Guavira (Campomanesia adamantium (Cambess) O. Berg) em consórcio com espécies de adubos verdes para uso em Sistemas Agroflorestais: crescimento e fenologia reprodutiva |
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Curso |
Mestrado em Biologia Vegetal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
11/09/2018 |
Área |
BIOLOGIA GERAL |
Orientador(es) |
- Leticia Couto Garcia Ribeiro
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Andrea Cardoso de Araujo
- Leticia Couto Garcia Ribeiro
- Maria Gabriela Gutierrez de Camargo
- Maria Rosangela Sigrist
- Ricardo Gomes César
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Resumo |
Apesar de existirem diversos estudos fenológicos nos trópicos, poucos testam as
alterações fenológicas em espécies nativas sob sistema de cultivo. Estudos sobre a fenologia
reprodutiva e do formato de implantação de espécies frutíferas com grande potencial econômico
são necessários para saber a melhor época de coleta dos frutos. Da mesma forma, é necessário
investigar as interferências do espaçamento de plantio sobre o desempenho das plantas em
sistemas de cultivo como resultado de possíveis competições por recursos bióticos e abióticos.
Ademais, considerando os benefícios gerados pela consorciação com leguminosas, a produção
de biomassa de diferentes espécies utilizadas como adubo verde para fins de aumento no
crescimento da espécie nativa e sua interação com o espaçamento deve ser melhor investigada.
Desta forma, o presente estudo visou investigar experimentalmente o efeito de diferentes
espaçamentos do cultivo da espécie arbustiva Campomanesia adamantium (conhecida
popularmente como guavira ou guabiroba) em sistemas consorciados com diferentes espécies
de adubos verdes sobre seu crescimento, fenologia reprodutiva e produção de frutos.
Hipotetizamos que, devido à competição biótica e abiótica: (1) no maior espaçamento entre as
linhas de plantio o crescimento, produção de flores e frutos de Campomanesia adamantium
serão maiores comparativamente a plantios com espaçamentos menores (maior densidade da
planta cultivada); (2) os indivíduos nos menores espaçamentos terão maior assincronia e um
atraso da fenologia reprodutiva; (3) os adubos verdes com maior produção de biomassa
favorecerão o crescimento e a produtividade da espécie consorciada. Para testarmos estas
hipóteses experimentalmente, implantamos as mudas de Campomanesia adamantium em
quatro blocos, nos seguintes espaçamentos (linha e entrelinha, respectivamente): (T1) 2,00 m x
0,40 m; (T2) 2,00 m x 0,80 m; (T3) 2,00 m x 1,20 m; (T4) 2,00 m x 1,60 m. Avaliamos 320
indivíduos de Campomanesia adamantium distribuidos nesses quatro blocos registrando a
altura, área da copa durante onze meses e a fenologia reprodutiva durante 16 meses. Além disso,
avaliamos a massa seca das espécies de leguminosas utilizadas como adubos verdes: Cajanus
cajan (L.) Huth (feijão guandu), Crotalaria breviflora DC. (crotalária) e Canavalia ensiformis
(L.) DC. (feijão de porco). Um terço dos indivíduos amostrados de Campomanesia adamantium
apresentaram reprodução sexuada aos dois anos de idade e na população a floração e frutificação foi fortemente sazonal, portanto sincrônica ocorrendo na transição da estação secachuvosa
e chuvosa. Todo o processo de reprodução desde o desenvolvimento dos botões florais
até a presença de frutos maduros, durou em média de 80 dias. O período entre o surgimento das
primeiras flores e as últimas plantas florirem, foi em média 30 dias. O início na emissão dos
botões florais ocorreu em setembro, com pico em 26 de setembro e o pico de floração em 02 de
outubro. O início da floração ocorreu antecipadamente nos espaçamentos maiores (T3 e T4),
porém, apesar de ser uma diferença estatistiacmente significativa, esta foi de apenas sete dias,
assim como uma antecipação de três dias no auge da floração nestes espaçamentos. O pico dos
frutos imaturos ocorreu no dia 05 mês de outubro e da maturação no dia 04 de dezembro, sem
diferenças entre tratamentos. Ou seja, essa interação apesar de ter afetado a floração em até sete
dias, não teve efeitos sobre a frutificação. Houve interação entre os diferentes espaçamentos e
adubos verdes somente para quantidade de flores, ou seja, o adubo verde escolhido afetou a
produção de flores em relação ao espaçamento. Apesar disso, o espaçamento entre individuos
e o consorcio com adubos verdes não afetaram a produtividade de Campomanesia adamantium
nessa idade do plantio (2 anos). Assim, a hipótese de que os espaçamentos afetariam a fenologia
reprodutiva e produtividade foi confirmada apenas para a floração, porém com uma diferença
de uma semana de antecipação que poderá antecipar a chegada dos polinizadores no maior
espaçamento. Quanto às leguminosas, foi possível verificar que nos espaçamentos maiores
consorciados com a mistura de Crotalaria breviflora e Cajanus cajan, resultaram em maior
crescimento em altura e área de copa de Campomanesia adamantium . Além disso, uma maior
biomassa desses adubos verdes foi verificada neste espaçamento (2,00 m x 1,60 m). Assim,
essa mistura parece ser uma boa opção de adubação para a Campomanesia adamantium nos
primeiros anos de seu ciclo. Os resultados deste estudo poderão servir de base para o cultivo da
guavira em Sistemas Agroflorestais consorciados com adubos verdes. Ademais, os exemplos
aqui levantados sobre os efeitos da competição por recursos em sistemas de cultivos poderão
ser testados com outras espécies nativas de outras regiões do país e do mundo. |
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Ecologia reprodutiva de Dyckia leptostachya Baker: uma bromélia autoincompatível no Pantanal Sul-Mato-Grossense |
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Curso |
Mestrado em Biologia Vegetal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
15/08/2018 |
Área |
BIOLOGIA GERAL |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Aline Pedroso Lorenz
- Camila Aoki
- Felipe Wanderley de Amorim
- Juliana Marcia Rogalski
- Wellington Santos Fava
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Resumo |
Dyckia leptostachya Baker é uma espécie nativa da Bolívia, Paraguai, Argentina e Brasil.
No Brasil, esta espécie ocorre no Pantanal sul-mato-grossense, na cidade de Corumbá,
sobre bancadas lateríticas. Esse estudo foi conduzido ao longo de um ano e meio, entre
maio de 2016 e janeiro de 2018, sendo avaliadas a fenologia, a biologia floral e
reprodutiva da espécie foram estudadas. Dyckia leptostachya floresce durante quase todo
ano, com picos de floração nos meses de junho e dezembro. A antese ocorreu ao longo de
todo o dia e apresentou uma duração de três dias. A espécie apresenta atributos florais
associados à psicofilia. A constante visitação de Phoebis neocypris confirma essa
observação. Considerando os resultados dos parâmetros de fertilidade natural e da razão
pólen/óvulo, conclui-se que a espécie apresenta autoincompatibilidade; contudo, com
base nos experimentos de polinização manual, a espécie apresenta autocompatibilidade.
Dessa forma, identificamos que a germinação de sementes deve ser considerada como um
dos principais parâmetros do sucesso reprodutivo da espécie, e não apenas a frutificação,
uma vez que esta não implica em viabilidade de sementes. Assim, as sementes oriundas
dos experimentos de polinização cruzada e do controle tiveram as maiores taxas de
germinação, corroborando com as características de autoincompatibilidade de D.
leptostachya. |
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REDES DE INTERAÇÕES MALPIGHIACEAE-VISITANTES FLORAIS: POLINIZAÇÃO, PILHAGEM E VARIAÇÃO TEMPORAL |
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Curso |
Mestrado em Biologia Vegetal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
31/07/2018 |
Área |
BIOLOGIA GERAL |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Karina Back Militão Miliato
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Banca |
- Isabela Galarda Varassin
- Maria Rosangela Sigrist
- Natalia Costa Soares
- Nicolay Leme da Cunha
- Rogerio Rodrigues Faria
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Resumo |
Malpighiaceae são plantas tropicais ocorrem exclusivamente no Novo Mundo, possuem flores de óleo, sendo coletado por abelhas das tribos Centridini, Tapinotaspidini e Tetrapediini. Amostramos os visitantes florais (polinizadores, não polinizadores) de flores de seis espécies de Malpighiaceae durante 11 meses em remanescente de Cerrado, Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Foram analisadas redes inteira polinização, não polinização e redes temporais e métricas de aninhamento, especialização e aninhamento. Em nossos resultados as métricas apresentaram semelhanças. A interação entre os polinizadores e as abelhas coletoras de óleo refletiu o vínculo filogenético Malpighiaceae-Centridini, pois apresentaram maiores valores de especialização e força de interação em ambas as estações, mostrando a dependência das abelhas coletoras de óleo em relação a este recurso floral. |
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Caracterização de bactérias promotoras de crescimento vegetal isoladas de arroz selvagem do Pantanal Sul Matogrossense |
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Curso |
Mestrado em Biologia Vegetal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
30/07/2018 |
Área |
BIOLOGIA GERAL |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Analice Paula de sousa Campelo
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Banca |
- Gecele Matos Paggi
- José Ivo Baldani
- Maria Rita Marques
- Paulo Ivan Fernandes Júnior
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Resumo |
No Brasil os estudos relacionados à interação de bactérias fixadoras de nitrogênio com
gramíneas ainda precisam ser explorados no que tange ao conhecimento da interação
dessas bactérias em espécies de plantas nativas. Diante disso, o objetivo desse trabalho
foi registrar a ocorrência e identificar bactérias diazotróficas associadas à Oryza latifolia
e O. glumaepatula, e verificar a sua habilidade para a promoção de crescimento vegetal.
Foram coletadas amostras das plantas de estudo na fase de floração, em triplicata. As
coletas foram realizadas na margem esquerda do Rio Paraguai em duas áreas. Para a
avaliação da ocorrência e número de bactérias diazotróficas nas raízes das plantas foi
usado o método do número mais provável usando o meio BMGM sem nitrogênio. Após
o crescimento positivo os frascos das maiores diluições positivas foram repicados
sucessivamente para meios semissólidos e sólidos semi-específicos
(NFb/LGI/JNFb/JMV). A diversidade dos isolados foi avaliada por Box-PCR e os perfis
dos amplicons gerados de cada isolado foram agrupados pelo método UPGMA.
Características funcionais relacionadas ao potencial biotecnológico dos isolados foram
avaliadas: atividade celulolítica, proteolítica, amilolítica, produção de sideróforo e ácido
indol acético (AIA) e, solubilização de fosfato de cálcio e zinco. O sequenciamento do
gene 16S rRNA para construção da árvore filogenética foi realizado utilizando o
cálculo do algarítmo Neighbor-Joining. Foram selecionados 33 isolados para o
experimento de inoculação em casa de vegetação com as duas espécies de arroz,
avaliadas para o aumulo de biomassa fresca e a massa seca aos 52 dias após a
semeadura. As duas espécies de arroz selvagem apresentaram elevado número de
bactérias fixadoras de nitrogênio associadas as suas raízes nas duas áreas de coleta:
Oryza latifolia (Serra do Amolar: 1,55x107
e Corixo Bracinho: 1,71x107
bactérias/g de
raiz) e O. glumaepatula (1,01x107
e 0,68x107 bactérias/g de raiz). Foram isoladas um
total de 201 bacterias diazotróficas nas duas espécies de arroz. Os isolados bacterianos
apresentaram alta diversidade fenotípica e genotipica. Do total, 80% apresentaram
algum tipo de atividade enzimática, 66% proteolítica, 21% amilolítica, 16% celulolítica;
a produção de siderofóros foi observada em 55% dos isolados, e 40% dos isolados
apresentaram produção de (AIA), sendo a solubilização de fosfato de cálcio e zinco
observada em 52% e 50% dos isolados, respectivamente. Foram identificados isolados
pertencentes aos gêneros: Pantoea, Achromobacter, Enterobacter, Stenotrophomonas,
Pseudomonas e Bacillus. Em Oryza latifolia, os tratamentos com os isolados 110CAL,
153CAL e 59CAL aumentaram em até 59% o peso da massa fresca; e com o isolado
110CAL houve um aumento de até 214% de massa seca. Já em O. glumaepatula, o
tratamento com o isolado 180CAG aumentou em até 54% o peso de massa fresca; e
com os isolados 180CAG, 132CAG e 163CAG houve um aumento de até 266% de
massa seca Os tratamentos com os isolados 110CAL e 180CAG do gênero Pantoea,se
destacaram por aumentaram tanto massa fresca, quanto a massa seca em Oryza latifolia
e O. glumaepatula, repectivamente. Assim os isolados que apresentaram características
funcionais relacionadas ao potencial biotecnológico podem possivelmente estimular o
crescimento vegetal nas plantas nas duas espécies de arroz selvagem. |
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FUNGOS LIQUENIZADOS DO CHACO BRASILEIRO: FLORÍSTICA E TAXONOMIA |
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Curso |
Mestrado em Biologia Vegetal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
25/07/2018 |
Área |
BIOLOGIA GERAL |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Jean Marc Edson Torres Pineda
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Banca |
- Adriano Afonso Spielmann
- Angela Lucia Bagnatori Sartori
- Marcos Junji Kitaura
- Patricia Jungbluth
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Resumo |
O Chaco, bioma de vegetação aberta em planícies semiáridas e úmidas no centro da América do Sul, é uma das maiores formações vegetacionais do continente, presente na Argentina, Paraguai, Bolívia e Brasil. No Brasil, o Chaco corresponde a uma pequena região do sudeste do estado de Mato Grosso do Sul, no município de Porto Murtinho. Tanto no Chaco como um todo, quanto no Bioma no Brasil, ainda são escassos os estudos com liquens. Por essa razão, este estudo é a primeira caracterização e avaliação taxonômica dos liquens de um lugar raramente visitado por liquenólogos. Nós estudamos material de coletas realizadas em excursões de campo ao local de estudo e de exemplares depositados no acervo do Herbário CGMS provenientes da região de Porto Murtinho. Os exemplares foram identificados com o uso de chaves taxonômicas e a identificação dos exemplares precisou de análises morfológicas, anatômicas e químicas. A identificação das substâncias químicas foi realizada com testes de coloração, cromatografia em camada delgada e microcristalização. Foram identificados 72 táxons de macroliquens pertencentes a 25 gêneros e 9 famílias, os quais foram descritos e caracterizados. A descrição dos gêneros é seguida de chaves taxonômicas para a identificação das espécies encontradas. Todas as espécies identificadas apresentam imagens em alta resolução. No caso dos microliquens, um inventário preliminar dos gêneros é apresentado, com 37 gêneros representados em 22 famílias. Enchylium chacoënse, Pyxine endoalbida, Pyxine parapetricola e Physcia brunneocrenulata são espécies novas para a ciência. Dirinaria subconfluens, Heterodermia loriformis, Hyperphyscia endochrysea e Physcia manuelii são citadas pela primeira vez para o Brasil, e 17 espécies são novas ocorrências para o Mato Grosso do Sul. Assim, 25 espécies de macroliquens, mais o gênero Schistophoron de microliquens, são acrescidos à lista de liquens de Mato Grosso do Sul. |
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FRUTIFICAÇÃO E DORMÊNCIA EM SEMENTES DE ESPÉCIES LENHOSAS DE LEGUMINOSAE EM VEGETAÇÃO SAZONAL DE CHACO BRASILEIRO |
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Curso |
Mestrado em Biologia Vegetal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
23/07/2018 |
Área |
BIOLOGIA GERAL |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Ana Maria de Menezes Zanoni
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Banca |
- Barbara Franca Dantas
- Luís Felipe Daibes de Andrade
- Luis Fernando Alberti
- Maria Rosangela Sigrist
- Tathiana Elisa Masetto
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Resumo |
Um padrão observado principalmente em ambientes sazonais e para espécies lenhosas é a dispersão de sementes não dormentes no final da estação seca e início da chuvosa, e dispersão de sementes dormentes nos outros períodos do ano; sendo a dormência física a mais comum em ambientes áridos e dentre espécies da família Leguminosae. Para compreender melhor esse padrão entre espécies do Chaco foram coletados dados fenológicos de frutificação Mimosa hexandra, Parkinsonia praecox e Prosopis rubriflora durante dois anos para a determinação dos padrões de dispersão, sementes das três espécies foram coletadas para testes de germinação e superação de dormência (20, 25, 30, 35 e 20-30ºC/ claro e escuro) e dados de temperatura e pluviosidade com a presença de frutos no mês de amostragem e nos dois meses anteriores. As três espécies apresentaram frutificação unimodal, anual e Parkinsonia praecox e Prosopis rubriflora também apresentaram sazonalidade, não havendo diferença na produção de frutos entre os dois anos e Mimosa hexandra e Parkinsonia praecox apresentaram relação negativa com temperatura e pluviosidade. As três espécies apresentaram sementes ortodoxas e dormentes e germinação em todas as temperaturas, onde o processo de germinação das três espécies independe da luz, mas somente para duas espécies (Mimosa hexandra, Parkinsonia praecox) as temperaturas mais elevadas apresentaram maiores valores de germinação, sendo que fator abiótico não alterou a geminação de Prosopis rubriflora. onde apenas Prosopis rubriflora não demonstrou preferência por nenhuma temperatura para germinar. Assim, nossa hipótese inicial foi confirmada para Mimosa hexandra e Prosopis rubriflora, porém não para Parkinsonia praecox que dispersou seus frutos no final da estação seca ou início da chuvosa, período considerado favorável para maximizar o desenvolvimento e estabelecimento das plântulas. Características essas que permitem às três espécies formar banco de sementes persistentes no solo e não recrutarem todas as sementes de uma vez nos períodos de dispersão, permanecendo no banco de sementes e germinando gradativamente.
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RELAÇÃO ENTRE FATORES AMBIENTAIS E ESTRUTURA DA VEGETAÇÃO EM FRAGMENTOS DE MATA ATLÂNTICA |
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Curso |
Mestrado em Biologia Vegetal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
25/06/2018 |
Área |
BIOLOGIA GERAL |
Orientador(es) |
- Geraldo Alves Damasceno Junior
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Diego José Guilherme Morais
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Banca |
- Arnildo Pott
- Erich Arnold Fischer
- Geraldo Alves Damasceno Junior
- Ricardo Ribeiro Rodrigues
- Sandro Menezes Silva
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Resumo |
A fragmentação florestal pode causar alterações na estrutura da vegetação, levando à extinção de espécies. Alguns fatores ambientais são importantes para entendimento deste processo. A Mata Atlântica apresenta-se como um dos ecossistemas brasileiros com maior diversidade vegetal e vêm sendo suprimida para fins agrícolas, tornando-se importante conhecer sua relação com fatores ambientais frente às perturbações humanas, com intuito de fornecer dados visando sua conservação. Assim, o objetivo desse trabalho foi verificar se a variação nos componentes químicos e físicos do solo, tamanho, altitude e o isolamento dos fragmentos estão relacionados a variações na riqueza, área basal, abundância e composição de espécies em dez fragmentos de Mata Atlântica no Oeste do estado do Paraná. Foram feitas dez parcelas de 20m x 10m em cada fragmento, totalizando 100 parcelas, amostrando todos os indivíduos com CAP ≥ 15cm a 1,3m do solo, sendo coletados ramos férteis para identificação e deposição no herbário CGMS. Também foram feitas coletas de solo em todas as parcelas para análises químicas e físicas. Foram amostrados 2.237 indivíduos arbustivo-arbóreos de 145 espécies distribuídas em 99 gêneros e 43 famílias. A riqueza, abundância e a área basal das espécies foram maiores em solos com maior fertilidade. A área basal aumentou nos fragmentos maiores e mais elevados. Um grupo de espécies esteve relacionado a solos com maior saturação de bases, matéria orgânica, Fósforo, Silte e pH, outro grupo teve maior relação com outros elementos como Alumínio, Ferro, Argila e altitude e um terceiro grupo se relacionou mais com Enxofre, Zinco e Boro. Algumas espécies ocorreram apenas em fragmentos menores e menos elevados, assim como outras foram exclusivas de fragmentos maiores e de maior elevação. Tamanho e isolamento não foram explicativos da riqueza neste estudo, porém todos os fragmentos, foram considerados importantes para conservação e manutenção da biodiversidade uma vez que tinham espécies exclusivas, independentemente do tamanho. |
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ÓRGÃOS SUBTERRÂNEOS DE ESPÉCIES DE STIGMAPHYLLON A. JUSS. (MALPIGHIACEAE): DESENVOLVIMENTO E ASPECTOS FUNCIONAIS |
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Curso |
Mestrado em Biologia Vegetal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
20/06/2018 |
Área |
BIOLOGIA GERAL |
Orientador(es) |
- Rosani do Carmo de Oliveira Arruda
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Adriana Hissae Hayashi
- Angela Lucia Bagnatori Sartori
- Arnildo Pott
- Gisele Catian
- Rosani do Carmo de Oliveira Arruda
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Resumo |
Premissa do estudo: Stigmaphyllon (Malpighiaceae) é um gênero constituído por cerca de 120
espécies, ocorrendo amplamente pela América do Sul. O gênero é constituído em sua maioria
por lianas que possuem um crescimento secundário particular, gerando uma grande variedade
anatômica nos caules. Contudo, pouco se sabe a respeito da anatomia, funções e processos
ontogenéticos envolvidos na formação dos sistemas subterrâneos para o gênero. Assim, este
estudo se propõe a investigar a função, natureza e origem do espessamento do órgão
subterrâneo em S. macedoanum, S. calcaratum, S. bonariense, S. ellipticum. e S. tomentosum.
Métodos: Os órgãos subterrâneos foram coletados, armazenados e processados seguindo-se
os procedimentos usuais em anatomia vegetal, incluindo análises histoquímicas e de açúcares
(Dosagem de açúcares redutores e Cromatografia em camada delgada).
Resultados: A natureza das estruturas subterrâneas de todas as espécies é secundária e
constitui um órgão que contém água, carboidratos e compostos fenólicos. Todos os órgãos
constituem uma raiz, sendo que S. tomentosum constitui-se também em uma porção caulinar.
O espessamento é originado através da formação de novos câmbios vasculares “câmbios
interxilemáticos” gerados a partir da proliferação do parênquima xilemático, produzindo
tecidos vasculares adicionais e abundância de parênquima axial não lignificado. Gemas
endógenas, pontoações guarnecidas, cristais prismáticos no xilema e drusas no floema, foram
observadas em todas as espécies avaliadas.
Conclusões: A ocorrência de tecidos de reserva com carboidratos e de gemas sugere que as
estruturas subterrâneas das espécies de Stigmaphyllon investigadas representam uma estratégia importante para o armazenamento de nutrientes, para a propagação vegetativa e proteção do órgão diante de períodos adversos. |
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Etnofarmacologia da utilização da casca da raiz do pequi (Caryocar brasiliense Cambess.) como anti-inflamatória e anti-hiperalgésica |
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Curso |
Mestrado em Biologia Vegetal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
24/05/2018 |
Área |
BIOLOGIA GERAL |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Ellen Pereira da Silva Maciel
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Banca |
- Claudia Andrea Lima Cardoso
- Denise Brentan da Silva
- Nidia Cristiane Yoshida
- Vanessa Terezinha Gubert
- Wagner Vilegas
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Resumo |
A Etnofarmacologia é a ciência que estuda metabólitos bioativos produzidos por espécies vegetais tradicionalmente utilizadas pelo homem no tratamento de doenças. No presente estudo investigamos o potencial farmacológico das raízes do pequi (Caryocar brasiliense), uma espécie arbórea utilizada pelas comunidades locais tanto na alimentação como no tratamento de dores e inflamações. Apesar da vasta utilização popular do pequi, pouco se conhece sobre sua composição química e potencial medicinal. Assim, tendo como premissa a utilização popular, o objetivo deste trabalho foi investigar a estabilidade e identificar os metabólitos secundários da casca da raiz do pequi, bem como quantificar compostos fenólicos e taninos totais, e avaliar biologicamente in vivo a toxicidade aguda em Caenorhabditis elegans e os efeitos anti-inflamatórios e anti-hiperalgésicos em Mus musculus. O extrato aquoso da casca das raízes foi obtido de forma similar à utilização popular por extração aquosa a frio. O perfil químico foi determinado por cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a detector de arranjos de diodo e espectrômetro de massas (CLAE-DAD-EM) e a quantificação de compostos fenólicos e taninos totais foi realizado por espectofotometria pelo método Folin-ciocalteau e capacidade de sequestrar radicais livres pelo método DPPH. Os efeitos de toxicidade do EACb foram avaliadas in vivo em nematoides C. elegans, os efeitos das atividades anti-inflamatória (edema de pata e influxo leucocitário) e anti-hiperalgésica (contorção abdominal) foram avaliadas em camundongos machos (18-30 g) da linhagem Swiss utilizando as doses de 1, 16 e 40 mg/Kg do extrato aquoso da casca da raiz de C. brasiliense (EACb). O EACb mostrou estabilidade em solução aquosa, sendo identificado os compostos derivados de ácido gálico, elágico, taninos hidrolisáveis e saponinas triterpenicas. O EACb não demonstrou efeitos tóxicos em C. elegans nas concentrações (7,5 –1000 μg / mL). A dose compatível com a popular de 16 mg/Kg apresentou potencial nas atividade anti-inflamatória e anti-hiperalgésica. Assim, pela primeira vez conseguimos replicar o método popular, validando a utilização popular em tratamentos de dor e inflamações, demonstrando que o resultado pode ser relacionado ao perfil químico encontrado no EACb. |
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PADRÕES DE ESTRUTURAÇÃO DE METACOMUNIDADES DE MACRÓFITAS AQUÁTICAS |
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Curso |
Mestrado em Biologia Vegetal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
11/05/2018 |
Área |
BIOLOGIA GERAL |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Aline Lopes
- Arnildo Pott
- Camila Aoki
- Marco Otávio Dias Pivari
- Suzana Neves Moreira
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Resumo |
Macrófitas aquáticas constituem bom modelo para testar padrões de distribuição, pois ocorrem em pontos discretos circundados por uma paisagem terrestre e apresentam diferentes estratégias de dispersão. O objetivo deste estudo foi entender o padrão de distribuição de macrófitas aquáticas e os mecanismos (fatores ambientais e espaciais) que levam a esse padrão. A amostragem de macrófitas aquáticas e dos parâmetros físico-químicos foi realizada em 30 lagoas nas várzeas do Rio Ivinhema. Foram registradas 82 espécies de macrófitas aquáticas pertencentes a 35 famílias e 63 gêneros. A família mais rica foi Poaceae (14 espécies), seguida de Cyperaceae (13 espécies) e Onagraceae (7 espécies). O sistema de lagoas amostrado apresentou uma alta diversidade de espécies, que se ajusta ao padrão Clementsiano. Isto significa que existe controle local na diversidade beta, que pode evidenciar unidades espaciais discretas. Adicionalmente, em escala regional, a metacomunidade se ajusta a um padrão neutro, o que pode ser explicado pela conectividade entre lagoas. Há um balanço entre os fatores ambientais e o processo de dispersão para a estruturação da comunidade de macrófitas, revelando um forte papel dos fatores ambientais em escala local e da dispersão em escala regional associado com a conectividade. |
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CHUVA E BANCO DE SEMENTES EM PASTAGEM CULTIVADA NO DOMÍNIO DO CERRADO |
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Curso |
Mestrado em Biologia Vegetal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
02/05/2018 |
Área |
BIOLOGIA GERAL |
Orientador(es) |
- Geraldo Alves Damasceno Junior
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Carla Cristina Cerezoli de Jesus
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Banca |
- Arnildo Pott
- Camila Aoki
- Geraldo Alves Damasceno Junior
- Marcelo Leandro Bueno
- Silvia Rahe Pereira
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Resumo |
Os processos naturais de sucessão ocorrem após algum tipo de perturbação na vegetação. A chuva e o banco sementes são considerados os principais mecanismos de regeneração em regiões tropicais, influenciados pelo histórico de uso da terra, tempo após perturbações e o tipo de formação vegetal das áreas circundantes. O tamanho dos diásporos, é outro fator importante e pode interferir na dinâmica das comunidades vegetais. Os grande demoram a entrar no banco de sementes, aumentando as chances de predação. Entender a dinâmica da chuva e do banco de sementes e das comunidades adultas em pastagem é uma ferramenta importante para os estudos de restauração ecológica. O Cerrado está entre as savanas mais ricas e ameaçadas do mundo. As principais ameaças estão associadas à agricultura, consumo de carvão e criação de gado. As características atuais do Cerrado são uma oportunidade para estudos de vegetação em estágio inicial de regeneração. Estudos da chuva e banco de sementes podem ser indicativos para demonstrar graus de resiliência das espécies que se regeneram nessas áreas. Este estudo teve como objetivo (i) estimar a riqueza e abundância de espécies do banco e da chuva de sementes; (ii) realizar levantamento florístico de espécies adultas e, compará-las com a composição do banco e da chuva de sementes; (iii) determinar algumas características funcionais do banco e da chuva de sementes (tamanho dos diásporos: pequeno (0,3-1,0mm); médio (1,8-6,0 mm) e grande (7,0-70 mm), grupos sucessionais, síndromes de dispersão e hábitos de crescimento) em uma pastagem cultivada em Cerrado. Os diásporos foram quantificados, identificadas e categorizadas de acordo com seus traços funcionais. Foram registrados 23.030 diásporos, dos quais 5.049 (1.009,8 sementes/m2) são provenientes do banco de sementes e 17.981 (224,76 sementes/m2) da chuva de sementes, de 75 espécies diferentes. Urochloa decumbens, Centratherum punctatum e Cyperus aggregatus foram as espécies mais representativas
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do banco de sementes, enquanto que Urochloa brizantha, Synedrellopsis grisebachii e Sida spp. foram as mais representativas na chuva de sementes. As ervas foram o hábito de crescimento mais abundante com 71,7% de representatividade. Para os grupos sucessionais, as pioneiras com 90,1% tiveram maior representatividade. Foram registrados três tipos de dispersão, a abiótica (autocórica e anemocórica) com 85,2%, e a biótica (zoocórica) com 14,8%. Com relação ao tamanho dos diásporos na chuva e no banco de sementes, a maioria foi pequeno (55,8%, 43 spp.). O restante, 44,2% está distribuído em diásporos médios (34,6%, 20 spp.) e grandes (9,5%, 11 spp.). Verificamos baixa similaridade entre banco e chuva de sementes. Por fim, a comunidade estudada demonstra heterogeneidade em sua composição. Este tipo de composição vem sendo considerado importante para o avanço nas etapas de sucessão em comunidades em processo inicial de regeneração. |
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Espécies tolerantes ao alagamento temporário: implicações para restauração desde a borda da calha do leito regular no Cerrado e no Pantanal |
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Curso |
Mestrado em Biologia Vegetal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
24/04/2018 |
Área |
BIOLOGIA GERAL |
Orientador(es) |
- Leticia Couto Garcia Ribeiro
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Marcia Raquel Avalos Bogarin
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Banca |
- Fernanda de Vasconcello Barros
- Leticia Couto Garcia Ribeiro
- Marcelo Schramm Mielke
- Zildamara dos Reis Holsback
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Resumo |
A partir da vigência da Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, popularmente conhecida como “Novo Código Florestal”, as Áreas de Preservação Permanente (APP), foram reduzidas. Dentre essas áreas, as APPs hídricas agora são computadas a partir da calha do leito regular dos rios e não mais do leito sazonal maior. Nesse formato, as APPs estão sujeitas a maior variação sazonal do leito dos rios, podendo vir a comprometer os programas de restauração estabelecidos nos limites atuais deste molde legal. Esse estudo teve-se como objetivo identificar as espécies de mata ciliar, dos biomas Cerrado e Pantanal, comumente encontradas em viveiros da região de Campo Grande e São Gabriel do Oeste, Mato Grosso do Sul, com maior tolerância a hipóxia. Avaliamos experimentalmente variáveis morfológicas como: massa seca, altura da planta, diâmetro na base do caule, presença e número de raízes adventícias e de lenticelas, queda e surgimento de folhas. Avaliamos estas variáveis durante o período de exposição à inundação (56 dias) e no período posterior de recuperação após o alagamento (56 dias). Para isso, também avaliamos a sobrevivência das espécies e comparamos as respostas de tolerância entre elas com o intuito de sugerir quais são as espécies mais adequadas para o uso em programas de restauração de mata ciliar temporariamente alagada no Cerrado e no Pantanal, que deverão ser priorizadas dentro dessas novas faixas previstas por lei. Nossos resultados indicam que as treze espécies avaliadas são tolerantes à hipóxia, e que foram capazes de sobreviver durante cerca de dois meses sob alagamento e após o término do alagamento, as variáveis afetadas foram recuperadas, voltando a haver um incremento normal em biomassa de raízes principais. As diferenças verificadas podem estar relacionadas apenas a capacidade de algumas produzirem ou não estruturas morfo-anatômicas e em que quantidade estas estruturas são produzidas. As espécies Calophyllum brasiliense, Cecropia pachystachya, Cedrela odorata, Copaifera langsdorffii, Croton urucurana, Inga laurina, Inga vera, Pterogyne nitens, Triplaris americana, Ormosia arborea, Guibourtia chodatiana e Vitex cymosa são tolerantes e a espécie Tabebuia insignis também pode ser considerada tolerante, porém com diminuição da massa de raízes. Desse modo, o uso de espécies tolerantes ao alagamento deverá ser planejado para implantação em projetos de restauração ecológica dentro dessa faixa (desde a borda da calha do leito regular) das APPs, sujeitas à inundação. |
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Genética da conservação e fluxo gênico de Dyckia ferruginea Mez (Bromeliaceae) |
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Curso |
Mestrado em Biologia Vegetal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/07/2017 |
Área |
BIOLOGIA GERAL |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Gislaine Moreira de Miranda
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Banca |
- Clarisse Palma da Silva
- Gecele Matos Paggi
- PRISCILA CANESQUI DA COSTA
- Wellington Santos Fava
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Resumo |
Dyckia ferruginea é uma bromélia de distribuição restrita aos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e, até o momento, não há registros que ela esteja inserida em alguma Unidade de Conservação. Desse modo, caracterizar os níveis de diversidade genética dentro de suas populações é de importância primária para futuros estudos evolutivos, de conservação, melhoramento e manejo dessas plantas. O objetivo geral deste estudo foi avaliar a diversidade genética e fluxo gênico em populações naturais de Dyckia ferruginea (Bromeliaceae) no estado do Mato Grosso do Sul. Para isso, foram amostrados 107 indivíduos de cinco populações. Foram testados 19 marcadores de microssatélites nucleares descritos para outras espécies de Bromeliaceae e 12 marcadores de microssatélites plastidiais desenvolvidos para o gênero Dyckia. No final, foram utilizados seis marcadores polimórficos nucleares e seis marcadores plastidiais. Os índices de diversidade genética foram observados nas cinco populações de D. ferruginea, variando de HO= 0,442 a HO= 0,665 para os marcadores nucleares e HE= 0,917 a HE=1; e 39 haplótipos para os marcadores plastidiais. Baixos a moderados níveis de diferenciação genética entre populações foram encontrados com comparações de FST par a par variando de 0,046 a 0,110 com um número de migrantes por geração variando entre 0,299 e 1,308, com proporção da variação genética devido a diferenças dentro das populações tanto para os marcadores nucleares (88,39%), quanto para os plastidiais (91,87%) demostrando haver um baixo fluxo gênico entre as cinco populações. A análise bayesiana revelou a presença de apenas dois grupos genéticos (K = 2). As populações apresentaram desvios significativos do Equilíbrio de Hardy Weinberg, com o coeficiente de endocruzamento
(FIS=0,760). A taxa de fluxo de pólen em relação ao fluxo de semente mostrou um fluxo gênico mais eficiente via sementes. Dyckia ferruginea apresentou baixos índices de diversidade genética e baixo fluxo gênico. Não há registros que D. ferruginea esteja inclusa em Unidades de Conservação e que se encontra na lista de espécies ameaçadas, portanto, são necessárias estratégias de conservação da espécie para que possa garantir ao máximo a permanência dessas populações naturais em longo prazo, bem como a biodiversidade do ecossistema a qual ela pertence. |
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Conservação, diversidade e estrutura genética de populações de Dyckia leptostachya Baker (Bromeliaceae) |
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Curso |
Mestrado em Biologia Vegetal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
30/06/2017 |
Área |
BIOLOGIA GERAL |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Fernanda Bered
- Gecele Matos Paggi
- Márcia Goetze
- Wellington Santos Fava
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Resumo |
Os estudos que envolvem a diversidade genética de plantas são fundamentais no estabelecimento de estratégias de conservação, pois podem estimar o potencial adaptativo das populações. O presente estudo descreveu os padrões de estrutura e diversidade genética populacional e fluxo gênico para Dyckia leptostachya, que ocorre em bancadas laterítica do Mato Grosso do Sul, Brasil. Para as análises genéticas foram utilizados seis locos heterólogos de microssatélites nucleares. As cinco populações de D. leptostachya apresentaram altos índices de diversidade genética (HO= 0,530 e HE= 0,862), estruturação genética moderada (FST= 0,073), assim como número de migrantes efetivos variando de 1,877 a 6,835 indivíduos por geração. As populações apresentaram desvios significativos do Equilíbrio de Hardy-Weinberg, com coeficiente de endocruzamento médio de 0,390. A maior riqueza alélica foi de 8,35 alelos para a população do Parque Natural Municipal de Piraputangas I. Foi observada grande variação genética (96,64%) dentro das populações. Baixos a moderados níveis de diferenciação genética entre populações foram encontrados com comparações de FSTpar a par, variando de 0,034 a 0,101. Análises bayesianas revelaram que D. leptostachya é composta por apenas dois grupos genéticos. O número de migrantes por geração foi alto (> 1), o que mantêm a coesão das populações com alto fluxo gênico. A alogamia associada à reprodução vegetativa pode ser responsável pelos altos níveis de diversidade genética encontrados para a espécie. Nossos resultados demonstram a importância de unidades de conservação para a preservação de espécies, bem como, que diferentes populações são necessárias para a manutenção de uma espécie como uma unidade evolutiva. |
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Estrutura da vegetação florestal em diques marginais na planície aluvial do Rio Miranda, Corumbá, ms |
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Curso |
Mestrado em Biologia Vegetal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
29/06/2017 |
Área |
BIOLOGIA GERAL |
Orientador(es) |
- Geraldo Alves Damasceno Junior
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Anny Grazielly da Silva Arruda
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Banca |
- Aguinaldo Silva
- Arnildo Pott
- Geraldo Alves Damasceno Junior
- Jose Manuel Ochoa Quintero
- Marcelo Leandro Bueno
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Resumo |
A inundação e suas variações naturais e os processos geomorfológicos são fatores que atuam em conjunto e influenciam na estrutura da vegetação dos diques marginais. O objetivo deste trabalho foi avaliar se os processos geomorfológicos de formação dos diques marginais e as inundações periódicas estão relacionados às variações na estrutura e composição das florestas ripárias. O trabalho foi desenvolvido no Pantanal da sub-região do Miranda, em áreas adjacentes ao rio Miranda (Bacia do alto Paraguai). Foram amostradas três áreas de meandro ativo e três de meandro abandonado. Em cada área foram amostrados três diques marginais. Foram amostrados indivíduos arbóreo-arbustivos e palmeiras com a circunferência do caule à altura do peito (1,3 m acima do solo) maior ou igual a 10 cm em 162 parcelas. Medimos a altura da marca de inundação e estimamos a duração da inundação de cada parcela. Para verificar se os parâmetros estruturais variam entre os diques marginais com diferentes níveis de inundação e atividade dos meandros, utilizamos modelos lineares generalizados (GLM). Para investigar se existem diferenças na composição no gradiente de inundação e atividade dos meandros, calculou-se a análise de similaridade (ANOSIM) e para verificar se existem espécies especificas em certas combinações de habitats da interação entre os fatores foi realizada a análise de espécies indicadoras. A riqueza e a área basal tiveram relação com a inundação e atividade dos meandros e a interação. A abundância e a composição não tiveram relação com a inundação e atividade dos meandros. Do total de espécies, 15 são indicadoras de uma das possíveis combinações da interação entre os fatores. A alta inundação restringe a riqueza nos diques dos meandros ativos e restringe a área basal nos diques dos meandros abandonados. A baixa inundação aumenta a riqueza nos diques dos meandros ativos e aumenta a área basal dos diques dos meandros abandonados. Os resultados evidenciam que a atividade dos meandros, as variações naturais de duração e frequência da inundação e os processos geomorfológicos são fatores que atuam em conjunto e influenciam na estrutura da vegetação dos diques marginais. |
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Relação entre densidade da madeira, fenologia e características do lenho em algumas espécies do Chaco brasileiro |
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Curso |
Mestrado em Biologia Vegetal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
29/06/2017 |
Área |
BIOLOGIA GERAL |
Orientador(es) |
- Rosani do Carmo de Oliveira Arruda
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Geisiely Pedrosa de Freitas
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Banca |
- Edenise Segala Alves
- Geraldo Alves Damasceno Junior
- Rosani do Carmo de Oliveira Arruda
- Wellington Santos Fava
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Resumo |
A densidade tem sido investigada como sendo inversamente proporcional à capacidade de armazenamento de água no caule, assim plantas com alta densidade exibem baixa capacidade de armazenamento e, por sua vez, madeiras de baixa densidade apresentam alta saturação, possivelmente exibindo padrão fenológico independente da precipitação. Como objetivo de investigar a existência de relação entre a densidade da madeira e eventos fenológicos vegetativos e reprodutivos em espécies lenhosas do Chaco Brasileiro, foi realizado esse trabalho, investigando-se ainda, as características anatômicas do lenho. Foram investigadas as seguintes espécies: Aspidosperma quebracho-blanco (Apocynaceae); Bauhinia hagenbeckii, Mimosa hexandra, M. sensibilis var. urucumensis, Parkinsonia praecox, Prosopis rubriflora (Leguminosae); Fridericia sp. (Bignoniaceae); Capparis retusa (Capparaceae); Jatropha ribifolia (Euphorbiaceae); Ziziphus mistol (Rhamnaceae); e Castela coccinea (Simaroubaceae). O estudo foi conduzido em um remanescente de Chaco na Fazenda Retiro Conceição, Porto Murtinho/MS, analisando-se onze espécies arbóreas e não arbóreas. Os resultados evidenciaram que a densidade da madeira variou entre: 0.28 g/cm3a 0.83 g/cm3. A produção de folhas ocorreu predominantemente no final da estação seca e início da estação chuvosa, independentemente da densidade. A queda foliar ocorreu ao longo do período de transição de estação chuvosa para a estação seca. O brotamento foi relacionado com a temperatura para espécies de baixa densidade. Foi possível observar três grupos fenológicos que apresentaram padrões de floração distintos considerando a densidade de madeira, sendo estes: sempre verde de alta densidade e floração precoce (Aspidosperma quebracho-blanco, Capparis retusa e Ziziphus mistol), sempre verde de alta densidade e floração tardia (Castela coccinea e continua (Prosopis rubriflora), brevidecídua de alta densidade e floração tardia (Fridericia sp. Mimosa hexandra e Parkinsonia praecox) e contínua (Mimosa sensibilis), e semidecíduas de baixa densidade com floração precoce (Bauhinia hagenbeckii) e contínua (Jatropha ribifolia). O período de frutificação apresentou relação estatisticamente significativa com tipo de síndrome de dispersão, 70% autocóricas e 30% zoocóricas, onde exibiram dispersão de seus diásporos durante a estação chuvosa. Com relação ao estudo anatômico das madeiras foram mensuradas e analisadas a espessura da parede e diâmetro do lúmen de vasos e de fibras, e proporção de parênquima radial. Dentre componentes anatômicos das madeiras analisadas, as fibras libriformes de paredes espessadas e lignificadas foram o tipo celular mais abundante e que teve forte efeito na variação da densidade da madeira. As características anatômicas observadas revelaram padrão morfoanatômico correspondente a plantas que vivem sob condições de estresse hídrico pelo menos em parte do ano. |
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Banco de imagens de lâminas foliares de espécies do Cerrado: Técnicas de extração e classificação de imagens por visão computacional |
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Curso |
Mestrado em Biologia Vegetal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/06/2017 |
Área |
BIOLOGIA GERAL |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Eduardo Gomes Gonçalves
- Flavio Macedo Alves
- Ieda Maria Bortolotto
- Rafael Soares De Arruda
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Resumo |
As características morfológicas das folhas de Angiospermas são importantes
para identificar espécies usar a visão computacional para auxiliar o trabalho dos
taxonomistas na extração de caracteres morfológicos pode ser uma solução para fazer a
identificação vegetal. O objetivo deste estudo foi verificar a eficácia da visão
computacional na classificação de lâminas foliares de espécies arbóreas e arbustivas do
Cerrado através de caracteres (atributos) morfológicos. Foram coletadas 40 folhas de 30
espécies arbóreas e arbustivas, as imagens foram feitas de ambas as faces, sendo 80
imagens com câmera do celular e 80 com scanner, totalizando por espécie 160 imagens.
Dessas imagens foram extraídos 226 atributos de cor, forma e textura pelo software
Inovtaxon para fazer a classificação testando os algoritmos: SVM, AdaBoost, Random
Forest. Os resultados mostraram que há eficácia da visão computacional na
identificação de lâminas foliares, os aparelhos de celular e scanner obtiveram resultados
similares. O algoritmo SVM e Random Forest apresentaram melhor desempenho
comparado ao Adaboost que obteve um baixo desempenho na classificação mostrando
que suas características de treinamento não foram a melhor solução para classificar as
lâminas foliares. Concluímos que a diferença dos dispositivos de captura de imagens
celular e scanner não foram significativos e o algoritmo SVM mostrou melhor
desempenho para classificar o banco de imagens de lâminas foliares de espécies
arbóreas e arbustivas do Cerrado. |
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Modo de polinização em espécie papilionada e não-papilionada de Papilionoideae: Discolobium pulchellum e Riedeliella graciliflora |
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Curso |
Mestrado em Biologia Vegetal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
14/06/2017 |
Área |
BIOLOGIA GERAL |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Maria Rosangela Sigrist
- Marina Wolowski Torres
- Nicolay Leme da Cunha
- Pietro Kiyoshi Maruyama Mendonça
- Wellington Santos Fava
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Resumo |
O espectro de interações planta-polinizador abrange desde interações de especialização obrigatória à grande generalização. Flores com morfologia mais restritiva podem ser mais especializadas quanto aos polinizadores, pois restringem o acesso ao recurso floral, em oposição às flores mais generalistas, como por exemplo, àquelas com simetria radial, que apresentam o recurso floral completamente acessível. Porém, a divisão generalização-especialização dentro da polinização pode mascarar uma realidade mais complexa e variável. Aqui verificamos se as flores de Discolobium pulchellum (papilionada) e Riedeliella graciliflora (não papilionada) com morfologias distintas são respectivamente, de fato especializadas ou generalistas. Nosso estudo mostrou que a estrutura floral mais simples ou a condição morfologicamente generalista de R. graciliflora, não significou a perda de especialização na polinização, seja ela funcional ou ecológica. A especialização funcional em R. graciliflora reside no fato das flores serem poliníferas, do tipo Papaver, e visitadas e polinizadas exclusivamente por abelhas. Já em D. pulchellum a especialização das flores reside no fenótipo floral e no mecanismo de polinização (disparo), que exige comportamento adequado do polinizador para acionar este mecanismo, no entanto, esta organização floral elaborada não impediu visitas ilegítimas à flor. A reversão para flores morfologicamente mais generalistas em Papilionoideae mostra uma transição de especialização.
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Plasticidade na anatomia do lenho de Inga vera Willd. subsp. affinis (dc.) T.D. Penn. (Fabaceae) e interpretações ecológicas |
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Curso |
Mestrado em Biologia Vegetal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
05/05/2017 |
Área |
BIOLOGIA GERAL |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Vinícius Manvailer Gonçalves
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Banca |
- Edna Scremin Dias
- Erika Amano
- Júlia Sonsin Oliveira
- Rosani do Carmo de Oliveira Arruda
- Thales Henrique Dias Leandro
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Resumo |
A variedade de formas, dimensões e tipos celulares do lenho é muito conhecida por estar correlacionada com os fatores ambientais, fornecendo um dos primeiros passos para elucidar a relação estrutura-função nas plantas. A capacidade de uma planta em responder às variações nas condições ambientais é de especial importância, uma vez que estas não podem se mover em busca de condições mais favoráveis. Ambientes tropicais como o Pantanal e o Cerrado possuem diferentes condições ambientais, como tipo de solo, precipitação, topografia, entre outros fatores; e estes ambientes estão sujeitos a marcadas variações sazonais na temperatura e disponibilidade hídrica. Além disso, o Pantanal possui um pulso de inundação anual que pode alagar a planície durante um período que pode variar de algumas semanas até vários meses. Árvores que habitam esses ambientes devem ajustar sua morfologia e fisiologia, de forma a persistirem durante períodos de alterações ambientais, tanto a curto quanto a longo prazo. Compreender como as árvores respondem às variações nas condições ambientais fornecem conhecimentos importantes, tanto para avaliar o efeito das mudanças climáticas nas plantas quanto para auxiliar na gestão adequada do ecossistema. I. vera é uma espécie endêmica da região neotropical que, embora prefira ambientes mais úmidos, pode ocorrer em condições variadas. Essa característica nos induziu a pensar que esta espécie pudesse apresentar plasticidade em sua anatomia considerando sua amplitude ecológica. Assim, esta espécie pode revelar-se uma boa candidata para avaliar as características anatômicas-chave para cada ambiente na qual se estabelece. O presente estudo teve como objetivo avaliar comparativamente a anatomia do lenho de indivíduos de I. vera ssp. affinis que ocorrem em mata ciliar do Pantanal, no Rio Paraguai, e indivíduos que ocorrem em mata ciliar (mata de galeria) do bioma Cerrado. Hipotetizamos que os indivíduos do Pantanal podem ter variações em sua anatomia do lenho para lidar com o período de inundação e seca fisiológica; principalmente variações nas dimensões dos elementos de vaso. As amostras foram coletadas a partir do tronco principal de indivíduos de ambos os ambientes utilizando-se métodos não destrutivos. Técnicas usuais em anatomia da madeira foram empregadas para análise dos parâmetros quali-quantitativos. As informações anatômicas da madeira foram correlacionadas com dados ambientais. I. vera possui a anatomia do lenho muito especializada para a condutividade, com predominância de vasos grandes e solitários (55%) e baixa densidade de vasos. Assim, possui alto índice de vulnerabilidade sendo considerada muito sensível à baixa disponibilidade hídrica. No entanto, observamos também agrupamento de até 16 vasos e dimorfismo de vasos com vasos marcadamente estreitos que poderiam conferir resistência na condução. Guarnições encontradas nas pontoações e paredes internas dos elementos de vaso de ambas as populações provavelmente servem para auxiliar na resistência á repetidos períodos de baixa precipitação, e auxiliar também na prevenção a embolia. Indivíduos do Pantanal apresentaram ainda pontoações areoladas coalescentes que também podem auxiliar a evitar e/ou reverter a embolia nos vasos. O parênquima paratraqueal abundante armazenar amido e ajuda a restabelecer o fluxo de água em vasos embolizados. Conclui-se que Inga vera ssp. affinis têm uma anatomia altamente especializada para a eficiência na condução e parece investir, principalmente, em estratégias de evitação de embolia e reestabelecimento do fluxo de vasos embolizados. A anatomia da madeira desta espécie pode explicar o porquê ela cresce rapidamente e pode se estabelecer em uma variedade de ambientes. |
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Uso de índices espectrais como indicador de qualidade ambiental de unidade de conservação |
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Curso |
Mestrado em Biologia Vegetal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/04/2017 |
Área |
BIOLOGIA GERAL |
Orientador(es) |
- Geraldo Alves Damasceno Junior
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Gustavo Massayuki Shiroma
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Banca |
- Anny Keli Aparecida Alves Cândido
- Antonio Conceicao Paranhos Filho
- Geraldo Alves Damasceno Junior
- Marco Antonio Diodato
- Normandes Matos da Silva
- Roberto Macedo Gamarra
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Resumo |
O Pantanal é um complexo ecossistema, com ciclos de cheia e seca que propiciam a diversidade da fauna e flora. É um dos ambientes que apresenta ampla biodiverdidade do planeta e apesar disso, apenas 4,6% de área do Pantanal está protegida por Unidades de Conservação. Várias pesquisas indicam que o Pantanal está sofrendo processos de desmatamento, demonstrando assim a necessidade de ações de conservação por parte do poder público. O sensoriamento remoto tem sido utilizado como ferramenta para os estudos ambientais, trazendo valiosas informações para área da ecologia e climática. Este trabalho teve como objetivo estimar as mudanças da cobertura do solo de três unidades de conservação no Pantanal do Miranda-Abobral dos anos de 1990 e 2013, por meio de ferramentas de sensoriamento remoto, avaliando os aspectos ambientais qualitativos e quantitativos dessas unidades de conservação. Neste estudo foram utilizadas cenas do sensor Landsat 5 TM, de 1990 e do sensor Landsat 8 OLI, de 2013. Foram utilizados o índice de vegetação normalizado (NDVI) e o índice de água normalizado (NDWI) para a classificação e caracterização das unidades. Também foi realizado a composição multitemporal do NDVI e NDWI. As Unidades de Conservação estão cumprindo o seu papel de preservação e regeneração da flora, tanto dentro quanto no entorno delas. O NDVI detectou aumento de fitomassa e o aumento da fitofisionomia de mata ciliar, esse último também verificado na classificação da cobertura do solo. Tanto essas observações quanto a redução de áreas de vegetação estão intrinsicamente relacionadas com a dinâmica e volume hídrico do Pantanal. O NDWI confirmou o aumento do volume de água em 2013. E através da composição multitemporal foram observadas áreas que apresentaram maior ganho ou perda de fitomassa. A aplicação dos índices demonstra potencial uso como ferramenta na predição de qualidade ambiental de unidades de conservação. |
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