Mestrado em Enfermagem

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Trabalhos

Trabalhos Disponíveis

TRABALHO Ações
ANÁLISE DA VIOLÊNCIA RELACIONADA AO TRABALHO NO MATO GROSSO DO SUL
Curso Mestrado em Enfermagem
Tipo Dissertação
Data 28/02/2024
Área ENFERMAGEM
Orientador(es)
  • Luciana Contrera
Coorientador(es)
  • Andreia Insabralde de Queiroz Cardoso
Orientando(s)
  • Alberth Rangel Alves de Brito
Banca
  • Cibele de Moura Sales
  • Fernanda Moura Almeida Miranda
  • Guilherme Oliveira de Arruda
  • Luciana Contrera
  • Priscila Maria Marcheti Fiorin
Resumo RESUMO

A notificação e vigilância da violência relacionada ao trabalho tornou-se importante instrumento para conhecimento e enfrentamento da ocorrência desse agravo. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo analisar informações acerca da violência relacionada ao trabalho, por meio de dados secundários, assim como identificar estudos científicos que abordem a temática no âmbito do território brasileiro. Trata-se de uma neografia, cuja abordagem inicial se deu por meio de uma revisão integrativa da literatura, onde foi possível verificar estudos que abordam a temática da violência relacionada ao trabalho no território brasileiro. A segunda parte da pesquisa foi composta por um estudo observacional, documental e quantitativo, com desenho transversal, baseado em dados secundários oriundos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, registrados no Mato Grosso do Sul, no período de 2012 a 2022. A coleta de dados ocorreu mediante aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, sob o parecer n.º 6.093.847. Para a revisão integrativa, objetivou-se sumarizar as evidências científicas que versam sobre a epidemiologia da violência ocupacional no Brasil. Trata-se de revisão integrativa de literatura desenvolvida mediante coleta em cinco bases de dados: Embase, Elsevier’s Scopus, PubMed Central, Web of Science e Biblioteca Virtual de Saúde. Os resultados evidenciam a recuperação de 24 estudos brasileiros, publicados principalmente após o ano de 2014, com predominância do idioma português. Quanto ao delineamento dos estudos, foram prevalentes os observacionais, com abordagem quantitativa, e nível de evidência III.3, conforme proposto pelo Joanna Briggs Institute. Observa-se a predominância da violência interpessoal, do tipo comunitária e de natureza psicológica ou moral. Para o estudo observacional, objetivou-se descrever o perfil epidemiológico e desfechos relacionados aos agravos violentos, cometidos em decorrência do trabalho, no estado do Mato Grosso do Sul. Foram analisados 699 registros de um banco contendo os dados das fichas notificação de violência interpessoal/autoprovocada, de 2012 e 2022. Os dados foram analisados utilizando a estatística descritiva e análise de tendência por meio da regressão de Prais-Winsten. No estado, estima-se que mulheres, pessoas de idade entre 25 e 35 anos, de raça/cor branca/parda, são as principais vítimas de violência relacionada ao trabalho. Ao analisar os desfechos da violência no trabalho, verificou-se que a violência de natureza física esteve presente na maioria das notificações, assim como o meio de agressão por força corporal ou espancamento. Em relação aos prováveis autores da violência, evidenciou-se que eram do sexo masculino e que a violência era praticada por um autor. Conclui-se que estudos realizados no Brasil apontam que a temática é discutida com foco em determinadas categorias profissionais. Destaca-se ainda que determinados grupos são caracterizados como principais vítimas da violência relacionada ao trabalho. Espera-se que o estudo forneça subsídios para novas estratégias que abordem a qualidade das notificações e contribua para ações de proteção ao trabalhador, tanto no âmbito da saúde quanto no social, a fim de garantir um trabalho íntegro, além de fomentar a prevenção, a proteção e a recuperação dos trabalhadores.

Palavras-chave: Violência. Violência no trabalho. Saúde do trabalhador.
TENDÊNCIA TEMPORAL, E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E LETALIDADE DA COINFECÇÃO LEISHMANIOSE VISCERAL E HIV EM MATO GROSSO DO SUL
Curso Mestrado em Enfermagem
Tipo Dissertação
Data 27/02/2024
Área ENFERMAGEM
Orientador(es)
    Coorientador(es)
    Orientando(s)
      Banca
      • Elen Ferraz Teston
      • Everton Falcao de Oliveira
      • Gilmara Holanda da Cunha
      Resumo
      TENDÊNCIA TEMPORAL, E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E LETALIDADE DA COINFECÇÃO LEISHMANIOSE VISCERAL E HIV EM MATO GROSSO DO SUL
      Curso Mestrado em Enfermagem
      Tipo Dissertação
      Data 27/02/2024
      Área ENFERMAGEM
      Orientador(es)
      • Elen Ferraz Teston
      Coorientador(es)
        Orientando(s)
        • Ivair Moura de Souza
        Banca
        • Elen Ferraz Teston
        • Everton Falcao de Oliveira
        • Gilmara Holanda da Cunha
        • Guilherme Oliveira de Arruda
        • Verusca Soares de Souza
        Resumo A coinfecção leishmaniose visceral e HIV/aids constitui um grave problema de saúde pública
        por causa de sua magnitude, impacto econômico e social. No cenário brasileiro, o estado de
        Mato Grosso do Sul é caracterizado como região endêmica para leishmaniose e, nos últimos
        anos, tem apresentado tendência crescente dos casos de HIV, o que torna necessário o
        desenvolvimento de estudos sobre a coinfecção. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar a
        tendência temporal, a distribuição espacial e a letalidade dos casos de coinfecção leishmaniose
        visceral e HIV/aids. Estudo descritivo, transversal e quantitativo, realizado a partir das
        notificações dos casos de leishmaniose visceral no estado de Mato Grosso do Sul no período de
        2012-2022. Utilizaram-se as notificações do Sistema de Informação de Agravos de Notificação,
        as quais foram disponibilizadas pela Secretaria de Estado de Saúde, após aprovação do Comitê
        de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Os dados foram
        analisados por meio de estatística descritiva e mapeamento temático. No período em estudo,
        foram notificados 1881 casos de leishmaniose visceral, dos quais 1594 foram confirmados e
        319 (20,01%) apresentaram a coinfecção LV-HIV/aids, com as maiores incidências em: Rio
        Negro, Rio Verde de Mato Grosso, Porto Murtinho e Anastácio. A tendência temporal dos casos
        de coinfecção leishmaniose visceral e HIV/aids se manteve estável. Embora não tenha
        apresentado evidências estatísticas de padrão espacial na incidência, houve uma considerável
        expansão geográfica na Região Centro-Norte do estado. A comparação da letalidade LV com a
        coinfecção LV-HIV/aids não teve diferença significativa. Houve associação estatística entre os
        indivíduos com idade superior aos 40 anos e a maior probabilidade de óbito (p- valor=0,032;
        RC: 0,40). Os resultados encontrados oferecem subsídios para a reflexão sobre o processo de
        trabalho das equipes de saúde e os serviços de zoonoses do estado, bem como elucidam a
        necessidade de ações estratégicas de prevenção das doenças em questão, rastreamento e
        diagnostico precoce, além de estratégias de controle do vetor, as quais devem levar em
        consideração as características climáticas e geográficas e a disponibilidade dos serviços de
        saúde na área. Além disso, uma atenção especial deve ser direcionada a indivíduos com mais de
        40 anos, uma vez que apresentam um maior risco de mortalidade.
        Palavras-chave: Leishmaniose visceral; Coinfecção; HIV; Notificação de doenças;
        Enfermagem em Saúde Pública. Enfermagem.
        FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL DA ENFERMAGEM EM HOSPITAIS DE GRANDE PORTE DE MATO GROSSO DO SUL
        Curso Mestrado em Enfermagem
        Tipo Dissertação
        Data 26/02/2024
        Área ENFERMAGEM
        Orientador(es)
        • Rodrigo Guimaraes dos Santos Almeida
        Coorientador(es)
          Orientando(s)
          • ANDREZZA GABRIELLY DOS SANTOS SOLDERA
          Banca
          • Ana Paula de Assis Sales
          • João Lucas Campos de Oliveira
          • Maria Angelica Marcheti
          • Rodrigo Guimaraes dos Santos Almeida
          • Sebastiao Junior Henrique Duarte
          • Verusca Soares de Souza
          Resumo A fiscalização do exercício profissional da enfermagem, como atividade essencial dos Conselhos Regionais de Enfermagem, visa garantir uma assistência qualificada à sociedade por profissionais habilitados. Os enfermeiros fiscais, por meio de abordagens educativas, preventivas, disciplinadoras e corretivas, realizam visitas periódicas em todas as instituições de saúde com serviços de enfermagem. No entanto, a escassez de registros que evidenciem as contribuições desse setor ressalta uma lacuna entre legislação e prática, indicando desafios no processo de trabalho que impactam a qualidade da assistência. Com o intuito de preencher essa lacuna, este estudo teve como objetivos mapear o conhecimento científico sobre o processo de fiscalização dos conselhos de enfermagem e analisar a fiscalização do exercício profissional da enfermagem em hospitais de grande porte em Mato Grosso do Sul. Para alcançar o primeiro objetivo, realizou-se de uma revisão de escopo, ancorada no referencial do Instituto Joanna Briggs, com a questão norteadora: quais as evidências do processo de fiscalização do exercício legal da enfermagem pelos conselhos de classe? As buscas foram realizadas em outubro e novembro de 2022, sem limitação de linguagem e ano. Para atender ao segundo objetivo, conduziu-se um estudo observacional retrospectivo, de análise documental, com abordagem quantitativa, realizado no Departamento de Fiscalização do Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul. Foram analisados processos administrativos de fiscalização de sete hospitais de grande porte no período de janeiro a fevereiro de 2023. Os resultados da scoping review destacam que dos 9 estudos selecionados, todos são brasileiros e publicados a partir de 2014. Entre os temas abordados, estão o papel do enfermeiro fiscal, desafios, custos e dificuldades no cotidiano do processo de trabalho, além da contribuição do setor de fiscalização no Brasil. A análise dos processos administrativos de fiscalização dos hospitais evidenciou a prevalência de irregularidades, incluindo a ausência de anotação de responsabilidade técnica do serviço de Enfermagem e situações legais problemáticas dos profissionais perante o conselho. Notavelmente, a falta ou inadequação de planejamento e programação da atividade, relacionadas ao subdimensionamento de pessoal, foram identificadas como áreas críticas. Constatações sobre a regularidade do profissional, especialmente em relação à carteira de identidade profissional vencida, foram predominantes. Os conselhos de classe desempenham um papel crucial na regulação dos profissionais de enfermagem no Brasil, mas sua relevância social é pouco explorada. A fiscalização do exercício profissional da enfermagem carece de enfoque em atividades educativas e colaborativas. Destaca-se a necessidade de repensar a abordagem punitiva da fiscalização, enfatizando a colaboração e a educação para fortalecer a atividade, visando melhorias na qualidade dos serviços de saúde.
          CULTURA DE SEGURANÇA E CARGA DE TRABALHO DE PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
          Curso Mestrado em Enfermagem
          Tipo Dissertação
          Data 18/12/2023
          Área ENFERMAGEM
          Orientador(es)
          • Verusca Soares de Souza
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • CYNTHIA FERNANDA TELES MACHADO
            Banca
            • Elen Ferraz Teston
            • Helen Cristiny Teodoro Couto Ribeiro
            • Ingrid Moura de Abreu Carvalho
            • Verusca Soares de Souza
            Resumo Garantir a segurança do paciente na Rede de Atenção à Saúde perpassa o estabelecimento
            de uma cultura que valorize a segurança e o reconhecimento de que a carga de trabalho
            pode interferir na percepção e atitudes dos profissionais. Perante um cenário em que a
            Atenção Primária à Saúde é pouco contemplada por documentos oficiais e literatura
            científica sobre segurança do paciente, esta pesquisa teve como objetivo analisar as relações
            entre a cultura de segurança e a carga de trabalho de profissionais da Atenção Primária à
            Saúde. Tratou-se de um estudo exploratório, do tipo Survey, de abordagem quantitativa,
            realizado no período de janeiro a julho de 2023, com 355 profissionais da Atenção Primária
            de uma capital do Centro- Oeste do Brasil. Foram utilizados três instrumentos: o
            questionário de caracterização sociodemográfica do trabalhador; o método National
            Aeronautics and Space Administration - Task Load Index e o instrumento Medical Office
            Survey on Patient Safety Culture, sendo que estes dois últimos validados e adaptados à
            realidade brasileira. Os dados foram submetidos à análise estatística descritiva e inferencial.
            A coleta dos dados inicialmente se deu por meio eletrônico; todavia, a partir do mês de
            maio, passou a ser presencial até a obtenção da amostra. Participaram 355 profissionais de
            diversas categorias, como enfermeiros (n=112, 31,5%), agentes comunitários de saúde e de
            combate a endemias (n=62, 17,8%) e odontólogos (n=40, 11,3%) que atuavam na Rede há
            menos de cinco anos (44,8%, n=159). A carga de trabalho foi considerada alta pela maior
            parte dos profissionais (73,8%), e as 12 dimensões do instrumento Medical Office Survey
            on Patient Safety Culture foram avaliadas com escores inferiores a 75%, sendo
            consideradas dimensões frágeis da cultura de segurança. A dimensão melhor avaliada foi
            ‘Seguimento da assistência ao paciente’, com 63,7% (n=214), seguida de ‘Trabalho em
            equipe’, com 60,3% (n=214). Observou-se que ‘Comunicação aberta’ e ‘Comunicação
            sobre o erro’ se mostraram mais positivas entre os profissionais administrativos em relação
            aos assistenciais (54,10% x 45,50%; 55,90% x 42,90%, respectivamente). A dimensão pior
            avaliada foi ‘Pressão e ritmo de trabalho’, com 18,6% (n=66). Verificou-se associação
            estatística significativa entre uma maior prevalência de respostas positivas e carga horária
            semanal de até 40h nas dimensões ‘Apoio dos gestores na segurança do paciente’
            (p<0,0001) e ‘Questões relacionadas à segurança do paciente e qualidade’ (p<0,0001).
            Ainda, obteve-se associação entre menor carga de trabalho e melhor avaliação da cultura de
            segurança nas dimensões ‘Processo de trabalho e padronização’ (p- valor=0,01) e ‘Apoio
            dos gestores na segurança do paciente’ (p-valor=0,03), assim como na Avaliação geral de
            segurança e qualidade. Em conclusão, houve a associação entre a alta carga de trabalho e
            uma pior percepção da cultura de segurança do paciente entre os profissionais da atenção
            primária. Desta forma, explicitar condições desfavoráveis à percepção da cultura de
            segurança na atenção primária pode subsidiar o planejamento de ações para a revisão de
            processos de trabalho e, como consequência, avançar na cultura de segurança na atenção
            primária, cenário pouco explorado na temática, reforçando assim a divulgação científica
            dos desafios enfrentados pelos trabalhadores da atenção primária à saúde.
            CONHECIMENTO DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE SOBRE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: ESTUDO METODOLÓGICO E TRANSVERSAL
            Curso Mestrado em Enfermagem
            Tipo Dissertação
            Data 07/12/2023
            Área ENFERMAGEM
            Orientador(es)
            • Carolina Mariano Pompeo
            Coorientador(es)
              Orientando(s)
              • Daniela Ávila de Souza
              Banca
              • Carolina Mariano Pompeo
              • Janaina Michelle de Oliveira
              • Marcos Antonio Ferreira Junior
              • Oleci Pereira Frota
              • Renata Cristina Gasparino
              Resumo O acidente vascular cerebral (AVC) lidera entre as principais causas de morte no Brasil e ocupa
              a segunda posição mundial. Desconhecer seus sinais agudos pode atrasar o atendimento e
              prejudicar o prognóstico do paciente. Informar a população sobre esses sinais é crucial, e os
              agentes comunitários de saúde (ACS) são uma estratégia eficaz para disseminar essa
              informação e promover ações rápidas em situações de urgência. O objetivo desta pesquisa é
              mensurar o conhecimento dos ACS sobre a prevenção, sinais e sintomas agudos, e as primeiras
              condutas em situações de urgência por AVC. O estudo foi desenvolvido em duas etapas de
              delineamento: metodológico e transversal. A fase metodológica visou construir e validar um
              instrumento de avaliação do conhecimento dos ACS sobre o AVC. Na primeira fase, foi
              realizada uma revisão integrativa da literatura e, em seguida, consultada a opinião de
              especialistas na área de estudo. Na segunda, foi realizada a validação de conteúdo com a
              utilização da técnica Delphi. Na terceira, foi aplicado o pré-teste com a população-alvo para
              validação de face, avaliação da clareza, compreensibilidade e tempo de preenchimento. A
              análise dos dados foi realizada pela análise de concordância e pelo índice de validade de
              conteúdo (IVC). O estudo transversal consistiu na aplicação de questionário validado em 16
              unidades de saúde, que foi respondido por 235 ACS e buscou responder à pergunta central do
              estudo. O teste do Qui-quadrado de Pearson foi utilizado para as variáveis categóricas. Para as
              variáveis contínuas, foram utilizados os testes de Mann-Whitney (U) e Kruskal-Wallis. No
              estudo transversal, predominaram mulheres, a maioria dos ACS se autodeclarou como
              parda/amarela, idade de 40-49 anos, média de idade 44,49 ± 8,55. Mais de 80% atuavam como
              ACS há mais de cinco anos, sendo 50% com escolaridade fundamental e 66,4% sem formação
              em saúde. O conhecimento variou entre pobre (36,2%), ruim (29,8%), regular (13,2%), bom
              (17,9%), muito bom (2,1%) e excelente (0,9%). Casados, com ensino superior, formação em
              saúde e menos de cinco anos como ACS e lotação, mostraram maior quantidade de acertos. Ter
              formação na área da saúde está relacionado a pontuações mais baixas em "pobre" e mais altas
              em "muito bom" (p=0,03). Possuir curso superior associou-se a pontuações superiores em
              "bom", enquanto apenas ensino fundamental/médio se relaciona a pontuações mais altas em
              "pobre" (p=0,03). Profissionais com mais de cinco anos na função de ACS apresentaram
              pontuações menores em "bom" e maiores em "pobre" (p<0,001). A porcentagem de acertos dos
              ACS em relação ao tempo de lotação mostra uma tendência inversa: mais de cinco anos de
              lotação têm pontuações mais altas em categorias negativas, enquanto menos de cinco anos têm
              mais acertos em "ruim", "regular" e "bom". Renda familiar de quatro salários-mínimos esteve
              associada a mais acertos em "bom" e menos em "pobre" (p=0,02). O questionário validado
              apresentou conhecimento insuficiente dos ACS sobre AVC. Na sessão tratamento,
              prevaleceram as menores pontuações. Destaca-se a necessidade de educação permanente, com
              ênfase nas lacunas identificadas. Recomenda-se promover discussões sobre políticas públicas
              e treinamentos em saúde para reforçar o conhecimento na população estudada.
              CAPACIDADE PARA O TRABALHO E FATORES PSICOSSOCIAIS DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DE MATO GROSSO DO SUL
              Curso Mestrado em Enfermagem
              Tipo Dissertação
              Data 04/09/2023
              Área ENFERMAGEM
              Orientador(es)
              • Luciana Contrera
              Coorientador(es)
              • Andreia Insabralde de Queiroz Cardoso
              Orientando(s)
              • MÁRCIA ANDRÉIA QUEIROZ FREITAS DOS SANTOS
              Banca
              • Bianca Cristina Ciccone Giacon Arruda
              • Cibele de Moura Sales
              • Larissa da Silva Barcelos
              • Luciana Contrera
              • Maria Inês Monteiro
              Resumo A capacidade para o trabalho é a condição que o trabalhador possui para a execução da atividade designada para a sua função. Um marco na saúde mundial foi a Pandemia da COVID-19, em 2020, na qual se identificou uma mudança significativa no cotidiano dos profissionais da saúde, nas condições de trabalho, com a necessidade de reestruturação e adaptação das equipes. Surgindo uma preocupação quanto ao impacto da capacidade para o trabalho causado pelos fatores psicossociais do trabalho dos profissionais da saúde que atuaram durante a pandemia. Assim, objetivou-se analisar a relação entre a capacidade para o trabalho e a exposição a fatores de riscos psicossociais de profissionais de saúde em uma instituição hospitalar de referência para o tratamento de pacientes com COVID-19. A pesquisa foi realizada em duas fases, na primeira foi desenvolvido um estudo de revisão integrativa de literatura visando avaliar a capacidade para o trabalho e os fatores psicossociais dos profissionais da saúde no ambiente hospitalar. A busca realizou-se nas bases: EMBASE, Elservier’s Scopus; National Library of Medicine - Medline via PubMed; Web of Science; Cumulative Index to Nursing and Allied Heath Literature; Biblioteca Virtual em Saúde e PsycArticles, no período de julho e agosto de 2022. Os artigos foram triados com software Rayyan, os dados coletados conforme A Step-By-Step Guide to Conducting an Integrative Review e níveis de evidências do Hierarchy of Evidence for Intervention Studies. Na segunda fase foi realizado um estudo transversal, em dezembro de 2022, com trabalhadores da saúde de um hospital universitário de grande porte. Os instrumentos utilizados foram: o Índice de Capacidade para o Trabalho e Copenhagen Psychosocial Questionnaire III. Para análise dos dados utilizou-se o software R Studio, com teste qui-quadrado, exato de Fisher e modelagem por regressão logística. Na primeira etapa levantou-se 599 artigos, sendo 36 analisados, as publicações ocorreram entre os anos de 2002 a 2021, sendo a maioria a partir de 2013. Houve o Nível de Evidência VI em 33 artigos. A amostragem populacional dos estudos foi variável, sendo prevalente o sexo feminino e com profissionais da área da enfermagem. Foram encontradas várias correlações positivas e negativas dos fatores psicossociais relacionados ao Índice de Capacidade para o Trabalho e a necessidade da promoção da saúde no ambiente de trabalho. Já o estudo transversal foi constituído de 197 profissionais, a maioria do sexo feminino e com média de idade de 40 anos. As variáveis significativas com a capacidade para o trabalho foram: reconhecimento (OR=0,26; IC95%:0,09-0,75), compromisso com o local de trabalho (OR=0,20; IC95%:0,04-1,03), saúde autoavaliada (OR=0,15; IC:0,06-0,43), estresse somático (OR=0,23; IC95%:0,08-0,66), carga horária de trabalho (OR=0,23; IC95%:0,07 – 0,82), atividade física (OR=0,20; IC95%:0,04-1,03) e lazer (OR=0,27; IC95%:0,12-0,64). Conclui-se que os fatores psicossociais no ambiente de trabalho associaram-se com a capacidade para o trabalho dos profissionais da saúde. Tais resultados são indicadores importantes para subsidiar instituições, gestores e profissionais da saúde e investimentos no ambiente de trabalho, que visem a promoção de saúde no trabalho e no estilo de vida, para beneficiar o desempenho organizacional, segurança do paciente e promover a aposentadoria com saúde e qualidade de vida.
              REPERCUSSÕES DA COVID-19 NA MORTALIDADE MATERNA NO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL
              Curso Mestrado em Enfermagem
              Tipo Dissertação
              Data 01/09/2023
              Área ENFERMAGEM
              Orientador(es)
              • Andreia Insabralde de Queiroz Cardoso
              Coorientador(es)
              • Andreia Insabralde de Queiroz Cardoso
              Orientando(s)
              • Mayara Soares Cunha
              Banca
              • Ana Paula de Assis Sales
              • Andreia Insabralde de Queiroz Cardoso
              • Carolina Mariano Pompeo
              • Fabiana Perez Rodrigues Bergamaschi
              • Márcia Maria Ribera Lopes Spessoto
              Resumo Introdução: O perfil clínico-epidemiológico para mulheres/gestantes na pandemia de COVID19 teve repercussões na morbimortalidade que foram sendo compreendidas a partir do 2º bimestre e após a primeira “onda” da doença, quando evidências acerca da relação das alterações da gravidez e do puerpério demonstraram o aumento da incidência de óbitos para essa população em ascensão. Objetivo: Analisar as repercussões no perfil epidemiológico da mortalidade materna após o início da pandemia de COVID-19. Método: Duas etapas
              metodológicas foram realizadas. A primeira foi uma revisão integrativa sobre a mortalidade durante a pandemia de COVID-19, em nível global, por meio da coleta de dados em protocolo estruturado, utilizando estratégia de P – População, V – Variável de interesse, O – desfecho. A segunda etapa consistiu em um estudo observacional, com desenho transversal e quantitativo, para analisar a mortalidade materna no estado de Mato Grosso do Sul (MS), dois anos antes da pandemia (2018 e 2019) e dois anos após o seu início (2020 e 2021); os dados, obtidos na base de dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES), são provenientes das Declarações de Óbitos Maternos e das Fichas de Investigação de Óbito Materno: síntese, conclusões e recomendações (Ficha M5). Os dados foram tabulados em Microsoft Excel e, com o auxílio do software estatístico R-Studio, foram analisadas as características socioeconômicas, além das gerais,como comorbidades, óbito na gestação ou no puerpério, local de ocorrência, necropsia, macrorregião e período de ocorrência do óbito, com a aplicação do teste qui-quadrado. A Razão de Mortalidade Materna (RMM), e os Anos Potenciais de Vida Perdidos(APVP) também foram
              analisados. As prevalências do período do óbito e as razões de prevalência não ajustadas foram calculadas utilizando o modelo de regressão de Poisson. Resultados: Na primeira etapa, foram selecionadas 15 publicações, que ocorreram entre os anos de 2020 e 2022, sendo o maior quantitativo o do ano de 2021. Dois artigos evidenciaram os picos de óbito materno entre as semanas epidemiológicas 17 e 30 do ano de 2020. Os estudos evidenciaram o aumento da RMM entre os anos de 2020 e 2021. Risco e taxa de letalidade foram identificados com elevação, e o perfil clínico dos óbitos maternos esteve relacionado à faixa etária acima de 35 anos e a
              comorbidades pré-existentes. Apenas um estudo relacionou a deficiência de ferro com o agravamento clínico. Na segunda etapa, foram analisadas 118 mortes maternas. Delas, 51 ocorreram entre 2018-2019 e 67, entre 2020-2021. A RMM passou de 57,97 para 80,25. Os
              APVP aumentaram de 1.774,41 para 2.237,34. Puérperas tiveram elevadas taxas de mortalidade. A doença respiratória teve razão de prevalência de 2,18 (IC=1,34-3,52). Os resultados evidenciam a vulnerabilidade das mulheres no ciclo gravídico puerperal às doenças
              com alto contágio e com virulência elevada, como a COVID-19. Conclusão: Os óbitos maternos foram impactados com o surgimento da pandemia, elevando as taxas de RMM, que estavam em declínio nos anos anteriores. Demonstrou-se, com testes estatísticos, que as
              doenças respiratórias foram influentes nos óbitos. Gestantes e principalmente puérperas devem ser priorizadas em nível global e no estado de MS, com ações de saúde para ampliar a assistência e a prevenção de agravos dessa população no que tange ao surgimento de doenças
              de alta transmissibilidade.
              FORMAS SOCIAIS DE ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO CUIDADO A SITUAÇÕES DE CRISE EM SAÚDE MENTAL
              Curso Mestrado em Enfermagem
              Tipo Dissertação
              Data 25/08/2023
              Área ENFERMAGEM
              Orientador(es)
              • Bianca Cristina Ciccone Giacon Arruda
              Coorientador(es)
                Orientando(s)
                • GESSNER BRAVO DE PAULA
                Banca
                • Ana Carolina Guidorizzi Zanetti
                • Bianca Cristina Ciccone Giacon Arruda
                • Elen Ferraz Teston
                • Lucas Ferraz Cordova
                • Lucilene Cardoso
                Resumo Introdução: A crise de saúde mental é um produto social, resultado da interação do indivíduo com seu ambiente atual e histórico, um momento de conflito que requer transformações. O enfermeiro tem papel fundamental nessas situações, principalmente quando atua por meio de uma perspectiva psicossocial. Nessa perspectiva é um sujeito social essencial para vivência e apoio em situações de crise. Objetivo: Analisar a formas social de atuação à saúde mental em situações de crise a partir do relato verbal de enfermeiros da Atenção Primária à Saúde. Método: Estudo descritivo-exploratório, com abordagem qualitativa, subsidiada pelos referenciais teóricos-interpretativos da análise do comportamento e do materialismo histórico-dialético. Os dados foram coletados por meio de uma entrevista semiestruturada com doze enfermeiros da Atenção Primária à saúde e analisados pela técnica dedutiva proposta pelo Theorical Domains Framework, referencial metodológico adotado. Resultados: Os dados analisados possibilitaram a elaboração de três temas: “Conhecimento e atuação de enfermeiro”, “Recursos materiais, sociais e institucionais” e “Crenças, metas e emoções” que evidenciam uma forma social de atuação predominantemente manicomial, tendo em vista o asfixiamento político e econômico das condições necessárias para implementação da atenção psicossocial. Desse modo, a atuação vem sendo pautado por “extensão” do trabalho biomédico-psiquiátrico, com valorização de atividades “clínico-técnico-burocráticas”, fortalecida por uma conjuntura de parcos recursos e capacitação insuficiente. Essa situação recai no foco em atividades de identificação e diminuição de sinais/sintomas, classificação, medicalização, encaminhamento de demandas. Destaca-se a comunicação incipiente entres os diversos níveis da Rede de Atenção Psicossocial. Considerações finais e implicações para a prática: O estudo possibilitou o desenvolvimento de uma análise concreta e teórico-crítica da realidade material dos enfermeiros quanto a atuação em situações de crise de saúde mental, explicitando uma forma social predominantemente manicomial, com práticas que apagam os sentidos das situações de crise para o indivíduo. Além disso, os enfermeiros vêm vivenciando uma situação de precarização e contingenciamento de recursos, situação que para eles está correlacionada a recorrência das situações de crise e agravamento dos problemas de saúde mental. Ademais, evidenciou-se a necessidade da organização política pela enfermagem, com mobilização social e luta contra o modelo de atenção manicomial, valorização da profissão e maior investimento na rede e em uma estratégia de educação permanente, com vistas a consolidação da perspectiva da Reforma Psiquiátrica.
                ADESÃO ÀS MEDIDAS ASSÉPTICAS E FREQUÊNCIA DE TOQUE EM SUPERFÍCIES AMBIENTAIS POR PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DURANTE A ADMINISTRAÇÃO ENDOVENOSA DE MEDICAMENTOS: ESTUDO OBSERVACIONAL
                Curso Mestrado em Enfermagem
                Tipo Dissertação
                Data 23/08/2023
                Área ENFERMAGEM
                Orientador(es)
                • Oleci Pereira Frota
                Coorientador(es)
                  Orientando(s)
                  • Patrícia de Souza Brandão Ramos
                  Banca
                  • Alvaro Francisco Lopes de Sousa
                  • Elaine Aparecida Rocha Domingues
                  • Marcos Antonio Ferreira Junior
                  • Oleci Pereira Frota
                  • Paula Regina de Souza Hermann
                  Resumo As superfícies ambientais próximas ao paciente podem agir como reservatórios e meios de transmissão de patógenos por meio do toque das mãos dos profissionais de saúde. O objetivo deste estudo foi analisar a adesão às medidas assépticas e o toque nas superfícies ambientais pelos profissionais de Enfermagem durante a administração endovenosa de medicamentos. Trata-se de um estudo transversal observacional, realizado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto de um hospital universitário do Centro-Oeste brasileiro. A amostragem foi não probabilística por conveniência e os critérios de inclusão foram: profissionais de Enfermagem, sendo enfermeiros ou técnicos de Enfermagem, que realizavam rotineiramente a administração endovenosa de medicamentos. Foram excluídos aqueles com tempo de atuação em UTI <6 meses. Um pesquisador não-participante à equipe aplicou o questionário sociodemográfico e ocupacional. Posteriormente, os profissionais de Enfermagem foram observados em situações reais de assistência em todos os períodos. Para a análise dos dados não-paramétricos foi calculada a Razão de Prevalência (RP), com intervalo de confiança (IC) de 95%. Foram realizadas 135 observações com 1.083 episódios de toque em superfícies ambientais próximas aos pacientes. As superfícies mais tocadas pelas mãos dos profissionais foram as bombas de infusão (29,1%) e equipos (28,1%). As médias de toque na bomba de infusão contínua (2,33) e equipos (2,26) representam 57,24% da frequência total de toques. No turno vespertino houve uma maior frequência de toques no ventilador mecânico (p=0,026, média de 0,10 ± 0,17) e em outras superfícies não especificados (p=0,021, média de 1,40±0,59). Profissionais com tempo de experiência de até 10 anos tocaram mais frequentemente (p=0,049) na bomba de infusão em comparação aos seus homólogos com mais de 10 anos: média de 3,25±0,82 toques por episódio de administração medicamentosa. Foram analisados 11 indicadores de conformidade de medidas assépticas. No total, 6 medidas assépticas foram classificadas como Inadequada por mais de 80% dos participantes. Nas medidas assépticas de I - Desinfecção da ampola ou frasco-ampola; II- Desinfecção de conectores ou injetores e; III- Higienização das mãos antes da administração endovenosa, foram inadequadamente realizadas por 100% dos profissionais. A prevalência de conformidade ao uso de luvas é 4,86 vezes maior nas mulheres (RP: 4,86; IC 95%: 0,80 - 29,42; p= 0,008) do que nos homens. O período noturno apresentou maior nível de inadequação com relação ao calçamento de luvas (p= 0,028). Os resultados evidenciam que o procedimento de administração endovenosa de medicamentos, embora seja comumente realizado no âmbito das UTIs, possui fragilidades, principalmente no que tange à adesão às medidas assépticas. Esses dados demonstram que há necessidade de revisão de protocolos institucionais previamente padronizados e treinamento das equipes para promover uma assistência mais segura e eficaz.
                  INCIDENTES DE SEGURANÇA COM CATETERES VENOSOS PERIFÉRICOS DURANTE A TERAPIA INTRAVENOSA EM CRIANÇAS HOSPITALIZADAS
                  Curso Mestrado em Enfermagem
                  Tipo Dissertação
                  Data 12/06/2023
                  Área ENFERMAGEM
                  Orientador(es)
                  • Adriano Menis Ferreira
                  Coorientador(es)
                    Orientando(s)
                    • Isis Ferraz Barbosa
                    Banca
                    • Adriano Menis Ferreira
                    • Alvaro Francisco Lopes de Sousa
                    • André Luiz Silva Alvim
                    • Oleci Pereira Frota
                    • Valquiria da Silva Lopes
                    Resumo A identificação dos incidentes de segurança relacionados aos cateteres venosos periféricos em pediatria e suas características podem subsidiar ações para a reorganização dos processos de trabalho e de prevenção de riscos, além de ampliar o olhar para a cateterização venosa periférica em crianças. Os incidentes de segurança relacionados a cateteres venosos periféricos são um problema decorrente da terapia intravenosa e o manuseio dos cateteres, relevantes para a população pediátrica, devido aos complexos processos envolvidos e inúmeros profissionais envolvidos. A dificuldade em manter o dispositivo até a conclusão do tratamento é comum, e muitas vezes é ocasionada pela complexidade de seu manejo, acarretando o prolongamento da internação e elevação do custo associado ao tratamento. Com a escassa pesquisa do assunto, não existe um consenso sobre a forma mais eficaz de manejo, onde as condutas são baseadas muito mais em prática histórica, do que em evidências científicas. O objetivo foi identificar os incidentes de segurança com cateteres venosos periféricos durante a terapia intravenosa em crianças hospitalizadas. Estudo do tipo observacional, descritivo, longitudinal, prospectivo com abordagem quantitativa e amostra por conveniência, por meio da análise de 39 cateteres, no período de 03/01/2022 a 23/06/2023, de pacientes de 4 meses a 12 anos, mediante a coleta de dados em prontuários e observação sequencial dos cateteres analisados. Os dados foram tabulados em planilha Excel® e analisados por meio do programa EPI INFO™ 7.2.5. Para verificar a associação entre a presença de complicações e as demais variáveis, foi utilizado o teste Exato de Fisher, considerando um nível de significância de 5%. Evidenciou-se que os principais envolvidos eram da faixa etária de 4 meses a 4 anos e do sexo masculino (68,7%), e em tratamento de doenças do aparelho respiratório (28,6%). O tipo de cateter flexível foi o único tipo utilizado, predominando os calibres 22 e 24. A ocorrência de incidentes não esteve associada significativamente as características dos cateteres, calibre do cateter (p=0,74), mobilidade do paciente (p=1,0), profissional responsável pelo procedimento de punção venosa (p=0,53), local (p=1,0) e veias de inserção (p=0,74), tipo de curativo utilizado (p=1,0), conexões presentes (p=0,53) e uso de bomba de infusão. A ocorrência de incidentes esteve presente em 64,1% dos cateteres analisados. As taxas de incidência encontradas foram: 33% apresentaram obstrução, 12,8% flebite, 10,3% infiltração, 7,7% extravasamento e 35,9% não apresentaram nenhuma complicação. Os resultados evidenciam que uma análise dos incidentes de segurança, oferece elementos cruciais para elucidar fragilidades e potencialidades presentes, além de fortalecer as publicações relacionadas ao cateterismo venoso periférico em pediatria. A compreensão do perfil da população e suas associações permitirá a adoção de ações voltadas para a cultura de segurança e qualidade do cuidado pediátrico.
                    AUTOLESÃO DELIBERADA EM ADOLESCENTES NO CONTEXTO ESCOLAR: ANÁLISE DA EXPERIÊNCIA DAS EQUIPES MULTIDISCIPLINARES
                    Curso Mestrado em Enfermagem
                    Tipo Dissertação
                    Data 28/02/2023
                    Área ENFERMAGEM
                    Orientador(es)
                    • Bianca Cristina Ciccone Giacon Arruda
                    Coorientador(es)
                      Orientando(s)
                      • Adriana Rosa da Silva Rodrigues
                      Banca
                      • Bianca Cristina Ciccone Giacon Arruda
                      • Elen Ferraz Teston
                      • Kelly Graziani Giacchero Vedana
                      • Marcelle Paiano
                      • Sueli Aparecida Frari Galera
                      Resumo Profissionais que trabalham no ambiente escolar têm percebido um aumento da procura de ajuda por adolescentes com comportamentos de autolesão deliberada. O contexto escolar é considerado um espaço apropriado para o desenvolvimento de práticas saudáveis de saúde e promoção do bem-estar dos estudantes. Assim, a equipe multidisciplinar, dentro do ambiente escolar, na convivência diária com estudantes adolescentes, auxilia na identificação precoce de alterações na saúde mental, no acesso aos familiares, na diminuição do estigma em relação à procura e assistência pelos serviços de saúde, com baixo custo de deslocamentos. O objetivo da pesquisa foi analisar a experiência de equipes multidisciplinares de acompanhamento pedagógico, psicossocial e de saúde no contexto escolar, em relação ao comportamento de autolesão deliberada em adolescentes. Estudo de natureza qualitativa, realizado em cinco campi do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul. A amostra foi intencional e participaram 29 profissionais pertencentes às cinco equipes multiprofissionais. A coleta de dados foi realizada por meio de um grupo focal com cada equipe de cada campus. Os dados foram transcritos e a análise subsidiada pela análise de conteúdo, modalidade temática, da qual emergiram três categorias: A autolesão deliberada no contexto educacional; A equipe multiprofissional e a organização do cuidado; A escola, a intersetorialidade e as políticas públicas relacionadas à Saúde Mental. Os resultados indicaram que a ciência e identificação dos casos ocorrem de maneira indireta, por meio dos pares ou familiares dos adolescentes, e por professores, assistentes de alunos e outros profissionais, que identificam alterações de comportamentos, comportamentos sugestivos ou mesmos as lesões. Outra maneira de identificação dos casos é quando eles ocorrem dentro da própria instituição. Alguns ambientes e atividades na estrutura da escola permitem a aproximação dos estudantes com os profissionais escolares, entretanto, a instituição escolar não tem recursos de infraestrutura e humanos adequados para os atendimentos. Reforça-se a importância da existência de uma equipe multidisciplinar no contexto escolar para a assistência ao comportamento de autolesão deliberada. Porém, há fragilidade no trabalho integrado e interdisciplinar da equipe, assim como no encaminhamento dos casos para a rede de atenção à saúde, devido à alta demanda e capacidade de atendimento e acompanhamento da rede. Há a necessidade de envolvimento, também, dos professores e da gestão. Indicou-se a importância da capacitação e educação permanente sobre o tema, das articulações da escola com outros setores educacionais, de saúde e de assistência social. Além do fortalecimento e implementação efetiva de políticas institucionais e de saúde pública para o atendimento de casos de autolesão deliberada, assim como de ações de promoção e prevenção em saúde mental dessa população. Com essa investigação foi possível concluir que a presença da equipe multiprofissional no ambiente escolar contribui para a identificação e desenvolvimento de ações visando a promoção da saúde mental de adolescentes no ambiente escolar.

                      TRANSIÇÃO DE CUIDADOS DA INTERNAÇÃO HOSPITALAR AO DOMICÍLIO:ESTUDO DE MÉTODO MISTO
                      Curso Mestrado em Enfermagem
                      Tipo Dissertação
                      Data 28/02/2023
                      Área ENFERMAGEM
                      Orientador(es)
                      • Verusca Soares de Souza
                      Coorientador(es)
                        Orientando(s)
                        • Liasse Monique de Pinho Gama
                        Banca
                        • Aline Marques Acosta
                        • Elen Ferraz Teston
                        • João Lucas Campos de Oliveira
                        • Maria Antonia Ramos Costa
                        • Verusca Soares de Souza
                        Resumo Introdução: A transição de cuidados pode ser compreendida como o repasse de informações,
                        visando a continuidade dos cuidados prestados na transferência dos usuários nos distintos
                        setores dentro de uma mesma instituição, ou nos diferentes tipos de serviços em saúde, sendo
                        uma estratégia que objetiva assegurar a continuidade dos cuidados após a alta hospitalar. As
                        ações desenvolvidas durante a transição do cuidado podem refletir na qualidade de vida e
                        segurança dos pacientes, tornando-se um processo complexo e dinâmico, que exige
                        comunicação efetiva entre as pessoas envolvidas nas diversas formações, habilidades e
                        experiências. Nessa perspectiva, destacam-se as necessidades de o paciente/familiar
                        desenvolver cuidados contínuos e complexos em domicílio a favor da sua qualidade de vida e
                        sobrevivência. Para tanto, as intervenções de enfermagem devem favorecer o conhecimento e
                        a capacidade de cuidados àqueles que as vivenciam no processo de transição do hospital para o
                        domicílio. Objetivo: Analisar a transição do cuidado de pacientes em internação hospitalar para
                        o domicílio. Método: Trata-se de um estudo de métodos mistos, com abordagem
                        transformadora concomitante com maior peso qualitativo (quan + QUAL), orientado pela
                        Teoria das Transições. Os dados foram coletados ao longo dos meses de abril a setembro de
                        2022. Utilizaram-se quatro instrumentos de coleta de dados, a saber: um roteiro de
                        caracterização de pacientes e familiares; Índice de Barthel; instrumento Care Transitions
                        Measure (CTM-15); e um roteiro de entrevista de pacientes e familiares. A coleta de dados foi
                        dividida em duas etapas. Na primeira, recrutaram-se os pacientes e familiares, durante a
                        internação hospitalar, e, na segunda, realizou-se uma visita domiciliar entre dez e 30 dias após
                        a alta hospitalar. A análise dos dados quantitativos e qualitativos deu-se por meio da integração
                        destes pela estratégia de análise dos dados fundidos, baseada na representação do modelo
                        teórico da Transições de Afaf Meleis. Todos os preceitos éticos foram respeitados. Resultados:
                        Participaram do estudo 26 pacientes e 18 familiares. A natureza das transições perpassou por
                        novos atendimentos e reinternação. Entre as condições inibidoras e facilitadoras, salienta-se a
                        dinâmica familiar, baixa renda e acompanhamento da atenção básica; o padrão de resposta da
                        transição foi insatisfatório (escore CTM 59,23). A falha na comunicação verbal e não verbal
                        entre profissionais e pacientes foi o principal elemento que influenciou na segurança do
                        paciente na transição do cuidado, frisando-se a ausência de plano de cuidados escrito e
                        orientações incompletas ou insuficientes. Conclusão: A transição do cuidado da internação
                        para o domicílio apresentou-se inadequada. O plano de alta foi uma prática para uma transição
                        segura do cuidado e será reconhecido quando o enfermeiro incorporar e valorizar essa
                        atribuição. Julgam-se necessárias estratégias que contemplem um planejamento de alta eficaz,
                        seguro e responsável, que promova melhores resultados para a recuperação do bem-estar e
                        qualidade de vida após a alta.

                        Palavras-chave: Transição de Cuidados. Planejamento de Alta. Segurança do Paciente. Estudo
                        com Métodos Mistos. Enfermagem.
                        A CONTINUIDADE DO CUIDADO DE RECÉM-NASCIDO DE RISCO EM UM HOSPITAL ESCOLA DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
                        Curso Mestrado em Enfermagem
                        Tipo Dissertação
                        Data 28/02/2023
                        Área ENFERMAGEM
                        Orientador(es)
                        • Maria Angelica Marcheti
                        Coorientador(es)
                          Orientando(s)
                          • ANA PAULA DENIS BARBOSA
                          Banca
                          • Aline Oliveira Silveira
                          • Fernanda Ribeiro Baptista Marques de Almeida
                          • Maria Angelica Marcheti
                          • Maria Aparecida Munhoz Gaíva
                          • Marisa Rufino Ferreira Luizari
                          Resumo RESUMO


                          Introdução: Os avanços tecnológicos e o desenvolvimento da assistência neonatal nas últimas décadas trouxeram grandes mudanças, especialmente, aos recém-nascidos de alto risco. A sobrevida de crianças com baixa idade gestacional e baixo peso ao nascer aumentou significativamente, e com elas o risco de complicações durante a internação ou após a alta hospitalar, bem como a incidência de reinternações. De modo a prevenir agravos à saúde desse grupo, é fundamental identificar a continuidade do cuidado ofertado em serviços e programas de seguimento de recém-nascido de risco. Objetivo: analisar o acompanhamento do cuidado ao recém-nascido de risco em um hospital-escola, na perspectiva dos gestores, dos profissionais de saúde e familiares. Método: Trata-se de um estudo descritivo de abordagem qualitativa, desenvolvido em um hospital público do estado de Mato Grosso do Sul. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com um gestor, três profissionais de saúde e nove familiares e/ou responsáveis dos recém-nascidos assistidos pelo programa de seguimento, e extraído dados de prontuários, no período entre maio e agosto de 2022. Os resultados foram submetidos à análise de conteúdo de Bardin. Resultados: Os dados foram organizados em temas e categorias, sendo relativas ao gestor e aos profissionais: “A (des)continuidade do cuidado ao recém-nascido de risco” composta pelas categorias: “A (des)organização do serviço”, e “Dificuldades em atender a demanda”; e relativas à família: “Satisfação com o atendimento” compreendido nas categorias: “Valorização do atendimento médico”, e “Facilidades e dificuldades para o acompanhamento do RN no ambulatório de pediatria”. Considerações finais: A continuidade do cuidado ao recém-nascido de risco necessita de organização e implementação de fluxos para o ordenamento do serviço e o atendimento da demanda. O atendimento ao RN é realizado exclusivamente pelo médico, não havendo equipe multiprofissional para o acompanhamento do bebê. A distância do serviço e a ausência de apoio de uma rede é fator dificultador para a continuidade do cuidado do RN.

                          Descritores: Recém-Nascido Prematuro; Família; Cuidado da Criança; Assistência ambulatorial; Continuidade da Assistência ao Paciente.

                          FALÊNCIA E SOBREVIDA DOS ENXERTOS CORNEANOS SEGUNDO TÉCNICA CIRÚRGICA: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA
                          Curso Mestrado em Enfermagem
                          Tipo Dissertação
                          Data 28/02/2023
                          Área ENFERMAGEM
                          Orientador(es)
                          • Marcos Antonio Ferreira Junior
                          Coorientador(es)
                            Orientando(s)
                            • Guilherme Henrique de Paiva Fernandes
                            Banca
                            • Elen Ferraz Teston
                            • Giovanna Karinny Pereira Cruz
                            • Isabelle Campos de Azevedo
                            • Marcos Antonio Ferreira Junior
                            • Oleci Pereira Frota
                            Resumo Este estudo tem por objetos de pesquisa a falência e a sobrevida dos enxertos corneanos
                            realizados por meio das técnicas lamelar e penetrante quando da ceratoplastia. As doenças da
                            córnea representam as principais causas de cegueira em todo o mundo, e o transplante
                            corneano constitui o principal método de tratamento realizado nesses casos. Dentre as técnicas
                            de ceratoplastia, a penetrante é a utilizada com maior frequência em comparação à lamelar. A
                            técnica penetrante visa a troca de todas as camadas de tecido da córnea, ao passo que a
                            lamelar substitui apenas a camada doente e busca minimizar o risco de rejeição do enxerto.
                            Este estudo se justifica por cobrir uma importante lacuna do conhecimento, com base nas
                            informações relacionadas aos procedimentos cirúrgicos, pacientes envolvidos,
                            acompanhamentos pré e pós-operatório, além das demais variáveis relacionadas ao objeto
                            estudado. Objetivou-se analisar a falência e a sobrevida dos enxertos corneanos realizados por
                            meio da técnica lamelar comparada à penetrante. Trata-se de um estudo epidemiológico,
                            observacional, descritivo e analítico, por meio de uma coorte retrospectiva de dois grupos,
                            com análise dos pacientes submetidos ao transplante corneano como forma de estimar a
                            sobrevida dos enxertos e os desfechos por grupo, definidos pela modalidade técnica da
                            cirurgia realizada, com identificação das chances de ocorrência de falência e da sobrevida do
                            enxerto. Os dados foram organizados no primeiro semestre de 2022 de fontes secundárias dos
                            pacientes atendidos pelo Banco de Tecido Ocular Humano de um hospital de grande porte na
                            capital do estado de Mato Grosso do Sul, referente ao recorte temporal de cinco anos (2014 a
                            2018). Tal recorte se justifica em razão de tratar de período com realização regular dos
                            procedimentos, por ser anterior ao período pandêmico gerado pela Covid-19 e dispor dos
                            dados organizados sistematicamente. Os dados foram analisados descritiva e
                            inferencialmente, com uso do software estatístico livre R, versão 4.0.2, com análise da
                            sobrevida dos enxertos por modalidade cirúrgica, sendo coletados após aprovação ética, sob
                            protocolo de aprovação n.o
                            3.177.423. Foram investigados 817 procedimentos de transplantes
                            de córneas realizados entre os anos de 2014 e 2018 no serviço estudado. Destes, 705 (86,29%)
                            foram realizados com uso da técnica de ceratoplastia penetrante e 112 (13,71%) por meio da
                            lamelar. Foram encontradas probabilidades acumuladas de sobrevida de 42% e 5% para
                            àqueles transplantados pela técnica lamelar para os intervalos de um mês e um ano
                            respectivamente. Enquanto para a técnica penetrante foram de 84% e 42% nos mesmos
                            intervalos. Identificou-se que o transplante penetrante foi o mais utilizado no período e que
                            apresenta maior taxa de falência em comparação à técnica lamelar. Já em relação à sobrevida
                            do enxerto corneano, os transplantes realizados pela técnica penetrante apresentaram maior
                            taxa de sobrevivência em comparação à técnica lamelar.
                            ANÁLISE CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICA E SOBREVIDA DE PACIENTES SUBMETIDOS AO TRANSPLANTE DE CORAÇÃO
                            Curso Mestrado em Enfermagem
                            Tipo Dissertação
                            Data 28/02/2023
                            Área ENFERMAGEM
                            Orientador(es)
                            • Marcos Antonio Ferreira Junior
                            Coorientador(es)
                              Orientando(s)
                              • José Anderson Souza Goldiano
                              Banca
                              • Elen Ferraz Teston
                              • Giovanna Karinny Pereira Cruz
                              • Isabelle Campos de Azevedo
                              • Marcos Antonio Ferreira Junior
                              • Oleci Pereira Frota
                              Resumo O transplante de coração constitui a última opção terapêutica para os casos de insuficiência cardíaca refratária de classes funcional III ou IV. É o tratamento padrão-ouro estabelecido pela New York Heart Association, resultando em maior sobrevida e qualidade de vida ao paciente. Trata-se de um procedimento de alta complexidade, que pode gerar complicações complexas e potencialmente fatais, as quais podem interferir na sobrevida do paciente, que atualmente é de aproximadamente 70% em cinco anos pós-transplante, com uma média de sobrevida geral de onze anos. Objetivou-se analisar os aspectos clínico-epidemiológicos e a sobrevida dos pacientes transplantados com coração. Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa, epidemiológico, descritivo, analítico, individuado, por meio de uma coorte retrospectiva de grupo único. Os dados foram coletados de fontes secundárias junto ao Hospital Associação Beneficente Santa Casa de Campo Grande e Hospital Caixa de Assistência dos Servidores do Mato Grosso do Sul, referentes aos procedimentos de 22 anos dos serviços, de 1999 a 2021. A coleta de dados secundários ocorreu no segundo semestre de 2022. Da população de estudo, foram amostrados de forma censitária todos os transplantados, de ambos os sexos e maiores de 18 anos de idade. Foram excluídos prontuários extraviados. Os dados foram analisados com uso do software IBM Statistical Package for the Social Sciences (SPSS®), versão 24.0 de forma descritiva e inferencial. O nível de significância estatística adotado foi de 0,05 para todos os testes aplicados. A coleta de dados aconteceu após a aprovação do protocolo de pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Parecer n. 5.303.527) e todos os preceitos da bioética foram obedecidos. Os resultados obtidos são referentes a uma amostra de 16 pacientes, em que 68,75% eram do sexo masculino; 68,75% hipertensos, 56,25% diabéticos, com idade média de 49,94 anos. Os pacientes com idade superior a 50 anos apresentaram maior tempo de sobrevida, mesmo com internações sucessivas para realizações de biópsias cardíacas. O tempo médio de circulação extracorpórea foi de 137 minutos; 31,25% foram submetidos a revasularizacão do miocárdio; e 43,75% portavam insuficiência cardíaca isquêmica. Conclui-se que, apesar de o universo amostral analisado ser pequeno, este estudo contempla todos os transplantes de coração realizados em pacientes adultos ao longo de 22 anos, portanto é importante para o planejamento do manejo e das intervenções aos transplantados com coração. O conhecimento das variáveis analisadas e o tempo de pós-operatório com base na idade do paciente poderá fornecer para os profissionais de saúde dados que possibilitam uma visão prognóstica mais assertiva para a prevenção das complicações e possíveis falências dos enxertos.
                              PRINCIPAIS DESFECHOS E ASPECTOS CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICOS DA INDUÇÃO DE TRABALHO DE PARTO
                              Curso Mestrado em Enfermagem
                              Tipo Dissertação
                              Data 28/02/2023
                              Área ENFERMAGEM
                              Orientador(es)
                              • Ana Paula de Assis Sales
                              Coorientador(es)
                                Orientando(s)
                                • Kaio Guilherme de Campos Paulo Ikeda
                                Banca
                                • Ana Paula de Assis Sales
                                • Elen Ferraz Teston
                                • Guilherme Oliveira de Arruda
                                • Mara Ambrosina de Oliveira Vargas
                                • Renata Marien Knupp Medeiros
                                Resumo Introdução: a aplicação da assistência de enfermagem requer conhecimentos que vão além da cientificidade, o que, por vezes, favorece o entendimento entre o caminho fisiológico da parturição e as práticas intervencionistas as vezes necessárias para promover saúde materna e fetal. Uma quantidade substancial de mulheres grávidas saudáveis em algum momento, é exposta ao menos a uma intervenção clínica durante o trabalho de parto. Dentro estas, a indução ao trabalho de parto, procedimento que consiste em provocar contrações uterinas efetivas antes do trabalho de parto espontâneo. Objetivo: analisar aspectos clínicos, epidemiológicos e sociodemográficos das gestantes submetidas à indução do trabalho de parto em um hospital público de ensino de Mato Grosso do Sul. Métodos: O estudo foi dividido em duas fases: primeiramente, realizou-se sumarização das evidências que permitiram apontar os principais desfechos obstétricos e neonatais da indução do trabalho de parto por meio da construção de uma revisão integrativa de literatura; posteriormente, realizou-se uma pesquisa de delineamento transversal e abordagem quantitativa. A pesquisa foi realizada no alojamento conjunto de um hospital de ensino Público Federal em Dourados – MS no período de outubro de 2022 a janeiro de 2023. Foram incluídas no estudo gestantes com idade igual ou superior a 18 anos, idade gestacional entre 37 semanas e 0 dias a 42 semanas. A amostra foi composta por 60 gestantes. O instrumento de coleta de dados foi elaborado pelo pesquisador responsável, baseado, sob autorização da autora responsável, no protocolo de coleta de dados do projeto “Nascer no Brasil 2”, desenvolvido pela Fiocruz. O referido instrumento foi aplicado mediante a plataforma para coleta e gerenciamento de dados RedCap, por meio da coleta de dados secundários. Os dados foram codificados, quantificados e tabulados em planilha do Software Microsoft Excel, versão 2019, e analisados por meio de estatística descritiva. O aceite da gestante se deu por meio da assinatura formal do Termo de Consentimento Livre Esclarecido. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer: 5.655.000/2022 em 20 de setembro de 2022. Resultados: houve predominância de gestantes autodeclaradas da cor da pele parda, com o ensino fundamental completo e de estado civil solteira. As principais comorbidades identificadas foram: diabetes mellitus gestacional, hipertensão arterial gestacional, hipertensão arterial crônica, pré-eclâmpsia e hipotireoidismo. As indicações para indução do trabalho de parto por causas maternas foram: diabetes mellitus gestacional, hipertensão arterial gestacional assim como a pré-eclâmpsia. Entre causas fetais indicativas de indução do trabalho de parto, identificou-se a restrição de crescimento intrauterino e oligoâmnio. Conclusão: reverberaram-se desigualdades socioeconômicas e acesso limitado à atenção pré-natal de qualidade devido à exposição aos riscos que a indução apresenta. A principal via de parto das induções do trabalho de parto se deu pelo nascimento via vaginal. Os principais achados sobre as comorbidades presentes nas gestantes submetidas à indução corroboram os achados das principais indicações da indução do trabalho de parto, destacado: diabetes mellitus gestacional, hipertensão arterial gestacional, crônica e pré-eclâmpsia. Em suma, a restrição de crescimento intrauterino e o quadro de oligoâmnio foram prevalentes dentre as causas fetais.
                                PROMOÇÃO DO AUTOCUIDADO EM PESSOAS COM DIABETES MELLITUS: CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE ROTEIROS PARA VÍDEOS EDUCATIVOS
                                Curso Mestrado em Enfermagem
                                Tipo Dissertação
                                Data 27/02/2023
                                Área ENFERMAGEM
                                Orientador(es)
                                • Elen Ferraz Teston
                                Coorientador(es)
                                  Orientando(s)
                                  • JENNYFER SOARES DE SÁ
                                  Banca
                                  • Elen Ferraz Teston
                                  • Gilmara Holanda da Cunha
                                  • Guilherme Oliveira de Arruda
                                  • Joselany Áfio Caetano
                                  • Lorita Marlena Freitag Pagliuca
                                  • Marcos Antonio Ferreira Junior
                                  Resumo Diante das diversas Doenças Crônicas Não Transmissíveis existentes, o diabetes mellitus destaca-se entre as dez principais causas de morte no mundo. Dentre os tipos de diabetes, o tipo 2 é o mais frequente. Frente a isso, construir tecnologias educativas que favoreçam o apoio à implementação de ações que enfoquem o autocuidado de pessoas com diabetes mellitus tipo 2 faz-se fundamental para avançar na promoção da saúde e na prevenção de complicações. Assim, o objetivo deste estudo foi construir e validar roteiros de vídeos educativos para promoção do autocuidado em pessoas com diabetes mellitus tipo 2. O estudo metodológico seguiu o Modelo Psicométrico de Pasquali, realizado à luz do Modelo Transteórico da Mudança de Comportamento e desenvolvido em duas etapas. A primeira etapa consistiu nos procedimentos teóricos, envolvendo uma revisão integrativa com busca pareada em agosto de 2022 para a escolha do vídeo enquanto tecnologia educacional e o foco dos roteiros na promoção da saúde e mudança de comportamento. Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, sob parecer n° 5.405.988, iniciou a etapa de validação de conteúdo dos roteiros por juízes-especialistas, selecionados por conveniência, utilizando-se os critérios de Fehring. Para a coleta de dados, um questionário adaptado em escala tipo Likert com nove critérios para avaliação de roteiros foi usado. O conteúdo foi validado em duas rodadas, por meio da técnica Delphi. Os dados foram analisados com base no Índice de Validação de Conteúdo com parâmetro de 0,80, e outras três abordagens: Índice de Validade de Conteúdo por Item; Índice de Validade de Conteúdo para a escala baseado na média, e Índice de Validade de Conteúdo para a escala embasado na concordância universal. Além disso, o teste binomial foi empregado para comparar as proporções das variáveis dicotômicas. A revisão de literatura permitiu identificar diferentes tecnologias educacionais utilizadas para educação em saúde de pessoas com condições crônicas, como, por exemplo: aplicativos móveis, plataformas interativas, cartilha, telemonitoramento, vídeo e simulação. O enfoque predominante dos estudos foi na prevenção de complicações, o que indicou fragilidades relativas aos conteúdos para promoção do autocuidado e mudança de comportamento. Os roteiros foram desenvolvidos a partir de temáticas distintas, selecionadas por conveniência pelas pesquisadoras, e a perspectiva de cada um deles levou em consideração os elementos do Modelo Transteórico da Mudança de Comportamento. Por conseguinte, o Índice de Validação de Conteúdo para escala baseado na média, foi 0,93 e 1,0 na primeira e segunda rodada, respectivamente, e o Índice de Validação de Conteúdo alcançou 0,89 em seis dos critérios avaliados e 1,0 para três critérios, na primeira rodada. Desse modo, a validação resultou em conteúdos adequados à promoção do autocuidado e mudança de comportamento. Estudos futuros serão necessários para a continuidade no desenvolvimento dos vídeos educativos. Em vista disso, as validações de aparência e semântica poderão incrementar a qualidade dos roteiros nas próximas etapas. Ademais, espera-se que o conteúdo validado possa oferecer subsídios ao planejamento das ações de cuidado em saúde e enfermagem, tendo por alvo a promoção do autocuidado e mudança de comportamento em pessoas com diabetes mellitus tipo 2, além de contribuir para o aprimoramento do conhecimento científico sobre essa temática, com vistas a facilitar o desenvolvimento de outras tecnologias no contexto saúde.
                                  FÉ, ESPIRITUALIDADE E RELIGIÃO: AS PERCEPÇÕES DO RENAL CRÔNICO EM HEMODIÁLISE
                                  Curso Mestrado em Enfermagem
                                  Tipo Dissertação
                                  Data 27/02/2023
                                  Área ENFERMAGEM
                                  Orientador(es)
                                  • Soraia Geraldo Rozza
                                  Coorientador(es)
                                    Orientando(s)
                                    • Denise Barcelos de Pádua Paz
                                    Banca
                                    • Helder de Padua Lima
                                    • Julia Estela Willrich Boell
                                    • Rodrigo Guimaraes dos Santos Almeida
                                    • Soraia Geraldo Rozza
                                    • Viviane Cristina Cândido
                                    Resumo Um em cada quatro adultos apresenta duas ou mais condições de saúde crônicas, e isso condiz com 72% das causas de morte no Brasil. Suas principais causas são a hipertensão arterial e o diabetes mellitus, que podem ter como consequência a doença renal crônica terminal (DRCT). Pessoas com DRCT enfrentam, com frequência, problemas de ordem funcional, estética, psicossocial e espiritual. A hemodiálise é o tratamento mais utilizado no Brasil, trazendo mudanças significativas na vida dessas pessoas e de sua família. Perante as adversidades vivenciadas, a fé e a espiritualidade podem atuar estrategicamente, como coping religioso, proporcionando uma melhor convivência com determinado problema. Observa se o acréscimo de vários benefícios, como: promover recursos de enfrentamento de situações de estresse, aumentar os sentimentos positivos, diminuir sintomas de depressão e ansiedade. O principal objetivo deste estudo foi conhecer as percepções de pessoas em tratamento hemodialítico sobre espiritualidade/religião/religiosidade. Trata-se de uma pesquisa descritiva de abordagem qualitativa, realizada com 28 pessoas que realizavam tratamento hemodialítico em duas unidades de hemodiálise localizadas no Centro-Oeste do Brasil. As entrevistas foram realizadas entre os meses de abril a junho de 2022, quando foram coletadas informações sociodemográficas obtidas com base numa pergunta norteadora sobre o tema proposto. A análise dos dados foi orientada pelas premissas da análise de conteúdo dirigida de Hsieh e Shannon. A pesquisa iniciou a coleta após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul sob o parecer n. º 5.247.122 e respeitou os preceitos éticos da 466/2012. Os resultados são compostos de uma revisão integrativa no contexto da espiritualidade e religiosidade, além de dois manuscritos. Observou-se, na coleta de dados, que a maioria dos participantes era do sexo feminino, média de idade de 44 anos, aposentados e a prevalência de católicos e evangélicos. Com base nos dados coletados emergiram quatro categorias: ter fé; o poder da oração; percepção sobre espiritualidade, religião e fé; e a espiritualidade no enfrentamento da doença. O tratamento hemodialítico acarreta às pessoas diversas alterações emocionais e sociais. Foi observado que, mesmo com demonstrações de medo, angústia, desespero e dificuldades enfrentadas durante o tratamento, as pessoas afirmaram que a espiritualidade e a religiosidade são um auxílio eficaz no enfrentamento das adversidades vividas no decorrer da doença. Considerando que a sistematização da assistência de enfermagem está direcionada a atender às necessidades básicas do ser humano, torna-se pertinente a abordagem da dimensão espiritual nos cuidados de enfermagem. Este estudo contribui para o ensino, pesquisa e assistência de enfermagem no contexto estudado e instiga a produção de novas investigações direcionadas ao atendimento das necessidades espirituais de pessoas com doenças crônicas.

                                    Descritores: Espiritualidade. Religião. Doença Crônica. Doença Renal Crônica. Enfermagem.
                                    SIMULAÇÃO CLÍNICA PARA CAPACITAÇÃO DE CUIDADORES DE PACIENTES CRÔNICOS COM RISCO DE LESÃO POR PRESSÃO
                                    Curso Mestrado em Enfermagem
                                    Tipo Dissertação
                                    Data 24/02/2023
                                    Área ENFERMAGEM
                                    Orientador(es)
                                    • Rodrigo Guimaraes dos Santos Almeida
                                    Coorientador(es)
                                      Orientando(s)
                                      • Luciana Aparecida da Cunha Borges
                                      Banca
                                      • Alessandra Mazzo
                                      • Beatriz Maria Jorge
                                      • Elaine Cristina Negri Santos
                                      • Maria Angelica Marcheti
                                      • Rodrigo Guimaraes dos Santos Almeida
                                      Resumo A Simulação Clínica é uma estratégia pedagógica que tem ganhado força na formação em
                                      saúde. Embasada na teoria da aprendizagem significativa, ela permite aos aprendizes que
                                      conheçam a representação de um acontecimento real, com a finalidade de aprender e praticar.
                                      No que tange ao processo de desospitalização, acredita-se que a prática de educação em saúde
                                      por meio de simulação pode aperfeiçoar o processo de cuidar no domicílio, garantindo
                                      qualidade no cuidado e principalmente segurança ao paciente e ao cuidador. O presente estudo
                                      objetivou verificar a utilização da simulação clínica como estratégia na capacitação de
                                      cuidadores para a desospitalização de pacientes adultos e acamados em condições crônicas de
                                      saúde com risco de Lesão por Pressão. A pesquisa foi conduzida em duas etapas. Na primeira,
                                      foi realizada, por pares, a revisão integrativa de literatura, nas bases eletrônicas de dados no
                                      período de janeiro a março de 2022. A questão norteadora foi: “Como a simulação clínica é
                                      utilizada e quais são seus efeitos no preparo de cuidadores de pacientes com doenças crônicas
                                      no processo de desospitalização?”. Foram encontrados 3.218 artigos. Após a leitura de títulos,
                                      resumos e texto completo e a aplicação dos critérios de seleção, foram incluídos cinco artigos.
                                      Identificou-se que a roda de conversa com simulador de baixa fidelidade, os treinamentos de
                                      habilidades procedimentais, a simulação de alta fidelidade com paciente simulado e os
                                      manequins controlados por computador foram os tipos de simulação clínica utilizados na
                                      capacitação do cuidador descritos na literatura. A revisão permitiu observar a necessidade de
                                      implementar estratégias de treinamento simulado de uma prática baseada em evidência
                                      científica, bem como identificar lacunas de conhecimento sobre o tema, relacionadas
                                      principalmente à capacitação de cuidadores de pacientes adultos em processo de
                                      desospitalização. Identificou-se que os cuidadores capacitados por meio de Simulação Clínica
                                      tiveram o aprimoramento de habilidades técnicas. Os estudos também permitiram verificar que
                                      as simulações se mostraram eficientes para o treinamento de habilidades dos cuidadores. Na
                                      segunda etapa, foi realizada uma pesquisa qualitativa. No O local de estudo foi o Hospital
                                      Universitário Maria Aparecida Pedrossian, localizado em Campo Grande/MS. Os dados foram
                                      coletados entre agosto e novembro de 2022. Primeiramente, houve o preenchimento de um
                                      questionário com as informações necessárias para a caracterização do perfil dos pacientes e de
                                      seus 17 cuidadores principais. Em seguida, foi realizada com os cuidadores uma capacitação
                                      baseada em simulação, utilizando o treinamento de habilidades com simuladores de baixa
                                      fidelidade. Por fim, após a alta, foram realizadas entrevistas semiestruturadas individuais,
                                      audiogravadas, com os cuidadores em seus domicílios, e os dados obtidos foram submetidos à
                                      análise de conteúdo. A partir dessa análise, emergiram quatro categorias: 1) Benefícios do
                                      treinamento com o uso da Simulação Clínica; 2) O treinamento como estratégia facilitadora na
                                      capacitação do cuidador na prática com o paciente; 3) Benefícios do treinamento de habilidades
                                      com a Simulação Clínica na prevenção da Lesão por Pressão; e 4) A simulação como estratégia
                                      de aprendizado no treinamento de cuidadores utilizando o boneco/manequim no processo de
                                      desospitalização. Verificou-se que o treinamento possibilitou o aprimoramento de habilidades
                                      técnicas e a autonomia dos cuidadores para o cuidado domiciliar. Eles relataram uma maior
                                      segurança para realizar as ações relacionadas às medidas de prevenção de Lesão por Pressão e
                                      para enfrentar os desafios do cuidado domiciliar. Identificou-se também que a intervenção da
                                      Simulação Clínica, composta por treinamentos simulados durante o período de hospitalização,
                                      com o acompanhamento no domicílio após a alta hospitalar, foi eficaz na capacitação de
                                      cuidadores principais de pacientes crônicos com risco de Lesão por Pressão. O treinamento no
                                      preparo dos cuidadores é, portanto, uma ferramenta valiosa, que facilita a aquisição de
                                      conhecimentos e habilidades para o cuidado no domicílio, por meio do uso de recursos e
                                      estratégias específicas na prevenção da Lesão por Pressão. O estudo foi aprovado pelo Comitê
                                      de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.
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