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TRABALHO Ações
Efeitos de mudanças climáticas no produto de interações entre mosquitos: evidencias a partir de microcosmos com módulos de comunidades experimentais
Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
Tipo Dissertação
Data 25/02/2013
Área ECOLOGIA
Orientador(es)
  • Fabio de Oliveira Roque
Coorientador(es)
    Orientando(s)
    • Breno Franco Leonel
    Banca
    • Gustavo Graciolli
    • Neusa Hamada
    • Ruth Leila Ferreira Keppler
    • Wanderli Pedro Tadei
    • Yzel Rondon Súarez
    Resumo Um dos assuntos mais críticos envolvendo mudanças climáticas é a dinâmica de espécies vetoras de doenças. Apesar da maioria dos cientistas concordar que mudanças climáticas globais influenciarão as dinâmicas de transmissões de doenças infecciosas, a extensão desta influência é incerta. Devido à importância de mosquitos como vetores de doenças, as condições ecológicas e ambientais que influenciam a abundância destas espécies são de grande interesse para a saúde pública. O objetivo deste trabalho foi avaliar experimentalmente o efeito de diferentes cenários de mudanças climáticas nos produtos das interações de formas larvais de Aedes aegypti e Culex quinquefasciatus. Para avaliar esses efeitos adotamos um desenho experimental na qual a densidade das espécies é mantida constante enquanto se muda a proporção das espécies em diferentes cenários experimentais de mudanças climáticas. A sobrevivência das duas espécies não foi afetada, entretanto os tempos de desenvolvimento larval e o tempo de pupação diminuíram frente a futuros cenários de mudanças climáticas. A sobrevivência de A. aegypti aumentou de acordo com a maior densidade de larvas de C. quinquefasciatus, enquanto que o tempo de desenvolvimento foi mais rápido. Isso pode ser explicado ao considerar que os efeitos de competição intraespecífica são maiores do que a inter-específica em A. aegypti. Culex quinquefasciatus não afetou competitivamente A. aegypti em nenhuma das variáveis, mas foi afetado por A. aegypti em relação ao tempo de desenvolvimento. Nossos dados indicam que, em cenários futuros de mudanças climáticas, o crescimento populacional de A. aegypti e C. quinquefasciatus aumentará. Um das implicações dos nossos resultados é que em futuros cenários de mudanças climáticas, ambas as espécies podem expandir suas distribuições, aumentando assim, o risco de epidemias de doenças infecciosas a que as espécies estão associadas.
    INFLUÊNCIA DO PARASITOIDISMO NO DESENVOLVIMENTO DAS LARVAS DE MYRMELEON BRASILIENSIS (NÁVAS, 1914) (NEUROPTERA, MYRMELEONTIDAE)
    Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
    Tipo Dissertação
    Data 22/02/2013
    Área ECOLOGIA
    Orientador(es)
    • Gustavo Graciolli
    Coorientador(es)
      Orientando(s)
      • Lucimara Modesto Nonato
      Banca
      • Antonio Pancracio de Souza
      • Carlos José Enicker Lamas
      • Fabio de Oliveira Roque
      • Manoel Araecio Uchoa Fernandes
      • Tatiane do Nascimento Lima
      Resumo Os parasitoides manipulam o metabolismo do hospedeiro em seu próprio benefício influenciando no seu desenvolvimento. O resultado direto ou indireto dessa influência é a morte do hospedeiro. Este trabalho teve como objetivo geral observar a influência do parasitoidismo no desenvolvimento das larvas de formiga-leão Myrmeleon brasiliensis. E como objetivos específicos: verificar em quais instares larvais ocorrem a oviposição do parasitoide; verificar a influência do parasitoide no tempo de desenvolvimento da fase de pupa e da fase de larva; verificar se há diferença no comprimento corporal das larvas; e verificar se há diferença na razão sexual dos adultos de Myrmeleon brasiliensis. Para tal, as larvas foram diferenciadas em 1º, 2º e 3º instar e medidas quanto ao comprimento corporal (cabeça-abdome) e acompanhadas até a emergência do adulto. Foi observado que o parasitoide Paravilla sp. atacou somente as larvas de 2º e 3º instar. Não houve diferença no tempo de desenvolvimento das larvas parasitadas e não parasitadas, apenas no período pupal. Também não houve diferença no tamanho corporal das larvas parasitadas e não parasitadas e a razão sexual teve uma proporção de 1:1. Sendo assim, pode-se concluir que o parasitoide Paravilla sp. influencia no tempo de desenvolvimento das pupas de Myrmeleon brasiliensis.
      Associações entre aves e mamíferos nativos e introduzidos no Pantanal
      Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
      Tipo Dissertação
      Data 13/02/2013
      Área ECOLOGIA
      Orientador(es)
      • Rudi Ricardo Laps
      Coorientador(es)
        Orientando(s)
        • Daniel Irineu de Souza Dainezi
        Banca
        • Ivan Sazima
        • Marcelo Oscar Bordignon
        • Rogerio Rodrigues Faria
        Resumo Várias espécies de aves usam mamíferos como batedores, sendo chamadas de seguidoras, assim como também removem ectoparasitas do corpo deles em associações de limpeza. Observei o comportamento das espécies de aves associadas a capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris) e ao gado bovino (Bos taurus) no Pantanal por 180 h, durante nove meses. Foram registradas 15 espécies de aves em associação com esses mamíferos. A iraúna-grande (Molothrus oryzivorus), o suiriri-cavaleiro (Machetornis rixosa), o chupim (Molothrus bonariensis), o joão-de-barro (Furnarius rufus), o carcará (Caracara plancus), o anu-preto (Crotophaga ani) e o urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus) foram registrados tanto com o gado quanto com as capivaras. A garça-vaqueira (Bubulcus ibis), o carrapateiro (Milvago chimachima) e o anu-branco (Guira guira) foram registrados exclusivamente com o gado. Somente com as capivaras foram registradas a jaçanã (Jacana jacana), o japacanim (Donacobius atricapilla), o casaca-de-couro-amarelo (Furnarius leucopus), a gralha-do-pantanal (Cyanocorax cyanomelas) e a graúna (Gnorimopsar chopi). Registrei, pela primeira vez, a associação de cinco espécies de aves com mamíferos: anu-branco com o gado, o japacanim, o casaca-de-couro-amarelo, a gralha-do-pantanal e a graúna com a capivara. A associação das aves com os mamíferos foi muito comum, tanto com o gado quanto com a capivara. A abundância de aves está relacionada ao número de mamíferos no grupo, mas não ao comportamento deles. O período do dia, a quantidade de aves, e o comportamento e natureza (se seguidor ou limpador) das associações de cada espécie de ave variaram de acordo com a espécie de mamífero com a qual esteve associada. As aves foram mais seguidoras com o gado e fizeram mais limpeza com as capivaras. Isso pode indicar que a maioria das espécies de aves ainda não se adaptou completamente a presença do gado na região.
        Distribuição Atual de Onça-Parda (Puma concolor) e Onça-Pintada (Panthera onca) no Pantanal Brasileiro
        Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
        Tipo Dissertação
        Data 17/09/2012
        Área ECOLOGIA
        Orientador(es)
        • Flávio Henrique Guimarães Rodrigues
        Coorientador(es)
          Orientando(s)
          • André Restel Camilo
          Banca
          • Marinez Ferreira de Siqueira
          • Peter Grandsen Crawshaw Junior
          • Rafael Dias Loyola
          • Sandra Maria Cintra Cavalcanti
          Resumo
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          COMPOSIÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DAS COMUNIDADES DE INSETOS (COLEOPTERA E DIPTERA) ASSOCIADOS A MASSAS FECAIS DE BOVINOS EM DOIS AMBIENTES
          Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
          Tipo Dissertação
          Data 02/05/2012
          Área ECOLOGIA
          Orientador(es)
          • Fernando Paiva
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • Ricardo Rech
            Banca
            • Gustavo Graciolli
            • Jairo de Campos Gaona
            • Josue Raizer
            • Leticia Maria Vieira
            • Wilson Werner Koller
            Resumo Mudanças espaciais na composição e distribuição de espécies estão ligadas a aspectos ambientais da variação dos habitats. Esta variação pode ser natural, formando diferentes mosaicos, ou por ação antrópica na fragmentação de habitats, como é o caso das pastagens cultivadas. As massas fecais de vertebrados constituem recurso efêmero, espacial e temporalmente imprevisível que influenciam a distribuição espacial e as relações de concorrência entre as espécies. Em especial, as massas fecais de bovinos fornecem um excelente meio para colonização de várias espécies de artrópodes, principalmente organismos das ordens Diptera e Coleoptera. O Brasil possui uns dos maiores rebanhos de bovinos do mundo e nestas condições o conhecimento dos grupos envolvidos na decomposição do bolo fecal é um fator importante. Desta forma, os objetivos neste estudo foram identificar dípteros e coleópteros atraídos por massas fecais bovinas expostas durante quatro dias consecutivos e as respectivas distribuições ao longo do ano em duas áreas distintas e contiguas: pastagem cultivada e fragmento de cerrado a partir de um dispositivo desenvolvido para captura simultânea de representantes das duas ordens. As amostragens foram realizadas em seis expedições de coleta, com intervalos de no mínimo 40 dias cada. Para efeito de estudo foram identificadas e quantificadas as espécies da família Aphodiidae e Scarabaeidae (Coleoptera), Muscidae e Calliphoridae (Diptera) além de contabilizados os indivíduos da família Sarcophagidae. Foram capturados 8.398 indivíduos da ordem Coleoptera, distribuídos em duas famílias, representados por 26 espécies ou morfoespécies, e 37.048 indivíduos da ordem Diptera, distribuídos nas três famílias acima mencionadas, totalizando 23 morfoespécies e oito espécies. A maior riqueza de espécies foi registrada no fragmento de mata para ambas as ordens, enquanto que a maior abundância de coleópteros foi verificada na área de pastagem e de dípteros na área de mata. Não foi constatada diferença na abundância de coleópteros em relação ao tempo de exposição da massa fecal, entretanto, a abundância de dípteros foi significativamente maior no primeiro dia de captura. Foi verificada uma maior abundância de coleópteros nos meses com maior precipitação pluviométrica, enquanto que para dípteros a maior abundância foi no período seco do ano. A comunidade de coleópteros e dípteros em geral apresentou padrão semelhante àqueles relatados em trabalhos realizados em áreas de pastagens no bioma do cerrado, destacando a predominância de pequeno número de espécies.
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            Estimativa populacional, dispersão e uso das hospedeiras por Quesada gigas Olivier 1790 (Hemiptera: Cicadidae)
            Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
            Tipo Dissertação
            Data 02/05/2012
            Área ECOLOGIA
            Orientador(es)
            • Josue Raizer
            Coorientador(es)
              Orientando(s)
              • Bruno Ervolino Montanhez
              Banca
              • Fabio de Oliveira Roque
              • Jairo Campos Gaona
              • Paulo de Marco Junior
              • Silvio Shigueo Nihei
              Resumo 1. A emergência e vida adulta da cigarra-do-cafeeiro Quesada gigas Olivier 1790 foi monitorada em um ambiente urbano gramado e arborizada.
              2. Foram coletadas manualmente todas as exúvias presentes nas árvores (5930) e os adultos foram capturados com rede entomológica e marcados com tinta acrílica. Cada cigarra (801) e cada árvore (382) foram registradas com números de referência individuais.
              3. Cigarras marcadas e recapturadas permitiram estimar o tamanho da população da área em comparação com o número de exúvias. A distância entre os pontos de captura e recapturas foram medidos como estimativa da dispersão dos indivíduos. Três espécies arbóreas comuns na área tiveram o número acumulado de exúvias quantificado para comparação quanto ao seu uso com hospedeiras.
              4. A análise de semelhança de proporções se mostrou eficaz na estimativa populacional quando comparada ao acumulado de cigarras nesse período. Distintos padrões de deslocamento entre sexos foram encontrado, além de diferenças no uso das hospedeiras locais por Quesada gigas.
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              REDE DE INTERAÇÕES ENTRE BEIJA-FLORES (AVES: TROCHILIDAE) E AS FLORES QUE VISITAM NO PANTANAL DO MIRANDA, MATO GROSSO DO SUL
              Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
              Tipo Dissertação
              Data 26/04/2012
              Área ECOLOGIA
              Orientador(es)
              • Andrea Cardoso de Araujo
              Coorientador(es)
                Orientando(s)
                • Paulo Alexandre Bogiani
                Banca
                • Caio Graco Machado Santos
                • Erich Arnold Fischer
                • Isabela Galarda Varassin
                • Jose Ragusa Netto
                • Paulo Roberto Guimarães Junior
                Resumo Este estudo teve como objetivos investigar quais espécies de plantas são visitadas por beija-flores, conhecer as espécies de beija-flores da área de estudo e avaliar a estrutura da rede de interações entre estas aves e as espécies de plantas que visitaram no Morro do Azeite e seu entorno. Este estudo foi realizado durante 12 meses em expedições mensais de quatro dias, no Pantanal do Miranda, Mato Grosso do Sul Foram registrados para as plantas, o hábito, número de flores abertas, morfologia floral e coloração predominante da corola. Foram mensuradas também a concentração e o volume de néctar. Em todas as espécies de plantas floridas foram realizadas observações focais para o registro de visitas de beija-flores. A amostragem da comunidade de beija-flores foi feita através de capturas, utilizando redes de neblina, bem como através de visualizações ocasionais durante percursos na área de estudo. Foram registradas 15 espécies de plantas visitadas por beija-flores, sendo dez ornitófilas e cinco não ornitófilas; entre as plantas visitadas predominou o hábito herbáceo. A média do volume e concentração de néctar das flores ornitófilas foi de 31,92 ± 26,77 μl e 23,86 ± 5,15% respectivamente. Nas não ornitófilas foi de 30,28 ± 19,7 μl e 22,81 ± 7,82%. O pico de floração das flores visitadas pelos beija-flores se concentrou no final da estação seca e inicio da estação chuvosa (setembro-novembro). A densidade de flores não ornitófilas registrada no estudo foi mais baixa que a de flores ornitófilas. Foram observadas quatro espécies de beija flores na área: Anthracothorax nigricollis, Eupetomena macroura, Hylocharis chrysura e Phaethornis subochraceus. A rede de interações teve tamanho (S) 19 e conectância (C) 56,67%. O grau médio para a comunidade de beija-flores () foi de 8,25 e para a
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                comunidade de plantas () foi de 2,2. Hylocharis chrysura e P. subochraceus participaram de quase 80% das interações. Dentre as plantas, Inga vera e Psittacanthus cordatus apresentaram 23% das interações. O NODF indicou aninhamento da rede de interações. As plantas apresentaram maior dependência nas interações e a força total de interação foi maior para as espécies de beija-flores. Hylocharis chrysura e P. subochraceus foram os mais centrais na rede, sendo também os mais generalistas e importantes polinizadores para as espécies vegetais neste ambiente. Devido ao fato de floresceram por longo período e apresentarem grande numero de flores abertas por dia, P. cordatus e I. vera podem ser consideradas importantes recursos para os beija-flores na área estudada.
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                Estrutura das infracomunidades de artrópodos ectoparasitos em morcegos no Pantanal Miranda-Abobral, Mato Grosso do Sul, Brasil
                Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                Tipo Dissertação
                Data 23/03/2012
                Área ECOLOGIA
                Orientador(es)
                • Gustavo Graciolli
                Coorientador(es)
                  Orientando(s)
                  • Camila de Lima Silva
                  Banca
                  • Fernando Paiva
                  • Luiz Eduardo Roland Tavares
                  • Mauricio Osvaldo Moura
                  • Michel Paiva Valim
                  Resumo Foram capturados 704 morcegos pertencentes a 26 espécies. As espécies de morcegos mais abundantes foram Artibeus planirostris (46,4%), Platyrrhinus lineatus (19,4%), Myotis nigricans (6.8%) e Noctilio albiventris (6,25%). Entre os morcegos coletados, 526 (23 espécies) estavam parasitados com 5090 artrópodos ectoparasitos distribuídos nas famílias Streblidae, Nycteribiidae, Spinturnicidae, Macronyssidae, Chirodiscidae, Sarcoptidae, Myobiidae, Argasidae, Trombiculidae, Ischnopsyllidae, Polyctenidae e Cimicidae. O objetivo deste estudo foi descrever e quantificar a comunidade de artrópodos ectoparasitos de morcegos coletados no Pantanal Miranda-Abobral e calcular o índice de especificidade ao hospedeiro. As maiores prevalências encontradas foram para os estreblídeos Paradyschiria parvula e Noctiliostrebla maai em Noctilio albiventris e Trichobius costalimai em P. discolor, enquanto a espécie Parakosa rectipes (Chirodiscidae) apresentou maior intensidade média por hospedeiro. A maioria dos ectoparasitos apresentou valor de Índice de especificidade acima de 0,7, o que significa que estas espécies possuem alta especificidade de hospedeiro.
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                  Morcegos do cerrado maranhense: infestação por moscas ectoparasitas e respostas às alterações na estrutura da paisagem
                  Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                  Tipo Dissertação
                  Data 29/02/2012
                  Área ECOLOGIA
                  Orientador(es)
                  • Gustavo Graciolli
                  Coorientador(es)
                    Orientando(s)
                    • Ciro Libio Caldas dos Santos
                    Banca
                    • Adevair Henrique da Fonseca
                    • Carlos Eduardo Lustosa Esbérard
                    • José Luís Passos Cordeiro
                    • Luiz Eduardo Roland Tavares
                    Resumo Neste trabalho descrevemos as respostas das populações e taxocenoses de morcegos à quantidade de hábitat das principais fisionomias existentes em áreas de cerrado. Apresentamos aqui a primeira tentativa de avaliar as respostas dos filostomídeos, a partir de diferentes escalas focais, à proporção dos tipos de fisionomias do cerrado. Realizamos cinco noites de captura em 10 pontos amostrais, de janeiro a maio de 2011, em uma área de cerrado (stricto sensu) localizada no limite norte do cerrado brasileiro. Utilizamos três classes de cobertura do solo relacionadas às espécies e taxocenoses de morcegos: vegetação arbórea (VA), cerrado (stricto sensu) (CS) e áreas abertas (AB). Analisamos as respostas à proporção de VA, CS e AB em escalas focais concêntricas (de 0,5 km, 1 km e 3 km de raio) delineadas em cada ponto. Capturamos 393 morcegos pertencentes a 23 espécies e 16 gêneros da família Phyllostomidae. Com exceção de D. cinerea e D. rotundus, as espécies e índices ecológicos foram mais relacionados às fisionomias de cerrado com maior quantidade de vegetação arbórea, associando-se positivamente a VA e negativamente a CS e a AB. A associação da maioria das espécies a uma maior proporção e proximidade (i.e., respostas em menores escalas) das áreas de VA destaca o papel das zonas ripárias para a manutenção destas populações. Estes resultados ressaltam a necessidade de políticas conservacionistas que visem à proteção dos diversos tipos de fisionomias dentro das reservas legais a serem criadas em áreas de cerrado.
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                    "Variação temporal e estrutura trófica da comunidade de peixes do pantanal do Paraguai"
                    Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                    Tipo Dissertação
                    Data 29/02/2012
                    Área ECOLOGIA
                    Orientador(es)
                    • Emiko Kawakami de Resende
                    Coorientador(es)
                      Orientando(s)
                      • Francisco de Paula Severo da Costa Neto
                      Banca
                      • Carlos Eduardo Corrêa
                      • Jansen Alfredo Sampaio Zuanon
                      • Luiz Fernando Duboc da Silva
                      • Yzel Rondon Súarez
                      Resumo O pulso de inundação é a maior força controladora da biota em sistemas de rios e planícies de inundação. O aporte alóctone oriundo da vegetação inundada, somado a uma grande disponibilidade autóctone associada com produtividade primária submersa, fornecem grande diversidade e abundância de recursos. Nesse sistema os peixes são os maiores consumidores e beneficiados com os recursos disponíveis, como abrigo e alimento. Apesar da disponibilidade de recursos favorecer o hábito alimentar generalista dos peixes, alguns trabalhos evidenciam a permanência de espécies de peixes em determinadas categorias tróficas ao longo das estações hidrológicas. Tendo em vista o papel dos peixes na complexidade de teias tróficas em planícies de inundação tropicais, o objetivo deste trabalho é verificar se há influência do pulso de inundação na estrutura da comunidade e trófica da ictiofauna de um ambiente inundável no pantanal do Paraguai. Foram identificadas 158 espécies de peixes. A estrutura da comunidade de peixes foi influenciada pela inundação e tanto a abundância como a riqueza responderam negativamente ao maior aporte de água. A diversidade Beta foi maior para os períodos de seca. A partir da dieta de 153 espécies de peixes, foram determinados 10 grupos tróficos, os quais também foram influenciados significativamente pelo pulso de inundação. Onívoros foi o grupo com maior representatividade em números de riqueza e abundância em todas as estações hidrológicas, enquanto zooplanctívoros estiveram mais presentes principalmente nos períodos de águas altas. A queda da diversidade Beta durante as cheias é algo esperado em planícies de inundação pois a inundação age como um fator de homogeneização, que a longo prazo age contribuindo no aumento da diversidade do ecossistema através destes distúrbios sazonais. Apesar de ser significativa a relação entre a estruturação trófica e a altura do rio, categorias tróficas como: insetívoros/ictiófagos, onívoros e ictiófagos aparentemente não sofreram mudanças durante as estações. A partir destes dados e do turnover entre estações é possível concluir que as espécies dentro das categorias tróficas sofrem sucessão ecológica em resposta ao pulso de inundação, de forma que se substituem dentro de seu grupo funcional.
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                      "Banco de sementes e estabelecimento de plântulas e jovens em capões do Pantanal Sul"
                      Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                      Tipo Dissertação
                      Data 27/02/2012
                      Área ECOLOGIA
                      Orientador(es)
                      • Josue Raizer
                      Coorientador(es)
                        Orientando(s)
                        • Tatiana Souza do Amaral
                        Banca
                        • Andrea Cardoso de Araujo
                        • Eliana Cazetta
                        • Geraldo Alves Damasceno Junior
                        • Joanice Lube Battilani
                        Resumo A inundação sazonal é um fator de restrição abiótica que influencia fortemente a
                        estrutura das comunidades vegetais, sobretudo a riqueza e a distribuição das espécies.
                        Em muitos casos, a zonação se dá pela intolerância das sementes e fases juvenis das
                        espécies ao alagamento. Assim, este estudo teve como objetivo determinar se as
                        comunidades do banco de sementes e de regenerantes são estruturadas por fatores
                        locais, tais como a inundação, e se estas duas fases são representativas e influenciam a
                        composição da comunidade adulta. Foram coletadas amostras do banco de sementes,
                        dos regenerantes e da vegetação adulta em capões de mata no Pantanal Sul. As amostras
                        foram coletadas no interior e na borda destes capões. O banco de sementes foi
                        amostrado com parcelas quadradas de 15 cm de aresta e profundidade de 3 cm. Para a
                        amostragem dos regenerantes, foram dispostas cinco parcelas quadradas de 1 m de
                        aresta na borda e cinco no interior dos capões, onde foram identificados e quantificados
                        todos os indivíduos jovens até 1 m de altura. A comunidade adulta foi amostrada com
                        auxílio de parcelas de 5 m x 20 m, sendo uma parcela no interior e uma parcela na borda
                        de cada capão, onde todos os indivíduos com circunferência a altura do peito (CAP) ≥
                        15cm foram amostrados. A composição de espécies foi representada por ordenações das
                        amostras por análise de coordenadas principais. Os efeitos da posição no gradiente de
                        inundação (borda ou interior) e da composição de espécies de sementes e de plântulas
                        sobre a composição de espécies de plantas adultas foram verificados através de análise
                        de covariância. A composição do banco de sementes, plântulas e jovens e da
                        comunidade adulta diferiu entre o interior e a borda do capão. Apenas seis espécies
                        foram comuns ao banco de sementes e às adultas. Entretanto, muitas espécies na
                        comunidade adulta também estiveram presentes na comunidade de regenerantes. A
                        análise de caminhos mostrou os efeitos diretos e indiretos da posição no gradiente de
                        inundação (borda e interior) e os efeitos do banco de sementes e dos regenerantes sobre
                        a comunidade adulta. Para os capões, o banco de sementes é pouco representativo e a
                        comunidade adulta é influenciada, sobretudo, pelos jovens suprimidos e pelas sementes
                        provenientes diretamente da chuva de sementes. Entretanto, a posição no gradiente de
                        inundação no capão é o principal fator determinante da composição da comunidade
                        adulta, influenciando também o banco de sementes e os regenerantes. Assim, fatores
                        locais, tal qual inundação e seca irão determinar quais espécies se estabelecem no
                        interior e borda dos capões, fazendo com que ocorra uma zonação de espécies nos
                        capões.
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                        "Redes de interação planta-polinizador em duas fitofisionomias de cerrado na Serra de Maracaju, Mato Grosso do Sul"
                        Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                        Tipo Dissertação
                        Data 27/02/2012
                        Área ECOLOGIA
                        Orientador(es)
                        • Andrea Cardoso de Araujo
                        Coorientador(es)
                          Orientando(s)
                          • Waldemar Guimarães Barbosa Filho
                          Banca
                          • Erich Arnold Fischer
                          • Isabela Galarda Varassin
                          • Leandro Freitas
                          • Marco Aurelio Ribeiro De Mello
                          Resumo O cerrado é o segundo maior ecossistema do Brasil, sendo uma das áreas de maior biodiversidade do mundo e considerado um dos hotspots de biodiversidade. Estudos com a abordagem de redes de interações são importantes para a compreensão sobre a estrutura e funcionamento da interação planta-polinizador. Estudos desse tipo, com alto rigor taxonômico, e que separam pilhadores de polinizadores, são fundamentais para a compreensão de redes mutualísticas. Apesar da importância do Cerrado, estudos sob esse enfoque ainda são inexistentes para esse ambiente. O presente estudo foi realizado em uma área de mata de galeria e uma área de cerrado rupestre na Serra de Maracaju. A rede de interações do cerrado rupestre foi composta por 94 espécies de polinizadores e 38 espécies de plantas, enquanto a da mata de galeria foi composta por 44 espécies de polinizadores e 23 espécies de plantas. A composição de espécies foi muito diferente entre as duas áreas. A conectância das redes pode ser considerada baixa em comparação com redes de interações em outros ambientes. Entretanto, pelo fato do presente estudo incluir diferentes grupos de polinizadores, a baixa conectância pode ser consequência de interações improváveis, as chamadas “ligações proibidas”. A maior dependência dos polinizadores pelas plantas caracteriza uma rede de interações assimétrica. O aninhamento não significativo das redes estudadas pode ser uma desvantagem, uma vez que o aninhamento da rede confere à comunidade maior resistência a perturbações, como a perda de espécies e habitats. As plantas foram mais centrais que os polinizadores nas duas áreas estudadas, o que se deve principalmente à diferença no número de espécies. Dentre os polinizadores, os beija-flores foram o grupo que apresentou a maior centralidade, sugerindo que tenham papel chave nas redes de interações das áreas estudadas. As abelhas apresentaram a maior riqueza de espécies e também a maior abundância de visitas nas plantas o que corrobora com estudos que consideram este grupo como os principais polinizadores em diferentes ecossistemas temperados e tropicais.
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                          DIMORFISMO SEXUAL E ALOMETRIA EM MORCEGOS FRUGÍVOROS.
                          Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                          Tipo Dissertação
                          Data 24/02/2012
                          Área ECOLOGIA
                          Orientador(es)
                          • Erich Arnold Fischer
                          Coorientador(es)
                            Orientando(s)
                            • Alêny Lopes Francisco
                            Banca
                            • Gustavo Graciolli
                            • Ludmilla Moura de Souza Aguiar
                            • Marlon Zortéa
                            • Nilton Carlos Caceres
                            Resumo A distribuição e abundância dos recursos são fatores que determinam os padrões de forrageamento e o uso de ambientes pelas espécies de morcegos. O fato das fêmeas carregarem o feto ou o filhote recém-nascido durante o forrageamento pode gerar pressões seletivas diferentes sobre a forma e o tamanho da asa das fêmeas em relação aos machos, além de sugerir a existência de alometria. O objetivo deste estudo foi avaliar a existência de dimorfismo sexual secundário em quatro espécies de morcegos frugívoros, comuns em diversas regiões do estado de Mato Grosso do Sul, e investigar por meio das medidas corporais e cranianas se o dimorfismo ocorre de forma alométrica ou isométrica. Quatro espécies de morcegos, Artibeus lituratus, A. planirostris, Platyrrhinus lineatus e Sturnira lilium, foram estudadas em regiões urbanas, principalmente no município de Campo Grande, e em regiões preservadas como o Pantanal e planalto de entorno. Para carga alar foram medidos 413 morcegos sendo que em 265 desses foram medidos caracteres corporais externos e ossos das asas. Medidas cranianas foram feitas em 169 indivíduos. Medidas de massa e determinação do estádio reprodutivo e idade foram feitas em campo. Medidas de área da asa, desenhos da asa e medidas corporais e cranianas, foram realizadas em laboratório. Das quatro espécies estudadas, apenas Artibeus planirostris apresentou dimorfismo sexual para área da asa e massa. Porém essa espécie não apresentou diferença nas medidas corporais, sendo considerada isométrica, assim como A. lituratus e P. lineatus. Apenas S. lilium apresentou diferença nas medidas cranianas. Os machos dessa espécie possuem o crânio maior que o das fêmeas. As quatro espécies apresentam características na morfologia da asa que favorecem o carregamento de massa extra e o comportamento das fêmeas durante a gravidez e período de amamentação não compromete sua capacidade de carga.
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                            "Reintrodução e ecologia do gavião-real na América Central"
                            Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                            Tipo Dissertação
                            Data 29/09/2011
                            Área ECOLOGIA
                            Orientador(es)
                            • Nilton Carlos Caceres
                            Coorientador(es)
                              Orientando(s)
                              • Edwin Ricardo Campbell Thompson
                              Banca
                              • Jose Ragusa Netto
                              • Marco Antonio Monteiro Granzinolli
                              • Rudi Ricardo Laps
                              • Tânia Margarete Sanaiotti
                              Resumo Os métodos de soltura utilizados na reintrodução de espécies podem afetar o sucesso do estabelecimento e sobrevivência dos animais soltos. Avaliamos se o período de dependência e a sobrevivência de indivíduos jovens de gavião-real (Harpia harpyja) nascidos em cativeiro e soltos estão influenciados pelo sexo e idade de soltura (classe etário 1: juvenis de 5 a 7 meses, e classe etária 2: juvenis entre 18 e 22 meses). Durante 2002 e 2007 soltamos 34 indivíduos (19 machos e 15 fêmeas) no Panamá e em Belize. O sucesso do método de „hacking‟ (sobrevivência) foi significativamente diferente (Z = -2.05, P = 0.040), para as duas classes etárias: 70% para jovens da classe etária 1 e 100% para as aves mais velhas da classe etária 2. Também houve diferenças na duração do período de dependência (P < 0.001) para a classe etária 1 a media foi de 18,9 (SE = 1,3) meses e para a classe etária 2 foi de 1,45 (SE = 0,77) meses. Mediante a regressão de Cox identificamos que a interação entre a idade e o sexo afeta significativamente o período de dependência, sendo a idade a variável mais importante. A soltura de indivíduos com mais de 18 meses de idade aumentou a sobrevivência e diminuiu o período de dependência. O método de „hacking‟ pode ser utilizado para a soltura de gavião-real na natureza, e foi mais eficiente nestas águias longevas, quando em vez de realizar-las à idade de “fledging” (quando os jovens voam fora do ninho) como tradicionalmente os falcoeiros fazem foi retardada a soltura até idades próximas à idade de independência.
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                              PROBABILIDADE DE OCUPAÇÃO POR PEQUENOS MAMÍFEROS EM UMA REGIÃO DO PANTANAL, MATO GROSSO DO SUL, BRASIL
                              Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                              Tipo Dissertação
                              Data 25/03/2011
                              Área ECOLOGIA
                              Orientador(es)
                              • Marcelo Oscar Bordignon
                              Coorientador(es)
                                Orientando(s)
                                • Hugo Borghezan Mozerle
                                Banca
                                • Liliani Tiepolo
                                • Marcus Vinicius Vieira
                                • Mônica Aragona
                                • Renata Pardini
                                Resumo O pantanal é um dos ambientes preservados do Brasil, porém nos últimos anos o manejo tradicional do gado bovino tem mudado, fazendo aumentar o desmatamento no bioma. Os pequenos mamíferos são bons indicadores dessas mudanças. Nosso objetivo foi avaliar a influência de variáveis ambientais na probabilidade de ocupação de cinco espécies de pequenos mamíferos em uma fazenda de pecuária com pastagens cultivadas no Pantanal. Foram medidas nove variáveis na escala do habitat e cinco na de paisagem. Para as análises utilizamos o programa PRESENCE 2.4, onde são inseridos os históricos de captura para cada espécie. A probabilidade de ocupação de Dazyprocta azarae diminuiu com a distância da floresta e de indivíduo adulto de acuri, de Thrichomys pachyurus aumenta gradativamente quanto mais próxima de árvores maiores que 25 cm de diâmetro e quanto maior a mancha de floresta. A probabilidade de ocupação de Gracilinanus agilis e Thylamys macrurus aumenta com o aumento da cobertura de dossel e a proximidade de árvores entre 5 e 25 cm de diâmetro respectivamente, e a de Monodelphis domestica aumenta com a diminuição de cobertura de monocotiledôneas e aumento da cobertura de serrapilheira.Todas as espécies apresentaram probabilidades de ocupação influenciadas por variáveis relacionadas à ambientes florestais. Com o aumento do desmatamento, a manutenção e algumas melhorias no manejo tradicional da pecuária são necessários para a conservação da biodiversidade.
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                                "Sobreposição de nicho entre espécies de Thamnophilidae (Aves, Passeriformes) na Reserva Cisalpina, Brasilândia, Mato Grosso do Sul"
                                Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                Tipo Dissertação
                                Data 23/03/2011
                                Área ECOLOGIA
                                Orientador(es)
                                • Sergio Roberto Posso
                                Coorientador(es)
                                  Orientando(s)
                                  • Fernanda Andrade Bueno
                                  Banca
                                  • Augusto Joao Piratelli
                                  • Jose Ragusa Netto
                                  • Luiz dos Anjos
                                  • Marco Antônio Manhães
                                  • Rudi Ricardo Laps
                                  Resumo Por pertencerem a uma mesma guilda alimentar e apresentarem hábitos semelhantes, as espécies de Thamnophilidae estão sujeitas à competição interespecífica. Todavia, são escassos os estudos que abordam estes aspectos nesta família, particularmente no Cerrado. Desta forma, os objetivos deste estudo foram analisar a distribuição horizontal e morfologia das espécies de Thamnophilidae presentes na Reserva Cisalpina, Brasilândia, MS, e analisar a dieta e distribuição vertical de duas espécies desta família, a fim de investigar sobre as dimensões do nicho que são relevantes para a diferenciação ecológica entre estas espécies. Foram registradas cinco espécies de Thamnophilidae na área de estudo: Taraba major, Thamnophilus doliatus, T. pelzelni, Herpsilochmus longirostris e Formicivora rufa. Pouca sobreposição (G = 244,4; gl = 9; p < 0,05) foi encontrada entre as espécies no uso dos quatro hábitats estudados. Além disso, as espécies apresentaram forte diferenciação morfológica (F = 89,677, p << 0,0001). Deste modo, os dados de distribuição horizontal, aliados às diferenciações morfológicas, podem indicar uma diminuição na sobreposição de nicho, e consequentemente, pela competição por recursos. A estratificação vertical entre T. doliatus e T. pelzelni variou conforme as características do hábitat: no hábitat mais complexo (floresta semidecídua) houve maior sobreposição dos estratos entre estas duas espécies, e no menos complexo (cerradão) utilizaram estratos verticais diferentes. Quanto à dieta de T. doliatus e T. pelzelni no cerradão, houve alta sobreposição de nicho (H’= 0,87), mas uma análise mais refinada das categorias alimentares, aliada à aparente diferenciação morfológica entre estas duas espécies e casos de baixa sobreposição espacial, sugere menor sobreposição de nicho entre elas.
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                                  Densidade de pequizeiros (Caryocar brasiliense Cambess) e predação de sementes pela arara-canindé (Ara ararauna Linaeus) em pastagens
                                  Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                  Tipo Dissertação
                                  Data 17/03/2011
                                  Área ECOLOGIA
                                  Orientador(es)
                                  • Jose Ragusa Netto
                                  Coorientador(es)
                                    Orientando(s)
                                    • Alessandra Aparecida dos Santos
                                    Banca
                                    • Andrea Cardoso de Araujo
                                    • Gláucia Helena Fernandes Seixas
                                    • João Donizete Denardi
                                    • Neiva Maria Robaldo Guedes
                                    • Nilton Carlos Caceres
                                    Resumo Embora as populações da arara-canindé (Ara ararauna) possam sofrer declínios devido ao acelerado desmatamento de cerrado, essa ave é freqüentemente encontrada se alimentando em paisagens como as cidades e as pastagens. Neste estudo eu analisei a relação entre a abundância de frutos de pequi (Caryocar brasiliense) e a taxa de predação de sementes de pequi pela arara-canindé tanto sobre indivíduos ou manchas de pequizeiros frutificando, em pastagens e remanescentes de cerrado. Além disso, analisei a relação entre a taxa de predação de sementes de pequi e tanto o tamanho quanto a densidade de pequizeiros que estavam frutificando em ambos os habitats. Isso foi feito para gerar um modelo de predição de densidade arbórea, que simularia aquela explorada pelas araras em remanescentes de cerrado. Assim, o modelo poderia ser uma importante ferramenta na arborização de pastagens, freqüentemente exploradas pelas araras como áreas de alimentação. Portanto, estabeleci 25 parcelas (medindo 1 ha; 20 estabelecidas nas pastagens e cinco nos remanescentes de cerrado). Essas parcelas apresentaram pequizeiros de tamanho e densidade variáveis. Amostrei a produção de frutos de pequi nas parcelas em pastagens e remanescentes contando diretamente os frutos produzidos de novembro/2009 a março/2010. Já a predação de sementes de pequi pela arara-canindé foi amostrada a partir da inspeção do solo sob a copa dos pequizeiros à procura de vestígios de pequis destruídos. A densidade de pequizeiros foi avaliada através do número de indivíduos/parcela e o seu tamanho pela soma de DAP/parcela. Para analisar a relação entre a taxa de predação de sementes e a abundância de frutos eu utilizei o teste de correlação de Spearman. Também, para analisar a taxa de predação de sementes pelas araras e tanto a densidade quanto o tamanho dos pequizeiros/parcela, eu usei o modelo de regressão linear múltipla. O teste de Kolmogorov-Smirnov foi utilizado para comparar as taxas de predação de sementes por parcelas de pastagens e remanescentes enquanto amostras de ambas as áreas usadas no modelo de predição. Eu amostrei 71 pequizeiros em remanescentes e 83 em pastagens. A média da densidade de pequizeiros foi maior em remanescentes (14.4±7.3 pequizeiros) do que em pastagens (4.2±3.1 pequizeiros). Já o tamanho arbóreo foi maior em pastagens (33.5±10.5 cm) do que em remanescentes (15.9±5.1 cm). A produção de frutos de pequi em pastagens foi maior (73.6±90.14 frutos de pequi) do que em remanescentes (37.2±44.4 frutos de pequi). A taxa de predação em pastagens foi de 49±18% e em remanescentes de 35±30%. A abundância de frutos produzida por pequizeiro exibiu uma forte correlação com a taxa de predação de sementes tanto em pastagens quanto em remanescentes (rs=0.77, P<0.0001; rs=0.82, P<0.0001, respectivamente). A abundância de frutos de pequi produzidos por indivíduo em pastagens variou de 18 a 1010 frutos (média de 250±304.54, n=5007 frutos) e de cinco a 755 frutos em remanescentes (média de 268±288.52, n=1342 frutos). A abundância de frutos de pequi produzidos por parcela nas pastagens variou de 18 a 1010 frutos (média de 250±304.54, n=5007 frutos produzidos) e de cinco a 755 frutos em remanescentes (média de 268±288.52, n=1342 frutos produzidos). Assim, a abundância de frutos de pequi por parcela exibiu forte relação com a taxa de predação em pastagens (rs=0.68, P<0.0003, n=25). A taxa de predação de sementes não exibiu relação com o tamanho dos pequizeiros. Entretanto, a taxa de predação de sementes foi significantemente relacionada à densidade de pequizeiros/parcela (R2=0.49, P<0.001). Esses resultados sugerem a propensão da arara-canindé de procurar por manchas pequizeiros frutificando que exibem copas com cargas de frutos maiores. Além disso, segundo o modelo de regressão linear múltipla, somente três pequizeiros/ha nas pastagens devem ser adequados para oferecer às araras, similarmente a um hectare de remanescentes de cerrado. A alta taxa de predação de sementes de pequi em pastagens indica a adequação dessas paisagens modificadas como importantes áreas de alimentação para arara-canindé. Assim, o
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                                    planejamento da arborização dessas áreas pode favorecer a preservação dessa ave em áreas antropizadas como as pastagens.
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                                    DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL DE TYRANNIDAE (AVES, PASSERIFORMES) EM UM MOSAICO DE HÁBITATS DE CERRADO
                                    Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                    Tipo Dissertação
                                    Data 14/03/2011
                                    Área ECOLOGIA
                                    Orientador(es)
                                    • Sergio Roberto Posso
                                    Coorientador(es)
                                      Orientando(s)
                                      • José Carlos Morante Filho
                                      Banca
                                      • João Batista De Pinho
                                      • Jose Ragusa Netto
                                      • Reginaldo José Donatelli
                                      • Renato Cintra
                                      • Rudi Ricardo Laps
                                      Resumo A heterogeneidade ambiental encontrada em paisagens formadas por mosaico de hábitats possibilita a existência de uma grande diversidade de espécies. A necessidade da utilização de diferentes hábitats pela avifauna pode ser intensificada pela variação climática, visto que severas condições que afetam os períodos de seca podem resultar em fortes pressões sobre as populações. O objetivo desse estudo foi avaliar a diversidade, similaridade e uso dos hábitats pela comunidade de Tyrannidae em um mosaico de hábitats de Cerrado. Além disso, foi verificada a influência da variação climática (período seco e chuvoso) na distribuição espacial das espécies. O estudo foi realizado na Reserva Cisalpina, localizada no município de Brasilândia, MS, em quatro fitofisionomias: Campo alagado, Cerradão, Floresta semidecídua e Cerrado sensu stricto. Em cada ambiente foram estabelecidos oito pontos e a avifauna foi amostrada através do método de ponto de contagem, durante o período de julho de 2009 a junho de 2010. Os dados obtidos nos oito pontos de amostragem foram agrupados para calcular a riqueza, abundância, índice de diversidade e similaridade entre as fitofisionomias. Diferenças nas riquezas e abundâncias entre os ambientes foram testadas por uma análise de variância (ANOVA) e os valores dos dados quantitativos e qualitativos de cada ambiente em relação ao período do ano foram avaliados por um teste t de Student. Testes de Mantel foram realizados para verificar a autocorrelação das comunidades de aves e análises multivariadas foram empregadas para descrever a composição de espécies (PCoA). Foram observadas 37 espécies de tiranídeos distribuídos nos ambientes analisados. As maiores riquezas e abundâncias foram registradas na Floresta semidecídua e no Cerradão, locais que também apresentaram as maiores diversidades. A flexibilidade no uso do ambiente pela maioria das espécies, juntamente com as semelhanças nas características vegetacionais, permitiram que os ambientes florestados apresentassem alta similaridade de espécies. Em contrapartida, as particularidades do Campo alagado fizeram com que essa fitofisionomia abrigasse uma composição de espécies significativamente diferente. Apesar da variação na abundância e riqueza de espécies em relação ao período seco e chuvoso, a distribuição espacial dos tiranídeos não foi afetada pela variação climática. Os resultados obtidos evidenciam a influência da heterogeneidade ambiental sobre os padrões de ocupação das comunidades de aves e sugerem que regiões compostas por mosaico de hábitats são locais chave para manutenção da diversidade biológica, uma vez que possibilitam que um maior número de espécies encontre condições adequadas para a sua sobrevivência.
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                                      ATIVIDADE E TERMORREGULAÇÃO DE TATU PEBA (EUPHRACTUS SEXCINCTUS) E TATU GALINHA (DASYPUS NOVEMCINCTUS) NA NHECOLÂNDIA, PANTANAL, BRASIL
                                      Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                      Tipo Dissertação
                                      Data 04/03/2011
                                      Área ECOLOGIA
                                      Orientador(es)
                                      • Guilherme de Miranda Mourão
                                      Coorientador(es)
                                        Orientando(s)
                                        • Thiago Bernardes Maccarini
                                        Banca
                                        • Adriano Garcia Chiarello
                                        • Flávio Henrique Guimarães Rodrigues
                                        • Mariella Superina
                                        • Vinicius Bonato
                                        • William James Loughry
                                        Resumo Monitoramento em tempo integral é importante para aprimorar a compreensão sobre a partilha de recursos entre espécies e para prover informações que possam guiar estudos que incluem captura ou observações diretas. Apesar de existirem vários métodos para monitorar a atividade da vida silvestre elas apresentam algumas restrições na quantidade e qualidade de dados. Nós desenvolvemos uma técnica de baixo custo monetário que monitora de forma integral a atividade de espécies semi-fossoriais. Nós monitoramos a temperatura do ambiente registrada na superfície do corpo, enquanto este estava dentro ou fora da toca, de 2 espécies de tatus no Brasil (Euphractus sexcinctus e Dasypus novemcinctus), mais a temperatura do ar e a temperatura da toca independentemente. As tocas bem isoladas funcionaram como amortecedores de temperatura e nós pudemos determinar quando um tatu estava ativo sobrepondo os dados de temperatura dos três ambientes. Nossa técnica pode ser útil para complementar estudos que utilize GPS e transmissores VHF.
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                                        INFLUÊNCIA DA ESTRUTURA DA VEGETAÇÃO EM MORCEGOS (MAMMALIA, CHIROPTERA) NO PANTANAL DA NHECOLÂNDIA, BRASIL
                                        Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                        Tipo Dissertação
                                        Data 03/03/2011
                                        Área ECOLOGIA
                                        Orientador(es)
                                        • Marcelo Oscar Bordignon
                                        Coorientador(es)
                                          Orientando(s)
                                          • Maurício Silveira
                                          Banca
                                          • Erich Arnold Fischer
                                          • Gledson Vigianoi Bianconi
                                          • Guilherme de Miranda Mourão
                                          • Gustavo Graciolli
                                          • Katia Maria Paschoaletto M. de Barros Ferraz
                                          Resumo Características estruturais da vegetação como o porte e a densidade de espécies arbóreas estratificação e densidade de sub-bosque influenciam diretamente o uso do espaço por morcegos neotropicais, afetando a abundância local e atividade das espécies. A conversão da vegetação nativa em pastagens exóticas vem se tornado prática comum no Pantanal e, embora possa causar profundo impacto nas populações nativas, seus efeitos ainda são pouco conhecidos. No presente estudo a modelagem de ocupação foi utilizada para analisar os efeitos da estrutura da vegetação na população de Artibeus planirostris em uma área no Pantanal da Nhecolândia. A probabilidade de ocupação de A. planirostris durante a estação chuvosa foi negativamente influenciada pela distancia média entre árvores e a detectabilidade influenciada pela proporção da noite de coleta em que a lua esteve exposta no céu. Durante a estação seca a probabilidade de ocupação não foi diretamente influenciada por nenhuma variável estrutural da vegetação e a detectabilidade foi negativamente influenciada pela densidade de sub-boque. A queda na produção de frutos durante a estação seca deve obrigar A. planirostris alterar seus padrões de forrageamento, fazendo com que use as diferentes fisionomias da vegetação de forma mais homogênea. A queda na probabilidade de ocupação em função da queda na densidade de árvores sugere que a supressão da vegetação nativa, substituindo florestas e savanas por pastagens cultivadas, pode causar grande impacto nas populações de A. planirostris no pantanal da Nhecolândia.
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