CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE ROTEIROS PARA TREINAMENTO DE HABILIDADES A CUIDADORES DE PACIENTES EM USO DE TERAPIA DE NUTRIÇÃO ENTERAL NA DESOSPITALIZAÇÃO |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
25/01/2023 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
- Guilherme Oliveira de Arruda
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Beatriz Maria Jorge
- Elaine Cristina Negri Santos
- Fernanda Berchelli Girão Miranda
- Guilherme Oliveira de Arruda
- Marcos Antonio Ferreira Junior
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Resumo |
A política de segurança do paciente requer um conjunto de medidas dos envolvidos neste processo, entre profissionais, pacientes, familiares e seus cuidadores, um ambiente de aprendizagem seguro, colaborativo e encorajador no planejamento e execução do cuidado, com vistas ao aperfeiçoamento da assistência prestada pelos cuidadores em relação aos dispositivos para Nutrição Enteral (NE). As Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) demandam estratégias de educação, ensino, capacitação, formação de cuidadores no processo de desospitalização, e a Simulação Clínica pode colaborar com esse processo. Nesse contexto, os cuidadores de pacientes em uso de Terapia de Nutrição Enteral (TNE) estão envolvidos. O Treinamento de Habilidades (TH) mostra-se como uma importante ferramenta ao aprendizado e otimiza a segurança do paciente, mediante a educação, avaliação, pesquisa e integração do aprendiz com o sistema de saúde. Para tanto, com esta investigação, objetiva-se construir e validar os conteúdos de dois roteiros para TH, baseados em Simulação Clínica aos cuidadores de pacientes com condições crônicas em uso de TNE, no processo de desospitalização. Trata-se de um estudo metodológico, desenvolvido no Laboratório de Habilidades do Hospital Universitário Maria Aparecida Predrossian, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, após aprovação ética sob CAAE nº. 53934521.7.0000.0021 e parecer nº. 5.185.577. A pesquisa foi realizada em três etapas: a primeira etapa concentrou-se sobre os procedimentos teóricos, revisão narrativa da literatura, e a participação de juízes especialistas locais e online na construção dos roteiros; a segunda etapa envolveu os procedimentos empíricos, com a participação de juízes especialistas online na validação dos roteiros; e a terceira etapa refere-se aos procedimentos analíticos, análise estatística dos dados que confirmam a validade do conteúdo. Adotou-se como referencial teórico para a estruturação do TH o Modelo da Aprendizagem Significativa de Ausubel. O referencial metodológico para validação do conteúdo foi o modelo psicométrico de Pasquali. Os roteiros, direcionados para o TH de cuidadores sobre uso de sonda nasoenteral e de gastrostomia em TNE, foram construídos e validados entre os meses de janeiro e setembro de 2022, por meio de um comitê de juízes composto por especialistas locais e externos, com experiência nas áreas de NE e Simulação Clínica. A seleção dos juízes seguiu os critérios estabelecidos por Fehring e procedeu-se a duas rodadas de apreciação por meio da técnica Delphi na busca pelo índice de concordância de, no mínimo, 80%, para garantir a validação do material. Os roteiros para TH sobre cuidados em TNE com sonda nasoenteral e gastrostomia alcançaram Coeficiente de Validação de Conteúdo de 0,997 e 0,998, respectivamente. Os Índices de Concordância das categorias avaliadas foram de 100% para os dois roteiros e seus checklists na segunda rodada, e a análise de consistência interna verificou os respectivos valores de α de Cronbach de 0,94 e de 1,00. Conclui-se que os conteúdos dos instrumentos elaborados alcançaram validade para o TH de cuidadores na promoção da desospitalização de pacientes em uso de NE. A validação dos referidos roteiros denota a necessidade de estudos para confirmação da validade clínica e investigação dos efeitos da aplicação deles sobre profissionais, pacientes e cuidadores. |
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CONHECIMENTO DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS SOBRE INSULINOTERAPIA: EFICÁCIA DE DIFERENTES ESTRATÉGIAS EDUCATIVAS |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
02/09/2022 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Alessandra Mazzo
- Ana Paula de Assis Sales
- Beatriz Maria Jorge
- Elen Ferraz Teston
- Rodrigo Guimaraes dos Santos Almeida
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Resumo |
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PERCEPÇÃO DE PESSOAS COM DIABETES MELLITUS SOBRE A SIMULAÇÃO COMO ESTRATÉGIA EDUCATIVA PARA APLICAÇÃO DE INSULINA |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
01/09/2022 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Alessandra Mazzo
- Ana Paula de Assis Sales
- Elaine Cristina Negri Santos
- Elen Ferraz Teston
- Rodrigo Guimaraes dos Santos Almeida
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Resumo |
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PERCEPÇÃO DE PESSOAS COM DIABETES MELLITUS SOBRE A SIMULAÇÃO COMO ESTRATÉGIA EDUCATIVA PARA APLICAÇÃO DE INSULINA |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
01/09/2022 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
- Rodrigo Guimaraes dos Santos Almeida
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Jackelina de Lima Rodrigues
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Banca |
- Alessandra Mazzo
- Ana Paula de Assis Sales
- Elaine Cristina Negri Santos
- Elen Ferraz Teston
- Rodrigo Guimaraes dos Santos Almeida
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Resumo |
O diabetes mellitus é um distúrbio metabólico de etiologias heterogêneas que resulta em defeitos na secreção e/ou na ação da insulina. A aplicação de insulina é uma das opções terapêuticas para o tratamento do diabetes; porém, sua adesão tem sido um desafio para os profissionais de saúde. Diferentes estratégias ativas de ensino têm sido utilizadas para a orientação acerca da aplicação de insulina, sendo a simulação uma delas. O objetivo deste estudo foi verificar a percepção de pessoas com diabetes mellitus sobre a simulação como estratégia educativa para a aplicação de insulina. O estudo foi desenvolvido em uma unidade de saúde do distrito Anhanduizinho, no município de Campo Grande, MS. Foi adotado um instrumento em forma de checklist para avaliação do conhecimento em relação a técnica de aplicação de insulina e a análise de conteúdo de Bardin, como referencial metodológico para compreender a percepção do uso do simulador como recurso educativo para a aplicação de insulina. A coleta de dados foi realizada no período de abril a junho de 2022, com 11 pessoas com DM2 cadastradas no programa de Hiperdia da unidade de saúde e ocorreu em três etapas: aplicação do instrumento de dados sociodemográficos e clínicos; prática simulada e checklist para avaliação da técnica de aplicação de insulina; e aplicação de questões dissertativas sobre a percepção do uso da simulação como recurso educativo. Observou-se que atualmente existe uma população predominantemente idosa que convive com DM por um longo período e que a aplicação de insulina faz parte do seu tratamento. Na análise quantitativa descritiva foi evidenciado que os participantes apresentaram falhas no conhecimento em relação às etapas de armazenamento, preparo bem como na prática de autoadministração de insulina. No que tange à percepção quanto ao uso do simulador como estratégia educativa, emergiram duas categorias que evidenciam seu uso como facilitador da aprendizagem significativa e como propulsor da autoconfiança e da segurança na prática de aplicação de insulina. Assim, foi possível identificar que ainda existem lacunas no conhecimento com relação ao manejo da insulina, mas que também existem recursos sendo explorados com o fim de promover a educação sobre a técnica correta de aplicação. Nessa perspectiva, a simulação como um recurso de ensino foi visto de maneira positiva pelos participantes do estudo, e, portanto, sua utilização nas ações de educação em saúde deve ser encorajada. |
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SEGURANÇA, EFICÁCIA E USABILIDADE DA FITA DE SILICONE NA FIXAÇÃO DO CATETER VESICAL DE DEMORA EM PACIENTES CRÍTICOS: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO DUPLO CEGO |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
31/08/2022 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Alvaro Francisco Lopes de Sousa
- Carolina Mariano Pompeo
- Helena Megumi Sonobe
- Marcos Antonio Ferreira Junior
- Oleci Pereira Frota
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Resumo |
Adesivos médicos são considerados uma parte integrante da prestação de cuidado em saúde,
pois são indispensáveis para fixar dispositivos à pele do paciente. O cateter vesical de demora
(CVD) é um dispositivo crítico que exige fixação contínua como medida de segurança. Todavia,
a fita ideal para sua fixação nunca foi testada. Embora subestimada e pouco estudada, a lesão
de pele relacionada a adesivo médico (MARSI) é um problema potencial, sobretudo em
pacientes críticos, dada a vulnerabilidade orgânica e da pele, bem como o uso extensivo de
adesivos. A fita adesiva de silicone é o mais novo adesivo médico disponível e tem qualidades
apreciáveis à pele frágil com risco para MARSI. Assim, objetivou-se avaliar a segurança, a
eficácia e a usabilidade da fita de silicone para a fixação do CVD em pacientes críticos. Tratase de um ensaio clínico randomizado, cegado para o avaliador e paciente. O estudo foi realizado
numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto de um hospital escola, de fevereiro de 2020 a
agosto de 2021. Os desfechos primários foram ocorrência de MARSI, desfecho do paciente na
UTI e hospital, desprendimento parcial, total e global da fita. O desfecho secundário foi a
satisfação dos profissionais de enfermagem e pesquisadores de campo com as fitas. A coleta de
dados foi realizada por pesquisadores de campo treinados e calibrados. O treinamento
compreendeu aula teórico-prática sobre MARSI e o protocolo de pesquisa. Os dados foram
analisados por meio da média e desvio padrão para variáveis numéricas e medidas de
frequências para variáveis categóricas. Os grupos foram comparados por meio dos testes de
Qui-quadrado (χ²) ou Exato de Fisher e t de Student ou teste Mann-Whitney, quando
apropriados. Participaram do estudo 132 pacientes: 66 no grupo intervenção (fita de silicone) e
66 no grupo controle (fita de acrilato). Este estudo foi aprovado por Comitê de Ética em
Pesquisa e registrado na Plataforma de Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos. A incidência de
MARSI foi de 28%: 4,3 por 100 pacientes/dia. Na análise bivariada, uso e tempo de ventilação
mecânica (VM), tempo de internação na UTI, escore na Escala de Braden e na Escala de Coma
de Glasgow, edema, doenças neurológicas e uso de sedativos foram fatores influenciadores para
MARSI (p<0,05). Pela regressão logística, o tempo de internação na UTI foi um fator de riscoindependente para MARSI (Odds Ratio [OR]: 1,072; intervalo de confiança [IC] de 95%: 2.1-
12.5; p=0,005) e o escore na Escala de Braden um fator de proteção (OR: 0,711; IC 95%: 0.3-
49.3; p=0,048), cujas pontuações mais altas indicaram menor risco. O principal tipo para
MARSI foi mecânico (91,8%), caracterizado por: descamação da pele (56,7%), rompimento de
pele (18,9%) e lesão por tensão ou bolha (16,2%); seguido por dermatite de contato irritativa
(21,6%). Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos quanto ao número
de eventos, tipo e gravidade das MARSI (p>0,05). Entretanto, o desprendimento parcial
(p=0,003) e o global (p<0,001) das fitas, foram mais frequentes no grupo Silicone. Conclui-se
que a MARSI associada à fixação do CVD é um problema significativo em UTI e parcialmente
evitável por intermédio de protocolos de triagem e prevenção. A fita de silicone é mais onerosa,
igualmente segura a de acrilato para a fixação do CVD, porém de eficácia inferior. Assim, a fita
de silicone não deve ser usada de rotina para a fixação do CVD em UTI. RBR-6d73tn |
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Estudo epidemiológico dos potenciais doadores de órgãos e tecidos por morte encefálica em Mato Grosso do Sul. |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
25/08/2022 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
- Marcos Antonio Ferreira Junior
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Coorientador(es) |
- Elvira Maria Guerra Shinohara
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Orientando(s) |
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Banca |
- Guilherme Oliveira de Arruda
- Isabelle Campos de Azevedo
- Marcos Antonio Ferreira Junior
- Oleci Pereira Frota
- Viviane Euzébia Pereira Santos
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Resumo |
O aprimoramento das tecnologias e das práticas em saúde aumentaram a expectativa de vida das pessoas acometidas por algum órgão ou tecido adoecido. O Brasil investiu na oferta do serviço de transplantes e se tornou o segundo país do mundo que mais realiza tais procedimentos. Objetivou-se analisar os aspectos epidemiológicos dos potenciais doadores (PD) de órgãos e tecidos em morte encefálica (ME) no estado de Mato Grosso do Sul. Trata de um estudo epidemiológico, de abordagem quantitativa, por meio de um delineamento transversal, descritivo, analítico, individuado, sobre os PD de órgãos e tecidos em um serviço de referência para realização de transplantes em Campo Grande, capital do estado de Mato Grosso do Sul. A pesquisa foi realizada no período de junho de 2021 a março de 2022, referente aos pacientes atendidos pelo serviço estudado num recorte temporal de quatro anos (2016 a 2019). Foram incluídos os prontuários de todos os pacientes a partir do registro de abertura dos protocolos ME pela Organização de Procura de Órgãos, com identificação da condição de PD, maiores de 18 anos de idade, de ambos os sexos, independente do diagnóstico médico indicativo para abertura do protocolo. Para as variáveis qualitativas realizou-se análise descritiva por meio de distribuições de frequências absolutas e relativas, enquanto para as quantitativas foi utilizada a estatística descritiva de medidas de tendência e de dispersão dos dados. Na comparação do perfil clínico dos PD com os motivos de recusa, aplicou-se o teste estatístico do Qui-quadrado. Para todos os testes aplicados o nível de significância adotado foi de 5%. A pesquisa foi previamente aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da instituição, Parecer no. 4.605.747. No período estudado foram abertos 476 protocolos de ME em PD, com 174 casos de recusas clinicas e familiares e 302 entrevistas familiares. Dos entrevistados, 138 (45,7%) concordaram com a doação dos órgãos e tecidos, com média anual de 34,5 PD/ano. Foram analisados 2.000 prontuários para identificação dos PD a partir do diagnóstico de óbito, com identificação de 70 prontuários de PD de órgãos e tecidos no período. Do total analisado, a maior parte (72,86%) era do sexo masculino, com idade acima de 50 anos (57,14%), casados (37,14%), com ensino fundamental incompleto (59,27%) e internados na UTI (58,57%). O principal diagnóstico médico dos PD foi o Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico (50,00%), com diagnóstico de ME confirmado por meio de imagem por doppler transcraniano (91,05%). Os protocolos de ME (51,43%) foi concluída em até 6 horas. Dentre os motivos de recusa, destacaram-se as recusas clínicas (42,65%) e as recusas familiares (57,35%), com atenção para a justificativa de manutenção do corpo íntegro (20,59%). Dentre os protocolos de ME abertos para PD de órgãos e tecidos, a maioria dos casos foi descartada sem efetivação da doação.
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CUIDADO REALIZADO PELA EQUIPE DO SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR ÀS CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS DE SAÚDE E SUAS FAMÍLIAS |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
04/07/2022 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- RENATA MELLO BARBOSA DE OLIVEIRA
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Banca |
- Altamira Pereira da Silva Reichert
- Beatriz Rosana Gonçalves Toso
- Elen Ferraz Teston
- Eliane Tatsch Neves
- Fernanda Ribeiro Baptista Marques de Almeida
- Maria Angelica Marcheti
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Resumo |
A Atenção Domiciliar (AD), considerada uma modalidade de atenção à saúde, tem como eixo central a desospitalização, e considera o cuidar em domicílio uma estratégia que garante a continuidade da assistência à saúde. Requer dos profissionais a inserção de saberes e práticas no planejamento do cuidado, reconhecimento de valores familiares e inserção da família de modo a considerá-la como a principal unidade de cuidado, a fim de capacitá-la e fortalecê-la para o manejo da assistência à saúde no domicílio. O objetivo foi descrever,sob a ótica dos familiares, o processo de cuidados domiciliares realizados pelos profissionais dos Serviços de Atenção Domiciliar (SAD) às Crianças e adolescentes com Necessidades Especiais de Saúde (CRIANES) e suas famílias. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, com abordagem qualitativa. Tem como quadro teórico e filosófico o Modelo do Cuidado Centrado na Família. A coleta de dados se deu no Município de Campo Grande, estado do Mato Grosso do Sul, no primeiro semestre do ano de 2021. Foram realizadas entrevistas com instrumento semiestruturado com as famílias de CRIANES, inscritas nos SAD do município. Os dados foram analisados por meio da análise temática indutiva. Participaram oito famílias, com crianças com idades que variam de um ano a 10 anos, pertencentes às modalidades de AD2 e AD3. Demandam cuidados de reabilitação psicomotora e social, utilizam tecnologias e fármacos de uso contínuo, e cuidados habituais modificados no domicílio. As mães são as principais cuidadoras familiares. A família vivencia uma reorganização do sistema familiar, impactos financeiros, sobrecarga, sentimentos de medo e angústia a ponto de os membros duvidarem da própria eficácia no processo de cuidado. Embora as famílias reconheçam a relevância dos cuidados ofertados pelos profissionais do SAD no domicílio, o cuidado é configurado de forma desarticulada, em razão da desvalorização que é dada ao conhecimento das famílias, o que faz com que estas não se sintam ouvidas em suas necessidades, levando ao distanciamento dos profissionais. Os serviços de saúde acessados pelas famílias no processo de cuidado são identificados como fragmentados e desarticulados das necessidades da criança, e desintegrados de outros componentes das Redes de Atenção à Saúde. As famílias acessam redes de apoio, identificadas como redes sociais primárias e secundárias para o suporte nas demandas de cuidados, compartilhamento de informações, esclarecimento de dúvidas e divisão de tarefas. Conclui-se que são necessárias medidas de instrumentalização dos profissionais quanto à abordagem das crianças e famílias no processo do cuidado; implementação de modelo de cuidado dirigido à família; estabelecimento de fluxos de atendimento em toda a Rede de Atenção à Saúde; inclusão de especialidades nas equipes atuantes nos SAD; e a promoção de espaços para o fortalecimento das famílias nas tomadas de decisões. Estas medidas devem garantir a resolutividade das necessidades das crianças e suas famílias bem como assegurar a integralidade do cuidado. O estudo trouxe subsídios para a proposição de diretrizes em políticas públicas de saúde voltadas às crianças com necessidades especiais de saúde e suas famílias. |
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FATORES ASSOCIADOS À SAÚDE MENTAL DO HOMEM PRIVADO DE LIBERDADE NO SISTEMA PENITENCIÁRIO FEDERAL BRASILEIRO |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
30/03/2022 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
- Guilherme Oliveira de Arruda
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- GLEICIANE DA SILVA FONSECA
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Banca |
- Bianca Cristina Ciccone Giacon Arruda
- Gabriela Maria Cavalcanti Costa
- Guilherme Oliveira de Arruda
- Marcos Antonio Ferreira Junior
- Sérgio Baxter Andreoli
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Resumo |
O Brasil é a terceira nação com maior número absoluto de pessoas privadas de liberdade. Estudos evidenciam taxas de afecções psicológicas mais elevadas no ambiente prisional quando comparadas à população geral, e os fatores são associados à condição de restrição de liberdade, infraestrutura precária e insalubre dos presídios, superlotação e falta de ações para reintegração social. Todavia, esses estudos são frequentemente realizados em presídios estaduais, dos quais o Sistema Penitenciário Federal difere em sua realidade em virtude das celas serem individuais, os ambientes limpos e sem superlotação. Desta forma, o estudo objetivou analisar o perfil sociodemográfico, prisional, criminal, jurídico e clínico em associação com a prevalência de estresse e ansiedade, e níveis de resiliência e autoestima de homens privados de liberdade no Sistema Penitenciário Federal brasileiro. Estudo transversal, de abordagem quantitativa, realizado na Penitenciária Federal de Campo Grande, no período de janeiro e fevereiro de 2021, mediante questionários autoaplicáveis sobre dados sociodemográficos, prisionais, criminais, jurídicos e clínicos, além do Inventário de Sintomas de Estresse para Adultos de Lipp, Inventário da Ansiedade Traço-Estado, Escala de Resiliência e Escala de Autoestima de Rosenberg. Optou-se por abranger todos os homens privados de liberdade que aceitaram participar voluntariamente do estudo. Foi realizada análise descritiva dos dados, medidas de centralidade e dispersão e análise inferencial para detecção de associações estatisticamente significativas (p<0,05). Pesquisa deferida pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob Parecer nº 4.474.856. Participaram do estudo 84% dos homens privados de liberdade (n=122). Foi observada a presença de estresse na maioria dos participantes (64%), bem como níveis altos de ansiedade-traço (44,3%) e de ansiedade-estado (76,2%). A maioria apresentou baixos níveis de resiliência (58,2%) e de autoestima (63,1%). O estresse esteve associado à história de autolesão (p=0,001), doença psiquiátrica (p=0,004) e tempo de prisão inferior a um ano em presídio estadual (p=0,003). Quanto à ansiedade-traço, foram observados menores escores associados ao bom vínculo familiar (p=0,005), faixa etária mais elevada (p=0,029) bons relacionamentos na prisão (p=0,003) e resiliência (p=0,003). Níveis mais altos de ansiedade-estado associados à insônia (p<0,001), vínculo familiar regular/ruim/sem vínculo (p=0,001) e falta de bons relacionamentos (p=0,021). Melhores níveis de resiliência associados à autoestima positiva alta (p<0,001) e ao não uso de psicotrópicos (p=0,023), enquanto os níveis mais baixos associados à ansiedade-traço elevada (p=0,006), falta de visita familiar (p=0,033), falta de prática de religião (p=0,023) e falta de solicitação de atendimento médico (p=0,037). Melhores níveis de autoestima associados à atividade física com tempo superior a uma hora (p=0,006) ou frequência maior de três vezes semanais (p=0,036), e possuir advogado privado (p=0,027), enquanto os níveis baixos de autoestima foram associados à saída rara para o pátio de sol (p<0,001), tempo de pena superior a 50 anos (p=0,029), comorbidade (p=0,006) entre outras. A pesquisa evidenciou resultados relevantes para as práticas de saúde mental à população estudada. Recomendam-se intervenções de promoção à saúde mental no contexto prisional. Os fatores de proteção e de risco identificados poderão subsidiar a atenção à saúde nesses ambientes, influenciar a tomada de decisão de gestores e promover reflexões sobre as políticas públicas.
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O GESTAR E O PARIR DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19: SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS POR PUÉRPERAS |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
25/02/2022 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- PRISCIELY SOUZA DE PALHANO GRAEFF
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Banca |
- Ana Paula de Assis Sales
- Julia Estela Willrich Boell
- Margarete Maria de Lima
- Rodrigo Guimaraes dos Santos Almeida
- Soraia Geraldo Rozza
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Resumo |
Introdução: Os desfechos obstétricos globais pioraram durante a pandemia da COVID-19, havendo um aumento nas mortes maternas, além de maior sofrimento psicológico, quando comparados a população geral, isso provavelmente é resultado das complicações, econômicas, sociais, e relacionadas à saúde que afetam o ciclo gravídico e puerperal, bem como as incertezas sobre os efeitos da COVID-19 no feto. Objetivo: Compreender os significados atribuídos pelas puérperas ao vivenciar o gestar e parir durante a pandemia da COVID-19. Metodologia: Realizou-se um estudo qualitativo interpretativo, no qual, foram entrevistadas 30 mulheres no puerpério imediato, sem comorbidades ou complicações perienatais, que vivenciaram sua gestação e partos neste período pandêmico, e tiveram seus partos conduzidos em uma maternidade classificada como de risco habitual. A coleta de dados foi realizada através de entrevistas semidirigidas. As entrevistas foram gravadas em áudio e transcritas na íntegra pela pesquisadora. A amostra foi por conveniência. Utilizamos a análise temática por meio das premissas de análise de conteúdo convencional de Hsieh e Shannon e discutimos os dados considerando o referencial do internacionalismo simbólico. A coleta de dados procedeu nos meses de julho e agosto de 2021 e estudo foi guiado pelo instrumento do COREQ. Resultados: Foram apresentados na forma de dois artigos científicos. O primeiro, demonstra os sentimentos vivenciados no gestar e parir, no qual emergiu duas categoriais principais: 1) eu vivia com medo durante o gestar e parir; 2) outros sentimentos vivenciados no gestar e parir. Já o segundo artigo identificou a ausência de interação dos elementos simbólicos e dos elementos de proteção vivenciados no gestar e parir em tempos da Covid-19 e foram agrupadas em duas categorias: 1) ausência de interação dos elementos simbólicos no gestar e parir durante a pandemia da COVID-19; 2) os elementos de proteção vivenciados no gestar e parir durante a pandemia da COVID-19. Considerações Finais. Mesmo após dois anos do surgimento da COVID-19, evidenciamos importantes investigações acerca da temática, o que, com certeza, ratifica a problemática e sustenta a relevância deste estudo e indica a necessidade de intervenções assertivas que contribuam para garantia dos direitos obstétricos, com foco na recuperação da autonomia, prevenção de danos mentais e físicos e promoção dos cuidados assistenciais.
Descritores: Gravidez; Parto; Infecções por Coronavírus; Emoções manisfesta; Acontecimentos que Mudam a Vida; Fatores de Proteção. |
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ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE DE MULHERES NO PUERPÉRIO |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
24/02/2022 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- LAYLA SANTANA CORRÊA DA SILVA
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Banca |
- Ana Paula de Assis Sales
- Deise Bresan
- Luciana Contrera
- Maria de Lourdes Oshiro
- Ricardo José Oliveira Mouta
- Rodrigo Guimaraes dos Santos Almeida
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Resumo |
Introdução: O puerpério é um período de adaptações pelo qual a mulher passa tornando essencial o cuidado qualificado com base na prevenção das possíveis complicações e no conforto físico e emocional, com uso de metodologia assistencial centrados no binômio e família. Objetivo:. Analisar condições de adaptação físico emocional, social e cultural de mulheres no puerpério. Método: Tratou se de um estudo com abordagem qualitativa.Com puérperas no período do 30ºa 45º dia, que tivessem passado pela experiência de parto normal ou cesárea na cidade de Campo Grande-MS.A amostra total foi de 13 puérperas que aceitaram participar da entrevista guiada através do aplicativo Google Meet. O período de coleta se deu de maio a agosto de 2021, e os dados foram transcritos e armazenados para posterior análise. Foi-se utilizado Análise de Bardin para analisar os dados qualitativos, sendo sustentados pelo referencial teórico nas Teorias das Representações Sociais. Resultados: Através dos dados coletados até aqui conseguimos elaborar dois artigos. O primeiro trata-se de uma revisão integrativa considerando os descritores qualidade de vida, puerpério e assistência de enfermagem, levantando na literatura artigos que falem sobre as práticas assistenciais que contribuem para melhoria da vida dessas mulheres. O segundo estudo foi o de abordagem qualitativa descrevendo os sentimentos e percepções de primíparas frente a vivência puerperal na pandemia. Considerações Finais: Esse estudo possibilitou compreender os significados de ser puérpera. Ficando claro que os profissionais de enfermagem precisam ser capazes de reconhecer as individualidades, familiares, culturais, fisiológicas e emocionais desse período para contribuir da melhor forma com a qualidade de vida dessas mulheres.
Descritores: Saúde da Mulher; Período Pós-parto; Depressão Pós-parto; Assistência de Enfermagem; Qualidade de Vida. |
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CAUSAS DE DESCARTE DE CÓRNEAS CAPTADAS PARA TRANSPLANTES EM UM BANCO DE TECIDO OCULAR HUMANO |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
24/02/2022 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
- Marcos Antonio Ferreira Junior
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- VANESSA GIAVAROTTI TABOZA FLÔRES
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Banca |
- Elen Ferraz Teston
- Isabelle Campos de Azevedo
- Marcos Antonio Ferreira Junior
- Oleci Pereira Frota
- Viviane Euzébia Pereira Santos
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Resumo |
Nem toda córnea doada para transplante torna-se apta após avaliação criteriosa pelos Bancos de Tecido Ocular Humano. Como o processo de doação de tecidos é complexo e vários pacientes aguardam em filas para realização do transplante, faz-se necessário identificar as causas dos descartes. Objetivou-se analisar as causas de descarte de córneas captadas para transplantes em um Banco de Tecido Ocular Humano. Trata de um estudo epidemiológico, transversal, individuado, descritivo e analítico, com dados secundários dos registros dos doadores e do processamento das córneas em um serviço em Mato Grosso do Sul. A amostra foi constituída de 1.303 doadores efetivos, de forma censitária, composta por pacientes que atenderam a critérios rigorosos de seleção. Os dados foram coletados por meio de instrumento específico elaborado com base em um estudo anterior, a fim de sistematizar o processo de coleta. O Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, aprovou previamente o estudo sob parecer nº 3.177.423. A coleta de dados ocorreu entre os meses de janeiro a junho de 2019. Para a análise estatística utilizou-se o software livre estatístico R, versão 3.0.0. As variáveis e seus padrões de distribuição foram descritos por meio das frequências e medidas de tendência central e dispersão dos dados. Em relação a análise multivariada, foram aplicadas medidas de magnitude de efeito e associação, de acordo com a natureza de cada variável analisada. A idade média dos doadores das córneas foi de 53 anos e o sexo prevalente foi o masculino (66,08%). Foram descartadas 39,41% do total de 2.606 córneas captadas pelo Banco de Tecido Ocular Humano estudado, cuja causa se deu principalmente em razão de exames de sorologias reagentes para Hepatite B (71,63%) e vírus da imunodeficiência humana 1 (18,09%) e 2 (16,67%). Almeja-se produzir subsídios que permitam implementar ações que otimizem o processamento do tecido corneano com aumento do sucesso dos procedimentos, consequente redução do tempo de espera em fila pelos pacientes e descrição de um campo de atuação para o enfermeiro com apropriação do objeto em estudo.
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NEAR MISS MATERNO EM UM HOSPITAL ESCOLA |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
24/02/2022 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Adriane Pires Batiston
- Ana Paula de Assis Sales
- Andreia Insabralde de Queiroz Cardoso
- Elen Ferraz Teston
- Maria de Lourdes Oshiro
- Renata Marien Knupp Medeiros
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Resumo |
Introdução: Todos os dias morrem no mundo 830 mulheres em decorrência de complicações provenientes da gravidez e do parto, especialmente em países em desenvolvimento. Levando-se em conta que existem deficiências quantitativas e qualitativas das informações sobre mortalidade materna, o estudo de mulheres que sobrevivem as complicações do ciclo gravídico puerperal pode contribuir para melhora de monitoramento e indicadores de saúde. Nesse contexto, emerge o Near Miss Materno com o objetivo de ser utilizado como uma ferramenta de monitoramento da qualidade da assistência à saúde materna. Objetivo: Analisar os casos de near miss materno em um hospital de ensino de Mato Grosso do Sul. Métodos: O estudo foi dividido em duas fases. Primeiramente realizou-se sumarização dos principais fatores de risco para ocorrência de near miss materno nos serviços de saúde materna através da construção de uma revisão integrativa de literatura, posteriormente foi realizada pesquisa de delineamento transversal e abordagem quantitativa. A pesquisa foi realizada na maternidade de um hospital de ensino Público Federal em Campo Grande – MS no período de junho a dezembro de 2021. Foram incluídas no estudo gestantes e puérperas até 42 dias pós-parto, que apresentaram pelo menos um critério de condição potencialmente ameaçadora da vida e ou que possuíam pelo menos um critério de near miss materno. A amostra foi composta por 59 mulheres. Foi utilizado instrumento de coleta de dados para pesquisa em prontuários físicos, eletrônicos, exames laboratoriais e caderneta pré-natal. Os dados categóricos foram apresentados em frequência absoluta e relativa, apresentados de modo descritivo e em tabelas. As associações entre duas variáveis categóricas foram realizadas pelo teste Exato de Fisher e entre mais de duas variáveis pelo Teste Qui quadrado, aplicado um nível de significância de 5%, com o software estatístico Epi Info 7.2.2.6. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob o parecer: 4.700.375 CAAE: 43680821.1.0000.0021. Resultados: A média de idade das mulheres foi de 26 anos, autodeclaradas não brancas, com ensino fundamental, oriundas da própria capital. Procedência do interior do estado, deslocamento para unidade de saúde e classificação de risco gestacional tiveram associação com o evento near miss materno. Desordens de manejo e síndromes hipertensivas foram as desordens clínicas obstétricas prevalentes entre as mulheres consideradas near miss materno. Conclusão: Os dados sociodemográficos encontrados reafirmam que os determinantes sociais influenciam na saúde e merecem prioridade no planejamento de políticas públicas. Morar em área rural ou morar afastada da capital contribuíram para ocorrência de near miss materno em mulheres do estado de Mato Grosso do Sul, sendo este fator de risco também encontrado na revisão integrativa. O início precoce do acompanhamento pré-natal e o número de consultas se demonstrou satisfatório, porém salienta a necessidade de avaliação da qualidade do pré-natal recebido. Sugere-se implantação de um fluxo de identificação de mulheres com condições potencialmente ameaçadoras da vida, realização de protocolos específicos com intervenções-chaves preventivas e notificação de mulheres com near miss materno, tendo em vista aprimoramento do cuidado e consequentemente diminuição do risco de desfecho materno grave.
Descritores: Near miss, morbidade, Mortalidade Materna, Complicações na gravides,
Enfermagem.
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SEGURANÇA DO PACIENTE PEDIÁTRICO NA ADMINISTRAÇÃO DE HEMOCOMPONENTES |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
23/02/2022 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Adriano Menis Ferreira
- João Lucas Campos de Oliveira
- Rodrigo Guimaraes dos Santos Almeida
- Verusca Soares de Souza
- Wiliam Wegner
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Resumo |
Introdução: O uso terapêutico de hemocomponentes é uma prática assistencial notória em
situações de hospitalização e a falta de padronização de seu uso em crianças pode resultar
em situações inseguras. Objetivo: analisar a segurança do paciente pediátrico na
administração de hemocomponentes. Método: Tratou-se de um estudo documental,
retrospectivo, quantitativo, desenvolvido num hospital de nível terciário do centro-oeste do
Brasil. A coleta ocorreu entre abril a julho de 2021, período em que se analisaram 234
transfusões, realizadas em 90 pacientes de zero à doze anos, internados entre julho a
dezembro de 2020. Para a coleta de dados, utilizaram-se: instrumento baseado em critérios
aplicados para estruturação dos serviços de hemoterapia; e diretrizes de boas práticas para
o uso de hemocomponentes. A coleta foi baseada na análise dos prontuários dos pacientes
elegivéis e de informações da guia de requisição de hemocomponente, prescrição médica,
relatórios da agência transfusional e de enfermagem. Para a análise, foi utilizada estatística
descritiva e inferencial, considerando um nível de significância de 5%. Todos os princípios
éticos foram respeitados. Resultados: As transfusões ocorreram (71,1%) em lactentes,
(21,1%) em crianças da primeira infância e (7,8%) estavam na infância intermediária.
Predominaram hemotransfusões em setores críticos (86,3%), com indicação de ordem
clínica (87,2%) e a prescrição de concentrado de hemácias (75,3%). Não houve notificação
de reação transfusional, eventos adversos ou incidentes no período, entretanto,
identificaram-se no relatório de enfermagem eventos adversos (n=05) e incidentes (n=137)
nas transfusões que se associaram estatísticamente às inadequações de volume prescrito e
infundido e ao tempo de solicitação e administração (p<0,001). Conclusão: A
administração de hemocomponentes apresentou não conformidades, em especial, no que se
relacionou com o volume e tempo indicado, o que resulta em situações de risco ao paciente
pediátrico.
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ESTRESSE OCUPACIONAL, QUALIDADE DE VIDA E COPING EM EQUIPE DE ENFERMAGEM HOSPITALAR EM TEMPOS DE PANDEMIA DE COVID-19. |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
23/02/2022 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Katiusci Colman Magalhães Schirmann
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Banca |
- Andreia Insabralde de Queiroz Cardoso
- Cibele de Moura Sales
- Fabiana Perez Rodrigues Bergamaschi
- Luciana Contrera
- Nathan Aratani
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Resumo |
Introdução: As atividades da área da saúde são as que mais implicam em condições propícias ao adoecimento funcional, sendo a categoria da enfermagem uma das profissões mais envolvidas na assistência direta ao paciente, visto que essas demandas repercutem na qualidade de vida relacionada ao trabalho. Com a pandemia da Covid-19 o estresse decorrente de preocupações, sobrecarga de trabalho, risco de infecção afetou de forma substancial inúmeros profissionais, refletindo na necessidade de estratégias de enfrentamento. Objetivo: Avaliar a associação entre o estresse ocupacional, a medida de qualidade de vida e as estratégias de enfrentamento (coping) pela equipe de enfermagem hospitalar atuante durante a pandemia da Covid-19. Materiais e métodos: A dissertação foi realizada em formato de neografia, sendo dividida em dois artigos, o primeiro uma revisão integrativa e o segundo um artigo original. No artigo de revisão integrativa sumarizou-se a produção científica das estratégias de enfrentamento na enfermagem durante a pandemia do novo coronavírus publicadas de junho de 2020 a junho de 2021, nas bases SCOPUS, PUBMED, Web of Science, CINAHL e SCIELO. No artigo original apresenta-se um estudo transversal analítico, quantitativo com amostragem em snowball com profissionais de enfermagem de duas unidades da rede hospitalar privada no Mato Grosso do Sul. A coleta de dados ocorreu no período de agosto a dezembro de 2020, em formato on-line e constou de: Questionário com variáveis sociodemográficas, ocupacionais e de situação de saúde; Escala Visual Analógica (EVA) de avaliação da qualidade de vida no trabalho; Job Stress Scale (JSS); Escala de Coping ocupacional (ECO). O estudo foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul/MS (4.216.257). A análise dos dados foi realizada com o auxílio do programa estatístico SPSS Statistics, versão 23 e incluíram cálculos descritivos, teste t de Student, ANOVA de uma via ou qui-quadrado (χ2). Resultados: Foram analisados 21 artigos, sendo prevalentes os estudos oriundos da China n=12 (57,1%). Os níveis de evidência classificados como Nível III 2 (66,0%) seguidos de Nível IV (34,0%). Para elucidação dos achados foram estruturadas duas categorias temáticas: Impacto emocional e consequências à saúde frente à pandemia da Covid-19 e Ações de enfrentamento dos profissionais, frente a pandemia da Covid-19. Quanto ao estudo transversal, participaram da pesquisa 196 profissionais de enfermagem. Destes profissionais 49,5% eram de Campo Grande e 50,5% de Dourados, ambos municípios do Estado do Mato Grosso do Sul. Evidencia-se que mais da metade dos profissionais enfermeiros e técnicos de enfermagem identificaram o trabalho como passivo e de alta exigência. A média da avaliação da QVT dos profissionais de enfermagem foi de 7,66 (D.P=1,54). A correlação entre a JSS, ECO e QVT, avaliada através do coeficiente de correlação de Spearman, mostrou-se significativa em algumas variáveis dos respectivos questionários. Houve correlação significativa negativa, porém fraca, entre o escore na dimensão “Demanda” da JSS e aquele na escala QVT (p<0,001, r=-0,367). O controle sobre o trabalho aparece positivamente relacionado à qualidade de vida no trabalho, correlação significativa positiva, porém fraca, entre o escore na dimensão “Controle” da JSS e aquele na escala QVT (p=0,025, r=0,160).; e correlação significativa negativa, porém fraca, entre o escore na dimensão “Suporte social” da JSS e aquele na dimensão “Esquiva” da escala de Coping (p=0,003, r=-0,2013). Conclusão: É necessário uma gestão mais presente na vida do trabalhador da enfermagem, que busque o fortalecimento do apoio social como forma de redução do estresse, novos estudos para a viabilização de estratégias para a promoção e o cuidado da saúde dos profissionais. |
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ABANDONO DE TRATAMENTO DE PESSOAS COM HIV E RETORNO APÓS BUSCA ATIVA: CONTRIBUIÇÕES PARA ENFERMAGEM |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
18/02/2022 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- JULIETE BISPO DOS SANTOS MANDU
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Banca |
- Adriana Carla Garcia Negri
- Bianca Cristina Ciccone Giacon Arruda
- Elen Ferraz Teston
- Guilherme Oliveira de Arruda
- Sonia Silva Marcon
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Resumo |
Com o avanço do tratamento do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e o aumento da expectativa de vida, o HIV passou a ser considerado uma condição crônica, o que reitera a necessidade do cuidado integral às pessoas vivendo com HIV (PVHIV). Contudo, um dos desafios a serem enfrentados é a adesão a medicação, uma vez que pode ocorrer o abandono de tratamento, o que aumenta a chance de complicações, evolução para aids e impacta negativamente na qualidade de vida. Frente a isso, é preciso reconhecer os motivos que ocasionam o abandono de tratamento e estabelecer métodos de intervenção para vincular novamente estas pessoas ao serviço de saúde. O presente estudo tem como objetivo descrever a perspectiva de pessoas que abandonaram o tratamento de HIV e retornaram ao serviço após busca ativa. Trata-se de um estudo descritivo-exploratório, de natureza qualitativa, realizado com PVHIV que estavam em abandono de tratamento. O estudo foi realizado na capital do Estado de Mato Grosso do Sul, em um serviço especializado em atendimento de PVHIV. Os dados foram coletados de abril a agosto de 2021, mediante entrevistas semiestruturadas, audiogravadas e posteriormente submetidas à análise de conteúdo de Bardin. Os 24 participantes tinham idade entre 23 e 63 anos (média de 37,9 anos), sendo 13 pardos, seis negros, quatro brancos e um amarelo. Em relação ao estado civil 13 eram solteiros, oito tinham companheiros, dois viúvos e um divorciado. O tempo de diagnóstico variou entre dois e 23 anos (média de 8,5 anos), no período de abandono o tempo médio foi 333 dias (mínimo de 114 e máximo de 1249 dias), seis PVHIV relataram perda de peso, dor de garganta, dor em membros inferiores, ganho de peso, fraqueza e cansaço. As PVHIV relataram que no início do tratamento ocorreram mudanças em relação ao cuidado com a saúde, porém estas não permaneceram ao longo do tempo. Ademais, apontaram fatores que influenciam positivamente o enfrentamento da doença como, por exemplo, o acolhimento na igreja e no serviço de saúde, a gestação e poder ajudar outras PVHIV. Foram motivos para o abandono de tratamento, a ausência de sinais e sintomas, falta de rede de apoio, quebra de vínculo com os profissionais de saúde, dificuldade de deslocamento até o serviço especializado, efeitos colaterais da medicação e a pandemia de COVID-19. Dentre as motivações que cooperaram para o retorno ao tratamento destacaram-se o desejo de viver e sentir-se bem, cuidar da família e o fato de ter superado a fase inicial, que foi considerada a fase pior do tratamento. A busca ativa, por contato telefônico, foi uma estratégia utilizada para resgatar estes pacientes e foi percebida de maneira positiva para o retorno ao tratamento. Conclui-se que, as falhas encontradas na rede de atenção à saúde podem influenciar na continuidade do tratamento e que são passíveis de intervenção para resgatar o paciente faltoso, além de melhorar a adesão ao tratamento. Torna-se necessário conhecer o indivíduo e o contexto no qual está inserido através de um atendimento singular para que seja possível identificar de forma precoce os fatores e comportamentos de risco que podem favorecer o abandono de tratamento. A partir disso, são gerados subsídios para o desenvolvimento de estratégias de busca e elaboração de intervenções para resgatar a PVHIV e vínculá-la novamente ao serviço. |
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ESTRESSE NO TRABALHO E O RISCO DE SUICÍDIO EM POLICIAIS MILITARES: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
11/02/2022 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
- Bianca Cristina Ciccone Giacon Arruda
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Bianca Cristina Ciccone Giacon Arruda
- Elen Ferraz Teston
- Guilherme Oliveira de Arruda
- Kelly Graziani Giacchero Vedana
- Lucilene Cardoso
- Sandra de Souza Pereira
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Resumo |
O trabalho de policial militar é considerado um dos mais estressantes do universo do trabalho, podendo ser responsável por desgastes psíquicos intensos e levar ao sofrimento mental, bem como ao comportamento suicida. O objetivo do presente estudo foi avaliar os fatores associados ao estresse no trabalho e o risco para o suicídio em policiais militares. Estudo de abordagem quantitativa, analítica-transversal. Os participantes do estudo foi compostos por dois grupo, sendo o primeiro 310 individuo de um curso de formação de soldados e o segundo grupo composto por 468 policiais militares com mais de um ano em atividade vinculados à polícia militar de um município de grande porte da Região Centro – Oeste do Brasil. Foram selecionados por meio de amostra por conveniência e a coleta de dados primários foi por meio da aplicação de instrumentos para a caracterização sociodemográfica, laboral e de saúde, Job Stress Scale (JSS), Oldenburg Burnout Inventory (OLBI), The Connor-Davidson Resilience Scale, Mini International Neuropsychiatric Interview – MINI. Análise dos dados foi realizada por meio de estatística descritiva das variáveis. Para identificação de relação e correlação entre as variáveis foi utilizada a análise estatística por meio do modelo de regressão logística por intermédio do Software R-Studio. Os resultados evidenciam a relação entre o estresse no trabalho com variáveis sociodemograficas, resiliência. Além da identificação da prevalência de sintomas sugestivos da síndrome de Burnout, do risco de suicídio e da resiliência, bem como os fatores associados ao risco de suicídio. A coesão desses elementos propicia implicações na saúde mental desses profissionais, os mecanismos de enfrentamento ineficazes diante de situações adversas em suas atividades laborais implicam no sofrimento psíquico, com possíveis desdobramentos em estresse no trabalho, Síndrome de Burnout, impacto na qualidade de vida e até mesmo no suicídio. Ao identificar os fatores relacionados ao estresse no trabalho será possível desenvolver estratégias institucionais e de saúde pública à promoção saúde e prevenção do adoecimento mental dessa população. |
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Conhecimento e uso de luvas no ambiente hospitalar por profissionais de enfermagem |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
13/12/2021 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Emileide dos Santos Almeida Vaz
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Banca |
- Adriano Menis Ferreira
- Aires Garcia dos Santos Junior
- Alvaro Francisco Lopes de Sousa
- Larissa da Silva Barcelos
- Valquiria da Silva Lopes
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Resumo |
Introdução: O uso de luvas está intimamente ligado aos cuidados de saúde, é uma das principais formas de prevenir as Infecções Relacionadas a Assistência em Saúde (IRAS). Possui duplo objetivo, no qual a primeira é a segurança do profissional de saúde e também a segurança do paciente. As luvas compõem o conjunto de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), onde as precações universais foram introduzidas desde a descoberta da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Sida) na década de 1980, hoje conhecida como precauções padrão. Objetivos: Verificar o conhecimento e o uso de luvas de procedimento estéril e não estéril, entre os profissionais de enfermagem. Método: Trata-se de um estudo descritivo, transversal, obervacional, analitico com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados por meio de um questionário e um formulário. Foi realizado nos hospitais municipais e regional da microrregião do Alto Taquari. Foi desenvolvido em 2 fases: 1. Aplicação de dois questionários, com a finalidade de caracterizar socioprofissionalmente os participantes, e o outro para avaliar o conhecimento dos profissionais acerca do uso de luvas durante os procedimentos; 2. Observação não participativa, com a utilização de um checklist; os dados foram transferidos para o Software R, versão 4.0.1.e os testes utilizados foram assessorados por um estatístico com experiência em estudos na área de enfermagem. O projeto atendeu todos os preceitos éticos de acordo com a Resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS)466/12, CAAE 29990320.0.0000.0021. Resultados: Total de 87 participantes da pesquisa, onde se teve a oportunidade de observação de 53 profissionais de enfermagem que atuavam nas referidas unidades hospitalares participaram do estudo. Os profissionais que participaram da pesquisa se manifestaram em relação ao uso de luvas em diferentes atividades. Uma grande variabilidade de opiniões, em relação ao procedimento técnico de curativo foi observada. Destaca-se feridas crônicas com uso de instrumental, onde nenhum profissional possui o conhecimento sobre a não necessidade da utilização de luvas. Com relação à administração das medicações, a maioria dos PE afirmam ser correta a utilização de LPNE para a realização desses procedimentos: intramuscular (91.8%), intradérmica (89.5%), oral (80.2%) e subcutânea (89.5%). Conclusão: conclui-se que os profissionais de enfermagem não possuem um bom conhecimento sobre o uso de luvas, e isso se reflete durante a realização de alguns procedimentos, existindo falhas também na prática. Observou-se a importância de cursos e treinamentos específicos sobre o uso de luvas durante a prática assistencial baseado em evidências.
Descritores: Luvas; Infecção; Assistência à Saúde; Avaliação em Enfermagem.
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ANSIEDADE DE FAMILIARES NO CONTEXTO DA HOSPITALIZAÇÃO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
30/08/2021 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Alexandra Ayach Anache
- Daniela Doulavince Amador
- Fernanda Ribeiro Baptista Marques de Almeida
- Flávia Simphronio Balbino
- Maria Angelica Marcheti
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Resumo |
Introdução: A situação de adoecimento infantil demanda maior atenção e cuidado da família em decorrência dos ajustes que se fazem necessários e do impacto que causa em todos os familiares. A família precisa desenvolver habilidades físicas e emocionais para lidar e manejar as situações adversas enfrentadas nesse contexto. Famílias vivendo a experiência de hospitalização de uma criança ou de um adolescente possuem níveis elevados de ansiedade. É necessário identificar e compreender a ansiedade vivenciada por estes familiares, para propiciar melhor assistência profissional. Objetivo: Identificar a ansiedade de familiares acompanhantes no contexto da hospitalização da criança e do adolescente. Método: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem mista. Os participantes do estudo são familiares de crianças/adolescentes atendidas na enfermaria pediátrica do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, Campo Grande, MS. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, sob o CAAE n. 30714920.3.0000.0021 e parecer n. 4.003.836. Os dados foram coletados no período de setembro e outubro de 2020 e ocorreu por meio da aplicação do Inventário de Avaliação de Ansiedade – versão Estado e Traço, respectivamente, e para os dados qualitativos um formulário sociodemográfico foi aplicado através de entrevista semiestruturada. Os dados de natureza quantitativa foram registrados em um banco de dados no programa Excel 2016 e analisados por procedimentos estatísticos de análise descritiva, comparação e correlação. As entrevistas foram transcritas na íntegra e os dados foram analisados por meio da proposta de Morse e Field de Análise Qualitativa de Conteúdo. Resultados: Participaram do estudo 30 familiares, sendo majoritariamente mulheres com idade mediana de 33 anos, casadas ou que viviam em união estável. Quanto ao Inventário de Ansiedade Traço e Estado (IDATE), a média do escore final da ansiedade-Traço foi maior quando comparada à média do escore final da ansiedade-Estado. A partir da integração dos dados, por meio do método misto, evidenciou-se que a ansiedade dos familiares acompanhantes é intensificada à medida que se veem diante da interrupção de atividades cotidianas e que o cenário hospitalar e todos os acontecimentos provindos da hospitalização geram medo e propiciam o aumento da ansiedade dos envolvidos. Além disso, as mudanças nas condições escolares e os impactos no eixo laboral foram responsáveis pelo aumento da ansiedade dos familiares diante o contexto pandêmico. Entretanto, em meio às condições adversas da hospitalização, os familiares reconhecem que o suporte social, a crença e fé em Deus, e o apoio da equipe de saúde são fundamentais para redução da ansiedade. Conclusões: Conclui-se, a partir do estudo, que familiares acompanhantes se sentem ansiosos durante a hospitalização e esse sentimento foi intensificado pelo contexto pandêmico. Ainda, a ansiedade durante a hospitalização está relacionada ao medo, a insegurança e a incerteza acerca do futuro da criança/adolescente e a interrupção da vida ocasionada por esse contexto. Implicações para prática: A partir da identificação da ansiedade e compreensão dos fatores associados, novos estudos poderão ser realizados para elaboração de estratégias de intervenção que promovam o apoio e acolhimento dos familiares acompanhantes visando a atenuação da ansiedade e o melhor enfrentamento desse contexto.
Palavras-chave: Ansiedade. Família. Hospitalização. Criança. Adolescente. |
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O CUIDADO À CRIANÇA COM SÍNDROME CONGÊNITA ASSOCIADA À INFECÇÃO PELO ZIKA VÍRUS |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
30/07/2021 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Gleice Kelli Santana de Andrade
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Banca |
- Adriane Pires Batiston
- Bianca Cristina Ciccone Giacon Arruda
- Elen Ferraz Teston
- Eliane Tatsch Neves
- Sonia Silva Marcon
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Resumo |
Em 2015 houve um aumento inesperado e desproporcional do número de nascidos vivos com
microcefalia no Brasil, que posteriormente foi associado a infecção pelo Zika vírus. A Síndrome
Congênita do Zika Vírus pode manifestar-se com malformações e alterações clínicas distintas
que demandam cuidados permanentes por tratar-se de uma condição crônica. O cuidado deve
priorizar as necessidades individuais de forma a amenizar dificuldades no cotidiano e promover
um ambiente favorável ao desenvolvimento infantil, e que contribua para qualidade de vida da
criança e sua família. O presente estudo tem como objetivo compreender como os profissionais
de saúde percebem o cuidado à criança com Síndrome Congênita associada à infecção pelo
Zika vírus. Trata-se de um estudo descritivo-exploratório com abordagem qualitativa, realizado
junto a profissionais de saúde atuantes em um Centro Especializado em Reabilitação da
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais localizado em uma capital do Centro-Oeste
brasileiro. Os dados foram coletados no período de setembro a outubro de 2020, mediante entrevistas
semiestruturadas, audiogravadas e submetidas à Análise de Conteúdo, modalidade temática. Os 12
participantes tinham idade entre 26 e 46 anos (média de 35,6 anos), sendo 11 do sexo feminino, quatro
fisioterapeutas, quatro terapeutas ocupacionais, dois psicólogos, um assistente social e um
nutricionista. O tempo de formação variou de três a 18 anos (média de 11,6 anos) e o de atuação na
instituição de 11 meses a nove anos (média de 5,3 anos). Dentre os profissionais, 10 declararam ter
alguma especialização. Observou-se que a construção do cuidado às crianças com à síndrome e suas
famílias ocorre mediante a ações orientadas pela dimensão dos aspectos biopsicossociais que envolvem
o enfrentamento de uma condição crônica, associadas à utilização de instrumentos de avaliação e
ferramentas como o Projeto Terapêutico Singular na gestão do cuidado. Ainda, os profissionais
destacaram algumas estratégias práticas para potencializar a continuidade do cuidado, como a
otimização do sistema de regulação e a maior integração entre os diferentes pontos de atenção à saúde,
a fim de superar as barreiras de acesso e seguimento do cuidado na Rede de Atenção à Saúde. Para
além dos cenários de cuidados que constituem a rede, os profissionais de saúde buscam favorecer a
continuidade do cuidado no ambiente domiciliar com ações pautadas no reconhecimento dos
elementos influentes nesse contexto de cuidado, com intervenções de apoio e em conjunto com às
famílias. Conclui-se que, para os profissionais, o cuidado é resultado das intervenções que visam o
desenvolvimento da criança, que incluem, principalmente, ações que favoreçam a continuidade do
cuidado pela família no ambiente domiciliar, além do modo como a Rede de Atenção à Saúde se
organiza e se operacionaliza para romper as barreiras de acesso, seguimento e integralidade da
assistência. |
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O CUIDADO ÀS CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS DE SAÚDE NOS SERVIÇOS DE ATENÇÃO DOMICILIAR |
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Curso |
Mestrado em Enfermagem |
Tipo |
Dissertação |
Data |
30/06/2021 |
Área |
ENFERMAGEM |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Altamira Pereira da Silva Reichert
- Beatriz Rosana Gonçalves Toso
- Eliane Tatsch Neves
- Fernanda Ribeiro Baptista Marques de Almeida
- Maria Angelica Marcheti
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Resumo |
Introdução. Os avanços tecnológicos e a crescente qualificação dos profissionais de saúde contribuíram para expressiva queda nas taxas de mortalidade infantil. Consequentemente, houve aumento das condições crônicas na infância, pois as crianças atualmente sobrevivem aos adventos de saúde e, muitas vezes, necessitam de cuidados especiais. Crianças com condições crônicas de saúde demandam cuidados especiais, como o uso de dispositivos, tecnologias, fármacos, reabilitação psicomotora e social, levando a modificações no contexto familiar. A Atenção Domiciliar (AD) favorece o atendimento das demandas de crianças com doença crônica e sua família. Entre os desafios que se colocam no contexto da AD estão a baixa qualidade das informações fornecidas pelos profissionais, os instrumentos não padronizados para o atendimento das crianças, e as demandas das Crianças com Necessidades Especiais de Saúde (CRIANES) e suas famílias que necessitam de um serviço organizado que atenda às suas necessidades. Objetivo. Descrever o cuidado prestado às Crianças com Necessidades Especiais de Saúde (CRIANES) nos Serviços de Atenção Domiciliar (SAD) no Estado de Mato Grosso do Sul (MS). Metodologia. Pesquisa descritiva e exploratória, de abordagem quantitativa. Foi aplicado um formulário, via Google forms, aos profissionais dos SAD de MS contendo questões sobre a caracterização dos serviços e os cuidados realizados com as CRIANES. Resultados. Participaram do estudo oito SAD de MS, sendo três da capital, um de Aquidauana, um de Coxim, um de Corumbá, um de Ponta Porã e um de São Gabriel do Oeste, totalizando 14 equipes. Os serviços possuem entre seis e 10 profissionais atuantes. Os profissionais realizaram orientações, procedimentos e avaliação clínica durante as visitas, realizadas semanalmente. No momento do estudo, os SAD que participaram do estudo atendiam 25 crianças com diferentes diagnósticos, predominando a paralisia cerebral. A maioria das crianças foram classificadas como AD2 (média complexidade) de acordo com suas demandas de cuidado. Os serviços não contam com um protocolo de fluxo específico para o atendimento. Conclusão. O SAD possui grande potencialidade por oferecer atendimento multiprofissional com a realização do Projeto Terapêutico Singular. Além da ampliação dos serviços, a implementação de protocolos de fluxo para o cuidado das crianças se faz necessária, bem como a atualização profissional para o atendimento às famílias
Palavras-chave: Serviço de Atenção Domiciliar; Família; Enfermagem; Necessidades Especiais.
Descritores: Saúde da Criança; Serviços de Assistência Domiciliar; Enfermagem; Doença Crônica.
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