Mestrado em Biologia Vegetal

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TRABALHO Ações
"Flora-MS: Lacunas de conhecimento do status de conservação da diversidade de espécies de plantas no Mato Grosso do Sul. "
Curso Mestrado em Biologia Vegetal
Tipo Dissertação
Data 21/03/2025
Área BIOLOGIA GERAL
Orientador(es)
  • Marcelo Leandro Bueno
Coorientador(es)
  • Arnildo Pott
Orientando(s)
  • ELIANE VIEIRA
Banca
  • Angela Lucia Bagnatori Sartori
  • Flavio Macedo Alves
  • Geraldo Alves Damasceno Junior
  • HELDER NUNES MARCOS CANDIDO
  • Marcelo Leandro Bueno
  • UBIRAJARA DE OLIVEIRA
Resumo O estado de Mato Grosso do Sul, localizado no centro-oeste do Brasil, destaca-se por sua paisagem
heterogênea e pela presença de biomas de extrema relevância para a conservação da flora brasileira, como o Pantanal, o Cerrado, a Mata Atlântica e os únicos remanescentes de Chaco do país. Diante da necessidade de reduzir lacunas de conhecimento sobre sua biodiversidade, este estudo investigou o esforço amostral, os principais centros de riqueza e endemismo de espécies de plantas vasculares no estado, avaliou o status de conservação das espécies segundo a IUCN e analisou a eficácia das áreas protegidas na conservação da biodiversidade. Para tanto, foram compilados dados de ocorrência de plantas vasculares a partir de bases de dados online, como SpeciesLink, Jabot e GBIF, utilizando grids de 10x10 km para calcular a riqueza de espécies e a distribuição de espécies ameaçadas. As análises foram realizadas no software Dinamica EGO plugin Biodinâmica. O banco de dados Flora-MS, resultante deste estudo, registrou a ocorrência de 5.456 espécies de plantas vasculares, distribuídas em 198 famílias e 1.161 gêneros. Dentre essas, 754 espécies são endêmicas do Brasil, sendo 77 exclusivas de Mato Grosso do Sul. Além disso, foram identificadas 55 espécies de samambaias e licófitas, além de quatro espécies de gimnospermas. A análise espacial revelou seis principais centros de biodiversidade no estado: (1) Campo Grande, que abriga extensas áreas de Cerrado e importantes instituições como a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) o herbário CGMS; impulsiona os estudos sobre a biodiversidade local (2) Corumbá, localizado no bioma Pantanal, com destaque para a unidade da UFMS e o herbário COR; unidade dentro de uma grande parte do bioma Pantanal possibilita atividade contínuas na área (3) Passo do Lontra; Próxima a base de estudos da UFMS local onde foi muitos anos realizadas atividades de disciplina de campo e expedições científicas tornando se assim influente nos resultados de esforço amostral (4) Serra da Bodoquena; áreas de muitos estudos e inventários florísticos de grande riqueza florística (5) Amolar, frequentemente explorado em expedições botânicas; e (6) Aquidauana, situada em uma região de transição entre Cerrado e Pantanal, com papel central desempenhado pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e outras instituições em expedições científicas. Este estudo evidencia a expressiva riqueza florística de Mato Grosso do Sul, fornecendo subsídios cruciais para a identificação de centros de riqueza de espécies, áreas de endemismo e lacunas no esforço amostral. Os resultados reforçam a urgência de expandir e aprimorar a rede de Unidades de Conservação no estado, visando atingir as metas globais de conservação da biodiversidade e garantir a proteção efetiva de seus ecossistemas únicos e ameaçados.
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    "Biodiversity and conservation of tree species of a megadiverse South American region. "
    Curso Mestrado em Biologia Vegetal
    Tipo Dissertação
    Data 21/03/2025
    Área BIOLOGIA GERAL
    Orientador(es)
    • Marcelo Leandro Bueno
    Coorientador(es)
    • Vanessa Pontara
    Orientando(s)
    • IVAN JUSTINO DE FARIAS
    Banca
    • Arnildo Pott
    • Flavio Macedo Alves
    • Geraldo Alves Damasceno Junior
    • HELDER NUNES MARCOS CANDIDO
    • Marcelo Leandro Bueno
    • VANESSA REZENDE LEITE
    Resumo A biodiversidade vegetal está sob crescente ameaça devido à perda de habitat, mudanças no uso da terra e pressões climáticas, particularmente em regiões megadiversas como a Bacia do Prata (LPB). Aqui, apresentamos uma análise espacialmente explícita integrando métricas de diversidade taxonômica e filogenética para identificar pontos críticos de biodiversidade e lacunas de conservação para espécies de árvores em toda a LPB. Usando dados de ocorrência para espécies lenhosas e métricas incluindo riqueza de espécies (SR), diversidade filogenética (PD), tamanho do efeito padronizado de PD (ses.PD), distinção evolutiva (ED) e ED ponderada biogeograficamente (BED), mapeamos padrões de valor evolutivo e avaliamos seu alinhamento com áreas protegidas existentes. Nossos resultados revelam disparidades geográficas marcantes entre as métricas, com regiões da LPB oriental — altamente impactadas pela agricultura e urbanização — ainda retendo herança evolutiva significativa. Além disso, os Andes, Cerrado e Pantanal também surgiram como áreas-chave para conservação filogenética. No entanto, as áreas protegidas atuais não conseguem representar adequadamente esses pontos críticos, destacando lacunas urgentes de conservação. Enfatizamos a necessidade de estratégias espaciais direcionadas que integrem a história evolutiva e o planejamento do uso da terra para aumentar a eficácia das redes de conservação. Esta abordagem fornece uma estrutura abrangente para orientar a proteção da biodiversidade em paisagens tropicais sob rápida mudança antropogênica.
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      "Estruturas subterrâneas gemíferas em Mimosa spp. como estratégia adaptativa ao alagamento e ao fogo no Pantanal. "
      Curso Mestrado em Biologia Vegetal
      Tipo Dissertação
      Data 18/12/2024
      Área BIOLOGIA GERAL
      Orientador(es)
      • Edna Scremin Dias
      Coorientador(es)
      • Jane Rodrigues da Silva
      Orientando(s)
      • ALEXANDRE GUILLON VALDEZ MONTEIRO
      Banca
      • Alexandre Ferraro Antunes
      • Edna Scremin Dias
      • Geraldo Alves Damasceno Junior
      • Rosa Helena da Silva
      • Tamires Soares Yule
      • Zildamara dos Reis Holsback
      Resumo Espécies do gênero Mimosa persistem nos campos inundáveis do Pantanal, mesmo
      após o fogo e inundação. Um dos maiores gêneros da família Fabaceae, algumas espécies
      se propagam intensamente em períodos de seca no Pantanal, com algumas delas
      conhecidas como espinheiros, dentre elas, Mimosa pigra L., M. somnians Humb. &
      Bonpl. ex Willd, M. xanthocentra Mart. e M. weddelliana Benth. Aqui, avaliamos a
      capacidade de rebrota de espécies de Mimosa em experimento de alagamento e fogo.
      Além disso, examinamos a morfoanatomia dos órgãos subterrâneos destas espécies
      ocorrentes em campos alagáveis do Pantanal. Coletamos sistemas subterrâneos de 40
      indivíduos de cada espécie, e realizamos experimentos em casa de vegetação os
      tratamentos: controle, fogo e alagado 30 e 120 dias, com 10 indivíduos em cada
      tratamento. Para todos os tratamentos utilizamos solo coletado no Pantanal. Para o
      tratamento com fogo plantamos os sistemas subterrâneos em caixa de alumínio de 1,5 x
      1 m e para o tratamento controle e alagado, acondicionamos cada indivíduo em vasos
      plásticos. No teste de alagamento, os vasos foram submersos em uma caixa d’agua de 500
      l e, após os períodos de alagamento, transportamos os indivíduos para casa de vegetação
      e os acompanhamos por mais 120 dias, irrigados com aspersor por 10 minutos 2 vezes ao
      dia. Utilizamos serrapilheira para realizar a queima no tratamento com fogo. Aferimos a
      temperatura no nível e abaixo do solo antes e depois da queima, e acompanhamos os
      experimentos por 120 dias em casa de vegetação nas mesmas condições. Observamos o
      rebrotamento de gemas subterrâneas em até 10cm de profundidade nos tratamentos
      controle e fogo. Não houve rebrota nas plantas alagadas, exceto um indivíduo de M. pigra
      alagada por 30 dias, com rebrota a 4,30cm acima do nível do solo. Observamos estrutura
      caulinar no sistema subterrâneo destas espécies, variando do nível do solo até 5,5 cm
      abaixo dele. Detectamos amido, compostos fenólicos, lipídeos e fibras gelatinosas no
      xilema e floema secundário em todas as Mimosa sp. avaliadas. A rebrota por gemas
      subterrâenas é um traços funcional compartilhado pelas espécies estudadas de
      Mimosa. Nossos resultados experimentais demonstraram que os órgãos subterrâneos dos
      indivíduos testados mantem sua capacidade de rebrota após exposição ao fogo, sugerindo
      que o solo é um importante isolante térmico.
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        "Características reprodutivas de Pau-santo (Gonopterodendron sarmientoi (Lorentz ex Griseb.) A.C. Godoy-Bürki), uma espécie arbórea de uso cultural no Território Indígena Kadiwéu. "
        Curso Mestrado em Biologia Vegetal
        Tipo Dissertação
        Data 05/07/2024
        Área BIOLOGIA GERAL
        Orientador(es)
        • Leticia Couto Garcia Ribeiro
        Coorientador(es)
          Orientando(s)
          • MIGUEL LUCAS MACHADO SILVA
          Banca
          • Arnildo Pott
          • FERNANDO AUGUSTO DE OLIVEIRA E SILVEIRA
          • Geraldo Alves Damasceno Junior
          • Leticia Couto Garcia Ribeiro
          • Luís Felipe Daibes de Andrade
          • SUELMA RIBEIRO SILVA
          Resumo Povos tradicionais, como povos indígenas, possuem vasto conhecimento sobre plantas úteis para
          diversos fins, inclusive para obtenção de renda, seja por meio de produtos alimentícios ou
          confecção de artesanatos típicos de sua cultura. Os Kadiwéus, por exemplo, que atualmente
          habitam o Território Indígena Kadiwéu, no ecótono entre os Biomas Cerrado e Pantanal, inseridos
          no Chaco, são conhecidos pela produção de peças de cerâmica tipicamente envernizadas com
          resina obtida a partir do lenho de Gonopterodendron sarmientoi (Zygophyllaceae), popularmente
          conhecida como pau-santo ou Guayacán ou Palo Santo ou Elegigo (em Mbaya/Kadiwéu). A
          espécie apresenta distribuição restrita a fragmentos de vegetação do Chaco, e é listada
          globalmente como ameaçada de extinção. Considerando o valor do pau-santo para manutenção
          de tradições culturais dos Kadiwéus, e a falta de conhecimento sobre o estado de conservação da
          espécie no território brasileiro, esforços para reprodução e propagação da espécie se fazem
          necessários, visando a sustentabilidade do extrativismo aliada a protocolos viáveis de restauração
          ecológica e a conservação da espécie. Neste sentido, estudos sobre aspectos reprodutivos
          (fenologia de floração e frutificação, e germinação de sementes), são imprescindíveis para o
          desenvolvimento de protocolos de coleta de sementes e produção de mudas para restauração
          ecológica. Todavia, o pau-santo carece de estudos, sobretudo em território brasileiro, onde a
          ocorrência da espécie é extremamente restrita e remota. Assim, neste estudo apresentamos dados
          preliminares sobre; (i) período de floração e frutificação de G. sarmientoi por meio da avaliação
          de exsicatas depositadas em coleções botânicas (herbários) e de indivíduos em campo; (ii)
          germinabilidade de sementes sob diferentes períodos de armazenamento; (iii) avaliação do
          crescimento inicial de plântulas sob diferentes condições de solo (e.g., substrato comercial
          (Carolina Soil®) contendo turfa, vermiculita expandida, calcário dolomítico e traços de
          fertilizante NPK, comparado a solo extraído do local de ocorrência de planta e teste posterior de
          adição de adubo orgânico do tipo Torta de Mamona) e recipientes (cano de PVC com 1 m de
          altura e vasos de 1,7L de polietileno). Assim, pretendemos com este estudo caracterizar os padrões
          reprodutivos e de produção de mudas de pau-santo, visando contribuir com o extrativismo
          sustentável e elaboração de planos estratégicos para restauração ecológica e conservação de
          populações do pau-santo no Território Indígena Kadiwéu. O pau-santo apresentou floração
          concentrada no período chuvoso, e frutificação contínua e irregular, altas taxas de germinação
          (~96,7%), desde que haja o beneficiamento das sementes, em contrapartida a alguns estudos que
          demonstraram uma baixa taxa germinativa, porém o crescimento das plântulas oriundas das sementes se mostrou lento. Não houve diferenças significativas em relação ao crescimento inicial
          de acordo com o tipo de recipiente, solo e adubo utilizados para desenvolvimento das mudas.
          “Arborização urbana em vias públicas em Campo Grande (MS): diversidade florística e evolução após o Plano Diretor de Arborização Urbana 2010. ”
          Curso Mestrado em Biologia Vegetal
          Tipo Dissertação
          Data 24/06/2024
          Área BIOLOGIA GERAL
          Orientador(es)
          • Camila Aoki
          Coorientador(es)
          • Flavio Macedo Alves
          • Eliane Guaraldo
          Orientando(s)
          • JACKELINE PEREIRA DA SILVA
          Banca
          • Adriana Takahasi
          • Arnildo Pott
          • Bruna Gardenal Fina Cicalise
          • Camila Aoki
          • Edna Scremin Dias
          • Laura Cristina Pires Lima
          Resumo Globalmente, mais da metade da população humana vive em áreas urbanas. Devido ao rápido desenvolvimento dos centros urbanos, a maioria das cidades brasileiras não contou com um planejamento adequado, que aliasse a atenção às infraestruturas urbanas com a manutenção das áreas verdes. Há 14 anos foi aprovado o Plano Diretor de Arborização (PDAU) de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, o qual apresenta um retrato qualiquantitativo da arborização urbana naquele momento. Este diagnóstico foi atualizado em 2024 para subsidiar o novo Plano Diretor de Arborização Urbana. Esse monitoramento periódico já era previsto no PDAU 2010. Em ambos os diagnósticos atingiu-se uma precisão de 95%, com erro máximo entre 6 e 7%. O diagnóstico realizado em 2010 incluiu 30 bairros, 330 trechos de ruas e 5.046 árvores. O diagnóstico realizado em 2024 incluiu 61 bairros, 526 trechos de rua e 1.976 árvores. Para as vias urbanas da cidade como um todo, foram estimadas 153 mil árvores em 2010 e 175 mil árvores em 2024, um aumento de mais de 14%. A riqueza de espécies registradas não diferiu significativamente, com 157 e 161 espécies registradas em 2010 e 2024, respectivamente. A proporção de espécies exóticas e nativas é semelhante, com um aumento de exóticas em 7% nos últimos anos. As quatro espécies mais abundantes na arborização continuam sendo: Moquilea tomentosa (Oiti), Ficus benjamina (Fícus ou figueira), Cenostigma pluviosum (Sibipiruna) e Murraya paniculata (Murta-de-cheiro). O oiti, que já ultrapassava os percentuais máximos de plantio aumentaram em abundância, contrariando as indicações realizadas no plano diretor. Comparando as alturas médias e circunferências à altura do peito, podemos verificar uma tendência de aumento geral, mas não estatisticamente significativa. Quando essas variáveis são comparadas por espécies, vemos que algumas apresentaram tendência ao aumento e outras à diminuição dos valores, reforçando o quão dinâmico é esse ecossistema sob forte ação antrópica. Os conflitos mais comuns entre árvores e estruturas/mobiliário urbano continuam sendo com a calçada e com o fluxo de pedestres (com soerguimento e quebra do revestimento) e com fiação de energia, internet ou televisão. Todos os conflitos aumentaram em frequência entre 2010 e 2024. O
          presente estudo reúne informações sobre o diagnóstico da arborização urbana de Campo Grande, apontando tendências e sugerindo medidas de mitigação de problemas, bem como informando áreas em que ocorreu melhoria, as quais podem ser potencializadas nos próximos anos.
          “Mimosa L. (Leguminosae, Caesalpinioideae) no Pantanal brasileiro: estudo florístico e avaliação das espécies resilientes ao fogo e a inundação. "
          Curso Mestrado em Biologia Vegetal
          Tipo Dissertação
          Data 21/06/2024
          Área BIOLOGIA GERAL
          Orientador(es)
          • Angela Lucia Bagnatori Sartori
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • LUAN HERNANDES PINHO NOGUEIRA
            Banca
            • Angela Lucia Bagnatori Sartori
            • JULIANA SANTOS SILVA
            • LEONARDO MAURICI BORGES
            • LUCAS SÁ BARRETO JORDÃO
            • MARCELO FRAGOMENI SIMON
            • VALQUÍRIA FERREIRA DUTRA
            Resumo Mimosa L. (Leguminosae, Caesalpinioideae) agrega 615 espécies, com distribuição
            pantropical, ocorrendo principalmente em florestas secas e savanas. No Pantanal, Mimosa é o
            gênero mais diverso de Leguminosae, registrado em diversas fitofisionomias, em especial em
            campos e formações monodominantes sujeitas ao fogo e ao alagamento. Em campos de
            pastagens, é comum a colonização de diferentes espécies de Mimosa, ocasionalmente
            consumidas por gado de corte. Deste modo, esta dissertação visa preencher uma lacuna de
            conhecimento em termos florístico-taxonômico para as espécies de Mimosa no Pantanal, com
            informações de distribuição, ambientes preferenciais, informações ecológicas. A dissertação
            está organizada em artigos. No artigo 1 intitulado “Mimosa L. (Leguminosae, Caesalpinioideae)
            no Pantanal Brasileiro” visamos: 1.1) avaliar a riqueza de Mimosa no Pantanal brasileiro e 1.2)
            caracterizar os táxons quanto à morfologia e aos aspectos ecológicos. No artigo 2 intitulado
            “Avaliação do potencial Infestante de Mimosa L. (Leguminosae, Caesalpinioideae) no Pantanal
            brasileiro” buscamos: 2.1) identificar quais são as espécies de Mimosa infestantes de pastagens
            do Pantanal e 2.2) indicar os modos adequados de manejo destas espécies. Para o Pantanal,
            confirmamos 40 táxons de Mimosa (29 específicos, 11 infra-específicos), o que inclui doze
            novas ocorrências e duas novas espécies. Identificamos seis táxons de Mimosa como infestantes
            de pastagens, principalmente após distúrbios de fogo e alagamento. Estruturas subterrâneas,
            quando presentes, favorecem a permanência de determinadas espécies em pastagens. O
            acréscimo de táxons para o Pantanal é resultado da análise de centenas de espécimes
            herborizados, de coletas botânicas e de observações das plantas em campo, o que possibilitou
            a verificação das identificações de Mimosa. Determinadas espécies infestantes necessitam de
            manejo frequente para a retirada das estruturas subterrâneas que propiciam a rebrota. Áreas
            pouco coletadas, como a Terra Indígena Kadiwéu no Mato Grosso do Sul e outros locais no
            Mato Grosso devem ser priorizados para novas expedições botânicas, pois devem influenciar
            diretamente no acréscimo de locais de ocorrência de espécies para o Pantanal, conforme
            verificado em Mimosa.
            "Malvaceae Juss. Da Estrada Parque do Pantanal de Mato Grosso do Sul, Brasil. "
            Curso Mestrado em Biologia Vegetal
            Tipo Dissertação
            Data 24/05/2024
            Área BIOLOGIA GERAL
            Orientador(es)
            • Maria Ana Farinaccio
            Coorientador(es)
            • MARÍLIA CRISTINA DUARTE
            Orientando(s)
            • MILENA CASTELLO ESTRA
            Banca
            • ADRIANA QUINTELLA LOBÃO
            • ALUISIO JOSÉ FERNANDES JÚNIOR
            • Angela Lucia Bagnatori Sartori
            • Maria Ana Farinaccio
            • MATHEUS COLLI SILVA
            • THALES SILVA COUTINHO
            Resumo A Estrada Parque do Pantanal, está localizada no Estado de Mato Grosso do Sul, e engloba os
            municípios de Corumbá e Ladário. É uma área especial de interesse turístico, e foi criada pelo
            Governo do Estado de Mato Grosso do Sul por meio do Decreto MS no. 7.122 de 1993. Apresenta
            uma vegetação variada, entre Florestas Estacionais Deciduais e Semideciduais com clima tropical
            de estação seca de inverno. Malvaceae compreende 250 gêneros e 4.200 espécies distribuídas
            principalmente nas regiões tropicais e subtropicais e, mais raramente, nas regiões temperadas.
            Diversos táxons de Malvaceae apresentam interesse econômico como espécies exploradas nas
            indústrias alimentícia, têxtil e ornamental, além de possuir plantas ruderais e invasoras de
            plantações. Neste trabalho realizamos um estudo taxonômico das espécies de Malvaceae da Estrada
            Parque do Pantanal de Mato Grosso do Sul, que abrange os trechos da MS-184 e da MS-228. No
            trabalho foram estudadas amostras originais obtidas em expedições de coleta realizadas entre 2018
            à 2020 e de 2022 à 2023 e das coleções dos herbários COR, CGMS e CPAP. Os taxa foram
            determinados com consulta à literatura especializada, aos espécimes-tipo e às obras originais. A
            família está representada na área por seis subfamílias, 18 gêneros e 27 espécies: Apeiba Aubl. (1
            sp.), Ceiba Mill. (1 sp.), Gaya Kunth (2 spp.), Guazuma Adans. (1 sp.), Helicteres L. (2 spp.),
            Herissantia Medik. (1 sp. ), Hibiscus L. (1 sp.), Malvastrum A. Gray (1 sp.), Melochia L. (2 spp.),
            Pavonia Cav. (3 spp.), Peltaea (C.Presl) Standl. (1 sp.), Pseudobombax Dugand (1 sp.), Sida L. (4
            spp.), Sidastrum Baker f. (1 sp.), Sterculia L. (1 sp.), Urena L. (1 sp.), Waltheria L. (1 sp.) e
            Wissadula Medik. (1 sp.). Este estudo, além dos dados de ocorrência de Malvaceae nas diversas
            fitofisionomias, resultou em três novos registros de Malvaceae: Hibiscus striatus Cav. e
            Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A.Robyns para a Região Centro-Oeste, e Sida acuta Burm.f.
            para o estado de Mato Grosso do Sul. São apresentados chave de identificação, comentários
            taxonômicos, dados de distribuição geográfica, imagens e estado de conservação das espécies de
            Malvaceae ocorrentes na Estrada Parque do Pantanal.
            "ECOLOGIA DE FORMAÇÕES MONODOMINANTES DE BYRSONIMA CYDONIIFOLIA A. JUSS. (MALPIGHIACEAE) SOB INFLUÊNCIA DA INUNDAÇÃO, FOGO E GADO BOVINO"
            Curso Mestrado em Biologia Vegetal
            Tipo Dissertação
            Data 12/03/2024
            Área BIOLOGIA GERAL
            Orientador(es)
            • Geraldo Alves Damasceno Junior
            Coorientador(es)
            • Ieda Maria Bortolotto
            Orientando(s)
            • PEDRO ISAAC VANDERLEI DE SOUZA
            Banca
            • Francielli Bao
            • Geraldo Alves Damasceno Junior
            • Marcelo Leandro Bueno
            • Maria Antonia Carniello
            • Rosa Helena da Silva
            • Tamires Soares Yule
            Resumo Formações monodominantes são aquelas em que mais da metade dos indivíduos de determinado estrato é constituída por uma única espécie de planta e estão entre as principais características fitofisionômicas do Pantanal. Entre tais formações, podemos destacar os canjiqueirais, cuja principal espécie é Byrsonima cydoniifolia A. Juss. – Malpighiaceae, de hábito arbustivo a arborescente, cujo fruto é comestível, possuindo rico valor nutricional, e cuja presença é tida como indesejada por parte dos pecuaristas, sendo constante a remoção de tais plantas das áreas de pastagens. Nesse estudo, temos como objetivo verificar como varia a riqueza, densidade e area basal dos canjiqueirais em relação aos eventos de fogo e inundação e à presença de gado bovino. Também tivemos como objetivo compreender os conhecimentos de moradores locais acerca tais relações. Para tal, foram selecionados e delimitados, através do uso de imagens de satélite, fragmentos de vegetação com potencial para serem canjiqueirais nas regiões de Miranda e Abobral, Corumbá – MS. Em seguida, utilizando-se de imagens obtidas pelos satélites Landsat-5, Landsat-7, Landsat-8 e Resourcesat-1, foi feito um levantamento dos eventos de fogo que atingiram a região entre os anos de 2000 e 2021, obtendo-se áreas com histórico de 1 a 7 eventos de fogo no período. Foram então selecionadas 26 áreas para visitação e coletas de dados de vegetação tais como altura, comprimento na altura do peito de cada ramo, marcas de fogo e água de indivíduos de porte arbustivo e arbóreo, sendo para cada área realizada a coleta em quatro parcelas de 25x25m. Os conhecimentos locais foram averiguados a partir de entrevistas semiestruturadas feitas com moradores das comunidades locais de Passo do Lontra, Porto Esperança e de cinco fazendas da região, que responderam perguntas sobre como as canjiqueiras respondiam aos eventos de fogo e inundação e qual era sua relação com o manejo de gado. Suas respostas foram analisadas levando-se em consideração seu local de residência, sexo, idade, e tempo de moradia na região. Após análise dos dados de vegetação, constatou-se que a inundação é fator limitante para a presença de indivíduos adultos de B. cydoniifolia e o fogo, bem como a presença de gado, ainda que não interfiram na densidade populacional da planta, diminuem a área basal média dos seus ramos, bem como a quantidade de ramos mais espessos. Após análise de conhecimentos populares, por sua vez, constatamos que as canjiqueiras resistem às inundações e possuem alta capacidade de rebrota após incêndios, o que reforça os dados obtidos na análise de vegetação. Foi possível notar também que os conhecimentos acerca da ecologia da planta são partilhados de forma similar pela população local, sendo as únicas diferenças encontradas no que diz respeito aos conhecimentos acerca da resistência ao fogo e à inundação, os homens conhecem mais, e as diferentes visões sobre a relação entre o manejo de gado e as canjiqueiras, que tendem a ser positivas entre moradores das comunidades e negativas para os das fazendas.
            "LIQUENS EM CAPÕES DO PANTANAL SUL-MATO-GROSSENSE E SUA RELAÇÃO COM O FOGO"
            Curso Mestrado em Biologia Vegetal
            Tipo Dissertação
            Data 31/08/2023
            Área BIOLOGIA GERAL
            Orientador(es)
            • Adriano Afonso Spielmann
            Coorientador(es)
            • Adriano Afonso Spielmann
            • Andre Aptroot
            • Natália Mossmann Koch
            Orientando(s)
            • MATHEUS MAGALHÃES HENRIQUES DO AIDO
            Banca
            • Adriano Afonso Spielmann
            • Emerson Luiz Gumboski
            • Flavio Macedo Alves
            • Geraldo Alves Damasceno Junior
            • Luciana da Silva Canez
            • MARCELA EUGENIA DA SILVA CACERES
            Resumo Nos últimos anos, o regime hídrico do pantanal apresentou déficit na quantidade de água, o que também influenciou no período da cheia anual. Com o ambiente mais seco foram registrados mais incêndios e esse fenômeno pode afetar a diversidade e estrutura das comunidades liquênicas do Pantanal.Os objetivos desse trabalho são: 1) Compreender quais espécies de liquens estão presentes nos capões do Pantanal; 2) Elaborar chaves de identificação e guia fotográfico para essas espécies; 3) Observar o efeito do fogo sobre as comunidades de liquens dos capões, tendo em vista a sucessão ecológica, observados os históricos de queima de cada ponto; 4) Os efeitos da cronossequência após o fogo sobre os atributos funcionais dos liquens. Os resultados desse trabalho contribuem com duas novas espécies de liquens encontradas. Também estão elaborados chaves e um guia fotográfico das espécies encontradas nos capões. Os resultados demonstram que é necessário utilizar novas abordagens e metodologias para explicar quais outros fatores afetam as comunidades de liquens presentes nos capões do Pantanal. Contudo, os resultados presentes demostram que existe perda de diversidade de liquens nos capões atingidos pelo fogo. Essa diversidade gradualmente vai aumentando conforme avança o estágio de sucessão ecológica. O tamanho da área de mata afetada pelo fogo também é um fator que contribui para a perda de diversidade, uma vez que os capões parcialmente afetados apresentam alguma diversidade remanescente nas áreas que não foram atingidas.
            FENOLOGIA DE PLANTAS EM ÁREAS INUNDÁVEIS
            Curso Mestrado em Biologia Vegetal
            Tipo Dissertação
            Data 24/08/2023
            Área BIOLOGIA GERAL
            Orientador(es)
            • Arnildo Pott
            Coorientador(es)
            • Camila Aoki
            • Rogerio Rodrigues Faria
            Orientando(s)
            • KARINY GOES LEANDRO GOMES
            Banca
            • Arnildo Pott
            • Bruna Gardenal Fina Cicalise
            • BRUNO HENRIQUE DOS SANTOS FERREIRA
            • Camila Silveira de Souza
            • Edna Scremin Dias
            • Suzana Neves Moreira
            Resumo Estudos fenológicos contribuem para o entendimento das respostas das espécies às condições ambientais e suas interações ecológicas com outros organismos. Realizamos uma revisão em um importante banco de dados de literatura acadêmica (SCOPUS) com o intuito de fornecer um diagnóstico em larga escala dos estudos sobre fenologia de plantas em áreas inundáveis, ajudando a traçar um panorama atual e visualizar tendências e lacunas de conhecimento, as quais podem nortear futuros projetos de pesquisa. Apesar de serem considerados ambientes prioritários para conservação e fornecerem importantes serviços ecossistêmicos, as áreas inundáveis têm sido alvo de poucos estudos fenológicos. Apenas 35 estudos estiveram relacionados ao objetivo desta pesquisa e foram publicados entre 1990 e 2021. Os estudos foram conduzidos em 19 países, com destaque para o Brasil, com 13 artigos. As pesquisas envolveram colaborações entre autores de diferentes instituições, sendo raros os estudos realizados individualmente. Flowering, Phenology e Wetland foram as palavras-chave mais frequentes nos artigos que trataram de fenologia em áreas inundáveis. Os artigos trataram da fenologia de 544 espécies e 107 famílias, com diferentes efeitos dos regimes de inundação sobre
            a sincronia, intensidade e período das fenofases. A maioria dos estudos fez correlação entre inundação e fenologia (94 %), tendo em 88 % efeito significativo. Investigações sobre o efeito da época, duração e frequência das inundações sobre diferentes aspectos fenológicos são necessários, uma vez que eles variam muito entre espécies e áreas estudadas.
            FITOPLÂNCTON DE LAGOA URBANA NO ECÓTONO CERRADOPANTANAL: LEVANTAMENTO DE ESPÉCIES E VARIAÇÕES SAZONAIS
            Curso Mestrado em Biologia Vegetal
            Tipo Dissertação
            Data 04/07/2023
            Área BIOLOGIA GERAL
            Orientador(es)
            • Camila Aoki
            Coorientador(es)
              Orientando(s)
              • Bruna Kayela da Costa Fonseca
              Banca
              • Adriano Afonso Spielmann
              • Bruna Gardenal Fina Cicalise
              • Camila Aoki
              • Fernanda Maria de Russo Godoy
              • Ricardo Henrique Gentil Pereira
              Resumo O conhecimento sobre a composição, abundância e distribuição de espécies que compõem a
              comunidade fitoplanctônica é relevante para a compreensão da dinâmica dos ecossistemas
              aquáticos e para o monitoramento da qualidade da água. Considerando a carência de
              informações na área da ficologia e ecologia no município de Aquidauana (MS) e visando
              contribuir para ampliar o conhecimento acerca do assunto na região, o objetivo deste estudo
              foi realizar um levantamento das espécies de fitoplâncton de Chlorophyta e verificar sua
              variação sazonal no Parque Natural Municipal da Lagoa Comprida. O estudo qualitativo e
              quantitativo foi conduzido entre fevereiro e novembro de 2019, abrangendo quatro coletas,
              amostradas em três pontos distribuídos ao acaso na lagoa. As amostras seguiram o protocolo
              de filtragem com rede de plâncton. Registramos 45 morfoespécies de Chlorophyta,
              distribuídos em 19 gêneros, com predominância da classe Chlorophyceae e da ordem
              Sphaeropleales. Vinte e cinco espécies figuram como novos registros para o Estado de Mato
              Grosso do Sul. Dentre as variáveis analisadas, apenas a amônia mostrou um correlação
              significativa com a riqueza e abundância de Chlorophyta na área de estudo.
              ANATOMIA COMPARATIVA DE FOLÍOLOS DE Machaerium Pers. (LEGUMINOSAE – PAPILIONOIDEAE – DALBERGIEAE): CONTRIBUIÇÕES À SISTEMÁTICA
              Curso Mestrado em Biologia Vegetal
              Tipo Dissertação
              Data 03/07/2023
              Área BIOLOGIA GERAL
              Orientador(es)
                Coorientador(es)
                Orientando(s)
                  Banca
                    Resumo Machaerium, gênero predominantemente neotropical, agrega 130 espécies, com 44 destas
                    endêmicas do Brasil. Diversos estudos de cunho taxonômico e filogenético foram realizados
                    acerca da circunscrição infragenérica de Machaerium, constatando sobreposições nos
                    caracteres morfológicos que delimitam cada seção e propondo o desmembramento das seções
                    tradicionalmente reconhecidas em Machaerium, suscitando maiores investigações acerca de
                    sua delimitação morfológica. Nossos objetivos são avaliar características morfológicas e
                    anatômicas nos folíolos de Machaerium relevantes à sistemática, avaliar a ocorrência de
                    estruturas secretoras, através de análises histoquímicas, avaliando quanto ao seu tipo,
                    localização e natureza de seus exsudatos, e avaliar o monofiletismo de Machaerium e potenciais
                    sinapomorfias para o clado Lineata. Realizamos investigação morfológica e anatômica em
                    folíolos de 35% das espécies brasileiras de Machaerium através de técnicas de microscopia de
                    luz e microscopia eletrônica de varredura. Realizamos análises filogenéticas com marcador
                    matK e evolução dos caracteres em análises filogenéticas. Os caracteres morfológicos e
                    anatômicos são relevantes aos níveis genérico e específico. Caracteres como padrão de venação
                    secundário, tipos de estômatos, presença de hipoderme, morfologia de tricomas, e tipo e
                    localização de idioblastos mucilaginosos são relevantes ao nível específico. Estruturas
                    secretoras como tricomas de base secretora, idioblastos mucilaginosos e idioblastos fenólicos
                    são encontrados nos folíolos dos representantes do gênero. Reforçamos o monofiletismo do
                    clado Lineata, com padrão craspedódromo como possível sinapomorfia. Nossos dados indicam
                    novos caracteres úteis à taxonomia do gênero, possíveis sinapomorfias e dão suporte a futuros
                    estudos voltados à sistemática de Machaerium.
                    A Influência de Fatores Sócio-ecológicos no Uso de Plantas Nativas em um Assentamento Rural no Cerrado
                    Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                    Tipo Dissertação
                    Data 03/07/2023
                    Área BIOLOGIA GERAL
                    Orientador(es)
                      Coorientador(es)
                      Orientando(s)
                        Banca
                        • Fabio de Oliveira Roque
                        • Flavio Macedo Alves
                        • Geraldo Alves Damasceno Junior
                        • Marcelo Leandro Bueno
                        • Reinaldo Farias Paiva de Lucena
                        Resumo Antecedentes

                        Este trabalho teve por objetivo identificar a existência ou não de diferenças no conhecimentos e uso das plantas nativas em relação a um grupo de pessoas pesquisadas em um assentamento rural no domínio Cerrado, no Assentamento Nazareth, cidade de Sidrolândia, estado de Mato Grosso do Sul, Brasil; e por hipótese se sustentou que o conhecimento das plantas, assim como os seus usos eram diferentes entre os indivíduos estudados.

                        Métodos

                        Os dados foram coletados em 38 entrevistas semiestruturadas selecionadas por meio da técnica bola-de-neve, em turnês guiadas em 38 lotes e áreas de reserva legal. Para avaliar as diferenças entre o conhecimento quanto a riqueza de espécies considerando os grupos sexo, faixas etárias e a migração dos entrevistados, foi usado Análise de Similaridade (ANOSIM).
                        Para avaliar as diferenças de conhecimento quanto a composição das espécies foi usado nonmetric multidimensional scaling (NMDS). Para calcular a importância relativa das espécies citadas para estes grupos, dimensionadas pelo Valor de Uso Relativo por Categoria (VUrc), foi feita análise usando modelos lineares generalizados (GLMs).

                        Resultados

                        Os entrevistados citaram 123 espécies agrupadas em 90 gêneros e 47 famílias de Angiospermas. As espécies foram indicadas para 6 categorias de usos, sendo elas: Medicinal, Alimentícia, Construção, Tecnologia, Ornamental e Outros. Ao analisar as citações de uso quanto à riqueza das espécies citadas, não foram observadas diferenças entre os entrevistados com relação ao sexo, a idade e a migração. No entanto, ao adotar o Valor de Uso relativo por categoria (proposto neste trabalho), se identificou variações na valorização das espécies pelos entrevistados em relação a algumas categorias de uso. As mulheres valorizaram mais as espécies nas categorias de plantas Medicinais e Alimentícias, os homens valorizaram mais as espécies na categoria de plantas para Construção. Os mais idosos valorizaram mais as espécies para Construção que as demais faixas etárias, enquanto os migrantes valorizaram mais as espécies Medicinais que os não migrantes.

                        Conclusões

                        Embora a valorização das espécies seja similar em relação à composição e riqueza, considerando o sexo, faixas etárias e naturalidade dos entrevistados, o valor dado ao uso efetivo das espécies se apresentou parcialmente diferente entre eles. O índice proposto neste estudo (Valor de Uso Relativo à Categoria) se mostrou eficiente para analisar o uso das espécies em categorias de uso, ampliando as possibilidades de análise de dados em etnobiologia.
                        A Influência de Fatores Sócio-ecológicos no Uso de Plantas Nativas em um Assentamento Rural no Cerrado
                        Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                        Tipo Dissertação
                        Data 03/07/2023
                        Área BIOLOGIA GERAL
                        Orientador(es)
                        • Geraldo Alves Damasceno Junior
                        Coorientador(es)
                        • Ieda Maria Bortolotto
                        Orientando(s)
                        • GERALDO AUGUSTO DA SILVA
                        Banca
                        • Fabio de Oliveira Roque
                        • Flavio Macedo Alves
                        • Geraldo Alves Damasceno Junior
                        • Marcelo Leandro Bueno
                        • Reinaldo Farias Paiva de Lucena
                        Resumo Antecedentes

                        Este trabalho teve por objetivo identificar a existência ou não de diferenças no conhecimentos e uso das plantas nativas em relação a um grupo de pessoas pesquisadas em um assentamento rural no domínio Cerrado, no Assentamento Nazareth, cidade de Sidrolândia, estado de Mato Grosso do Sul, Brasil; e por hipótese se sustentou que o conhecimento das plantas, assim como os seus usos eram diferentes entre os indivíduos estudados.

                        Métodos

                        Os dados foram coletados em 38 entrevistas semiestruturadas selecionadas por meio da técnica bola-de-neve, em turnês guiadas em 38 lotes e áreas de reserva legal. Para avaliar as diferenças entre o conhecimento quanto a riqueza de espécies considerando os grupos sexo, faixas etárias e a migração dos entrevistados, foi usado Análise de Similaridade (ANOSIM). Para avaliar as diferenças de conhecimento quanto a composição das espécies foi usado non metric multidimensional scaling (NMDS). Para calcular a importância relativa das espécies citadas para estes grupos, dimensionadas pelo Valor de Uso Relativo por Categoria (VUrc), foi feita análise usando modelos lineares generalizados (GLMs).

                        Resultados

                        Os entrevistados citaram 123 espécies agrupadas em 90 gêneros e 47 famílias de Angiospermas. As espécies foram indicadas para 6 categorias de usos, sendo elas: Medicinal, Alimentícia, Construção, Tecnologia, Ornamental e Outros. Ao analisar as citações de uso quanto à riqueza das espécies citadas, não foram observadas diferenças entre os entrevistados com relação ao sexo, a idade e a migração. No entanto, ao adotar o Valor de Uso relativo por categoria (proposto neste trabalho), se identificou variações na valorização das espécies pelos entrevistados em relação a algumas categorias de uso. As mulheres valorizaram mais as espécies nas categorias de plantas Medicinais e Alimentícias, os homens valorizaram mais as espécies na categoria de plantas para Construção. Os mais idosos valorizaram mais as espécies para Construção que as demais faixas etárias, enquanto os migrantes valorizaram mais as espécies Medicinais que os não migrantes.

                        Conclusões

                        Embora a valorização das espécies seja similar em relação à composição e riqueza, considerando o sexo, faixas etárias e naturalidade dos entrevistados, o valor dado ao uso efetivo das espécies se apresentou parcialmente diferente entre eles. O índice proposto neste estudo (Valor de Uso Relativo à Categoria) se mostrou eficiente para analisar o uso das espécies em categorias de uso, ampliando as possibilidades de análise de dados em etnobiologia.
                        ANATOMIA COMPARATIVA DE FOLÍOLOS DE Machaerium Pers. (LEGUMINOSAE – PAPILIONOIDEAE – DALBERGIEAE): CONTRIBUIÇÕES À SISTEMÁTICA
                        Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                        Tipo Dissertação
                        Data 30/06/2023
                        Área BIOLOGIA GERAL
                        Orientador(es)
                          Coorientador(es)
                          Orientando(s)
                            Banca
                            • Ana Paula Fortuna Perez
                            • Angela Lucia Bagnatori Sartori
                            • Flavio Macedo Alves
                            • Simone de Pádua Teixeira
                            • Tamires Soares Yule
                            Resumo Machaerium, gênero predominantemente neotropical, agrega 130 espécies, com 44 destas
                            endêmicas do Brasil. Diversos estudos de cunho taxonômico e filogenético foram realizados
                            acerca da circunscrição infragenérica de Machaerium, constatando sobreposições nos
                            caracteres morfológicos que delimitam cada seção e propondo o desmembramento das seções
                            tradicionalmente reconhecidas em Machaerium, suscitando maiores investigações acerca de
                            sua delimitação morfológica. Nossos objetivos são avaliar características morfológicas e
                            anatômicas nos folíolos de Machaerium relevantes à sistemática, avaliar a ocorrência de
                            estruturas secretoras, através de análises histoquímicas, avaliando quanto ao seu tipo,
                            localização e natureza de seus exsudatos, e avaliar o monofiletismo de Machaerium e potenciais
                            sinapomorfias para o clado Lineata. Realizamos investigação morfológica e anatômica em
                            folíolos de 35% das espécies brasileiras de Machaerium através de técnicas de microscopia de
                            luz e microscopia eletrônica de varredura. Realizamos análises filogenéticas com marcador
                            matK e evolução dos caracteres em análises filogenéticas. Os caracteres morfológicos e
                            anatômicos são relevantes aos níveis genérico e específico. Caracteres como padrão de venação
                            secundário, tipos de estômatos, presença de hipoderme, morfologia de tricomas, e tipo e
                            localização de idioblastos mucilaginosos são relevantes ao nível específico. Estruturas
                            secretoras como tricomas de base secretora, idioblastos mucilaginosos e idioblastos fenólicos
                            são encontrados nos folíolos dos representantes do gênero. Reforçamos o monofiletismo do
                            clado Lineata, com padrão craspedódromo como possível sinapomorfia. Nossos dados indicam
                            novos caracteres úteis à taxonomia do gênero, possíveis sinapomorfias e dão suporte a futuros
                            estudos voltados à sistemática de Machaerium.
                            ANATOMIA COMPARATIVA DE FOLÍOLOS DE Machaerium Pers. (LEGUMINOSAE – PAPILIONOIDEAE – DALBERGIEAE): CONTRIBUIÇÕES À SISTEMÁTICA
                            Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                            Tipo Dissertação
                            Data 30/06/2023
                            Área BIOLOGIA GERAL
                            Orientador(es)
                            • Angela Lucia Bagnatori Sartori
                            Coorientador(es)
                            • Rosani do Carmo de Oliveira Arruda
                            Orientando(s)
                            • MARCUS PAULO GONÇALVES ROSA
                            Banca
                            • Ana Paula Fortuna Perez
                            • Angela Lucia Bagnatori Sartori
                            • Flavio Macedo Alves
                            • Simone de Pádua Teixeira
                            • Tamires Soares Yule
                            • Wanderleia de Vargas
                            Resumo Machaerium, gênero predominantemente neotropical, agrega 130 espécies, com 44 destas endêmicas do Brasil. Diversos estudos de cunho taxonômico e filogenético foram realizados acerca da circunscrição infragenérica de Machaerium, constatando sobreposições nos caracteres morfológicos que delimitam cada seção e propondo o desmembramento das seções tradicionalmente reconhecidas, suscitando maiores investigações acerca de sua delimitação morfológica. Nossos objetivos foram realizar uma análise comparativa dos caracteres morfológicos e anatômicos nos folíolos de Machaerium relevantes à sistemática, avaliar a ocorrência de estruturas secretoras, avaliando quanto ao seu tipo, localização e natureza de seus exsudatos, e avaliar o monofiletismo de Machaerium e potenciais sinapomorfias para o clado Lineata. Realizamos investigação morfológica interna e externa em folíolos de 20% das espécies de Machaerium através de técnicas de microscopia de luz e microscopia eletrônica de varredura. Realizamos análises filogenéticas com marcador matK e evolução dos caracteres em análises filogenéticas. Caracteres como padrão de venação secundário, tipos de estômatos, presença de hipoderme, morfologia de tricomas, e tipo e localização de idioblastos mucilaginosos são relevantes ao nível específico. Estruturas secretoras como tricomas de base secretora, idioblastos mucilaginosos e idioblastos fenólicos são encontrados nos folíolos dos representantes do gênero. Reforçamos o monofiletismo do clado Lineata, com padrão craspedódromo como possível sinapomorfia. Nossos dados indicam novos caracteres úteis à taxonomia do gênero, possíveis sinapomorfias e dão suporte a futuros estudos voltados à sistemática de Machaerium.
                            ANATOMIA E CITOGENÉTICA APLICADAS À TAXONOMIA DO COMPLEXO DE ESPÉCIES Commelina erecta (COMMELINACEAE)
                            Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                            Tipo Dissertação
                            Data 29/06/2023
                            Área BIOLOGIA GERAL
                            Orientador(es)
                            • Gustavo Hassemer
                            Coorientador(es)
                              Orientando(s)
                              • Ingrid Lohani Degering Brand
                              Banca
                              • ANA PAULA MORAES
                              • Angela Lucia Bagnatori Sartori
                              • Flavia Maria Leme
                              • Gustavo Hassemer
                              • JULIA ZAPPELINI
                              • Tamires Soares Yule
                              Resumo A espécie críptica Commelina erecta exibe plasticidade fenotípica de acordo com o ambiente,
                              gerando um impasse sobre se seus diferentes morfotipos devem ser considerados novas espécies
                              ou não. Neste estudo, adotamos uma abordagem sistemática integrativa, combinando morfologia,
                              anatomia e citogenética, aprimorando a taxonomia do grupo e facilitando sua classificação.
                              Coletamos morfotipos do complexo Commelina erecta de diferentes locais, incluindo Acre, Santa
                              Catarina, Mato Grosso do Sul e região de Entre Rios, no Uruguai, além das espécies próximas C.
                              catharinensis, C. dielsii e o morfotipo C. cf. dielsii, para elucidar a relação taxonômica entre eles
                              por meio de anatomia e citogenética. No estudo da anatomia vegetal, utilizamos folhas de cada
                              morfotipo fixadas em historesina para avaliar estruturas anatômicas em corte transversal,
                              (mesofilo, epiderme e bordas) além do método Franklin para avaliar a superfície epidérmica e
                              suas bordas. Fizemos o primeiro registro de estômatos paracíticos, tetracíclicos, pentacíclicos e
                              heptacíclicos no gênero Commelina, bem como o primeiro registro de tricomas pluricelulares de
                              base larga no grupo. Confirmou-se a separação de C. catharinensis como espécie distinta e de C.
                              dielsii, esta última apresentando estômatos pentacíclicos e heptacíclicos diagnósticos da espécie.
                              Em relação à citogenética, realizamos estudos detalhados utilizando meristema apical das raízes
                              em lâminas para determinar o cariótipo de cada morfotipo em relação ao número e morfologia
                              cromossômica durante a mitose (2n) de todos os morfotipos coletados. Commelina erecta
                              apresentou 2n = 60 nos morfotipos dos estados de Santa Catarina e Acre e do Uruguai, com
                              fórmulas cromossômicas de 30m + 26sm + 4st (Acre), 26m + 30sm + 4st (Santa Catarina) e 24m
                              + 32sm + 4st (Uruguai), além de 2n = 42 no morfotipo de Mato Grosso do Sul, com fórmula
                              cromossômica de 20m + 18sm + 4st. Commelina catharinensis apresentou 2n = 46, fórmula 22m
                              + 18sm + 6st. Commelina dielsii apresentou cariótipo de 2n = 38, fórmula 18m + 16sm + 4st, e o
                              morfotipo C. cf. dielsii apresentou 2n = 38, fórmula 22m + 12sm + 4st. Foi confirmado que C.
                              catharinensis e C. dielsii são espécies distintas de C. erecta, pois possuem cariótipos
                              caracteristicamente diferentes. Além disso, o morfotipo C. cf. dielsii provavelmente é C. dielsii,
                              considerando seu número cromossômico, fórmula cromossômica e características morfológicas.
                              Esses resultados podem ajudar a elucidar a taxonomia do grupo e contribuir para o avanço do
                              conhecimento sistemático sobre o gênero Commelina.
                              MÉTODOS DE PROPAGAÇÃO VEGETATIVA DE GUAVIRA (CAMPOMANESIA ADAMANTIUM (CAMBESS.) O. BERG)
                              Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                              Tipo Dissertação
                              Data 28/06/2023
                              Área BIOLOGIA GERAL
                              Orientador(es)
                              • Arnildo Pott
                              Coorientador(es)
                              • Liana Baptista de Lima
                              Orientando(s)
                              • Caroline Retzlaff Viana
                              Banca
                              • Arnildo Pott
                              • DENILSON DE OLIVEIRA GUILHERME
                              • Jane Rodrigues da Silva
                              • Juliana Iassia Gimenez
                              • Rosa Helena da Silva
                              • Tamires Soares Yule
                              Resumo A guavira (Campomanesia adamantium Cambess O. Berg) é uma espécie nativa da família Myrtaceae que ocorre em cerrados. Seus frutos são consumidos in natura na época da colheita, mas podem ser processados na forma de geleias, sorvetes e licores. Por ser uma espécie
                              considerada com potencial de comercialização e de interesse para cultivo e restauração ambiental, o presente trabalho teve como objetivo avaliar duas formas de propagação
                              vegetativa, através da alporquia e estaquia de estruturas subterrâneas. A alporquia foi realizada nas quatros estações do ano e com cinco doses de ácido indolbutírico (AIB): 0, 1500, 3000,
                              4500, e 6000 mg kg-¹, em blocos casualizados (DBC), arranjo fatorial 5 x 4 (doses de AIB x épocas do ano) com 5 repetições, com duas plantas por parcela e 4 alporques por planta, totalizando 400 alporques em 100 matrizes. Houve a formação de calos e brotos, com maior
                              ocorrência nas estações da primavera e verão. No estudo anatômico, brotos e calos foram examinados em microscopia de luz. Os alporques produziram brotos com folhas e raízes adventícias no periciclo do caule. Os ramos caulinares apresentaram cavidades secretoras nas
                              porções periféricas e crescimento secundário precoce com periderme, sistema vascular secundário, e abundância em compostos fenólicos. Entretanto, as porcentagens de alporques com raízes adventícias foram baixas, independentemente das estações do ano e das dosagens de AIB. Verificou-se que, a propagação vegetativa na C. adamantium por alporquia não é viável. Por isso, foi testada a estaquia de estruturas subterrâneas, em delineamento inteiramente casualizado (DIC) em um arranjo fatorial 2 (posições) x 5 (doses de AIB) com 4 repetições e 5
                              estacas (de 5cm) por parcela, num total de 200 estacas mantidas em substrato úmido. Foi constatado que as posições (horizontal e vertical) interferiram significativamente na média de número de brotações, com (3,0 b) para a horizontal e (5,05 a) para a vertical, e no peso seco da raiz, com (0,59 a) para a horizontal e (0,22 b) para a vertical. O teste de Duncan (5% de probabilidade) não detectou diferença para a aplicação de AIB. Lâminas das 200 estacas avaliadas foram cortadas no micrótomo de deslize, coradas com azul de toluidina e sua morfologia observada em microscopia de luz, identificando 2 caules e 198 raízes. Concluiu-se que C. adamantium pode ser propagada por estaquia de estruturas subterrâneas, sendo uma alternativa inédita favorável à produção de mudas.
                              Palavras–chave: Alporquia, Anatomia Vegetal, Cerrado, Estaquia, Fruta nativa.
                              Ciclos de Hidratação e Desidratação na germinação de sementes de Cosmos sulphureus sob estresse hídrico
                              Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                              Tipo Dissertação
                              Data 26/06/2023
                              Área BIOLOGIA GERAL
                              Orientador(es)
                              • Arnildo Pott
                              Coorientador(es)
                              • Liana Baptista de Lima
                              Orientando(s)
                              • Fernanda Nogueira Martins
                              Banca
                              • Aparecida Leonir da Silva
                              • Arnildo Pott
                              • Evaldo Benedito de Souza
                              • Francielli Bao
                              • Rosa Helena da Silva
                              • Tamires Soares Yule
                              Resumo Cosmos sulphureus é uma espécie ruderal, capaz de se desenvolver em diversos locais
                              como ao longo de calçadas, bueiros, rachaduras no asfalto e terrenos baldios. Devido ao
                              desenvolvimento desta espécie em ambiente tão inóspito, estudar a fisiologia da semente é
                              fundamental para a compreensão das espécies herbáceas que ocorrem em área urbana. O objetivo
                              deste trabalho foi avaliar o desempenho de sementes de Cosmos sulphureus após serem submetidas
                              a ciclos de hidratação e desidratação, e avaliar se elas possuem memória hídrica. Com esta proposta
                              foram realizados testes de germinação em diferentes temperaturas: 20-30; 25; 30; 35; e 40°C a fim
                              de determinar a temperatura ideal. Em seguida, as sementes foram submetidas a 1, 2 e 3 ciclos de
                              hidratação e desidratação por diferentes períodos de tempo (0,5; 6 e 12 horas) e avaliadas em testes
                              de germinação com substrato umedecidos com água ou com solução de PEG 6000 em diferentes
                              potenciais hídricos (Ѱꙍ): 0 (água destilada), -0,1 MPa; -0,2 MPa; -0,5 MPa; e -0,7 Mpa. As sementes
                              também foram submetidas ao tratamento controle (sem ciclo). Como resultado, foi possível
                              observar que as sementes de C. sulphureus tem como temperatura ideal a de 30°C. Após as
                              sementes serem submetidas aos ciclos de hidratação e desidratação, a porcentagem de germinação
                              das sementes em substrato umedecido com diferentes potenciais hídricos (Ѱꙍ) foi de: 0 Mpa
                              (entre 84 e 97%); -0,1 Mpa (entre 79 e 95%), e -0,2 Mpa (entre 69 e 92%). Porém, com o aumento
                              da restrição hídrica (aumento da concentração do PEG 6000) houve diminuição da porcentagem de
                              germinação, sendo esta menor que 20% a -0,7 Mpa. Dado o exposto, as sementes de C. sulphureus
                              germinam em uma ampla faixa de temperatura e, após submetidas aos ciclos de hidratação e
                              desidratação, melhoraram o seu desempenho, especialmente em condição de restrição hídrica, em
                              relação ao controle. Nos potenciais osmóticos mais negativos (-0,5 e -0,7 MPa) foi possível
                              identificar que as sementes de C. sulphureus apresentam memória hídrica.
                              Influência do Fogo e da Inundação Sobre a Invasão de Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit. e o seu Impacto Sobre a Flora Nativa
                              Curso Mestrado em Biologia Vegetal
                              Tipo Dissertação
                              Data 22/06/2023
                              Área BIOLOGIA GERAL
                              Orientador(es)
                              • Leticia Couto Garcia Ribeiro
                              Coorientador(es)
                                Orientando(s)
                                • Gabriel Pesqueira da Luz
                                Banca
                                • Angela Lucia Bagnatori Sartori
                                • Arnildo Pott
                                • Felipe Martini Santos
                                • Leticia Couto Garcia Ribeiro
                                • MICHELE DE SÁ DECHOUM
                                • Rodolfo Cesar Real de Abreu
                                Resumo O estabelecimento de uma espécie em determinado ecossistema ocorre devido a
                                interações com outras espécies e características abióticas do meio. Avaliamos a
                                regeneração pós-fogo e a influência da inundação sobre a espécie arbórea exótica
                                Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit (Fabaceae) e de espécies que co-ocorrem junto às
                                invasões no Pantanal, Brasil. Identificamos a frequência de incêndios a partir de cicatrizes
                                visualizadas em imagens da série histórica de satélite obtidas pelo sistema BDQueimadas
                                do INPE. Para a proximidade da invasão, consideramos a distância das áreas que
                                iniciaram a invasão na rodovia das demais invasões que surgiram posteriormente
                                identificadas por imagens de satélite e entrevistas. Implantamos em blocos estabelecidos
                                nas manchas de invasão, totalizando 10 parcelas por tratamento (sendo os tratamentos: 3
                                níveis de topografia (alta, média e baixa) que implicam em condições de inundação e 3
                                de frequências de incêndio (1, 2 ou 4 vezes em 10 anos)). Em cada bloco, estabelecemos
                                3 parcelas de 25x4 m (90 ao todo, em áreas com declive e sujeitas a inundações, onde
                                mensuramos a circunferência a altura do peito de árvores adultas (nativas e de leucena) e
                                em subparcelas de 2x2m (180 amostras no total) realizamos contagens de regenerantes
                                de leucena e de espécies nativas que co-ocorrem. Analisamos os dados utilizando
                                Regressões Lineares Generalizadas Multinível (GLMM) e curvas de rarefação e
                                extrapolação. Resultados apontam uma interação entre a topografia e a área basal, sendo
                                que nas partes mais elevadas do terreno concentram um maior número de indivíduos de
                                L. leucocephala e os maiores valores de área basal por hectare. O melhor modelo
                                selecionado utilizando GLMM revelou a influência dos efeitos da topografia do terreno e
                                dos incêndios sobre o recrutamento. Uma vez que a frequência de incêndios atua
                                positivamente para o recrutamento da espécie exótica, o uso de fogo sobre invasões de L.
                                leucocephala deve ser evitado, sendo necessário avaliar outras formas de seu manejo.
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