Mestrado em Enfermagem

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Trabalhos

Trabalhos Disponíveis

TRABALHO Ações
ASSISTÊNCIA À SAÚDE DE ADOLESCENTES COM O COMPORTAMENTO DE AUTOLESÃO NÃO SUICIDA E SUA FAMÍLIA
Curso Mestrado em Enfermagem
Tipo Dissertação
Data 26/08/2025
Área ENFERMAGEM
Orientador(es)
  • Bianca Cristina Ciccone Giacon Arruda
Coorientador(es)
    Orientando(s)
    • Gabriele Cássia Santos Silva
    Banca
    • Bianca Cristina Ciccone Giacon Arruda
    • Elen Ferraz Teston
    • Guilherme Oliveira de Arruda
    • Marcelle Paiano
    • Monika Wernet
    • Sonia Regina Zerbetto
    Resumo
    FATORES RELACIONADOS À (SUB) NOTIFICAÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS POR PROFISSIONAIS DA TERAPIA INTENSIVA
    Curso Mestrado em Enfermagem
    Tipo Dissertação
    Data 04/08/2025
    Área ENFERMAGEM
    Orientador(es)
    • Verusca Soares de Souza
    Coorientador(es)
      Orientando(s)
      • Aline Barbieri
      Banca
      • Ana Carolina Simões Pereira
      • Andreia Insabralde de Queiroz Cardoso
      • Elen Ferraz Teston
      • Maria do Carmo Lourenço Haddad
      • Verusca Soares de Souza
      Resumo
      PROPOSTA DE PADRONIZAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE (RE)FIXAÇÃO DO CATETER NASOENTERAL COM FITA ADESIVA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ADULTO
      Curso Mestrado em Enfermagem
      Tipo Dissertação
      Data 27/06/2025
      Área ENFERMAGEM
      Orientador(es)
      • Oleci Pereira Frota
      Coorientador(es)
        Orientando(s)
        • Ana Beatriz de Castro Vilalba
        Banca
        • Alvaro Francisco Lopes de Sousa
        • Carolina Mariano Pompeo
        • Elaine Aparecida Rocha Domingues
        • Marcos Antonio Ferreira Junior
        • Oleci Pereira Frota
        Resumo
        ANÁLISE CLÍNICO EPIDEMIOLÓGICA DOS PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL ANTES E APÓS O INÍCIO DA PANDEMIA DA COVID-19
        Curso Mestrado em Enfermagem
        Tipo Dissertação
        Data 26/06/2025
        Área ENFERMAGEM
        Orientador(es)
        • Carolina Mariano Pompeo
        Coorientador(es)
          Orientando(s)
          • Vanessa Barbosa de Souza Corbetta
          Banca
          • Andreia Insabralde de Queiroz Cardoso
          • Carolina Mariano Pompeo
          • Fabiana Perez Rodrigues Bergamaschi
          • Mercy da Costa Souza
          • Oleci Pereira Frota
          Resumo Introdução: A pandemia causada pela doença do coronavírus, decretada pela Organização Mundial de Saúde no início de 2020, aumentou a morbimortalidade ocasionada pelas doenças cardiovasculares, em especial entre pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico de revascularização do miocárdio (RM) Objetivo: Analisar o perfil clínico e epidemiológico dos pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio antes e após o início da pandemia da Covid-19. Método: Estudo transversal, com dados dos prontuários de pacientes submetidos à cirurgia de RM no período de 2016 a 2023, em três hospitais públicos de grande porte do estado de Mato Grosso do Sul. Os dados foram coletados entre abril e dezembro de 2024. A população foi composta pelos prontuários dos pacientes que se submeteram ao procedimento cirúrgico de RM com idade igual ou superior a 18 anos no período do estudo, sendo excluídos os prontuários incompletos ou não disponíveis para pesquisa e os de pacientes submetidos a cirurgias combinadas. Os dados foram submetidos à estatística descritiva e inferencial, sendo aplicados os testes do qui-quadrado ou exato de Fisher, e o teste U de Mann Whitney, com nível de significância de 0,05. A pesquisa foi aprovada pelos Comitês de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) sob o número de Certificado de Apresentação de Apreciação Ética (CAAE) nº 75540223.7.0000.0021. Resultado: A amostra foi composta por 210 pacientes. Houve prevalência para o sexo masculino (70,5%), com idade média de 61,59 anos (±9,67). Após a pandemia, verificou-se o aumento dos casos de infarto agudo do miocárdio sem supradesnivelameto do segmento ST (de 25% para 64%), circulação extracorpórea (CEC) (de 79,3% para 84,4%), tempo de CEC (de 1:09:55 (±0:36:18) para 1:31:10 (±1:01:02), p=0,001), parada cardiorrespiratória (de 2,4% para 11,2%), infarto agudo do miocárdio (de 19,2% para 21,6%) e fibrilação arterial (de 18% para 26,4%). Em relação aos desfechos pós-operatórios, a maioria dos pacientes recebeu alta por melhora clínica. Porém, o percentual de óbitos apresentou aumento após o início da pandemia (de 8,5% para 15,6%). Conclusão: Este trabalho apontou as alterações clínicas após o início da pandemia, constatando-se o aumento dos casos de infarto sem supra de ST, como assim também da utilização e do tempo da circulação extracorpórea e das complicações. Este dado contribuiu para a compreensão do cuidado cardiovascular e para mostrar a importância dos cuidados pré e pós-operatórios.
          EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA COM A PRESENÇA DA FAMÍLIA NO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL: CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE CENÁRIO DE SIMULAÇÃO
          Curso Mestrado em Enfermagem
          Tipo Dissertação
          Data 27/02/2025
          Área ENFERMAGEM
          Orientador(es)
          • Maria Angelica Marcheti
          Coorientador(es)
          • Fernanda Ribeiro Baptista Marques de Almeida
          Orientando(s)
          • Karine Silva Fogaça
          Banca
          • Elaine Cristina Fernandes Baez Sarti
          • Maria Angelica Marcheti
          • Mayckel da Silva Barreto
          • Myriam Aparecida Mandetta
          • Rodrigo Guimaraes dos Santos Almeida
          Resumo A presença da família no atendimento pediátrico hospitalar é considerada como uma prática benéfica, promovendo maior humanização e segurança no cuidado. Contudo, em procedimentos emergenciais, ainda tem sido objeto de discussões, mesmo validada por diretrizes internacionais. No contexto do atendimento pré-hospitalar móvel, a inclusão da família ainda enfrenta barreiras, sendo frequentemente vista como fonte de informações. No entanto, prevalece uma assistência técnica focada na vítima, e sua permanência durante os procedimentos depende da postura dos profissionais. A ausência de protocolos claros e treinamentos específicos representam desafios para a implementação da filosofia do Cuidado Centrado no Paciente e na Família, abordagem considerada ideal para assistência, cujo objetivo primordial visa promover a saúde e o bem-estar de indivíduos e famílias, envolvendo a família no planejamento, prestação e avaliação dos cuidados. Para viabilizar essa prática, é necessário promover a presença ativa da família durante o atendimento, estabelecer protocolos direcionados e designar profissionais capacitados para garantir uma comunicação efetiva com os familiares. A educação permanente, baseada na aprendizagem significativa e em estratégias pedagógicas inovadoras, como a simulação clínica, destaca-se como uma ferramenta para capacitação das equipes, fortalecendo a implementação dessa filosofia do cuidado. Nesse contexto, o enfermeiro assume o papel de educador e elo da equipe. Com o intuito de preencher essa lacuna, este estudo teve como objetivo construir e implementar uma intervenção educacional para profissionais de enfermagem no contexto pré-hospitalar móvel, com ênfase no atendimento emergencial pediátrico centrado na família. Realizou-se um estudo metodológico em quatro etapas: 1) Revisão de Escopo, ancorada no referencial do JBI, com a questão norteadora: Como tem sido o processo de interação familiar nos treinamentos de simulação clínica para socorristas no contexto emergencial pediátrico? As buscas foram conduzidas de janeiro a março de 2024, sem limitação de idioma e ano. 2) Construção do Cenário de Simulação, fundamentada nas principais recomendações da literatura nacional e internacional sobre a temática e o arcabouço estrutural do constructo a partir das diretrizes da International Nursing Association for Clinical Simulation and Learning e no modelo teórico para simulação clínica. 3) Validação do Cenário por Especialistas: realizou-se a validação do cenário em aparência e conteúdo, conduzida por 12 enfermeiros especialistas na temática, de diversas regiões do Brasil, selecionados pelos critérios de Jasper. Para análise de concordância, foram utilizados o Coeficiente de Validade de Conteúdo com critério de aceitação superior a 0,80, o Índice de Validade de Conteúdo e o Índice de Concordância, ambos com ponto de corte mínimo de 0,90. Sugestões adicionais foram incorporadas para aprimoramento do instrumento.
          4) Teste-piloto e validação da estrutura do cenário pelo público-alvo baseado na Escala de Design da Simulação. O estudo foi conduzido entre junho e outubro de 2024, no estado de Mato Grosso do Sul, Brasil. Os resultados da revisão de escopo indicaram que 60% das publicações analisadas são provenientes dos Estados Unidos, com todos os estudos realizados em hospitais; apenas 10% incluíram outras ambiências, sem foco exclusivo no atendimento pré-hospitalar. As simulações clínicas concentraram-se em treinamentos multiprofissionais com médicos, enfermeiros e fisioterapeutas (60%), enquanto 30% abordaram exclusivamente o treinamento de enfermeiros. Os cenários simulados destacam-se pela ênfase na reanimação pediátrica com a presença da família (40%). As evidências demonstram que as simulações são eficazes para

          superar barreiras na inclusão da família, promovendo confiança e habilidades técnicas e comunicativas em ambientes controlados. Contudo, a interação dos profissionais com a família permanece secundária em treinamentos de emergências pediátricas, indicando necessidade de maior atenção. No processo de validação do cenário, duas rodadas Delphi confirmaram a validade e a concordância do instrumento, com Coeficiente de Validade de Conteúdo de 0,90, Índice de Validade de Conteúdo de 0,98 e Índice de Concordância de 90,6%, evidenciando robustez metodológica e relevância prática. As contribuições dos especialistas foram incorporadas, garantindo alinhamento ao contexto de aplicação. A avaliação do público-alvo destacou alta confiabilidade e aceitação, com Alfa de Cronbach de 0,90 e Índice de Concordância superior a 91%. Esses resultados reforçam a eficácia da simulação na capacitação em emergências pediátricas no pré-hospitalar, promovendo desenvolvimento técnico e integração de práticas centradas no paciente e na família, alinhadas ao cuidado humanizado. Este estudo amplia o conhecimento sobre o atendimento emergencial pediátrico, propondo caminhos para explorar o contexto pré-hospitalar e a inclusão de familiares durante a assistência. Reforça a simulação clínica como ferramenta hábil para capacitação, com impacto positivo na confiança profissional e na comunicação. A validação do instrumento desenvolvido representa um avanço significativo, promovendo habilidades alinhadas ao cuidado centrado no paciente e na família. Os resultados destacam a necessidade de expandir a simulação ao pré-hospitalar, contribuindo para a humanização e a qualidade do atendimento pediátrico emergencial.


          Palavras-chave: Socorristas; Serviços Médicos de Emergência; Enfermagem Familiar; Criança; Treinamento por Simulação; Educação Continuada em Enfermagem.
          A SIMULAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE LETRAMENTO EM SAÚDE PARA AS FAMÍLIAS DE CRIANES EM USO DE GASTROSTOMIA
          Curso Mestrado em Enfermagem
          Tipo Dissertação
          Data 27/02/2025
          Área ENFERMAGEM
          Orientador(es)
          • Rodrigo Guimaraes dos Santos Almeida
          Coorientador(es)
          • Fernanda Ribeiro Baptista Marques de Almeida
          Orientando(s)
          • Gabriella Figueiredo Marti
          Banca
          • Adriana Maria Duarte
          • Ana Paula de Assis Sales
          • Beatriz Maria Jorge
          • Daniela Castillo Mansilla
          • Maria Angelica Marcheti
          • Rodrigo Guimaraes dos Santos Almeida
          Resumo Com os avanços tecnológicos na área da saúde, tem ocorrido um aumento na sobrevida de crianças com doenças crônicas que requerem cuidados especiais para manter a saúde. Essas crianças são conhecidas como Crianças com Necessidades Especiais de Saúde (CRIANES) e necessitam de assistência contínua, incluindo o uso de dispositivos tecnológicos enterais, como a gastrostomia, prescritos quando há dificuldades na deglutição ou anomalias no trato gastrointestinal. No entanto, a desospitalização dessas crianças que utilizam gastrostomia é um desafio para as famílias, que frequentemente experimentam medo e insegurança em relação à tecnologia, sentindo-se despreparadas para fornecer os cuidados necessários. Uma abordagem emergente para enfrentar esse desafio é a simulação, especialmente na modalidade da Prática Deliberada de Ciclos Rápidos (PDCR), que oferece uma experiência realista para praticar e aprender. Ela contribui para o desenvolvimento de conhecimento e habilidades e pode ser uma intervenção útil para preparar os familiares. O objetivo deste estudo é investigar como as famílias de crianças em uso de gastrostomia percebem a simulação como uma forma de treinamento e desenvolvimento de habilidades. Trata-se de uma pesquisa de intervenção com abordagem qualitativa, conduzida em três etapas. Foram incluídos no estudo familiares de crianças entre 1 e 12 anos incompletos, em uso de gastrostomia há pelo menos seis meses, acompanhadas por um Hospital Universitário da região Centro Oeste, residindo em Campo Grande ou em um raio de até 130 km. Foram excluídos familiares que interromperam o uso do dispositivo durante a coleta de dados e aqueles que eram profissionais da saúde, devido à possível influência na aceitação e no manejo dos cuidados. A primeira etapa consistiu no contato com os familiares para apresentação da pesquisa e convite para participação, seguido pela aplicação de um questionário semiestruturado após aceitação. A segunda etapa envolveu a realização da PDCR, na qual foi agendado um dia e horário com a família para aplicação do Roteiro para Treinamento de Habilidades: Nutrição Enteral por Sonda de Gastrostomia (RTH-Gastro). Na terceira etapa, foram feitas entrevistas semiestruturadas 30 dias após o treinamento, agendadas previamente e realizadas no domicílio. Elas foram audiogravadas e transcritas na íntegra, sendo os dados analisados por meio da Análise de Conteúdo proposta por Elo e Kingas e por Bardin. Os resultados indicam que a simulação clínica melhora significativamente a confiança, a autoeficácia e as competências dos cuidadores, proporcionando uma experiência realística que contribui para o preparo familiar durante a transição do hospital para o cuidado domiciliar. As famílias relataram maior segurança e compreensão sobre o uso de dispositivos tecnológicos, além de redução nos sentimentos de medo e insegurança. A simulação clínica, integrada ao Modelo Interacional de Cuidado à Família (MICF), demonstrou ser uma ferramenta essencial para a educação em saúde, promovendo o empoderamento das famílias no manejo seguro de dispositivos de gastrostomia. Recomenda-se a ampliação dessa prática em diferentes contextos de cuidado considerando as particularidades de cada família, a fim de fortalecer a resiliência familiar e melhorar a qualidade do cuidado domiciliar.
          CONHECIMENTO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM SOBRE DOENÇAS RARAS
          Curso Mestrado em Enfermagem
          Tipo Dissertação
          Data 27/02/2025
          Área ENFERMAGEM
          Orientador(es)
          • Guilherme Oliveira de Arruda
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • Nathália Ivulic Pleutim
            Banca
            • Bianca Cristina Ciccone Giacon Arruda
            • Elen Ferraz Teston
            • Geisa dos Santos Luz
            • Guilherme Oliveira de Arruda
            • Natália Campacci
            • Sonia Silva Marcon
            Resumo As doenças raras são patologias que possuem incidência baixa, mas constituem um problema de saúde pública. O itinerário terapêutico dessas pessoas evidencia a dificuldade de diagnóstico e acesso a tratamento. O desconhecimento social acerca da temática é o reflexo da negligência das informações. Nesse cenário, a enfermagem desempenha um papel na sensibilização e educação dos pacientes e familiares, e na coordenação do cuidado. Posto isso, este estudo possui o objetivo de avaliar o conhecimento de estudantes de enfermagem sobre o cuidado às pessoas com doenças raras. Trata-se de um estudo observacional, descritivo-analítico, transversal realizado entre julho e dezembro de 2024, junto a estudantes de enfermagem que estão nos dois últimos anos da graduação, em uma capital da região centro-oeste. A primeira etapa do estudo abrangeu a construção de uma matriz de competências sobre o cuidado às pessoas com doenças raras para enfermeiros, para a qual foram utilizadas referências sobre as doenças raras, bem como recomendações para a estruturação das competências da enfermagem. A segunda etapa foi constituída por estudo observacional, do qual participaram 181 estudantes matriculados em cursos presenciais de graduação em enfermagem de quatro Instituições de Ensino Superior de uma capital do centro-oeste brasileiro. Para avaliar o conhecimento e a autopercepção dos estudantes sobre o cuidado às pessoas com doenças raras, foram aplicados instrumentos compostos por variáveis sociodemográficas, institucionais e acadêmicas, elaborados pelos pesquisadores a partir da matriz de competências esperadas para a formação do enfermeiro dentro desse cenário. Os instrumentos e a matriz de competências passaram por análise de especialistas na área a fim de que fossem aprimorados. Para a análise do conhecimento dos estudantes de enfermagem, elegeu-se como variável dependente a proporção de acertos sobre o cuidado da pessoa com doença rara. Foi empregada estatística descritiva em que frequências absolutas, relativas e medidas de tendência central permitiram descrever os estudantes, bem como análise de regressão linear simples e múltipla a fim de possibilitar a identificação de fatores associados ao conhecimento (proporção de acertos). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa. A matriz de competências evidenciou um perfil de enfermeiro que implementa cuidados à pessoa com doença rara e sua família, gerencia o cuidado na Rede de Atenção à Saúde, transmite informações adequadas, reconhece a necessidade de educação continuada, contribui para pesquisas científicas e realiza ações formativas com profissionais de nível médio. Sobre o conhecimento dos estudantes, a média de proporção de acertos entre os itens avaliados foi de 56,1%. O conhecimento dos estudantes de enfermagem sobre o cuidado à pessoa com doenças raras se mostrou maior em assuntos como política nacional de atenção às pessoas com doenças raras, ações do enfermeiro, atenção primária. No entanto, constatou-se uma maior frequência de erros em questões que abordaram cariótipo, anomalias congênitas, heredrograma, práticas do aconselhamento genético e Orphanet. As variáveis de perfil institucional e acadêmico, como turno, tipo de instituição onde cursou o ensino médio, presença da disciplina genômica, conhecimento epidemiológico, provocaram diferenças significativas na proporção de acertos ou ajustaram as associações observadas. Conclui-se que, embora existam avanços no reconhecimento da importância do cuidado às pessoas com doenças raras e suas famílias, é necessário um maior aprofundamento no ensino teórico e prático sobre o tema nas graduações de enfermagem. Nesse contexto, a atribuição do enfermeiro é multifacetada e abrange diversas frentes de atuação, como a promoção da saúde, a assistência direta ao paciente, a pesquisa, a educação permanente, a gestão do cuidado e a coordenação da rede de atenção.
            SEXUALIDADE E HIV: DEMANDAS DE CUIDADO NA PERCEPÇÃO DE MULHERES E PROFISSIONAIS DE SAÚDE
            Curso Mestrado em Enfermagem
            Tipo Dissertação
            Data 27/02/2025
            Área ENFERMAGEM
            Orientador(es)
            • Elen Ferraz Teston
            Coorientador(es)
            • Ana Paula de Assis Sales
            Orientando(s)
            • Tailma Silva Lino de Souza
            Banca
            • Elen Ferraz Teston
            • Kely Cristina Garcia Vilena
            • Luciana de Alcantara Nogueira
            • Maria Neto da Cruz Leitão
            • Rosilene Rocha Palasson
            Resumo Segundo a Organização Mundial de Saúde, estima-se que, a cada dia, mais de um milhão de Infecções Sexualmente Transmissíveis são adquiridas no mundo. A elevada incidência global da infecção pelo HIV tem direcionado a atenção à população feminina, em especial pelo fato de que em 2023, 44% dos casos ocorreram entre mulheres e meninas, evidenciando a vulnerabilidade feminina à epidemia. O presente estudo teve como objetivo conhecer a percepção sobre sexualidade e as demandas de cuidado na perspectiva de mulheres vivendo com HIV e profissionais de saúde. Estudo exploratório, de abordagem qualitativa, desenvolvido na capital do Estado de Mato Grosso do Sul, em dois serviços de referência para o atendimento de pessoas vivendo com HIV. A população do estudo foi composta por mulheres vivendo com HIV e profissionais de saúde que atuam no cuidado destas. Os dados foram coletados no período de setembro a novembro de 2024, mediante entrevistas individualizadas, semiestruturadas e audiogravadas. Após serem transcritas na íntegra, foram submetidas à análise de conteúdo, modalidade temática. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, sob o parecer nº 7.063.583. Participaram do estudo 22 indivíduos, sendo 13 mulheres vivendo com HIV e nove profissionais de saúde atuantes nos serviços de referência. As mulheres tinham idades entre 27 e 73 anos, quatro eram solteiras, seis tinham companheiros e três eram divorciadas. O tempo de diagnóstico variou entre oito meses e 19 anos. Quanto à sorologia anti-HIV do parceiro, cinco eram negativos, três positivos e cinco declararam não ter parceiros. Já em relação aos profissionais, cinco eram enfermeiros, dois psicólogos e dois médicos, com idade entre 35 e 71 anos. Na perspectiva das mulheres, a sexualidade constitui uma demanda de cuidado, em especial por ser impactada pelo tabu relacionado ao HIV, medo da transmissão e desafios emocionais, como culpa, vergonha, receio de rejeição, impacto da traição e dificuldade em retomar a vida sexual. As experiências vivenciadas por elas variam entre isolamento, dificuldades nos relacionamentos e processos de ressignificação. Os profissionais reiteram a demanda identificada pelas mulheres e destacam o processo de formação (básica e continuada) ainda centrado no manejo clínico da doença. Estes relataram ainda o despreparo e tabus culturais como fatores que dificultam a abordagem da sexualidade na assistência. Destaca-se a necessidade de capacitação profissional e de uma abordagem mais sensível da sexualidade na formação acadêmica. Além disso, ressalta-se a importância da criação de espaços de acolhimento nos serviços de saúde, garantindo que essas mulheres possam expressar suas vivências sem receio de julgamento. O fortalecimento das políticas públicas deve assegurar a sexualidade como elemento essencial do cuidado integral, promovendo autonomia, acesso à informação e construção de relações saudáveis. Ainda, sugere-se a inclusão dos parceiros em pesquisas futuras para ampliar a compreensão das dinâmicas relacionais e aprimorar estratégias de cuidado.
            CONSULTA DE ENFERMAGEM E TELEMONITORAMENTO PARA OAUTOCUIDADO APOIADO NO MANEJO DO DIABETES MELLITUS
            Curso Mestrado em Enfermagem
            Tipo Dissertação
            Data 26/02/2025
            Área ENFERMAGEM
            Orientador(es)
            • Elen Ferraz Teston
            Coorientador(es)
            • Rosilene Rocha Palasson
            Orientando(s)
            • Gabrielly Segatto Brito
            Banca
            • Elen Ferraz Teston
            • Guilherme Oliveira de Arruda
            • Kely Cristina Garcia Vilena
            • Marluci Andrade Conceição Stipp
            • Sonia Silva Marcon
            Resumo Introdução: O diabetes mellitus é considerado uma Condição Sensível à Atenção Primária, o que elucida a importância do investimento em ações para além do monitoramento dos índices glicêmicos e dispensação de medicação. Ademais, por constituir uma condição crônica que
            representa um dos maiores desafios de saúde pública no Brasil e no mundo, demanda estratégias estruturadas para o manejo adequado. Objetivo: avaliar os efeitos da consulta de enfermagem com telemonitoramento, baseada no autocuidado apoiado, no manejo do Diabetes Mellitus tipo
            2 na Atenção Primária à Saúde. Método: estudo quase experimental, desenvolvido no período de março a novembro de 2023 em uma capital do centro-oeste brasileiro. Duas Unidades Básicas de Saúde foram selecionadas por conveniência, de maneira que uma constituiu grupo
            comparador e a outra, grupo intervenção. O grupo comparador recebeu o acompanhamento habitual da unidade, enquanto o grupo intervenção recebeu três consultas de enfermagem baseadas no autocuidado apoIado e duas ligações telefônicas de monitoramento. Todos os
            participantes foram submetidos a análise laboratorial e clínica nos momentos pré e pós intervenção. Para isso, foi criado um instrumento de condução da consulta pela equipe de pesquisa, bem como um prontuário físico para cada participante. Participaram do estudo 57 pessoas, sendo 29 do grupo intervenção e 28 no comparador. Resultados: foi construído um
            instrumento para sistematizar a consulta de enfermagem baseada no autocuidado apoiado, composto de quatro impressos, sendo o primeiro destinado à consulta inicial, o segundo à consulta de acompanhamento, o terceiro referente ao monitoramento telefônico e o quarto impresso, destinado à consulta final da pesquisa. Em relação às variáveis bioquímicas, houve redução estatisticamente significativa no grupo intervenção dos níveis de colesterol total (p=0,004), VLDL (p=0,005) e triglicérides (p=0,017). O grupo-intervenção também apresentou redução nos valores médios de hemoglobina glicada, glicemia de jejum, colesterol total e ureia,
            além de aumento na média dos valores de HDL. Em relação às atividades de autocuidado, os participantes do grupo intervenção apresentaram diferença estatística significativa (p=0,001)
            quando comparados os momentos pré e pós-intervenção. Na análise do grupo intervenção isoladamente, foram verificadas diferenças estatisticamente significativas entre os valores de
            Circunferência Abdominal e Pressão Arterial Sistólica (z = 4,990, p < 0,001, r = 0,93) na análise pré e pós-intervenção. No que se refere aos valores dos índices indicativos de resistência insulínica, foram observadas diferenças significativas entre os momentos pré e pós. Conclusão: o estudo fornece evidências de que a intervenção teve efeitos positivos no incentivo ao
            autocuidado de indivíduos com diabetes, assim como no manejo e na melhora clínica dos participantes.
            FATORES ASSOCIADOS À QUALIDADE DAS CÓRNEAS CAPTADAS PARA TRANSPLANTES E SUAS RELAÇÕES COM O GRAU DE CLASSIFICAÇÃO DESTE TECIDO
            Curso Mestrado em Enfermagem
            Tipo Dissertação
            Data 26/02/2025
            Área ENFERMAGEM
            Orientador(es)
            • Marcos Antonio Ferreira Junior
            Coorientador(es)
              Orientando(s)
              • Felipe Machado Mota
              Banca
              • Andreia Insabralde de Queiroz Cardoso
              • Christiana Velloso Rebello Hilgert
              • Isabelle Campos de Azevedo
              • Marcos Antonio Ferreira Junior
              • Oleci Pereira Frota
              • Viviane Euzébia Pereira Santos
              Resumo Introdução: A córnea consiste num tecido conjuntivo avascular, transparente, convexo com grande inervação e dividido em seis camadas. O transplante de córnea, ou ceratoplastia, constitui a principal intervenção para recuperação da acuidade visual do receptor, uma vez que a maior parte das doenças de base acometem a clareza desse tecido. Para que o tecido corneano seja destinado para a ceratoplastia faz-se necessária uma avaliação de sua qualidade e, caso não atenda os critérios estabelecidos, o tecido captado é considerado desqualificado para o procedimento cirúrgico. Objetivo: Avaliar os fatores associados à qualidade das córneas captadas para transplante e suas relações com o grau de classificação deste tecido. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico executado por meio de uma coorte retrospectiva, a partir de dados secundários dos formulários de doação de córnea registrados junto ao Banco de Tecidos Oculares Humanos (BTOH). A população foi composta pelas fichas de doação preenchidas pelo BTOH entre 01 de janeiro de 2022 até 31 março de 2024. A amostragem foi do tipo censo não probabilístico, uma vez que foram coletadas as informações de todos os pacientes cadáveres, doadores de tecidos corneanos captados pelo BTOH no período. Após a coleta e tabulação, os dados foram submetidos a análise estatística por meio do software Jamovi. Análises descritivas e inferenciais foram realizadas. Resultados: Fatores como idade do doador, resultados de sorologias (como para COVID-19, HIV e HBsAg), e a presença de edema estromal, infiltrado estromal e guttata endotelial foi associada a uma menor qualidade das córneas. O tempo entre os processos de óbito-enucleação, óbito-preservação, óbito-dispensação, enucleação-preservação e preservação-dispensação não demonstrou diferenças significativas para a classificação final do tecido, o que sugere uma padronização dos processos. O meio de armazenamento hipotérmico utilizado (Optisol-GS ou Eusol-C) não teve influência significativa na progressão de tecidos classificados inicialmente como de boa qualidade para o grupo de pior qualidade. A equipe de enfermagem desempenha um papel fundamental nos BTOH, atua em diversas etapas, como entrevista familiar, captação do tecido, avaliação do globo ocular e primeira análise da qualidade da córnea, inclusive realiza a enucleação. No entanto, os processos nos quais esses profissionais estão envolvidos não demostraram associação com a classificação final do tecido para uso terapêutico ou desqualificação. Há uma tendência de que os tecidos recebam escores piores na segunda avaliação em comparação com a primeira e essa diferença pode estar relacionada ao tempo de armazenamento do tecido ou à subjetividade das avaliações realizadas pelos profissionais, uma vez que majoritariamente essas avaliações ocorrem por profissionais distintos. Conclusão: Destaca-se que a padronização dos processos e a implementação de protocolos de calibração entre avaliadores, aliadas a treinamentos regulares, sejam estratégias essenciais para reduzir a subjetividade e uniformizar os critérios de avaliação nos BTOH. Quanto aos meios de armazenamento, recomenda-se a realização de estudos de custo-minimização para determinar o produto com maior custo-benefício. Embora Optisol-GS e Eusol-C tenham demonstrado eficiência semelhante na manutenção da qualidade do tecido, a baixa probabilidade de Eusol-C impactar negativamente a qualidade das córneas merece atenção em futuras análises econômicas.
              SEGURANÇA NA PRESCRIÇÃO E USO DE MEDICAÇÃO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
              Curso Mestrado em Enfermagem
              Tipo Dissertação
              Data 25/02/2025
              Área ENFERMAGEM
              Orientador(es)
              • Verusca Soares de Souza
              Coorientador(es)
                Orientando(s)
                • Nur Mohamad Ali El Akra
                Banca
                • Carolina Mariano Pompeo
                • Ingrid Moura de Abreu Carvalho
                • Renata Cristina Gasparino
                • Verusca Soares de Souza
                • Viviane Euzébia Pereira Santos
                Resumo Unidades de terapia intensiva apresentam alto risco devido à complexidade assistencial, múltiplos procedimentos invasivos e uso de múltiplos medicamentos. Essa pesquisa buscou analisar a segurança na prescrição e uso de medicação em unidade de terapia intensiva adulto. Tratou-se de estudo documental e de observação não participante, quantitativo, realizado em uma terapia intensiva adulto de um hospital público de ensino do Centro-Oeste do Brasil, com dados coletados entre outubro e novembro de 2024, em diferentes dias e turnos. Analisaram-se prontuários de pacientes internados, e confrontaram-se os dados com a observação à beira-leito dos dispositivos em uso e infusões em curso. Utilizou-se um instrumento de caracterização clínica e ambientação, elaborado pela pesquisadora, que passou por validação de conteúdo, e os instrumentos Lista de Verificação de Segurança na Prescrição de Medicamentos, para analisar a adesão às recomendações de prescrição de medicamentos segura, e o Critical Nursing Situation Index, para identificar situações inseguras de enfermagem envolvendo medicações. Os dados foram submetidos à estatística descritiva e inferencial. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob CAAE: 81410024.0.0000.0320. Realizaram-se 147 observações de pacientes, apresentando média de idade de 62 anos (DP ≅ 13,06; máximo 87; mínimo 26), de internações clínicas (n=119) e cirúrgicas (n=28). A análise da prescrição revelou uma adesão global de 73,89%, com destaque para a padronização da nomenclatura dos medicamentos (99,24%) e a utilização correta da pontuação (96,37%) e fragilidades no uso de expressões vagas para a duração do tratamento (26,11%) e definição da velocidade de infusão (11,66%). Em relação às situações críticas de enfermagem, identificaram-se falhas relevantes na documentação, como a ausência de registro dos fluidos utilizados em todos os tipos de precaução (p-valor
                ANÁLISE DE CUSTO DA CAPTAÇÃO E DO PROCESSAMENTO DAS CÓRNEAS DOADAS PARA TRANSPLANTE EM BANCO DE TECIDO OCULAR HUMANO
                Curso Mestrado em Enfermagem
                Tipo Dissertação
                Data 21/02/2025
                Área ENFERMAGEM
                Orientador(es)
                • Marcos Antonio Ferreira Junior
                Coorientador(es)
                  Orientando(s)
                  • Gustavo Moura Maidana
                  Banca
                  • Andreia Insabralde de Queiroz Cardoso
                  • Isabelle Campos de Azevedo
                  • Marcos Antonio Ferreira Junior
                  • Matilde Delmina da Silva Martins
                  • Oleci Pereira Frota
                  Resumo Introdução: As doenças que acometem a córnea estão entre as mais frequentes causas de cegueira. Em determinados casos, a única opção de tratamento é a substituição da córnea doente por uma saudável por meio de um transplante. Há escassez de informações na literatura que abordem análises econômicas relacionadas aos custos da captação e do processamento de tecido corneano doado para transplantes, porém esse tipo de análise é essencial para orientar políticas públicas. Objetivo: Estimar os custos da captação e do processamento de tecidos corneanos doados para transplantes em um Banco de Tecido Ocular Humano (BTOH). Método: Trata-se de uma análise de microcusteio, com o uso do método Time-Driven Activity-Based Costing (TDABC), ou Custeio Baseado em Atividade e Tempo, por meio de uma abordagem quantitativa, observacional e transversal, com base em dados secundários relativos a todas as etapas de captação e processamento do tecido corneano. A coleta de dados foi realizada de setembro a dezembro de 2024 no BTOH de um centro de referência no estado de Mato Grosso do Sul. A população foi composta por dados de doadores de tecidos corneanos referentes ao ano de 2023. Foram mensurados custos diretos, sob a perspectiva do prestador de serviços em saúde. A pesquisa foi aprovada pelos Comitês de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e da Associação Beneficente Santa Casa de Campo Grande, sob os números de Certificado de Apresentação de Apreciação Ética (CAAE) 78098324.3.0000.0021 e 78098324.3.3002.0134, respectivamente. Resultados: O custo mediano por doador foi estimado em R$ 2.267,50. Os insumos (43%), os recursos humanos (32%) e os custos operacionais (23%) foram os componentes mais onerosos dos custos totais. A matriz de correlação, obtida pelo coeficiente de Spearman, identificou uma forte correlação positiva entre o tempo decorrido após o processamento, o tempo necessário para a liberação do tecido, e o custo total (0,713, p
                  FATORES FACILITADORES E DIFICULTADORES PARA PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO PELA ENFERMAGEM EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ADULTO: CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE INSTRUMENTO
                  Curso Mestrado em Enfermagem
                  Tipo Dissertação
                  Data 21/02/2025
                  Área ENFERMAGEM
                  Orientador(es)
                  • Oleci Pereira Frota
                  Coorientador(es)
                    Orientando(s)
                    • Fernanda Carvalho do Nascimento Gonçalves
                    Banca
                    • Alvaro Francisco Lopes de Sousa
                    • Carolina Mariano Pompeo
                    • Marcos Antonio Ferreira Junior
                    • Oleci Pereira Frota
                    • Renata Cristina Gasparino
                    Resumo A lesão por pressão (LP) é um evento adverso de grande impacto na assistência hospitalar, especialmente em unidades de terapia intensiva (UTI), onde a incidência pode atingir até 62,5%. A LP está associada a maior morbimortalidade, prolongamento da internação, aumento de custos e sobrecarga da equipe de enfermagem. A prevenção é essencial, mas
                    enfrenta desafios que incluem fatores facilitadores e dificultadores, os quais ainda carecem de investigação sistemática e de instrumentos validados para sua identificação e gestão. Diante desse cenário, esta pesquisa teve como objetivo construir e validar um instrumento para identificar fatores facilitadores e dificultadores na prevenção da LP pela enfermagem em
                    UTIs adultas. Trata-se de um estudo metodológico com abordagem quantitativa, desenvolvido em três etapas: (1) revisão integrativa da literatura, que permitiu a identificação de variáveis relevantes para a construção do instrumento; (2) validação de conteúdo por especialistas, utilizando a Técnica Delphi para garantir a representatividade dos itens; e (3) pré-teste com
                    enfermeiros de UTIs, a fim de avaliar a clareza e aplicabilidade do instrumento na prática clínica. O instrumento final validado contém 20 itens, divididos em dois domínios principais: facilitadores (10 itens) e dificultadores (10 itens). Entre os principais facilitadores identificados estão a capacitação da equipe, a aplicação da Escala de Braden, a utilização de protocolos e a disponibilidade de recursos tecnológicos. Já os dificultadores incluem a
                    sobrecarga de trabalho, a insuficiência de insumos, a complexidade clínica dos pacientes e a falta de adesão da equipe à prevenção da LP. O Índice de Validade de Conteúdo (IVC) foi utilizado para a análise dos itens do instrumento, sendo considerado satisfatório um escore
                    mínimo de 0,80. O processo de validação resultou na reformulação de 11 itens e na exclusão de um item durante o pré-teste, garantindo que o instrumento final apresentasse clareza, pertinência e aplicabilidade prática. O instrumento validado se configura como uma ferramenta estratégica para a gestão de enfermagem, permitindo o diagnóstico situacional
                    sobre as condições que favorecem ou dificultam a prevenção da LP. Sua aplicação periódica possibilita a identificação de pontos críticos no setor e na equipe, subsidiando a tomada de decisão e a implementação de melhorias baseadas em evidências. Além disso, contribui para o alinhamento das práticas assistenciais aos protocolos de segurança do paciente e aos
                    Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em especial ao ODS 3 – Saúde e Bem-estar. Como recomendação para estudos futuros, sugere-se a testagem do instrumento em outras unidades hospitalares além das UTIs, bem como a avaliação de sua eficácia na redução da incidência de LP. A validação desse instrumento representa um avanço significativo na
                    enfermagem, fortalecendo a segurança do paciente e qualificando a assistência prestada.
                    COMPORTAMENTOS DE AUTOCUIDADO COM FÍSTULA ARTERIOVENOSA ENTRE PESSOAS EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO
                    Curso Mestrado em Enfermagem
                    Tipo Dissertação
                    Data 21/02/2025
                    Área ENFERMAGEM
                    Orientador(es)
                    • Soraia Geraldo Rozza
                    Coorientador(es)
                      Orientando(s)
                      • Bianca Nantes Nunes
                      Banca
                      • Daniel de Macedo Rocha
                      • Gilmar Jorge de Oliveira Junior
                      • Helder de Padua Lima
                      • Julia Estela Willrich Boell
                      • Soraia Geraldo Rozza
                      Resumo Introdução: A doença renal crônica afeta aproximadamente 10% da população mundial, representando uma preocupação significativa para a saúde pública global. Pacientes com doença renal crônica dependem da hemodiálise e utilizam a fístula arteriovenosa como acesso vascular, o que exige cuidados constantes para prevenir infecções e até a perda desse acesso. O objetivo principal desse estudo foi analisar as relações entre o comportamento de autocuidado com a fístula arteriovenosa com a ansiedade, depressão, estresse e resiliência entre pacientes hemodialíticos. Metodologia: Estudo observacional, transversal, descritivo-analítico, realizado em quatro serviços de hemodiálise da Região Centro Oeste do Brasil, em dois municípios de Mato Grosso do Sul. A coleta de dados foi realizada de maio a julho de 2024. A população do estudo foi composta por pessoas com idade igual ou maior de 18 anos, com doença renal crônica, realizando tratamento hemodialítico com fístula arteriovenosa a partir de seis meses. Como critérios de exclusão foram consideradas as pessoas com cateter venoso central, com acesso vascular duplo (cateter venoso central e fístula arteriovenosa) e internadas no momento da coleta de dados. Como se pretendeu identificar fatores relacionados aos comportamentos de autocuidado com a fístula, foi aplicado um questionário sociodemográfico e clínico, assim como estas três escalas: “Resiliência”, “Depressão, Ansiedade e Estresse” e “Avaliação de Comportamentos de Autocuidado com Fístula Arteriovenosa em Hemodiálise”. Esse último instrumento é dividido em duas importantes subescalas: Gestão de Sinais e Sintomas e Prevenção de Complicações. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFMS sob o parecer nº 6.721.932, respeitando os preceitos da Resolução n. 466/2012. As perguntas feitas estavam registradas no celular em formato Google Forms. Os dados obtidos foram migrados para o software Stata em sua versão 14.0, onde foram realizadas as análises estatísticas. Este estudo analisou os dados de todas as 112 pessoas elegíveis pelos critérios de inclusão e de exclusão citados. Resultados: Os resultados foram alcançados a partir da elaboração de três artigos, conforme segue: Pessoas com tempo de hemodiálise maior que 24 meses tem 31% menor probabilidade de não ter o autocuidado da fístula arteriovenosa em relação a pessoas com menos de 24 meses de hemodiálise. O tempo de tratamento foi majoritariamente superior a 24 meses, havendo equilíbrio entre os sexos na composição amostral, com participantes apresentando elevada taxa de alfabetização. Houve associações das variáveis sociodemográficas para as subescalas Autocuidado Geral, Gestão de Sinais e Sintomas e Prevenção de Complicações. Não houve associação significativa entre os comportamentos de autocuidado e as variáveis estudadas. Considerações finais: Embora não tenha sido identificada uma associação entre o autocuidado e as quatro variáveis analisadas, a pesquisa revelou que a ansiedade é predominante entre os pacientes hemodialíticos. Isso evidencia a necessidade de implementar mais ações educativas, visando fornecer informações adequadas aos pacientes e, assim, promover o aumento dos níveis de autocuidado. O estudo também contribuiu para reforçar a relevância do autocuidado com a fístula, destacando seu papel fundamental na promoção de um cuidado integral à saúde e no apoio à saúde mental destes pacientes.
                      Palavras-chave: Diálise renal. Fístula arteriovenosa. Autocuidado. Cuidados de Enfermagem.
                      LESÃO POR PRESSÃO RELACIONADA A DISPOSITIVO MÉDICO EMPACIENTES CRÍTICOS: INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCO
                      Curso Mestrado em Enfermagem
                      Tipo Dissertação
                      Data 02/09/2024
                      Área ENFERMAGEM
                      Orientador(es)
                      • Oleci Pereira Frota
                      Coorientador(es)
                        Orientando(s)
                        • Jessica Barbosa Ferreira Yusuf
                        Banca
                        • Alvaro Francisco Lopes de Sousa
                        • Carolina Mariano Pompeo
                        • Elaine Aparecida Rocha Domingues
                        • Marcos Antonio Ferreira Junior
                        • Oleci Pereira Frota
                        Resumo Introdução: os dispositivos médicos estão presentes no trabalho da enfermagem cotidianamente, principalmente na assistência de pacientes críticos. Pacientes de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) possuem mobilidade reduzida e diferentes tipos de déficits que favorecem o surgimento de lesão por pressão relacionada a dispositivo médico (LPRDM) e a equipe de enfermagem é essencial na prevenção dessas lesões. Objetivo: determinar a incidência e os fatores de risco da LPRDM em pacientes críticos. Método: realizou-se uma coorte prospectiva na UTI adulto de um hospital de grande porte. A coleta de dados ocorreu entre outubro de 2023 a janeiro de 2024. Os dispositivos monitorados foram: tubo orotraqueal, oxímetro de pulso, cateter nasoenteral, cateter de traqueostomia, cateter nasogástrico, contenção mecânica, cateter vesical de demora, máscara de ventilação não-invasiva, compressor pneumático intermitente, cateter venoso central, cateter arterial e cateter venoso periférico. A pele em contato com esses dispositivos médicos foi examinada diariamente por pesquisadores calibrados. Nas variáveis qualitativas, fez-se a análise descritiva por meio de distribuições de frequências absolutas e relativas. Nas variáveis quantitativas, analisou-se as estatísticas descritivas de medidas de tendência e de dispersão dos dados. Utilizou-se o teste de Mann-Whitney e o teste Quiquadrado para identificar a diferença estatística e a incidência entre LPRDM e os fatores de risco. O estudo recebeu aprovação de comitê de ética, sob Parecer n° 6.423.233. Resultados: a amostra foi composta por 88 pacientes. Analisou-se 911 pacientes-dia e 4753 dispositivos-dia. A incidência de LPRDM foi de 33%. Constatou-se que pacientes que fizeram uso de ventilação mecânica (RR: 7,46), que apresentaram disfunção pulmonar (RR: 3,97), febre (RR: 3,48), utilizaram anticoagulantes (RR: 3,45), sedativos (RR: 9,26) e menores escores de Glasglow ou de Braden tiveram maior risco de desenvolver LPRDM. Internados por motivo cirúrgico apresentaram menor risco de chances de apresentar LPRDM (RR: 0,23). O tubo orotraqueal teve a maior taxa de LPRDM, com lesão estágio 2, de mucosa e não-estadiável mais presentes e predomínio em região de lábio/comissura. Conclusão: a forma adequada de fixação dos dispositivos e a troca de fixação em intervalos adequados são medidas que podem diminuir as chances de aparecimento de lesões. Os enfermeiros intensivistas devem compreender esses fatores com a finalidade de elencar medidas assistenciais preventivas dessas leões.
                        A RESILIÊNCIA E A COVID LONGA E SUAS IMPLICAÇÕES NA SAÚDE MENTAL, NO ESTADO FUNCIONAL E NA QUALIDADE DE VIDA DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
                        Curso Mestrado em Enfermagem
                        Tipo Dissertação
                        Data 30/08/2024
                        Área ENFERMAGEM
                        Orientador(es)
                        • Bianca Cristina Ciccone Giacon Arruda
                        Coorientador(es)
                          Orientando(s)
                          • Dayane de Souza Soares Vasconcelos
                          Banca
                          • Adriana Inocenti Miasso
                          • Bianca Cristina Ciccone Giacon Arruda
                          • Daniele Alcalá Pompeo
                          • Elen Ferraz Teston
                          • Guilherme Oliveira de Arruda
                          • Mayara Caroline Ribeiro Antonio
                          Resumo A resiliência tem sido considerada uma importante competência humana no enfrentamento de situações adversas da vida, como a vivência de uma condição de saúde. Portanto, ela pode ser uma variável relevante em estudo sobre a Covid longa, que tem sido considerada uma condição crônica com implicações em diferentes aspectos da vida dos indivíduos que a vivenciam. Em profissionais de saúde, essa condição pode ser potencializada pelas implicações das atividades laborais no cuidado direto no contexto da pandemia. Investigações sobre a Covid longa e os fatores relacionados à saúde física e mental, principalmente aqueles que podem mitigar as consequências da pandemia nesses profissionais, como a resiliência, são escassas. Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi analisar a relação entre os níveis de resiliência e a Covid longa e suas implicações na saúde mental, na permanência de sintomas após infecção aguda, no estado funcional e na qualidade de vida de profissionais de enfermagem. Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa, do tipo observacional, transversal e analítico. A amostra foi não probabilística por conveniência e se constituiu de 109 profissionais de enfermagem, de diferentes localidades do Brasil, que referiram ter infecção por Covid-19 entre os anos de 2020 e 2022. Definiu-se como variáveis de interesse: resiliência; Covid longa; sociodemográficas, de saúde e de trabalho; bem-estar subjetivo; capacidade funcional pós-Covid; transtorno mental comum; e qualidade de vida. E os instrumentos utilizados foram Escala de Resiliência, Escala de Bem-estar Subjetivo, Escala de Estado Funcional Pós-Covid-19, Self Report Questionnaire 20, Short Form Health Survey 36 e questionário desenvolvido pelos pesquisadores para as variáveis sociodemográficas, de saúde (física e mental) e trabalho, e sintomas característicos da Covid longa. A coleta de dados ocorreu entre os meses de julho e novembro de 2023, de forma remota, por meio do google forms, após aprovação pelo Comitê de ética em Pesquisa com Seres Humanos, sob parecer nº 6.148.204, CAAE: 69640023.8.0000.0021. Os dados foram analisados por meio de análise descritiva, pela regressão de Poisson com variância robusta com razão de prevalência, e regressão logística com razão de chances, considerando nível de significância de 5%. Dos profissionais participantes, 90,8% afirmaram que tiveram sintomas que persistiram por, no mínimo, quatro semanas após a fase aguda da infecção e 67,9% permanecem e/ou permaneceram após a fase aguda. Ser sexo masculino, alta resiliência e alto afeto positivo diminui a prevalência da covid longa em 71% (p
                          CONHECIMENTO E COMPORTAMENTO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: MEDIDAS DE PRECAUÇÃO E FATORES ASSOCIADOS
                          Curso Mestrado em Enfermagem
                          Tipo Dissertação
                          Data 01/08/2024
                          Área ENFERMAGEM
                          Orientador(es)
                          • Adriano Menis Ferreira
                          Coorientador(es)
                            Orientando(s)
                            • Elayne Cristina Barroso de Oliveira
                            Banca
                            • Adriano Menis Ferreira
                            • Alvaro Francisco Lopes de Sousa
                            • André Luiz Silva Alvim
                            • Oleci Pereira Frota
                            • Valquiria da Silva Lopes
                            Resumo Introdução: É importante que o pacote de medidas conhecido como Precauções Padrão (PP) e Específicas (PE) faça parte da prática profissional dos trabalhadores de saúde, de forma
                            consciente, a fim de prevenir a transmissão de patógenos para os pacientes e para os próprios
                            profissionais de saúde. Contudo, sabe-se que a adesão ainda é subótima. Na Atenção Primária
                            à Saúde (APS), permanece o desafio de detectar os fatores que interferem na adoção dessas
                            medidas de precaução. Objetivo: avaliar o conhecimento e comportamento referido dos
                            profissionais de Enfermagem sobre PP e PE na APS e quais fatores influenciam o conhecimento
                            e o comportamento desses profissionais quanto a essas medidas. Método: estudo transversal,
                            correlacional, realizado em Unidades Básicas de Saúde (UBS), na cidade de Campo Grande-
                            MS, no período de setembro de 2022 a maio de 2023. Os critérios de inclusão foram exercer a
                            função de enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem; atuar na oferta direta de cuidados aos
                            pacientes. Já os critérios de exclusão – exercer cargo de chefia ou atividades exclusivamente
                            administrativas e se encontrarem em treinamentos organizacionais relativos à biossegurança. O
                            estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal de Mato
                            Grosso do Sul (UFMS). A coleta de dados se deu por meio de dois questionários: um
                            sociodemográfico elaborado pela pesquisadora e um previamente validado, que avalia o
                            conhecimento e comportamento dos profissionais da APS com relação às PP e PE.
                            Posteriormente, os dados foram analisados por estatísticas descritivas, por domínio e
                            bivariadas. Resultados: a amostra compôs-se por 69 profissionais, a maioria do sexo feminino
                            (n=54/ 78,3%), com faixa etária predominante entre 40-49 anos (n=25/ 36,2%), grau de
                            escolaridade de técnico em enfermagem (n=46/ 66,7%). No diagrama de pontuação acerca do
                            nível de conhecimento sobre precauções dos profissionais de enfermagem da APS, a descrição
                            prevalente foi ruim (n=51/ 73,9%). Na análise bivariada, com valores significantes para p < 0,05,
                            ocorreram associações estatisticamente significativas entre os fatores sociodemográficos um ou
                            mais vínculos empregatícios e treinamento sobre PP e o conhecimento sobre PP/PE (p=0,02 e
                            p=0,04, respectivamente); bem como entre o conhecimento dos profissionais sobre PP/PE e a
                            frequência de boas práticas no comportamento referido no que diz respeito ao uso frequente de
                            preparação alcoólica para a higienização das mãos (p=0,001), a higienização das mãos na
                            administração de vacinas (p=0,048) e a participação em treinamentos (p=0,041).Conclusão: o
                            conhecimento e adesão às PP e PE pelos profissionais de enfermagem da APS em Campo
                            Grande-MS são considerados insuficientes, evidenciando que há fatores como múltiplos
                            vínculos empregatícios e a falta de treinamento adequado que interferem nas práticas seguras
                            quanto às PP e PE.
                            Descritores: controle de infecções; precauções universais; atenção primária à saúde; equipe de
                            enfermagem; exposição ocupacional, educação continuada.
                            RELAÇÕES DE SAÚDE MENTAL E LETRAMENTO EM SAÚDE COM COMPORTAMENTO SEXUAL DE RISCO ENTRE ADOLESCENTES E JOVENS ESCOLARES
                            Curso Mestrado em Enfermagem
                            Tipo Dissertação
                            Data 05/04/2024
                            Área ENFERMAGEM
                            Orientador(es)
                            • Guilherme Oliveira de Arruda
                            Coorientador(es)
                              Orientando(s)
                              • Sofia de Barros Robban
                              Banca
                              • Bianca Cristina Ciccone Giacon Arruda
                              • Elen Ferraz Teston
                              • Guilherme Oliveira de Arruda
                              • Marcelle Paiano
                              • Mariana Santos Felisbino Mendes
                              Resumo Introdução: a adolescência compreende um período de maior vulnerabilidade para a adoção de comportamentos de risco, podendo ter relação com sintomas de adoecimento mental. Maiores níveis de letramento em saúde estão associados a menores índices de gravidez na adolescência. A enfermagem é fundamental na promoção de saúde dos adolescentes em relação à saúde sexual e reprodutiva. Objetivo: analisar as relações de saúde mental e o letramento em saúde diante de comportamentos sexuais de risco em adolescentes e jovens escolares. Métodos: estudo transversal analítico, de abordagem quantitativa, realizado em uma Instituição Federal de Ensino. As unidades amostrais são adolescentes/jovens matriculados, com idade entre 14 e 24 anos. Empregou-se amostragem não probabilística por conveniência, cuja a coleta de dados foi realizada mediante questionários autoaplicáveis. O tamanho da amostra foi de 191 adolescentes e jovens. Os instrumentos utilizados foram: Escala de Comportamento de Autolesão; Questionário da Juventude Brasileira, Escala das Atitudes dos Alunos Adolescentes sobre a Sexualidade, Questionário de Letramento em Saúde, Questionário Sociodemográfico, Escala de Bem-Estar Subjetivo e Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse. As variáveis de interesse para comportamento sexual de risco foram: não uso da camisinha no último ano, não uso do preservativo na última vez em que teve relação sexual, início sexual precoce, múltiplos parceiros e não uso ou uso de métodos anticoncepcionais ineficazes. Analisou-se ainda um desfecho global, qual seja, o risco global para comportamento sexual. A análise de dados foi realizada por meio de estatística descritiva, testes de associação (Qui-quadrado de Pearson e Exato de Fisher) e Regressão de Poisson, com variância robusta para verificação de modelos de fatores associados e estimativa de Razões de Prevalência ajustadas. Resultados: observou-se associação entre “comportamento de autolesão no último ano” e “múltiplos parceiros sexuais”, “não uso de preservativo no último ano” e “na última relação sexual” e “risco global alto”. Autoeficácia associou-se ao início sexual precoce e satisfação com a vida e sintomas de estresse ao “uso de método anticoncepcional”. O letramento em saúde associou-se com “uso de método anticoncepcional”, múltiplos parceiros, uso de preservativo na última relação e risco global para o comportamento sexual. Conclusão: fatores de saúde mental e letramento em saúde podem ser considerados como indicadores para a ocorrência de comportamentos sexuais de risco entre adolescentes e jovens. Os resultados destacam a importância de considerar não apenas os comportamentos isolados, mas também o contexto mais amplo em que os adolescentes estão inseridos.


                              FATORES RELACIONADOS À DECISÃO FAMILIAR SOBRE A DOAÇÃO DE ORGÃOS E TECIDOS PARA TRANSPLANTES
                              Curso Mestrado em Enfermagem
                              Tipo Dissertação
                              Data 29/02/2024
                              Área ENFERMAGEM
                              Orientador(es)
                              • Marcos Antonio Ferreira Junior
                              Coorientador(es)
                                Orientando(s)
                                • MARIA EDUARDA GONÇALVES ZULIN
                                Banca
                                • Carolina Mariano Pompeo
                                • Lissette Alejandra Aviles Reinoso
                                • Marcos Antonio Ferreira Junior
                                • Oleci Pereira Frota
                                • Viviane Euzébia Pereira Santos
                                Resumo Com o aumento do número de pacientes nas filas de espera por um transplante de órgãos ou tecidos, faz-se necessário analisar as razões da não efetivação das doações. Estudos demonstram que uma das principais causas é a recusa familiar. Assim, esta pesquisa objetivou analisar os fatores relacionados à decisão familiar sobre a doação de órgãos e tecidos para transplantes. Trata-se de um estudo realizado em duas fases: a primeira por meio de uma revisão integrativa de literatura e outra por meio de um estudo observacional de abordagem mista, com componente de delineamento transversal e outro qualitativo. Realizou-se em um hospital de grande porte do município de Campo Grande, capital do estado de Mato Grosso do Sul/Brasil. A coleta de dados foi realizada no período de setembro de 2023 a janeiro de 2024, e incluiu pacientes atendidos pelo serviço estudado no ano de 2022. A amostra do estudo transversal foi composta por 120 prontuários. As variáveis estudadas foram a idade do possível doador, diagnóstico médico, escolaridade, motivos da recusa familiar, motivos da recusa médica, grau de parentesco do responsável pela decisão e decisão familiar. O teste do qui-quadrado foi aplicado para análise inferencial, com adoção de um valor de significância de 0,05. Para o estudo qualitativo, foram entrevistados 20 familiares/responsáveis pela decisão da doação. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, elaboradas a partir da Readings in Family Theory. Para a análise dos dados, utilizou-se a Análise de Conteúdo de Bardin, e o processamento dos dados foi feito pelo software IRaMuTeQ®. A revisão integrativa identificou a percepção familiar sobre o destino dos órgãos, a incompreensão do diagnóstico de morte encefálica (ME) e o desconhecimento do posicionamento de diferentes religiões perante a doação como principais fatores relacionados à recusa em realizar a doação. A principal causa da não efetivação da doação foi a recusa familiar (58,58%), seguida pela recusa médica (45,74%). Entre as causas de recusas familiares, foi observada a preocupação com a integridade do corpo (19,19%), o desejo do falecido em vida (14,14%) e o desconhecimento da vontade do falecido (11,11%). Quanto às famílias que não autorizaram a doação, a maioria dos entrevistados relatou que, em vida, seus familiares haviam comunicado o desejo de não se tornarem doadores e que gostariam de serem sepultados com seus corpos íntegros. Entre os que aceitaram realizar a doação, o desejo em ajudar o próximo foi o fator decisivo. Eles assumiram a perspectiva de que, ao consentir a doação, estariam ajudando a salvar vidas. Isso foi um disparador para a tomada de decisão, até mesmo para algumas famílias que não conheciam o desejo do potencial doador em vida. A comunicação entre os membros da família permite o conhecimento sobre o posicionamento de cada ente, o que facilita a identificação de percepções particulares geradas acerca do tema, uma vez que a morte ainda é um assunto difícil e, consequentemente, evitado entre os membros da família na maior parte dos casos.
                                AUTOCUIDADO E COMPLEXIDADE FARMACOLÓGICA EM INDIVÍDUOS COM ARTRITE REUMATOIDE
                                Curso Mestrado em Enfermagem
                                Tipo Dissertação
                                Data 29/02/2024
                                Área ENFERMAGEM
                                Orientador(es)
                                • Andreia Insabralde de Queiroz Cardoso
                                Coorientador(es)
                                  Orientando(s)
                                  • JHONIFFER LUCAS DAS NEVES MATRICARDI
                                  Banca
                                  • Andreia Insabralde de Queiroz Cardoso
                                  • Elen Ferraz Teston
                                  • Fabiana Perez Rodrigues Bergamaschi
                                  • Guilherme Oliveira de Arruda
                                  • Priscilla Perez da Silva Pereira
                                  Resumo Introdução: A artrite reumatoide é uma doença inflamatória crônica que, devido aos sintomas
                                  incapacitantes, prejudica a qualidade de vida e a capacidade funcional, leva à perda de
                                  produtividade e gera altos custos para a sociedade. O impacto da artrite na vida dos indivíduos
                                  pode afetar negativamente o autocuidado. A elevada complexidade farmacológica é sugestiva
                                  de menor qualidade do autocuidado. Objetivo: Analisar a relação entre o autocuidado e a
                                  complexidade farmacológica em indivíduos com artrite reumatoide. Método: Trata-se de uma
                                  pesquisa com três vertentes metodológicas. A primeira corresponde a uma revisão bibliométrica
                                  dos estudos brasileiros que utilizaram a teoria do déficit do autocuidado de Dorothea Elizabeth
                                  Orem. A segunda trata-se de uma revisão de escopo para sumarizar os estudos referentes ao
                                  autocuidado em indivíduos com artrite reumatoide. A terceira consiste em um estudo
                                  transversal com pacientes atendidos em um ambulatório de um hospital escola da região CentroOeste do Brasil no ano de 2023. Para coleta de dados, foram utilizados um formulário de dados
                                  sociodemográficos e de saúde, a Appraisal of Self-Care Agency Scale – Revised e o Índice de
                                  Complexidade da Farmacoterapia (categorizado em baixa, intermediária e alta complexidades).
                                  Foram empregadas estatísticas descritiva e analítica por meio de percentis, Shapiro-Wilk,
                                  ANOVA e Kruskal-Wallis. O projeto foi aceito no Comitê de Ética pelo parecer
                                  consubstanciado n.º 69631023.6.0000.0021. Resultados: Na revisão de escopo, foram
                                  recuperados 31 estudos, publicados entre 1999 e 2022, com predomínio de estudos transversais
                                  e publicados em inglês. Os fatores relacionados ao tratamento farmacológico e à alteração no
                                  autocuidado mais presentes foram: efeitos colaterais da medicação, quantidade de
                                  medicamentos, tempo indeterminado de tratamento, automedicação, conhecimento do
                                  tratamento, efeitos positivos do tratamento, assim como o medo e as crenças negativas. No
                                  desenvolvimento da revisão bibliométrica, foram recuperados 29 artigos, publicados de 2001 a
                                  2022. Houve predomínio de artigos em periódicos brasileiros, em idioma português, com
                                  estudos dos tipos descritivo-exploratório e qualitativo. A análise de conteúdo gerou três classes:
                                  uso da teoria nas pesquisas, intervenções de enfermagem e desenvolvimento de instrumentos.
                                  O uso da teoria de Orem nas pesquisas segue em aumento progressivo, sendo utilizada em partes
                                  ou por completo, isolada ou com outras teorias. O uso é pouco explorado em estudos de
                                  pediatria e hebiatria, com maior nível de evidência. A teoria é utilizada em múltiplos contextos
                                  e metodologias, com resultados para teoria e prática. Futuras pesquisas podem desenvolver
                                  estudos mais robustos para fortalecer as ações do autocuidado em uma prática baseada em
                                  evidências. Na pesquisa transversal, a amostra foi composta por 96 indivíduos, com médias de
                                  autocuidado de 56,33 (Mediana=57,0), nível intermediário, e de complexidade da
                                  farmacoterapia de 18,29 (Mediana=16,0), complexidade intermediária. Os escores medianos de
                                  poder para o autocuidado em desenvolvimento foram diferentes (p=0,042), quando se
                                  compararam indivíduos com baixa (Mediana=19,50) e alta complexidades (Mediana=21,50),
                                  da frequência das doses medicamentosas. Os escores medianos de falta de poder para o
                                  autocuidado foram significativamente diferentes (p=0,011) entre os indivíduos com níveis
                                  intermediário (Mediana=12,00) e alto (Mediana=9,00) de complexidade da farmacoterapia em
                                  termos globais. Conclusão: A relação entre o autocuidado e o tratamento medicamentoso de
                                  indivíduos com artrite reumatoide envolve múltiplas variáveis. Possivelmente, uma abordagem
                                  individualizada possibilite a compreensão dos fatores de cada indivíduo e o manejo para a
                                  melhora do autocuidado. Foram observados escores maiores do desenvolvimento do poder para
                                  o autocuidado entre os indivíduos com alta complexidade da farmacoterapia para frequências
                                  de doses, bem como escores menores de falta de poder para o autocuidado entre indivíduos com
                                  alta complexidade global da farmacoterapia. Esses achados sinalizam para a uma disposição de
                                  maior desenvolvimento do poder para o autocuidado entre indivíduos com alta complexidade
                                  de farmacoterapia, quando se refere à frequência de doses, e uma menor inclinação para o
                                  autocuidado, ao analisar a complexidade da farmacoterapia em termos globais. Investigações
                                  posteriores devem versar sobre a análise das possíveis relações entre fatores do autocuidado e
                                  os fatores da complexidade farmacológica. No presente estudo, propôs-se a categorização de
                                  cada fator do ICFT em níveis de complexidade, a fim de possibilitar a análise de eventuais
                                  diferenças quanto ao autocuidado. Contudo, ainda se faz necessário testar e consolidar as
                                  categorizações empregadas e ampliar a análise dessas relações, de modo a estimar a sua
                                  intensidade e identificar variáveis interferentes nesse processo, bem como investigar efeitos de
                                  intervenções sobre o potencial de autocuidado, em seus diferentes fatores, perante condições
                                  distintas de complexidade da farmacoterapia.
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