfermagem pode atuar cada vez mais na pesquisa para identificar as causas intervenientes a este efeito e com isso agir na promoção da saúde e prevenção de doenças, proporcionando assim medidas de restauração, apoio e manutenção da capacidade laboral, contribuindo para o âmbito da saúde coletiva e ocupacional.
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        Estudo das Infrações Éticas Apuradas Pelo Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul
        Curso Mestrado em Enfermagem
        Tipo Dissertação
        Data 23/02/2015
        Área ENFERMAGEM
        Orientador(es)
        • Mariluci Camargo Ferreira da Silva Candido
        Coorientador(es)
          Orientando(s)
          • Adaiele Lúcia Nogueira Vieira da Silva
          Banca
          • Richardson Miranda Machado
          • Roberto Della Rosa Mendez
          • Sebastiao Junior Henrique Duarte
          • Taka Oguisso
          Resumo Os dilemas éticos têm sido mais debatidos na área de saúde devido a sua magnitude e
          complexidade. Neste contexto os profissionais de enfermagem, durante o seu cotidiano,
          estão envolvidos em situações que podem converter em dilemas etico-morais, devendo
          estar atentos às situações que correspondem à inobservância dos preceitos etico-legais
          presentes no código de ética de enfermagem e que norteiam a prática do cuidado de
          enfermagem. Assim este estudo teve por objetivo analisar os processos éticos tramitados
          no Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (COREN/MS). Trata-se de
          um estudo exploratório, descritivo e retrospectivo, de cunho documental, realizado no
          período de novembro de 2013 a janeiro de 2014. O estudo foi realizado na cidade de
          Campo Grande, MS, local onde está situada a sede do COREN/MS. O projeto foi
          aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos da Universidade
          Federal do Mato Grosso do Sul, sob o parecer 438.302. A coleta de dados deu-se com o
          auxílio de instrumento elaborado como requer a pesquisa documental. As variáveis
          levantadas foram: a) caracterização do denunciante; b) caracterização da denúncia
          (localização da ocorrência, tipo de instituição e tipo de serviço); c) caracterização do
          denunciado (sexo, categoria profissional, idade, tempo de formação) e, d) caracterização
          quanto ao motivo da denúncia. A coleta de dados ocorreu em sala reservada nas
          dependências do COREN/MS. Como critério de inclusão adotou-se o estudo dos
          documentos referente às denuncias profissionais concluídas e arquivadas, delimitado o
          período de 2003 a 2013. Foram excluídos os documentos que não possuíam registro
          eletrônico, não estando, assim, disponíveis no sistema, o que poderia prejudicar a coleta
          de dados. Para análise dos dados incialmente digitou-se em planilhas do aplicativo Excel,
          utilizando a técnica de dupla entrada, posteriormente calcularam-se as frequências e
          porcentagens. Os resultados apontaram o total de 111 denúncias contra profissionais de
          enfermagem no período de 2003 a 2013. Os principais denunciantes foram profissionais
          de enfermagem (36,0%), quanto à localização, a maioria das ocorrências éticas
          aconteceu na capital do estado (55,0%) e em instituições públicas (33,3%). A maior parte
          das denúncias ocorreram em ambiente hospitalar (58,6%). Dentre os profissionais de
          enfermagem denunciados, a maioria dos envolvidos era do sexo feminino (82,7%). Os
          profissionais de nível médio foram os mais denunciados (54,0%). Os achados
          apresentados evidenciaram que a maior parte (34,0%) dos profissionais de enfermagem
          estavam na faixa etária dos 20 a 30 anos. As denúncias mais frequentes foram referentes
          às: relações interprofissionais, iatrogenias e responsabilidade profissional. Destas 111
          denúncias analisadas, foram instaurados 34 PE, sendo o COREN/MS o maior
          denunciante (47,0%). Os profissionais de nível médio foram os mais denunciados
          (73,9%). Quanto aos artigos infringidos, a análise apontou que além de executarem
          práticas proibidas, houve o descumprimento dos deveres e responsabilidades
          profissionais, consequentemente a violação de princípios bioéticos. Os princípios
          bioéticos violados nos processos éticos foram o princípio da beneficência e o da não
          maleficência. Quanto ao desfecho dos 34 processos éticos, a maioria (47,0%) houve
          absolvição dos denunciados. Em 11 processos éticos (32,4%) houve a aplicação de
          penalidades; destes, nove processos éticos (81,8%) a penalidade aplicada foi a
          advertência verbal. As infrações éticas referiam-se em sua maioria à administração e
          prescrição de medicamento (36,4%), sendo que em um processo a infração foi por
          atuação na prática de aborto. Referente ao tempo de formação até a data da ocorrência
          ética, os profissionais com menos de um ano de formação foram os que tiveram o menor
          percentual de envolvimento nas ocorrências éticas (8,7%). Os resultados permitiram a organização de quatro artigos, sendo o primeiro uma revisão integrativa da literatura que
          objetivou analisar a produção científica nacional e internacional a respeito de infrações e
          ocorrências éticas na enfermagem, no segundo caracterizou-se as denúncias registradas
          contra os profissionais de enfermagem no COREN/MS, no terceiro artigo analisou-se os
          processos éticos instaurados. Por fim no quarto artigo discutiu-se o tempo de formação,
          até a data da ocorrência ética, dos profissionais de enfermagem envolvidos em denúncias
          registradas no COREN/MS. A análise dos processos éticos tramitados no Conselho
          Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul permitiu concluir que profissionais de
          enfermagem estão envolvidos em infrações éticas, muitas delas passíveis de prevenção.
          Ressalta-se a necessidade de se enfatizar os princípios éticos e bioéticos na formação e
          no exercício da enfermagem, visto que entre os processos estudados ficou evidente a
          violação a artigos do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem referente às
          proibições, responsabilidades e deveres e os princípios bioéticos da não maleficência e
          da beneficência. Os achados traçam um panorama das principais infrações cometidas,
          servindo de subsídios para as autarquias da enfermagem tanto na condução de políticas
          de reabilitação dos profissionais infratores quanto no direcionamento de ações de
          educação permanente pertinentes à ética profissional, colaborando também com as
          escolas formadoras dos profissionais de enfermagem, no âmbito dos princípios éticos da
          profissão.
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          Impacto das feridas na qualidade de vida de pessoas atendidas na rede primária de saúde
          Curso Mestrado em Enfermagem
          Tipo Dissertação
          Data 06/02/2015
          Área ENFERMAGEM
          Orientador(es)
          • Adriano Menis Ferreira
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • Willian Alburquerque de Almeida
            Banca
            • Adriano Menis Ferreira
            • Ana Paula de Assis Sales
            • Maria Angelica Marcheti
            • Maria da Graca da Silva
            Resumo No Brasil, as feridas constituem um sério problema de saúde pública, devido a grande quantidade de doentes com modificações na integridade da pele, em praticamente todos os serviços de saúde do país. A alta incidência destas lesões na população é uma realidade conhecida pelos profissionais de saúde e tem gerado várias discussões sobre o assunto devido este tipo de lesão ser frequente mundialmente. Decorrente a esta problemática, a avaliação da qualidade de vida desta clientela tornou-se imprescindível, pois provê informações relevantes para subsidiar a adequação da assistência. A metodologia deste trabalho se baseia em duas pesquisas; um estudo de revisão integrativa da literatura que buscou identificar as possíveis variáveis que afetam de forma negativa a qualidade de vida dos pacientes com feridas crônicas, e outro estudo clínico descritivo, observacional, transversal, que identificou os fatores sociodemográficos, clínicos e a qualidade de vida de pessoas com feridas complexas/crônicas atendidas nas Unidades de Atenção Primária à Saúde em um município do Mato Grosso do Sul. Os dados foram coletados utilizando-se um formulário elaborado pelo próprio pesquisador e o instrumento de qualidade de vida WHOQOL-Bref adaptado e validado para o português. Os dados coletados foram analisados em um software informatizado, para análise estatística dos dados. Foram realizadas análises descritivas com frequências absolutas e relativas, média, desvio padrão, mínimo e máximo, além de análise inferencial nos cruzamentos das variáveis, com nível de significância estatística de p-valor <0,05. O Teste de Coeficiente de correlação de Pearson foi utilizado para verificação de correlações dos domínios do WHOQOL-Bref com a idade e escore de dor adotando-se p-valor <0,05. O desenvolvimento do estudo atendeu as normas nacionais e internacionais de ética em pesquisa envolvendo seres humanos. Os resultados do primeiro estudo mostraram que as variáveis que mais afetaram a qualidade de vida foram a dor, seguido do tempo, sexo, idade, etiologia e tamanho da lesão. Quanto ao segundo estudo, os resultados identificaram a predominância do sexo feminino com 52,83% com média de idade de 62,17 anos com rendas iguais ou inferiores a um salário mínimo por pessoa, inativo profissionalmente e que vivem sem companheiros. Na avaliação da qualidade de vida pelo WHOQOL-Bref, foi evidenciada pior escore no domínio físico e melhor qualidade de vida o domínio ambiente. A dor foi à principal causa dos baixos escores do domínio físico, já o tempo de convívio com a lesão, a etiologia e a área da ferida não foram fatores determinantes que influenciaram, de forma significativa, a qualidade de vida das pessoas que as têm. Diante destes resultados, conhecer as características clínicas e a qualidade de vida destes usuários possibilitou melhor compreensão e planejamento da assistência a esta clientela, contribuindo igualmente para políticas públicas vislumbrando melhora na qualidade de vida destas pessoas.
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            Conhecimento e Prática de Enfermeiros sobre Planejamento de Alta Hospitalar de Portadores de Doença Crônica Não Transmissível
            Curso Mestrado em Enfermagem
            Tipo Dissertação
            Data 22/01/2015
            Área ENFERMAGEM
            Orientador(es)
            • Mara Lisiane de Moraes dos Santos
            Coorientador(es)
              Orientando(s)
              • Anna Sarah Moraes Rapello
              Banca
              • Adriane Pires Batiston
              • Mara Lisiane de Moraes dos Santos
              • Rosangela Silva Rigo
              • Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira
              Resumo As doenças crônicas não transmissíveis ocupam atualmente o primeiro lugar em causas de morte no mundo. No Brasil, políticas importantes para sua prevenção e controle têm sido implementadas. Uma delas foi a criação da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas, a qual determina que os hospitais devem programar a alta hospitalar. O objetivo deste estudo foi analisar o conhecimento e prática de enfermeiros sobre planejamento de alta hospitalar de adultos portadores de doença crônica não transmissível e determinar fatores que dificultam a implementação do planejamento da alta. Os dados deste estudo descritivo e analítico foram coletados através da aplicação de um roteiro semi-estruturado do tipo CAP (conhecimento, atitude e prática), aos enfermeiros que atuam nas clínicas médica, cirúrgica e oncológica, no CTI e na UCO dos três maiores hospitais de Mato Grosso do Sul. O questionário é composto por quatro partes: perfil profissional, conhecimento, prática e fatores que dificultam o planejamento da alta. A população inicial era composta por 68 enfermeiros, dos quais 14 foram excluídos e 4 se recusaram a participar. A maioria dos 50 participantes eram do sexo feminino (66%), com 33,5 ± 6,9 anos de idade média, e 6,6 ± 5,4 anos de experiência de trabalho. Com relação ao conhecimento sobre planejamento da alta, 80% afirmaram ter adquirido anteriormente, na graduação (67,5%) e por experiência profissional (47,5%). No entanto, a taxa média de acertos de questões que abordam esta variável foi de 29,4 ± 10,5, com a menor taxa no domínio "conceito" (17,3 ± 21,5) e a maior taxa no domínio "cliente" (62 ± 49,4). Outros domínios incluídos foram "etapas" (25 ± 25,8), "objetivos" (25,7 ± 15,1), "momento de iniciar o planejamento de alta" (40 ± 49,5), "orientações ao paciente" (28,4 ± 14), e "participantes" (43,3 ± 25,4). Em relação à prática no planejamento da alta, o percentual médio de acerto foi 25,6±21,4. Um total de 41% afirmou que as altas hospitalares nunca ou raramente são planejadas em seus setores. Os médicos (86%) e enfermeiros (67,5%) são os profissionais que mais participam no planejamento de alta. Um total de 35% afirmou que o planejamento nunca ou raramente é discutido pela equipe; 38% nunca ou raramente têm participado no processo; 41% e 37% nunca ou raramente incluem o paciente ou a família, respectivamente. Não foi observada nenhuma relação significativa entre o nível de conhecimento e prática, entre o nível de conhecimento e perfil profissional, ou entre o perfil profissional e prática de planejamento de alta. A relação entre a prática e setor hospitalar atual, no entanto, tinha um valor-p de 0,05. Neste caso, a prática dos entrevistados que trabalham em setores dedicados a pacientes criticamente enfermos (CTI e UCO) revelou-se menos adequada do que os demais setores. Na percepção dos enfermeiros, o principal fator que dificulta o processo de planejamento da alta é a comunicação inadequada entre os membros da equipe. Conclui-se que, nos setores dos hospitais investigados, as altas não são planejadas de uma maneira sistemática e coordenada, e que os enfermeiros possuem pouco conhecimento sobre planejamento de alta, adotando práticas inadequadas. Gestores de saúde devem capacitar os enfermeiros para planejar as descargas sob uma abordagem sistemática, com foco no autocuidado e com participação da equipe multidisciplinar, paciente e família / cuidador.
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              Avaliação da eficiência da desinfecção de superfícies de um Estabelecimento de Assistência à Saúde
              Curso Mestrado em Enfermagem
              Tipo Dissertação
              Data 18/12/2014
              Área ENFERMAGEM
              Orientador(es)
              • Adriano Menis Ferreira
              Coorientador(es)
                Orientando(s)
                • Aires Garcia dos Santos Júnior
                Banca
                • Adriano Menis Ferreira
                • Ana Paula de Assis Sales
                • Nádia Antônia Aparecida Poletti
                • Vilma Ribeiro da Silva
                Resumo RESUMO
                O estudo objetivou avaliar a efetividade da limpeza/desinfecçãodas superfícies da clínica médica e cirúrgica de um hospital filantrópico, localizado no interior do estado de Mato Grosso do Sul. Estudo descritivo, exploratório, com abordagem quantitativa. Levando-se em consideração a alta frequência de contato pelos usuários, familiares e profissionais de saúde, cinco superfícies foram selecionadas: estrutura lateral da cama, mesa de cabeceira, maçaneta interna do banheiro, acionador de descarga e a borda do vaso sanitário. Foram utilizados quatro métodos de monitoramento para avaliação da limpeza/desinfecção das superfícies, sendo eles: a avaliação visual, quantificação da adenosina trifosfato (ATP), contagem de colônias de aeróbios totais (ATT) e de Staphylococcus aureus.Nas superfícies positivas para Staphylococcus aureus,a resistência deste à oxacilina (MRSA) foi testada. As amostras foram coletadas antes da entrada e após a saída do pessoal responsável pela limpeza/desinfecção dos quartos, coletando-se 10 amostras de superfícies, por quarto, duas vezes por semana durante quatro semanas, o que totalizou 80 amostras. Vale destacar que os profissionais responsáveis pela limpeza/desinfecção da instituição não foram comunicados sobre o estudo, pois poderiam alterar sua prática diária. Os dados foram transferidos para os softwares Minitab 17 (Minitab Inc.) e Statistica 10 (StatSoft Inc). A avaliação visual e de MRSA foram tratadas como abordagens qualitativas e a avaliação por ATP, contagem de S. aureus e de aeróbios totais como abordagens quantitativas. A análise dos dados foi direcionada por testes comparativos e correlativos não paramétricos. Para os métodos de resultados qualitativos, testes de proporção foram empregados. Uma abordagem multivariada, por meio da aplicação da Análise de Correspondência, foi realizada. Os testes foram considerados significantes se p<0.05. No que se refere à avaliação visual e de MRSA, a limpeza/desinfecção não surtiu efeito significativo na melhoria das condições higiênicas das superfícies, visto que as proporções de superfícies reprovadas pelo teste visual e positivas para o teste MRSA antes da desinfecção não se diferenciaram de forma significativa da proporção das superfícies avaliadas após a limpeza/desinfecção. Antes da limpeza/desinfecção, 07/40 (17,5%) das superfícies foram classificadas como limpas, uma vez que não havia sujidade visível. Respectivamente, 11/40 (27,5%), 01/40 (2,5%), 07/40 (17,5%) e 7/33 (21,2%) estavam limpas segundo a mensuração de ATP, presença de aeróbios totais, presença Staphylococcus aureus e MRSA. Após o processo de desinfecção, 9/40 (22,5%), 31/40 (77,5%), 01/40 (2,5%) 12/40 (30,0%) e 25/28 (89,2%) das superfícies foram consideradas limpas utilizando os métodos: visual, ATP, presença de aeróbios totais, Staphylococcus aureus e MRSA, respectivamente. Em síntese, a limpeza/desinfecção surtiu efeito significativo em três situações: na quantificação do ATP na maçaneta interna do banheiro (p=0,007) e na borda do vaso sanitário (p=0,010) e na contagem de Staphylococcus aureus do acionador da descarga (p=0,040). Nos demais locais, a limpeza diminuiu a carga microbiana e os resultados de ATP, no entanto, tal diminuição não foi significativa. O estudo possui limitações, como o número pequeno da amostra. Recomenda-se a aplicação de uma intervenção educativa para melhora dos índices que mensuram a limpeza/desinfecção das superfícies.
                Descritores: Desinfecção. Infecção Hospitalar. Segurança do Paciente. Controle da Contaminação Ambiental. Trifosfato de Adenosina. Serviço Hospitalar de Limpeza. Pesquisa em Enfermagem.Staphylococcus aureus Resistente à Meticilina.
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                ANÁLISE DAS AÇÕES PARA HIPERTENSÃO ARTERIAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NOS MUNICÍPIOS DE MATO GROSSO DO SUL
                Curso Mestrado em Enfermagem
                Tipo Dissertação
                Data 08/12/2014
                Área ENFERMAGEM
                Orientador(es)
                • Ana Rita Barbieri Filgueiras
                Coorientador(es)
                  Orientando(s)
                  • Ana Paula Gonçalves de Lima Resende
                  Banca
                  • Ana Rita Barbieri Filgueiras
                  • Crhistinne Cavalheiro Maymone Goncalves
                  • Maria Gorette dos Reis
                  • Marisa Dias Rolan Loureiro
                  Resumo O presente estudo teve como objetivo geral avaliar as ações desenvolvidas para hipertensão arterial na Atenção Primária, tendo como parâmetro a proporção de internações por causas sensíveis ao cuidado primário, decorrentes da hipertensão arterial, nos municípios de Mato Grosso do Sul. Em um primeiro momento foi realizado um estudo ecológico, quantitativo, com análise estatística multivariada agrupando os municípios em quatro clusters, a partir das Internações por Condições Cardiovasculares Sensíveis à Atenção Primária, correlacionando-as com o número de hipertensos estimados e acompanhados e com a cobertura da Estratégia Saúde da Família, nos 78 municípios do estado, no período 2009 a 2012. Posteriormente foi realizado um estudo transversal, quantitativo nos oito municípios que apresentaram maiores e menores proporções de internações por condições cardiovasculares sensíveis a Atenção Primária, identificando os componentes do processo de trabalho que produzem diferenças nos resultados de morbimortalidade, nos anos de 2013 e 2014. No primeiro estudo os clusters apresentaram proporção de cobertura da Estratégia Saúde da Família e hipertensos acompanhados em relação ao número de estimado, respectivamente: cluster 1 (97,2% e 49,8%); cluster 2 (54,0% e 31,8%); cluster 3 (75,8% e 43,9%) e cluster 4 (51,0% e 30%). O menor percentual de internações por condições cardiovasculares foi encontrado no cluster 1. O estudo constatou que há relação entre maior cobertura da Estratégia Saúde da Família com aumento de hipertensos cadastrados e acompanhados e menor número de internações, com distribuição não homogênea, por condições cardiovasculares sensíveis à Atenção Primária. No segundo estudo os municípios com melhores resultados apresentaram equipes mais completas (p=0,017), com menor rotatividade (p=0,046), maior implantação de protocolos (p=0,031), ofertam maior percentual de educação permanente (p=0,05) em relação aos municípios classificados como piores. Os elementos identificados que produziram diferenças entre os municípios classificados com melhores e piores resultados para as Internações por Condições Cardiovasculares Sensíveis à Atenção Primária foram: fixação do profissional a equipe, menor rotatividade, protocolo implantado, organização de serviço com definição de funções e atribuições a cada profissional, oferta de educação permanente, somados a regularidade no fornecimento de medicamentos anti-hipertensivos e exames.
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                  Compreensão da aplicação do protocolo de Manchester na percepção dos enfermeiros.
                  Curso Mestrado em Enfermagem
                  Tipo Dissertação
                  Data 19/09/2014
                  Área ENFERMAGEM
                  Orientador(es)
                  • Maria Lucia Ivo
                  Coorientador(es)
                    Orientando(s)
                    • Juliana Rodrigues de Souza
                    Banca
                    • Alexandra Maria Almeida Carvalho
                    • Maria da Graca da Silva
                    • Maria Lucia Ivo
                    • Patricia Moita Garcia Kawakame
                    Resumo A classificação de risco é uma estratégia para organizar as portas do Serviço de Urgência/Emergência, devido as grandes demandas do atendimento, o acumulo de pacientes e a sobrecarga do trabalho das equipes. Os enfermeiros utilizam protocolos para desempenhar essa atividade, dentre eles o de Manchester que tem sido difundido no Brasil pelo Grupo Brasileiro de Classificação de Risco. O presente estudo tem como objetivo compreender a aplicação do Protocolo de Manchester na percepção dos enfermeiros em um pronto socorro geral de referência. O método utilizado foi o estudo de caso desenvolvido com enfermeiros classificadores de risco de um Serviço de Urgência e Emergência de Campo Grande/MS, entre setembro e outubro de 2013. Na coleta de dados utilizamos as técnicas de observação não participante e entrevista semiestruturada. O tratamento dos dados foi realizado com análise de conteúdo de Bardin na modalidade de análise temática. Emergiram nos resultados duas categorias temáticas, sendo a primeira: Implementando o acolhimento com classificação de risco por meio do protocolo de Manchester com suas respectivas subcategorias: Reconhecendo as políticas de saúde na orientação da prática assistencial; Utilizando a educação em serviço na implantação do acolhimento com classificação de risco; Direcionando os usuários de menor complexidade para a rede de saúde; Adequando o atendimento com acolhimento e classificação de risco; Expressando segurança na aplicação do protocolo de Manchester; Expressando o sentimento de satisfação profissional; e Trabalhando em equipe multiprofissional. A segunda categoria temática evidenciada: Encontrando dificuldades na realização do acolhimento com classificação de risco, seguida pelas subcategorias: Reconhecendo a grande demanda de atendimento; Detectando dificuldades no direcionamento dos usuários para a rede de saúde; Deparando-se com a resistência médica. Conclui-se que, na percepção dos enfermeiros classificadores de risco, quanto mais aplicam o protocolo de Manchester, mais seguros ficam, no exercício da classificação, afirmaram que as rodas de Educação Permanente possibilitam a integração da equipe multiprofissional contribuindo para a efetivação da classificação de risco. No entanto, a superlotação do pronto socorro prejudica a qualidade do atendimento e aumenta o estresse da equipe. Percebem que a regulação inadequada da rede de saúde colabora para o aumento dessa demanda. As inseguranças evidenciadas foram em relação aos direcionamentos de usuários para a rede de saúde e a falta de apoio da classe médica.
                    Descritores: Serviços médicos de emergência; Triagem; Enfermagem.
                    Conhecimento de enfermeiros e médicos da estratégia saúde da família sobre as políticas voltadas à pessoa idosa.
                    Curso Mestrado em Enfermagem
                    Tipo Dissertação
                    Data 05/09/2014
                    Área ENFERMAGEM
                    Orientador(es)
                    • Márcia Regina Martins Alvarenga
                    Coorientador(es)
                      Orientando(s)
                      • Olivia Alves da Silva
                      Banca
                      • Márcia Regina Martins Alvarenga
                      • Maria da Graca da Silva
                      • Renilda Rosa Dias
                      • Rogério Dias Renovato
                      Resumo Introdução: As políticas públicas brasileiras voltadas à pessoa idosa asseguram os seus direitos sociais e norteiam as ações dos profissionais da assistência social e da saúde, entre outras áreas do conhecimento. Com destaque para a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa que direciona médicos e enfermeiros ao atendimento, avaliação e monitoramento da saúde, da capacidade funcional, da recuperação, da manutenção e da promoção da autonomia e independência dos idosos. Objetivo: Caracterizar o conhecimento de enfermeiros e médicos da Estratégia Saúde da Família sobre as políticas públicas voltadas à pessoa idosa. Percurso metodológico: Pesquisa exploratória, descritiva com abordagem qualitativa. Os sujeitos da pesquisa foram constituídos por enfermeiros e médicos lotados nas Unidades de Estratégia Saúde da Família, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, e definidos por saturação conforme proposto por Fontanella e colaboradores (2011). Os profissionais foram caracterizados quanto à formação e capacitação; entrevistados quanto ao conhecimento sobre políticas públicas e a prática profissional no atendimento à pessoa idosa. As entrevistas semiestruturadas foram gravadas e transcritas. Utilizou-se o método de análise de conteúdo de Bardin e como referencial teórico para análise das categorias a Política Nacional de Saúde para a Pessoa Idosa. Resultados e Discussão: Foram entrevistados dez enfermeiros e sete médicos. Seis enfermeiros e três médicos possuem especializações direcionadas à Atenção Primária à Saúde. Três enfermeiros e médicos possuíam conhecimento do curso “Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa”, ofertado pelo Ministério da Saúde, porém somente um enfermeiro cursou-o. A análise das entrevistas resultou em duas categorias para os enfermeiros “Atendimento das Demandas de Saúde” e “Avaliação do Idoso Centrada na Doença” e duas para os médicos “Avaliação Biomédica do Idoso” e “Atendimento Biomédico do Envelhecimento”. A categoria “Atividades Multidisciplinares” foi comum para ambos os profissionais. O “Conhecimento de Enfermeiros e Médicos da Atenção
                      Primária sobre as Políticas Públicas” resultou com relatos nos quais apenas um médico e um enfermeiro citaram o Estatuto do Idoso. Quanto ao “Trabalho e Atuação do Conselho Municipal de Defesa da Pessoa Idosa” caracterizou-se pelo desconhecimento das duas categorias profissionais. Conclusão: Destaca-se o desconhecimento profissional acerca das políticas voltadas para o idoso, o predomínio da atenção à saúde marcada por ações centradas na patologia, falta de avaliações multidimensionais e na falta de articulação intersetorial e interdisciplinar. As falas caracterizam a superficialidade e o distanciamento de médicos e enfermeiros da Atenção Básica quanto às políticas e órgãos voltados para a defesa dos direitos dos idosos. Compreende-se que devem ser estudadas estratégias para enfrentamento e possibilidades de capacitação profissional da Atenção Primária, na área do idoso, por entender que este nível de atenção é a principal porta de entrada do idoso e indispensável para efetivação da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa e cumprimento de suas diretrizes.
                      Palavras-chave: Estratégia Saúde da Família. Políticas Públicas. Pessoal de Saúde. Idoso. Pesquisa Qualitativa.
                      Situação da violência sexual contra adolescentes em Campo Grande - Mato Grosso do Sul
                      Curso Mestrado em Enfermagem
                      Tipo Dissertação
                      Data 15/08/2014
                      Área ENFERMAGEM
                      Orientador(es)
                      • Cristina Brandt Nunes
                      Coorientador(es)
                        Orientando(s)
                        • Lucyana Conceição Lemes Justino
                        Banca
                        • Ana Paula de Assis Sales
                        • Cristina Brandt Nunes
                        • Luciana Contrera
                        • Maria Angelica Marcheti
                        Resumo Esta pesquisa teve como objetivo geral conhecer a situação da violência sexual contra adolescentes no Município de Campo Grande/Mato Grosso do Sul. Trata-se de um estudo transversal. A população foi composta por 172 fichas de notificação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), correspondentes ao período de janeiro de 2009 a janeiro de 2013, de adolescentes que sofreram violência sexual, na faixa etária de 12 a 18 anos incompletos de idade, de ambos os sexos. A coleta de dados foi realizada durante o mês de abril de 2013 pela própria pesquisadora, por meio de um instrumento adaptado da Ficha de Investigação Individual de Violência Doméstica, Sexual e/ou Outras Violências. A maioria dos adolescentes em situação de violência foi de meninas (94,8%), com idade entre 12 a 14 anos (70,4%), da cor branca (37,8%) e com ensino fundamental incompleto (43,6%). Os que apresentavam deficiência mental (31,8%), em comparação a outros transtornos, sofreram mais violência. Com relação a quem a praticou predominou a intrafamiliar (51,7%), com 53,5% dos casos ocorridos na residência do adolescente, com um autor (66,9%) e do sexo masculino (88,4%) e o uso suspeito de álcool (28%). O tipo de violência sexual mais praticado foi o estupro (64,5%) e se realizou a profilaxia de Doenças Sexualmente Transmissíveis (34,3%) e Vírus da Imunodeficiência Humana (32%), bem como a contracepção de emergência (29,7%). As consequências verificadas foram, em sua maioria, o transtorno de estresse pós-traumático (40,7%) e a gravidez (8,7%). Após a notificação e o primeiro atendimento os adolescentes foram encaminhados à atenção primária de saúde (69,8%) e ao conselho tutelar (46,5%). Não houve um padrão espacial de violência sexual contra adolescentes no município pesquisado, a mesma teve distribuição homogênea em toda a sociedade sem distinção de estrato social. Evidenciou-se que a violência sexual contra adolescentes faz parte do cotidiano da população e a notificação é fundamental para o conhecimento do perfil da violência para a intervenção profissional e prevenção, bem como subsidiar a formulação de políticas públicas e práticas efetivas pelos diversos setores que atuam na temática. Estudos sobre o fenômeno da violência sexual contra adolescentes, sua abordagem e consequências, considerando-se o índice de qualidade de vida urbano, fazem-se pertinentes para o aprimoramento da prevenção para a redução de seus agravos.
                        Descritores: Violência sexual; Saúde do adolescente; Enfermagem pediátrica.
                        SEGURANÇA DO PACIENTE: AVALIAÇÃO DA ADESÃO ÀS BOAS PRÁTICAS DE PROCESSAMENTO DE PRODUTOS PARA SAÚDE EM HOSPITAIS
                        Curso Mestrado em Enfermagem
                        Tipo Dissertação
                        Data 13/08/2014
                        Área ENFERMAGEM
                        Orientador(es)
                        • Adriano Menis Ferreira
                        Coorientador(es)
                          Orientando(s)
                          • Janaina Trevizan Andreotti
                          Banca
                          • Adriano Menis Ferreira
                          • Maria de Fatima Meinberg Cheade
                          • Paula Regina de Souza Hermann
                          • Vilma Ribeiro da Silva
                          Resumo É consenso que as infecções cirúrgicas são um grave problema de saúde pública e que um dos fatores relacionados à sua ocorrência é a não adesão às boas práticas para o processamento de produtos para a saúde nos Centros de Material e Esterilização. O objetivo deste estudo foi analisar a adesão às boas práticas de processamento de produtos para saúde que são estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária por meio da Resolução da Diretoria Colegiada n. 15, de 15 de março de 2012, nos Centros de Material e Esterilização de hospitais com leitos de terapia intensiva. Trata-se de um estudo descritivo de casos múltiplos. Numa primeira etapa, elaborou-se e validou-se um instrumento para coleta dos dados com a participação de sete peritos. Posteriormente, o formulário foi aplicado em oito hospitais da cidade de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil. A coleta de dados foi fundamentada nas técnicas de observação direta, análise documental, mensuração de áreas físicas, de temperatura e da umidade relativa do ar. As médias de adesão às exigências relacionadas aos recursos humanos (28,8%), à segurança do trabalho (32,5%), ao processo de desinfecção (34,5%), aos equipamentos (35,3%) e ao transporte (37,5%) demonstram que estas foram as categorias mais descumpridas da referida Resolução. Diante desses resultados, infere-se que a qualidade dos produtos para saúde processados nestes serviços pode estar comprometida, expondo os profissionais da área a riscos ocupacionais evitáveis.
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                          Fatores de risco para sífilis em gestantes assistidas nas maternidades em Campo Grande - MS
                          Curso Mestrado em Enfermagem
                          Tipo Dissertação
                          Data 11/08/2014
                          Área ENFERMAGEM
                          Orientador(es)
                          • Sonia Maria Fernandes Fitts
                          Coorientador(es)
                            Orientando(s)
                            • Fernanda Queiroz de Souza
                            Banca
                            • Albert Schiaveto de Souza
                            • Ana Paula da Costa Marques
                            • Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira
                            • Sonia Maria Fernandes Fitts
                            Resumo SOUZA, F. Q. Fatores de risco para sífilis em gestantes assistidas nas maternidades públicas de Campo Grande, MS. 81f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2014.
                            A sífilis é uma doença infectocontagiosa que pode resultar em graves consequências para a gestante e seu concepto. A despeito dos protocolos de atendimento bem definidos, a sífilis gestacional ainda é uma realidade em nossa sociedade. Foi realizado um estudo de caso-controle no período de abril a novembro de 2013 para investigar os fatores de risco para sífilis em puérperas assistidas nas maternidades públicas de Campo Grande, MS. Os casos foram representados por puérperas com diagnóstico positivo para sífilis e os controles pelas puérperas com diagnóstico negativo, pareadas em idade na proporção de três controles para cada caso identificado. Setenta casos e duzentos e dez controles foram entrevistados e tiveram amostra de sangue coletada para a detecção de anticorpos específicos contra o Treponema pallidum. A análise estatística das variáveis sócio-demográficas e econômicas revelou associação significativa (p<0,05) da presença de sífilis com o baixo nível de escolaridade, baixa renda per capita, ausência de casa própria e residência de até dois cômodos. Em relação às variáveis obstétricas houve associação estatística (p<0,05) para número de partos maior ou igual a três, parto de natimorto, óbito infantil, relato de dois ou mais prematuros e de mais de um recém-nascido com peso inferior a 2.500 gramas. Quanto às variáveis ginecológicas a presença da sífilis foi significativamente associada com precocidade sexual, não uso de anticoncepcional, história clínica de lesão genital, parceiro sexual eventual e multiplicidade de parceiros (p<0,05). Em relação às variáveis comportamentais a presença da sífilis foi associada ao consumo ocasional de álcool, ao consumo de drogas ilícitas não injetáveis pela puérpera e por algum parceiro sexual, ao tabagismo e a relação sexual com parceiro que esteve ou está privado de liberdade (p<0,05). Centrados na meta de eliminação da sífilis congênita como consequência grave da sífilis gestacional, este estudo evidencia a necessidade de estabelecimento de uma rede de saúde organizada e integrada com a área econômica e de educação. Além disso, demonstra a importância da capacitação técnica dos profissionais de saúde a fim de contribuir com a busca ativa, diagnóstico e tratamento das mulheres com sífilis nas mais diversas condições de vulnerabilidade. Essas ações poderiam impedir a continuidade da cadeia de transmissão durante o período gestacional.
                            Palavras-chaves: Cuidado pré-natal; Fatores de risco; Gravidez; Sífilis.
                            CARACTERIZAÇÃO DE PUÉRPERAS E RECÉM-NASCIDOS E DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM EM ALOJAMENTO CONJUNTO
                            Curso Mestrado em Enfermagem
                            Tipo Dissertação
                            Data 08/08/2014
                            Área ENFERMAGEM
                            Orientador(es)
                            • Maria Auxiliadora de Souza Gerk
                            Coorientador(es)
                              Orientando(s)
                              • Simone Sousa Oliveira Fonseca
                              Banca
                              • Ana Paula de Assis Sales
                              • Cristina Brandt Nunes
                              • Maria Auxiliadora de Souza Gerk
                              • Maria Gorette dos Reis
                              Resumo
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                              Conhecimento e prática dos profissionais de enfermagem no cuidado ao indivíduo em risco e com úlcera de pressão
                              Curso Mestrado em Enfermagem
                              Tipo Dissertação
                              Data 31/07/2014
                              Área ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
                              Orientador(es)
                              • Adriane Pires Batiston
                              Coorientador(es)
                                Orientando(s)
                                • Mercy da Costa Souza
                                Banca
                                • Adriane Pires Batiston
                                • Euzeli da Silva Brandão
                                • Luciana Contrera
                                • Mara Lisiane de Moraes dos Santos
                                Resumo O interesse da comunidade científica para o cuidado na prevenção e tratamento da úlcera por pressão (UPP) vem aumentando significativamente nos últimos anos. Este estudo teve como objetivo avaliar o conhecimento e a prática entre os profissionais da equipe de enfermagem (enfermeiros e auxiliares/técnicos) no cuidado ao indivíduo em risco e com UPP. Trata-se de um estudo transversal, no qual foram investigados variáveis sócio-demográficas, o conhecimento e as ações de enfermagem referentes à avaliação, prevenção e tratamento das UPP, bem como os fatores que interferem na gestão administrativa do cuidado. Foi elaborado um instrumento e validado por 10 juízes, enfermeiros especialista com qualificação específica e docente pós- doutor, doutor e mestres. A amostra foi composta de 197 profissionais de enfermagem, sendo 84,3% de auxiliares/técnicos de enfermagem e 15,7% de enfermeiros de três hospitais públicos. A idade média é de 36,71±0,68 anos, 73,6% do sexo feminino, com tempo médio de trabalho na instituição de 8,35±0,59 anos. Quanto ao uso de protocolo de prevenção da UPP, 59,4% desconhecem a existência do mesmo e 73,1% afirmaram não ter recebido capacitação específica para prevenção e tratamento da UPP. Entre os profissionais, 62,4% informaram possuir um bom conhecimento sobre o tema, entretanto, o percentual de acertos nas questões sobre UPP foi diferentes entre os profissionais, sendo 81,85% para enfermeiros e 72,44% para os auxiliares/técnicos de enfermagem, considerado insatisfatório. Sobre as principais ações de enfermagem, observou-se que 50,0% relataram sempre realizar o alívio de pressão, 70,0% fazem à prevenção da fricção e 62,0% a redução do cisalhamento. Quanto ao tratamento, 60,91% dos entrevistados afirmaram que a avaliação do indivíduo e da lesão é feita pelo enfermeiro, o tratamento é definido pelo médico em 50,0% dos casos e as ações são executadas pelos técnicos de enfermagem (46,70%), indicando a falta de integralidade no cuidado ao indivíduo. Dos elementos facilitadores e dificultadores, para o cuidado relacionado à UPP, foram citados como facilitadores: o processo de trabalho (55,9%) e os recursos humanos (45,2%); como dificultadores a falta de material (70,7%) e a alta carga de trabalho (54,7%). Conclui-se que o conhecimento dos profissionais é inadequado, o que se reflete nas práticas tanto de enfermeiros como auxiliares/técnicos de enfermagem, reduzindo as possibilidades de práticas preventivas e cuidado integral ao individuo portador da UPP.
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                                Efeitos de intervenção educativa em higiene bucal na prática de profissionais de enfermagem e na incidência de pneumonia associada à ventilação.
                                Curso Mestrado em Enfermagem
                                Tipo Dissertação
                                Data 07/07/2014
                                Área ENFERMAGEM MÉDICO-CIRÚRGICA
                                Orientador(es)
                                • Paulo Zarate Pereira
                                Coorientador(es)
                                  Orientando(s)
                                  • Marisa Dias Von Atzingen
                                  Banca
                                  • Adriano Menis Ferreira
                                  • Alessandro Diogo de Carli
                                  • Maria Gorette dos Reis
                                  • Paulo Zarate Pereira
                                  Resumo Von Atzingen MD. Efeitos de intervenção educativa em higiene bucal na prática de profissionais de enfermagem e na incidência de pneumonia associada à ventilação. Campo Grande; 2014. [Dissertação – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul].

                                  A pneumonia constitui a infecção mais incidente em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), onde pacientes submetidos à ventilação mecânica podem desenvolver a Pneumonia Associada à Ventilação (PAV). Estudos indicam que a higiene bucal precária pode estar associada ao desenvolvimento da PAV. O objetivo deste estudo foi avaliar se intervenções educativas sobre higiene bucal podem reduzir a densidade de incidência de PAV em pacientes que se encontram em ventilação mecânica. A amostra foi constituída por duas populações distintas: 61 pacientes adultos (30 na fase anterior a intervenção educativa e 31 na fase posterior), em ventilação mecânica a 48 h ou mais, internados na UTI da Sociedade Beneficente de Campo Grande – Santa Casa; e 103 colaboradores da equipe de enfermagem das UTI da mesma instituição. Foi determinado o Índice de Higiene Oral Simplificado (IHO-S) desses pacientes. Em seguida, procedimentos de higiene bucal foram realizados regularmente pela equipe de enfermagem, após capacitação dos profissionais sobre métodos adequados de higiene bucal em pacientes nessas condições. Novo IHO-S foi verificado por um período de dois meses após a capacitação sobre higiene bucal. Foi analisada a densidade de incidência de PAV seis meses antes e após a intervenção educativa, de acordo com dados secundários do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar. A equipe de enfermagem respondeu um questionário para avaliação do conhecimento sobre medidas de prevenção de PAV e foi realizada uma observação não participativa da técnica de higiene bucal praticada. Para a análise estatística foram aplicados os testes de t-student, teste do x2, exato de Fisher e Mann-Whitney, e nível de significância de 5%. Verificou-se que a intervenção educativa desenvolvida junto à equipe de enfermagem isoladamente não reduziu a incidência de PAV (p=0,240). Entretanto a intervenção educativa reduziu significantemente o acúmulo de biofilme dental, o que se traduziu em importante melhora na higiene bucal dos pacientes (p=0,002). Concluiu-se que a equipe de enfermagem apresentou baixo conhecimento sobre as medidas de prevenção à PAV (bundle) e não há uma padronização na técnica adotada pela equipe de enfermagem para higienização bucal.

                                  Palavras-chave: Cuidados de enfermagem. Inflamação pulmonar. Higiene dentária.

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                                  Sistematização da assistência de enfermagem relacionada à qualidade de vida de pessoas em tratamento hemodialíco
                                  Curso Mestrado em Enfermagem
                                  Tipo Dissertação
                                  Data 07/07/2014
                                  Área ENFERMAGEM
                                  Orientador(es)
                                  • Maria da Graca da Silva
                                  Coorientador(es)
                                    Orientando(s)
                                    • Anelise Nogueira de Lima
                                    Banca
                                    • Ana Paula de Assis Sales
                                    • Margarete Knoch
                                    • Maria Auxiliadora de Souza Gerk
                                    • Maria Gorette dos Reis
                                    Resumo A Doença Renal Crônica (DRC) vem aumentando progressivamente em âmbito mundial, constituindo-se um grave problema de saúde pública no Brasil, devido à sua prevalência crescente e sua morbimortalidade elevada. A pesquisa estabeleceu como objetivo geral propor intervenções de enfermagem para pessoas com DRC, em tratamento dialítico, com enfoque na qualidade de vida (QV). Trata-se de um estudo exploratório, descritivo e transversal, com abordagem quantitativa, realizada no setor de hemodiálise de um Hospital Universitário e em três clínicas de hemodiálise de Campo Grande/MS, nos meses de agosto a outubro de 2013. A população do estudo compôs-se de 120 participantes, pessoas submetidas à hemodiálise nos locais de estudo, com idade igual ou acima de 18 anos. A coleta de dados foi realizada mediante a aplicação de um instrumento com questões que abordaram as características sociodemográficas dos componentes da amostra, e para a análise da qualidade de vida foi aplicado o instrumento genérico SF-36 (Medical Outcomes Study 36 - Item Short Form Health Survey) traduzido e validado em português, que avalia a percepção da qualidade de vida que a pessoa tem relacionando à sua própria saúde. Os participantes são, na maioria, homens 68 (56,7%), sendo que 78 (65%) se encontravam em união estável, com renda salarial de um salário mínimo 72 (62,5%), com ensino fundamental 97(80,8%) e 64 (53,3%) encontra-se afastado do trabalho/licença saúde. Quando cruzados os dados sociodemográficos com o SF-36, constatamos que os indivíduos estão piores em qualidade de vida no domínio “Limitação por Aspectos Físicos” (média=43,08) e melhores no domínio “Saúde Mental” (média=67,17). Foram encontrados 19 Diagnósticos de Enfermagem: autocontrole ineficaz da saúde, comportamento de saúde propenso a risco; controle ineficaz do regime terapêutico; disposição para autocontrole de saúde melhorado; estilo de vida sedentário; proteção ineficaz; eliminação urinária prejudicada; insônia; fadiga; intolerância à atividade; baixa autoestima situacional; distúrbio na imagem corporal; interação social prejudicada; integridade da pele prejudicada; conforto prejudicado; dor aguda; risco de desequilíbrio de volume de líquidos; risco de infecção; sentimento de impotência. A pesquisa destacou a necessidade de um envolvimento maior dos profissionais de saúde com as pessoas acometidas pela DRC, enfatizando que é preciso o envolvimento do enfermeiro, juntamente com a equipe de enfermagem, a fim de promover a educação em grupo durante as sessões de hemodiálise, incentivando maneiras novas de viver dentro de seus limites e mantendo a esperança e a alegria.
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                                    “A Identificação dos Sintomas depressivos na Equipe de Enfermagem do serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Mato Grosso do Sul”.
                                    Curso Mestrado em Enfermagem
                                    Tipo Dissertação
                                    Data 03/06/2014
                                    Área ENFERMAGEM
                                    Orientador(es)
                                    • Mariluci Camargo Ferreira da Silva Candido
                                    Coorientador(es)
                                      Orientando(s)
                                      • Mayara Caroline Ribeiro Antonio
                                      Banca
                                      • Antonia Regina Ferreira Furegato
                                      • Luciana Contrera
                                      • Mariluci Camargo Ferreira da Silva Candido
                                      • Sebastiao Junior Henrique Duarte
                                      Resumo RESUMO

                                      ANTONIO, M. C. R. A identificação dos sintomas depressivos na equipe de enfermagem do serviço de atendimento móvel de urgência de Mato Grosso do Sul. 104 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) –Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2014.

                                      Há uma crescente discussão na comunidade científica sobre os transtornos mentais, em especial, acerca da depressão, devido ao fato dela estar relacionada como uma das principais causas de sobrecarga mental e incapacitação das atividades diárias na população em geral e em grupos específicos, sendo considerada como o mal do século e podendo atingir o topo das doenças mentais até 2020. Sabe-se que o trabalho e o ambiente no qual ele se desenvolve podem favorecer o aparecimento de doenças físicas e psíquicas. Os profissionais da área da saúde encontram-se mais vulneráveis à isso, principalmente quando exercem suas atividades em áreas e serviços específicos, como no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Assim, partindo do pressuposto de que as condições e o ambiente de trabalho influenciam significativamente na saúde do trabalhador e que a evolução dos transtornos mentais ocorre de forma gradativa, é imprescindível que os profissionais da equipe de enfermagem, que atuam no SAMU, devam ter sua saúde preservada, por meio de acompanhamento periódico de seu estado de saúde físico e mental. Com isso, o objetivo geral do estudo foi identificar a prevalência de sintomatologia sugestiva de depressão em profissionais de enfermagem de Serviços de Atendimento Móvel de Urgência de uma Região Central do Brasil. Os objetivos específicos foram relacionar as características sociodemográficas e profissionais com a sintomatologia de depressão e relacionar a prevalência de sintomatologia sugestiva de depressão com as alterações de saúde dos profissionais. Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo e transversal, com abordagem quantitativa dos dados, realizado entre julho e outubro de 2013, nos SAMUs da Macrorregião do estado de Mato Grosso do Sul. A população foi composta por 41 profissionais de enfermagem em Campo Grande (13 enfermeiros, 27 técnicos e 1 auxiliar de enfermagem); 14 em Três Lagoas (sete enfermeiros e sete técnicos); 11 em Dourados (4 enfermeiros, 5 técnicos e 2 auxiliares) e 19 em Corumbá (8 enfermeiros, 10 técnicos e 1 auxiliar). Os critérios de inclusão foram ser profissionais do quadro efetivo do serviço e aceitar participar da pesquisa mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.Ressalta-se que não houve nenhuma recusa em participar da pesquisa. Os trabalhadores que estavam afastados, em período de férias e/ou licença no momento da coleta de dados, foram excluídos. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul sob o parecer nº. 282.196/2013. Para a coleta dos dados, aplicou-se o Inventário de Depressão de Beck, que identifica os sintomas sugestivos de depressão e um formulário adaptado para registrar as características sociodemográficas, profissionais e de saúde. A análise dos dados constou de: análise descritiva dos dados e dicotomização dos participantes em dois grupos (I: com sintomatologia de depressão e II: sem sintomatologia sugestiva de depressão). Utilizou-se os testes Qui-quadrado, Qui-quadrado de tendência e Teste Exato de Fisher, e foram calculadas as razões de prevalência, com os respectivos intervalos de confiança de 95%. Para as variáveis que influenciaram nos quadros de depressão, aplicou-se a Regressão de Cox. Dos 94 profissionais, 85 participaram do estudo, sendo que 48,2% estavam lotados no município de Campo Grande; 55,3% eram do sexo feminino e casados; 56,5% tinham idade menor ou igual a 35 anos; 51,8% ganhavam o equivalente a três salários ou menos; 67,0% moravam em imóvel próprio com a família; 57,7% eram técnicos de enfermagem; 49,4% trabalhavam na área a menos de dez anos; 74,1% trabalhavam no SAMU a menos de cinco anos; dos 37,6% de profissionais de nível superior (enfermeiros), 81,3% possuíam pós-graduação em nível de especialização; 56,5% não estavam estudando no momento da coleta de dados; 45,9% trabalhavam em período integral; 80,0% em período noturno; 72,9% possuíam somente um vínculo empregatício; 44,7% trabalhavam entre nove e dezesseis horas por dia; 78,8% dormiam de quatro a oito horas por noite e 94,1% possuíam veículo próprio para se locomover até o trabalho. A prevalência de sintomatologia sugestiva de depressão encontrada foi de 11,8%. Devido às características do trabalho em urgência e emergência é fundamental que o profissional tenha sua saúde física e mental preservada, através de acompanhamento periódico e de condições de trabalho, independente de sua atividade, em conformidade com a legislação de proteção ao trabalhador. Evidencia-se a necessidade de melhoria das condições de trabalho, de adoção de estratégias de enfrentamento e de medidas de prevenção, tendo em vista os sintomas assinalados no Inventário de Depressão de Beck com alto percentual para irritabilidade (65,9%), fadiga (64,7%), preocupação somática com o estado de saúde (43,5%), falta de satisfação (40,0%) e distúrbio do sono (62,3%). Relacionando as alterações de saúde com os sintomas sugestivos de depressão, houve associação significativa entre as variáveis, pois encontrou-se prevalência de sintomas sugestivos de depressão quatro vezes maior nos trabalhadores portadores de transtorno mental, em comparação aos não portadores deste tipo de doença. Conclui-se que, os profissionais que apresentaram escores para a sintomatologia sugestiva de depressão (11,8%) também mostraram alta porcentagem de sintomas depressivos assinalados no IDB e associação significativa com a prevalência de sintomatologia sugestiva de depressão e transtorno mental, além de outras doenças relacionadas. Sugere-se que é fundamental que ocorra a integração das políticas de Saúde Mental e Saúde do Trabalhador na perspectiva da compreensão de que o processo saúde-doença pode incidir no ambiente ocupacional.
                                      Palavras-chave: Enfermagem Psiquiátrica. Equipe de Enfermagem. Saúde do Trabalhador. Serviços Médicos de Emergência. Transtornos Mentais.








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