Mestrado em Biologia Vegetal

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Trabalhos

Trabalhos Disponíveis

TRABALHO Ações
"LIQUENS EM CAPÕES DO PANTANAL SUL-MATO-GROSSENSE E SUA RELAÇÃO COM O FOGO"
Curso Mestrado em Biologia Vegetal
Tipo Dissertação
Data 31/08/2023
Área BIOLOGIA GERAL
Orientador(es)
  • Adriano Afonso Spielmann
Orientando(s)
  • MATHEUS MAGALHÃES HENRIQUES DO AIDO
Banca
  • Adriano Afonso Spielmann
  • Emerson Luiz Gumboski
  • Flavio Macedo Alves
  • Geraldo Alves Damasceno Junior
  • Luciana da Silva Canez
  • MARCELA EUGENIA DA SILVA CACERES
Resumo Nos últimos anos, o regime hídrico do pantanal apresentou déficit na quantidade de água, o que também influenciou no período da cheia anual. Com o ambiente mais seco foram registrados mais incêndios e esse fenômeno pode afetar a diversidade e estrutura das comunidades liquênicas do Pantanal.Os objetivos desse trabalho são: 1) Compreender quais espécies de liquens estão presentes nos capões do Pantanal; 2) Elaborar chaves de identificação e guia fotográfico para essas espécies; 3) Observar o efeito do fogo sobre as comunidades de liquens dos capões, tendo em vista a sucessão ecológica, observados os históricos de queima de cada ponto; 4) Os efeitos da cronossequência após o fogo sobre os atributos funcionais dos liquens. Os resultados desse trabalho contribuem com duas novas espécies de liquens encontradas. Também estão elaborados chaves e um guia fotográfico das espécies encontradas nos capões. Os resultados demonstram que é necessário utilizar novas abordagens e metodologias para explicar quais outros fatores afetam as comunidades de liquens presentes nos capões do Pantanal. Contudo, os resultados presentes demostram que existe perda de diversidade de liquens nos capões atingidos pelo fogo. Essa diversidade gradualmente vai aumentando conforme avança o estágio de sucessão ecológica. O tamanho da área de mata afetada pelo fogo também é um fator que contribui para a perda de diversidade, uma vez que os capões parcialmente afetados apresentam alguma diversidade remanescente nas áreas que não foram atingidas.
FENOLOGIA DE PLANTAS EM ÁREAS INUNDÁVEIS
Curso Mestrado em Biologia Vegetal
Tipo Dissertação
Data 24/08/2023
Área BIOLOGIA GERAL
Orientador(es)
  • Arnildo Pott
Orientando(s)
  • KARINY GOES LEANDRO GOMES
Banca
  • Arnildo Pott
  • Bruna Gardenal Fina Cicalise
  • BRUNO HENRIQUE DOS SANTOS FERREIRA
  • Camila Silveira de Souza
  • Edna Scremin Dias
  • Suzana Neves Moreira
Resumo Estudos fenológicos contribuem para o entendimento das respostas das espécies às condições ambientais e suas interações ecológicas com outros organismos. Realizamos uma revisão em um importante banco de dados de literatura acadêmica (SCOPUS) com o intuito de fornecer um diagnóstico em larga escala dos estudos sobre fenologia de plantas em áreas inundáveis, ajudando a traçar um panorama atual e visualizar tendências e lacunas de conhecimento, as quais podem nortear futuros projetos de pesquisa. Apesar de serem considerados ambientes prioritários para conservação e fornecerem importantes serviços ecossistêmicos, as áreas inundáveis têm sido alvo de poucos estudos fenológicos. Apenas 35 estudos estiveram relacionados ao objetivo desta pesquisa e foram publicados entre 1990 e 2021. Os estudos foram conduzidos em 19 países, com destaque para o Brasil, com 13 artigos. As pesquisas envolveram colaborações entre autores de diferentes instituições, sendo raros os estudos realizados individualmente. Flowering, Phenology e Wetland foram as palavras-chave mais frequentes nos artigos que trataram de fenologia em áreas inundáveis. Os artigos trataram da fenologia de 544 espécies e 107 famílias, com diferentes efeitos dos regimes de inundação sobre
a sincronia, intensidade e período das fenofases. A maioria dos estudos fez correlação entre inundação e fenologia (94 %), tendo em 88 % efeito significativo. Investigações sobre o efeito da época, duração e frequência das inundações sobre diferentes aspectos fenológicos são necessários, uma vez que eles variam muito entre espécies e áreas estudadas.
FITOPLÂNCTON DE LAGOA URBANA NO ECÓTONO CERRADOPANTANAL: LEVANTAMENTO DE ESPÉCIES E VARIAÇÕES SAZONAIS
Curso Mestrado em Biologia Vegetal
Tipo Dissertação
Data 04/07/2023
Área BIOLOGIA GERAL
Orientador(es)
  • Camila Aoki
Orientando(s)
  • Bruna Kayela da Costa Fonseca
Banca
  • Adriano Afonso Spielmann
  • Bruna Gardenal Fina Cicalise
  • Camila Aoki
  • Fernanda Maria de Russo Godoy
  • Ricardo Henrique Gentil Pereira
Resumo O conhecimento sobre a composição, abundância e distribuição de espécies que compõem a
comunidade fitoplanctônica é relevante para a compreensão da dinâmica dos ecossistemas
aquáticos e para o monitoramento da qualidade da água. Considerando a carência de
informações na área da ficologia e ecologia no município de Aquidauana (MS) e visando
contribuir para ampliar o conhecimento acerca do assunto na região, o objetivo deste estudo
foi realizar um levantamento das espécies de fitoplâncton de Chlorophyta e verificar sua
variação sazonal no Parque Natural Municipal da Lagoa Comprida. O estudo qualitativo e
quantitativo foi conduzido entre fevereiro e novembro de 2019, abrangendo quatro coletas,
amostradas em três pontos distribuídos ao acaso na lagoa. As amostras seguiram o protocolo
de filtragem com rede de plâncton. Registramos 45 morfoespécies de Chlorophyta,
distribuídos em 19 gêneros, com predominância da classe Chlorophyceae e da ordem
Sphaeropleales. Vinte e cinco espécies figuram como novos registros para o Estado de Mato
Grosso do Sul. Dentre as variáveis analisadas, apenas a amônia mostrou um correlação
significativa com a riqueza e abundância de Chlorophyta na área de estudo.
ANATOMIA COMPARATIVA DE FOLÍOLOS DE Machaerium Pers. (LEGUMINOSAE – PAPILIONOIDEAE – DALBERGIEAE): CONTRIBUIÇÕES À SISTEMÁTICA
Curso Mestrado em Biologia Vegetal
Tipo Dissertação
Data 03/07/2023
Área BIOLOGIA GERAL
Orientador(es)
    Orientando(s)
      Banca
        Resumo Machaerium, gênero predominantemente neotropical, agrega 130 espécies, com 44 destas
        endêmicas do Brasil. Diversos estudos de cunho taxonômico e filogenético foram realizados
        acerca da circunscrição infragenérica de Machaerium, constatando sobreposições nos
        caracteres morfológicos que delimitam cada seção e propondo o desmembramento das seções
        tradicionalmente reconhecidas em Machaerium, suscitando maiores investigações acerca de
        sua delimitação morfológica. Nossos objetivos são avaliar características morfológicas e
        anatômicas nos folíolos de Machaerium relevantes à sistemática, avaliar a ocorrência de
        estruturas secretoras, através de análises histoquímicas, avaliando quanto ao seu tipo,
        localização e natureza de seus exsudatos, e avaliar o monofiletismo de Machaerium e potenciais
        sinapomorfias para o clado Lineata. Realizamos investigação morfológica e anatômica em
        folíolos de 35% das espécies brasileiras de Machaerium através de técnicas de microscopia de
        luz e microscopia eletrônica de varredura. Realizamos análises filogenéticas com marcador
        matK e evolução dos caracteres em análises filogenéticas. Os caracteres morfológicos e
        anatômicos são relevantes aos níveis genérico e específico. Caracteres como padrão de venação
        secundário, tipos de estômatos, presença de hipoderme, morfologia de tricomas, e tipo e
        localização de idioblastos mucilaginosos são relevantes ao nível específico. Estruturas
        secretoras como tricomas de base secretora, idioblastos mucilaginosos e idioblastos fenólicos
        são encontrados nos folíolos dos representantes do gênero. Reforçamos o monofiletismo do
        clado Lineata, com padrão craspedódromo como possível sinapomorfia. Nossos dados indicam
        novos caracteres úteis à taxonomia do gênero, possíveis sinapomorfias e dão suporte a futuros
        estudos voltados à sistemática de Machaerium.
        A Influência de Fatores Sócio-ecológicos no Uso de Plantas Nativas em um Assentamento Rural no Cerrado
        Curso Mestrado em Biologia Vegetal
        Tipo Dissertação
        Data 03/07/2023
        Área BIOLOGIA GERAL
        Orientador(es)
          Orientando(s)
            Banca
            • Fabio de Oliveira Roque
            • Flavio Macedo Alves
            • Geraldo Alves Damasceno Junior
            • Marcelo Leandro Bueno
            • Reinaldo Farias Paiva de Lucena
            Resumo Antecedentes

            Este trabalho teve por objetivo identificar a existência ou não de diferenças no conhecimentos e uso das plantas nativas em relação a um grupo de pessoas pesquisadas em um assentamento rural no domínio Cerrado, no Assentamento Nazareth, cidade de Sidrolândia, estado de Mato Grosso do Sul, Brasil; e por hipótese se sustentou que o conhecimento das plantas, assim como os seus usos eram diferentes entre os indivíduos estudados.

            Métodos

            Os dados foram coletados em 38 entrevistas semiestruturadas selecionadas por meio da técnica bola-de-neve, em turnês guiadas em 38 lotes e áreas de reserva legal. Para avaliar as diferenças entre o conhecimento quanto a riqueza de espécies considerando os grupos sexo, faixas etárias e a migração dos entrevistados, foi usado Análise de Similaridade (ANOSIM).
            Para avaliar as diferenças de conhecimento quanto a composição das espécies foi usado nonmetric multidimensional scaling (NMDS). Para calcular a importância relativa das espécies citadas para estes grupos, dimensionadas pelo Valor de Uso Relativo por Categoria (VUrc), foi feita análise usando modelos lineares generalizados (GLMs).

            Resultados

            Os entrevistados citaram 123 espécies agrupadas em 90 gêneros e 47 famílias de Angiospermas. As espécies foram indicadas para 6 categorias de usos, sendo elas: Medicinal, Alimentícia, Construção, Tecnologia, Ornamental e Outros. Ao analisar as citações de uso quanto à riqueza das espécies citadas, não foram observadas diferenças entre os entrevistados com relação ao sexo, a idade e a migração. No entanto, ao adotar o Valor de Uso relativo por categoria (proposto neste trabalho), se identificou variações na valorização das espécies pelos entrevistados em relação a algumas categorias de uso. As mulheres valorizaram mais as espécies nas categorias de plantas Medicinais e Alimentícias, os homens valorizaram mais as espécies na categoria de plantas para Construção. Os mais idosos valorizaram mais as espécies para Construção que as demais faixas etárias, enquanto os migrantes valorizaram mais as espécies Medicinais que os não migrantes.

            Conclusões

            Embora a valorização das espécies seja similar em relação à composição e riqueza, considerando o sexo, faixas etárias e naturalidade dos entrevistados, o valor dado ao uso efetivo das espécies se apresentou parcialmente diferente entre eles. O índice proposto neste estudo (Valor de Uso Relativo à Categoria) se mostrou eficiente para analisar o uso das espécies em categorias de uso, ampliando as possibilidades de análise de dados em etnobiologia.
            A Influência de Fatores Sócio-ecológicos no Uso de Plantas Nativas em um Assentamento Rural no Cerrado
            Curso Mestrado em Biologia Vegetal
            Tipo Dissertação
            Data 03/07/2023
            Área BIOLOGIA GERAL
            Orientador(es)
            • Geraldo Alves Damasceno Junior
            Orientando(s)
            • GERALDO AUGUSTO DA SILVA
            Banca
            • Fabio de Oliveira Roque
            • Flavio Macedo Alves
            • Geraldo Alves Damasceno Junior
            • Marcelo Leandro Bueno
            • Reinaldo Farias Paiva de Lucena
            Resumo Antecedentes

            Este trabalho teve por objetivo identificar a existência ou não de diferenças no conhecimentos e uso das plantas nativas em relação a um grupo de pessoas pesquisadas em um assentamento rural no domínio Cerrado, no Assentamento Nazareth, cidade de Sidrolândia, estado de Mato Grosso do Sul, Brasil; e por hipótese se sustentou que o conhecimento das plantas, assim como os seus usos eram diferentes entre os indivíduos estudados.

            Métodos

            Os dados foram coletados em 38 entrevistas semiestruturadas selecionadas por meio da técnica bola-de-neve, em turnês guiadas em 38 lotes e áreas de reserva legal. Para avaliar as diferenças entre o conhecimento quanto a riqueza de espécies considerando os grupos sexo, faixas etárias e a migração dos entrevistados, foi usado Análise de Similaridade (ANOSIM). Para avaliar as diferenças de conhecimento quanto a composição das espécies foi usado non metric multidimensional scaling (NMDS). Para calcular a importância relativa das espécies citadas para estes grupos, dimensionadas pelo Valor de Uso Relativo por Categoria (VUrc), foi feita análise usando modelos lineares generalizados (GLMs).

            Resultados

            Os entrevistados citaram 123 espécies agrupadas em 90 gêneros e 47 famílias de Angiospermas. As espécies foram indicadas para 6 categorias de usos, sendo elas: Medicinal, Alimentícia, Construção, Tecnologia, Ornamental e Outros. Ao analisar as citações de uso quanto à riqueza das espécies citadas, não foram observadas diferenças entre os entrevistados com relação ao sexo, a idade e a migração. No entanto, ao adotar o Valor de Uso relativo por categoria (proposto neste trabalho), se identificou variações na valorização das espécies pelos entrevistados em relação a algumas categorias de uso. As mulheres valorizaram mais as espécies nas categorias de plantas Medicinais e Alimentícias, os homens valorizaram mais as espécies na categoria de plantas para Construção. Os mais idosos valorizaram mais as espécies para Construção que as demais faixas etárias, enquanto os migrantes valorizaram mais as espécies Medicinais que os não migrantes.

            Conclusões

            Embora a valorização das espécies seja similar em relação à composição e riqueza, considerando o sexo, faixas etárias e naturalidade dos entrevistados, o valor dado ao uso efetivo das espécies se apresentou parcialmente diferente entre eles. O índice proposto neste estudo (Valor de Uso Relativo à Categoria) se mostrou eficiente para analisar o uso das espécies em categorias de uso, ampliando as possibilidades de análise de dados em etnobiologia.
            ANATOMIA COMPARATIVA DE FOLÍOLOS DE Machaerium Pers. (LEGUMINOSAE – PAPILIONOIDEAE – DALBERGIEAE): CONTRIBUIÇÕES À SISTEMÁTICA
            Curso Mestrado em Biologia Vegetal
            Tipo Dissertação
            Data 30/06/2023
            Área BIOLOGIA GERAL
            Orientador(es)
              Orientando(s)
                Banca
                • Ana Paula Fortuna Perez
                • Angela Lucia Bagnatori Sartori
                • Flavio Macedo Alves
                • Simone de Pádua Teixeira
                • Tamires Soares Yule
                Resumo Machaerium, gênero predominantemente neotropical, agrega 130 espécies, com 44 destas
                endêmicas do Brasil. Diversos estudos de cunho taxonômico e filogenético foram realizados
                acerca da circunscrição infragenérica de Machaerium, constatando sobreposições nos
                caracteres morfológicos que delimitam cada seção e propondo o desmembramento das seções
                tradicionalmente reconhecidas em Machaerium, suscitando maiores investigações acerca de
                sua delimitação morfológica. Nossos objetivos são avaliar características morfológicas e
                anatômicas nos folíolos de Machaerium relevantes à sistemática, avaliar a ocorrência de
                estruturas secretoras, através de análises histoquímicas, avaliando quanto ao seu tipo,
                localização e natureza de seus exsudatos, e avaliar o monofiletismo de Machaerium e potenciais
                sinapomorfias para o clado Lineata. Realizamos investigação morfológica e anatômica em
                folíolos de 35% das espécies brasileiras de Machaerium através de técnicas de microscopia de
                luz e microscopia eletrônica de varredura. Realizamos análises filogenéticas com marcador
                matK e evolução dos caracteres em análises filogenéticas. Os caracteres morfológicos e
                anatômicos são relevantes aos níveis genérico e específico. Caracteres como padrão de venação
                secundário, tipos de estômatos, presença de hipoderme, morfologia de tricomas, e tipo e
                localização de idioblastos mucilaginosos são relevantes ao nível específico. Estruturas
                secretoras como tricomas de base secretora, idioblastos mucilaginosos e idioblastos fenólicos
                são encontrados nos folíolos dos representantes do gênero. Reforçamos o monofiletismo do
                clado Lineata, com padrão craspedódromo como possível sinapomorfia. Nossos dados indicam
                novos caracteres úteis à taxonomia do gênero, possíveis sinapomorfias e dão suporte a futuros
                estudos voltados à sistemática de Machaerium.
                ANATOMIA COMPARATIVA DE FOLÍOLOS DE Machaerium Pers. (LEGUMINOSAE – PAPILIONOIDEAE – DALBERGIEAE): CONTRIBUIÇÕES À SISTEMÁTICA
                Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                Tipo Dissertação
                Data 30/06/2023
                Área BIOLOGIA GERAL
                Orientador(es)
                • Angela Lucia Bagnatori Sartori
                Orientando(s)
                • MARCUS PAULO GONÇALVES ROSA
                Banca
                • Ana Paula Fortuna Perez
                • Angela Lucia Bagnatori Sartori
                • Flavio Macedo Alves
                • Simone de Pádua Teixeira
                • Tamires Soares Yule
                • Wanderleia de Vargas
                Resumo Machaerium, gênero predominantemente neotropical, agrega 130 espécies, com 44 destas endêmicas do Brasil. Diversos estudos de cunho taxonômico e filogenético foram realizados acerca da circunscrição infragenérica de Machaerium, constatando sobreposições nos caracteres morfológicos que delimitam cada seção e propondo o desmembramento das seções tradicionalmente reconhecidas, suscitando maiores investigações acerca de sua delimitação morfológica. Nossos objetivos foram realizar uma análise comparativa dos caracteres morfológicos e anatômicos nos folíolos de Machaerium relevantes à sistemática, avaliar a ocorrência de estruturas secretoras, avaliando quanto ao seu tipo, localização e natureza de seus exsudatos, e avaliar o monofiletismo de Machaerium e potenciais sinapomorfias para o clado Lineata. Realizamos investigação morfológica interna e externa em folíolos de 20% das espécies de Machaerium através de técnicas de microscopia de luz e microscopia eletrônica de varredura. Realizamos análises filogenéticas com marcador matK e evolução dos caracteres em análises filogenéticas. Caracteres como padrão de venação secundário, tipos de estômatos, presença de hipoderme, morfologia de tricomas, e tipo e localização de idioblastos mucilaginosos são relevantes ao nível específico. Estruturas secretoras como tricomas de base secretora, idioblastos mucilaginosos e idioblastos fenólicos são encontrados nos folíolos dos representantes do gênero. Reforçamos o monofiletismo do clado Lineata, com padrão craspedódromo como possível sinapomorfia. Nossos dados indicam novos caracteres úteis à taxonomia do gênero, possíveis sinapomorfias e dão suporte a futuros estudos voltados à sistemática de Machaerium.
                ANATOMIA E CITOGENÉTICA APLICADAS À TAXONOMIA DO COMPLEXO DE ESPÉCIES Commelina erecta (COMMELINACEAE)
                Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                Tipo Dissertação
                Data 29/06/2023
                Área BIOLOGIA GERAL
                Orientador(es)
                • Gustavo Hassemer
                Orientando(s)
                • Ingrid Lohani Degering Brand
                Banca
                • ANA PAULA MORAES
                • Angela Lucia Bagnatori Sartori
                • Flavia Maria Leme
                • Gustavo Hassemer
                • JULIA ZAPPELINI
                • Tamires Soares Yule
                Resumo A espécie críptica Commelina erecta exibe plasticidade fenotípica de acordo com o ambiente,
                gerando um impasse sobre se seus diferentes morfotipos devem ser considerados novas espécies
                ou não. Neste estudo, adotamos uma abordagem sistemática integrativa, combinando morfologia,
                anatomia e citogenética, aprimorando a taxonomia do grupo e facilitando sua classificação.
                Coletamos morfotipos do complexo Commelina erecta de diferentes locais, incluindo Acre, Santa
                Catarina, Mato Grosso do Sul e região de Entre Rios, no Uruguai, além das espécies próximas C.
                catharinensis, C. dielsii e o morfotipo C. cf. dielsii, para elucidar a relação taxonômica entre eles
                por meio de anatomia e citogenética. No estudo da anatomia vegetal, utilizamos folhas de cada
                morfotipo fixadas em historesina para avaliar estruturas anatômicas em corte transversal,
                (mesofilo, epiderme e bordas) além do método Franklin para avaliar a superfície epidérmica e
                suas bordas. Fizemos o primeiro registro de estômatos paracíticos, tetracíclicos, pentacíclicos e
                heptacíclicos no gênero Commelina, bem como o primeiro registro de tricomas pluricelulares de
                base larga no grupo. Confirmou-se a separação de C. catharinensis como espécie distinta e de C.
                dielsii, esta última apresentando estômatos pentacíclicos e heptacíclicos diagnósticos da espécie.
                Em relação à citogenética, realizamos estudos detalhados utilizando meristema apical das raízes
                em lâminas para determinar o cariótipo de cada morfotipo em relação ao número e morfologia
                cromossômica durante a mitose (2n) de todos os morfotipos coletados. Commelina erecta
                apresentou 2n = 60 nos morfotipos dos estados de Santa Catarina e Acre e do Uruguai, com
                fórmulas cromossômicas de 30m + 26sm + 4st (Acre), 26m + 30sm + 4st (Santa Catarina) e 24m
                + 32sm + 4st (Uruguai), além de 2n = 42 no morfotipo de Mato Grosso do Sul, com fórmula
                cromossômica de 20m + 18sm + 4st. Commelina catharinensis apresentou 2n = 46, fórmula 22m
                + 18sm + 6st. Commelina dielsii apresentou cariótipo de 2n = 38, fórmula 18m + 16sm + 4st, e o
                morfotipo C. cf. dielsii apresentou 2n = 38, fórmula 22m + 12sm + 4st. Foi confirmado que C.
                catharinensis e C. dielsii são espécies distintas de C. erecta, pois possuem cariótipos
                caracteristicamente diferentes. Além disso, o morfotipo C. cf. dielsii provavelmente é C. dielsii,
                considerando seu número cromossômico, fórmula cromossômica e características morfológicas.
                Esses resultados podem ajudar a elucidar a taxonomia do grupo e contribuir para o avanço do
                conhecimento sistemático sobre o gênero Commelina.
                MÉTODOS DE PROPAGAÇÃO VEGETATIVA DE GUAVIRA (CAMPOMANESIA ADAMANTIUM (CAMBESS.) O. BERG)
                Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                Tipo Dissertação
                Data 28/06/2023
                Área BIOLOGIA GERAL
                Orientador(es)
                • Arnildo Pott
                Orientando(s)
                • Caroline Retzlaff Viana
                Banca
                • Arnildo Pott
                • DENILSON DE OLIVEIRA GUILHERME
                • Jane Rodrigues da Silva
                • Juliana Iassia Gimenez
                • Rosa Helena da Silva
                • Tamires Soares Yule
                Resumo A guavira (Campomanesia adamantium Cambess O. Berg) é uma espécie nativa da família Myrtaceae que ocorre em cerrados. Seus frutos são consumidos in natura na época da colheita, mas podem ser processados na forma de geleias, sorvetes e licores. Por ser uma espécie
                considerada com potencial de comercialização e de interesse para cultivo e restauração ambiental, o presente trabalho teve como objetivo avaliar duas formas de propagação
                vegetativa, através da alporquia e estaquia de estruturas subterrâneas. A alporquia foi realizada nas quatros estações do ano e com cinco doses de ácido indolbutírico (AIB): 0, 1500, 3000,
                4500, e 6000 mg kg-¹, em blocos casualizados (DBC), arranjo fatorial 5 x 4 (doses de AIB x épocas do ano) com 5 repetições, com duas plantas por parcela e 4 alporques por planta, totalizando 400 alporques em 100 matrizes. Houve a formação de calos e brotos, com maior
                ocorrência nas estações da primavera e verão. No estudo anatômico, brotos e calos foram examinados em microscopia de luz. Os alporques produziram brotos com folhas e raízes adventícias no periciclo do caule. Os ramos caulinares apresentaram cavidades secretoras nas
                porções periféricas e crescimento secundário precoce com periderme, sistema vascular secundário, e abundância em compostos fenólicos. Entretanto, as porcentagens de alporques com raízes adventícias foram baixas, independentemente das estações do ano e das dosagens de AIB. Verificou-se que, a propagação vegetativa na C. adamantium por alporquia não é viável. Por isso, foi testada a estaquia de estruturas subterrâneas, em delineamento inteiramente casualizado (DIC) em um arranjo fatorial 2 (posições) x 5 (doses de AIB) com 4 repetições e 5
                estacas (de 5cm) por parcela, num total de 200 estacas mantidas em substrato úmido. Foi constatado que as posições (horizontal e vertical) interferiram significativamente na média de número de brotações, com (3,0 b) para a horizontal e (5,05 a) para a vertical, e no peso seco da raiz, com (0,59 a) para a horizontal e (0,22 b) para a vertical. O teste de Duncan (5% de probabilidade) não detectou diferença para a aplicação de AIB. Lâminas das 200 estacas avaliadas foram cortadas no micrótomo de deslize, coradas com azul de toluidina e sua morfologia observada em microscopia de luz, identificando 2 caules e 198 raízes. Concluiu-se que C. adamantium pode ser propagada por estaquia de estruturas subterrâneas, sendo uma alternativa inédita favorável à produção de mudas.
                Palavras–chave: Alporquia, Anatomia Vegetal, Cerrado, Estaquia, Fruta nativa.
                Ciclos de Hidratação e Desidratação na germinação de sementes de Cosmos sulphureus sob estresse hídrico
                Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                Tipo Dissertação
                Data 26/06/2023
                Área BIOLOGIA GERAL
                Orientador(es)
                • Arnildo Pott
                Orientando(s)
                • Fernanda Nogueira Martins
                Banca
                • Aparecida Leonir da Silva
                • Arnildo Pott
                • Evaldo Benedito de Souza
                • Francielli Bao
                • Rosa Helena da Silva
                • Tamires Soares Yule
                Resumo Cosmos sulphureus é uma espécie ruderal, capaz de se desenvolver em diversos locais
                como ao longo de calçadas, bueiros, rachaduras no asfalto e terrenos baldios. Devido ao
                desenvolvimento desta espécie em ambiente tão inóspito, estudar a fisiologia da semente é
                fundamental para a compreensão das espécies herbáceas que ocorrem em área urbana. O objetivo
                deste trabalho foi avaliar o desempenho de sementes de Cosmos sulphureus após serem submetidas
                a ciclos de hidratação e desidratação, e avaliar se elas possuem memória hídrica. Com esta proposta
                foram realizados testes de germinação em diferentes temperaturas: 20-30; 25; 30; 35; e 40°C a fim
                de determinar a temperatura ideal. Em seguida, as sementes foram submetidas a 1, 2 e 3 ciclos de
                hidratação e desidratação por diferentes períodos de tempo (0,5; 6 e 12 horas) e avaliadas em testes
                de germinação com substrato umedecidos com água ou com solução de PEG 6000 em diferentes
                potenciais hídricos (Ѱꙍ): 0 (água destilada), -0,1 MPa; -0,2 MPa; -0,5 MPa; e -0,7 Mpa. As sementes
                também foram submetidas ao tratamento controle (sem ciclo). Como resultado, foi possível
                observar que as sementes de C. sulphureus tem como temperatura ideal a de 30°C. Após as
                sementes serem submetidas aos ciclos de hidratação e desidratação, a porcentagem de germinação
                das sementes em substrato umedecido com diferentes potenciais hídricos (Ѱꙍ) foi de: 0 Mpa
                (entre 84 e 97%); -0,1 Mpa (entre 79 e 95%), e -0,2 Mpa (entre 69 e 92%). Porém, com o aumento
                da restrição hídrica (aumento da concentração do PEG 6000) houve diminuição da porcentagem de
                germinação, sendo esta menor que 20% a -0,7 Mpa. Dado o exposto, as sementes de C. sulphureus
                germinam em uma ampla faixa de temperatura e, após submetidas aos ciclos de hidratação e
                desidratação, melhoraram o seu desempenho, especialmente em condição de restrição hídrica, em
                relação ao controle. Nos potenciais osmóticos mais negativos (-0,5 e -0,7 MPa) foi possível
                identificar que as sementes de C. sulphureus apresentam memória hídrica.
                Influência do Fogo e da Inundação Sobre a Invasão de Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit. e o seu Impacto Sobre a Flora Nativa
                Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                Tipo Dissertação
                Data 22/06/2023
                Área BIOLOGIA GERAL
                Orientador(es)
                • Leticia Couto Garcia Ribeiro
                Orientando(s)
                • Gabriel Pesqueira da Luz
                Banca
                • Angela Lucia Bagnatori Sartori
                • Arnildo Pott
                • Felipe Martini Santos
                • Leticia Couto Garcia Ribeiro
                • MICHELE DE SÁ DECHOUM
                • Rodolfo Cesar Real de Abreu
                Resumo O estabelecimento de uma espécie em determinado ecossistema ocorre devido a
                interações com outras espécies e características abióticas do meio. Avaliamos a
                regeneração pós-fogo e a influência da inundação sobre a espécie arbórea exótica
                Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit (Fabaceae) e de espécies que co-ocorrem junto às
                invasões no Pantanal, Brasil. Identificamos a frequência de incêndios a partir de cicatrizes
                visualizadas em imagens da série histórica de satélite obtidas pelo sistema BDQueimadas
                do INPE. Para a proximidade da invasão, consideramos a distância das áreas que
                iniciaram a invasão na rodovia das demais invasões que surgiram posteriormente
                identificadas por imagens de satélite e entrevistas. Implantamos em blocos estabelecidos
                nas manchas de invasão, totalizando 10 parcelas por tratamento (sendo os tratamentos: 3
                níveis de topografia (alta, média e baixa) que implicam em condições de inundação e 3
                de frequências de incêndio (1, 2 ou 4 vezes em 10 anos)). Em cada bloco, estabelecemos
                3 parcelas de 25x4 m (90 ao todo, em áreas com declive e sujeitas a inundações, onde
                mensuramos a circunferência a altura do peito de árvores adultas (nativas e de leucena) e
                em subparcelas de 2x2m (180 amostras no total) realizamos contagens de regenerantes
                de leucena e de espécies nativas que co-ocorrem. Analisamos os dados utilizando
                Regressões Lineares Generalizadas Multinível (GLMM) e curvas de rarefação e
                extrapolação. Resultados apontam uma interação entre a topografia e a área basal, sendo
                que nas partes mais elevadas do terreno concentram um maior número de indivíduos de
                L. leucocephala e os maiores valores de área basal por hectare. O melhor modelo
                selecionado utilizando GLMM revelou a influência dos efeitos da topografia do terreno e
                dos incêndios sobre o recrutamento. Uma vez que a frequência de incêndios atua
                positivamente para o recrutamento da espécie exótica, o uso de fogo sobre invasões de L.
                leucocephala deve ser evitado, sendo necessário avaliar outras formas de seu manejo.
                Delimitação taxonômica das espécies de Aspidosperma sect. Pungentia (Pichon) Mar.-Ferr. com base em caracteres morfológicos e anatômicos foliares
                Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                Tipo Dissertação
                Data 02/06/2023
                Área BIOLOGIA GERAL
                Orientador(es)
                • Maria Ana Farinaccio
                Orientando(s)
                • Suziele Galdino Batista
                Banca
                • Ana Carolina Devides Castello
                • Flavia Maria Leme
                • Flavio Macedo Alves
                • Gisela Mariel Via do Pico
                • Maria Ana Farinaccio
                • Vanessa de Carvalho Harthman Silveira
                Resumo Apocynaceae, uma das maiores famílias de angiospermas, são predominantemente pantropical, com poucos representantes atingindo as regiões temperadas. Dentre as Apocynaceae, Aspidosperma é um dos gêneros mais representativos, composto por árvores ou arvoretas conhecidas popularmente como perobas. O gênero distribui-se por toda a América tropical, desde o México até a Argentina, com exceção do Chile. É composto por 80 espécies das quais, 69 ocorrem no Brasil, nas diversas formações vegetais, principalmente ambientes florestais, sendo o Brasil o centro de diversidade do gênero. Aspidosperma está dividido em dois subgêneros, Aspidosperma subgen. Coutinia e Aspidosperma subgen. Aspidosperma, este último subdividido em nove secções. Dentre as espécies do subgênero Aspidosperma, A. triternatum e A. quebracho-blanco são os representantes de Aspidosperma Sect. Pungentia. Essa secção é facilmente distinta das demais, mesmo em estado vegetativo, por agrupar espécies que possuem folhas com ápices pungentes, únicas no gênero. No entanto, A. triternatum e A. quebracho-blanco são de difícil distinção pelas semelhanças morfológicas que apresentam, como o ápice pungente de suas folhas que são verticiladas e a coloração branco amarelada de suas flores. Essas duas espécies são encontradas nas formações chaquenhas da Argentina, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Brasil, sendo consideradas plantas indicadoras do Bioma Chaco. Assim, é importante o desenvolvimento de novos estudos para eleger novos caracteres que possam ser úteis no reconhecimento dessas espécies, que são tão importantes no Bioma Chaco. Estudos anatômicos foliares envolvendo espécies de Aspidosperma, demonstraram que estes são úteis na produção de dados. Assim sendo, nosso objetivo foi desenvolver um estudo com caracteres morfológicos e anatômicos foliares que permitam uma circunscrição mais precisa das espécies em estudo.
                CONTRIBUIÇÃO À TAXONOMIA DE LAURACEAE NO CENTRO-OESTE, BRASIL: FLORA DO DISTRITO FEDERAL E MATO GROSSO DO SUL
                Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                Tipo Dissertação
                Data 30/05/2023
                Área BIOLOGIA GERAL
                Orientador(es)
                • Flavio Macedo Alves
                Orientando(s)
                • Thiago Miguel Oliveira Saiefert
                Banca
                • ALEXANDRE QUINET
                • Angela Lucia Bagnatori Sartori
                • Flavio Macedo Alves
                • Marcos Jose da Silva
                • Maria Ana Farinaccio
                • TACIANA BARBOSA CAVALCANTI
                Resumo (Contribuição à taxonomia de Lauraceae no Centro-oeste, Brasil: Flora do Distrito
                Federal e Mato Grosso do Sul). Apresentamos aqui dois estudos taxonômicos para
                Lauraceae ocorrentes em duas Unidades Federativas do Brasil: Mato Grosso do Sul (MS)
                e Distrito Federal (DF). Foram reconhecidas 29 espécies no MS e 21 espécies no DF,
                sendo Nectandra e Ocotea os gêneros mais diversos nas duas unidades da federação.
                Treze espécies típicas do Domínio Fitogeográfico do Cerrado e suas matas ciliares:
                Aiouea trinervis, Aniba heringeri, Cassytha filiformis, Endlicheria paniculata, Nectandra
                cissiflora, N. cuspidata, N. gardneri, N. hihua, Ocotea aciphylla, O. corymbosa, O.
                lancifolia, O. minarum e O. velloziana, ocorrem tanto no Distrito Federal quanto em Mato
                Grosso do Sul. Fornecemos chaves de identificação para gêneros e espécies, descrições
                morfológicas, dados de distribuição geográfica, dados de ecologia, aspectos fenológicos,
                comentários taxonômicos e pranchas contendo imagens de Microscopia Eletrônica de
                Varredura (MEV), imagens de campo e de exsicatas.
                Síntese do conhecimento sobre fenologia e frugivoria no gênero Psychotria L. (Rubiaceae)
                Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                Tipo Dissertação
                Data 11/05/2023
                Área BIOLOGIA GERAL
                Orientador(es)
                • Camila Aoki
                Orientando(s)
                • Maria Beatriz Kiomido Mendonça
                Banca
                • Arnildo Pott
                • Camila Aoki
                • Camila Silveira de Souza
                • Edna Scremin Dias
                • Flavio Macedo Alves
                • Jane Rodrigues da Silva
                Resumo A fenologia auxilia no entendimento das respostas das espécies à variação ambiental e temporal dos ecossistemas e da dinâmica das relações ecológicas. Deste modo, o presente estudo teve por objetivo reunir informações disponíveis na literatura sobre a fenologia de Psychotria L. e caracterizamos a fenologia de Psychotria carthagenensis no Pantanal em um estudo de caso. Compilamos informações sobre os períodos de brotamento, queda foliar, floração e frutificação disponíveis para as espécies do gênero, assim como a distribuição geográfica e temporal dos estudos realizados, seus respectivos autores, revistas e espécies estudadas. Houve um aumento considerável no interesse de pesquisadores sobre a fenologia de Psychotria nas últimas décadas, entretanto, os estudos incluem apenas 79 espécies, o que corresponde a menos de 4,5% das espécies do gênero. O Panamá e o Brasil se destacam como os países que apresentam o maior número de estudos sobre fenologia para o gênero. As mais estudadas foram: Psychotria nuda, P. suterella, P. tenuifolia e P. tenuinervis. Floração e frutificação em Psychotria foram investigadas em um maior número de estudos fenológicos e englobaram maior número de espécies (69 e 70, respectivamente). As fenofases apresentaram de modo geral um período de frutificação de duração intermediária, seguida por uma duração extensa e curta. Para o estudo de caso sobre Psychotria carthagenensis no Pantanal a floração apresentou duração intermediária e frequência anual, a frutificação foi classificada com duração estendida e frequência anual. Espécies arbustivas são um dos componentes chave em áreas de sub-bosque e compreensão da dinâmica vegetativa e reprodutiva das espécies é essencial para determinar a atuação das relações ecológicas estabelecidas entre polinizadores e dispersores de sementes.
                Estrutura e desenvolvimento floral no clado Mezilaurus (Lauraceae)
                Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                Tipo Dissertação
                Data 06/04/2023
                Área BIOLOGIA GERAL
                Orientador(es)
                • Rosani do Carmo de Oliveira Arruda
                Orientando(s)
                • Ana Paula Sales de Araujo Franco
                Banca
                • Angela Lucia Bagnatori Sartori
                • João Paulo Basso Alves
                • Rosani do Carmo de Oliveira Arruda
                • Simone de Pádua Teixeira
                • Thais Cury de Barros
                Resumo Lauraceae possui taxonomia tradicional baseada na estrutura floral, especialmente as características do androceu, entretanto, diversos grupos que nunca foram agrupados de acordo com a taxonomia tradicional emergiram em filogenias recentes. Um desses grupos é o Clado Mezilaurus, que apresenta variação na estrutura floral entre os seis gêneros que o compõem. O grupo possui representantes com três, seis, nove ou 12 a 20 estames; anteras biloceladas ou tetraloceladas; glândulas em todas as séries de estames, glândulas apenas nos estames da série III ou ausentes. Estudos de anatomia e desenvolvimento floral têm proporcionado avanços na compreensão acerca da origem, identidade de órgãos florais, e seu significado evolutivo na família, no entanto, não têm contemplado as variações florais presentes em Lauraceae. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar a estrutura floral de espécies dos seis gêneros que compõe o clado Mezilaurus, visando elucidar questões evolutivas e identificar características que sustentem as relações no grupo. Além disso, entender os processos ontogenéticos envolvidos na redução do número de séries de estames em Mezilaurus crassiramea. Flores em antese de oitos espécies (oriundas de exsicatas de herbário) e botões florais de M. crassiramea (coletas) foram processadas e analisadas em microscopia eletrônica de varredura-MEV e microscopia de luz. A maioria das espécies apresentaram tépalas externas vascularizadas por um feixe e as tépalas internas por três feixes vasculares, exceto Anaueria brasiliensis e Chlorocardium rodiei; estames da série III com três feixes vasculares, exceto em Williamodendron spectabilis com um feixe e Chlorocardium rodiei com cinco feixes. As glândulas presentes em Chlorocardium rodiei, Clinostemon mahuba e Sextonia rubra são nectários. A reconstrução dos estados de caráter ancestral dos caracteres morfológicos e da vascularização floral, baseada na análise filogenética molecular, sustentou diversos subclados no grupo. A redução do número de séries de estames e nectários em M. crassiramea resulta da não formação de séries inteiras desde o início do desenvolvimento, levando a formação de flores com somente estames da série III. Nossos resultados indicam que possivelmente o ancestral do clado apresentava flores com as três séries de estames e um par de nectários na base dos estames da série III. A ausência dos estames das séries I e II ou da série III, em algumas espécies, é uma perda posterior. Além disso, concluímos que nos gêneros sem nectários, a vascularização dessas estruturas é mantida nos estames de algumas espécies do clado e perdida totalmente em outras.
                Variação de metabólitos secundários relacionada a eventos de fogo em Rhamnidium elaeocarpum Reissek
                Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                Tipo Dissertação
                Data 16/12/2022
                Área BIOLOGIA GERAL
                Orientador(es)
                • Carlos Alexandre Carollo
                Orientando(s)
                • Camila Sório Siqueira
                Banca
                • Arthur Ladeira Macedo
                • Carlos Alexandre Carollo
                • Denise Brentan da Silva
                • Flavio Macedo Alves
                • Katyuce de Souza Farias
                Resumo O trabalho teve como objetivo ampliar a discussão sobre o papel do metabolismo de espécies
                lenhosas contra estresse causado pelo fogo. Para tanto, coletamos a casca de Rhamnidium
                elaeocarpum (Rhamnaceae), espécie abundante em ambientes com passagem de incêndio, em
                diferentes históricos de fogo no Pantanal. Realizamos análises espectrofotométricas para
                quantificar fenóis totais e taninos, enquanto o CLAE-DAD-EM/EM foi utilizado para obter
                perfil e resposta metabólica a eventos recentes de incêndio na região. Além disso, avaliamos o
                comportamento termogravimétrico para validar a termotolerância de R. elaeocarpum e sua
                relação aos metabólitos secundários. Nós hipotetizamos que a espécie apresentaria alterações
                nas concentrações de metabólitos secundários nas cascas após eventos recentes de fogo. No
                entanto, observamos que os teores fenólicos e de taninos não diferiram nos tratamentos, exceto
                APD 20 (grupo com espécimes com morte da estrutura aérea), demonstrando que o
                metabolismo fenólico global da espécie não é afetado por eventos recentes de fogo. Podendo
                ser resultado de uma tolerância bioquímica da planta ao estresse fisiológico causado pelo regime
                de fogo, que atua há muito tempo na região, ou também uma exaptação derivada de condições
                ambientais pós-fogo. A destoante concentração encontrada no grupo APD 20 provavelmente
                está relacionada ao processo de lixiviação dos metabólitos no material vegetal morto, uma vez
                que a decomposição natural das cascas coletadas era perceptível. Ao todo, foram anotados 23
                compostos, principalmente oligômeros de proantocianidinas, sugerindo a formação de uma
                barreira fenólica com ação antioxidante e antimicrobiana. Observamos um desvio metabólico
                causado pelo efeito do fogo, de modo que a produção de alguns compostos, principalmente a
                galocatequina, aumenta em detrimento dos demais. Além deste, houve um aumento de
                karwinaftopiranonas (substâncias tóxicas ao organismo humano) com a passagem do fogo de
                2020, o que ressalta a necessidade de alertar a comunidade pantaneira devido seu amplo uso
                medicinal. Por fim, os resultados do comportamento termogravimétrico indicaram que R.
                elaoecarpum apresenta termotolerância e que os compostos secundários podem estar
                relacionados a essa característica. Em geral, observamos que o fogo causa efeitos qualitativos
                importantes no metabolismo de R. elaeocarpum que persistem por pelo menos dois anos, porém
                não podemos afirmar se é devido a um valor adaptativo ou em resposta a fatores adjacentes no
                ambiente.
                Recrutamento de espécies nativas via semeadura direta no Cerrado
                Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                Tipo Dissertação
                Data 23/12/2021
                Área BIOLOGIA GERAL
                Orientador(es)
                • Leticia Couto Garcia Ribeiro
                Orientando(s)
                • Amanda Natália Timóteo
                Banca
                • Flavio Macedo Alves
                • Isabel Belloni Schmidt
                • Leticia Couto Garcia Ribeiro
                • Mário Guilherme de Biagi Cava
                Resumo A semeadura de espécies de adubos verdes junto a espécies arbóreas nativas têm sido recomendada para iniciativas de restauração em detrimento do convencional plantio de mudas gerando, portanto, demanda por sementes destas espécies. Apesar desta recomendação para restauração, a combinação de espécies em um arranjo ideal pode variar de acordo com as características do ambiente a ser restaurado e da meta que se pretende atingir via semeadura direta. Havendo êxito, estas espécies prestarão importante papel na facilitação da restauração, principalmente no sentido remover espécies invasoras no sistema, como o caso de gramíneas exóticas invasoras do Cerrado, reduzindo a competição por luz das espécies nativas introduzidas via semeadura e consequentemente permitindo o recrutamento e desenvolvimento de espécies nativas. Todavia, como a restauração pode seguir trajetórias diversas do esperado, o restaurador precisará estar atento e pronto para intervir caso o sistema retroceda ao estado de degradação, justificando estudos experimentais que subsidiem predições. Assim, nosso objetivo neste estudo foi verificar em campo qual a melhor combinação de sementes de espécies de adubos verdes consideradas facilitadoras, a serem semeadas consorciadas com espécies nativas afim de se obter maior diversidade e recobrimento na superação dos filtros ecológicos, e.g., competição com gramíneas exóticas. Testamos experimentalmente quatro combinações de sementes de espécies nativas com as espécies possivelmente facilitadoras nos seguintes tratamentos: (1) somente sementes de espécies nativas arbóreas – N, (2) sementes de adubo verde: feijão guandu (Cajanus cajan (L.) Huth) + nativas - GN, (3) sementes de nativas + arbusto nativo: Lepidaploa aurea - NL, (4) sementes de feijão guandu + L. aurea + nativas GLN, (5) adubos verdes herbáceos exóticos (Crotalaria sp. + Canavalia ensiformes) + sementes de feijão guandu + nativas – HGN e (6) controle: sem semeadura, somente acompanhamento da regeneração vou natural – C. As espécies de adubos verdes da família de leguminosas utilizados nas combinações foram: Feijão guandú (Cajanus cajan), Crotalaria sp. e Feijão de porco (Canavalia ensiformis) e uma espécie arbustiva nativa, o Amargoso (Lepidaploa aurea), uma Asteraceae. Fizemos a avaliação da dinâmica temporal da diversidade de espécies nativas e do recobrimento de solo por 18 meses. Nossos resultados mostraram que as combinações não demonstraram ter efeito sobre a riqueza de nativas e não influenciaram a abundância das diferentes espécies nativas semeadas sob diferentes combinações com adubos verdes. Nossos resultados também destacaram a necessidade de utilização de sementes de maior massa como critério de escolha das espécies. Concluindo, nas condições estudadas, nossos dados apontam que o uso de adubos verdes não facilitou no aumento da diversidade de arbóreas nativas semeadas, podendo seu uso ser dispensável quando o objetivo for este. Porém, o uso dos das espécies de plantas de adubação verde arbustivos e herbáceos em conjunto melhoraram a cobertura do solo inicialmente, quando sem efeitos de filtros ambientais, o que pode ser um benefício inicial a ser considerado pelos gestores de projetos de restauração ecológica a ser avaliado quanto à decisão de investir ou não neste insumo.
                RESTAURAÇÃO DE MATAS CILIARES POR PLANTAS TOLERANTES AO ALAGAMENTO: UM ESTUDO DE CASO COM HYMENAEA COURBARIL L. (FABACEAE)
                Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                Tipo Dissertação
                Data 11/12/2021
                Área BIOLOGIA GERAL
                Orientador(es)
                • Edna Scremin Dias
                Orientando(s)
                • Fernanda Polli Pinheiro
                Banca
                • Alexandre Ferraro Antunes
                • Edna Scremin Dias
                • Gisele Catian
                • Jane Rodrigues da Silva
                • Marcelo Leandro Bueno
                • Vanessa Pontara
                Resumo A vegetação de mata ciliar é pauta cada vez mais discutida devido ao papel fundamental desempenhado na manutenção da integridade ecológica dos corpos d’água e pelos seus serviços ambientais. As matas ciliares são legalmente definidas pelo Código Florestal como Áreas de Preservação Permanente (APP) e, apesar de estarem respaldadas por ele, têm sofrido diretamente os danos causados pelas ações humanas especialmente nas últimas décadas. Atividades como a exploração madeireira, o uso agropecuário e as alterações estruturais decorrentes da construção de hidrelétricas têm afetado diretamente esses ambientes. Além disso, a vegetação das APP’s está sob constante influência do regime de cheia dos rios, que reflete tanto no grupo de espécies vegetais que ali ocorrem, quanto na aptidão das mesmas sobreviverem em ambiente com alterações na disponibilidade hídrica no solo. Neste contexto, o conhecimento da biologia de espécies plenamente adaptadas às mudanças na saturação hídrica do solo provocadas pelos ciclos de cheia, torna-se primordial para implementação de projetos de restauração ambiental. Nesta dissertação é apresentado um capítulo intitulado “Respostas ao alagamento em plantas jovens de Hymenaea courbaril L. (Fabaceae)”, no qual foi desenvolvido experimento controlado em casa de vegetação, e avaliadas as respostas ecofisiológicas e morfoanatômicas das plântulas.
                CUSTO-EFETIVIDADE DE MÉTODOS DE IMPLANTAÇÃO DE BARU, Dipteryx alata Vogel (Fabaceae) SOB EFEITO DE FILTROS AMBIENTAIS
                Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                Tipo Dissertação
                Data 06/12/2021
                Área BIOLOGIA GERAL
                Orientador(es)
                • Leticia Couto Garcia Ribeiro
                Orientando(s)
                • Luanda Caroline Parreira de Paula
                Banca
                • Daniel Luis Mascia Vieira
                • Leticia Couto Garcia Ribeiro
                • Silvia Rahe Pereira
                • Zefa Valdivina Pereira
                Resumo A melhoria nos custos efetividade das ações de plantios para restauração ecológica tem sido almejada cada vez mais. No entanto, a existência de filtros ambientais em áreas em processo de restauração são obstáculos para atingir esse sucesso, podendo aumentar os custos e diminuir a efetividade. Comumente, técnicas de restauração via plantio de mudas e semeadura direta têm sido utilizadas na maioria das implantações onde a restauração ativa é necessária. No caso de mudas utiliza-se o polímero de hidrogel para melhorar as condições hídricas no local e na semeadura, o bom armazenamento das sementes ao longo do tempo, posto que após a colheita elas são estocadas até o momento da implantação, tem sido umas das principais causas para o sucesso da emergência em campo. Diante dessa realidade, nós comparamos o custo efetividade do plantio de mudas todas com hidrogel e semeadura direta com e sem hidrogel, em dois tempos de armazenamento, sob efeito de diferentes filtros ambientais (herbivoria e estresse hídrico comparados à ausência desses filtros) em Dipteryx alata Vogel, uma espécie de interesse econômico do Cerrado. Para avaliar o desempenho dos dois métodos, analisamos a sobrevivência, taxa de crescimento relativo (TCR) da altura, do diâmetro e da área da copa, bem como cobertura de solo exposto e gramíneas invasoras comparados por análise de variância ANOVA. Realizamos testes de germinação conduzido em laboratório a fim de comparar as sementes armazenadas após diferentes períodos. Nossos resultados demonstram que em áreas sob maiores graus de filtros ambientais (herbivoria e estresse hídrico), ambas as técnicas não atingem uma porcentagem alta de sobrevivência. No entanto, quando o grau desses filtros não é nítido, a sobrevivência é alta para os dois métodos (semeadura e plantio de mudas), enquanto, sob efeito de herbivoria, o tipo de técnica não interfere para alcançar uma sobrevivência maior que 6% e sob estresse hídrico o plantio de mudas a taxa de sobrevivência é >50%. O uso de hidrogel não aumentou a sobrevivência no geral, sendo, portanto, seu uso dispensável nestas condições (ressaltando que a implantação foi no fim da estação seca, ou seja, seu uso no início da estação chuvosa ainda precisa ser investigado). A germinação das sementes com menor tempo de armazenamento em laboratório atingiu uma porcentagem 50% superior à das sementes com maior tempo de armazenamento, já em campo essa diferença na sobrevivência não foi observada. O crescimento das plântulas foi principalmente influenciado pelos filtros ambientais. Nem os filtros avaliados e nem os tratamentos influenciaram a invasão de gramíneas nem a presença de solo exposto. Pelo fato das mudas plantadas apresentarem uma sobrevivência significativamente maior, quando se avalia o melhor custo efetividade de forma geral (e incluindo os efeitos dos filtros), elas possuem melhor custo efetividade, sendo o arranjo mais indicado. Comparado às condições favoráveis, a herbivoria se torna mais de 20 vezes mais custosa enquanto que o estresse hídrico triplica o custo-efetividade da restauração. Este resultado especificamente é de suma relevância, uma vez que demonstra claramente a previsão do aumento dos custos da restauração sob cenários futuros de mudanças climáticas, considerando previsão da diminuição da precipitação. Concluímos que os filtros ambientais avaliados afetam diretamente o custo efetividade dos dois métodos de implantação estudados para e espécie D. alata, assim, devem ser consideradas no planejamento a fim de alcançarmos as metas de restauração nacionais e globais.
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