Trabalhos Disponíveis

TRABALHO Ações
Trabalho na Execução de Pena Privativa de Liberdade e Direitos Humanos
Curso Mestrado em Direito
Tipo Dissertação
Data 03/02/2018
Área DIREITO
Orientador(es)
  • Ynes da Silva Felix
Coorientador(es)
  • Rejane Alves de Arruda
Orientando(s)
  • Marianny Alves
Banca
  • Ana Paula Martins Amaral
  • Andrea Flores
  • Jacy Correa Curado
  • Rejane Alves de Arruda
  • Ynes da Silva Felix
Resumo O trabalho, atividade diretamente relacionada ao desenvolvimento humano e social, trata-se de elemento central na sociedade moderna, pelo qual se estabelecem meios de socialização. Enquanto direito, está atrelado ao conceito de dignidade da pessoa humana, sendo os valores a ele associados um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito e, na própria ordem internacional, ocupa posição imprescindível na garantia de direitos humanos. O sentido e a estrutura do trabalho, haja vista seu aspecto cultural, se altera de acordo com o contexto histórico-social no qual se insere, podendo refletir tanto a submissão quanto à autonomia do ser. Embora o trabalho forçado seja proibido pelas normas nacionais e internacionais, o trabalho dentro das prisões se perpetua em caráter obrigatório, uma relação historicamente explicada a partir da contextualização com o surgimento da pena de prisão. Sob essa perspectiva, nota-se que a pena privativa de liberdade ainda mantém uma estreita relação com o trabalho, considerando que o conceito de bom comportamento, dentro ou fora das prisões, encontre-se submerso em um modelo cultural no qual o exercício de um trabalho é indispensável. Nesse sentido, o trabalho tem por objetivo investigar se a forma pela qual o sistema jurídico brasileiro trata a questão do trabalho no momento de execução de uma pena privativa de liberdade está em consonância com o entendimento internacional sobre o assunto, de forma a ponderar o atendimento às premissas de direitos humanos. Para tanto, o texto se estrutura de forma a tecer considerações sobre a categoria trabalho; articula um histórico acerca da prisão e do trabalho enquanto penas no mundo e no Brasil; apresenta questões relevantes para o entendimento do sistema penitenciário brasileiro e das normas que regulam o trabalho prisional; discute o direito do trabalho como direito humano; para mais tarde avaliar o trabalho prisional sob o prisma dos direitos humanos. Dessa forma, foi possível concluir que o sistema jurídico brasileiro ainda não se encontra em consonância com os preceitos internacionais sobre o trabalho prisional, logo, em desacordo com os ideais disseminados pelos direitos humanos, o que ocorre tanto pela legislação em vigor, quanto pela atuação dos poderes Executivo e Judiciário. Por fim, importa esclarecer tratar-se de estudo desenvolvido a partir de pesquisa bibliográfica e documental, com fundamentação em criminologia crítica, que se utiliza de método dedutivo para alcançar os objetivos almejados.
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Minha identidade não é sua e eu não sou minha genital: a realidade jurídico-registral de transexuais
Curso Mestrado em Direito
Tipo Dissertação
Data 26/01/2018
Área DIREITO
Orientador(es)
  • Antonio Conceicao Paranhos Filho
Coorientador(es)
  • Livia Gaigher Bosio Campello
Orientando(s)
  • Welington Oliveira de Souza Costa
Banca
  • Antonio Conceicao Paranhos Filho
  • Livia Gaigher Bosio Campello
  • Paulo Roberto Iotti Vecchiatti
  • Vladmir Oliveira da Silveira
  • Ynes da Silva Felix
Resumo Este trabalho aporta pesquisa sobre a problemática, a gravíssima problemática, da desconsideração da identidade de gênero das pessoas transexuais, mormente quando, para a alteração de seu gênero em seu assento civil de nascimento, lhes é exigida, previamente, a realização da cirurgia de modificação do sexo, aqui denominada cirurgia de transgenitalização. O trabalho objetivou demonstrar que a identidade de gênero não está associada às questões puramente físicas e, portanto, a cirurgia de modificação do sexo não pode ser imposta. Para tanto, a pesquisa, dividida em três capítulos, inicialmente esclareceu a sigla do movimento LGBTI e, a seguir, apresentou o ineditismo da temática em termos de aprofundamento jurídico, para demonstrar o estado atual da arte. Em seguida, apresentaram-se conceitos imperiosos sobre o tema, bem como situações sociais relativas à vivência trans. No segundo capítulo, foram abordados aspectos relacionados aos direitos humanos aplicáveis à proteção da identidade de gênero em suas dimensões, o Movimento Trans e Programas Internacionais correlatos à temática. Por fim, no terceiro capítulo, foram abordados os aspectos jurídicos acerca da identidade de gênero, além da questão da alteração do registro civil sem que para tanto seja necessária a realização da cirurgia de transgenitalização. Houve mapeamento da jurisprudência pátria sobre o tema, a análise dos julgamentos dos Tribunais Superiores e do Projetos de Lei da Identidade de Gênero em trâmite. Outrossim, foram apresentados casos reais de vivências trans e sua inserção social. Em termos de resultados, a título de conclusões prévias, consolidou-se o entendimento sobre a desnecessidade da realização da cirurgia de transgenitalização para a efetiva consideração da identidade de gênero das pessoas trans, que está dissociada de seu aparelho genital. Ademais, a empírica aponta que as pessoas transexuais sofrem diversos tipos de exclusão social em razão do desrespeito perpetrado face suas identidades de gênero. Esta dissertação, exploratória, bibliográfica e documental, desenvolveu-se a partir dos métodos indutivo e dedutivo. O marco teórico está fundado nos direitos de personalidade, sexualidade e teorias correlatas à identidade de gênero, em análise multidisciplinar. Como critério de inclusão, foram consideradas as pessoas transexuais na forma abordada.
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Acesso à Justiça como Direito Fundamental Substantivo
Curso Mestrado em Direito
Tipo Dissertação
Data 23/01/2018
Área DIREITO
Orientador(es)
  • Lidia Maria Lopes Rodrigues Ribas
Coorientador(es)
    Orientando(s)
    • Alexandre Ávalo Santana
    Banca
    • Andrea Flores
    • Lidia Maria Lopes Rodrigues Ribas
    • Nilton Cesar Antunes da Costa
    • Vilson Bertelli
    Resumo O tema do acesso à justiça como direito fundamental substantivo é tratado no presente estudo, inicialmente, por meio de uma breve incursão na temática da teoria geral dos direitos fundamentais, em uma perspectiva de acesso à justiça como acesso à ordem jurídica justa e compreendido como direito fundamental social de característica instrumental necessária à concretização de outros direitos fundamentais. De igual modo, pelo método dedutivo, a partir de uma análise doutrinária e jurisprudencial, buscou-se apreciar a dimensão substantiva do princípio do devido processo legal e sua repercussão para garantia fundamental do acesso à justiça para além o seu caráter formal, bem como o papel das diretrizes traçadas pelas normas fundamentais processuais constitucionais e infraconstitucionais como importante instrumento para a obtenção do acesso substantivo, sendo possível concluir que num cenário de Estado constitucional democrático tais normas são indispensáveis para a devida percepção do acesso à ordem jurídica justa qualitativamente dimensionada, adequada, efetiva, tempestiva e, portanto, substancial.
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    A Mediação como Método de Solução de Conflitos Individuais do Trabalho
    Curso Mestrado em Direito
    Tipo Dissertação
    Data 22/01/2018
    Área DIREITO
    Orientador(es)
    • Antonio Conceicao Paranhos Filho
    Coorientador(es)
    • Nilton Cesar Antunes da Costa
    Orientando(s)
    • Aline Aparecida de Souza
    Banca
    • Antonio Conceicao Paranhos Filho
    • Dolores Pereira Ribeiro Coutinho
    • Nilton Cesar Antunes da Costa
    • Ynes da Silva Felix
    Resumo A presente pesquisa, caracterizada como bibliográfica e documental, com finalidade
    descritiva e exploratória, propôs-se a verificar se a mediação pode ser inserida como método
    alternativo de solução de conflitos individuais do trabalho e se essa metodologia adéqua-se
    aos princípios basilares do Direito do Trabalho. Além disso, caso possível o seu uso, se a
    técnica mencionada apresenta qualidades e vantagens capazes de torná-la meio adequado para
    o tratamento daqueles conflitos. Não obstante a recente edição de normativos, permitindo o
    uso da mediação no âmbito da Justiça do Trabalho após o início da pesquisa, subsistiu a
    necessidade de uma análise das normas do Direito do Trabalho em contraponto às
    características da mediação, a fim de verificar sua viabilidade e eficácia prática, bem como
    suas possíveis vantagens em relação aos meios, até então, disponíveis. A partir da pesquisa
    ora desenvolvida, depreende-se que a mediação pode se tornar uma ferramenta hábil para o
    tratamento de controvérsias individuais do trabalho, tanto no âmbito judicial como no
    extrajudicial, principalmente, porque restabelece a comunicação entre as partes, permitindo
    que dialoguem num contexto de equilíbrio, o que favorece: a manutenção do vínculo de
    emprego; o tratamento das questões sociológicas que compõem o conflito; a transformação
    positiva das relações; e a apreensão de uma cultura de solução pacífica de conflitos. Ainda, os
    resultados advindos dos seus procedimentos contribuem para a concretização de direitos
    humanos e fundamentais, a exemplo dos direitos de: autonomia da vontade e
    autodeterminação; de acesso à justiça; de liberdade de expressão; de manifestação; de
    reunião; de informação; de privacidade; do contraditório, da ampla defesa; de duração
    razoável do processo; dentre outros que estes possam refletir de maneira indireta na vida das
    partes. Todavia, observou-se que há algumas circunstâncias em que o uso da mediação não
    seria aconselhável, como na hipótese de total obstrução do diálogo entre as partes, bem como
    nos casos atinentes a direitos absolutamente indisponíveis, sobremaneira, aqueles
    relacionados à saúde e à segurança do trabalho e ao pagamento de verbas puramente
    rescisórias, o que pode ser sopesado de acordo com a teoria a ser adotada pelo órgão
    jurisdicional homologador dos acordos realizados mediante o uso da mediação.
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    Cidadania Transnacional: para além da nacionalidade
    Curso Mestrado em Direito
    Tipo Dissertação
    Data 22/01/2018
    Área DIREITO
    Orientador(es)
    • Luciani Coimbra de Carvalho
    Coorientador(es)
    • Ana Paula Martins Amaral
    Orientando(s)
    • Leonardo Chaves de Carvalho
    Banca
    • Cesar Augusto Silva da Silva
    • Luciani Coimbra de Carvalho
    • Vladmir Oliveira da Silveira
    • Ynes da Silva Felix
    Resumo A intensificação e o aumento dos deslocamentos humanos a nível internacional compeliu os Estados a lidar com a necessidade do acolhimento e da integração dos indivíduos que cruzam as fronteiras. No contexto da transnacionalidade, a possibilidade de concessão do status de cidadão a estes indivíduos transnacionais ganha papel de destaque nas questões atuais que merecem serem debatidas por toda a comunidade internacional, uma vez que a cidadania e a proteção dos direitos humanos possuem pontos de convergência. Esta dissertação está inserida na Linha de Pesquisa “Direitos Humanos, Estado e Fronteiras”, do Curso de Pós-Graduação stricto sensu em Direito, da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. O objetivo geral consiste em demonstrar que a cidadania transnacional é uma realidade presente na comunidade internacional contemporânea. Para demonstrar esta questão, o trabalho é dividido em três capítulos. No primeiro, é feita uma análise da evolução do Estado, do Absolutismo ao Estado Constitucional Cooperativo. Nesta análise, são trazidos argumentos a respeito do fenômeno da globalização, do direito ao desenvolvimento, do pluralismo jurídico e da transnacionalidade. O segundo capítulo trata dos deslocamentos humanos transnacionais, dando ênfase no acolhimento dos indivíduos transnacionais no território estrangeiro que escolheram se instalar, no direito à diversidade cultural e na questão da alteridade. Para dar um panorama atual do deslocamento humano internacional, são apresentados números recentes do fenômeno divulgados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e pela Organização Internacional para as Migrações (OIM). Por fim, no terceiro e último capítulo a cidadania transnacional é defendida por meio da apresentação de hipóteses jurídicas já existentes que poderiam ser consideradas advindas desta cidadania. São apresentadas categorias de direitos que deveriam ser garantidas a todos os indivíduos para ser considerados “cidadãos plenos”. Ademais, é feita a dissociação dos conceitos de cidadania e nacionalidade. A conclusão é resultado de todo o conteúdo pesquisado e descrito no trabalho, confirmando-se as hipóteses levantadas durante a escrita. A pesquisa é bibliográfica, com fim exploratório e descritivo, feita sob o método dedutivo.
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    Direito Fundamental à Defesa do Consumidor e Democracia no Processo de Outorga de Concessão de Serviço Público
    Curso Mestrado em Direito
    Tipo Dissertação
    Data 21/12/2017
    Área DIREITO
    Orientador(es)
    • Lidia Maria Lopes Rodrigues Ribas
    Coorientador(es)
      Orientando(s)
      • Luiz Eduardo Lemos de Almeida
      Banca
      • Antonio Hilario Aguilera Urquiza
      • Eduardo Franco Cândia
      • Lidia Maria Lopes Rodrigues Ribas
      • Maurinice Evaristo Wenceslau
      Resumo A defesa do consumidor, para a preservação da sua dignidade e da sua liberdade, encontra-se prevista nos âmbitos internacional, por meio da Resolução n. 39/248 da Organização das Nações Unidas, e nacional, por meio da Constituição de 1988 (artigo 5º, XXXII, e artigo 170, V) e do Código de Defesa do Consumidor (Lei n. 8.078/90), relacionando-se com serviços públicos concedidos. Já no processo de outorga de concessão, que requer atuação eficiente por parte do Estado com vistas aos fins e objetivos constitucionais, a defesa do consumidor parece necessária para a garantia desse direito fundamental e para a adequada prestação de serviço público. Frente à racionalidade de que administração pública parece ter se tornado gerencial e orientada para o cidadão, guiada pelo interesse público que tem seu conteúdo formado pelos fundamentos e objetivos da República, pelos direitos fundamentais e pelos regramentos constitucionais que dirigem o Estado e a sociedade, mostra-se possível que o direito fundamental à defesa do consumidor incida e tenha de ser observado no processo de outorga de concessão de serviço público, com harmonização e coordenação das lógicas publicista e consumerista. O objetivo do trabalho é verificar como a tutela do consumidor, enquanto direito fundamental, deve se dar no processo de outorga de concessão de serviço público, enfrentando-se o problema de haver assimetria de poder e informação – em favor de administradores públicos e empresas que concorrem à concessão, e em prejuízo de cidadãos e consumidores – que afeta negativamente a democracia que se afigura necessária nesse processo. Com pesquisa bibliográfica e documental e com fins descritivos e exploratórios, o trabalho utiliza-se do método dedutivo, partindo-se da imbricação entre direito fundamental à defesa do consumidor e serviços públicos para a verificação da incidência e aplicação das normas jurídicas consumeristas especificamente no processo de outorga de concessão de serviço público, bem assim da análise da democracia em larga escala, em sentido amplo, para democracia em pequena escala, em sentido estrito, ou seja, democracia no processo de outorga de concessão de serviço público. Como resultado deste trabalho, espera-se evidenciar que maior abertura democrática no processo de outorga de concessão de serviço público pode contribuir para se aquilatar de modo mais seguro o interesse público e quais as normas de direito fundamental a serem aplicadas.
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      DIREITOS HUMANOS E PLURALISMO JURÍDICO - O direito indígena e a importância dos laudos antropológicos nos processos penais
      Curso Mestrado em Direito
      Tipo Dissertação
      Data 21/12/2017
      Área DIREITO
      Orientador(es)
      • Antonio Hilario Aguilera Urquiza
      Coorientador(es)
        Orientando(s)
        • André Luiz Carvalho Greff
        Banca
        • Andrea Flores
        • Antonio Hilario Aguilera Urquiza
        • Jose Paulo Gutierrez
        • Livia Gaigher Bosio Campello
        Resumo Apresentamos nesta dissertação um estudo da problemática dos Povos Indígenas, notadamente das comunidades da cidade de Dourados, Mato Grosso do Sul, estudando o tratamento que o Estado brasileiro lhes reserva no campo do direito penal e processual penal, o qual vem ignorando o pluralismo jurídico, a diversidade étnico-racial, o multiculturalismo e os direitos humanos. Na cidade de Dourados cerca de 13 mil índios das etnias Kaiowá-Guarani e Terena convivem circunscritos em apenas 3.539 hectares de terras, ocorrendo conflitos e crimes, além de suicídios, casos estes para os quais a justiça local tem aplicado apenas o Estatuto do Índio, ignorando os avanços da legislação, a exemplo a Convenção 169 da OIT. Ao se ignorar o direito consuetudinário dos Povos Indígenas, que foram praticamente dizimados durante um processo de colonização e aldeamento que já perdura por mais de cinco séculos, o Estado brasileiro afasta-se da concessão da autonomia, prevista na Constituição Federal, artigo 231, causando disparidades no campo da aplicação dos direitos e graves injustiças, acentuando-se o distanciamento dos Povos Indígenas das prerrogativas já reconhecidas no âmbito internacional. Analisamos a importância da perícia antropológica nos processos penais de acusados indígenas, como elemento facilitador ao jurista na compreensão da diversidade e para que exerça a alteridade. Também apresentamos sugestões para solucionar alguns impasses, tais como: a elaboração e aprovação do Estatuto dos Povos Indígenas em substituição ao atual Estatuto do Índio, imputabilidade do acusado indígena, competência para processamento penal de indígenas, acatamento do laudo antropológico pelo juiz etc. Utilizamos como metodologia de pesquisa, a análise bibliográfica documental, jurisprudencial e pesquisa em laudos antropológicos, optando-se pelo método hipotético-dedutivo na extração de conclusões.
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        Diálogos interjudiciais e os fatores para sua promoção no Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos
        Curso Mestrado em Direito
        Tipo Dissertação
        Data 20/12/2017
        Área DIREITO
        Orientador(es)
        • Luciani Coimbra de Carvalho
        Coorientador(es)
        • Luiz Guilherme Arcaro Conci
        Orientando(s)
        • Angela Jank Calixto
        Banca
        • Cesar Augusto Silva da Silva
        • Flávio Garcia Cabral
        • Luciani Coimbra de Carvalho
        • Luiz Guilherme Arcaro Conci
        • Vladmir Oliveira da Silveira
        Resumo O futuro da proteção dos direitos humanos depende da interação entre distintas ordens jurídicas, interação esta que no atual cenário global de fragmentariedade jurídica e cultural é promovido essencialmente por meio do estabelecimento diálogos interjudiciais. Diante da relevância do estudo do diálogo interjudicial em sentido estrito para a efetiva proteção do indivíduo no Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos, procura-se neste trabalho, no qual, por meio do método dedutivo, é realizada uma pesquisa de caráter exploratória, bibliográfica, documental e qualitativa, identificar os fatores que permitem e exigem a promoção de tal diálogo entre a Corte Interamericana de Direitos Humanos e as cortes constitucionais dos países que compõem o sistema. A ausência da identificação de mencionados fatores acaba por criar óbices para a aceitação, pelos Estados, da ideia relativa à imprescindibilidade do desenvolvimento de comunicações entre instâncias judiciais para uma maior proteção dos direitos humanos e acaba por levar, ainda, à recusa no empreendimento de esforços nesse sentido. Criam-se, dessa forma, obstáculos à constante evolução da proteção jurídica conferida aos cidadãos interamericanos, fato que no marco do processo confluência entre o Direito Internacional dos Direitos Humanos e o direito constitucional dos países da região e do processo de formação de um sistema multinível de proteção do indivíduo, configura um retrocesso e justifica a necessidade do presente estudo, sobretudo ante o fato de serem poucos os teóricos que procuraram até o momento demonstrar a existência de mecanismos que exigem a promoção de diálogos entre referidas cortes judiciais. Detendo tal finalidade, a presente pesquisa insere-se perfeitamente no âmbito da linha de pesquisa “Direitos Humanos, Estado e Fronteira” do Programa de Mestrado em Direitos Humanos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, já que discorre acerca de questões relativas ao papel do Estado enquanto garantidor de direitos humanos e acerca de sua inserção em um sistema jurídico não mais limitado por fronteiras territoriais, de forma a exigir a sua constante interação com a corte judicial do sistema regional de proteção dos direitos humanos para, assim, possibilitar a efetiva proteção de tais direitos a todos sob sua jurisdição. Conclui-se que há diversos fatores, sejam eles históricos, normativos ou teóricos, que possibilitam e exigem o estabelecimento de uma relação dialógica no sistema no que se refere à proteção dos direitos humanos, constituindo o diálogo interjudicial um meio essencial para a proteção do indivíduo contra arbitrariedades e violações constantes a seus direitos mais básicos.
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        O Direito Humano de Assistência Consular do Estrangeiro Preso: uma análise da jurisprudência internacional e seus impactos no direito brasileiro
        Curso Mestrado em Direito
        Tipo Dissertação
        Data 20/12/2017
        Área DIREITO
        Orientador(es)
        • Ana Paula Martins Amaral
        Coorientador(es)
        • Andrea Flores
        Orientando(s)
        • João Paulo Calves
        Banca
        • Ana Paula Martins Amaral
        • Andrea Flores
        • Arlinda Cantero Dorsa
        • Luciani Coimbra de Carvalho
        • Rejane Alves de Arruda
        Resumo A presente dissertação tem por objetivo analisar o conteúdo da jurisprudência internacional acerca dos direitos de informação e assistência consular do estrangeiro preso, consagrados no artigo 36 da Covenção de Viena sobre Relações Consulares de 1963, bem como investigar se os Standards fixados nas decisões internacionais foram devidametnte incorporados pelo ordenamento jurídico brasileiro. Abordam-se questões relacionadas com a evolução histórica das relações consulares entre Estados e a caracterização do fluxo migratório para o Brasil, destacando-se à presença de estrangeiros presos no sistema penitenciário brasileiro. Para tanto, a metodologia empregada enfatiza a abordagem qualitativa, dada à subjetividade que permeia os fundamentos sócios jurídicos para a compreensão da realidade em foco, uma vez que trata o fenômeno jurídico como acontecimento humano, moral, social, político e histórico. Ao analisar as normas gerais do direito internacional e sua influência no Direito interno, privilegiamos o raciocínio dedutivo para obtenção da conclusão. Quanto aos fins, a pesquisa se caracteriza como exploratória e descritiva-analitica e quanto aos meios revisão bibliográfica e documental. As profundas transformações sociais, políticas e econômicas, ocorridas ao longo dos séculos XIX e XX, despertaram uma nova função para as instituições consulares, paralela à defesa dos interesses comerciais do Estado: proteger os indivíduos e seus interesses quando em território estrangeiro. A Convenção de Viena sobre Relações Consulares, de 1963, marco normativo das relações diplomáticas, para esta finalidade estabelece, em seu Artigo 36, o direito de assistência consular do preso estrangeiro, bem como o dever, por parte do Estado receptor, de informar a prisão à repartição consular que o representa, em consonância com a defesa da dignidade da pessoa humana estabelecida na Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948). Em outro contexto, a jurisprudência contenciosa da Corte Internacional de Justiça, nos casos Brand, La Grand e Avena, caracterizou o Artigo 36, §1º (b) da Convenção de Viena como direito fundamental do estrangeiro preso, no mesmo sentido da opinião consultiva nº 16/99 da Corte Interamericana de Direitos Humano que, indo além, reconheceu o direito de assistência consular como norma de direito humano no marco do devido processo legal. O governo brasileiro ratificou a Convenção Americana de Direitos Humanos e reconheceu jurisdição obrigatória da Corte IDH, assumindo, dessa maneira, o dever de aplicar as suas decisões. Conclui-se que, o descumprimento do direito de informação e assistência consular do estrangeiro preso, pode levar ao reconhecimento de nulidades processuais, além de levar o Brasil a responder processos por violações de normas internacionais perante as Corte Interamericana de Direitos Humanos.
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        O Controle externo como instrumento para a concretização do Direito Fundamental à boa Administração Pública
        Curso Mestrado em Direito
        Tipo Dissertação
        Data 11/12/2017
        Área DIREITO
        Orientador(es)
        • Luis Fernando Sgarbossa
        Coorientador(es)
          Orientando(s)
          • Dafne Reichel Cabral
          Banca
          • Antonio Hilario Aguilera Urquiza
          • Geziela Iensue
          • Luis Fernando Sgarbossa
          • Sandro Rogerio Monteiro de Oliveira
          Resumo O presente trabalho possui como objetivo a análise de como o controle externo, no que cabe aos Tribunais de Contas, pode servir como importante instrumento para a concretização do direito fundamental à boa administração pública no Brasil e foi elaborado sob o método de abordagem dedutivo e metodologia de pesquisa bibliográfica. Embora exista bibliografia referente a ambos os temas (controle externo e boa administração pública), ainda são escassos os trabalhos que tratam de um como instrumento do outro, o que se mostra pertinente na medida em que a existência de órgãos de controle, bem como de normas, não figura como o problema das sociedades e sim a maneira de torná-los efetivos. Aborda-se, então, o direito fundamental à boa administração pública, fundado no próprio Estado de Direito e, neste viés, os meios que proporciona a Constituição Federal brasileira para garanti-lo e protegê-lo, tais como um amplo sistema de controle. Demonstra-se que são os Tribunais de Contas, órgãos de controle da Administração Pública, os verdadeiros garantidores do cumprimento dos compromissos constitucionais dos administradores da atividade estatal, em especial de arrecadar recursos e devolvê-los à sociedade por meio da prestação de serviços públicos satisfatórios. Procura-se, então, traçar um diagnóstico do déficit da atuação dos Tribunais de Contas e identificar as medidas necessárias para combater anomalias e fortalecer seu mister constitucional, demonstrando que estes órgãos precisam de um novo paradigma de controle, mais eficiente e eficaz para que seja atendido o direito fundamental à boa administração pública. Espera-se trazer a discussão acerca da melhoria do sistema de controle da Administração Pública, com enfoque no controle externo, concluindo que seria um caminho para a concretização da boa administração pública, pois são os Tribunais de Contas órgãos com estrutura e função necessárias para responder eficazmente às exigências e desafios de servir à comunidade, faltando-lhes somente aprimoramentos.
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          Amicus Curiae: instituto democrático da jurisdição constitucional e a concretização dos direitos fundamentais
          Curso Mestrado em Direito
          Tipo Dissertação
          Data 11/12/2017
          Área DIREITO
          Orientador(es)
          • Luis Fernando Sgarbossa
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • Luiz Carlos Ormay Júnior
            Banca
            • Antonio Hilario Aguilera Urquiza
            • Geziela Iensue
            • Luis Fernando Sgarbossa
            • Sandro Rogerio Monteiro de Oliveira
            Resumo O presente trabalho, servindo-se do método dedutivo e de pesquisa bibliográfica e documental, visa analisar o papel do instituto do amicus curiae na efetivação dos direitos fundamentais, no âmbito da jurisdição constitucional brasileira. Embora o amicus curiae seja objeto de diversos estudos, tanto no direito estrangeiro como no pátrio, ainda são escassas as pesquisas que relacionam o instituto com a efetivação dos direitos fundamentais. Neste trabalho, inicialmente aborda-se o conceito de democracia constitucional, fundado na ideia de que as decisões políticas devem respeitar tanto os procedimentos estabelecidos como o conteúdo da Constituição, devendo-se, também, garantir que o indivíduo participe do processo decisório. Observou-se que o Estado democrático de direito representa a submissão da legalidade à Constituição, de modo que todos os atos do poder público devem respeitar sua forma e seu conteúdo. Entretanto, embora seja possível considerar-se a relação entre democracia e constitucionalismo de maneira complementar, existe uma tensão permanente entre ambos, em especial no tocante ao controle judicial de constitucionalidade. Aborda-se o instituto do amicus curiae como um mecanismo fundamental de atenuação dessa tensão, tendo em vista o fato de ele permitir que a sociedade participe do debate constitucional. Dada essa característica do instituto, constatou-se que ele pode contribuir para a efetivação dos direitos fundamentais sob dois aspectos, um imediato, que é a democratização da jurisdição constitucional, efetivando o direito fundamental a um processo justo e o princípio democrático, e o outro mediato, que é o fornecimento de informações que podem auxiliar a formação do conhecimento do Tribunal sobre a controvérsia constitucional, contribuindo assim para a construção de uma decisão que melhor efetive os direitos fundamentais.
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            O regime internacional de combate ao financiamento do terrorismo instituído pelo GAFI e sua compatibilidade com a Soberania Brasileira
            Curso Mestrado em Direito
            Tipo Dissertação
            Data 25/09/2017
            Área DIREITO
            Orientador(es)
            • Livia Gaigher Bosio Campello
            Coorientador(es)
              Orientando(s)
              • João Felipe Menezes Lopes
              Banca
              • Diogo Ricardo Goes Oliveira
              • Livia Gaigher Bosio Campello
              • Mariana Ribeiro Santiago
              • Ynes da Silva Felix
              Resumo O terrorismo é um fenômeno social responsável por graves violações de direitos humanos presente nas sociedades organizadas desde tempos remotos, tendo acompanhado a evolução social até os dias atuais. Com o transcurso do tempo, suas características fenomênicas foram sofrendo alterações, que variam desde os ideais que o motivam até seus métodos de ação, cujos traços distintivos são identificados pela assimetria, pela imprevisibilidade, pela arbitrariedade, pela espetacularidade e pela instrumentalidade. Além das características fenomênicas, algumas peculiaridades relativas às características jurídicas deste tipo de conflito internacional colocam em cheque a utilização isolada das formas tradicionais de preservação da segurança internacional, classicamente empregadas para a solução de conflitos simétricos. O presente trabalho pretende discutir um método específico de combate ao terrorismo, baseado na cooperação internacional voltada à identificação, ao congelamento e ao perdimento de ativos financeiros pertencentes ou utilizados pelas organizações terroristas, levado a efeito pelo Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI). Por meio de uma pesquisa exploratória e descritiva, busca-se abordar as principais características do GAFI (tais como sua origem, sua estrutura organizacional, seus procedimentos e suas estratégias de ação), extraindo-se daí a conclusão de que se trata de um ente sem personalidade jurídica internacional, mas que detém capacidade de influência sobre os demais atores internacionais, inclusive os Estados que compõem a comunidade internacional (dentre eles, o Brasil). A pesquisa avança, então, a uma análise crítica sobre eventual incompatibilidade entre este regime internacional de combate ao financiamento do terrorismo e a soberania brasileira.
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