AÇÕES DESENVOLVIDAS PELA EQUIPE DE ENFERMAGEM DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NO MATO GROSSO DO SUL |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
03/03/2017 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
- Sebastiao Junior Henrique Duarte
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Jéssica Araujo Braga Amoras
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Banca |
- Crhistinne Cavalheiro Maymone Goncalves
- Maria de Fatima Meinberg Cheade
- Sandra Valenzuela-Suazo
- Sebastiao Junior Henrique Duarte
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Resumo |
No Brasil a saúde é um direito constitucional consolidado por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), cujos princípios doutrinários e organizativos garantem a cobertura e o acesso universal aos serviços de saúde para todo cidadão brasileiro. O princípio da hierarquização estabelece que a entrada no SUS deve se dar pela Atenção Primária à Saúde, nacionalmente chamada de Atenção Básica à Saúde e tem na Estratégia Saúde da Família (ESF) o meio de proporcionar a integralidade da atenção à saúde, tanto individual como coletiva, articulada às redes de atenção à saúde. O trabalho na ESF ocorre por meio de equipes multiprofissionais, entre eles os profissionais da enfermagem, e as diretrizes que norteiam o processo de trabalho são estabelecidas através de legislações do Ministério da Saúde, como a Política Nacional da Atenção Básica. Portanto, é oportuno a realização de estudos que possam contribuir com o fortalecimento do processo de trabalho no SUS. Assim, o objetivo geral desse estudo foi analisar as ações de saúde da mulher desenvolvidas pela equipe de enfermagem da ESF em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, segundo a Política Nacional da Atenção Básica. Métodos: nessa pesquisa descritiva, transversal e exploratória optou-se por adotar metodologia mista, para melhor compreensão de como se dava o processo de trabalho na ocasião da coleta de dados, sendo realizado um estudo de revisão integrativa na intenção de identificar as evidências científicas que pudessem colaborar no entendimento da situação local; estudo qualitativo com enfermeiros, onde as falas estiveram apoiadas na Teoria do Materialismo Histórico e Dialético (TMHD) e organizadas segundo o método do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) e, estudo quantitativo a partir de respostas as variáveis constantes em formulário respondido individualmente por enfermeiros e técnicos de enfermagem. A pesquisa foi realizada em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. O município contava com 94 equipes da ESF, distribuídas em quatro distritos sanitários. Participaram todos os profissionais da enfermagem, sendo 62 enfermeiros e 72 técnicos de enfermagem, que atenderam aos critérios de inclusão: a) atuar em equipe da ESF há pelo menos três meses, e b) não ter impedimento físico e/ou mental para responder ao formulário, bem como a entrevista. Excluiu-se: a) profissionais que estivessem atuando em área rural e, b) profissionais não localizados para a coleta dos dados, após três tentativas. A coleta de dados ocorreu de dois modos: 1) resposta individual a um formulário contendo variáveis de caracterização e das ações recomendadas pelo Ministério da Saúde voltadas à saúde da mulher, subsidiando a análise do materialismo, através da análise estatística das condutas frequentes e das ausentes, pelo teste de Wilcoxon, com intervalo de confiança de 95% e p-value < 0.005 e, 2) entrevista individual com os enfermeiros, no sentido de permitir a análise dialética. Dados resultantes dos formulários receberam tratamento estatístico e os das entrevistas foram categorizados conforme as figuras metodológicas do DSC. Todos os participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, sob Parecer nº 1.232.483 de 2015. Os resultados parciais foram apresentados sob a forma de resumos em eventos científicos e os resultados finais compuseram a dissertação de mestrado. A revisão integrativa evidenciou escassez de publicações, mesmo assim localizaram-se estudos que utilizaram a TMHD no campo da enfermagem, tanto em âmbito hospitalar como na Atenção Primária à Saúde. O estudo qualitativo possibilitou analisar a dialética do processo de trabalho de enfermeiros da ESF na assistência às mulheres e o estudo quantitativo descreveu as ações de enfermeiros e técnicos de enfermagem voltadas à saúde da mulher. Conclusão: evidenciou-se que o processo de trabalho em enfermagem está em consonância com a Política Nacional da Atenção Básica e as ações desenvolvidas contribuem com a atenção integral à saúde das mulheres, contudo, há necessidade de intensificar o cuidado de enfermagem nas ações que apresentaram condutas ausentes. São dados de relevância para a formulação de políticas de educação permanente, revisão de protocolos assistenciais e estratégias para melhoria do acesso e da cobertura assistencial às mulheres. |
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DOENÇA MENTAL, DIREITOS HUMANOS E O EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: INSTRUMENTOS LEGAIS BRASILEIROS |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
24/02/2017 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
- Mariluci Camargo Ferreira da Silva Candido
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Odila Paula Savenhago Schwartz
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Banca |
- Adailson da Silva Moreira
- Elizabeth Goncalves Ferreira Zaleski
- Ramon Moraes Penha
- Sebastiao Junior Henrique Duarte
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Resumo |
A complexidade do trabalho da equipe multiprofissional no campo da saúde mental requer instrumentos éticos e legais, visando assegurar tanto a atenção integral à saúde como os direitos da pessoa com transtorno mental. Considerando os postulados da reforma psiquiátrica brasileira, que reorganizou o modelo assistencial a esse grupo populacional, instiga o estudo da legislação, visando destacar aquelas que garantam os direitos fundamentais da pessoa com transtorno mental e que subsidiem a assistência de enfermagem no cuidado a estes indivíduos e suas famílias. Objetivo: analisar as legislações relacionadas à pessoa com transtorno mental e sua influência no exercício da enfermagem. Método: pesquisa documental, com abordagem qualitativa, realizada no período de dezembro de 2015 a fevereiro de 2016, nos sítios eletrônicos da Presidência da República Federativa do Brasil, Ministério da Saúde e do Conselho Federal de Enfermagem. Incluíram-se legislações nacionais vigentes que versam a respeito da pessoa com transtorno mental, independente da data de publicação. Excluíram-se: legislações revogadas e as repetidas. Os dados foram coletados em instrumento contendo as seguintes variáveis: fonte e data da publicação, tipo de documento, áreas contempladas e conteúdo dos documentos. Localizaram-se 451 documentos, desses, 5 leis, 6 decretos, 434 portarias e 6 resoluções. Os resultados foram categorizados de acordo com a análise de conteúdo por categorias temáticas. Conclui-se que as legislações federais brasileiras voltadas às pessoas com transtornos mentais avançaram no que diz respeito a habilitação de serviços extra-hospitalares, bem como, com a disponibilização de demais recursos para seu funcionamento. No entanto, os documentos não tratam diretamente dos direitos fundamentais dessas pessoas, situação que compromete o atendimento às necessidades dos que sofrem transtorno mental e configura em implicações para o cuidado pelos profissionais de saúde, entre eles a equipe de enfermagem. Portanto, se faz necessário a realização de pesquisas que gerem publicações científicas, que possam cooperar com a elaboração, manutenção e divulgação dos direitos da pessoa com transtorno mental, e legislações especificas que respaldem, direcionem e garantam a assistência de enfermagem integral a esse grupo vulnerável da população. |
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CÂNCER DO COLO DO ÚTERO E MULHERES PRIVADAS DE LIBERDADE EM MATO GROSSO DO SUL |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
17/02/2017 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
- Ana Rita Barbieri Filgueiras
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Elaine Regina Prudencio Hipolito da Silva
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Banca |
- Albert Schiaveto de Souza
- Ana Rita Barbieri Filgueiras
- Crhistinne Cavalheiro Maymone Goncalves
- Maria de Fatima Meinberg Cheade
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Resumo |
A população feminina privada de liberdade apresenta-se vulnerável ao desenvolvimento de agravos, devido a fatores intrínsecos ao sexo, comportamentais, e as condições inadequadas de vida que estão sujeitas no cárcere, entre estas o pouco acesso às ações e serviços de saúde, em especial as ações de controle do câncer do colo do útero. O estudo teve por objetivo analisar o controle do câncer de colo do útero às mulheres privadas de liberdade em Mato Grosso do Sul. Estudo de caráter transversal de abordagem quantitativa com utilização de dados primários e secundários, em que foram entrevistadas 510 mulheres distribuídas pelos sete estabelecimentos penais femininos de regime fechado em Mato Grosso do Sul e foram analisados 352 prontuários. Os dados foram analisados estatisticamente no programa Statistical Package for Social Science versão 23.0, considerando um nível de significância de 5%, foram realizadas associações entre as variáveis por meio do teste qui-quadrado (p<0,05), com correção de Bonferroni. Verificou-se que a maioria das mulheres privadas de liberdade em Mato Grosso do Sul possuem um baixo nível de escolaridade, são pardas, estão na faixa etária entre 18 e 34 anos, privadas de liberdade por um tempo não superior a 24 meses e estão expostas aos fatores de risco para o desenvolvimento do câncer do colo do útero. Metade das entrevistadas, 255 mulheres (50,0%), disseram ter realizado o exame citopatológico do colo do útero nos estabelecimentos prisionais, sendo que 178 (69,8%) o realizaram em 2015, e 70 (16,4%) relataram a presença de algum tipo de alteração no resultado. Ainda, 12 (17,1%) afirmaram ter tido alterações no colo do útero, e 134 (52,5%) referiram desconhecer o resultado. Das 255 (50,0%) mulheres que não fizeram o exame no estabelecimento prisional, 149 (58,4%) referiram como motivo a falta de oportunidade. Dos prontuários analisados, quando considerado o último exame realizado no estabelecimento prisional, 211 (59,9%) não continham o registro de informações sobre o exame. Apenas 129 (36,6%) continham informações, sendo que destes, 110 (85,3%) possuíam registro do resultado, e foram encontrados seis (5,5%) resultados com alterações citológicas. Ainda, 41 (11,7%) continham informações sobre o histórico de realização do exame após a privação de liberdade, sendo verificados quatro (9,8%) registros de exames com alterações. Observou-se que há diferenças estatísticas entre a atenção à saúde nos estabelecimentos prisionais quanto à frequência de realização do rastreamento e forma de registro no prontuário. Conclui-se que as ações de controle do câncer do colo do útero são realizadas, mas não de forma sistemática e regular, sendo necessária a implementação de estratégias que proporcionem melhorias no seu controle e prevenção no ambiente prisional. |
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AVALIAÇÃO DOS PROGRAMAS DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR DE CAMPO GRANDE – MS |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
10/11/2016 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Alessandra Lyrio Barbosa Giroti
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Banca |
- Adriano Menis Ferreira
- Jomara Brandini Gomes
- Juliana Dias Reis Pessalacia
- Larissa da Silva Barcelos
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Resumo |
A ocorrência de infecção hospitalar é uma das mais relevantes complicações para pacientes hospitalizados, considerando a elevada taxa de morbimortalidade associada a sua incidência, além do impacto socioeconômico por aumentar custo e tempo de internação e afastar o paciente de suas atividades profissionais e sociais. Desse modo, este trabalho teve como objetivo geral avaliar os Programas de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH) dos serviços de saúde como facilitador da qualidade assistencial, em Campo Grande – Mato Grosso do Sul. Trata-se de um estudo transversal, analítico, de abordagem quantitativa. A população foi constituída de 16 Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) de hospitais cadastrados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde(CNES) e a amostra se constituiu de 14 CCIH. A coleta de dados primários e secundários foi realizada por meio de entrevista estruturada, utilizando-se de instrumentos validados e verificação de documentos, respectivamente. Os dados foram organizados sob a forma de tabelas para análise e comparação com o proposto na Portaria Ministério da Saúde/Gabinete do Ministro nº 2.616, de 12 de maio de 1998, sendo que os resultados evidenciaram médias de conformidade de: 80,58% para o indicador de avaliação da estrutura técnico-operacional (PCET), 60,77% para o indicador das diretrizes operacionais de prevenção e controle de infecção (PCDO), 81,59% para o indicador de avaliação do sistema de vigilância epidemiológica (PCVE) e 63,44% para o indicador de avaliação das atividades de controle e prevenção de infecção hospitalar. Isto permitiu concluir que existe necessidade de adequações imediatas nesses programas, principalmente referentes às diretrizes e ações de prevenção e controle de infecção hospitalar. Os itens relativos à estrutura técnico-operacional e sistema de vigilância epidemiológica apresentaram melhores resultados, porém não o ideal recomendado na legislação brasileira, o que enfatiza a magnitude desse problema ainda considerado um desafio para as instituições no país. |
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AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA PUERPERAL: ANÁLISE DOS CICLOS 1 E 2 DO PROGRAMA NACIONAL DE MELHORIA DO ACESSO DA QUALIDADE DA ATENÇÃO BÁSICA |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
29/09/2016 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Camila Vallevan Casagranda
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Banca |
- Adriane Pires Batiston
- Ana Paula de Assis Sales
- Lais Alves de Souza Bonilha
- Luciana Contrera
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Resumo |
A atenção à saúde da mulher no puerpério é de extrema importância, visto que é um período em que pode apresentar inúmeras intercorrência que necessitam de assistência precoce e de qualidade, para que haja diminuição da mortalidade materna por causas evitáveis. Este estudo teve como objetivo caracterizar a assistência puerperal no âmbito da atenção básica no Brasil. Como resultados foram organizados dois artigos. O artigo I intitulado “Atenção à saúde da mulher no período pós-parto no âmbito da Atenção Primária à Saúde: revisão integrativa” teve como objetivo realizar uma revisão integrativa de literatura em periódicos nacionais e internacionais indexados nas bases de dados LILACS, MEDLINE e BDENF, no período compreendido entre de 2006 a 2015, sobre atenção à saúde da mulher no período pós-parto na Atenção Primária à Saúde. Foram selecionados oito artigos ligados diretamente ao tema proposto, que através da questão norteadora e análise, foi possível identificar duas categorias temáticas: consulta puerperal na atenção básica à saúde e visita domiciliar no puerpério. Pode-se observar que a consulta puerperal juntamente com a visita domiciliar são ferramentas importantes para a melhoria da qualidade de atenção à mulher e que apesar das melhorias, ainda existem lacunas que precisam de intervenções mais congruentes da equipe de saúde, para garantir a continuidade da linha de cuidado à mulher e o aumento da cobertura assistencial como forma de reduzir a morbimortalidade. O artigo II intitulado “Disparidades na atenção puerperal no Brasil” teve como objetivo comparar o acesso à consulta puerperal, o tempo médio de realização da primeira consulta puerperal e a realização da visita domiciliar, nas cinco regiões do país a partir dos dados provenientes da avaliação externa do primeiro e segundo ciclos do PMAQ. Os indicadores analisados pioraram significativamente e de modo geral no Brasil, com diminuição da realização da consulta puerperal e aumento dos dias até a primeira consulta nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. A visita domiciliar do agente comunitário de saúde apresentou diminuição nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Para que haja uma melhor assistência à mulher no ciclo gravídico puerperal devem ser programadas ações voltadas para a consulta puerperal e visita domiciliar precoce, com a busca ativa das puérperas e a captação das mesmas na unidade de saúde, já que levam seus recém-nascidos para a realização de imunização e exames. Cabe a nós, profissionais de saúde, um olhar integral à mulher nesse período, para que haja melhora na qualidade do acesso e da assistência prestada, diminuindo a morbimortalidade materna por causas evitáveis. |
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QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS COM PÉ DIABÉTICO |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
30/08/2016 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Aloma Renata Ricardino Antunes
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Banca |
- Maria da Graca da Silva
- Maria Gorette dos Reis
- Patricia Moita Garcia Kawakame
- Ramon Moraes Penha
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Resumo |
A neuropatia e os problemas circulatóriosdecorrentes doDiabetes Melito(DM) muitas vezes podem ocasionar lesões nos membros inferiores denominadasPé Diabético (PD), sendouma das principais causas de amputação. A necessidade do uso diário de medicações, controle da glicemia, dificuldades motoras,lesões periféricas, dentre outros, acaba interferindo naqualidade de vida (QV) dessas pessoas. Este estudo objetivou analisar oÍndice de Qualidade de Vida (IQV) de pessoas com PD que apresentavam feridas, com ou sem amputação, utilizando o Índice de Qualidade de Vida de Ferrans & Powers – Versão Feridas(IQVFP - VF). Trata-se de um estudo seccional, analítico, com abordagem quantitativa.A amostra foi composta por 64 pessoas para as quais foramaplicadosdois formulários sendo um para coleta de dados sociodemográficos e clínicos e outro para a mensuração doIQV o IQVFP - VF. A coleta de dados ocorreu entre período de03 de novembro de 2015 a 18 de janeiro de 2016.. Os resultados foram tabulados e analisados nos programas estatísticos EpiInfo Versão 7 e Minitab Versão 14.Os principais resultados mostraram predominância de pessoas com PD do sexo masculino (68,8%), a idade média foi de 60,5 anos (DP± 9,69), média de dependentes 2,98 (DP± 1,71), 78,1% referiram ser praticante de alguma religião, 53,1 disseram conviver com companheiro, 84,4% não realizavam atividade laboral, a média de anos de estudo foi de 6,8 (DP± 3,7), renda per capita média de R$ 852,00 (DP± 863,00). A média de tempo de diagnóstico de DM foi de 10,14 (DP± 7,29), sendo a média de tempo de diagnóstico de PD de 2,43 (DP± 2,66) e, a comorbidade mais presente foi a Hipertensão Arterial Sistêmica (60,9%). O grupo caso foi composto majoritariamente de pessoas do sexo masculino (88,2%), neste grupo 70,6% possuíam uma amputação, sendo a do tipo menor mais presente (85,3%), as feridas localizadas unilateralmente foram a maioria (85,3%), e as feridas cirúrgicas por amputação predominantes (61,8). No grupo caso e controle foi estatisticamente significativo o Domínio Família (p=0,046), o Domínio Psicológico Espiritual apresentou significância estatística em relação à situação conjugal (p=0,026), o Domínio Família foi estatisticamente significativo em relação à atividade laboral (p=0,035), já o sexo, prática religiosa e meio de transporte não apresentaram significância estatística. Não houve correlação significativa entre os domínios do IQVFP-VF e a idade, anos de estudo, renda per capita, tempo de diagnóstico de DM e de PD Desta forma, conhecer quais variáveis são significativas e sua correlação com as dimensões de QV das pessoas com PD, revelou-se importante para nortear medidas de cuidado em saúde e assistência de enfermagem. |
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ACIDENTES NA INFÂNCIA: CARACTERIZAÇÃO E PERSPECTIVA DA FAMÍLIA |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
23/08/2016 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Renata Paiva Moret de Almeida Nardes
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Banca |
- Ana Paula de Assis Sales
- Cristina Brandt Nunes
- Ieda Harumi Higarashi
- Maria Angelica Marcheti
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Resumo |
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IMPACTO FUNCIONAL DE QUEDAS EM IDOSOS |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
01/08/2016 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
- Márcia Regina Martins Alvarenga
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Daniela Serrou do Amaral Oshiro
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Banca |
- Albert Schiaveto de Souza
- Márcia Regina Martins Alvarenga
- Olinda Maria Rodrigues de Araujo
- Suzi Rosa Miziara Barbosa
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Resumo |
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CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS PROFISSIONAIS DO SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
05/07/2016 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Lyvia Maria Torres Moura Donato
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Banca |
- Cássia Barbosa Reis
- Cristina Brandt Nunes
- Leides Barroso de Azevedo Moura
- Paula de Oliveira Serafin
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Resumo |
A violência é um problema de saúde pública e deve ser enfrentado por meio da formulação de
políticas e capacitação profissional. A violência que envolve crianças e adolescentes é um
tema complexo de ser tratado pelos profissionais de saúde, e estes demonstram dificuldade em
atuarem nesses casos. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) é um
componente da Rede de Atenção à Saúde cuja finalidade é oferecer atendimento préhospitalar
móvel a urgências na cena do agravo. Crianças e adolescentes em situação de
violência que apresentam riscos de morte característicos de urgência podem ser atendidos
pelo SAMU. O objetivo desta pesquisa é compreender as representações sociais dos
profissionais do SAMU frente a violência contra crianças e adolescentes. É descritiva de
abordagem qualitativa e utiliza a Teoria das Representações Sociais. Foi efetivada no
município de Campo Grande/MS, por meio da realização de entrevista semiestruturada com
19 profissionais do SAMU e posterior análise e interpretação dos dados com a utilização do
método do Discurso do Sujeito Coletivo. Possibilitou a caracterização dos profissionais e
resultou em 11 DSC, distribuídos em quatro categorias, sendo: Concepções sobre a violência
contra a criança e o adolescente; Visibilidade à violência; Sentimentos despertados frente à
violência; Atendimento do SAMU a crianças e adolescentes em situação de violência. As
concepções sobre o fenômeno relacionam-se a injustiças e a constatação do ocorrido como
uma consequência de dinâmica sociofamiliar que expõe crianças e adolescentes ao risco de
sofrerem violência. Evidencia-se a omissão e cumplicidade familiar no intuito de esconder o
ocorrido, a oportunidade de identificar a situação pelo fato do serviço ir à cena e a
consideração de que é por meio da notificação que se rompe a cadeia da violência. Os
entrevistados sentem-se impotentes frente ao fenômeno, com pesar por quem sofreu o ato
violento e, raiva, revolta e desejo de vingança pelo autor da violência. O atendimento do
SAMU à tais casos, requer preparo técnico e emocional e exige humanização no cuidado e
apoio intersetorial. Constata-se que os profissionais do SAMU são tecnicamente competentes,
conscientes de seus deveres legais, éticos e morais e possuem reconhecimento pessoal e da
população pelo desempenho do serviço. Salvar a vida de crianças e adolescentes em situação
de violência é motivação para o enfrentamento das dificuldades. Entretanto, a formação dos
profissionais de saúde não os capacita para realização de tais atendimentos, evidencia-se
dificuldades em lidar com o tema, necessidade de capacitação para identificação dos sinais de
violência, implementação de protocolo de notificação e desenvolvimento de ações de apoio
emocional frente à tais situações. |
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ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS DE PESSOAS SUBMETIDAS À DIÁLISE PERITONEAL EM MATO GROSSO DO SUL |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
10/06/2016 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Letícia Cândida de Oliveira
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Banca |
- Aucely Corrêa Fernandes Chagas
- Elsa Alidia Petry Goncalves
- Maria da Graca da Silva
- Olinda Maria Rodrigues de Araujo
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Resumo |
Introdução: A Doença Renal Crônica Terminal (DRCT) tornou-se problema de saúde pública no Brasil e em todo o mundo. A diálise peritoneal (DP) oferece maior autonomia, menores efeitos adversos comuns durante a hemodiálise (HD) e diminuição de custos. No entanto, é uma terapia pouco utilizada, estando mais de 90% dos nefropatas em utilização da HD. Poucos estudos têm sido realizados sobre a situação da população em DP e as razões para baixa utilização. Sendo assim, esta pesquisa objetiva caracterizar a clientela submetida à DP em Mato Grosso do Sul; elencar os fatores que influenciam na escolha desta modalidade de terapia renal substitutiva (TRS) e propor um modelo de programa de orientações para pessoas com diagnóstico médico de DRCT. Material e Método: a pesquisa foi realizada em cinco instituições do estado que oferecem a DP, e os participantes responderam a questionários através de entrevistas realizadas pessoalmente e exclusivamente, onde foram abordados sobre aspectos sociodemográficos, clínicos, detalhes do tratamento e suas percepções sobre a terapia. Os dados foram analisados com estatística descritiva e apresentados em figuras e tabelas. A avaliação da associação:
a) entre o grau de escolaridade e o aparecimento de complicações; b) entre o tratamento conservador e a primeira terapia utilizada; c) entre se recebeu informações sobre DP antes do início do tratamento e a primeira terapia utilizada; e
d) entre o tipo de tratamento utilizado e o nível de satisfação em relação ao tratamento, foi realizada por meio do teste do qui-quadrado. Resultados: Foram entrevistadas setenta pessoas, sendo 61,4% pertencente a uma única instituição. As características sociodemográficas mostram que 51,4% pertencem ao sexo masculino e 48,6% ao sexo feminino; a faixa etária corresponde a 30-59 anos, com média de idade de 55,17 anos; predominam a raça branca (53,9%); casados (54,3%); fora do mercado de trabalho (87,1%); aposentados (57,1%); de baixa escolaridade (42,9%); com renda mensal entre 1 e 4 salários mínimos (82,9%); residentes no mesmo município do serviço de nefrologia (54,3%). A etiologia mais frequente (55,7%) entre os participantes foi a hipertensão arterial sistêmica (HAS), seguida de diabetes mellitus (DM) com 42,9%. A cardiopatia foi a comorbidade mais mencionada (21,4%); e os sintomas no início do tratamento foram: edema (64,3%), fraqueza (44,3%) e náuseas e vômitos (37,1%). Em relação às características do tratamento dialítico, apenas 25,7% dos diagnósticos de DRCT foram feitos por médicos da atenção básica. Para 62,9% da amostra não houve a oportunidade tratamento conservador (TTC). Não houve associação entre a primeira terapia utilizada e a realização ou não do TTC (valor de p=0,087). Em relação as características da terapia, 80% da amostra encontra-se em diálise peritoneal automatizada (DPA), e 68,6% negam complicações com a terapia. Não houve associação entre a escolaridade e o aparecimento de complicações. Os participantes em DP relatam nenhuma dificuldade (37,1%) e insegurança inicial (14,3%). Houve associação significativa entre a satisfação e a terapia utilizada, sendo percentual de pacientes que se declararam muito satisfeitos com a diálise peritoneal foi significativamente maior do que o daqueles submetidos à hemodiálise (57,1% versus 4,3%). Conclusões: O conhecimento das características desta população específica pode ser útil para a melhor utilização da terapia. Os dados sugerem a necessidade de melhorar a qualidade do atendimento desde o serviço primário e de intervenções rigorosas no âmbito da educação pré diálise, propondo a construção de modelos de orientações aos pacientes para fortalecer sua autonomia, e a consequente satisfação e qualidade de vida. Além disso, o fortalecimento da terapia de DP estaria contribuindo para a diminuição de gastos do Estado e trazendo benefícios clínicos, além dos pessoais, aos clientes, bem como fortalecendo a atuação do enfermeiro nefrologista em seu papel de educador em saúde. |
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VIGILÂNCIA DE INFECÇÃO APÓS A ALTA: INCIDÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS EM CIRURGIA CARDÍACA |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
10/05/2016 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Cynthia Adalgisa Mesojedovas de Aguiar Falson
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Banca |
- Alexandra Maria Almeida Carvalho
- Andrelisa Vendrami Parra
- Maria da Graca da Silva
- Vilma Ribeiro da Silva
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Resumo |
As infecções relacionadas à assistência à saúde têm sido combatidas com intensidade, dentre
elas a infecção do sítio cirúrgico (ISC). Os métodos de vigilância de infecção após a alta têm
o objetivo de estimar a incidência destes casos em pacientes assistidos, através do
acompanhamento durante a internação e depois da saída da instituição. Os programas de
saúde e legislações mundiais apontam para a segurança do paciente e cirurgia segura. A
literatura internacional e nacional aponta que a busca de infecção pós-alta demonstra uma
incidência diferente daquela realizada somente no ambiente hospitalar. Esse método de
vigilância visa o aprimoramento na qualidade durante toda a assistência prestada, estendendose
após a alta do cliente. É proposto nesse estudo comparar a incidência de infecção do sítio
cirúrgico (ISC) após cirurgia cardíaca durante a internação e após a alta hospitalar, comparar a
localização e plano da ISC e associar fatores de risco com o desenvolvimento de ISC na
população estudada. A coleta de dados foi através da análise do banco de dados da vigilância
pós-alta por meio da busca fonada no domicílio ou celular. A coleta de dados foi secundária,
compreendendo o período de janeiro de 2013 até dezembro de 2015, junto aos registros do
serviço de controle de infecção hospitalar de um hospital terciário e de ensino. Dentre o total
de cirurgias cardíacas (859) a revascularização do miocárdio foi a cirurgia mais frequente
(501), o que correspondeu a 58,3% do total. Obteve-se um maior percentil mensal (p=0,021)
de ISC após a alta que durante a internação hospitalar. Observou-se que 70,5% das ISC foi em
membro inferior na incisão da safenectomia. Houve associação significativa entre a
hipertensão, diabetes e tabagismo com o surgimento de ISC. Os resultados deste estudo
demostram um aumento significativo na detecção dos casos de ISC quando há vigilância após
a alta. |
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INFECÇÃO PELO VÍRUS DA HEPATITE B E IMUNIDADE VACINAL EM POLICIAIS RODOVIÁRIOS FEDERAIS DE CAMPO GRANDE- MS |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
11/04/2016 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Ana Paula de Assis Sales
- Ana Rita Coimbra Motta de Castro
- Elenir Rose Jardim Cury
- Luciana Contrera
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Resumo |
A hepatite B se caracteriza como problema de saúde pública no âmbito mundial. Profissionais de saúde e de segurança pública, como os Policiais Rodoviários Federais, são uns dos grupos de maior risco para a infecção, uma vez que o contato direto com sangue e fluidos corporais são formas de transmissão da mesma. Estudos com a população em questão se mostram escassos no país e no estado de Mato Grosso do Sul, ainda que as características de seu trabalho a torne mais suscetível à infecção. Este estudo de corte transversal com abordagem quantitativa teve por objetivo caracterizar a infecção pelo vírus da hepatite B e a imunidade vacinal em Policiais Rodoviários Federais do município de Campo Grande - MS e foi realizado no ano de 2015 com 118 policiais lotados na Superintendência e na 1º Delegacia da Polícia Rodoviária Federal do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio de entrevista estruturada e coleta sanguínea, com posterior realização de testes sorológicos em laboratório. Para a análise estatística, foram utilizados os testes Qui-quadrado, Qui-quadrado de tendência e Teste Exato de Fisher, e calculadas as razões de prevalência, com intervalo de confiança de 95%. Para estimar as razões de prevalência ajustadas foi utilizada a Regressão de Cox (com tempo igual a uma unidade), utilizando as variáveis com significância ≤ que 20%. A faixa etária predominante foi de 36 a 45 anos (46,6%), 83,9% eram do sexo masculino e 89% possuía ensino superior. A prevalência global da infecção pelo HBV foi de 7,6% (2,8% a 12,4% IC 95%). Não foi encontrada positividade para o HBsAg. A presença do marcador anti-HBc total isolado foi encontrada em 0,8% (0,3% a 1,4% IC 95%) e o anti-HBc total associado ao anti-HBs em 6,8% (2,2% a 11,3% IC 95%). Observou-se que 46,6% (37,6% a 55,6% IC 95%) apresentou anti-HBs isolado, indicando imunidade vacinal e a taxa de indivíduos suscetíveis foi de 45,8% (36,8% a 54,8%). Acidentes de trabalho com material biológico se mostraram presentes em 24,6% dos casos, sendo que o tabagismo e a realização de outra atividade remunerada apresentaram associação estatística significativa em relação à ocorrência dos mesmos. Os resultados mostraram taxa de infecção pelo HBV nos policiais semelhante à população em geral, contudo os mesmos se encontram em risco constante de adquirir a infecção devido à exposição ocupacional, principalmente pela não utilização de EPI. Baixa taxa de vacinação contra a hepatite B e elevado índice de suscetibilidade também foram encontrados. Evidencia-se assim, a necessidade de estratégias mais eficazes de promoção e prevenção e de adequado fluxo pós-exposição ocupacional.
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DENGUE: CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA E VARIÁVEIS ASSOCIADAS AO AGRAVAMENTO |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
29/03/2016 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
- Marisa Dias Rolan Loureiro
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Maria Lucia Ivo
- Marisa Dias Rolan Loureiro
- Rivaldo Venancio da Cunha
- Sonia Maria Oliveira de Andrade
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Resumo |
POMPEO, C.M. Dengue: Caracterização clínica e variáveis associadas ao agravamento. 72 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Campo Grande, 2016.
O estudo sobre dengue traz informações valiosas acerca da frequência e do impacto desta problemática na sociedade e no serviço de saúde pública, e tem se intensificado diferentes preocupações da esfera administrativa e assistencial no que diz respeito aos aspectos epidemiológicos e legais. A dengue, hoje, representa um problema de saúde pública que se agrava, pela diversidade de fatores de risco, mas que, na maioria das vezes nos permite um monitoramento sistemático e contínuo, além de oferecer subsídios para programas de prevenção. O objetivo desta pesquisa foi identificar, nos casos de dengue, as variáveis relacionadas ao agravamento da doença, em indivíduos adultos internados em dois hospitais públicos terciários, no município de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, durante a epidemia ocorrida no ano de 2013. Trata-se de um estudo analítico transversal, com base em dados secundários. A amostra foi composta de 91 casos comprovados de dengue onde, destes, 86 foram classificados como dengue com sinais de alarme (DCSA) e cinco como dengue grave (DG). A duração média de hospitalização foi de 3,37 dias para os casos de DCSA e 4,60 para DG. Dos casos graves (n=5), as comorbidades estavam presentes em 100% dos mesmos, sendo que as mais relevantes foram as cardiopatias, o diabetes mellitus e o lúpus eritematoso sistêmico, sendo que 60% (n=3) destes casos apresentaram o óbito como desfecho final. Os sinais e sintomas clínicos e laboratoriais que apresentaram associação significativa para a DG foram a diarréia e os sinais de choque, sendo que as variáveis do choque com maior relevância foram a hipotensão, a pele fria, taquicardia, taquipnéia, confusão mental, agitação e coma. As manifestações hemorrágicas com maior representatividade foram a equimose e o hemotórax. Os Sinais de Alarme com associação com o agravamento da doença foram a queda abruta das plaquetas, a dispneia, a hipotermia, a confusão mental e agitação psicomotora. Quanto às alterações laboratoriais, essas foram relevantes, na albumina sérica e nas enzimas hepáticas, presente em 100% dos casos graves aumentando o risco de extravasamento plasmático e demonstrando possível lesão hepática no curso da doença. Este trabalho destacou a importância dos sinais e sintomas, principalmente, os definidos como Sinais de Alarme pelos Protocolos do Ministério da Saúde, reforçando a necessidade de uma avaliação clínica precisa e um exame físico detalhado, momento em devem ser investigadas, também, as manifestações hemorrágicas e comorbidades associadas. E evidenciou a importância da detecção precoce dos sinais de choque e extravasamento plasmático, durante avaliação dos pacientes que buscam atendimento por dengue, uma vez que estes foram, em sua maioria, associados ao agravamento da doença. Por fim, este trabalho contribuiu para consolidar os sinais e sintomas da doença como uma ferramenta diagnóstica e prognóstica na prática do cuidado, e mostrar a importância da avaliação clínica na identificação dos casos graves ou potencialmente graves e que, associada aos exames laboratoriais e de imagem podem mudar o curso da doença.
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SOBREVIVÊNCIA A PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA: AVALIAÇÃO DA PERFORMANCE CEREBRAL |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
10/03/2016 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
- Marisa Dias Rolan Loureiro
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Francine Jomara Lopes
- Marisa Dias Rolan Loureiro
- Olinda Maria Rodrigues de Araujo
- Ramon Moraes Penha
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Resumo |
Introdução: Apesar de avanços relacionados à prevenção e tratamento da Parada Cardiorrespiratória (PCR), muitas ainda são as vidas perdidas. A maioria dos estudos realizados concentra-se em eventos extra-hospitalares e tem resultados de incidência e sobrevivência muito variáveis. Tal variação é evidência da necessidade de que os serviços de saúde identifiquem e avaliem cada ocorrência de evento tratado. Objetivos: Avaliar a performance cerebral de pacientes adultos sobreviventes de PCR, antes do evento, na alta hospitalar e após seis meses, em um hospital de Campo Grande, estado de Mato Grosso do Sul (MS). Identificar fatores relacionados com diferenças entre sobreviventes e não sobreviventes do grupo estudado. Conhecer a sobrevivência após seis meses da alta hospitalar. Metodologia: Estudo analítico, prospectivo, de abordagem quantitativa, desenvolvido em um hospital geral filantrópico de Campo Grande (MS). Autorizado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, parecer nº:856.096, de 02/11/2014. Resultados: Foram avaliados 78 sobreviventes de PCR, 38,5% (30), alcançaram a alta hospitalar, destes, todos apresentaram apenas um evento de PCR, enquanto que todos os que evoluíram para o óbito apresentaram 2 ou mais eventos, houve associação entre o número de PCR e o desfecho, também houve relação entre o uso de droga vasoativa e insuficiência renal e o óbito. Em relação ao CPC, 96,7% dos pacientes apresentavam CPC 1 anterior a PCR, e 72,7% o mesmo valor na alta, não houve diferença estatisticamente significativa entre o CPC médio anterior a PCR e aquele no momento da alta. Em relação ao acompanhamento após a alta, dos 30 pacientes, dois evoluíram com re-internação e óbito nos seis meses seguintes, 21 foram encontrados para o acompanhamento pós alta, 14 pacientes apresentavam CPC 1 na alta e 15, o mesmo índice seis meses após. O CPC médio na alta foi 1,47 e, seis meses após, 1,42. Conclusão: A PCR é um evento com sobrevivência muito variável, 2 ou mais eventos de PCR, uso de droga vasoativa e insuficiência renal foram relacionados ao óbito. Para os pacientes que evoluíram com a alta hospitalar, não houve piora de sua função cerebral, o que pode ser relacionado aos cuidados prestados e a qualidade da ressuscitação. Verificou-se que o processo de recuperação após a alta hospitalar é lento e que estes pacientes necessitam de acompanhamento pós alta. |
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PERCEPÇÕES DO PACIENTE ONCOLÓGICO SOBRE O CUIDADO |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
10/12/2015 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
- Mara Lisiane de Moraes dos Santos
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Cristina Brandt Nunes
- Emerson Elias Merhy
- Mara Lisiane de Moraes dos Santos
- Maria da Graca da Silva
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Resumo |
THEOBALD, M. R. Percepções do paciente oncológico sobre o cuidado. 2015. 79 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem). Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
RESUMO
O diagnóstico do câncer desencadeia reações orgânicas e emocionais, provocando sentimentos, desequilíbrios e conflitos internos, além de causar sofrimentos que podem acarretar desorganização psíquica. O objetivo deste estudo foi compreender as percepções dos pacientes oncológicos acerca do seu cuidado, averiguar junto aos pacientes como ocorre a comunicação dos profissionais na realização do cuidado; identificar pela ótica do paciente, como os profissionais realizam a informação do diagnóstico, tratamento e prognóstico da doença e identificar como os profissionais promovem o respeito à autonomia. Trata-se de um estudo qualitativo, constituindo-se como uma possibilidade de reflexão acerca da assistência prestada a estes pacientes, à luz das propostas do Sistema Único de Saúde (SUS) e sob a ótica de uma abordagem humanística. Participaram dessa pesquisa 25 pacientes adultos internados no setor de oncologia de uma instituição pública, terciária, de ensino e de referencia na área localizada na região centro-oeste do Brasil, junto aos quais foi realizada uma entrevista semiestruturada, que teve seu roteiro avaliado pela opinião de profissionais na área temática. Após a coleta dos dados, estes foram transcritos e sistematizados pela fundamentação metodológica do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), sendo os dados posteriormente confrontados com o relatório da Observação Sistemática Participante. Como resultado decorrente da análise do discurso do sujeito coletivo na temática comunicação, foi identificado duas ideias centrais antagônicas: Comunicação adequada e Comunicação imprópria, quanto à observação sistemática participante, nesta temática foi evidenciado que a equipe não recebe bem as criticas que emergem dos usuários e isso interfere na comunicação com os mesmos; ocorre incorporação de estratégias que estimulam a relação interpessoal pela equipe. No contexto da informação, foram identificadas duas ideias centrais opostas, sendo a primeira Informação adequada e a segunda Informação inadequada. Considerando os resultados da observação sistemática participante no contexto da informação, foi possível observar que os indivíduos têm maior liberdade para apresentar os questionamentos com a categoria de enfermagem, a adequada informação pode estar sendo comprometida pelo excesso de trabalho dos profissionais. No cenário da autonomia, considerando os discursos do sujeito coletivo este estudo encontrou três ideias: Participação no tratamento, Imposição e Confiança no profissional. Já a observação sistemática participante na temática autonomia, evidenciou que os profissionais promovem pouco estímulo ao empoderamento dos seus pacientes. Quanto à percepção dos usuários sobre o cuidado, com o emprego do discurso do sujeito coletivo identificou-se duas ideias centrais: Competência e Satisfação. Ainda analisando a percepção do usuário acerca do cuidado, emergiu com o emprego da observação sistemática participante, a insatisfação dos pacientes com os profissionais da área da enfermagem. Desta forma, mesmo que o estudo tenha encontrado uma percepção positiva do usuário quanto aos cuidados recebidos, os profissional atuantes neste cenário, incorporam parcialmente as recomendações preconizadas pela Política Nacional de Humanização. Logo, concluiu-se que ainda é necessário investir esforços, no intuito de, potencializar as condutas que priorizem o cuidado humanizado de qualidade, visto que sua ausência pode comprometer a adesão terapêutica, fragilizar o paciente e desencadear impactos emocionais ao indivíduo. Este estudo é importante, pois possibilita a ampliação e geração de novos conhecimentos na área da oncologia, possibilitando reflexão por parte dos profissionais atuantes na área e possível incorporação dos referidos conhecimentos na prática diária. Ademais este estudo é contemporâneo, visto que, é necessário à época e ao local, como também contempla o aspecto humano, por ter aplicação prática que possibilitará benefícios aos usuários.
Descritores: Humanização da assistência, Enfermagem, Oncologia
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AVALIAÇÃO DA SAÚDE DA MULHER NO PRÉ-NATAL NO ÂMBITO DA ATENÇÃO BÁSICA NO BRASIL: APROXIMAÇÕES E DESIGUALDADES REGIONAIS |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
02/04/2015 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Adriane Pires Batiston
- Ana Rita Barbieri Filgueiras
- Luciana Contrera
- Sonia Maria Oliveira de Andrade
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Resumo |
RESUMO
A avaliação do pré-natal pode contribuir para melhorar à assistência a gestante, diminuindo os índices de morbimortalidade materno e neonatal, sendo assim, a aplicação de critérios de qualidade para avaliar o processo da assistência pré-natal proporciona identificar o desempenho do serviço e evidencia a qualidade da assistência, sendo esta uma das condições para garantir a efetividade dos cuidados à gestante. Este estudo teve como objetivo caracterizar a assistencia pré-natal no âmbito da Atenção Básica no Brasil. Os resultados foram organizados em forma de dois artigos científicos. O artigo I teve como objetivo investigar qual a produção de conhecimentos sobre a avaliação da adesão ao pré-natal e os fatores relacionados no âmbito da Atenção Primária à Saúde, trata-se de uma revisão integrativa, por meio de pesquisa de artigos indexados nas bases de dados, LILACS, MEDLINE e Scielo, publicados no período de 2004 a 2014. Foram localizados 14 estudos, atendendo aos critérios de inclusão: publicados no período de 2004 a 2014, os estudos foram organizados em 3 categorias: início do pré-natal e número de consultas, modelos de atenção pré-natal e registros do pré-natal e sistemas de informação. Os resultados mostraram que as gestantes iniciam o pré-natal no primeiro trimestre, porém as dificuldades na adesão estão relacionadas à descoberta da gestação e demora no agendamento de consultas. O artigo II foi conduzido um estudo transversal com dados secundários, do banco de dados do Departamento de Atenção Básica, coletados na avaliação externa do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica (PMAQ-AB), ciclo 2012 em nível nacional, referentes ao Módulo III do instrumento da Avaliação Externa, questões que avaliam a percepção e satisfação dos usuários quanto aos serviços de saúde no que se refere ao seu acesso e utilização, referentes à gravidez e pré-natal. Como critério de inclusão apenas mulheres que já estiveram grávidas e que possuíssem filho até 2 anos de idade. Verificou-se que, não foi observada diferença entre as regiões a respeito do numero de mulheres que relataram ter realizado pré-natal na última gravidez (98,7%), já no que se refere à realização de no mínimo sete consultas de pré-natal durante a gravidez e orientações sobre o local do parto, as regiões Sul e Sudeste apresentaram maiores percentuais, 83,6% e 79,7% respectivamente, contrastando com a região Norte que apresentou o pior resultado com 58,4% (p<0,001), quando questionadas sobre qual(is) profissional(is) realizaram o pré-natal, o enfermeiro foi mais citado entre as mulheres nas regiões Nordeste (95,8%) e Norte (94,3%) enquanto que o médico foi predominantemente citado nas regiões Sul (96,6%), Centro-Oeste (91,9%) e Sudeste (91,5%). A freqüência de realização de ações como os exames de: boca, mama, ginecológico e Papanicolau realizados durante a consulta de pré-natal apresentaram valores baixos em todas as regiões do Brasil. Conclui-se quegestantes iniciam o pré-natal no primeiro trimestre, a cobertura do acompanhamento pré-natal é elevada, entretanto o numero mínimo de consultas durante o pré-natal apresenta-se de forma desigual entre as diferentes regiões do país, sendo que ações que busquem aumentar o acesso de mulheres ao maior número de consultas devem ser implementadas pelas equipes de Atenção Básica. |
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Avaliação do procedimento de curativo em feridas realizado por profissionais de enfermagem |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
01/04/2015 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Adriano Menis Ferreira
- Maria Angelica Marcheti
- Maria de Fatima Meinberg Cheade
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Resumo |
Este estudo objetivou avaliar o procedimento de curativo realizado pelos profissionais de enfermagem (auxiliares e tecnicos de enfermagem) atuantes em duas unidades de internacao, clinica cirurgica e clinica medica, de um hospital publico localizado no municipio de Campo Grande-MS. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e observacional, com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada pela observacao direta nao participativa e individual, e consulta aos registros de enfermagem no prontuario do paciente, atraves de instrumento de coleta de dados do tipo Check-list validado e adaptado para este estudo, para observar a execucao do procedimento em tres fases, sendo: I-Pre-execucao: preparacao para a tecnica do curativo, II-Execucao da tecnica de curativo e III-Pos-execucao a tecnica de curativo. Por amostragem nao probabilistica, a amostra por conveniencia constituiu de 80 curativos, sendo 40 procedimentos por unidade pesquisada. O procedimento de curativo foi avaliado com base no indice de positividade (IP), gerando um percentual para cada questao observada, por fase (I, II e III) e por procedimento. O IP foi comparado entre fases (I, II e III) por meio da aplicacao do teste de Kruskal-Wallis, com o nivel de significancia de p<0.05. Os softwares utilizados para analise foram o Minitab 17 (Minitab Inc.) e Statistica 10 (StatSoft Inc.). O procedimento de curativo foi considerado de qualidade quando apresentou IP >70%. Na maioria dos itens avaliados nas duas unidades de internacao obtiveram IP . 70%, no entanto a clinica cirurgica apresentou maior IP em comparacao com a clinica medica. As questoes mais comprometidas para as duas unidades estudadas foram as que estavam relacionadas ao aquecimento da solucao fisiologica, preparo do ambiente e disposicao do lixo, manutencao da privacidade do paciente, higienizacao das maos, desinfeccao da superficie, conferencia do prazo de validade dos materiais, paramentacao com equipamento de protecao individual, posicionamento e disposicao dos materiais, limpeza da ferida, identificacao do curativo, desprezo dos materiais e registro de enfermagem. Enquanto que para as questoes referentes a apresentacao ao paciente, conferencia da prescricao, abertura do campo de curativo, remocao nao traumatica do curativo, aplicacao da cobertura sobre a ferida, manutencao nos principios de assepsia, sequencia logica na realizacao do procedimento e valorizacao das queixas do paciente, mostrou-se comprometidas apenas na clinica medica. A clinica cirurgica obteve IP de 79,49% na fase II, sendo as demais fases I (60%) e III (66,30%). A clinica medica obteve indice melhor na fase III (62,50%), nas demais o curativo foi significativamente comprometido, sendo I (34,16%) e II (30,00%). Na clinica cirurgica 75% dos procedimentos de curativo foram classificados como insatisfatorio, sendo essa classificacao em 97,5% dos procedimentos da clinica medica. A realizacao do procedimento de curativo mostrou-se comprometida, requerendo intervencao que provoque mudancas na pratica assistencial, que possa conferir e assegurar qualidade e seguranca no cuidado de enfermagem prestado ao paciente com feridas. |
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Enfermeira da Estratégia de Saúde da Família e a mulher em situação de violência |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
31/03/2015 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
- Maria Auxiliadora de Souza Gerk
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Bruna Laís Alcará de Morais
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Banca |
- Cássia Barbosa Reis
- Leides Barroso de Azevedo Moura
- Maria Auxiliadora de Souza Gerk
- Maria Lucia Ivo
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Resumo |
Esta pesquisa buscou compreender a abordagem e as concepções das enfermeiras da Estratégia de Saúde da Família (ESF) do município de Dourados à mulher em situação de violência, bem como identificar de que forma os casos chegam à ESF e como são assistidos. A violência contra a mulher é um problema de saúde pública e interfere na sua qualidade de vida e de suas famílias. A ESF foi o serviço escolhido pela forma de trabalho com base em território e população delimitada, que favorece o vínculo entre a equipe e a população. Para alcançar os objetivos do trabalho, foi utilizada metodologia qualitativa, com uso do Discurso do Sujeito Coletivo e a teoria das Representações Sociais, de Serge Mocovici, para fundamentar as análises. Foi utilizada a entrevista para a coleta de dados, com roteiro semi-estruturado. Os resultados evidenciaram que as enfermeiras participantes não se sentem preparadas para atender os casos de violência contra a mulher. As representações sociais das enfermeiras estão relacionadas com um conceito ampliado de violência, com questões culturais e de gênero envolvidas. Além disso, apontam para as condições sociais, econômicas, educacionais desfavoráveis dessas mulheres, que interferem no rompimento do ciclo da violência. Observou-se que a violência contra a mulher está presente na rotina da ESF; no entanto, não é considerada prioridade para as enfermeiras, e os casos são percebidos como sem resolutividade pelas mesmas, o que as desmotiva a se envolverem com as situações e colabora com a subnotificação. Quanto à assistência à mulher em situação de violência, os resultados apontaram que as enfermeiras sentem-se impotentes para lidar com os casos, possuem medo de represálias devido à proximidade com a população, estão sobrecarregadas de funções e não possuem condições de trabalho, tanto quanto de infraestrutura quanto de protocolos de atendimento para assistir essas mulheres. A rede de atendimentos para as mulheres em situação de violência é considerada como insuficiente e sem resolutividade pelas enfermeiras. Entretanto, não deixam de atender e se envolver com os casos de violência; mesmo com tais dificuldades, procuram amparar as mulheres e buscar soluções possíveis, além de serem consideradas pontos de referência nas equipes. O trabalho em equipe ficou evidenciado como um facilitador para atendimento dos casos. Conclui-se que a enfermeira é relevante nesse processo, pois consegue articular com outros profissionais e serviços. A ESF é um serviço com possibilidades para que a violência seja desvelada e que a mulher possa ser acolhida. |
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Acolhimento aos usuários na Atenção Primária à Saúde |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
31/03/2015 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
- Mara Lisiane de Moraes dos Santos
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Larissa Rachel Palhares Coutinho
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Banca |
- Ana Rita Barbieri Filgueiras
- Luciana Contrera
- Mara Lisiane de Moraes dos Santos
- Patricia Moita Garcia Kawakame
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Resumo |
No Brasil, os serviços de Atenção Primária à Saúde (APS) estão organizados por meio de políticas assistenciais pautadas nos princípios e diretrizes do SUS. Uma das formas de organizar o processo de trabalho na ESF seria pela institucionalização do Acolhimento nos serviços. Trata-se de uma diretriz operacional imprescindivel do modelo assistencial proposto pelo SUS, pois possibilita uma reflexão e reorganização dos processos de trabalho em saúde. O acolhimento estabelece ligação concreta e de confiança entre o usuário e o profissional ou equipe, estando diretamente orientado aos princípios do SUS. Para tanto, são necessários estudos criteriosos sobre a qualidade da atenção prestada. Uma das formas de avaliação da qualidade da atenção proposto pelo Ministério da Saúde é o Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica - PMAQ. Diante de tais assertivas, a presente proposta pretende identificar as características que compõem o acolhimento e se estas estão presentes nas unidades de Atenção Primária. Neste sentido, surgem as seguintes indagações: como os profissionais estão realizando o acolhimento nas unidades e como o usuário percebe este acolhimento? Desta forma, será possível identificar o grau de acolhimento aos usuários, o qual reflete na qualidade da atenção à saúde. O objetivo foi analisar o acolhimento ao usuário nos serviços de Atenção Básica que aderiram ao PMAQ-AB/2012. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, analítico e exploratório. A pesquisa foi delineada por meio de análise de dados secundários provenientes do primeiro ciclo da fase de Avaliação Externa do PMAQ-AB/2012. A fase de Avaliação Externa foi realizada por Instituições de Ensino e Pesquisa do país, coordenada pelo Ministério da Saúde e ocorreu durante o ano de 2012. Um total de 17.202 equipes de AB foram avaliadas no 1º ciclo PMAQ-AB. As variáveis selecionadas para este estudo foram aquelas compostas pelas perguntas relacionadas ao Acolhimento à demanda espontânea, dentre o módulos destinado a entrevistas com os profissionais Foi realizada análise descritiva dos dados, com representação tabular constando de frequência absoluta e relativa e agrupada por regiões geográficas do Brasil. Os resultados do estudo estão apresentados em forma de 2 artigos. A partir dos resultados obtidos, pode-se inferir que o conhecimento produzido até o presente momento acerca do tema proposto para este estudo, é que o acolhimento não está ainda efetivamente implantado nos serviços de APS no país. Pelos resultados obtidos pela Avaliação do PMAQ, o acolhimento esta implantado nas unidades, entretanto, constatou-se que a atuação multiprofissional na realização do acolhimento ainda não é integralizada e este é realizado de forma fragmentada. Embora seja uma recomendação do Ministério da Saúde, e que a maioria das equipes relate que existe o acolhimento, ainda permanecem lacunas e diferenças entre as regiões. É incontestável que o acolhimento é uma ferramenta de reorganização do processo de trabalho e mecanismo de facilitação de acesso, capaz de promover a equidade e universalidade da atenção a saúde. Contudo, este também é um processo ainda em construção. A partir das novas avaliações do PMAQ será possível fazer uma comparação da evolução dessa ferramenta de trabalho e verificar se estas medidas de indução para melhoria nos processos de trabalho, estão promovendo de fato uma melhoria do acesso e da qualidade da Atenção Básica no país. |
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AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS HOSPITALARES PARA IMPLANTAÇÃO DO NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE EM MATO GROSSO DO SUL |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
30/03/2015 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
- Ana Rita Barbieri Filgueiras
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Juliana do Nascimento Serra
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Banca |
- Ana Paula de Assis Sales
- Ana Rita Barbieri Filgueiras
- Luciana Contrera
- Luiza Helena de Oliveira Cazola
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Resumo |
A segurança do paciente é enfoque central das discussões na área da saúde em quase todo o mundo.
O tema é para o campo da avaliação em saúde, um dos atributos da qualidade proposto por
Donabedian. Avaliações com tal configuração permitem localizar problemas para redimensionar as
necessidades e com isso subsidiar o planejamento, reordenar ações, apoiar mudanças, estimular a
coerência das decisões, e estratégias adotadas e otimizar os recursos disponíveis, contribuindo
assim, para a efetiva implantação e funcionamento da política de segurança do paciente. No Brasil,
em 2013, foi editada a Portaria n. 529, de 01 de abril que instituiu a Política Nacional de Segurança
do Paciente, definindo ações e metas. No mesmo ano, foi criada a Resolução da Diretoria Colegiada
n. 36, de 25 de julho de 2013 que estabeleceu a obrigatoriedade de implantação de um Núcleo de
Segurança do Paciente (NSP) nos hospitais, visando reduzir a ocorrência de danos e eventos
adversos na assistência aos pacientes, melhorar a qualidade dos serviços prestados, promover o
registro e aprimorar a sua qualidade. Ciente de que resoluções não são suficientes para modificar
práticas, este estudo teve como objetivo avaliar as conformidades da estrutura, processos e
resultados voltados para implantação do Núcleo de Segurança do Paciente nas instituições
hospitalares contratualizadas ao Sistema Único de Saúde, nas sedes das regiões de saúde em Mato
Grosso do Sul. Trata-se de um estudo transversal que avaliou as conformidades da estrutura,
processos e resultados das instituições hospitalares quanto a implantação do Núcleo de Segurança
do Paciente. Iniciou-se com a criação de um roteiro em forma de instrumento de avaliação com
questões extraídas de documentos oficiais da Organização Mundial de Saúde e Agência Nacional de
Vigilância Sanitária, para verificação da estrutura hospitalar e dos processos de trabalho voltados à
implantação do NSP. O roteiro foi estruturado a partir da teoria desenvolvida por Donabedian para
avaliação de serviços de saúde. Posteriormente, aplicou-se o roteiro de verificação em seis hospitais
nos municípios sedes das regiões de saúde do Mato Grosso do Sul, Campo Grande (três hospitais),
Corumbá (um hospital) Dourados (um hospital) e Três Lagoas (um hospital). O resultado
evidenciou fragilidades em todas as categorias avaliadas. Na categoria estrutura, constatou-se que
na macrorregião de Três Lagoas existem mais protocolos implantados, porém protocolos
importantes como os de profilaxia cirúrgica, checklist de verificação de cirurgias, notificações de
complicações cirúrgicas e eventos adversos não existem em algumas das instituições avaliadas. Em
relação à categoria processo, os resultados demonstram que na macrorregião de Campo Grande há
melhor conformidade dos processos, diferenciando assim, os hospitais da capital e do interior. Na
categoria resultado, a macrorregião de Três Lagoas possui o NSP implantado, no entanto, não tendo
a totalidade dos protocolos previstos. Conclui-se que, mesmo com o conhecimento e existência das
portarias e leis para a segurança do paciente, a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente nas
instituições hospitalares do Mato Grosso do Sul não ocorreu plenamente, não garantindo sua |
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