Ecomorfologia e uso de habitat de girinos no Pantanal, Mato Grosso do Sul |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
18/03/2013 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Daiene Louveira Hokama de Sousa
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Banca |
- Cynthia Peralta De Almeida Prado
- Gilda Vasconcelos de Andrade
- Luiz Norberto Weber
- Marcelo Menin
- Rogerio Rodrigues Faria
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Resumo |
O objetivo deste trabalho foi determinar a riqueza, o uso de habitat e caracterizar as guildas ecomorfológicas em uma comunidades de girinos de uma região do Pantanal no Mato Grosso do Sul. Amostramos corpos d’água com diferentes características estruturais e de vegetação. Os girinos foram coletados com um puçá de tela de arame, passando-o uma vez ao longo de toda a área de cada corpo d’água, sendo o tempo máximo de uma hora/poça. Descrevemos 42 poças e encontramos 19 espécies distribuídas em seis famílias: Bufonidae (1), Ceratophryidae (1), Hylidae (12), Leiuperidae (2), Leptodactylidae (2) e Microhylidae (1). Utilizamos Análise de Correspondência Canônica (CCA) para avaliar o uso de habitat pelas espécies que possuíram relação com as características da margem plana e substrato areia e lama. Corpos d’água associados às margens planas são rasas, suportam grande diversidade de zooplâncton e nível de nutrientes, além de apresentarem temperaturas ideais para o desenvolvimento dos girinos. Em relação ao uso do substrato, espécies podem discriminar porções específicas do microhabitat como o seu tipo, enquanto outras desenvolvem mecanismos como a camuflagem. Nossos resultados obtidos com a Análise de Escalonamento Multidimensional Não-métrico (NMDS) mostram que há formação de agrupamentos conforme as guildas de bentônicos e nectônicos. Algumas espécies não se agruparam às suas respectivas guildas. Dendropsophus sp. são maocrófagos, mas não foi incluída neste agrupamento por causa da nadadeira dorsal alta e os girinos de R. schneideri que pertencem a guilda dos bentônicos possuem nadadeiras dorsais mais altas característica da guilda dos nectônicos. Este estudo adiciona informações ao conhecimento sobre a fauna de anfíbios encontrada no Pantanal, pois este é o primeiro já feito abordando a ecologia de girinos para este ecossistema. |
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Arboreal nests of coatis (Carnívora: Nasua nasua) in the Brazilian Pantanal: ecological and zoonotic inferences. |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
06/03/2013 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Guilherme de Miranda Mourão
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Erich Arnold Fischer
- Fernando César Cascelli de Azevedo
- Heitor Miraglia Herrera
- Natalie Olifiers
- Rita de Cássia Bianchi
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Resumo |
Seletividade de habitat na construção de ninhos arbóreos por quatis (Carnivora: Nasua nasua) no Pantanal brasileiro e sua implicação na ecologia da espécie. A construção e uso de ninhos arbóreos, similar a muitas espécies de aves, é um comportamento raro entre mamíferos. O quati (Nasua nasua) usa estes ninhos para descanso diário e para reprodução, onde fêmeas parem seus filhotes anualmente. O objetivo deste estudo foi avaliar se quatis selecionam características específicas de microhabitat e se estas diferem daquelas disponíveis (áreas aleatórias) em uma área do Pantanal brasileiro para entender o real papel destes ninhos na ecologia de quatis. Nós localizamos um total de 36 ninhos arbóreos. Um total de 36 parcelas com ninhos e 91 parcelas sem ninhos (áreas aleatórias) foram caracterizadas quanto à estrutura de microhabitat. Nós verificamos uma preferência por árvores (mais altas e com maior diâmetro à altura do peito – DAP) para a construção dos ninhos. Além disso, a alocação dos ninhos foi feita em uma área com maior densidade de dossel e com maior densidade de árvores de maior porte. Estes resultados evidenciam a importância da estrutura de vegetação da área para a construção de ninhos por quatis. A conservação da área de estudo, com áreas de mata bem estabelecidas, é essencial tanto para as atividades diárias como para a reprodução de quatis já que este é o local que oferece subsídeos para a construção dos ninhos. |
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Predação de sementes de Qualea grandiflora e Qualea parviflora (Vochysiaceae) por psitacídeos |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/02/2013 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Erison Carlos dos Santos Monteiro
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Banca |
- Alan Fecchio
- Celine de Melo
- João Donizete Denardi
- Rogerio Rodrigues Faria
- Rosilene Rodrigues Silva
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Resumo |
A predação de sementes é uma interação biológica afetada ou não pela densidade de
sementes. Desse modo, investigamos o funcionamento dessa relação, testando o efeito
do tamanho das árvores, a distância da árvore vizinha da mesma espécie e o número de
frutos produzidos sobre a predação de sementes em 50 árvores de cada espécie (Qualea
grandiflora e Qualea parviflora) em cada ambiente (pastagem e remanescente
florestal), totalizando 200 árvores. Além de registrar as espécies e o número de
indivíduos predadores de sementes, em dois períodos reprodutivos sucessivos. Os
predadores foram Ara ararauna, Amazona aestiva e Aliopsita xantops. A predação de
frutos não foi influenciada pela distância entre as árvores para nenhuma das espécies,
em ambos os ambientes. Na área de pastagem, a taxa de predação foi positivamente
relacionada com a carga de frutos em Q. grandiflora (r=0,34 p<0,05), mas não em Q.
parviflora. No remanescente florestal ela foi positiva para Q. grandiflora (r=0,26
p<0,05) e negativa para Q. parviflora (r=-0,28 p<0,05). Apenas Q. parviflora frutificou
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no segundo ano, e apenas na área de pastagem, e desta vez a taxa de predação
apresentou relação com a produção de frutos (r=0,67 p<0,001). Houve diferença na
proporção de frutos predados entre os dois ambientes em árvores de Q. grandiflora
(ANCOVA: f=28,45 p<0,001), mas não em Q. parviflora. Em Q. grandiflora a
predação foi densidade-dependente e em Q. parviflora houve saciação dos predadores,
embora esta espécie tenha apresentado predação densidade-dependente no segundo ano.
Desse modo, a chance de haver predação de sementes densidade-dependente ou
saciação do predador depende principalmente da carga de frutos por período
reprodutivo e, secundariamente, o tamanho das árvores e o tipo de ambiente. |
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Influência de fatores ambientais e espaciais nas comunidades de anfíbios e répteis da Fazenda Nhumirim, Pantanal da Nhecolândia, MS |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
26/02/2013 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Christine Strüsmann
- Fabio de Oliveira Roque
- Frederico Gustavo Rodrigues França
- Márcio Roberto Costa Martins
- Paula Hanna Valdujo
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Resumo |
Diversas hipóteses têm sido propostas no intuito de compreender os fatores responsáveis pelos padrões de distribuição e abundância das espécies nas comunidades. Tais padrões podem ser explicados tanto pela teoria do nicho, a qual assume que as espécies possuem requerimentos ecológicos diferenciados, quanto pela teoria neutra, que por outro lado assume que não existem diferentes requerimentos ecológicos entre as espécies, sendo a limitação à dispersão o principal responsável pela estrutura das comunidades. Este estudo tem por objetivo testar se fatores ambientais e/ou espaciais explicam a variação na estrutura de comunidades de anuros e répteis (lagartos e serpentes) da Fazenda Nhumirim, Pantanal da Nhecolândia. Para a captura dos animais foram usados 23 conjuntos de armadilha de interceptação de queda, distantes de 1 km a aproximadamente 6 km entre si. Variáveis ambientais foram aferidas em todas as unidades amostrais para representar o ambiente. Para testar a existência de estruturação espacial, foi usada a distância entre os pontos. A estrutura da comunidade foi representada por escalonamento multidomensional não-métrico em um eixo e a estrutura ambiental pelos eixos principais extraídos da Análise de Componentes Principais (PCA). Foi feita regressão múltipla, a partir da qual foram analisados os resultados das regressões parciais a fim de saber a importância do ambiente e do espaço nas comunidades. Ao todo, 2.543 indivíduos de anuros foram registrados, pertencentes a 19 espécies e dez gêneros, distribuídos em cinco famílias. A riqueza de anuros entre as unidades amostrais variou de quatro a nove espécies (6,8 ± 1,64), já a abundância variou de 25 a 333 indivíduos (110,6 ± 84,19). Os répteis foram representados por 493 indivíduos (412 lagartos e 81 serpentes). A riqueza de répteis entre as unidades amostrais variou de quatro a nove espécies (6,5 ± 1,7), já a abundância variou de cinco a 55 indivíduos (21,4 ± 12,3). Tanto a estrutura da comunidade de anuros quanto de répteis foram explicadas principalmente pela estrutura ambiental representada pelo PC1 (r² = 0,31; p = 0,005 e r² = 0,39; p = 0,001, respectivamente), o qual resgatou um gradiente ambiental do aberto ao fechado, com correlação positiva com cobertura de serapilheira, cobertura do dossel e cobertura de bromélias, e negativa com cobertura de gramíneas e cobertura de solo exposto. O espaço teve um fraco poder de explicação para a estrutura da comunidade de anuros (r² = 0,14; p = 0,008); já para os répteis esse resultado não foi significativo. O presente estudo encontrou um padrão já conhecido na literatura, onde em diversos locais e escalas, o ambiente, ou seja, características ligadas ao nicho, melhor explicam os padrões da estrutura da comunidade de anuros e répteis. Para os anuros, esse fato tem sido atribuído principalmente a limitações fisiológicas e reprodutivas do grupo. A compreensão de quais são os fatores responsáveis pela estruturação das comunidades é muito importante para a tomada de decisões em planos de manejo e conservação da biodiversidade, e para uma melhor compreensão acerca da ecologia de comunidades.
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Dinâmica sazonal fenotípica, na especialização individual e parasitária no lambari Astyanax asuncionensis |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
25/02/2013 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Luiz Eduardo Roland Tavares
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Ana Cristina Petry
- Gustavo Graciolli
- José Luis Luque Alejos
- Sérgio Furtado Reis
- Tadeu de Siqueira Barros
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Resumo |
A diversidade fenotípica entre organismos é fundamentalmente associada a processos evolutivos. Entretanto, variações fenotípicas podem ocorrer em escala ecológica mediadas por fortes pressões seletivas. Essa divergência interpopulacional é usualmente associada à heterogeneidade espacial dos agentes seletivos, mas estes podem variar também no tempo, como em ambientes sazonais. Aqui investigo as mudanças morfológicas no lambari Astyanax asuncionensis associadas com variações sazonais na Baía da Medalha, Pantanal. Essa baía tem dinâmicas hidrológicas atreladas à inundação, permanecendo isolada na seca, e conectada com o Rio Miranda e a planície inundável na cheia. A população de lambaris apresentou variação sazonal morfológica, com os lambaris da estação seca apresentando áreas maiores da nadadeira caudal e pedúnculos caudais mais longos e estreitos. Esse perfil fenotípico tende a garantir maior capacidade de arranque e mudança rápida de direção. A variação na largura do pedúnculo pode ser causada pelo acúmulo de musculatura associado ao maior fator de condição dos lambaris na cheia. Já o comprimento do pedúnculo e a área da cauda não são passíveis de variação no mesmo indivíduo, e podem variar em escala de população por dois mecanismos. O aumento da densidade da predadora Hoplias malabaricus na seca pode selecionar apenas lambaris com maior capacidade de escape, visto que a morfologia caudal observada na seca favorece arrancadas. Além disso, caudas maiores possibilitam melhor capacidade de manobra, necessária para explorar os microhábitats seguros nas raízes de macrófitas. Por outro lado, as migrações sazonais dos lambaris sugerem uma mistura de populações na cheia, e a distinção morfológica sazonal pode ser resultado da existência de migração parcial ou fidelidade ao sítio na Baía da Medalha. Nesse contexto, pode existir uma população residente com morfologia adaptada às condições lênticas da baía que, na cheia, recebe indivíduos de outras populações com morfologia distinta. Métodos que permitam marcação de unidades populacionais podem ajudar a esclarecer melhor essa questão. |
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Efeitos de mudanças climáticas no produto de interações entre mosquitos: evidencias a partir de microcosmos com módulos de comunidades experimentais |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
25/02/2013 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Gustavo Graciolli
- Neusa Hamada
- Ruth Leila Ferreira Keppler
- Wanderli Pedro Tadei
- Yzel Rondon Súarez
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Resumo |
Um dos assuntos mais críticos envolvendo mudanças climáticas é a dinâmica de espécies vetoras de doenças. Apesar da maioria dos cientistas concordar que mudanças climáticas globais influenciarão as dinâmicas de transmissões de doenças infecciosas, a extensão desta influência é incerta. Devido à importância de mosquitos como vetores de doenças, as condições ecológicas e ambientais que influenciam a abundância destas espécies são de grande interesse para a saúde pública. O objetivo deste trabalho foi avaliar experimentalmente o efeito de diferentes cenários de mudanças climáticas nos produtos das interações de formas larvais de Aedes aegypti e Culex quinquefasciatus. Para avaliar esses efeitos adotamos um desenho experimental na qual a densidade das espécies é mantida constante enquanto se muda a proporção das espécies em diferentes cenários experimentais de mudanças climáticas. A sobrevivência das duas espécies não foi afetada, entretanto os tempos de desenvolvimento larval e o tempo de pupação diminuíram frente a futuros cenários de mudanças climáticas. A sobrevivência de A. aegypti aumentou de acordo com a maior densidade de larvas de C. quinquefasciatus, enquanto que o tempo de desenvolvimento foi mais rápido. Isso pode ser explicado ao considerar que os efeitos de competição intraespecífica são maiores do que a inter-específica em A. aegypti. Culex quinquefasciatus não afetou competitivamente A. aegypti em nenhuma das variáveis, mas foi afetado por A. aegypti em relação ao tempo de desenvolvimento. Nossos dados indicam que, em cenários futuros de mudanças climáticas, o crescimento populacional de A. aegypti e C. quinquefasciatus aumentará. Um das implicações dos nossos resultados é que em futuros cenários de mudanças climáticas, ambas as espécies podem expandir suas distribuições, aumentando assim, o risco de epidemias de doenças infecciosas a que as espécies estão associadas. |
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INFLUÊNCIA DO PARASITOIDISMO NO DESENVOLVIMENTO DAS LARVAS DE MYRMELEON BRASILIENSIS (NÁVAS, 1914) (NEUROPTERA, MYRMELEONTIDAE) |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
22/02/2013 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Antonio Pancracio de Souza
- Carlos José Enicker Lamas
- Fabio de Oliveira Roque
- Manoel Araecio Uchoa Fernandes
- Tatiane do Nascimento Lima
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Resumo |
Os parasitoides manipulam o metabolismo do hospedeiro em seu próprio benefício influenciando no seu desenvolvimento. O resultado direto ou indireto dessa influência é a morte do hospedeiro. Este trabalho teve como objetivo geral observar a influência do parasitoidismo no desenvolvimento das larvas de formiga-leão Myrmeleon brasiliensis. E como objetivos específicos: verificar em quais instares larvais ocorrem a oviposição do parasitoide; verificar a influência do parasitoide no tempo de desenvolvimento da fase de pupa e da fase de larva; verificar se há diferença no comprimento corporal das larvas; e verificar se há diferença na razão sexual dos adultos de Myrmeleon brasiliensis. Para tal, as larvas foram diferenciadas em 1º, 2º e 3º instar e medidas quanto ao comprimento corporal (cabeça-abdome) e acompanhadas até a emergência do adulto. Foi observado que o parasitoide Paravilla sp. atacou somente as larvas de 2º e 3º instar. Não houve diferença no tempo de desenvolvimento das larvas parasitadas e não parasitadas, apenas no período pupal. Também não houve diferença no tamanho corporal das larvas parasitadas e não parasitadas e a razão sexual teve uma proporção de 1:1. Sendo assim, pode-se concluir que o parasitoide Paravilla sp. influencia no tempo de desenvolvimento das pupas de Myrmeleon brasiliensis. |
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Geotecnologias na análise da estrutura e dinâmica da paisagem do Parque Estadual das Nascentes do rio Taquari-MS |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
21/02/2013 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Antonio Conceicao Paranhos Filho
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Alfredo Marcelo Grigio
- Luiz Eduardo Mantovani
- Marco Antonio Diodato
- Venerando Eustáqui Amaro
- Vitor Matheus Bacani
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Resumo |
Uma das características fundamentais da ecologia da paisagem é o estudo da estrutura da
paisagem, que consiste nas relações espaciais entre os distintos elementos presentes, mais
especificamente, relacionar as dimensões, formas, número, tipo e configuração dos diferentes elementos
da paisagem com a distribuição de matéria, energia e espécies. As geotecnologias são as ferramentas
ideais para estudos que envolvem a análise da paisagem. Assim, o objetivo do presente trabalho é analisar
a estrutura da paisagem de uma unidade de conservação formal, o Parque Estadual das Nascentes do Rio
Taquari, descrevendo os elementos espaciais que determinam os processos ecológicos existentes e sua
importância na conservação biológica, utilizando geotecnologias. A análise em conjunto do
relevo/geomorfologia, fitofisionomias, área ocupada pelos remanescentes de vegetação nativa, grau de
fragmentação, do tamanho e da forma dos fragmentos, a relação do NDVI com a estrutura da vegetação,
ou seja, dos parâmetros que determinam os processos ecológicos existentes e sua importância na
conservação biológica, mostraram-se ferramentas eficientes e fornecem subsídios para o melhor manejo
desta unidade de conservação, ajudando-a na sua sustentabilidade e na manutenção da biodiversidade
local. |
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Associações entre aves e mamíferos nativos e introduzidos no Pantanal |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
13/02/2013 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Daniel Irineu de Souza Dainezi
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Banca |
- Ivan Sazima
- Marcelo Oscar Bordignon
- Rogerio Rodrigues Faria
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Resumo |
Várias espécies de aves usam mamíferos como batedores, sendo chamadas de seguidoras, assim como também removem ectoparasitas do corpo deles em associações de limpeza. Observei o comportamento das espécies de aves associadas a capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris) e ao gado bovino (Bos taurus) no Pantanal por 180 h, durante nove meses. Foram registradas 15 espécies de aves em associação com esses mamíferos. A iraúna-grande (Molothrus oryzivorus), o suiriri-cavaleiro (Machetornis rixosa), o chupim (Molothrus bonariensis), o joão-de-barro (Furnarius rufus), o carcará (Caracara plancus), o anu-preto (Crotophaga ani) e o urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus) foram registrados tanto com o gado quanto com as capivaras. A garça-vaqueira (Bubulcus ibis), o carrapateiro (Milvago chimachima) e o anu-branco (Guira guira) foram registrados exclusivamente com o gado. Somente com as capivaras foram registradas a jaçanã (Jacana jacana), o japacanim (Donacobius atricapilla), o casaca-de-couro-amarelo (Furnarius leucopus), a gralha-do-pantanal (Cyanocorax cyanomelas) e a graúna (Gnorimopsar chopi). Registrei, pela primeira vez, a associação de cinco espécies de aves com mamíferos: anu-branco com o gado, o japacanim, o casaca-de-couro-amarelo, a gralha-do-pantanal e a graúna com a capivara. A associação das aves com os mamíferos foi muito comum, tanto com o gado quanto com a capivara. A abundância de aves está relacionada ao número de mamíferos no grupo, mas não ao comportamento deles. O período do dia, a quantidade de aves, e o comportamento e natureza (se seguidor ou limpador) das associações de cada espécie de ave variaram de acordo com a espécie de mamífero com a qual esteve associada. As aves foram mais seguidoras com o gado e fizeram mais limpeza com as capivaras. Isso pode indicar que a maioria das espécies de aves ainda não se adaptou completamente a presença do gado na região. |
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Distribuição Atual de Onça-Parda (Puma concolor) e Onça-Pintada (Panthera onca) no Pantanal Brasileiro |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
17/09/2012 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Flávio Henrique Guimarães Rodrigues
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Marinez Ferreira de Siqueira
- Peter Grandsen Crawshaw Junior
- Rafael Dias Loyola
- Sandra Maria Cintra Cavalcanti
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Resumo |
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COMPOSIÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DAS COMUNIDADES DE INSETOS (COLEOPTERA E DIPTERA) ASSOCIADOS A MASSAS FECAIS DE BOVINOS EM DOIS AMBIENTES |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
02/05/2012 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Gustavo Graciolli
- Jairo de Campos Gaona
- Josue Raizer
- Leticia Maria Vieira
- Wilson Werner Koller
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Resumo |
Mudanças espaciais na composição e distribuição de espécies estão ligadas a aspectos ambientais da variação dos habitats. Esta variação pode ser natural, formando diferentes mosaicos, ou por ação antrópica na fragmentação de habitats, como é o caso das pastagens cultivadas. As massas fecais de vertebrados constituem recurso efêmero, espacial e temporalmente imprevisível que influenciam a distribuição espacial e as relações de concorrência entre as espécies. Em especial, as massas fecais de bovinos fornecem um excelente meio para colonização de várias espécies de artrópodes, principalmente organismos das ordens Diptera e Coleoptera. O Brasil possui uns dos maiores rebanhos de bovinos do mundo e nestas condições o conhecimento dos grupos envolvidos na decomposição do bolo fecal é um fator importante. Desta forma, os objetivos neste estudo foram identificar dípteros e coleópteros atraídos por massas fecais bovinas expostas durante quatro dias consecutivos e as respectivas distribuições ao longo do ano em duas áreas distintas e contiguas: pastagem cultivada e fragmento de cerrado a partir de um dispositivo desenvolvido para captura simultânea de representantes das duas ordens. As amostragens foram realizadas em seis expedições de coleta, com intervalos de no mínimo 40 dias cada. Para efeito de estudo foram identificadas e quantificadas as espécies da família Aphodiidae e Scarabaeidae (Coleoptera), Muscidae e Calliphoridae (Diptera) além de contabilizados os indivíduos da família Sarcophagidae. Foram capturados 8.398 indivíduos da ordem Coleoptera, distribuídos em duas famílias, representados por 26 espécies ou morfoespécies, e 37.048 indivíduos da ordem Diptera, distribuídos nas três famílias acima mencionadas, totalizando 23 morfoespécies e oito espécies. A maior riqueza de espécies foi registrada no fragmento de mata para ambas as ordens, enquanto que a maior abundância de coleópteros foi verificada na área de pastagem e de dípteros na área de mata. Não foi constatada diferença na abundância de coleópteros em relação ao tempo de exposição da massa fecal, entretanto, a abundância de dípteros foi significativamente maior no primeiro dia de captura. Foi verificada uma maior abundância de coleópteros nos meses com maior precipitação pluviométrica, enquanto que para dípteros a maior abundância foi no período seco do ano. A comunidade de coleópteros e dípteros em geral apresentou padrão semelhante àqueles relatados em trabalhos realizados em áreas de pastagens no bioma do cerrado, destacando a predominância de pequeno número de espécies. |
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Estimativa populacional, dispersão e uso das hospedeiras por Quesada gigas Olivier 1790 (Hemiptera: Cicadidae) |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
02/05/2012 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Fabio de Oliveira Roque
- Jairo Campos Gaona
- Paulo de Marco Junior
- Silvio Shigueo Nihei
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Resumo |
1. A emergência e vida adulta da cigarra-do-cafeeiro Quesada gigas Olivier 1790 foi monitorada em um ambiente urbano gramado e arborizada.
2. Foram coletadas manualmente todas as exúvias presentes nas árvores (5930) e os adultos foram capturados com rede entomológica e marcados com tinta acrílica. Cada cigarra (801) e cada árvore (382) foram registradas com números de referência individuais.
3. Cigarras marcadas e recapturadas permitiram estimar o tamanho da população da área em comparação com o número de exúvias. A distância entre os pontos de captura e recapturas foram medidos como estimativa da dispersão dos indivíduos. Três espécies arbóreas comuns na área tiveram o número acumulado de exúvias quantificado para comparação quanto ao seu uso com hospedeiras.
4. A análise de semelhança de proporções se mostrou eficaz na estimativa populacional quando comparada ao acumulado de cigarras nesse período. Distintos padrões de deslocamento entre sexos foram encontrado, além de diferenças no uso das hospedeiras locais por Quesada gigas. |
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REDE DE INTERAÇÕES ENTRE BEIJA-FLORES (AVES: TROCHILIDAE) E AS FLORES QUE VISITAM NO PANTANAL DO MIRANDA, MATO GROSSO DO SUL |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
26/04/2012 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Caio Graco Machado Santos
- Erich Arnold Fischer
- Isabela Galarda Varassin
- Jose Ragusa Netto
- Paulo Roberto Guimarães Junior
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Resumo |
Este estudo teve como objetivos investigar quais espécies de plantas são visitadas por beija-flores, conhecer as espécies de beija-flores da área de estudo e avaliar a estrutura da rede de interações entre estas aves e as espécies de plantas que visitaram no Morro do Azeite e seu entorno. Este estudo foi realizado durante 12 meses em expedições mensais de quatro dias, no Pantanal do Miranda, Mato Grosso do Sul Foram registrados para as plantas, o hábito, número de flores abertas, morfologia floral e coloração predominante da corola. Foram mensuradas também a concentração e o volume de néctar. Em todas as espécies de plantas floridas foram realizadas observações focais para o registro de visitas de beija-flores. A amostragem da comunidade de beija-flores foi feita através de capturas, utilizando redes de neblina, bem como através de visualizações ocasionais durante percursos na área de estudo. Foram registradas 15 espécies de plantas visitadas por beija-flores, sendo dez ornitófilas e cinco não ornitófilas; entre as plantas visitadas predominou o hábito herbáceo. A média do volume e concentração de néctar das flores ornitófilas foi de 31,92 ± 26,77 μl e 23,86 ± 5,15% respectivamente. Nas não ornitófilas foi de 30,28 ± 19,7 μl e 22,81 ± 7,82%. O pico de floração das flores visitadas pelos beija-flores se concentrou no final da estação seca e inicio da estação chuvosa (setembro-novembro). A densidade de flores não ornitófilas registrada no estudo foi mais baixa que a de flores ornitófilas. Foram observadas quatro espécies de beija flores na área: Anthracothorax nigricollis, Eupetomena macroura, Hylocharis chrysura e Phaethornis subochraceus. A rede de interações teve tamanho (S) 19 e conectância (C) 56,67%. O grau médio para a comunidade de beija-flores () foi de 8,25 e para a
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comunidade de plantas () foi de 2,2. Hylocharis chrysura e P. subochraceus participaram de quase 80% das interações. Dentre as plantas, Inga vera e Psittacanthus cordatus apresentaram 23% das interações. O NODF indicou aninhamento da rede de interações. As plantas apresentaram maior dependência nas interações e a força total de interação foi maior para as espécies de beija-flores. Hylocharis chrysura e P. subochraceus foram os mais centrais na rede, sendo também os mais generalistas e importantes polinizadores para as espécies vegetais neste ambiente. Devido ao fato de floresceram por longo período e apresentarem grande numero de flores abertas por dia, P. cordatus e I. vera podem ser consideradas importantes recursos para os beija-flores na área estudada. |
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Estrutura das infracomunidades de artrópodos ectoparasitos em morcegos no Pantanal Miranda-Abobral, Mato Grosso do Sul, Brasil |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
23/03/2012 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Fernando Paiva
- Luiz Eduardo Roland Tavares
- Mauricio Osvaldo Moura
- Michel Paiva Valim
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Resumo |
Foram capturados 704 morcegos pertencentes a 26 espécies. As espécies de morcegos mais abundantes foram Artibeus planirostris (46,4%), Platyrrhinus lineatus (19,4%), Myotis nigricans (6.8%) e Noctilio albiventris (6,25%). Entre os morcegos coletados, 526 (23 espécies) estavam parasitados com 5090 artrópodos ectoparasitos distribuídos nas famílias Streblidae, Nycteribiidae, Spinturnicidae, Macronyssidae, Chirodiscidae, Sarcoptidae, Myobiidae, Argasidae, Trombiculidae, Ischnopsyllidae, Polyctenidae e Cimicidae. O objetivo deste estudo foi descrever e quantificar a comunidade de artrópodos ectoparasitos de morcegos coletados no Pantanal Miranda-Abobral e calcular o índice de especificidade ao hospedeiro. As maiores prevalências encontradas foram para os estreblídeos Paradyschiria parvula e Noctiliostrebla maai em Noctilio albiventris e Trichobius costalimai em P. discolor, enquanto a espécie Parakosa rectipes (Chirodiscidae) apresentou maior intensidade média por hospedeiro. A maioria dos ectoparasitos apresentou valor de Índice de especificidade acima de 0,7, o que significa que estas espécies possuem alta especificidade de hospedeiro. |
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Morcegos do cerrado maranhense: infestação por moscas ectoparasitas e respostas às alterações na estrutura da paisagem |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
29/02/2012 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Ciro Libio Caldas dos Santos
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Banca |
- Adevair Henrique da Fonseca
- Carlos Eduardo Lustosa Esbérard
- José Luís Passos Cordeiro
- Luiz Eduardo Roland Tavares
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Resumo |
Neste trabalho descrevemos as respostas das populações e taxocenoses de morcegos à quantidade de hábitat das principais fisionomias existentes em áreas de cerrado. Apresentamos aqui a primeira tentativa de avaliar as respostas dos filostomídeos, a partir de diferentes escalas focais, à proporção dos tipos de fisionomias do cerrado. Realizamos cinco noites de captura em 10 pontos amostrais, de janeiro a maio de 2011, em uma área de cerrado (stricto sensu) localizada no limite norte do cerrado brasileiro. Utilizamos três classes de cobertura do solo relacionadas às espécies e taxocenoses de morcegos: vegetação arbórea (VA), cerrado (stricto sensu) (CS) e áreas abertas (AB). Analisamos as respostas à proporção de VA, CS e AB em escalas focais concêntricas (de 0,5 km, 1 km e 3 km de raio) delineadas em cada ponto. Capturamos 393 morcegos pertencentes a 23 espécies e 16 gêneros da família Phyllostomidae. Com exceção de D. cinerea e D. rotundus, as espécies e índices ecológicos foram mais relacionados às fisionomias de cerrado com maior quantidade de vegetação arbórea, associando-se positivamente a VA e negativamente a CS e a AB. A associação da maioria das espécies a uma maior proporção e proximidade (i.e., respostas em menores escalas) das áreas de VA destaca o papel das zonas ripárias para a manutenção destas populações. Estes resultados ressaltam a necessidade de políticas conservacionistas que visem à proteção dos diversos tipos de fisionomias dentro das reservas legais a serem criadas em áreas de cerrado. |
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"Variação temporal e estrutura trófica da comunidade de peixes do pantanal do Paraguai" |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
29/02/2012 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Emiko Kawakami de Resende
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Francisco de Paula Severo da Costa Neto
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Banca |
- Carlos Eduardo Corrêa
- Jansen Alfredo Sampaio Zuanon
- Luiz Fernando Duboc da Silva
- Yzel Rondon Súarez
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Resumo |
O pulso de inundação é a maior força controladora da biota em sistemas de rios e planícies de inundação. O aporte alóctone oriundo da vegetação inundada, somado a uma grande disponibilidade autóctone associada com produtividade primária submersa, fornecem grande diversidade e abundância de recursos. Nesse sistema os peixes são os maiores consumidores e beneficiados com os recursos disponíveis, como abrigo e alimento. Apesar da disponibilidade de recursos favorecer o hábito alimentar generalista dos peixes, alguns trabalhos evidenciam a permanência de espécies de peixes em determinadas categorias tróficas ao longo das estações hidrológicas. Tendo em vista o papel dos peixes na complexidade de teias tróficas em planícies de inundação tropicais, o objetivo deste trabalho é verificar se há influência do pulso de inundação na estrutura da comunidade e trófica da ictiofauna de um ambiente inundável no pantanal do Paraguai. Foram identificadas 158 espécies de peixes. A estrutura da comunidade de peixes foi influenciada pela inundação e tanto a abundância como a riqueza responderam negativamente ao maior aporte de água. A diversidade Beta foi maior para os períodos de seca. A partir da dieta de 153 espécies de peixes, foram determinados 10 grupos tróficos, os quais também foram influenciados significativamente pelo pulso de inundação. Onívoros foi o grupo com maior representatividade em números de riqueza e abundância em todas as estações hidrológicas, enquanto zooplanctívoros estiveram mais presentes principalmente nos períodos de águas altas. A queda da diversidade Beta durante as cheias é algo esperado em planícies de inundação pois a inundação age como um fator de homogeneização, que a longo prazo age contribuindo no aumento da diversidade do ecossistema através destes distúrbios sazonais. Apesar de ser significativa a relação entre a estruturação trófica e a altura do rio, categorias tróficas como: insetívoros/ictiófagos, onívoros e ictiófagos aparentemente não sofreram mudanças durante as estações. A partir destes dados e do turnover entre estações é possível concluir que as espécies dentro das categorias tróficas sofrem sucessão ecológica em resposta ao pulso de inundação, de forma que se substituem dentro de seu grupo funcional. |
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"Banco de sementes e estabelecimento de plântulas e jovens em capões do Pantanal Sul" |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
27/02/2012 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Andrea Cardoso de Araujo
- Eliana Cazetta
- Geraldo Alves Damasceno Junior
- Joanice Lube Battilani
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Resumo |
A inundação sazonal é um fator de restrição abiótica que influencia fortemente a
estrutura das comunidades vegetais, sobretudo a riqueza e a distribuição das espécies.
Em muitos casos, a zonação se dá pela intolerância das sementes e fases juvenis das
espécies ao alagamento. Assim, este estudo teve como objetivo determinar se as
comunidades do banco de sementes e de regenerantes são estruturadas por fatores
locais, tais como a inundação, e se estas duas fases são representativas e influenciam a
composição da comunidade adulta. Foram coletadas amostras do banco de sementes,
dos regenerantes e da vegetação adulta em capões de mata no Pantanal Sul. As amostras
foram coletadas no interior e na borda destes capões. O banco de sementes foi
amostrado com parcelas quadradas de 15 cm de aresta e profundidade de 3 cm. Para a
amostragem dos regenerantes, foram dispostas cinco parcelas quadradas de 1 m de
aresta na borda e cinco no interior dos capões, onde foram identificados e quantificados
todos os indivíduos jovens até 1 m de altura. A comunidade adulta foi amostrada com
auxílio de parcelas de 5 m x 20 m, sendo uma parcela no interior e uma parcela na borda
de cada capão, onde todos os indivíduos com circunferência a altura do peito (CAP) ≥
15cm foram amostrados. A composição de espécies foi representada por ordenações das
amostras por análise de coordenadas principais. Os efeitos da posição no gradiente de
inundação (borda ou interior) e da composição de espécies de sementes e de plântulas
sobre a composição de espécies de plantas adultas foram verificados através de análise
de covariância. A composição do banco de sementes, plântulas e jovens e da
comunidade adulta diferiu entre o interior e a borda do capão. Apenas seis espécies
foram comuns ao banco de sementes e às adultas. Entretanto, muitas espécies na
comunidade adulta também estiveram presentes na comunidade de regenerantes. A
análise de caminhos mostrou os efeitos diretos e indiretos da posição no gradiente de
inundação (borda e interior) e os efeitos do banco de sementes e dos regenerantes sobre
a comunidade adulta. Para os capões, o banco de sementes é pouco representativo e a
comunidade adulta é influenciada, sobretudo, pelos jovens suprimidos e pelas sementes
provenientes diretamente da chuva de sementes. Entretanto, a posição no gradiente de
inundação no capão é o principal fator determinante da composição da comunidade
adulta, influenciando também o banco de sementes e os regenerantes. Assim, fatores
locais, tal qual inundação e seca irão determinar quais espécies se estabelecem no
interior e borda dos capões, fazendo com que ocorra uma zonação de espécies nos
capões. |
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"Redes de interação planta-polinizador em duas fitofisionomias de cerrado na Serra de Maracaju, Mato Grosso do Sul" |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
27/02/2012 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Waldemar Guimarães Barbosa Filho
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Banca |
- Erich Arnold Fischer
- Isabela Galarda Varassin
- Leandro Freitas
- Marco Aurelio Ribeiro De Mello
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Resumo |
O cerrado é o segundo maior ecossistema do Brasil, sendo uma das áreas de maior biodiversidade do mundo e considerado um dos hotspots de biodiversidade. Estudos com a abordagem de redes de interações são importantes para a compreensão sobre a estrutura e funcionamento da interação planta-polinizador. Estudos desse tipo, com alto rigor taxonômico, e que separam pilhadores de polinizadores, são fundamentais para a compreensão de redes mutualísticas. Apesar da importância do Cerrado, estudos sob esse enfoque ainda são inexistentes para esse ambiente. O presente estudo foi realizado em uma área de mata de galeria e uma área de cerrado rupestre na Serra de Maracaju. A rede de interações do cerrado rupestre foi composta por 94 espécies de polinizadores e 38 espécies de plantas, enquanto a da mata de galeria foi composta por 44 espécies de polinizadores e 23 espécies de plantas. A composição de espécies foi muito diferente entre as duas áreas. A conectância das redes pode ser considerada baixa em comparação com redes de interações em outros ambientes. Entretanto, pelo fato do presente estudo incluir diferentes grupos de polinizadores, a baixa conectância pode ser consequência de interações improváveis, as chamadas “ligações proibidas”. A maior dependência dos polinizadores pelas plantas caracteriza uma rede de interações assimétrica. O aninhamento não significativo das redes estudadas pode ser uma desvantagem, uma vez que o aninhamento da rede confere à comunidade maior resistência a perturbações, como a perda de espécies e habitats. As plantas foram mais centrais que os polinizadores nas duas áreas estudadas, o que se deve principalmente à diferença no número de espécies. Dentre os polinizadores, os beija-flores foram o grupo que apresentou a maior centralidade, sugerindo que tenham papel chave nas redes de interações das áreas estudadas. As abelhas apresentaram a maior riqueza de espécies e também a maior abundância de visitas nas plantas o que corrobora com estudos que consideram este grupo como os principais polinizadores em diferentes ecossistemas temperados e tropicais. |
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"Estratégia de forrageamento das larvas de Myrmeleon brasiliensis (Návas, 1914) (Neuroptera, Myrmeleontidae)" |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
27/02/2012 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Tatiane do Nascimento Lima
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Banca |
- Antonio Pancracio de Souza
- Fabio de Oliveira Roque
- Glauco Machado
- Gustavo Graciolli
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Resumo |
Neste trabalho foram estudados alguns aspectos envolvidos na estratégia de forrageamento das larvas da formiga-leão Myrmeleon brasiliensis (Návas, 1914) (Neuroptera, Myrmleontidae). As larvas foram observadas e coletadas em uma área de reserva florestal de mata ciliar em Aquidauana, Mato Grosso do Sul, entre março de 2009 e fevereiro de 2011. Em laboratório, foram montados experimentos nos quais foram observadas as relações entre os custos e os benefícios da captura de presas por larvas de M. brasiliensis. Foi observado que as larvas tendem a adaptar o tamanho de suas armadilhas de acordo com as variações de oferta de alimento e da frequência de perturbação imposta às suas armadilhas. Com a construção de uma armadilha grande, o ganho com o sucesso na captura de presas sobrepõe os custos da sua manutenção. Também foi observado que há uma relação negativa entre o tamanho da presa e o sucesso de predação e uma relação positiva entre o tamanho da presa e o tempo gasto com a sua captura. O aumento no tamanho da presa não acarreta na destruição na armadilha, e sugere que a captura de presas pequenas pelas larvas de M. brasiliensis seja mais vantajosa para todos os estádios larvais. Nos estudos desenvolvidos no ambiente natural foi observado se a presença de M. brasiliensis afeta o forrageamento das formigas (Hymenoptera, Formicidae). Também foi observado que as larvas de M. brasiliensis consumiram presas que representaram somente uma parcela das espécies de presas disponíveis. Sendo que, as larvas capturaram uma maior proporção de presas dos tamanhos mais frequentes em todos os estádios. Além disso, as estimativas de riqueza de espécies de presas aumentaram em função do aumento no tamanho das armadilhas. |
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Efeito da disponibilidade de recursos alimentares sobre a diversidade e a composição de espécies de morcegos filostomídeos em regiões do Pantanal e do Cerrado |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
24/02/2012 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Adriano Garcia Chiarello
- Josue Raizer
- Marcelo Oscar Bordignon
- Marcelo Rodrigues Nogueira
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Resumo |
A especialização alimentar dos morcegos filostomídeos aparentemente tem fortes influências
históricas e tem sido apontada como um dos principais mecanismos que permitem a co-ocorrência de
várias espécies. Por outro lado, esta especialização pode implicar na ausência ou na baixa abundância
de determinada espécie em locais onde seu recurso alimentar principal é escasso. Neste estudo avalio
se há diferenças entre a planície (Pantanal) e o planalto (Cerrado) na diversidade de morcegos
filostomídeos, na diversidade de recursos alimentares disponíveis e na diversidade de itens
consumidos. Avalio também se a composição das espécies de frutos e flores e das ordens de
artrópodes disponíveis como recurso alimentar determinam a composição de espécies de morcegos
filostomídeos na planície e no planalto. A comunidade de filostomídeos do Cerrado apresentou maior
riqueza (S = 15) e índice de diversidade de Shannon (H’ = 1,46) que o Pantanal (S = 10 e H’ = 0,71,
respectivamente). A maior riqueza e diversidade de itens alimentares disponíveis no Cerrado que no
Pantanal permitem um número maior de espécies de morcegos filostomídeos naquela região. A
riqueza e diversidade de itens consumidos pelos morcegos também foram maiores no Cerrado que no
Pantanal. As maiores abundâncias relativas dos morcegos frugívoros Artibeus planirostris e
Platyrrhinus lineatus no Pantanal que no Cerrado são determinada pelas maiores abundâncias
relativas de seus alimentos principais – frutos de Ficus spp. e Cecropia pachystachya – no Pantanal
que no Cerrado. Por outro lado, as maiores abundâncias relativas dos frugívoros Carollia
perspicillata e Sturnira lilium e do nectarívoro Glossophaga soricina no Cerrado são determinadas
pelas maiores abundâncias relativas de seus alimentos principais – frutos de Piper spp. e recursos
florais – no Cerrado que no Pantanal. Os resultados sustentam que a composição e abundância de
plantas usadas como fontes alimentares determinam, em grande parte, a ocorrência e a abundância
local de espécies de filostomídeos no Cerrado e no Pantanal. Adicionalmente, corroboram hipótese
que a especialização alimentar é um fator chave para a co-ocorrência de espécies de filostomídeos. |
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