DIMORFISMO SEXUAL E ALOMETRIA EM MORCEGOS FRUGÍVOROS. |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
24/02/2012 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Gustavo Graciolli
- Ludmilla Moura de Souza Aguiar
- Marlon Zortéa
- Nilton Carlos Caceres
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Resumo |
A distribuição e abundância dos recursos são fatores que determinam os padrões de forrageamento e o uso de ambientes pelas espécies de morcegos. O fato das fêmeas carregarem o feto ou o filhote recém-nascido durante o forrageamento pode gerar pressões seletivas diferentes sobre a forma e o tamanho da asa das fêmeas em relação aos machos, além de sugerir a existência de alometria. O objetivo deste estudo foi avaliar a existência de dimorfismo sexual secundário em quatro espécies de morcegos frugívoros, comuns em diversas regiões do estado de Mato Grosso do Sul, e investigar por meio das medidas corporais e cranianas se o dimorfismo ocorre de forma alométrica ou isométrica. Quatro espécies de morcegos, Artibeus lituratus, A. planirostris, Platyrrhinus lineatus e Sturnira lilium, foram estudadas em regiões urbanas, principalmente no município de Campo Grande, e em regiões preservadas como o Pantanal e planalto de entorno. Para carga alar foram medidos 413 morcegos sendo que em 265 desses foram medidos caracteres corporais externos e ossos das asas. Medidas cranianas foram feitas em 169 indivíduos. Medidas de massa e determinação do estádio reprodutivo e idade foram feitas em campo. Medidas de área da asa, desenhos da asa e medidas corporais e cranianas, foram realizadas em laboratório. Das quatro espécies estudadas, apenas Artibeus planirostris apresentou dimorfismo sexual para área da asa e massa. Porém essa espécie não apresentou diferença nas medidas corporais, sendo considerada isométrica, assim como A. lituratus e P. lineatus. Apenas S. lilium apresentou diferença nas medidas cranianas. Os machos dessa espécie possuem o crânio maior que o das fêmeas. As quatro espécies apresentam características na morfologia da asa que favorecem o carregamento de massa extra e o comportamento das fêmeas durante a gravidez e período de amamentação não compromete sua capacidade de carga. |
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"O fogo no Parque Nacional das Emas: efeitos na comunidade vegetal, fauna antófila e redes de interação" |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
24/02/2012 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Frederico Santos Lopes
- Luciano Elsinor Lopes
- Luis Fernando Alberti
- Rudi Ricardo Laps
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Resumo |
Na região Neotropical, a maioria das Angiospermas depende predominantemente de animais como vetores de transferência de pólen e estes, por sua vez, utilizam recursos florais para as mais diversas finalidades (alimentação, nidificação, cópula). Estas relações entre as plantas e seus visitantes florais foram os objetos deste estudo, o qual teve por objetivos: (i) investigar os padrões de fenologia da floração das espécies, tendo em vista a disponibilidade de recursos florais para a fauna antófila, (ii) caracterizar a estrutura das redes de interação plantas-visitantes florais, verificando os efeitos da inserção de pilhadores nas análises da rede planta-polinizador e (iii) verificar como o fogo afeta a composição de espécies vegetais, a diversidade e quantidade de recursos florais disponíveis e definir como essas características podem explicar a variação na composição da fauna antófila, como forma de entender os efeitos indiretos do fogo sobre a comunidade de visitantes florais. O estudo foi conduzido entre outubro de 2008 e setembro de 2009, em áreas de campo sujo no Parque Nacional das Emas (PNE), utilizando 37 parcelas fixas de 15 x 25 m. Espécies em floração foram registradas durante todo o período de estudo e diversos tipos de recursos florais estiveram disponíveis ao longo de todo o ano. Os padrões fenológicos da comunidade refletiram o padrão registrado para estrato herbáceo-subarbustivo, o qual é dominante na área, com mais de 70 % das espécies registradas. Apesar da abundância e riqueza deste estrato, foi o componente arbustivo-arbóreo o responsável pela maior quantidade e diversidade de recursos florais ofertados durante o ano. A fauna antófila (285 espécies) foi composta exclusivamente por insetos, os quais atuaram principalmente como pilhadores, com exceção de abelhas, moscas e vespas. As redes foram aninhadas e modulares em todos os níveis estudados (polinizadores, pilhadores e visitantes florais). Desta forma a inclusão de pilhadores nas análises não resultou em alterações na estrutura da rede. A frequência de queimadas e tempo decorrido desde a última queima não influenciaram a riqueza ou abundância das espécies vegetais, mas afetaram a composição. Não foram observadas alterações significativas na comunidade de visitantes florais e nas redes de interação. Ao que tudo indica, há um rápido reestabelecimento da comunidade de visitantes florais e de suas interações com as plantas após o fogo. |
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"Reintrodução e ecologia do gavião-real na América Central" |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
29/09/2011 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Edwin Ricardo Campbell Thompson
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Banca |
- Jose Ragusa Netto
- Marco Antonio Monteiro Granzinolli
- Rudi Ricardo Laps
- Tânia Margarete Sanaiotti
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Resumo |
Os métodos de soltura utilizados na reintrodução de espécies podem afetar o sucesso do estabelecimento e sobrevivência dos animais soltos. Avaliamos se o período de dependência e a sobrevivência de indivíduos jovens de gavião-real (Harpia harpyja) nascidos em cativeiro e soltos estão influenciados pelo sexo e idade de soltura (classe etário 1: juvenis de 5 a 7 meses, e classe etária 2: juvenis entre 18 e 22 meses). Durante 2002 e 2007 soltamos 34 indivíduos (19 machos e 15 fêmeas) no Panamá e em Belize. O sucesso do método de „hacking‟ (sobrevivência) foi significativamente diferente (Z = -2.05, P = 0.040), para as duas classes etárias: 70% para jovens da classe etária 1 e 100% para as aves mais velhas da classe etária 2. Também houve diferenças na duração do período de dependência (P < 0.001) para a classe etária 1 a media foi de 18,9 (SE = 1,3) meses e para a classe etária 2 foi de 1,45 (SE = 0,77) meses. Mediante a regressão de Cox identificamos que a interação entre a idade e o sexo afeta significativamente o período de dependência, sendo a idade a variável mais importante. A soltura de indivíduos com mais de 18 meses de idade aumentou a sobrevivência e diminuiu o período de dependência. O método de „hacking‟ pode ser utilizado para a soltura de gavião-real na natureza, e foi mais eficiente nestas águias longevas, quando em vez de realizar-las à idade de “fledging” (quando os jovens voam fora do ninho) como tradicionalmente os falcoeiros fazem foi retardada a soltura até idades próximas à idade de independência. |
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PROBABILIDADE DE OCUPAÇÃO POR PEQUENOS MAMÍFEROS EM UMA REGIÃO DO PANTANAL, MATO GROSSO DO SUL, BRASIL |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
25/03/2011 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Liliani Tiepolo
- Marcus Vinicius Vieira
- Mônica Aragona
- Renata Pardini
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Resumo |
O pantanal é um dos ambientes preservados do Brasil, porém nos últimos anos o manejo tradicional do gado bovino tem mudado, fazendo aumentar o desmatamento no bioma. Os pequenos mamíferos são bons indicadores dessas mudanças. Nosso objetivo foi avaliar a influência de variáveis ambientais na probabilidade de ocupação de cinco espécies de pequenos mamíferos em uma fazenda de pecuária com pastagens cultivadas no Pantanal. Foram medidas nove variáveis na escala do habitat e cinco na de paisagem. Para as análises utilizamos o programa PRESENCE 2.4, onde são inseridos os históricos de captura para cada espécie. A probabilidade de ocupação de Dazyprocta azarae diminuiu com a distância da floresta e de indivíduo adulto de acuri, de Thrichomys pachyurus aumenta gradativamente quanto mais próxima de árvores maiores que 25 cm de diâmetro e quanto maior a mancha de floresta. A probabilidade de ocupação de Gracilinanus agilis e Thylamys macrurus aumenta com o aumento da cobertura de dossel e a proximidade de árvores entre 5 e 25 cm de diâmetro respectivamente, e a de Monodelphis domestica aumenta com a diminuição de cobertura de monocotiledôneas e aumento da cobertura de serrapilheira.Todas as espécies apresentaram probabilidades de ocupação influenciadas por variáveis relacionadas à ambientes florestais. Com o aumento do desmatamento, a manutenção e algumas melhorias no manejo tradicional da pecuária são necessários para a conservação da biodiversidade. |
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"Sobreposição de nicho entre espécies de Thamnophilidae (Aves, Passeriformes) na Reserva Cisalpina, Brasilândia, Mato Grosso do Sul" |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
23/03/2011 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Augusto Joao Piratelli
- Jose Ragusa Netto
- Luiz dos Anjos
- Marco Antônio Manhães
- Rudi Ricardo Laps
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Resumo |
Por pertencerem a uma mesma guilda alimentar e apresentarem hábitos semelhantes, as espécies de Thamnophilidae estão sujeitas à competição interespecífica. Todavia, são escassos os estudos que abordam estes aspectos nesta família, particularmente no Cerrado. Desta forma, os objetivos deste estudo foram analisar a distribuição horizontal e morfologia das espécies de Thamnophilidae presentes na Reserva Cisalpina, Brasilândia, MS, e analisar a dieta e distribuição vertical de duas espécies desta família, a fim de investigar sobre as dimensões do nicho que são relevantes para a diferenciação ecológica entre estas espécies. Foram registradas cinco espécies de Thamnophilidae na área de estudo: Taraba major, Thamnophilus doliatus, T. pelzelni, Herpsilochmus longirostris e Formicivora rufa. Pouca sobreposição (G = 244,4; gl = 9; p < 0,05) foi encontrada entre as espécies no uso dos quatro hábitats estudados. Além disso, as espécies apresentaram forte diferenciação morfológica (F = 89,677, p << 0,0001). Deste modo, os dados de distribuição horizontal, aliados às diferenciações morfológicas, podem indicar uma diminuição na sobreposição de nicho, e consequentemente, pela competição por recursos. A estratificação vertical entre T. doliatus e T. pelzelni variou conforme as características do hábitat: no hábitat mais complexo (floresta semidecídua) houve maior sobreposição dos estratos entre estas duas espécies, e no menos complexo (cerradão) utilizaram estratos verticais diferentes. Quanto à dieta de T. doliatus e T. pelzelni no cerradão, houve alta sobreposição de nicho (H’= 0,87), mas uma análise mais refinada das categorias alimentares, aliada à aparente diferenciação morfológica entre estas duas espécies e casos de baixa sobreposição espacial, sugere menor sobreposição de nicho entre elas. |
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Densidade de pequizeiros (Caryocar brasiliense Cambess) e predação de sementes pela arara-canindé (Ara ararauna Linaeus) em pastagens |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
17/03/2011 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Alessandra Aparecida dos Santos
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Banca |
- Andrea Cardoso de Araujo
- Gláucia Helena Fernandes Seixas
- João Donizete Denardi
- Neiva Maria Robaldo Guedes
- Nilton Carlos Caceres
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Resumo |
Embora as populações da arara-canindé (Ara ararauna) possam sofrer declínios devido ao acelerado desmatamento de cerrado, essa ave é freqüentemente encontrada se alimentando em paisagens como as cidades e as pastagens. Neste estudo eu analisei a relação entre a abundância de frutos de pequi (Caryocar brasiliense) e a taxa de predação de sementes de pequi pela arara-canindé tanto sobre indivíduos ou manchas de pequizeiros frutificando, em pastagens e remanescentes de cerrado. Além disso, analisei a relação entre a taxa de predação de sementes de pequi e tanto o tamanho quanto a densidade de pequizeiros que estavam frutificando em ambos os habitats. Isso foi feito para gerar um modelo de predição de densidade arbórea, que simularia aquela explorada pelas araras em remanescentes de cerrado. Assim, o modelo poderia ser uma importante ferramenta na arborização de pastagens, freqüentemente exploradas pelas araras como áreas de alimentação. Portanto, estabeleci 25 parcelas (medindo 1 ha; 20 estabelecidas nas pastagens e cinco nos remanescentes de cerrado). Essas parcelas apresentaram pequizeiros de tamanho e densidade variáveis. Amostrei a produção de frutos de pequi nas parcelas em pastagens e remanescentes contando diretamente os frutos produzidos de novembro/2009 a março/2010. Já a predação de sementes de pequi pela arara-canindé foi amostrada a partir da inspeção do solo sob a copa dos pequizeiros à procura de vestígios de pequis destruídos. A densidade de pequizeiros foi avaliada através do número de indivíduos/parcela e o seu tamanho pela soma de DAP/parcela. Para analisar a relação entre a taxa de predação de sementes e a abundância de frutos eu utilizei o teste de correlação de Spearman. Também, para analisar a taxa de predação de sementes pelas araras e tanto a densidade quanto o tamanho dos pequizeiros/parcela, eu usei o modelo de regressão linear múltipla. O teste de Kolmogorov-Smirnov foi utilizado para comparar as taxas de predação de sementes por parcelas de pastagens e remanescentes enquanto amostras de ambas as áreas usadas no modelo de predição. Eu amostrei 71 pequizeiros em remanescentes e 83 em pastagens. A média da densidade de pequizeiros foi maior em remanescentes (14.4±7.3 pequizeiros) do que em pastagens (4.2±3.1 pequizeiros). Já o tamanho arbóreo foi maior em pastagens (33.5±10.5 cm) do que em remanescentes (15.9±5.1 cm). A produção de frutos de pequi em pastagens foi maior (73.6±90.14 frutos de pequi) do que em remanescentes (37.2±44.4 frutos de pequi). A taxa de predação em pastagens foi de 49±18% e em remanescentes de 35±30%. A abundância de frutos produzida por pequizeiro exibiu uma forte correlação com a taxa de predação de sementes tanto em pastagens quanto em remanescentes (rs=0.77, P<0.0001; rs=0.82, P<0.0001, respectivamente). A abundância de frutos de pequi produzidos por indivíduo em pastagens variou de 18 a 1010 frutos (média de 250±304.54, n=5007 frutos) e de cinco a 755 frutos em remanescentes (média de 268±288.52, n=1342 frutos). A abundância de frutos de pequi produzidos por parcela nas pastagens variou de 18 a 1010 frutos (média de 250±304.54, n=5007 frutos produzidos) e de cinco a 755 frutos em remanescentes (média de 268±288.52, n=1342 frutos produzidos). Assim, a abundância de frutos de pequi por parcela exibiu forte relação com a taxa de predação em pastagens (rs=0.68, P<0.0003, n=25). A taxa de predação de sementes não exibiu relação com o tamanho dos pequizeiros. Entretanto, a taxa de predação de sementes foi significantemente relacionada à densidade de pequizeiros/parcela (R2=0.49, P<0.001). Esses resultados sugerem a propensão da arara-canindé de procurar por manchas pequizeiros frutificando que exibem copas com cargas de frutos maiores. Além disso, segundo o modelo de regressão linear múltipla, somente três pequizeiros/ha nas pastagens devem ser adequados para oferecer às araras, similarmente a um hectare de remanescentes de cerrado. A alta taxa de predação de sementes de pequi em pastagens indica a adequação dessas paisagens modificadas como importantes áreas de alimentação para arara-canindé. Assim, o
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planejamento da arborização dessas áreas pode favorecer a preservação dessa ave em áreas antropizadas como as pastagens. |
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DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL DE TYRANNIDAE (AVES, PASSERIFORMES) EM UM MOSAICO DE HÁBITATS DE CERRADO |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
14/03/2011 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- José Carlos Morante Filho
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Banca |
- João Batista De Pinho
- Jose Ragusa Netto
- Reginaldo José Donatelli
- Renato Cintra
- Rudi Ricardo Laps
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Resumo |
A heterogeneidade ambiental encontrada em paisagens formadas por mosaico de hábitats possibilita a existência de uma grande diversidade de espécies. A necessidade da utilização de diferentes hábitats pela avifauna pode ser intensificada pela variação climática, visto que severas condições que afetam os períodos de seca podem resultar em fortes pressões sobre as populações. O objetivo desse estudo foi avaliar a diversidade, similaridade e uso dos hábitats pela comunidade de Tyrannidae em um mosaico de hábitats de Cerrado. Além disso, foi verificada a influência da variação climática (período seco e chuvoso) na distribuição espacial das espécies. O estudo foi realizado na Reserva Cisalpina, localizada no município de Brasilândia, MS, em quatro fitofisionomias: Campo alagado, Cerradão, Floresta semidecídua e Cerrado sensu stricto. Em cada ambiente foram estabelecidos oito pontos e a avifauna foi amostrada através do método de ponto de contagem, durante o período de julho de 2009 a junho de 2010. Os dados obtidos nos oito pontos de amostragem foram agrupados para calcular a riqueza, abundância, índice de diversidade e similaridade entre as fitofisionomias. Diferenças nas riquezas e abundâncias entre os ambientes foram testadas por uma análise de variância (ANOVA) e os valores dos dados quantitativos e qualitativos de cada ambiente em relação ao período do ano foram avaliados por um teste t de Student. Testes de Mantel foram realizados para verificar a autocorrelação das comunidades de aves e análises multivariadas foram empregadas para descrever a composição de espécies (PCoA). Foram observadas 37 espécies de tiranídeos distribuídos nos ambientes analisados. As maiores riquezas e abundâncias foram registradas na Floresta semidecídua e no Cerradão, locais que também apresentaram as maiores diversidades. A flexibilidade no uso do ambiente pela maioria das espécies, juntamente com as semelhanças nas características vegetacionais, permitiram que os ambientes florestados apresentassem alta similaridade de espécies. Em contrapartida, as particularidades do Campo alagado fizeram com que essa fitofisionomia abrigasse uma composição de espécies significativamente diferente. Apesar da variação na abundância e riqueza de espécies em relação ao período seco e chuvoso, a distribuição espacial dos tiranídeos não foi afetada pela variação climática. Os resultados obtidos evidenciam a influência da heterogeneidade ambiental sobre os padrões de ocupação das comunidades de aves e sugerem que regiões compostas por mosaico de hábitats são locais chave para manutenção da diversidade biológica, uma vez que possibilitam que um maior número de espécies encontre condições adequadas para a sua sobrevivência. |
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ATIVIDADE E TERMORREGULAÇÃO DE TATU PEBA (EUPHRACTUS SEXCINCTUS) E TATU GALINHA (DASYPUS NOVEMCINCTUS) NA NHECOLÂNDIA, PANTANAL, BRASIL |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
04/03/2011 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Guilherme de Miranda Mourão
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Thiago Bernardes Maccarini
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Banca |
- Adriano Garcia Chiarello
- Flávio Henrique Guimarães Rodrigues
- Mariella Superina
- Vinicius Bonato
- William James Loughry
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Resumo |
Monitoramento em tempo integral é importante para aprimorar a compreensão sobre a partilha de recursos entre espécies e para prover informações que possam guiar estudos que incluem captura ou observações diretas. Apesar de existirem vários métodos para monitorar a atividade da vida silvestre elas apresentam algumas restrições na quantidade e qualidade de dados. Nós desenvolvemos uma técnica de baixo custo monetário que monitora de forma integral a atividade de espécies semi-fossoriais. Nós monitoramos a temperatura do ambiente registrada na superfície do corpo, enquanto este estava dentro ou fora da toca, de 2 espécies de tatus no Brasil (Euphractus sexcinctus e Dasypus novemcinctus), mais a temperatura do ar e a temperatura da toca independentemente. As tocas bem isoladas funcionaram como amortecedores de temperatura e nós pudemos determinar quando um tatu estava ativo sobrepondo os dados de temperatura dos três ambientes. Nossa técnica pode ser útil para complementar estudos que utilize GPS e transmissores VHF. |
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INFLUÊNCIA DA ESTRUTURA DA VEGETAÇÃO EM MORCEGOS (MAMMALIA, CHIROPTERA) NO PANTANAL DA NHECOLÂNDIA, BRASIL |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
03/03/2011 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Erich Arnold Fischer
- Gledson Vigianoi Bianconi
- Guilherme de Miranda Mourão
- Gustavo Graciolli
- Katia Maria Paschoaletto M. de Barros Ferraz
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Resumo |
Características estruturais da vegetação como o porte e a densidade de espécies arbóreas estratificação e densidade de sub-bosque influenciam diretamente o uso do espaço por morcegos neotropicais, afetando a abundância local e atividade das espécies. A conversão da vegetação nativa em pastagens exóticas vem se tornado prática comum no Pantanal e, embora possa causar profundo impacto nas populações nativas, seus efeitos ainda são pouco conhecidos. No presente estudo a modelagem de ocupação foi utilizada para analisar os efeitos da estrutura da vegetação na população de Artibeus planirostris em uma área no Pantanal da Nhecolândia. A probabilidade de ocupação de A. planirostris durante a estação chuvosa foi negativamente influenciada pela distancia média entre árvores e a detectabilidade influenciada pela proporção da noite de coleta em que a lua esteve exposta no céu. Durante a estação seca a probabilidade de ocupação não foi diretamente influenciada por nenhuma variável estrutural da vegetação e a detectabilidade foi negativamente influenciada pela densidade de sub-boque. A queda na produção de frutos durante a estação seca deve obrigar A. planirostris alterar seus padrões de forrageamento, fazendo com que use as diferentes fisionomias da vegetação de forma mais homogênea. A queda na probabilidade de ocupação em função da queda na densidade de árvores sugere que a supressão da vegetação nativa, substituindo florestas e savanas por pastagens cultivadas, pode causar grande impacto nas populações de A. planirostris no pantanal da Nhecolândia. |
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"Influência da estrutura ambiental na composição de espécies de anuros em veredas no norte do Mato Grosso do Sul" |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/02/2011 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- José Luiz Massao Moreira Sugai
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Banca |
- Ariovaldo Antonio Giaretta
- Christine Strüsmann
- Josue Raizer
- Marcio Roberto Costa Martins
- Rogério Pereira Bastos
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Resumo |
Resumo: Muito pouco se sabe sobre a história natural, padrões de riqueza e
abundancia dos anuros do Pantanal e dos Cerrados de entorno. A Bacia do
Alto rio Taquari, a qual abriga nascentes de rios indispensáveis para os
regimes de inundação no Pantanal, possui grande parte de sua vegetação
nativa removida devido à desorganizada expansão da pecuária e de
monoculturas. É considerada área prioritária para a conservação da
biodiversidade brasileira e para inventários biológicos, além de fazer parte do
corredor Cerrado-Pantanal. Informações sobre anuros do Cerrado são
escassas e concentradas na região sudeste do Brasil. Este estudo apresenta
uma lista comentada de espécies de parte da Bacia do Alto Taquari, município
de Camapuã, Mato Grosso do Sul. As coletas foram feitas nos entornos do
vilarejo de Pontinha do Cocho, município de Camapuã, MS. Foram amostrados
corpos d’água lóticos (veredas) e lênticos (lagoas permanentes e temporárias).
Foram amostradas 18 parcelas aleatoriamente em veredas. Adicionalmente,
duas lagoas temporárias e uma permanente foram amostradas. Os indivíduos
foram encontrados através de busca ativa. Curvas de rarefação e da riqueza
estimada de espécies foram feitas com os dados das parcelas. Foram
encontradas 25 espécies, divididas em cinco famílias. A estimativa da riqueza
da comunidade de veredas mostra que era esperado o encontro de
aproximadamente três espécies a mais, além de que a curva de rarefação
apresentou uma tendência a atingir a assíntota caso o esforço amostral fosse
maior. Ao considerar as espécies registradas nos corpos d’água lênticos, há
um acréscimo de cinco espécies na riqueza total. |
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HISTÓRIA NATURAL, ESFORÇO REPRODUTIVO E RELAÇÕES DE TAMANHO-FECUNDIDADE EM LEPTODACTYLUS BUFONIUS (ANURA: LEPTODACTYLIDAE) NO CHACO, MATO GROSSO DO SUL, BRASIL |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/02/2011 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Cynthia Peralta De Almeida Prado
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Gabriel Paganini Faggioni
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Banca |
- Cinthia Aguirre Brasileiro
- Domingos de Jesus Rodrigues
- Franco Leandro de Souza
- José Perez Pombal Júnior
- Rogério Pereira Bastos
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Resumo |
Leptodactylus bufonius é uma espécie tipicamente chaquenha, ocorrendo na Bolívia, Argentina, Paraguai e Brasil central. O objetivo deste estudo foi descrever aspectos da história natural de L. bufonius, relacionados à reprodução e dieta. Fêmeas com ovócitos e machos em atividade de vocalização ocorreram nos meses de dezembro, janeiro e março. Os indivíduos de L. bufonius vocalizavam a partir das 1800 h e permaneciam ativos até por volta de 0100 h. O amplexo ocorreu apenas após a entrada dos indivíduos na câmara subterrânea e mais de dois indivíduos estiveram envolvidos no processo de desova. As câmaras subterrâneas possuíam apenas uma abertura superior e oval. As fêmeas foram maiores e mais pesadas que os machos, porém os machos possuíam cabeça mais comprida e larga. A dieta foi composta, principalmente, pelas ordens Isoptera e Orthoptera, provavelmente estando relacionado às suas disponibilidades.
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DENSIDADE E USO DE RECURSOS POR VEADO-CAMPEIRO (Ozotoceros bezoarticus) EM TRÊS PAISAGENS DIFERENTES NO PANTANAL, MS |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/02/2011 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Flávio Henrique Guimarães Rodrigues
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Adriano Pereira Paglia
- Ana Cristyna Reis Lacerda
- Marcelo Oscar Bordignon
- Sandra Aparecida Santos
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Resumo |
O veado-campeiro, Ozotoceros bezoarticus, é um cervídeo considerado podador
seletivo e em sua dieta predomina herbáceas, brotos de arbustos e flores. Há carência de
conhecimentos sobre o efeito da substituição das paisagens naturais por pastagens
cultivadas com espécies exóticas sobre a população de veado-campeiro no Pantanal. O
objetivo do presente estudo foi avaliar a variação na diversidade e disponibilidade de
espécies vegetais, assim como verificar a variação na seleção de recursos alimentares
pelo veado-campeiro, Ozotoceros bezoarticus, em três paisagens (cerrado, campos de
vazante e pastagem cultivada com gramíneas exóticas), no Pantanal. Entre setembro de
2009 e outubro de 2010, sessenta indivíduos de veados campeiros foram capturados,
marcados e acompanhados nas três paisagens. A disponibilidade de espécies vegetais e
os índices de diversidade de Shannon-Wiener (H’) e de Dominância (d) foram
calculados com base em 221 sítios aleatórios nas três paisagens. A variação na
composição da dieta de veado-campeiro foi estudada através de exames de sítios de
alimentação e a preferência de espécies vegetais foi estimada através de uma função de
seleção padronizada. O índice de Eletividade de Jacobs foi usado para avaliar e
comparar a seleção de espécies vegetais a partir de dados de disponibilidade obtidos nos
sítios aleatórios e com os sítios de alimentação. A paisagem dominada por cerrado
apresentou maior diversidade de espécies, enquanto que a área de pastagem cultivada
apresentou o maior índice de dominância. Espécies que não foram consumidas ou
selecionadas nos locais de vegetação nativa foram consumidas na área de pastagem
cultivada. Algumas espécies freqüentes na dieta do veado-campeiro não estavam
disponíveis em pastagem cultivada, e as gramíneas exóticas do gênero Urochloa foram
muito pouco consumidas. O uso do Índice de Jacobs mostrou que as análises de seleção
de recurso dependem da escala em que a amostragem de disponibilidade é realizada. A
amplitude do nicho alimentar foi maior nos campos de vazante e menor no cerrado.
Essa menor amplitude no cerrado pode ser atribuída à alta disponibilidade de espécies
importantes ou preferida na dieta do veado-campeiro, como a Sebastiania hispida e
Byrsonima orbignyana. Houve diferenças na composição da dieta, na amplitude do
nicho alimentar e na preferência de espécies pelo veado campeiro, sugerindo que as
pastagens cultivadas podem alterar profundamente a biologia da espécie. |
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DIETA E SOBREPOSIÇÃO DE NICHO TRÓFICO DE DUAS ESPÉCIES SINTÓPICAS DE LAGARTOS GIMNOFTALMÍDEOS DO CERRADO E PANTANAL DO MATO GROSSO DO SUL, BRASIL |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/02/2011 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Débora Cristina Pereira Sales de Aquino
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Banca |
- Carlos Frederico Duarte Da Rocha
- Fernando Ibanez Martins
- Franco Leandro de Souza
- Jose Ragusa Netto
- Robson Waldemar Ávila
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Resumo |
Informações sobre dieta e sobreposição de nicho favorecem a compreensão das relações tróficas, bem como dos tipos e importância de itens consumidos, estratégias de forrageamento e mecanismos de coexistência das espécies. Este estudo visou descrever aspectos da ecologia trófica de Micrablepharus maximiliani e Vanzosaura rubricauda em ambientes de Cerrado e Pantanal, verificar possíveis diferenças sexuais e interespecíficas na dieta e examinar o padrão de partilha de recursos entre indivíduos sintópicos e não sintópicos. A dieta de ambas as espécies foi composta exclusivamente por artrópodes e não apresentou diferenças sexuais e interespecíficas relevantes. Os valores de sobreposição de nicho foram altos tanto para os exemplares sintópicos quanto para os não sintópicos. Assim, essas espécies podem ser generalistas devido à grande variedade de itens consumidos, o que indica que a dieta das mesmas pode ser filogeneticamente determinada ou ainda que o recurso alimentar nas regiões estudadas não seja limitante, favorecendo a coexistência das espécies. |
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Composição e estrutura das infracomunidades de metazoários endoparasitas em Leptodactylus chaquensis Cei, 1950 e Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799) (Anura: Leptodactylidae) no Pantanal de Mato Grosso do Sul, Brasil |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
21/02/2011 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Franco Leandro de Souza
- José Luis Luque Alejos
- Luciano Alves dos Anjos
- Reinaldo José da Silva
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Resumo |
Foi feito um levantamento de metazoários endoparasitas em Leptodactylus
chaquensis (n = 106) e L. fuscus (n = 45) na sub-região do Miranda-Abobral, Pantanal
de Mato Grosso do Sul, Brasil. Vinte e três taxa foram registrados em 94,33% dos L.
chaquensis examinados: Acuariidae gen. sp., Aplectana sp., Brevimulticaecum sp.,
Cosmocercidae gen. sp.; Cosmocerca parva; Cosmocerca podicipinus, Falcaustra
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mascula, Molineidae gen. sp., Oswaldocruzia sp., Oswaldocruzia lopesi, Oswaldocruzia
proencai, Physalopteroides venancioi, Physocephalus sp., Rhabdias sp., Nematoda gen.
sp., Catadiscus sp., Catadiscus marinholutzi, Catadiscus propinquus, Glypthelmins sp.,
Glypthelmins palmipedis, Glypthelmins repandum, Acanthocephala (cistacanto não
identificado) e larva de Pentastomida. Treze taxa foram registrados em 97,78% dos
Leptodactylus fuscus: Brevimulticaecum sp., Cosmocercidae gen. sp.; Cosmocerca
parva; Cosmocerca podicipinus, Oswaldocruzia sp., Oswaldocruzia lopesi,
Physalopteridae gen. sp., Physalopterorides venancioi, Schrankiana formosula,
Catadiscus sp., Catadiscus marinholutzi, Acanthocephala (cistacanto não identificado) e
larva de Pentastomida. Estes são os primeiros relatos de O. proencai, F. mascula,
Physocephalus sp. e Acuariidae gen. sp. em L. chaquensis; O. lopesi e
Brevimulticaecum sp em L. fuscus.; e P. venancioi e C. marinholutzi em L. chaquensis e
L. fuscus, além de representar o primeiro registro de Physocephalus sp. e larvas de
Pentastomida gen. sp. em anuros no Brasil. |
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FENOLOGIA DE FLORAÇÃO, SISTEMA REPRODUTIVO E EFETIVIDADE DE POLINIZAÇÃO DA ESPÉCIE DISTÍLICA PSYCHOTRIA CARTHAGENENSIS JACQ. (RUBIACEAE) EM ÁREAS DE CERRADO |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
18/02/2011 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Aline Pedroso Lorenz
- Cibele Cardoso Castro
- Isabel Alves Dos Santos
- Maria Rosangela Sigrist
- Silvana Buzato
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Resumo |
RESUMO GERAL
A espécie distílica Psychotria carthagenensis Jacq. é um arbusto de sub-bosque, distribuída da Costa Rica até a Argentina. Estudos prévios indicam uma ampla gama de variações nos atributos relacionados à distilia, sugerindo diferentes estratégias reprodutivas nas diversas populações. Este estudo teve como objetivo (i) avaliar a fenologia de floração de P. carthagenensis e a interação com seus visitantes florais; (ii) descrever o sistema reprodutivo de P. carthagenensis; (iii) verificar a efetividade dos polinizadores Apis mellifera e Augochloropsis sp para os morfos florais de P. carthagenensis. Entre janeiro de 2008 e janeiro de 2010 foram realizados censos de flores e de polinizadores, experimentos de polinização manual e foi avaliado o efeito de uma única visita de Apis mellifera e Augochloropsis sp, os polinizadores mais frequentes, na frutificação de P. carthagenensis no Parque Estadual do Prosa, Reserva Biológica da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e Reserva Natural da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, todas as populações localizadas no município de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil. A floração de P. carthagenensis nas três populações ocorreu de outubro a dezembro, com alto grau de sincronia populacional e também entre os morfos florais. As taxas de visitas não diferiram entre morfos florais e apresentaram alta similaridade na composição de espécies de visitantes florais. As populações estudadas apresentaram isopletia e houve alta reciprocidade no posicionamento de estames e estigmas. As flores de P. carthagenensis são autocompatíveis, sendo compatíveis também com plantas do mesmo morfo. Não houveram diferenças significativas entre os morfos quando comparados os dados de frutificação resultantes de visitas de A. mellifera e Algochlropsis sp e os dados de polinização cruzada. Apesar de ocorrer em populações localizadas em fragmentos isolados e sob influência antrópica, P. carthagenensis parece sustentar interações que beneficiam sua reprodução, pela generalização quanto ao uso dos visitantes florais aliada à sua exibição floral sincrônica. Além disso, a quebra do sistema de auto-incompatibilidade apresentada por P. carthagenensis pode assegurar a reprodução da espécie na ausência de seus polinizadores. |
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RELAÇÕES ENTRE ICTIOFAUNA, CONECTIVIDADE E DISPONIBILIDADE DE ABRIGO EM HABITATS TEMPORARIAMENTE INUNDÁVEIS, NATIVOS OU ANTROPIZADOS, NO PANTANAL DE MATO GROSSO |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
18/02/2011 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Emiko Kawakami de Resende
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Angelo Antônio Agostinho
- Jerry Magno Ferreira Penha
- Kennedy Francis Roche
- Paulo Andreas Buckup
- Yzel Rondon Súarez
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Resumo |
Este estudo poderia ter sido minha dissertação de mestrado, mas não o foi por falta de
apoio. A maioria das idéias vem de 2003 e 2004, derivadas da vontade de testar fenômenos
flagrados por observações naturalísticas. Certamente que as conversas com os caros ictiólogos
Izaías Fernandes, Jerry Penha e Francisco Machado, modelaram muitas abordagens, e o leitor
poderá comprovar isso nas citações e agradecimentos.
Com quatro anos de atraso, apresentamos os resultados dessas idéias postas à prova,
com o apoio de nova orientadora, que aceitou francamente o desafio e depositou honrável
confiança na idéia.
Essa confiança permitiu, inclusive, uma estrutura um pouco excêntrica de manuscrito,
misturando partes descritivas e detalhadas (5.1) e na forma de artigos (5.2 e 5.3), inclusive um
treino para aplicação de ecologia de peixes de alagados no fornecimento de informações sobre
impactos ambientais (afinal, “Ecologia & Conservação”). Esse treino, simulando um estudo de
impactos ambientais, tem como metas linguagem voltado ao público em geral e análise dos
dados baseada em interpretações gráficas.
Nos capítulos em forma de artigo são simplificadas, porém repetidas, coisas como e
área de estudos, materiais e métodos e bibliografia citada. Não é a intenção tornar a leitura
enfadonha com essas repetições, então a tempo, não é necessário a leitura seqüencial das
partes da tese. Garanto ao leitor que tentei não seguir os conselhos de Sand-Jensen (2007) na
redação das passagens menos formais... |
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POLINIZAÇÃO DE QUATRO ESPÉCIES DE RUBIACEAE ORNITÓFILAS NA SERRA DE MARACAJU |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
08/02/2011 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Edivani Villaron Franceschinelli
- Erich Arnold Fischer
- Luciano Elsinor Lopes
- Márcia Alexandra Rocca de Andrade
- Milene Faria Vieira
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Resumo |
A família Rubiaceae apresenta uma variedade de estratégias reprodutivas, dentre as quais a dicogamia e a heterostilia, que podem minimizar as chances de autofecundação e maximizar as chances de fecundação cruzada. O objetivo deste estudo foi descrever a fenologia de floração, a morfologia e a biologia floral, a produção de néctar, os visitantes florais e o sistema reprodutivo de espécies ornitófilas de Rubiaceae na Serra de Maracaju, Mato Grosso do Sul, bem como avaliar o potencial dos beija-flores como polinizadores destas espécies através de teste de intensidade de polinização. As coletas de dados foram realizadas na Serra de Maracaju, de maio de 2008 a maio de 2010. As espécies encontradas, Palicourea crocea, Palicourea macrobotrys, Palicourea rigida e Pogonopus tubulosus, floresceram durante a estação chuvosa e início da seca. Palicourea crocea e Pa. rigida são distílicas e Pa. macrobotrys e Po. tubulosus são homostílicas e autocompatíveis. As características do néctar dessas espécies são semelhantes às encontradas em outras espécies ornitófilas. Thalurania furcata foi o visitante mais frequente das espécies ornitófilas. Não houve diferenças na formação de frutos e de sementes em relação ao número de visitas realizadas por um dado polinizador. Outros fatores, além da quantidade de pólen depositado no estigma da flor receptora, podem estar relacionados à eficiência de polinização destas espécies. |
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COMUNIDADES DE MORCEGOS SOB DIFERENTES INTENSIDADES DE IMPACTO DA PECUÁRIA NO PANTANAL, MATO GROSSO DO SUL, BRASIL |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
07/02/2011 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Christoph Friedrich Johannes Meyer
- Gledson Vigiano Bianconi
- Guilherme de Miranda Mourão
- Marcelo Oscar Bordignon
- Wilson Uieda
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Resumo |
Os morcegos têm sido considerados como grupo potencialmente indicador de perturbações ambientais por apresentarem ampla distribuição geográfica, diversidade de espécies e grande variedade de hábitos alimentares. O Pantanal, maior planície inundável do mundo, tem como base de sua economia a pecuária de corte, entretanto pouco se conhece sobre os impactos causados pelo gado sobre as comunidades naturais. Neste trabalho busco entender os efeitos da presença do gado sobre as comunidades de morcegos (composição, riqueza e diversidade), assim como sobre a dieta dos morcegos e sobre a fauna de ectoparasitas associados. Foram avaliados nove sítios com diferentes intensidades de uso pelo gado. As espécies de morcegos, itens alimentares e ectoparasitas foram amostrados em sete expedições, entre 2006 e 2007. Os sítios com intensidade intermediária de uso pelo gado apresentaram maior riqueza e diversidade de morcegos que os sítios com ausência de gado ou sítios com alta intensidade de uso pelo gado. A composição da dieta dos morcegos foi mais rica também sob condições intermediárias da intensidade de uso do ambiente pelo gado. Quanto à comunidade de ectoparasitos, apenas os carrapatos variaram com diferentes intensidades de uso pelo gado. Estes foram menos abundantes nos sítios com intensidade de uso intermediário. Provavelmente, níveis intermediários de perturbação pelo gado propiciam maior heterogeneidade de plantas e insetos utilizados como presas, levando os morcegos a uma dieta mais rica. Mudanças na comunidade de morcegos em diferentes intensidades de uso pelo gado refletiram alterações em outros grupos, insetos e vegetação, reforçando a importância de trabalhos com morcegos para inferência a respeito do estado de conservação do ambiente. |
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COMUNIDADE DE BEIJA-FLORES E DE ESPÉCIES ORNITÓFILAS EM DOIS AMBIENTES NA SERRA DE MARACAJU, MATO GROSSO DO SUL |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
07/02/2011 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Caio Graco Machado Santos
- Isabela Galarda Varassin
- Jose Ragusa Netto
- Rudi Ricardo Laps
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Resumo |
Os beija-flores (Aves: Trochilidae) representam o grupo predominante
nas interações aves-flores na região Neotropical, pois são importantes vetores
de pólen, apresentando associações com alto grau de especialização com
algumas espécies vegetais. Os objetivos desse estudo foram descrever a
comunidade de beija-flores e a comunidade de plantas polinizadas por eles,
assim como avaliar a carga de pólen transportada por essas aves, em duas
áreas na Serra de Maracaju, Mato Grosso do Sul. As coletas de dados foram
realizadas durante 24 meses em área de mata de galeria não inundável no
Córrego das Bruxas e em área de cerrado rupestre no Morro do Paxixi, no
município de Aquidauana, MS. Foram realizadas visitas mensais às áreas,
sendo registrados dados sobre a floração das espécies ornitófilas, seus
atributos florais, volume e concentração do néctar e a freqüência de visitas das
espécies de beija-flor. Os beija-flores foram capturados com auxílio de redes de
neblina, tiveram seus dados biométricos registrados e a carga polínica presente
em cinco regiões do seu corpo (bico, cabeça, garganta, ventre e dorso)
coletado. Foram observadas oito espécies ornitófilas visitadas pelos beija-flores
e a família Rubiaceae foi a mais importante e representativa na área. A maioria
das espécies apresentou padrão de floração anual e a maior produção de
flores concentrou-se no período das chuvas. Durante o período de estudo
foram observadas nove espécies de beija-flores, sendo apenas uma espécie da
subfamília Phaethornithinae. Fêmeas de Thalurania furcata foram os principais
visitantes das espécies ornitófilas da área de mata de galeria e Hylocharis
chrysura da área de cerrado rupestre. A carga polínica transportada pelos
beija-flores indicou que eles se movimentam entre os hábitats, visitam espécies
não-ornitófilas e que a riqueza de espécies utilizadas como recurso pelos beijaflores
em determinada região é maior que a amostrada visualmente. Além
disso, nas duas áreas estudadas, houve diferenciação na utilização de
recursos entre os Trochilinae e o Phaethornithineae. |
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influência Da Heterogeneidade Ambiental Sobre A Composição De Espécies De Anuros Em Um Agroecossistema No Pantanal, Estado De Mato Grosso Do Sul |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
20/10/2010 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Carlos Frederico Duarte Da Rocha
- Cristina Arzabe
- Cynthia Peralta De Almeida Prado
- Jaime Aparecido Bertoluci
- José Roberto Miranda
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Resumo |
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