Mestrado em Biologia Vegetal

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Trabalhos

Trabalhos Disponíveis

TRABALHO Ações
Plasticidade na anatomia do lenho de Inga vera Willd. subsp. affinis (dc.) T.D. Penn. (Fabaceae) e interpretações ecológicas
Curso Mestrado em Biologia Vegetal
Tipo Dissertação
Data 05/05/2017
Área BIOLOGIA GERAL
Orientador(es)
  • Edna Scremin Dias
Coorientador(es)
    Orientando(s)
    • Vinícius Manvailer Gonçalves
    Banca
    • Edna Scremin Dias
    • Erika Amano
    • Júlia Sonsin Oliveira
    • Rosani do Carmo de Oliveira Arruda
    • Thales Henrique Dias Leandro
    Resumo A variedade de formas, dimensões e tipos celulares do lenho é muito conhecida por estar correlacionada com os fatores ambientais, fornecendo um dos primeiros passos para elucidar a relação estrutura-função nas plantas. A capacidade de uma planta em responder às variações nas condições ambientais é de especial importância, uma vez que estas não podem se mover em busca de condições mais favoráveis. Ambientes tropicais como o Pantanal e o Cerrado possuem diferentes condições ambientais, como tipo de solo, precipitação, topografia, entre outros fatores; e estes ambientes estão sujeitos a marcadas variações sazonais na temperatura e disponibilidade hídrica. Além disso, o Pantanal possui um pulso de inundação anual que pode alagar a planície durante um período que pode variar de algumas semanas até vários meses. Árvores que habitam esses ambientes devem ajustar sua morfologia e fisiologia, de forma a persistirem durante períodos de alterações ambientais, tanto a curto quanto a longo prazo. Compreender como as árvores respondem às variações nas condições ambientais fornecem conhecimentos importantes, tanto para avaliar o efeito das mudanças climáticas nas plantas quanto para auxiliar na gestão adequada do ecossistema. I. vera é uma espécie endêmica da região neotropical que, embora prefira ambientes mais úmidos, pode ocorrer em condições variadas. Essa característica nos induziu a pensar que esta espécie pudesse apresentar plasticidade em sua anatomia considerando sua amplitude ecológica. Assim, esta espécie pode revelar-se uma boa candidata para avaliar as características anatômicas-chave para cada ambiente na qual se estabelece. O presente estudo teve como objetivo avaliar comparativamente a anatomia do lenho de indivíduos de I. vera ssp. affinis que ocorrem em mata ciliar do Pantanal, no Rio Paraguai, e indivíduos que ocorrem em mata ciliar (mata de galeria) do bioma Cerrado. Hipotetizamos que os indivíduos do Pantanal podem ter variações em sua anatomia do lenho para lidar com o período de inundação e seca fisiológica; principalmente variações nas dimensões dos elementos de vaso. As amostras foram coletadas a partir do tronco principal de indivíduos de ambos os ambientes utilizando-se métodos não destrutivos. Técnicas usuais em anatomia da madeira foram empregadas para análise dos parâmetros quali-quantitativos. As informações anatômicas da madeira foram correlacionadas com dados ambientais. I. vera possui a anatomia do lenho muito especializada para a condutividade, com predominância de vasos grandes e solitários (55%) e baixa densidade de vasos. Assim, possui alto índice de vulnerabilidade sendo considerada muito sensível à baixa disponibilidade hídrica. No entanto, observamos também agrupamento de até 16 vasos e dimorfismo de vasos com vasos marcadamente estreitos que poderiam conferir resistência na condução. Guarnições encontradas nas pontoações e paredes internas dos elementos de vaso de ambas as populações provavelmente servem para auxiliar na resistência á repetidos períodos de baixa precipitação, e auxiliar também na prevenção a embolia. Indivíduos do Pantanal apresentaram ainda pontoações areoladas coalescentes que também podem auxiliar a evitar e/ou reverter a embolia nos vasos. O parênquima paratraqueal abundante armazenar amido e ajuda a restabelecer o fluxo de água em vasos embolizados. Conclui-se que Inga vera ssp. affinis têm uma anatomia altamente especializada para a eficiência na condução e parece investir, principalmente, em estratégias de evitação de embolia e reestabelecimento do fluxo de vasos embolizados. A anatomia da madeira desta espécie pode explicar o porquê ela cresce rapidamente e pode se estabelecer em uma variedade de ambientes.
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      Uso de índices espectrais como indicador de qualidade ambiental de unidade de conservação
      Curso Mestrado em Biologia Vegetal
      Tipo Dissertação
      Data 28/04/2017
      Área BIOLOGIA GERAL
      Orientador(es)
      • Geraldo Alves Damasceno Junior
      Coorientador(es)
        Orientando(s)
        • Gustavo Massayuki Shiroma
        Banca
        • Anny Keli Aparecida Alves Cândido
        • Antonio Conceicao Paranhos Filho
        • Geraldo Alves Damasceno Junior
        • Marco Antonio Diodato
        • Normandes Matos da Silva
        • Roberto Macedo Gamarra
        Resumo O Pantanal é um complexo ecossistema, com ciclos de cheia e seca que propiciam a diversidade da fauna e flora. É um dos ambientes que apresenta ampla biodiverdidade do planeta e apesar disso, apenas 4,6% de área do Pantanal está protegida por Unidades de Conservação. Várias pesquisas indicam que o Pantanal está sofrendo processos de desmatamento, demonstrando assim a necessidade de ações de conservação por parte do poder público. O sensoriamento remoto tem sido utilizado como ferramenta para os estudos ambientais, trazendo valiosas informações para área da ecologia e climática. Este trabalho teve como objetivo estimar as mudanças da cobertura do solo de três unidades de conservação no Pantanal do Miranda-Abobral dos anos de 1990 e 2013, por meio de ferramentas de sensoriamento remoto, avaliando os aspectos ambientais qualitativos e quantitativos dessas unidades de conservação. Neste estudo foram utilizadas cenas do sensor Landsat 5 TM, de 1990 e do sensor Landsat 8 OLI, de 2013. Foram utilizados o índice de vegetação normalizado (NDVI) e o índice de água normalizado (NDWI) para a classificação e caracterização das unidades. Também foi realizado a composição multitemporal do NDVI e NDWI. As Unidades de Conservação estão cumprindo o seu papel de preservação e regeneração da flora, tanto dentro quanto no entorno delas. O NDVI detectou aumento de fitomassa e o aumento da fitofisionomia de mata ciliar, esse último também verificado na classificação da cobertura do solo. Tanto essas observações quanto a redução de áreas de vegetação estão intrinsicamente relacionadas com a dinâmica e volume hídrico do Pantanal. O NDWI confirmou o aumento do volume de água em 2013. E através da composição multitemporal foram observadas áreas que apresentaram maior ganho ou perda de fitomassa. A aplicação dos índices demonstra potencial uso como ferramenta na predição de qualidade ambiental de unidades de conservação.
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          Há isolamento reprodutivo pré-zigótico entre duas espécies simpátricas de Opuntia (Cactaceae) em vegetação chaquenha brasileira?
          Curso Mestrado em Biologia Vegetal
          Tipo Dissertação
          Data 17/04/2017
          Área BIOLOGIA GERAL
          Orientador(es)
          • Maria Rosangela Sigrist
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • André Luiz Silva Fachardo
            Banca
            • Carlos Eduardo Pereira Nunes
            • Eduardo Leite Borba
            • Maria Rosangela Sigrist
            • Nicolay Leme da Cunha
            • Paulo Eugênio Alves Macedo de Oliveira
            • Wellington Santos Fava
            Resumo A família Cactaceae é uma das mais representativas nas Américas e apresenta inscreveis adaptações evolutivas para sobreviver em ambientes áridos. As diferentes subfamílias de cactos são polinizadas por uma ampla variedade de visitantes florais, incluindo pássaros, morcegos, abelhas, vespas, mariposas, entre outros. Além de apresentar diferentes estratégias de reprodução sexuada, a maioria dos cactos podem reproduzir assexuadamente (e.g., propagação vegetativa via fragmentação dos cladódios). O gênero Opuntia é um dos mais importantes da família Cactaceae, este gênero é polinizado principalmente por abelhas solitárias e especializadas em coletar pólen e néctar, além de ser conhecido pelos altos índices de hibridação natural e ploidização, sugerido como importante para a evolução e diversificação do gênero. Desde os estudos iniciais com Opuntia na década de 70, muitos autores têm direcionado suas investigações para os modos de polinização e reprodução, mas estudos voltados para mecanismos de Isolamento Reprodutivo (IR) são escassos. Neste trabalho, avaliamos se ocorrem mecanismos de IR entre duas espécies de Opuntia que ocorrem em simpatria no Chaco brasileiro. Para isso estudamos o período de floração e correlacionamos com algumas variáveis climáticas, investigamos a biologia floral e morfologia, sistema reprodutivo e partilha de visitantes. Nossos resultados mostraram que a floração foi sazonal, sincrônica e sem relação com as variáveis climáticas selecionadas. Os eventos da biologia floral são bastantes similares. A morfologia floral difere significativamente em muitas das estruturas mensuradas, mas os visitantes florais e polinizadores são compartilhados. As abelhas visitantes pertencem as famílias Andrenidae, Apidae, Halictidae e Megachilidae. Ambas as espécies de Opuntia estão fortemente isoladas pela incompatibilidade pólen-pistilo (barreira pós-polinização). Como mecanismo secundário adicional, discutimos a implicação da fidelidade de forrageio das abelhas Arhysosage cactorum, Ceratina sp. 2 e Megachile barbiellinii na redução do fluxo gênico entre as espécies de Opuntia deste estudo.
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              Avaliação da tolerância de híbridos de Urochloa decumbens ao alumínio tóxico
              Curso Mestrado em Biologia Vegetal
              Tipo Dissertação
              Data 31/03/2017
              Área BIOLOGIA GERAL
              Orientador(es)
              • Valdemir Antônio Laura
              Coorientador(es)
                Orientando(s)
                • Jone Joséli Baungartner
                Banca
                • Aline Pedroso Lorenz
                • Cacilda Borges Do Valle
                • Mateus Figueiredo Santos
                • Sanzio Carvalho Lima Barrios
                • Valdemir Antônio Laura
                Resumo Urochloa decumbens (Syn. Brachiaria decumbens Stapf.) vem sendo utilizada amplamente como forrageira em pecuária extensiva por todo o País, especialmente por sua alta produtividade sob condições de solos ácidos e com baixa fertilidade natural. A espécie, apesar de suas características positivas, possui hoje, comercialmente, apenas uma cultivar comercial, U. decumbens cv. Basilisk. Com base nisso, a Embrapa Gado de Corte vem realizando o melhoramento genético com vista em lançar nova(s) cultivar(es) que mantenham e potencializem as qualidades da espécie, promovendo maior diversificação de pastagens. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho radicular de 38 híbridos intraespecíficos de Urochloa decumbens, além da própria U. decumbens cv. Basilisk (tolerante ao alumínio) e U. ruziziensis (sensível ao alumínio), sob condições de soluções nutritivas com e sem alumínio tóxico (CaCl2 200 µM + AlCl3 200 µM e CaCl2 200 µM). Foram realizadas avaliações do comprimento da maior raiz (no início e final do experimento) e biomassa seca total de raízes (no final do experimento), sendo os dados submetidos ao teste de Tukey (P<0,05). Resultados de vigor radicular dão destaque aos genótipos 616-1, 232-1, R23, X9, S16, 1262-1, X79, X44 e R147, apresentando valores semelhantes ou maiores que as cultivares comerciais testadas. Quanto à inibição do crescimento radicular por alumínio, não houve diferença significativa entre os híbridos estudados. Os híbridos X67, X19 e X9 apresentaram maior acúmulo de biomassa no tratamento sem toxidez, variando entre 7,4 e 4,6%, enquanto os híbridos 419-2, 234-1 e R128 apresentaram maiores valores na presença do metal.
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                  A relação do fogo e da inundação sobre a estrutura e funcionamento das comunidades arbóreas de Capões do Pantanal, Brasil
                  Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                  Tipo Dissertação
                  Data 31/03/2017
                  Área BIOLOGIA GERAL
                  Orientador(es)
                  • Geraldo Alves Damasceno Junior
                  Coorientador(es)
                    Orientando(s)
                    • Allan Henrique de Almeida Souza
                    Banca
                    • Arnildo Pott
                    • Geraldo Alves Damasceno Junior
                    • José Carlos Casagrande
                    • Marco Antonio Portugal Luttembarck Batalha
                    • Rosani do Carmo de Oliveira Arruda
                    Resumo O fogo e a inundação são fatores naturais que podem exercer o papel de filtros ecológicos sobre a vegetação, agindo separadamente ou interagindo, levando as espécies a modificações morfológicas e fisiológicas. O fogo e a inundação são considerados agentes modeladores da paisagem por influenciarem diretamente a composição e estrutura das comunidades vegetais. A diversidade funcional tem se mostrado uma medida eficiente para o entendimento da dinâmica da vegetação em resposta ao fogo, a inundação e a interação de ambos. Em planícies inundáveis, como no Pantanal, a vegetação está sujeita a periódicos regimes de inundação e em anos secos podem ocorrer episódios de fogo. Os capões são manchas de vegetações arbóreas com formato circular ou elíptico, e estão circundados por campos naturais. A borda dos capões está sujeita a inundação periódica enquanto o centro quase nunca alaga. O fogo ocorre nos anos mais secos, o acumulo de biomassa pelas espécies gramíneas serve de combustível inicial, e o fogo pode ocorrer naturalmente devido aos raios que caem no inicio da estação chuvosa, ou ocasionado pelo homem. Nosso objetivo é testar de que maneira o fogo, a inundação e a interação dos mesmos estão associados com os valores dos traços funcionais e na diversidade funcional das espécies arbóreas dos capões do Pantanal. Foram distribuídas 170 parcelas de 50 m² em 24 capões (12 queimados e 12 não queimados) e medimos 11 traços funcionais relacionados às estratégias alocação de recursos e reposta a filtros ambientais nas 20 espécies arbóreas mais representativas dos capões. Selecionamos 14 indivíduos de cada espécie para mensurar os traços funcionais. Os resultados demonstram que as espécies da borda e as do centro têm características muito distintas. Ao longo do gradiente de inundação as espécies tendem a diminuir o valor da área foliar específica e concentrações de nitrogênio foliar, enquanto aumentam as espessuras da casca e das folhas e o conteúdo de matéria seca foliar. Nas áreas não queimadas, os valores dos traços funcionais apresentaram maior diferença entre as espécies dos ambientes inundáveis e inundáveis. Após o episódio de fogo a diferença entre os valores dos traços funcionais das espécies de ambientes inundáveis e não inundáveis diminuíram, os valores dos traços foram mais semelhantes. Apesar dos nossos resultados demonstrarem que há uma variação nos valores dos traços funcionais das espécies em resposta ao fogo, inundação e interação de ambos, porém, não há variação na diversidade funcional da comunidade. Ou seja, o fogo, a inundação e a interação podem alterar a composição das espécies, entretanto não alteram a diversidade funcional, indicando que há um efeito "tampão" na comunidade. Os filtros substituem as espécies por outras com funções muito similares, e as funções ecossistêmicas da comunidade são mantidas.
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                      Dinâmica da vegetação estabeidada por semeadura direta em Cerrado
                      Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                      Tipo Dissertação
                      Data 16/03/2017
                      Área BIOLOGIA GERAL
                      Orientador(es)
                      • Leticia Couto Garcia Ribeiro
                      Coorientador(es)
                        Orientando(s)
                        • Maria Luciana Zequim Colado
                        Banca
                        • Daniel Luis Mascia Vieira
                        • Ingo Isernhagen
                        • Leticia Couto Garcia Ribeiro
                        • Silvia Rahe Pereira
                        Resumo A semeadura direta vem sendo testada na última década principalmente em áreas de Cerrado, devido a sua versatilidade de implantação, podendo ser associada a diversos arranjos com leguminosas para adubação verde. A fim de restabelecer uma comunidade vegetal com fisionomia florestal, testamos quatro arranjos espaciais em semeadura direta de espécies nativas arbóreas e arbustivas, consorciadas com espécies de adubação verde, com objetivo de acelerar a futura formação de um dossel fechado. Avaliamos a dinâmica do estabelecimento das espécies da regeneração natural, do recobrimento do solo, a cobertura por gramíneas invasoras, a germinação e o estabelecimento de indivíduos em campo após a superação de dormência. Investigamos também se as espécies semeadas formam banco de sementes. Realizamos o estudo na Área de Proteção Ambiental dos Mananciais do Córrego Guariroba em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Foram testados quatro tratamentos: (a) muvuca: sementes de nativas e adubos verdes na mesma linha, (b) área controle com linhas de apenas nativas, (c) linhas de nativas e adubos verdes na entrelinha e (d) linhas de nativas e adubos verdes em faixas de 2m. Os tratamentos foram avaliados aos 45 dias, 6, 12 e 18 meses após a implantação, quanto à riqueza, abundância, porcentagem de recobrimento do solo pelas espécies nativas e cobertura de gramíneas invasoras. O tratamento (a) muvuca, apresentou os melhores resultados para os parâmetros avaliados (riqueza, abundância, recrutamento das espécies semeados e controle de gramíneas invasoras), quando comparado aos demais tratamentos, independente do período avaliado. No entanto, o recobrimento do solo por plântulas de espécies nativas não diferiu entre os tratamentos. Em relação à superação de dormência, esta foi efetiva para a maioria das espécies testadas, somente Copaifera langsdorfii não aumentou a taxa de germinação após o tratamento. Apenas Hymenaea stigonocarpa e Cecropia pachystachya formaram banco de sementes transitório, pois se mantiveram viáveis após seis meses enterradas. Os resultados encontrados indicam que a técnica da muvuca foi o melhor tratamento para estabelecimento de espécies nativas, bem como para o controle das gramíneas invasoras. Porém, ressaltamos que ainda são necessários esforços para ampliar o número de espécies utilizadas a fim de aumentar a diversidade da semeadura direta.
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                          Limiar de cobertura de vegetação nativa para aves em formações florestais de Cerrado
                          Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                          Tipo Dissertação
                          Data 16/03/2017
                          Área BIOLOGIA GERAL
                          Orientador(es)
                          • Leticia Couto Garcia Ribeiro
                          Coorientador(es)
                            Orientando(s)
                            • Paula Isla Martins
                            Banca
                            • Fabio de Oliveira Roque
                            • Leticia Couto Garcia Ribeiro
                            • Mauricio de Almeida Gomes CPF ERRADO
                            • Renato Crouzeilles Pereira Rocha
                            Resumo Limiares de cobertura de vegetação nativa têm sido amplamente estudados e agora, estão sendo utilizados como ferramenta para a gestão ambiental e ações de conservação e restauração. Esses limiares representam a quantidade mínima de habitat necessária na paisagem para que a maioria das espécies sobreviva, abaixo do qual várias espécies poderiam sofrer um processo de extinção local. Limiares têm sido bastante estudados em paisagens florestais, porém o conhecimento ainda é escasso para formações mais heterogêneas como as savanas, onde fisionomias abertas e florestais coexistem naturalmente. O objetivo deste trabalho foi avaliar a existência de um limiar de cobertura de vegetação nativa para aves em uma área de Cerrado, um dos hotspots de biodiversidade do planeta. Avaliamos a riqueza de espécies de aves em 74 paisagens de aproximadamente 1000 hectares na região centro-oeste do Brasil, variando em quantidade de cobertura florestal de 2,6% a 77,5%. As amostragens das aves foram feitas através de observação direta em 622 transectos pré-estabelecidos, totalizando 2.425 horas de observação. A relação entre a riqueza de espécies de aves e a quantidade de vegetação foi avaliada por seleção de modelos utilizando o critério de Akaike e pseudo R². No total, encontramos 88.860 indivíduos de 232 espécies de aves nas paisagens amostradas. Nossos resultados revelaram um limiar de cobertura de vegetação nativa ao redor de 14% (10-19%), abaixo dos valores obtidos em outros ambientes florestais (como Floresta Amazônica e Mata Atlântica), onde os valores variaram entre 30 e 40% de cobertura florestal. Essa diferença pode estar relacionada à alta qualidade da matriz do Cerrado, que contém outras coberturas não-florestais que pode facilitar a dispersão de espécies de aves. Nossos resultados podem ajudar nas tomadas de decisão relativas à gestão e planejamento de paisagens em ambientes de Cerrado, particularmente para a conservação de aves nesse Bioma.
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                              Sphaerophorus globosus (Huds.) Vain. (Sphaerophoraceae: Ascomycota liquenizado), uma espécie de distribuição bipolar?
                              Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                              Tipo Dissertação
                              Data 08/07/2016
                              Área BIOLOGIA GERAL
                              Orientador(es)
                              • Aline Pedroso Lorenz
                              Coorientador(es)
                                Orientando(s)
                                • Ana Leticia Simal Dourado
                                Banca
                                • Aline Pedroso Lorenz
                                • Marcos Junji Kitaura
                                • PRISCILA CANESQUI DA COSTA
                                • Wellington Santos Fava
                                Resumo Liquens são organismos simbiontes compostos por um micobionte (fungo) e um
                                ou mais fotobiontes (algas verdes ou cianobactérias). Devido ao seu caráter pioneiro e
                                capacidade de adaptação a condições climáticas extremas, os liquens apresentam grande
                                sucesso na colonização dos mais diversos ambientes. Estudos realizados na Antártica
                                continental e marítima, Chile, Argentina, região Ártica da América do Norte, da Ásia e
                                da Europa levantaram um total de 148 espécies com distribuição bipolar. Este trabalho
                                objetivou descrever padrões filogeográficos de Sphaerophorus globosus (Huds.) Vain.,
                                espécie com ocorrência descrita para ambos os polos e regiões temperadas. As análises
                                moleculares, auxiliadas pela identificação morfológica e química, foram realizadas com
                                material herborizado (especialmente do hemisfério norte) e com amostras coletadas em
                                expedições antárticas entre novembro de 2014 e março de 2015. Após as extrações de
                                DNA, regiões dos genomas nuclear e mitocondrial foram amplificadas e sequenciadas.
                                Análises filogeográficas, que agregam padrões filogenéticos com informações espaciais
                                foram comparadas com os dados morfológicos da espécie estudada. De acordo com
                                redes haplotípicas geradas, espécimes antárticos se agrupam e compartilham haplótipos
                                com espécimes árticos; e espécimes herborizados identificados como S. globosus, com S.
                                tuckermanii Räsänen, S. fragilis (L.) Pers. e morfotipos P1 e P2 (denominados pelo
                                presente estudo) compartilham outros haplótipos, sendo todos esses espécimes oriundos
                                do hemisfério norte. Com isso espera-se contribuir para o conhecimento sobre os
                                padrões de dispersão e evolução de liquens e inserir o Brasil no panorama dos estudos
                                genéticos com espécies de distribuição bipolar.
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                                  Fenologia reprodutiva, polinização e sistema de reprodução de três espécies sincronopátricas de Cactaceae (Cactoideae) em remanescente de Chaco brasileiro
                                  Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                                  Tipo Dissertação
                                  Data 04/07/2016
                                  Área BIOLOGIA GERAL
                                  Orientador(es)
                                  • Maria Rosangela Sigrist
                                  Coorientador(es)
                                    Orientando(s)
                                    • Bruno Henrique dos Santos Ferreira
                                    Banca
                                    • Artur Campos Dália Maia
                                    • Joel Araújo Queiroz
                                    • Maria Rosangela Sigrist
                                    • Rogerio Rodrigues Faria
                                    • Vinícius Lourenço Garcia de Brito
                                    • Wellington Santos Fava
                                    Resumo A similaridade floral (morfológica e funcional) e a sobreposição no período de floração entre espécies, podem atuar no sentido de maximizar a fonte de recursos florais a potenciais polinizadores. Por outro lado, sujeita as plantas a competição por estes e consequentemente ao fluxo interespecífico de pólen. Que pode afetar a integridade das espécies por meio da hibridação, no caso de espécies geneticamente próximas ou reduzir a produção de sementes via entupimento do estigma. Nesse sentido é comum que as plantas apresentem mecanismos ou estratégias reprodutivas que as permitem “tolerar” a competição, evitar ou pelo menos reduzir o fluxo interespecífico de pólen. No Chaco brasileiro a floração de Cactaceae parece estar ligada a sazonalidade do ambiente, de modo que E. rhodotricha, Harrisia balansae e Monvillea cavendshii estão sujeitas ao fluxo interespecífico de pólen. Uma vez que estas espécies apresentam flores semelhantes, antese noturna e floração aparentemente ligada a estação chuvosa. Portanto aqui estudamos estas espécies no contexto da ecologia reprodutiva. Afim de avaliar mecanismos e estratégias reprodutivas que garantem a reprodução, frente a possibilidade de partilha de polinizadores e fluxo interespecífico de pólen. Conduzimos este estudo de outubro de 2014 a fevereiro de 2016, em remanescente de vegetação chaquenha brasileira. Onde estudamos a fenologia reprodutiva, biologia floral, sistema de reprodução, visitantes florais e potenciais polinizadores das espécies mencionadas. Para avaliar a ocorrência de fluxo interespecífico de pólen, realizamos experimento com pó fluorescente. Nossos resultados mostram, que as espécies em estudo apresentam floração e frutificação sazonal, associados a fatores climáticos e fotoperiodo, o que gerou alta sobreposição entre estas. As três espécies apresentam antese principalmente noturna, mas M. cavendishii e E. rhodotricha apresentam antese estendida, permitindo visitantes diurnos. A síndrome de polinização não é tão clara em H. balansae, que parece estar entre esfingofilia e quiropterofilia, dimensões e o odor floral parecem importantes fatores para diferenciar esta espécie das demais. O baixo volume de néctar
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                                    registrado nos levou a considerar as flores das três espécies como esfingófilas. Porém E. rhodotricha e M. cavendishii parecem contar com polinização mista, envolvendo polinizadores primários e secundários (diurnos), que teoricamente são menos eficazes, e não previsíveis pela síndrome de polinização. Contudo estes podem ter contribuído com a polinização principalmente frente ao sistema de compatibilidade. A população de E. rhodotricha apresentou autocompatibilidade e a de M. cavendishii auto fertilidade. Visitas por esfingideo foi registrada somente em M. cavendishii em baixa frequência. Não registramos os potenciais polinizadores em H. balansae, cujas flores foram visitadas apenas por florivoros. Estes, besouros e ortópteras foram os visitantes florais mais frequentes neste estudo. A aparente baixa frequência de polinizadores não parece limitar a frutificação em H. balansae, que em condições naturais apresenta eficácia reprodutiva superior a E. rhodotricha. O que nos leva a crer que H. balansae apresente um sistema de polinização envolvendo polinizadores não registrados neste estudo, uma vez que esta espécie parece ser auto incompatível e auto infértil, portanto dependente de polinização cruzada. Contudo não registramos fluxo de pó fluorescente entre flores de H. balansae e nem fluxo interespecífico. Detectamos apenas fluxo intraespecífico de pó fluoresncente, que em flores de E. rhodotricha se deu somente na mesma flor, enquanto em M. cavendishii ocorreu também entre flores da mesma planta. Nossos resultados sugerem que as espécies estudadas diferem quanto funcionalidade floral (envolvendo também morfometria e odor) e dependência de polinizadores, configurando distintas estratégias reprodutivas, que podem estar agindo no sentido de evitar ou reduzir o fluxo interespecífico de pólen.
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                                      Estudos anatômicos de folíolos do Clado Dipterygeae (Leguminosae, Papilionoideae)
                                      Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                                      Tipo Dissertação
                                      Data 08/06/2016
                                      Área BIOLOGIA GERAL
                                      Orientador(es)
                                      • Angela Lucia Bagnatori Sartori
                                      Coorientador(es)
                                        Orientando(s)
                                        • Nayla Fernanda Silva
                                        Banca
                                        • Angela Lucia Bagnatori Sartori
                                        • Edna Scremin Dias
                                        • Elidiene Priscila Seleme Rocha
                                        • Flavio Macedo Alves
                                        • Rosani do Carmo de Oliveira Arruda
                                        • Simone de Pádua Teixeira
                                        Resumo Dipterygeae é composta por Dipteryx, Monopteryx, Pterodon e Taralea que totalizam 25 espécies. O presente estudo porpôs avaliar caracteres anatômicos dos folíolos com potencial diagnóstico ao nível genérico e específico, corroborando assim para a taxonomia e visando um oportuno entendimento das relações evolutivas. Os materiais foram obtidos de herbários nacionais e extrangeiros e em coletas. Os folíolos foram selecionados e submetidos às técnicas usuais para reverter à herborização, emblocados em parafina e seccionados, também foram feitas dissociações epidérmicas e testes histoquímicos. Projeções da face abaxial da nervura principal, configuração do mesofilo, espessura da cutícula e presença de cavidades secretoras são relevantes ao nível genérico. Idioblastos, cavidades secretoras e tricomas glandulares são confirmados para as espécies do clado Dipterygeae, exceto para Monopteryx que não apresentou cavidades secretoras, com alguns caracteres citados pela primeira vez para o grupo. A designação de “clado secretor” pode ser estendida ao clado Dipterygeae e não somente referenciado ao clado Amburaneae, grupo irmão, devido a presença de cavidades secretora e também inúmeros idioblastos. Dados anatômicos de extrema importância são evidenciados para os grupos basais de Papilionoideae, o que contribui para o entendimento das relações evolutivas do clado Dipterygeae.
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                                          Fenologia reprodutiva, sistema de reprodução e polinização de três espécies sintópicas de Tillandsia (Bromeliaceae: Tillandsioideae) em vegetação chaquenha: estudo comparado
                                          Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                                          Tipo Dissertação
                                          Data 06/06/2016
                                          Área BIOLOGIA GERAL
                                          Orientador(es)
                                          • Maria Rosangela Sigrist
                                          Coorientador(es)
                                            Orientando(s)
                                            • Aline da Conceição Gomes
                                            Banca
                                            • Andrea Cardoso de Araujo
                                            • Artur Campos Dália Maia
                                            • Leonardo Galetto
                                            • Maria Rosangela Sigrist
                                            • Rogerio Rodrigues Faria
                                            Resumo Bromeliaceae é uma família de angiospermas cuja distribuição é quase exclusivamente Neotropical. Cerca de metade das espécies conhecidas de bromélias são epífitas. No Brasil a maioria dos estudos sobre floração, sistema de reprodução e polinização com Bromeliaceae foi desenvolvido na Floresta Atlântica, seguidos por poucos registros para as formações de Caatinga, Cerrado, em vegetação de campo rupestre e floresta ombrófila mista. Estudos desta natureza são ainda mais escassos para vegetação chaquenha e os poucos dados conhecidos são oriundos do Chaco Argentino e para vegetação de Chaco brasileiro há apenas um. Em Tillandsioideae ocorrem alguns dos mais diversos gêneros de Bromeliaceae, como por exemplo, Tillandsia, cuja distribuição é a mais ampla da família. O gênero é constituído por ervas, epífitas ou rupícolas, de tamanho variável. Neste trabalho, apresentado em um capítulo que será submetido a revista Flora, foram investigados comparativamente a fenologia reprodutiva, a morfologia e a biologia floral, o sistema de reprodução, os visitantes florais e polinizadores de três espécies sintópicas de Tillandsia (T. duratti, T. loliacea, T. recurvifolia) em remanescente de vegetação chaquenha. As três espécies apresentaram diferença quanto ao padrão de floração e frutificação, à morfologia floral e não compartilharam visitantes florais e polinizadores, apresentando sobreposição de seus períodos de floração. A floração na estação seca pode ter sido ser responsável pela relação negativa das espécies com fotoperíodo. A relação positiva com a pluviosidade e a umidade relativa do ar entre T. duratii e T. recurvifolia, respectivamente, provavelmente ocorreu devido as datas médias destas ocorrerem nos meses de abril e junho, meses atípicos nos anos da amostragem, com altos índices de pluviosidade. Enquanto que em T. loliacea a pluviosidade de quase zero em julho possa ter contribuído com a relação negativa com a umidade relativa do ar. Frutificação sazonal e na estação seca foi registrada somente para T. recurvifolia, enquanto, as demais frutificam o ano todo e dispersam no período chuvoso. Este trabalho mostrou a ocorrência de polinização bimodal em T. duratii (mariposas não-esfingídeo e abelhas medio-grande porte) e T. recurvifolia (beija-flores e borboletas) e provável ocorrência de polinização generalista (entomófila) em T. loliacea. Somente T. recurvifolia é autoincompatível e depende de vetor de pólen/polinizador, enquanto as demais espécies são auto-compatíveis e autoférteis.
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                                              A influência do tamanho insular sobre a fenologia de plantas em bancadas lateríticas (cangas) de Corumbá, Mato Grosso do Sul
                                              Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                                              Tipo Dissertação
                                              Data 06/06/2016
                                              Área BIOLOGIA GERAL
                                              Orientador(es)
                                              • Arnildo Pott
                                              Coorientador(es)
                                                Orientando(s)
                                                • Priscilla Pessoa de Oliveira
                                                Banca
                                                • Andrea Cardoso de Araujo
                                                • Arnildo Pott
                                                • Geraldo Alves Damasceno Junior
                                                • Maria Gabriela Gutierrez de Camargo
                                                • Vanessa Graziele Staggemeier
                                                Resumo A fenologia da vegetação das bancadas lateríticas (cangas) de Corumbá, Mato Grosso do Sul, é pouco conhecida. As ilhas de solo formam-se devido ao acúmulo de sedimentos em leves depressões no substrato endurecido, onde crescem plantas vasculares. Nosso objetivo foi determinar se o padrão fenológico das espécies de fanerógamas em ilhas de solo varia em função do tamanho insular. Marcamos as ilhas de solo arbustivo-arbóreas e as classificamos em três classes de tamanho: pequenas (2 a 9,50 m²), médias (10 a 59 m²) e grandes (60 a 180 m²). Sorteamos 10 ilhas de solo de cada classe de tamanho para o acompanhamento fenológico mensal. Registramos as fenofases floração (botões florais e antese), frutificação (frutos imaturos e frutos maduros), queda de folhas e brotamento, e quantificamos seus índices de atividade e intensidade durante o período de abril de 2014 a dezembro de 2015. Avaliamos o pico de intensidade de cada espécie para testar tendências sazonais e possíveis diferenças entre as fenofases nas classes de tamanhos de ilhas de solo. Dessa forma, encontramos um padrão fenológico sazonal para as fenofases reprodutivas e vegetativas, com a floração, frutificação e brotamento concentrados na estação chuvosa e queda foliar na estação seca. Não houve variação do padrão fenológico em função do tamanho insular, mas diferenças nos graus de sazonalidade. Concluímos que o tamanho das ilhas de solo determina diferentes estratégias fenológicas usadas pelas espécies da bancada laterítica. Tais estratégias ainda precisam ser melhor investigadas.

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                                                  Purificação e caracterização molecular de um inibidor de Peptidase de sementes de Platypodium Elegans Vogel (Fabaceae) e o seu potencial antimicrobiano
                                                  Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                                                  Tipo Dissertação
                                                  Data 19/05/2016
                                                  Área BIOLOGIA GERAL
                                                  Orientador(es)
                                                  • Maria Ligia Rodrigues Macedo
                                                  Coorientador(es)
                                                    Orientando(s)
                                                    • Suellen Rodrigues Ramalho
                                                    Banca
                                                    • Daniella Gorete Lourenço de Oliveira
                                                    • Maria Ligia Rodrigues Macedo
                                                    • Patrícia Maria Guedes Paiva
                                                    • Rosani do Carmo de Oliveira Arruda
                                                    Resumo Os inibidores de peptidase de plantas (IPs) desempenham um importante papel no desenvolvimento vegetal através da regulação das atividades de peptidases envolvidas em processos fisiológicos. Além disso, os IPs são associados ao mecanismo de defesa natural das plantas contra insetos, fungos e bactérias, despertando um iminente interesse biotecnológico. Neste estudo objetivou-se isolar e purificar um inibidor de tripsina presente nas sementes de Platypodium elegans (Fabaceae), denominado PeTI (inibidor de tripsina de Platypodium elegans) e avaliar seu potencial biológico antimicrobiano contra cepas bacterianas. O PeTI foi purificado em duas etapas cromatográficas. Quando submetido à cromatografia líquida de alta eficiência em coluna C-18, PeTI apresentou sete picos, possivelmente indicando a presença de isoformas. A PAGE-SDS revelou que PeTI é constituído por uma única cadeia polipeptídica, apresentando uma massa molecular aparente de 19 kDa, sob condições reduzidas e não-reduzidas. Além disso, PeTI apresentou uma razão de inibição de 1:1 para tripsina bovina. Características similares (estequiometria 1:1, constante de inibição (ki) temperatura, pH e DTT) são comumente observados para IPs da família Kunitz. Assim sugerimos que PeTI possa pertencer a mesma família. O estudo de estabilidade indicou que o inibidor manteve-se estável entre uma ampla variação de temperatura (37–80°C) e pH. Entretanto, o PeTI apresentou uma redução em sua atividade inibitória após incubado com ditiotreitol (DTT) a 10 e 100 mM, após 15 minutos de incubação . O PeTI apresentou atividade inibitória in vitro contras as cepas bacterianas gram-positivas: Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis e gram-negativas: Escherichia coli, Enterobacter aerogenes e Klebisiella pneumoniae. A atividade biológica reforça a participação do inibidor na defesa vegetal e demonstra o potencial biotecnológico de PeTI, que deve ser futuramente investigado como uma ferramenta de controle de patógenos.
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                                                      Anatomia foliar aplicada à sistemática do grupo Mezilaurus (Lauraceae)
                                                      Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                                                      Tipo Dissertação
                                                      Data 31/03/2016
                                                      Área BIOLOGIA GERAL
                                                      Orientador(es)
                                                      • Rosani do Carmo de Oliveira Arruda
                                                      Coorientador(es)
                                                        Orientando(s)
                                                        • Priscila Passala Vaz
                                                        Banca
                                                        • Angela Lucia Bagnatori Sartori
                                                        • Edna Scremin Dias
                                                        • Leandro Cézanne de Souza Assis
                                                        • Marccus Vinícius da Silva Alves
                                                        • Rosani do Carmo de Oliveira Arruda
                                                        Resumo O grupo Mezilaurus é um clado dentro de Lauraceae que emergiu em análises de filogenia molecular, reconhecido com os gêneros Anaueria, Chlorocardium, Clinostemon, Mezilaurus, Sextonia e Williamodendron. No entanto, o grupo nunca foi considerado próximo baseado na taxonomia tradicional da família devido a uma alta variação na morfologia floral e do fruto. Neste sentido, pesquisadores têm chamado atenção para utilização da anatomia como auxílio para a compreensão de grupos que não fazem sentido à luz da taxonomia tradicional. Por essa razão, a proposta do trabalho foi realizar um estudo anatômico e morfológico da folha de espécies do grupo Mezilaurus com o objetivo levantar caracteres úteis para a sistemática e utilizar tais atributos, juntamente com os morfológicos da taxonomia tradicional, para realizar análises filogenéticas. No estudo foram empregadas técnicas consagradas na Anatomia Vegetal para a realização de análises qualitativas e quantitativas das espécies selecionadas. A presença ou ausência de tricomas, papilas, ornamentação dos estômatos, presença de camada subepidérmica, padrões do mesofilo e dos feixes vasculares, entre outras características, permitiram delimitar os gêneros do grupo Mezilaurus. Tais resultados foram expressos em uma chave de identificação apresentada com os caracteres da anatomia foliar.Todas as análises de similaridade também confirmaram que a anatomia foliar teve papel fundamental na circunscrição dos gêneros estudados. As análises filogenéticas baseadas nos caracteres de morfologia externa e anatomia foliar confirmaram a monofilia do grupo Mezilaurus corroborando assim, com os estudos de filogenia molecular.
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                                                          Sucessão ecológica de macrófitas aquáticas em baceiros no Pantanal
                                                          Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                                                          Tipo Dissertação
                                                          Data 31/03/2016
                                                          Área BIOLOGIA GERAL
                                                          Orientador(es)
                                                          • Arnildo Pott
                                                          Coorientador(es)
                                                            Orientando(s)
                                                            • Bruna Alves Coutinho
                                                            Banca
                                                            • Arnildo Pott
                                                            • Marco Otávio Dias Pivari
                                                            • Rafael Soares De Arruda
                                                            • Rogerio Rodrigues Faria
                                                            • Suzana Neves Moreira
                                                            Resumo O baceiro é uma fase adiantada da sucessão da vegetação aquática, que se inicia com macrófitas flutuantes livres e culmina com ilhas flutuantes de ciperáceas, ervas e arbustos. Há, desta forma, modificações florísticas e estruturais durante a sucessão, mas esta ainda não é bem compreendida. Ilhas flutuantes em estágios sucessionais iniciais apresentam a base flutuante composta por macrófitas vivas, enquanto ilhas mais antigas apresentam solo orgânico flutuante. O objetivo do presente estudo foi verificar como ocorre a sucessão ecológica de assembléias de macrófitas aquáticas em baceiros na Baía Grande, Pantanal (MS) e sua relação com a espessura do histossolo. O trabalho foi realizado em uma antiga lagoa de meandro, conectada ao rio Aquidauana durante cheias maiores. A amostragem de macrófitas aquáticas foi realizada com auxílio de embarcação motorizada, entre os meses de agosto/2014 e agosto/2015. Todos os baceiros registrados foram marcados para que pudesse ser realizado o acompanhamento das modificações florísticas e fitossociológicas, além da verificação da espessura do histossolo. A modificação na estrutura da comunidade foi analisada por meio do cálculo da frequência, dominância e valor de importância. A ordenação das amostras foi realizada por escalonamento multidimensional não métrico (NMDS) pela distância Bray-Curtis a partir da cobertura relativa das espécies de macrófitas aquáticas. Foram registradas 58 espécies, pertencentes a 23 famílias e 47 gêneros. Três famílias pertencem às Pteridófitas sensu lato, uma às Briófitas e as demais às Angiospermas. Dentre as famílias mais ricas, destacaram-se Poaceae (8 spp.), Asteraceae (7 spp.) e Cyperaceae (6 spp.). As espécies com maiores valores de importância foram: Oxycaryum cubense, Ludwigia helminthorrhiza, Eichhornia azurea e Vigna longifolia. As medidas de espessura do histossolo dos baceiros variaram de 1 a 51 cm, sendo possível observar que a maioria das espécies (63,3%) foi registrada em estágios iniciais e intermediários de sucessão (1 a 34 cm).
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                                                              Fenologia reprodutiva de macrófitas aquáticas no ecótono Cerrado-Pantanal
                                                              Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                                                              Tipo Dissertação
                                                              Data 31/03/2016
                                                              Área BIOLOGIA GERAL
                                                              Orientador(es)
                                                              • Flavio Macedo Alves
                                                              Coorientador(es)
                                                                Orientando(s)
                                                                • Crisley Helena Simão
                                                                Banca
                                                                • Arnildo Pott
                                                                • Bruna Gardenal Fina Cicalise
                                                                • Flavio Macedo Alves
                                                                • Geraldo Alves Damasceno Junior
                                                                • Rogerio Rodrigues Faria
                                                                • Suzana Neves Moreira
                                                                Resumo Apesar da importância ecológica das macrófitas aquáticas não há estudo sistematizado abordando a fenologia deste grupo na América do Sul. Com isso este trabalho teve como objetivo: descrever os padrões de floração e frutificação de uma assembleia de área de transição (ecótono), verificando se os padrões reprodutivos variam entre as formas de vida e se a floração e frutificação da assembleia estão correlacionadas com variáveis meteorológicas e parâmetros físico-químicos da água. O estudo foi conduzido entre outubro de 2014 a setembro de 2015, em duas lagoas situadas no Ecótono Cerrado-Pantanal, acompanhando os períodos fenológicos reprodutivos de 15 espécies. Foram observadas espécies em floração e frutificação durante todo o período de estudo com produção mais acentuada de outubro a novembro e em julho. As formas de vida apresentaram distinção nos períodos de floração e frutificação e diferentes variáveis funcionaram como gatilho às fenofases. Parâmetros climáticos e físico-químicos da água estiveram correlacionados com as fenofases, entre eles o pH e o nitrogênio total foram as variáveis selecionadas para a maioria dos modelos. A variação nos gradientes físicos e químicos da água exerceram influência nas fenofases reprodutivas de macrófitas aquáticas e o seu florescimento acentuado no início da estação chuvosa pode ser importante fonte de recurso para polinizadores.
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                                                                  Diversidade genética e sistema reprodutivo de populações naturais de Bromelia hieronymi Mez (Bromeliaceae) do Chaco úmido brasileiro
                                                                  Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                                                                  Tipo Dissertação
                                                                  Data 30/03/2016
                                                                  Área BIOLOGIA GERAL
                                                                  Orientador(es)
                                                                  • Gecele Matos Paggi
                                                                  Coorientador(es)
                                                                    Orientando(s)
                                                                    • Fernanda Maria de Russo Godoy
                                                                    Banca
                                                                    • Aline Pedroso Lorenz
                                                                    • Andreia Carina Turchetto Zolet
                                                                    • Clarisse Palma da Silva
                                                                    • Gecele Matos Paggi
                                                                    • Márcia Goetze
                                                                    Resumo As bromélias são plantas típicas do Neotrópico, com distribuição geográfica desde os Estados Unidos da América (limite norte), até o norte da Patagônia, na Argentina (limite sul). Bromelia hieronymi Mez é uma bromélia estolonífera e fibrosa, que ocorre desde o Paraguai, Bolívia e nordeste da Argentina, em campos de vegetação xerofítica do Chaco semiárido, e em áreas de solo arenoso com pouca drenagem na região do Chaco úmido brasileiro, em Porto Murtinho, Mato Grosso do Sul, local onde foi desenvolvido este estudo. As características ambientais desta região impõem às plantas severas condições de suprimento de água devido à pequena profundidade do substrato que, por sua vez, condiciona temperaturas elevadas e rápida evaporação. Neste trabalho nós tivemos como objetivo geral realizar um estudo sobre a diversidade genética, o fluxo gênico e o sistema reprodutivo de B. hieronymi. Para isso, foi amostrado e estudado um total de 109 indivíduos de duas populações naturais, distantes 30 km uma da outra. Para descrever a diversidade genética nós utilizamos marcadores de microssatélites nucleares e plastidiais descritos para outras espécies de Bromeliaceae, sendo cinco locos de microssatélites nuclear, e dois locos de microssatélite plastidial. Para o estudo do sistema reprodutivo foi avaliada a fertilidade natural e caracterizado o sistema de reprodução (sexuado e assexuado) preferencial da espécie através de observações e de experimentos de polinização. Os resultados de diversidade genética revelaram índices de heterozigosidade semelhantes aos encontrados para outras espécies de bromélias. Estes altos índices de diversidade genética foram observados nas duas populações de B. hieronymi, tanto com marcadores de microssatélite nuclear (HO = 0,585 e HO = 0,423) como, também, plastidial (HE = 0,833 e HE = 0,781; e 9 haplótipos). As populações de B. hieronymi apresentaram uma estruturação moderada (FST = 0,075), com um número de migrantes de 1,519 indivíduos por geração, com maior proporção da variação genética devido a diferenças dentro das populações (92,47%), e a menor entre populações (7,52%) demostrando um moderado fluxo gênico entre as duas populações. A análise bayesiana revelou a presença de dois grupos genéticos (K = 2). As populações apresentaram desvios significativos do Equilíbrio de Hardy-Weinberg, com o coeficiente de endocruzamento (FIS) de 0,152. A taxa de fluxo de pólen em relação ao fluxo de semente mostrou um fluxo gênico mais eficiente via sementes apresentando um valor de -0,52. Os resultados de fertilidade natural mostraram que B. hieronymi possui um alto investimento na formação de flores (44 ± 16) e frutos (55 ± 9), mas moderada formação de sementes (11 ± 4). Bromelia hieronymi é alogâmica, auto-incompatível e partenocárpica. A espécie forma sementes férteis apenas por meio da xenogamia, necessitando obrigatoriamente de agentes externos para obter sucesso nos processos de polinização. A partenocarpia foi observada em taxas entre 13,5% e 100%, sua presença pode estar relacionada a estratégias de dispersão e a proteção contra predação das sementes. O sistema de cruzamento alógamo pode estar contribuindo, em longo prazo, para o fluxo gênico via sementes, observado entre as duas populações de B. hieronymi. A espécie é clonal e pode emitir por planta de um a três estolões aéreos ao mesmo tempo, que são responsáveis pela estratégia de crescimento e de ocupação do ambiente pela espécie. A combinação dos sistemas assexuado e sexuado poderia estar contribuindo, a curto e longo prazo, respectivamente, com os altos índices de diversidade genética observados. A alta diversidade genética observada em B. hieronymi é importante para a sobrevivência e manutenção das populações naturais da espécie em longo prazo, porém ainda são necessárias estratégias de conservação para evitar o aumento da diferenciação genética e conservar os altos índices de diversidade genética encontrados.
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                                                                      Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                                                                      Tipo Dissertação
                                                                      Data 30/03/2016
                                                                      Área BIOLOGIA GERAL
                                                                      Orientador(es)
                                                                      • Gecele Matos Paggi
                                                                      Coorientador(es)
                                                                        Orientando(s)
                                                                        • Thianny Fernanda Carrelo Viana
                                                                        Banca
                                                                        • Adriana Ambrosini da Silveira
                                                                        • Gecele Matos Paggi
                                                                        • José Ivo Baldani
                                                                        • Marcos Antônio Soares
                                                                        Resumo A associação de bactérias com plantas é amplamente estudada em diferentes ambientes, principalmente com plantas cultivadas. Porém, é necessário buscar estudos que envolvam a associação de bactérias com plantas silvestres. Os objetivos do presente trabalho foram isolar, caracterizar e identificar bactérias associadas a bromélias de cangas, e correlacionar a diversidade de bactérias com as diferentes espécies de plantas, com as características do solo e com as diferentes populações amostradas. Foi realizada a coleta de raízes de Dyckia excelsa, Dyckia leptostachya e Deuterocohnia meziana em três populações distintas: Fazenda São João, Parque Municipal de Piraputangas, e Sítio Arqueológico Lajedo, em Corumbá, Mato Grosso do Sul, Brasil. Para contagem e isolamento das bactérias epifíticas, as raízes foram imergidas em frascos contendo tampão PBS e em seguida foram submetidos à agitação a 100rpm. As bactérias endofíticas foram contadas e isoladas após a desinfecção superficial dos tecidos e foram triturados em tampão PBS e submetidos a agitação constante a 150rpm. Posteriormente, ambas as amostras foram diluídas em tampão PBS e semeadas em placas de petri contendo meio TSA 4%, suplementado com um fungicida, incubadas a 28 ºC, e avaliadas após dois e oito dias de crescimento. As bactérias foram isoladas e caracterizadas considerando forma, borda, brilho, elevação, cor e tamanho. Os parâmetros morfológicos foram utilizados para análise de agrupamento usando o programa Past e o coeficiente de similaridade de Jaccard. As bactérias foram isoladas e purificadas para a análise de BOX-PCR, que consistiu da amplificação das regiões boxA, utilizando o primer A1R. Isolados representativos de cada padrão de banda e os que não tiveram seu DNA amplificado pela técnica, foram usados para o sequenciamento total da região 16S rDNA, utilizando os primers 27F e Amp2. A árvore filogenética foi construída utilizando o programa MEGA6 com o método Neighbor-Joining. Foram feitas análises de correlação para verificar a correlação da biodiversidade com as características do solo, com as espécies vegetais e com o tamanho das ilhas de solo. O índice de Shannon-Wiener foi calculado para avalia a biodiversidade. Os resultados das características morfológicas mostraram que existe alta diversidade fenotípica em sistemas radiculares que foi confirmada através da técnica de BOX-PCR, a qual mostrou variabilidade intragenérica e intraespecífica nas bactérias isoladas das bromélias. Os resultados do sequenciamento mostraram que o gênero Bacillus (54%) foi o mais representativo dentre as sequências obtidas, seguido pelo gênero Alcaligenes, Lysinibacillus e Paenibacillus. Os resultados de correlação mostraram uma correlação positiva da biodiversidade bacteriana com algumas características físico-químicas do solo: ferro, fósforo e argila. O índice de Shannon-Wiener mostrou que existe uma diversidade moderada de bactérias de acordo com as populações de bromélias amostradas. Alguns trabalhos relataram também um grande número de bactérias identificadas com o gênero Bacillus em ambientes semelhantes a cangas. Este gênero possui adaptações para sobrevivência em ambientes hostis, como, por exemplo, a produção de endósporos, capacitando-o para sobreviver em ambientes com mudanças dramáticas de temperatura. As análises de BOX-PCR corroboram com os dados do sequenciamento, porém, diferente do BOX-PCR, o sequenciamento não consegue diferenciar estirpes.
                                                                        Download
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                                                                          Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                                                                          Tipo Dissertação
                                                                          Data 30/03/2016
                                                                          Área BIOLOGIA GERAL
                                                                          Orientador(es)
                                                                          • Gecele Matos Paggi
                                                                          Coorientador(es)
                                                                            Orientando(s)
                                                                            • Kelly Conceição Rondon de Arruda
                                                                            Banca
                                                                            • Gecele Matos Paggi
                                                                            • Isabela Galarda Varassin
                                                                            • Leticia Couto Garcia Ribeiro
                                                                            • Mauricio Lenzi
                                                                            • Vinícius Lourenço Garcia de Brito
                                                                            Resumo Deuterocohnia meziana Kuntze ex Mez pertence à família Bromeliaceae e à subfamília Pitcairnioideae. A espécie ocorre em Corumbá, Mato Grosso do Sul, em áreas próximas a Morraria do Urucum, formadas por bancadas lateríticas (“cangas”), as quais possuem uma grande importância tanto pelo seu caráter insular quanto pela escassez de informações sobre este bioma particular. O objetivo deste estudo foi investigar a ecologia reprodutiva (fenologia, biologia floral, sistema preferencial de reprodução e interações com a fauna polinizadora) de uma população natural de D. meziana de cangas em Corumbá, Mato Grosso do Sul, Brasil. A coleta de dados foi realizada em uma população natural localizada em uma bancada laterítica do Parque Natural Municipal de Piraputangas, distante 25 quilômetros da área urbana de Corumbá-MS. A fenologia foi avaliada no período de 13 meses, de Março de 2015 a Março de 2016. As características florais, produção de néctar e os visitantes florais foram estudados e para caracterizar o sistema reprodutivo foram conduzidos cinco tratamentos de polinização. D. meziana apresenta dois picos de floração, com padrão de floração contínuo ao longo do ano, facilitando a manutenção de seus agentes polinizadores. A espécie é xenogâmica e auto-incompatível, apresentando formação de frutos apenas no teste de polinização cruzada e polinização livre. A auto-incompatibilidade apresentada pela espécie indica a necessidade de grãos de pólen exógenos e da ação de polinizadores para que ocorra a formação de frutos através de fecundação cruzada. Após o período reprodutivo sexual, a espécie investe na reprodução assexuada com a produção de brotos (clones). O estigma encontra-se receptivo durante a antese e os grãos de pólen apresentaram alta viabilidade. A espécie apresenta dois tipos de inflorescência, jovem e perene, foram observadas médias de 13,1 ± 15,0 flores abertas por dia nas inflorescências jovens, e de 3,6 ± 3,5 nas inflorescências perenes. D. meziana produz maior quantidade de néctar no período matutino, com características de volume e concentração de açúcar que permitem classificar a espécie como generalista, sendo uma flor ornitófila, visitada também por abelhas. Os seguintes polinizadores foram observados: Beija-flores da família Trochilidae: Chlorostilbon lucidus e Hylocharis chrysura; abelhas da família Apidae: Apis mellifera e Bombus morio. Também foi observada a liberação de néctar extrafloral em botões florais e na corola das flores em antese, o que foi correlacionado com a presença de visitantes florais de espécies de formigas das famílias Pieridae e Formicidae.
                                                                            Download
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                                                                              Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                                                                              Tipo Dissertação
                                                                              Data 26/02/2016
                                                                              Área BIOLOGIA GERAL
                                                                              Orientador(es)
                                                                              • Edna Scremin Dias
                                                                              Coorientador(es)
                                                                                Orientando(s)
                                                                                • Tayeme Cristina Piva
                                                                                Banca
                                                                                • Aline Redondo Martins
                                                                                • Carmen Regina Marcati
                                                                                • Edna Scremin Dias
                                                                                • Erika Amano
                                                                                • Mário Tommasiello Filho
                                                                                • Rosani do Carmo de Oliveira Arruda
                                                                                Resumo As fibras gelatinosas são estruturas frequentemente ricas em alfa-celulose e vivas, apresentam paredes celulares espessas, pouca ou nenhuma lignina, nas camadas internas. Sendo que estas apresentam aparência translúcida e de conteúdo celulósico e hemicelulósico. São comumente encontradas em caules ou tecidos de torção (lenho de reação), contudo, ocorrem em sistemas subterrâneos ou em outros órgãos que não possuem lenho de torção. Estas fibras são comumente encontradas em espécies de ambientes xérico e apresentam função de sustentação ao estresse tensional reforçando a estrutura e estabilidade do órgão e podendo armazenar água. Contudo, acredita-se que a Camada-G das fibras gelatinosas varia quanto a composição, organização e estrutura entre as espécies, apresentando também arranjo variável entre as camadas de paredes presentes nas fibras. Alguns estudos recentes têm apresentado uma pequena deposição de lignina nesta camada, o que vêm sendo discutido nas últimas décadas. Foram coletadas 14 espécies no Pantanal, Cerrado e Chaco, analisando caule em crescimento primário e início do crescimento secundário, nervura mediana e pecíolo. O objetivo deste trabalho foi explorar a distribuição das fibras nos diferentes órgãos, a ocorrência de lignina na Camada-G em plantas de ambientes distintos e se existe diferença na Camada-G em espécies de ambientes distintos.O processamento do material foi feito através de técnicas usais em anatomia vegetal, os estudos anatômicos, com o auxílio de Microscopia Confocal (MC) e Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) para análises e documentação. As espécies estudadas apresentaram um padrão de distribuição em polos, uma grande quantidade de fibras gelatinosas e o lúmen da fibra é amplo. Pode-se concluir que as fibras gelatinosas possuem função de armazenar água e não são necessariamente relacionadas ao lenho de reação. Apresentando também uma diferença significativa entre as espécies quanto a deposição de lignina na Camada-G.
                                                                                Download
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