Mestrado em Enfermagem

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Trabalhos

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TRABALHO Ações
MODELO NOLA PENDER DE PROMOÇÃO DA SAÚDE: SUBSÍDIOS PARA O CUIDADO ÀS PESSOAS COM DIABETES
Curso Mestrado em Enfermagem
Tipo Dissertação
Data 28/02/2024
Área ENFERMAGEM
Orientador(es)
  • Elen Ferraz Teston
Coorientador(es)
    Orientando(s)
    • Mayara Góes dos Santos
    Banca
    • Ana Paula de Assis Sales
    • Elen Ferraz Teston
    • Maria do Carmo Lourenço Haddad
    • Rosilene Rocha Palasson
    • Verusca Soares de Souza
    Resumo As ações de promoção da saúde direcionadas às pessoas com condições crônicas, como o Diabetes Mellitus, tem como propóstito estimular a autoeficácia e consequentemente o autocuidado. O Modelo de Nola Pender de Promoção da Saúde oferece subsídios para o planejamento e operacionalização de ações de cuidado pela equipe de enfermagem que consideram os fatores individuais que influenciam no comportamento e a interação deste com o meio. O presente estudo teve como objetivos sumarizar as produções científicas da Enfermagem que utilizaram o modelo de promoção da saúde de Nola Pender na Atenção Primária e conhecer a perspectiva de pessoas com Diabetes Mellitus sobre o seu comportamento em saúde. Trata-se de um estudo com duas vertentes metodológicas: revisão integrativa da literatura e pesquisa descritiva-exploratória de natureza qualitativa. Para a realização da revisão integrativa utilizou-se as bases de dados Embase, Elservier’s Scopus, Biblioteca Virtual em Saúde, Medline via PubMed, Web of Science e Ovid e a busca nas bases ocorreu em março de 2023. Por sua vez, o estudo descritivo-exploratório de abordagem qualitativa foi realizado junto a 22 pessoas com Diabetes Mellitus cadastradas em uma unidade de saúde de uma capital da região centro oeste brasileira. Os dados foram coletados por meio de entrevista em profundidade, semiestruturada e audiogravada, com duração média de uma hora, no período de agosto a novembro de 2023. Adotou-se como critério de encerramento das entrevistas, a saturação dos dados. Para coleta utilizou-se de um instrumento composto por duas partes, sendo a primeira de caracterização, e a segunda, por questões elaboradas com base no referencial teórico de Nola Pender. As entrevistas foram transcritas na íntegra e submetidas à análise de conteúdo, modalidade temática. As categorias foram demilitadas de forma apriorística, com base no referencial teórico adotado. O projeto foi aprovado pelo Comitê Permanente de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Dentre os 660 artigos localizados no estudo de revisão, oito compuseram a amostra final. Os resultados apontaram a aplicabilidade do Modelo de Promoção da Saúde em diferentes contextos e ciclos de vida como por exemplo, ao tratar de comportamentos alimentares de pessoas com hipertensão; estudos direcionados à população de idosos; sobre o aleitamento materno em primíparas; em programas de educação para melhora do comportamento e aumento de conhecimento em pessoas com HIV. No estudo qualitativo, participaram 22 pessoas com idade entre 34 e 59 anos. A análise de conteúdo modalidade temática resultou na categoria intitulada: Comportamentos Promotores de Saúde sob a ótica das pessoas com Diabetes segundo Modelo de Nola Pender. Ao refletir sobre as características e experiências individuais relacionadas ao comportamento anterior à doença, os participantes relataram que pouco cuidavam da saúde e dentre aqueles que cuidavam, a realização de caminhada foi o comportamento destacado. Sentimentos negativos em relação à condição crônica foram apontados, o que pode dificultar a motivação para mudança de comportamento. Ademais, observou-se que os entrevistados não identificam seu papel na promoção/autogerenciamento da sua condição de saúde. No que tange às barreiras à adoção dos comportamentos promotores de saúde, os fatores apontados permanecem similares aos comportamentos anteriores à doença, como a falta de tempo, de vontade, questões financeiras ecomplicações do diabetes. Do mesmo modo, hábitos como fumar, comer compulsivamente e consumir bebida alcoólica foram destacados como barreiras para mudança comportamental. Contudo, ao serem indagados sobre os benefícios, os participantes referiram melhora na qualidade de vida, vaidade, a sensação de bem-estar, vitória,
    felicidade, autossatifação e autorrealização. As influências interpessoais no comportamento em saúde identificadas foram a convivência com outras pessoas e familiares. Concluiu-se que os estudos que utilizaram o Modelo de Promoção da Saúde de Nola Pender apresentaram resultados satisfatórios na aplicação deste no processo de trabalho da Enfermagem na Atenção Primária e enfatizaram que o modelo oferece subsídios para implementação de intervenções com enfoque nos comportamentos promotores de saúde. Sendo a diabetes uma condição crônica, que necessita de engajamento diário do próprio indivíduo com sua condição de saúde, a incorporação deste modelo no acompanhamento àessas pessoas pode favorecer a autoreflexão em relação aos comportamentos e hábitos de vida, proporcionando um ponto de partida para o planejamento das ações de cuidado centrado nas necessidades do usuário e na promoção da autonomia para o cuidado. Assim, acredita-se que a reflexão sobre a própria condição de saúde pode favorecer o empoderamento do individuo para uma mudança comportamental e adoção de hábitos saudáveis.
    Palavras-chave: Diabetes Mellitus. Autocuidado. Promoção da Saúde. Enfermagem. Teoria de enfermagem.
    ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE UM PROGRAMA DE SEGUIMENTO DOS RECÉM-NASCIDOS DE RISCO: PERSPECTIVA DE GESTORES, PROFISSIONAIS DE SAÚDE E FAMILIARES
    Curso Mestrado em Enfermagem
    Tipo Dissertação
    Data 28/02/2024
    Área ENFERMAGEM
    Orientador(es)
    • Maria Angelica Marcheti
    Coorientador(es)
      Orientando(s)
      • Patricia Harumi Ueno
      Banca
      • Aline Oliveira Silveira
      • Fernanda Ribeiro Baptista Marques de Almeida
      • Maria Angelica Marcheti
      • Maria Aparecida Munhoz Gaíva
      • Marisa Rufino Ferreira Luizari
      Resumo Todo bebê nascido antes de 37 semanas de gestação é considerado pré-termo e requer acompanhamento em saúde por equipe multiprofissional. Além disso, alguns bebês a termo também precisam de cuidados especiais devido às condições de nascimento ou por apresentarem risco de morte sendo classificados como recém-nascidos de risco. Nas últimas décadas houve significativa melhora na sobrevida de recém-nascidos pré-termos após a alta hospitalar. Entretanto, esses bebês necessitam de atenção diferenciada, e de serem acompanhados de forma sistemática por equipe multiprofissional, de modo a garantir uma assistência especializada e a continuidade dos cuidados em âmbito
      ambulatorial e em domicílio. Objetivou descrever a organização e funcionamento de um programa de seguimento do recém-nascido de risco na perspectiva do gestor, profissionais de saúde e familiares. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, com gestor, profissionais de saúde e familiares de recém-nascidos de risco egressos das unidades neonatais de um hospital público de Campo Grande, MS. As entrevistas foram realizadas nos meses de
      março a junho de 2023, gravadas e transcritas na íntegra, e submetidas à análise de conteúdo. Participaram do estudo dois gestores, dois profissionais de saúde e nove familiares. Os dados foram organizados em uma categoria central “Organização do
      serviço para a garantia da assistência ao recém-nascido de risco e à família” composta por três subcategorias “Funcionamento do programa de seguimento do recém-nascido de risco”, “Acolhimento familiar” e “Dificuldades enfrentadas e sugestões para a melhoria da assistência”. O programa funciona com apenas duas profissionais de saúde, demonstrando a falta de uma equipe multidisciplinar completa no ambulatório. Além disso, não há o compartilhamento dos cuidados após a alta do bebê com a equipe da atenção básica. Também foi observado que o distanciamento do domicílio até os locais de atendimento é um fator que pode favorecer a descontinuidade do cuidado. Em contrapartida, foi consenso das famílias o bom atendimento e relacionamento com a
      pediatra que atende no programa. Sendo assim, para melhorar a efetividade do follow up, faz-se necessário abordar questões como implementação de protocolos, atenção continuada, construção de vínculos entre profissionais de saúde e família, comunicação entre equipes no intuito de melhorar a qualidade do atendimento.
      ANÁLISE DA VIOLÊNCIA RELACIONADA AO TRABALHO NO MATO GROSSO DO SUL
      Curso Mestrado em Enfermagem
      Tipo Dissertação
      Data 28/02/2024
      Área ENFERMAGEM
      Orientador(es)
      • Luciana Contrera
      Coorientador(es)
      • Andreia Insabralde de Queiroz Cardoso
      Orientando(s)
      • Alberth Rangel Alves de Brito
      Banca
      • Cibele de Moura Sales
      • Fernanda Moura Almeida Miranda
      • Guilherme Oliveira de Arruda
      • Luciana Contrera
      • Priscila Maria Marcheti Fiorin
      Resumo RESUMO

      A notificação e vigilância da violência relacionada ao trabalho tornou-se importante instrumento para conhecimento e enfrentamento da ocorrência desse agravo. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo analisar informações acerca da violência relacionada ao trabalho, por meio de dados secundários, assim como identificar estudos científicos que abordem a temática no âmbito do território brasileiro. Trata-se de uma neografia, cuja abordagem inicial se deu por meio de uma revisão integrativa da literatura, onde foi possível verificar estudos que abordam a temática da violência relacionada ao trabalho no território brasileiro. A segunda parte da pesquisa foi composta por um estudo observacional, documental e quantitativo, com desenho transversal, baseado em dados secundários oriundos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, registrados no Mato Grosso do Sul, no período de 2012 a 2022. A coleta de dados ocorreu mediante aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, sob o parecer n.º 6.093.847. Para a revisão integrativa, objetivou-se sumarizar as evidências científicas que versam sobre a epidemiologia da violência ocupacional no Brasil. Trata-se de revisão integrativa de literatura desenvolvida mediante coleta em cinco bases de dados: Embase, Elsevier’s Scopus, PubMed Central, Web of Science e Biblioteca Virtual de Saúde. Os resultados evidenciam a recuperação de 24 estudos brasileiros, publicados principalmente após o ano de 2014, com predominância do idioma português. Quanto ao delineamento dos estudos, foram prevalentes os observacionais, com abordagem quantitativa, e nível de evidência III.3, conforme proposto pelo Joanna Briggs Institute. Observa-se a predominância da violência interpessoal, do tipo comunitária e de natureza psicológica ou moral. Para o estudo observacional, objetivou-se descrever o perfil epidemiológico e desfechos relacionados aos agravos violentos, cometidos em decorrência do trabalho, no estado do Mato Grosso do Sul. Foram analisados 699 registros de um banco contendo os dados das fichas notificação de violência interpessoal/autoprovocada, de 2012 e 2022. Os dados foram analisados utilizando a estatística descritiva e análise de tendência por meio da regressão de Prais-Winsten. No estado, estima-se que mulheres, pessoas de idade entre 25 e 35 anos, de raça/cor branca/parda, são as principais vítimas de violência relacionada ao trabalho. Ao analisar os desfechos da violência no trabalho, verificou-se que a violência de natureza física esteve presente na maioria das notificações, assim como o meio de agressão por força corporal ou espancamento. Em relação aos prováveis autores da violência, evidenciou-se que eram do sexo masculino e que a violência era praticada por um autor. Conclui-se que estudos realizados no Brasil apontam que a temática é discutida com foco em determinadas categorias profissionais. Destaca-se ainda que determinados grupos são caracterizados como principais vítimas da violência relacionada ao trabalho. Espera-se que o estudo forneça subsídios para novas estratégias que abordem a qualidade das notificações e contribua para ações de proteção ao trabalhador, tanto no âmbito da saúde quanto no social, a fim de garantir um trabalho íntegro, além de fomentar a prevenção, a proteção e a recuperação dos trabalhadores.

      Palavras-chave: Violência. Violência no trabalho. Saúde do trabalhador.
      TENDÊNCIA TEMPORAL, E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E LETALIDADE DA COINFECÇÃO LEISHMANIOSE VISCERAL E HIV EM MATO GROSSO DO SUL
      Curso Mestrado em Enfermagem
      Tipo Dissertação
      Data 27/02/2024
      Área ENFERMAGEM
      Orientador(es)
        Coorientador(es)
        Orientando(s)
          Banca
          • Elen Ferraz Teston
          • Everton Falcao de Oliveira
          • Gilmara Holanda da Cunha
          Resumo
          TENDÊNCIA TEMPORAL, E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E LETALIDADE DA COINFECÇÃO LEISHMANIOSE VISCERAL E HIV EM MATO GROSSO DO SUL
          Curso Mestrado em Enfermagem
          Tipo Dissertação
          Data 27/02/2024
          Área ENFERMAGEM
          Orientador(es)
          • Elen Ferraz Teston
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • Ivair Moura de Souza
            Banca
            • Elen Ferraz Teston
            • Everton Falcao de Oliveira
            • Gilmara Holanda da Cunha
            • Guilherme Oliveira de Arruda
            • Verusca Soares de Souza
            Resumo A coinfecção leishmaniose visceral e HIV/aids constitui um grave problema de saúde pública
            por causa de sua magnitude, impacto econômico e social. No cenário brasileiro, o estado de
            Mato Grosso do Sul é caracterizado como região endêmica para leishmaniose e, nos últimos
            anos, tem apresentado tendência crescente dos casos de HIV, o que torna necessário o
            desenvolvimento de estudos sobre a coinfecção. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar a
            tendência temporal, a distribuição espacial e a letalidade dos casos de coinfecção leishmaniose
            visceral e HIV/aids. Estudo descritivo, transversal e quantitativo, realizado a partir das
            notificações dos casos de leishmaniose visceral no estado de Mato Grosso do Sul no período de
            2012-2022. Utilizaram-se as notificações do Sistema de Informação de Agravos de Notificação,
            as quais foram disponibilizadas pela Secretaria de Estado de Saúde, após aprovação do Comitê
            de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Os dados foram
            analisados por meio de estatística descritiva e mapeamento temático. No período em estudo,
            foram notificados 1881 casos de leishmaniose visceral, dos quais 1594 foram confirmados e
            319 (20,01%) apresentaram a coinfecção LV-HIV/aids, com as maiores incidências em: Rio
            Negro, Rio Verde de Mato Grosso, Porto Murtinho e Anastácio. A tendência temporal dos casos
            de coinfecção leishmaniose visceral e HIV/aids se manteve estável. Embora não tenha
            apresentado evidências estatísticas de padrão espacial na incidência, houve uma considerável
            expansão geográfica na Região Centro-Norte do estado. A comparação da letalidade LV com a
            coinfecção LV-HIV/aids não teve diferença significativa. Houve associação estatística entre os
            indivíduos com idade superior aos 40 anos e a maior probabilidade de óbito (p- valor=0,032;
            RC: 0,40). Os resultados encontrados oferecem subsídios para a reflexão sobre o processo de
            trabalho das equipes de saúde e os serviços de zoonoses do estado, bem como elucidam a
            necessidade de ações estratégicas de prevenção das doenças em questão, rastreamento e
            diagnostico precoce, além de estratégias de controle do vetor, as quais devem levar em
            consideração as características climáticas e geográficas e a disponibilidade dos serviços de
            saúde na área. Além disso, uma atenção especial deve ser direcionada a indivíduos com mais de
            40 anos, uma vez que apresentam um maior risco de mortalidade.
            Palavras-chave: Leishmaniose visceral; Coinfecção; HIV; Notificação de doenças;
            Enfermagem em Saúde Pública. Enfermagem.
            FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL DA ENFERMAGEM EM HOSPITAIS DE GRANDE PORTE DE MATO GROSSO DO SUL
            Curso Mestrado em Enfermagem
            Tipo Dissertação
            Data 26/02/2024
            Área ENFERMAGEM
            Orientador(es)
            • Rodrigo Guimaraes dos Santos Almeida
            Coorientador(es)
              Orientando(s)
              • ANDREZZA GABRIELLY DOS SANTOS SOLDERA
              Banca
              • Ana Paula de Assis Sales
              • João Lucas Campos de Oliveira
              • Maria Angelica Marcheti
              • Rodrigo Guimaraes dos Santos Almeida
              • Sebastiao Junior Henrique Duarte
              • Verusca Soares de Souza
              Resumo A fiscalização do exercício profissional da enfermagem, como atividade essencial dos Conselhos Regionais de Enfermagem, visa garantir uma assistência qualificada à sociedade por profissionais habilitados. Os enfermeiros fiscais, por meio de abordagens educativas, preventivas, disciplinadoras e corretivas, realizam visitas periódicas em todas as instituições de saúde com serviços de enfermagem. No entanto, a escassez de registros que evidenciem as contribuições desse setor ressalta uma lacuna entre legislação e prática, indicando desafios no processo de trabalho que impactam a qualidade da assistência. Com o intuito de preencher essa lacuna, este estudo teve como objetivos mapear o conhecimento científico sobre o processo de fiscalização dos conselhos de enfermagem e analisar a fiscalização do exercício profissional da enfermagem em hospitais de grande porte em Mato Grosso do Sul. Para alcançar o primeiro objetivo, realizou-se de uma revisão de escopo, ancorada no referencial do Instituto Joanna Briggs, com a questão norteadora: quais as evidências do processo de fiscalização do exercício legal da enfermagem pelos conselhos de classe? As buscas foram realizadas em outubro e novembro de 2022, sem limitação de linguagem e ano. Para atender ao segundo objetivo, conduziu-se um estudo observacional retrospectivo, de análise documental, com abordagem quantitativa, realizado no Departamento de Fiscalização do Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul. Foram analisados processos administrativos de fiscalização de sete hospitais de grande porte no período de janeiro a fevereiro de 2023. Os resultados da scoping review destacam que dos 9 estudos selecionados, todos são brasileiros e publicados a partir de 2014. Entre os temas abordados, estão o papel do enfermeiro fiscal, desafios, custos e dificuldades no cotidiano do processo de trabalho, além da contribuição do setor de fiscalização no Brasil. A análise dos processos administrativos de fiscalização dos hospitais evidenciou a prevalência de irregularidades, incluindo a ausência de anotação de responsabilidade técnica do serviço de Enfermagem e situações legais problemáticas dos profissionais perante o conselho. Notavelmente, a falta ou inadequação de planejamento e programação da atividade, relacionadas ao subdimensionamento de pessoal, foram identificadas como áreas críticas. Constatações sobre a regularidade do profissional, especialmente em relação à carteira de identidade profissional vencida, foram predominantes. Os conselhos de classe desempenham um papel crucial na regulação dos profissionais de enfermagem no Brasil, mas sua relevância social é pouco explorada. A fiscalização do exercício profissional da enfermagem carece de enfoque em atividades educativas e colaborativas. Destaca-se a necessidade de repensar a abordagem punitiva da fiscalização, enfatizando a colaboração e a educação para fortalecer a atividade, visando melhorias na qualidade dos serviços de saúde.
              CULTURA DE SEGURANÇA E CARGA DE TRABALHO DE PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
              Curso Mestrado em Enfermagem
              Tipo Dissertação
              Data 18/12/2023
              Área ENFERMAGEM
              Orientador(es)
              • Verusca Soares de Souza
              Coorientador(es)
                Orientando(s)
                • CYNTHIA FERNANDA TELES MACHADO
                Banca
                • Elen Ferraz Teston
                • Helen Cristiny Teodoro Couto Ribeiro
                • Ingrid Moura de Abreu Carvalho
                • Verusca Soares de Souza
                Resumo Garantir a segurança do paciente na Rede de Atenção à Saúde perpassa o estabelecimento
                de uma cultura que valorize a segurança e o reconhecimento de que a carga de trabalho
                pode interferir na percepção e atitudes dos profissionais. Perante um cenário em que a
                Atenção Primária à Saúde é pouco contemplada por documentos oficiais e literatura
                científica sobre segurança do paciente, esta pesquisa teve como objetivo analisar as relações
                entre a cultura de segurança e a carga de trabalho de profissionais da Atenção Primária à
                Saúde. Tratou-se de um estudo exploratório, do tipo Survey, de abordagem quantitativa,
                realizado no período de janeiro a julho de 2023, com 355 profissionais da Atenção Primária
                de uma capital do Centro- Oeste do Brasil. Foram utilizados três instrumentos: o
                questionário de caracterização sociodemográfica do trabalhador; o método National
                Aeronautics and Space Administration - Task Load Index e o instrumento Medical Office
                Survey on Patient Safety Culture, sendo que estes dois últimos validados e adaptados à
                realidade brasileira. Os dados foram submetidos à análise estatística descritiva e inferencial.
                A coleta dos dados inicialmente se deu por meio eletrônico; todavia, a partir do mês de
                maio, passou a ser presencial até a obtenção da amostra. Participaram 355 profissionais de
                diversas categorias, como enfermeiros (n=112, 31,5%), agentes comunitários de saúde e de
                combate a endemias (n=62, 17,8%) e odontólogos (n=40, 11,3%) que atuavam na Rede há
                menos de cinco anos (44,8%, n=159). A carga de trabalho foi considerada alta pela maior
                parte dos profissionais (73,8%), e as 12 dimensões do instrumento Medical Office Survey
                on Patient Safety Culture foram avaliadas com escores inferiores a 75%, sendo
                consideradas dimensões frágeis da cultura de segurança. A dimensão melhor avaliada foi
                ‘Seguimento da assistência ao paciente’, com 63,7% (n=214), seguida de ‘Trabalho em
                equipe’, com 60,3% (n=214). Observou-se que ‘Comunicação aberta’ e ‘Comunicação
                sobre o erro’ se mostraram mais positivas entre os profissionais administrativos em relação
                aos assistenciais (54,10% x 45,50%; 55,90% x 42,90%, respectivamente). A dimensão pior
                avaliada foi ‘Pressão e ritmo de trabalho’, com 18,6% (n=66). Verificou-se associação
                estatística significativa entre uma maior prevalência de respostas positivas e carga horária
                semanal de até 40h nas dimensões ‘Apoio dos gestores na segurança do paciente’
                (p<0,0001) e ‘Questões relacionadas à segurança do paciente e qualidade’ (p<0,0001).
                Ainda, obteve-se associação entre menor carga de trabalho e melhor avaliação da cultura de
                segurança nas dimensões ‘Processo de trabalho e padronização’ (p- valor=0,01) e ‘Apoio
                dos gestores na segurança do paciente’ (p-valor=0,03), assim como na Avaliação geral de
                segurança e qualidade. Em conclusão, houve a associação entre a alta carga de trabalho e
                uma pior percepção da cultura de segurança do paciente entre os profissionais da atenção
                primária. Desta forma, explicitar condições desfavoráveis à percepção da cultura de
                segurança na atenção primária pode subsidiar o planejamento de ações para a revisão de
                processos de trabalho e, como consequência, avançar na cultura de segurança na atenção
                primária, cenário pouco explorado na temática, reforçando assim a divulgação científica
                dos desafios enfrentados pelos trabalhadores da atenção primária à saúde.
                CONHECIMENTO DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE SOBRE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: ESTUDO METODOLÓGICO E TRANSVERSAL
                Curso Mestrado em Enfermagem
                Tipo Dissertação
                Data 07/12/2023
                Área ENFERMAGEM
                Orientador(es)
                • Carolina Mariano Pompeo
                Coorientador(es)
                  Orientando(s)
                  • Daniela Ávila de Souza
                  Banca
                  • Carolina Mariano Pompeo
                  • Janaina Michelle de Oliveira
                  • Marcos Antonio Ferreira Junior
                  • Oleci Pereira Frota
                  • Renata Cristina Gasparino
                  Resumo O acidente vascular cerebral (AVC) lidera entre as principais causas de morte no Brasil e ocupa
                  a segunda posição mundial. Desconhecer seus sinais agudos pode atrasar o atendimento e
                  prejudicar o prognóstico do paciente. Informar a população sobre esses sinais é crucial, e os
                  agentes comunitários de saúde (ACS) são uma estratégia eficaz para disseminar essa
                  informação e promover ações rápidas em situações de urgência. O objetivo desta pesquisa é
                  mensurar o conhecimento dos ACS sobre a prevenção, sinais e sintomas agudos, e as primeiras
                  condutas em situações de urgência por AVC. O estudo foi desenvolvido em duas etapas de
                  delineamento: metodológico e transversal. A fase metodológica visou construir e validar um
                  instrumento de avaliação do conhecimento dos ACS sobre o AVC. Na primeira fase, foi
                  realizada uma revisão integrativa da literatura e, em seguida, consultada a opinião de
                  especialistas na área de estudo. Na segunda, foi realizada a validação de conteúdo com a
                  utilização da técnica Delphi. Na terceira, foi aplicado o pré-teste com a população-alvo para
                  validação de face, avaliação da clareza, compreensibilidade e tempo de preenchimento. A
                  análise dos dados foi realizada pela análise de concordância e pelo índice de validade de
                  conteúdo (IVC). O estudo transversal consistiu na aplicação de questionário validado em 16
                  unidades de saúde, que foi respondido por 235 ACS e buscou responder à pergunta central do
                  estudo. O teste do Qui-quadrado de Pearson foi utilizado para as variáveis categóricas. Para as
                  variáveis contínuas, foram utilizados os testes de Mann-Whitney (U) e Kruskal-Wallis. No
                  estudo transversal, predominaram mulheres, a maioria dos ACS se autodeclarou como
                  parda/amarela, idade de 40-49 anos, média de idade 44,49 ± 8,55. Mais de 80% atuavam como
                  ACS há mais de cinco anos, sendo 50% com escolaridade fundamental e 66,4% sem formação
                  em saúde. O conhecimento variou entre pobre (36,2%), ruim (29,8%), regular (13,2%), bom
                  (17,9%), muito bom (2,1%) e excelente (0,9%). Casados, com ensino superior, formação em
                  saúde e menos de cinco anos como ACS e lotação, mostraram maior quantidade de acertos. Ter
                  formação na área da saúde está relacionado a pontuações mais baixas em "pobre" e mais altas
                  em "muito bom" (p=0,03). Possuir curso superior associou-se a pontuações superiores em
                  "bom", enquanto apenas ensino fundamental/médio se relaciona a pontuações mais altas em
                  "pobre" (p=0,03). Profissionais com mais de cinco anos na função de ACS apresentaram
                  pontuações menores em "bom" e maiores em "pobre" (p<0,001). A porcentagem de acertos dos
                  ACS em relação ao tempo de lotação mostra uma tendência inversa: mais de cinco anos de
                  lotação têm pontuações mais altas em categorias negativas, enquanto menos de cinco anos têm
                  mais acertos em "ruim", "regular" e "bom". Renda familiar de quatro salários-mínimos esteve
                  associada a mais acertos em "bom" e menos em "pobre" (p=0,02). O questionário validado
                  apresentou conhecimento insuficiente dos ACS sobre AVC. Na sessão tratamento,
                  prevaleceram as menores pontuações. Destaca-se a necessidade de educação permanente, com
                  ênfase nas lacunas identificadas. Recomenda-se promover discussões sobre políticas públicas
                  e treinamentos em saúde para reforçar o conhecimento na população estudada.
                  CAPACIDADE PARA O TRABALHO E FATORES PSICOSSOCIAIS DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DE MATO GROSSO DO SUL
                  Curso Mestrado em Enfermagem
                  Tipo Dissertação
                  Data 04/09/2023
                  Área ENFERMAGEM
                  Orientador(es)
                  • Luciana Contrera
                  Coorientador(es)
                  • Andreia Insabralde de Queiroz Cardoso
                  Orientando(s)
                  • MÁRCIA ANDRÉIA QUEIROZ FREITAS DOS SANTOS
                  Banca
                  • Bianca Cristina Ciccone Giacon Arruda
                  • Cibele de Moura Sales
                  • Larissa da Silva Barcelos
                  • Luciana Contrera
                  • Maria Inês Monteiro
                  Resumo A capacidade para o trabalho é a condição que o trabalhador possui para a execução da atividade designada para a sua função. Um marco na saúde mundial foi a Pandemia da COVID-19, em 2020, na qual se identificou uma mudança significativa no cotidiano dos profissionais da saúde, nas condições de trabalho, com a necessidade de reestruturação e adaptação das equipes. Surgindo uma preocupação quanto ao impacto da capacidade para o trabalho causado pelos fatores psicossociais do trabalho dos profissionais da saúde que atuaram durante a pandemia. Assim, objetivou-se analisar a relação entre a capacidade para o trabalho e a exposição a fatores de riscos psicossociais de profissionais de saúde em uma instituição hospitalar de referência para o tratamento de pacientes com COVID-19. A pesquisa foi realizada em duas fases, na primeira foi desenvolvido um estudo de revisão integrativa de literatura visando avaliar a capacidade para o trabalho e os fatores psicossociais dos profissionais da saúde no ambiente hospitalar. A busca realizou-se nas bases: EMBASE, Elservier’s Scopus; National Library of Medicine - Medline via PubMed; Web of Science; Cumulative Index to Nursing and Allied Heath Literature; Biblioteca Virtual em Saúde e PsycArticles, no período de julho e agosto de 2022. Os artigos foram triados com software Rayyan, os dados coletados conforme A Step-By-Step Guide to Conducting an Integrative Review e níveis de evidências do Hierarchy of Evidence for Intervention Studies. Na segunda fase foi realizado um estudo transversal, em dezembro de 2022, com trabalhadores da saúde de um hospital universitário de grande porte. Os instrumentos utilizados foram: o Índice de Capacidade para o Trabalho e Copenhagen Psychosocial Questionnaire III. Para análise dos dados utilizou-se o software R Studio, com teste qui-quadrado, exato de Fisher e modelagem por regressão logística. Na primeira etapa levantou-se 599 artigos, sendo 36 analisados, as publicações ocorreram entre os anos de 2002 a 2021, sendo a maioria a partir de 2013. Houve o Nível de Evidência VI em 33 artigos. A amostragem populacional dos estudos foi variável, sendo prevalente o sexo feminino e com profissionais da área da enfermagem. Foram encontradas várias correlações positivas e negativas dos fatores psicossociais relacionados ao Índice de Capacidade para o Trabalho e a necessidade da promoção da saúde no ambiente de trabalho. Já o estudo transversal foi constituído de 197 profissionais, a maioria do sexo feminino e com média de idade de 40 anos. As variáveis significativas com a capacidade para o trabalho foram: reconhecimento (OR=0,26; IC95%:0,09-0,75), compromisso com o local de trabalho (OR=0,20; IC95%:0,04-1,03), saúde autoavaliada (OR=0,15; IC:0,06-0,43), estresse somático (OR=0,23; IC95%:0,08-0,66), carga horária de trabalho (OR=0,23; IC95%:0,07 – 0,82), atividade física (OR=0,20; IC95%:0,04-1,03) e lazer (OR=0,27; IC95%:0,12-0,64). Conclui-se que os fatores psicossociais no ambiente de trabalho associaram-se com a capacidade para o trabalho dos profissionais da saúde. Tais resultados são indicadores importantes para subsidiar instituições, gestores e profissionais da saúde e investimentos no ambiente de trabalho, que visem a promoção de saúde no trabalho e no estilo de vida, para beneficiar o desempenho organizacional, segurança do paciente e promover a aposentadoria com saúde e qualidade de vida.
                  REPERCUSSÕES DA COVID-19 NA MORTALIDADE MATERNA NO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL
                  Curso Mestrado em Enfermagem
                  Tipo Dissertação
                  Data 01/09/2023
                  Área ENFERMAGEM
                  Orientador(es)
                  • Andreia Insabralde de Queiroz Cardoso
                  Coorientador(es)
                  • Andreia Insabralde de Queiroz Cardoso
                  Orientando(s)
                  • Mayara Soares Cunha
                  Banca
                  • Ana Paula de Assis Sales
                  • Andreia Insabralde de Queiroz Cardoso
                  • Carolina Mariano Pompeo
                  • Fabiana Perez Rodrigues Bergamaschi
                  • Márcia Maria Ribera Lopes Spessoto
                  Resumo Introdução: O perfil clínico-epidemiológico para mulheres/gestantes na pandemia de COVID19 teve repercussões na morbimortalidade que foram sendo compreendidas a partir do 2º bimestre e após a primeira “onda” da doença, quando evidências acerca da relação das alterações da gravidez e do puerpério demonstraram o aumento da incidência de óbitos para essa população em ascensão. Objetivo: Analisar as repercussões no perfil epidemiológico da mortalidade materna após o início da pandemia de COVID-19. Método: Duas etapas
                  metodológicas foram realizadas. A primeira foi uma revisão integrativa sobre a mortalidade durante a pandemia de COVID-19, em nível global, por meio da coleta de dados em protocolo estruturado, utilizando estratégia de P – População, V – Variável de interesse, O – desfecho. A segunda etapa consistiu em um estudo observacional, com desenho transversal e quantitativo, para analisar a mortalidade materna no estado de Mato Grosso do Sul (MS), dois anos antes da pandemia (2018 e 2019) e dois anos após o seu início (2020 e 2021); os dados, obtidos na base de dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES), são provenientes das Declarações de Óbitos Maternos e das Fichas de Investigação de Óbito Materno: síntese, conclusões e recomendações (Ficha M5). Os dados foram tabulados em Microsoft Excel e, com o auxílio do software estatístico R-Studio, foram analisadas as características socioeconômicas, além das gerais,como comorbidades, óbito na gestação ou no puerpério, local de ocorrência, necropsia, macrorregião e período de ocorrência do óbito, com a aplicação do teste qui-quadrado. A Razão de Mortalidade Materna (RMM), e os Anos Potenciais de Vida Perdidos(APVP) também foram
                  analisados. As prevalências do período do óbito e as razões de prevalência não ajustadas foram calculadas utilizando o modelo de regressão de Poisson. Resultados: Na primeira etapa, foram selecionadas 15 publicações, que ocorreram entre os anos de 2020 e 2022, sendo o maior quantitativo o do ano de 2021. Dois artigos evidenciaram os picos de óbito materno entre as semanas epidemiológicas 17 e 30 do ano de 2020. Os estudos evidenciaram o aumento da RMM entre os anos de 2020 e 2021. Risco e taxa de letalidade foram identificados com elevação, e o perfil clínico dos óbitos maternos esteve relacionado à faixa etária acima de 35 anos e a
                  comorbidades pré-existentes. Apenas um estudo relacionou a deficiência de ferro com o agravamento clínico. Na segunda etapa, foram analisadas 118 mortes maternas. Delas, 51 ocorreram entre 2018-2019 e 67, entre 2020-2021. A RMM passou de 57,97 para 80,25. Os
                  APVP aumentaram de 1.774,41 para 2.237,34. Puérperas tiveram elevadas taxas de mortalidade. A doença respiratória teve razão de prevalência de 2,18 (IC=1,34-3,52). Os resultados evidenciam a vulnerabilidade das mulheres no ciclo gravídico puerperal às doenças
                  com alto contágio e com virulência elevada, como a COVID-19. Conclusão: Os óbitos maternos foram impactados com o surgimento da pandemia, elevando as taxas de RMM, que estavam em declínio nos anos anteriores. Demonstrou-se, com testes estatísticos, que as
                  doenças respiratórias foram influentes nos óbitos. Gestantes e principalmente puérperas devem ser priorizadas em nível global e no estado de MS, com ações de saúde para ampliar a assistência e a prevenção de agravos dessa população no que tange ao surgimento de doenças
                  de alta transmissibilidade.
                  FORMAS SOCIAIS DE ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO CUIDADO A SITUAÇÕES DE CRISE EM SAÚDE MENTAL
                  Curso Mestrado em Enfermagem
                  Tipo Dissertação
                  Data 25/08/2023
                  Área ENFERMAGEM
                  Orientador(es)
                  • Bianca Cristina Ciccone Giacon Arruda
                  Coorientador(es)
                    Orientando(s)
                    • GESSNER BRAVO DE PAULA
                    Banca
                    • Ana Carolina Guidorizzi Zanetti
                    • Bianca Cristina Ciccone Giacon Arruda
                    • Elen Ferraz Teston
                    • Lucas Ferraz Cordova
                    • Lucilene Cardoso
                    Resumo Introdução: A crise de saúde mental é um produto social, resultado da interação do indivíduo com seu ambiente atual e histórico, um momento de conflito que requer transformações. O enfermeiro tem papel fundamental nessas situações, principalmente quando atua por meio de uma perspectiva psicossocial. Nessa perspectiva é um sujeito social essencial para vivência e apoio em situações de crise. Objetivo: Analisar a formas social de atuação à saúde mental em situações de crise a partir do relato verbal de enfermeiros da Atenção Primária à Saúde. Método: Estudo descritivo-exploratório, com abordagem qualitativa, subsidiada pelos referenciais teóricos-interpretativos da análise do comportamento e do materialismo histórico-dialético. Os dados foram coletados por meio de uma entrevista semiestruturada com doze enfermeiros da Atenção Primária à saúde e analisados pela técnica dedutiva proposta pelo Theorical Domains Framework, referencial metodológico adotado. Resultados: Os dados analisados possibilitaram a elaboração de três temas: “Conhecimento e atuação de enfermeiro”, “Recursos materiais, sociais e institucionais” e “Crenças, metas e emoções” que evidenciam uma forma social de atuação predominantemente manicomial, tendo em vista o asfixiamento político e econômico das condições necessárias para implementação da atenção psicossocial. Desse modo, a atuação vem sendo pautado por “extensão” do trabalho biomédico-psiquiátrico, com valorização de atividades “clínico-técnico-burocráticas”, fortalecida por uma conjuntura de parcos recursos e capacitação insuficiente. Essa situação recai no foco em atividades de identificação e diminuição de sinais/sintomas, classificação, medicalização, encaminhamento de demandas. Destaca-se a comunicação incipiente entres os diversos níveis da Rede de Atenção Psicossocial. Considerações finais e implicações para a prática: O estudo possibilitou o desenvolvimento de uma análise concreta e teórico-crítica da realidade material dos enfermeiros quanto a atuação em situações de crise de saúde mental, explicitando uma forma social predominantemente manicomial, com práticas que apagam os sentidos das situações de crise para o indivíduo. Além disso, os enfermeiros vêm vivenciando uma situação de precarização e contingenciamento de recursos, situação que para eles está correlacionada a recorrência das situações de crise e agravamento dos problemas de saúde mental. Ademais, evidenciou-se a necessidade da organização política pela enfermagem, com mobilização social e luta contra o modelo de atenção manicomial, valorização da profissão e maior investimento na rede e em uma estratégia de educação permanente, com vistas a consolidação da perspectiva da Reforma Psiquiátrica.
                    ADESÃO ÀS MEDIDAS ASSÉPTICAS E FREQUÊNCIA DE TOQUE EM SUPERFÍCIES AMBIENTAIS POR PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DURANTE A ADMINISTRAÇÃO ENDOVENOSA DE MEDICAMENTOS: ESTUDO OBSERVACIONAL
                    Curso Mestrado em Enfermagem
                    Tipo Dissertação
                    Data 23/08/2023
                    Área ENFERMAGEM
                    Orientador(es)
                    • Oleci Pereira Frota
                    Coorientador(es)
                      Orientando(s)
                      • Patrícia de Souza Brandão Ramos
                      Banca
                      • Alvaro Francisco Lopes de Sousa
                      • Elaine Aparecida Rocha Domingues
                      • Marcos Antonio Ferreira Junior
                      • Oleci Pereira Frota
                      • Paula Regina de Souza Hermann
                      Resumo As superfícies ambientais próximas ao paciente podem agir como reservatórios e meios de transmissão de patógenos por meio do toque das mãos dos profissionais de saúde. O objetivo deste estudo foi analisar a adesão às medidas assépticas e o toque nas superfícies ambientais pelos profissionais de Enfermagem durante a administração endovenosa de medicamentos. Trata-se de um estudo transversal observacional, realizado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto de um hospital universitário do Centro-Oeste brasileiro. A amostragem foi não probabilística por conveniência e os critérios de inclusão foram: profissionais de Enfermagem, sendo enfermeiros ou técnicos de Enfermagem, que realizavam rotineiramente a administração endovenosa de medicamentos. Foram excluídos aqueles com tempo de atuação em UTI <6 meses. Um pesquisador não-participante à equipe aplicou o questionário sociodemográfico e ocupacional. Posteriormente, os profissionais de Enfermagem foram observados em situações reais de assistência em todos os períodos. Para a análise dos dados não-paramétricos foi calculada a Razão de Prevalência (RP), com intervalo de confiança (IC) de 95%. Foram realizadas 135 observações com 1.083 episódios de toque em superfícies ambientais próximas aos pacientes. As superfícies mais tocadas pelas mãos dos profissionais foram as bombas de infusão (29,1%) e equipos (28,1%). As médias de toque na bomba de infusão contínua (2,33) e equipos (2,26) representam 57,24% da frequência total de toques. No turno vespertino houve uma maior frequência de toques no ventilador mecânico (p=0,026, média de 0,10 ± 0,17) e em outras superfícies não especificados (p=0,021, média de 1,40±0,59). Profissionais com tempo de experiência de até 10 anos tocaram mais frequentemente (p=0,049) na bomba de infusão em comparação aos seus homólogos com mais de 10 anos: média de 3,25±0,82 toques por episódio de administração medicamentosa. Foram analisados 11 indicadores de conformidade de medidas assépticas. No total, 6 medidas assépticas foram classificadas como Inadequada por mais de 80% dos participantes. Nas medidas assépticas de I - Desinfecção da ampola ou frasco-ampola; II- Desinfecção de conectores ou injetores e; III- Higienização das mãos antes da administração endovenosa, foram inadequadamente realizadas por 100% dos profissionais. A prevalência de conformidade ao uso de luvas é 4,86 vezes maior nas mulheres (RP: 4,86; IC 95%: 0,80 - 29,42; p= 0,008) do que nos homens. O período noturno apresentou maior nível de inadequação com relação ao calçamento de luvas (p= 0,028). Os resultados evidenciam que o procedimento de administração endovenosa de medicamentos, embora seja comumente realizado no âmbito das UTIs, possui fragilidades, principalmente no que tange à adesão às medidas assépticas. Esses dados demonstram que há necessidade de revisão de protocolos institucionais previamente padronizados e treinamento das equipes para promover uma assistência mais segura e eficaz.
                      INCIDENTES DE SEGURANÇA COM CATETERES VENOSOS PERIFÉRICOS DURANTE A TERAPIA INTRAVENOSA EM CRIANÇAS HOSPITALIZADAS
                      Curso Mestrado em Enfermagem
                      Tipo Dissertação
                      Data 12/06/2023
                      Área ENFERMAGEM
                      Orientador(es)
                      • Adriano Menis Ferreira
                      Coorientador(es)
                        Orientando(s)
                        • Isis Ferraz Barbosa
                        Banca
                        • Adriano Menis Ferreira
                        • Alvaro Francisco Lopes de Sousa
                        • André Luiz Silva Alvim
                        • Oleci Pereira Frota
                        • Valquiria da Silva Lopes
                        Resumo A identificação dos incidentes de segurança relacionados aos cateteres venosos periféricos em pediatria e suas características podem subsidiar ações para a reorganização dos processos de trabalho e de prevenção de riscos, além de ampliar o olhar para a cateterização venosa periférica em crianças. Os incidentes de segurança relacionados a cateteres venosos periféricos são um problema decorrente da terapia intravenosa e o manuseio dos cateteres, relevantes para a população pediátrica, devido aos complexos processos envolvidos e inúmeros profissionais envolvidos. A dificuldade em manter o dispositivo até a conclusão do tratamento é comum, e muitas vezes é ocasionada pela complexidade de seu manejo, acarretando o prolongamento da internação e elevação do custo associado ao tratamento. Com a escassa pesquisa do assunto, não existe um consenso sobre a forma mais eficaz de manejo, onde as condutas são baseadas muito mais em prática histórica, do que em evidências científicas. O objetivo foi identificar os incidentes de segurança com cateteres venosos periféricos durante a terapia intravenosa em crianças hospitalizadas. Estudo do tipo observacional, descritivo, longitudinal, prospectivo com abordagem quantitativa e amostra por conveniência, por meio da análise de 39 cateteres, no período de 03/01/2022 a 23/06/2023, de pacientes de 4 meses a 12 anos, mediante a coleta de dados em prontuários e observação sequencial dos cateteres analisados. Os dados foram tabulados em planilha Excel® e analisados por meio do programa EPI INFO™ 7.2.5. Para verificar a associação entre a presença de complicações e as demais variáveis, foi utilizado o teste Exato de Fisher, considerando um nível de significância de 5%. Evidenciou-se que os principais envolvidos eram da faixa etária de 4 meses a 4 anos e do sexo masculino (68,7%), e em tratamento de doenças do aparelho respiratório (28,6%). O tipo de cateter flexível foi o único tipo utilizado, predominando os calibres 22 e 24. A ocorrência de incidentes não esteve associada significativamente as características dos cateteres, calibre do cateter (p=0,74), mobilidade do paciente (p=1,0), profissional responsável pelo procedimento de punção venosa (p=0,53), local (p=1,0) e veias de inserção (p=0,74), tipo de curativo utilizado (p=1,0), conexões presentes (p=0,53) e uso de bomba de infusão. A ocorrência de incidentes esteve presente em 64,1% dos cateteres analisados. As taxas de incidência encontradas foram: 33% apresentaram obstrução, 12,8% flebite, 10,3% infiltração, 7,7% extravasamento e 35,9% não apresentaram nenhuma complicação. Os resultados evidenciam que uma análise dos incidentes de segurança, oferece elementos cruciais para elucidar fragilidades e potencialidades presentes, além de fortalecer as publicações relacionadas ao cateterismo venoso periférico em pediatria. A compreensão do perfil da população e suas associações permitirá a adoção de ações voltadas para a cultura de segurança e qualidade do cuidado pediátrico.
                        AUTOLESÃO DELIBERADA EM ADOLESCENTES NO CONTEXTO ESCOLAR: ANÁLISE DA EXPERIÊNCIA DAS EQUIPES MULTIDISCIPLINARES
                        Curso Mestrado em Enfermagem
                        Tipo Dissertação
                        Data 28/02/2023
                        Área ENFERMAGEM
                        Orientador(es)
                        • Bianca Cristina Ciccone Giacon Arruda
                        Coorientador(es)
                          Orientando(s)
                          • Adriana Rosa da Silva Rodrigues
                          Banca
                          • Bianca Cristina Ciccone Giacon Arruda
                          • Elen Ferraz Teston
                          • Kelly Graziani Giacchero Vedana
                          • Marcelle Paiano
                          • Sueli Aparecida Frari Galera
                          Resumo Profissionais que trabalham no ambiente escolar têm percebido um aumento da procura de ajuda por adolescentes com comportamentos de autolesão deliberada. O contexto escolar é considerado um espaço apropriado para o desenvolvimento de práticas saudáveis de saúde e promoção do bem-estar dos estudantes. Assim, a equipe multidisciplinar, dentro do ambiente escolar, na convivência diária com estudantes adolescentes, auxilia na identificação precoce de alterações na saúde mental, no acesso aos familiares, na diminuição do estigma em relação à procura e assistência pelos serviços de saúde, com baixo custo de deslocamentos. O objetivo da pesquisa foi analisar a experiência de equipes multidisciplinares de acompanhamento pedagógico, psicossocial e de saúde no contexto escolar, em relação ao comportamento de autolesão deliberada em adolescentes. Estudo de natureza qualitativa, realizado em cinco campi do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul. A amostra foi intencional e participaram 29 profissionais pertencentes às cinco equipes multiprofissionais. A coleta de dados foi realizada por meio de um grupo focal com cada equipe de cada campus. Os dados foram transcritos e a análise subsidiada pela análise de conteúdo, modalidade temática, da qual emergiram três categorias: A autolesão deliberada no contexto educacional; A equipe multiprofissional e a organização do cuidado; A escola, a intersetorialidade e as políticas públicas relacionadas à Saúde Mental. Os resultados indicaram que a ciência e identificação dos casos ocorrem de maneira indireta, por meio dos pares ou familiares dos adolescentes, e por professores, assistentes de alunos e outros profissionais, que identificam alterações de comportamentos, comportamentos sugestivos ou mesmos as lesões. Outra maneira de identificação dos casos é quando eles ocorrem dentro da própria instituição. Alguns ambientes e atividades na estrutura da escola permitem a aproximação dos estudantes com os profissionais escolares, entretanto, a instituição escolar não tem recursos de infraestrutura e humanos adequados para os atendimentos. Reforça-se a importância da existência de uma equipe multidisciplinar no contexto escolar para a assistência ao comportamento de autolesão deliberada. Porém, há fragilidade no trabalho integrado e interdisciplinar da equipe, assim como no encaminhamento dos casos para a rede de atenção à saúde, devido à alta demanda e capacidade de atendimento e acompanhamento da rede. Há a necessidade de envolvimento, também, dos professores e da gestão. Indicou-se a importância da capacitação e educação permanente sobre o tema, das articulações da escola com outros setores educacionais, de saúde e de assistência social. Além do fortalecimento e implementação efetiva de políticas institucionais e de saúde pública para o atendimento de casos de autolesão deliberada, assim como de ações de promoção e prevenção em saúde mental dessa população. Com essa investigação foi possível concluir que a presença da equipe multiprofissional no ambiente escolar contribui para a identificação e desenvolvimento de ações visando a promoção da saúde mental de adolescentes no ambiente escolar.

                          TRANSIÇÃO DE CUIDADOS DA INTERNAÇÃO HOSPITALAR AO DOMICÍLIO:ESTUDO DE MÉTODO MISTO
                          Curso Mestrado em Enfermagem
                          Tipo Dissertação
                          Data 28/02/2023
                          Área ENFERMAGEM
                          Orientador(es)
                          • Verusca Soares de Souza
                          Coorientador(es)
                            Orientando(s)
                            • Liasse Monique de Pinho Gama
                            Banca
                            • Aline Marques Acosta
                            • Elen Ferraz Teston
                            • João Lucas Campos de Oliveira
                            • Maria Antonia Ramos Costa
                            • Verusca Soares de Souza
                            Resumo Introdução: A transição de cuidados pode ser compreendida como o repasse de informações,
                            visando a continuidade dos cuidados prestados na transferência dos usuários nos distintos
                            setores dentro de uma mesma instituição, ou nos diferentes tipos de serviços em saúde, sendo
                            uma estratégia que objetiva assegurar a continuidade dos cuidados após a alta hospitalar. As
                            ações desenvolvidas durante a transição do cuidado podem refletir na qualidade de vida e
                            segurança dos pacientes, tornando-se um processo complexo e dinâmico, que exige
                            comunicação efetiva entre as pessoas envolvidas nas diversas formações, habilidades e
                            experiências. Nessa perspectiva, destacam-se as necessidades de o paciente/familiar
                            desenvolver cuidados contínuos e complexos em domicílio a favor da sua qualidade de vida e
                            sobrevivência. Para tanto, as intervenções de enfermagem devem favorecer o conhecimento e
                            a capacidade de cuidados àqueles que as vivenciam no processo de transição do hospital para o
                            domicílio. Objetivo: Analisar a transição do cuidado de pacientes em internação hospitalar para
                            o domicílio. Método: Trata-se de um estudo de métodos mistos, com abordagem
                            transformadora concomitante com maior peso qualitativo (quan + QUAL), orientado pela
                            Teoria das Transições. Os dados foram coletados ao longo dos meses de abril a setembro de
                            2022. Utilizaram-se quatro instrumentos de coleta de dados, a saber: um roteiro de
                            caracterização de pacientes e familiares; Índice de Barthel; instrumento Care Transitions
                            Measure (CTM-15); e um roteiro de entrevista de pacientes e familiares. A coleta de dados foi
                            dividida em duas etapas. Na primeira, recrutaram-se os pacientes e familiares, durante a
                            internação hospitalar, e, na segunda, realizou-se uma visita domiciliar entre dez e 30 dias após
                            a alta hospitalar. A análise dos dados quantitativos e qualitativos deu-se por meio da integração
                            destes pela estratégia de análise dos dados fundidos, baseada na representação do modelo
                            teórico da Transições de Afaf Meleis. Todos os preceitos éticos foram respeitados. Resultados:
                            Participaram do estudo 26 pacientes e 18 familiares. A natureza das transições perpassou por
                            novos atendimentos e reinternação. Entre as condições inibidoras e facilitadoras, salienta-se a
                            dinâmica familiar, baixa renda e acompanhamento da atenção básica; o padrão de resposta da
                            transição foi insatisfatório (escore CTM 59,23). A falha na comunicação verbal e não verbal
                            entre profissionais e pacientes foi o principal elemento que influenciou na segurança do
                            paciente na transição do cuidado, frisando-se a ausência de plano de cuidados escrito e
                            orientações incompletas ou insuficientes. Conclusão: A transição do cuidado da internação
                            para o domicílio apresentou-se inadequada. O plano de alta foi uma prática para uma transição
                            segura do cuidado e será reconhecido quando o enfermeiro incorporar e valorizar essa
                            atribuição. Julgam-se necessárias estratégias que contemplem um planejamento de alta eficaz,
                            seguro e responsável, que promova melhores resultados para a recuperação do bem-estar e
                            qualidade de vida após a alta.

                            Palavras-chave: Transição de Cuidados. Planejamento de Alta. Segurança do Paciente. Estudo
                            com Métodos Mistos. Enfermagem.
                            A CONTINUIDADE DO CUIDADO DE RECÉM-NASCIDO DE RISCO EM UM HOSPITAL ESCOLA DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
                            Curso Mestrado em Enfermagem
                            Tipo Dissertação
                            Data 28/02/2023
                            Área ENFERMAGEM
                            Orientador(es)
                            • Maria Angelica Marcheti
                            Coorientador(es)
                              Orientando(s)
                              • ANA PAULA DENIS BARBOSA
                              Banca
                              • Aline Oliveira Silveira
                              • Fernanda Ribeiro Baptista Marques de Almeida
                              • Maria Angelica Marcheti
                              • Maria Aparecida Munhoz Gaíva
                              • Marisa Rufino Ferreira Luizari
                              Resumo RESUMO


                              Introdução: Os avanços tecnológicos e o desenvolvimento da assistência neonatal nas últimas décadas trouxeram grandes mudanças, especialmente, aos recém-nascidos de alto risco. A sobrevida de crianças com baixa idade gestacional e baixo peso ao nascer aumentou significativamente, e com elas o risco de complicações durante a internação ou após a alta hospitalar, bem como a incidência de reinternações. De modo a prevenir agravos à saúde desse grupo, é fundamental identificar a continuidade do cuidado ofertado em serviços e programas de seguimento de recém-nascido de risco. Objetivo: analisar o acompanhamento do cuidado ao recém-nascido de risco em um hospital-escola, na perspectiva dos gestores, dos profissionais de saúde e familiares. Método: Trata-se de um estudo descritivo de abordagem qualitativa, desenvolvido em um hospital público do estado de Mato Grosso do Sul. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com um gestor, três profissionais de saúde e nove familiares e/ou responsáveis dos recém-nascidos assistidos pelo programa de seguimento, e extraído dados de prontuários, no período entre maio e agosto de 2022. Os resultados foram submetidos à análise de conteúdo de Bardin. Resultados: Os dados foram organizados em temas e categorias, sendo relativas ao gestor e aos profissionais: “A (des)continuidade do cuidado ao recém-nascido de risco” composta pelas categorias: “A (des)organização do serviço”, e “Dificuldades em atender a demanda”; e relativas à família: “Satisfação com o atendimento” compreendido nas categorias: “Valorização do atendimento médico”, e “Facilidades e dificuldades para o acompanhamento do RN no ambulatório de pediatria”. Considerações finais: A continuidade do cuidado ao recém-nascido de risco necessita de organização e implementação de fluxos para o ordenamento do serviço e o atendimento da demanda. O atendimento ao RN é realizado exclusivamente pelo médico, não havendo equipe multiprofissional para o acompanhamento do bebê. A distância do serviço e a ausência de apoio de uma rede é fator dificultador para a continuidade do cuidado do RN.

                              Descritores: Recém-Nascido Prematuro; Família; Cuidado da Criança; Assistência ambulatorial; Continuidade da Assistência ao Paciente.

                              FALÊNCIA E SOBREVIDA DOS ENXERTOS CORNEANOS SEGUNDO TÉCNICA CIRÚRGICA: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA
                              Curso Mestrado em Enfermagem
                              Tipo Dissertação
                              Data 28/02/2023
                              Área ENFERMAGEM
                              Orientador(es)
                              • Marcos Antonio Ferreira Junior
                              Coorientador(es)
                                Orientando(s)
                                • Guilherme Henrique de Paiva Fernandes
                                Banca
                                • Elen Ferraz Teston
                                • Giovanna Karinny Pereira Cruz
                                • Isabelle Campos de Azevedo
                                • Marcos Antonio Ferreira Junior
                                • Oleci Pereira Frota
                                Resumo Este estudo tem por objetos de pesquisa a falência e a sobrevida dos enxertos corneanos
                                realizados por meio das técnicas lamelar e penetrante quando da ceratoplastia. As doenças da
                                córnea representam as principais causas de cegueira em todo o mundo, e o transplante
                                corneano constitui o principal método de tratamento realizado nesses casos. Dentre as técnicas
                                de ceratoplastia, a penetrante é a utilizada com maior frequência em comparação à lamelar. A
                                técnica penetrante visa a troca de todas as camadas de tecido da córnea, ao passo que a
                                lamelar substitui apenas a camada doente e busca minimizar o risco de rejeição do enxerto.
                                Este estudo se justifica por cobrir uma importante lacuna do conhecimento, com base nas
                                informações relacionadas aos procedimentos cirúrgicos, pacientes envolvidos,
                                acompanhamentos pré e pós-operatório, além das demais variáveis relacionadas ao objeto
                                estudado. Objetivou-se analisar a falência e a sobrevida dos enxertos corneanos realizados por
                                meio da técnica lamelar comparada à penetrante. Trata-se de um estudo epidemiológico,
                                observacional, descritivo e analítico, por meio de uma coorte retrospectiva de dois grupos,
                                com análise dos pacientes submetidos ao transplante corneano como forma de estimar a
                                sobrevida dos enxertos e os desfechos por grupo, definidos pela modalidade técnica da
                                cirurgia realizada, com identificação das chances de ocorrência de falência e da sobrevida do
                                enxerto. Os dados foram organizados no primeiro semestre de 2022 de fontes secundárias dos
                                pacientes atendidos pelo Banco de Tecido Ocular Humano de um hospital de grande porte na
                                capital do estado de Mato Grosso do Sul, referente ao recorte temporal de cinco anos (2014 a
                                2018). Tal recorte se justifica em razão de tratar de período com realização regular dos
                                procedimentos, por ser anterior ao período pandêmico gerado pela Covid-19 e dispor dos
                                dados organizados sistematicamente. Os dados foram analisados descritiva e
                                inferencialmente, com uso do software estatístico livre R, versão 4.0.2, com análise da
                                sobrevida dos enxertos por modalidade cirúrgica, sendo coletados após aprovação ética, sob
                                protocolo de aprovação n.o
                                3.177.423. Foram investigados 817 procedimentos de transplantes
                                de córneas realizados entre os anos de 2014 e 2018 no serviço estudado. Destes, 705 (86,29%)
                                foram realizados com uso da técnica de ceratoplastia penetrante e 112 (13,71%) por meio da
                                lamelar. Foram encontradas probabilidades acumuladas de sobrevida de 42% e 5% para
                                àqueles transplantados pela técnica lamelar para os intervalos de um mês e um ano
                                respectivamente. Enquanto para a técnica penetrante foram de 84% e 42% nos mesmos
                                intervalos. Identificou-se que o transplante penetrante foi o mais utilizado no período e que
                                apresenta maior taxa de falência em comparação à técnica lamelar. Já em relação à sobrevida
                                do enxerto corneano, os transplantes realizados pela técnica penetrante apresentaram maior
                                taxa de sobrevivência em comparação à técnica lamelar.
                                ANÁLISE CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICA E SOBREVIDA DE PACIENTES SUBMETIDOS AO TRANSPLANTE DE CORAÇÃO
                                Curso Mestrado em Enfermagem
                                Tipo Dissertação
                                Data 28/02/2023
                                Área ENFERMAGEM
                                Orientador(es)
                                • Marcos Antonio Ferreira Junior
                                Coorientador(es)
                                  Orientando(s)
                                  • José Anderson Souza Goldiano
                                  Banca
                                  • Elen Ferraz Teston
                                  • Giovanna Karinny Pereira Cruz
                                  • Isabelle Campos de Azevedo
                                  • Marcos Antonio Ferreira Junior
                                  • Oleci Pereira Frota
                                  Resumo O transplante de coração constitui a última opção terapêutica para os casos de insuficiência cardíaca refratária de classes funcional III ou IV. É o tratamento padrão-ouro estabelecido pela New York Heart Association, resultando em maior sobrevida e qualidade de vida ao paciente. Trata-se de um procedimento de alta complexidade, que pode gerar complicações complexas e potencialmente fatais, as quais podem interferir na sobrevida do paciente, que atualmente é de aproximadamente 70% em cinco anos pós-transplante, com uma média de sobrevida geral de onze anos. Objetivou-se analisar os aspectos clínico-epidemiológicos e a sobrevida dos pacientes transplantados com coração. Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa, epidemiológico, descritivo, analítico, individuado, por meio de uma coorte retrospectiva de grupo único. Os dados foram coletados de fontes secundárias junto ao Hospital Associação Beneficente Santa Casa de Campo Grande e Hospital Caixa de Assistência dos Servidores do Mato Grosso do Sul, referentes aos procedimentos de 22 anos dos serviços, de 1999 a 2021. A coleta de dados secundários ocorreu no segundo semestre de 2022. Da população de estudo, foram amostrados de forma censitária todos os transplantados, de ambos os sexos e maiores de 18 anos de idade. Foram excluídos prontuários extraviados. Os dados foram analisados com uso do software IBM Statistical Package for the Social Sciences (SPSS®), versão 24.0 de forma descritiva e inferencial. O nível de significância estatística adotado foi de 0,05 para todos os testes aplicados. A coleta de dados aconteceu após a aprovação do protocolo de pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Parecer n. 5.303.527) e todos os preceitos da bioética foram obedecidos. Os resultados obtidos são referentes a uma amostra de 16 pacientes, em que 68,75% eram do sexo masculino; 68,75% hipertensos, 56,25% diabéticos, com idade média de 49,94 anos. Os pacientes com idade superior a 50 anos apresentaram maior tempo de sobrevida, mesmo com internações sucessivas para realizações de biópsias cardíacas. O tempo médio de circulação extracorpórea foi de 137 minutos; 31,25% foram submetidos a revasularizacão do miocárdio; e 43,75% portavam insuficiência cardíaca isquêmica. Conclui-se que, apesar de o universo amostral analisado ser pequeno, este estudo contempla todos os transplantes de coração realizados em pacientes adultos ao longo de 22 anos, portanto é importante para o planejamento do manejo e das intervenções aos transplantados com coração. O conhecimento das variáveis analisadas e o tempo de pós-operatório com base na idade do paciente poderá fornecer para os profissionais de saúde dados que possibilitam uma visão prognóstica mais assertiva para a prevenção das complicações e possíveis falências dos enxertos.
                                  PRINCIPAIS DESFECHOS E ASPECTOS CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICOS DA INDUÇÃO DE TRABALHO DE PARTO
                                  Curso Mestrado em Enfermagem
                                  Tipo Dissertação
                                  Data 28/02/2023
                                  Área ENFERMAGEM
                                  Orientador(es)
                                  • Ana Paula de Assis Sales
                                  Coorientador(es)
                                    Orientando(s)
                                    • Kaio Guilherme de Campos Paulo Ikeda
                                    Banca
                                    • Ana Paula de Assis Sales
                                    • Elen Ferraz Teston
                                    • Guilherme Oliveira de Arruda
                                    • Maria Ambrosina de Oliveira Varga
                                    • Renata Marien Knupp Medeiros
                                    Resumo Introdução: a aplicação da assistência de enfermagem requer conhecimentos que vão além da cientificidade, o que, por vezes, favorece o entendimento entre o caminho fisiológico da parturição e as práticas intervencionistas as vezes necessárias para promover saúde materna e fetal. Uma quantidade substancial de mulheres grávidas saudáveis em algum momento, é exposta ao menos a uma intervenção clínica durante o trabalho de parto. Dentro estas, a indução ao trabalho de parto, procedimento que consiste em provocar contrações uterinas efetivas antes do trabalho de parto espontâneo. Objetivo: analisar aspectos clínicos, epidemiológicos e sociodemográficos das gestantes submetidas à indução do trabalho de parto em um hospital público de ensino de Mato Grosso do Sul. Métodos: O estudo foi dividido em duas fases: primeiramente, realizou-se sumarização das evidências que permitiram apontar os principais desfechos obstétricos e neonatais da indução do trabalho de parto por meio da construção de uma revisão integrativa de literatura; posteriormente, realizou-se uma pesquisa de delineamento transversal e abordagem quantitativa. A pesquisa foi realizada no alojamento conjunto de um hospital de ensino Público Federal em Dourados – MS no período de outubro de 2022 a janeiro de 2023. Foram incluídas no estudo gestantes com idade igual ou superior a 18 anos, idade gestacional entre 37 semanas e 0 dias a 42 semanas. A amostra foi composta por 60 gestantes. O instrumento de coleta de dados foi elaborado pelo pesquisador responsável, baseado, sob autorização da autora responsável, no protocolo de coleta de dados do projeto “Nascer no Brasil 2”, desenvolvido pela Fiocruz. O referido instrumento foi aplicado mediante a plataforma para coleta e gerenciamento de dados RedCap, por meio da coleta de dados secundários. Os dados foram codificados, quantificados e tabulados em planilha do Software Microsoft Excel, versão 2019, e analisados por meio de estatística descritiva. O aceite da gestante se deu por meio da assinatura formal do Termo de Consentimento Livre Esclarecido. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer: 5.655.000/2022 em 20 de setembro de 2022. Resultados: houve predominância de gestantes autodeclaradas da cor da pele parda, com o ensino fundamental completo e de estado civil solteira. As principais comorbidades identificadas foram: diabetes mellitus gestacional, hipertensão arterial gestacional, hipertensão arterial crônica, pré-eclâmpsia e hipotireoidismo. As indicações para indução do trabalho de parto por causas maternas foram: diabetes mellitus gestacional, hipertensão arterial gestacional assim como a pré-eclâmpsia. Entre causas fetais indicativas de indução do trabalho de parto, identificou-se a restrição de crescimento intrauterino e oligoâmnio. Conclusão: reverberaram-se desigualdades socioeconômicas e acesso limitado à atenção pré-natal de qualidade devido à exposição aos riscos que a indução apresenta. A principal via de parto das induções do trabalho de parto se deu pelo nascimento via vaginal. Os principais achados sobre as comorbidades presentes nas gestantes submetidas à indução corroboram os achados das principais indicações da indução do trabalho de parto, destacado: diabetes mellitus gestacional, hipertensão arterial gestacional, crônica e pré-eclâmpsia. Em suma, a restrição de crescimento intrauterino e o quadro de oligoâmnio foram prevalentes dentre as causas fetais.
                                    PROMOÇÃO DO AUTOCUIDADO EM PESSOAS COM DIABETES MELLITUS: CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE ROTEIROS PARA VÍDEOS EDUCATIVOS
                                    Curso Mestrado em Enfermagem
                                    Tipo Dissertação
                                    Data 27/02/2023
                                    Área ENFERMAGEM
                                    Orientador(es)
                                    • Elen Ferraz Teston
                                    Coorientador(es)
                                      Orientando(s)
                                      • JENNYFER SOARES DE SÁ
                                      Banca
                                      • Elen Ferraz Teston
                                      • Gilmara Holanda da Cunha
                                      • Guilherme Oliveira de Arruda
                                      • Joselany Áfio Caetano
                                      • Lorita Marlena Freitag Pagliuca
                                      • Marcos Antonio Ferreira Junior
                                      Resumo Diante das diversas Doenças Crônicas Não Transmissíveis existentes, o diabetes mellitus destaca-se entre as dez principais causas de morte no mundo. Dentre os tipos de diabetes, o tipo 2 é o mais frequente. Frente a isso, construir tecnologias educativas que favoreçam o apoio à implementação de ações que enfoquem o autocuidado de pessoas com diabetes mellitus tipo 2 faz-se fundamental para avançar na promoção da saúde e na prevenção de complicações. Assim, o objetivo deste estudo foi construir e validar roteiros de vídeos educativos para promoção do autocuidado em pessoas com diabetes mellitus tipo 2. O estudo metodológico seguiu o Modelo Psicométrico de Pasquali, realizado à luz do Modelo Transteórico da Mudança de Comportamento e desenvolvido em duas etapas. A primeira etapa consistiu nos procedimentos teóricos, envolvendo uma revisão integrativa com busca pareada em agosto de 2022 para a escolha do vídeo enquanto tecnologia educacional e o foco dos roteiros na promoção da saúde e mudança de comportamento. Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, sob parecer n° 5.405.988, iniciou a etapa de validação de conteúdo dos roteiros por juízes-especialistas, selecionados por conveniência, utilizando-se os critérios de Fehring. Para a coleta de dados, um questionário adaptado em escala tipo Likert com nove critérios para avaliação de roteiros foi usado. O conteúdo foi validado em duas rodadas, por meio da técnica Delphi. Os dados foram analisados com base no Índice de Validação de Conteúdo com parâmetro de 0,80, e outras três abordagens: Índice de Validade de Conteúdo por Item; Índice de Validade de Conteúdo para a escala baseado na média, e Índice de Validade de Conteúdo para a escala embasado na concordância universal. Além disso, o teste binomial foi empregado para comparar as proporções das variáveis dicotômicas. A revisão de literatura permitiu identificar diferentes tecnologias educacionais utilizadas para educação em saúde de pessoas com condições crônicas, como, por exemplo: aplicativos móveis, plataformas interativas, cartilha, telemonitoramento, vídeo e simulação. O enfoque predominante dos estudos foi na prevenção de complicações, o que indicou fragilidades relativas aos conteúdos para promoção do autocuidado e mudança de comportamento. Os roteiros foram desenvolvidos a partir de temáticas distintas, selecionadas por conveniência pelas pesquisadoras, e a perspectiva de cada um deles levou em consideração os elementos do Modelo Transteórico da Mudança de Comportamento. Por conseguinte, o Índice de Validação de Conteúdo para escala baseado na média, foi 0,93 e 1,0 na primeira e segunda rodada, respectivamente, e o Índice de Validação de Conteúdo alcançou 0,89 em seis dos critérios avaliados e 1,0 para três critérios, na primeira rodada. Desse modo, a validação resultou em conteúdos adequados à promoção do autocuidado e mudança de comportamento. Estudos futuros serão necessários para a continuidade no desenvolvimento dos vídeos educativos. Em vista disso, as validações de aparência e semântica poderão incrementar a qualidade dos roteiros nas próximas etapas. Ademais, espera-se que o conteúdo validado possa oferecer subsídios ao planejamento das ações de cuidado em saúde e enfermagem, tendo por alvo a promoção do autocuidado e mudança de comportamento em pessoas com diabetes mellitus tipo 2, além de contribuir para o aprimoramento do conhecimento científico sobre essa temática, com vistas a facilitar o desenvolvimento de outras tecnologias no contexto saúde.
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