Doutorado em Geografia

Atenção! O edital referente ao processo seletivo e arquivos pertinentes ao curso estão disponíveis no site do curso.
Os resultados dos processos seletivos serão divulgados no site do curso.

Trabalhos

Trabalhos Disponíveis

TRABALHO Ações
DINÂMICA GEOMORFOLÓGICA NO ALTO-MÉDIO RIO MIRANDA - MS
Curso Doutorado em Geografia
Tipo Tese
Data 24/02/2023
Área ANÁLISE REGIONAL
Orientador(es)
  • Aguinaldo Silva
Orientando(s)
  • Rafael Bartimann de Almeida
Banca
  • Aguinaldo Silva
  • Beatriz Lima de Paula Silva
  • Frederico dos Santos Gradella
  • Mauro Henrique Soares da Silva
  • Michael Matthew McGlue
  • Sandra Mara Alves da Silva Neves
  • Vitor Matheus Bacani
Resumo A paisagem fluvial é resultado da combinação de diferentes fatores, e suas relações nunca são estáticas. Logo, entende-se que a compreensão das dinâmicas geomorfológicas é essencial para subsidiar a gestão ambiental dos rios. O objetivo geral desta tese foi analisar a dinâmica geomorfológica e o comportamento hidrossedimentológico do trecho do alto-médio rio Miranda, identificando processos naturais e antrópicos que interferem na morfologia da paisagem fluvial, considerando os mecanismos diversos relacionados à erosão, ao transporte e à sedimentação, responsáveis pela alteração das formas e dos processos fluviais. Para tal, o documento está estruturado em quatro capítulos. Nos dois primeiros, considerando o recorte da bacia hidrográfica, explana-se sobre a localização e a caracterização da área estudada e realizou-se uma avaliação de suas características morfológicas. Nos dois últimos foca-se no canal principal, o rio Miranda, em que foi realizada a compartimentação do sistema canal-planície e caracteriza-se o atual regime hidrossedimentar do canal, evidenciando o tipo de vazão responsável pela morfologia do canal e as relações de geometria hidráulica. Para o desenvolvimento da tese, utilizou-se dados de imagens de satélite (Landsat-8) e Modelo Digital de Elevação – MDE (Alos-Palsar), organizados e processados em um Sistema de Informação Geográfica - SIG (ArcGis), bem como, dados hidrossedimentológicos tratados a partir de técnicas estatísticas e ferramentas específicas (softwares SisCah 1.0 e Excel). Como resultado, percebe-se que a área estudada possui grande amplitude altimétrica e relevo predominantemente plano associado a planícies e planaltos. As maiores declividades e altitudes estão associadas às regiões da Serra da Bodoquena e da Serra de Maracajú. O padrão de drenagem é dendrítico e a estruturação de canais é de 8º ordem. O rio Miranda, canal principal da bacia, constitui um típico canal meandrante, com índice de sinuosidade de 2,48. Parâmetros morfométricos indicam que a bacia tem forma alongada e baixa capacidade de drenagem, o que indica uma forte influência litológica na região. Com base no grau de confinamento do vale e em suas respectivas unidades geomórficas, indica-se três compartimentos geomorfológicos para o rio Miranda, sendo que no primeiro predominam feições fluviais típicas de canal meandrante (barra lateral, barra central, ilhas) e nos dois últimos, as unidades geomórficas de planície de inundação (espiras de meandros, cortes de meandros, paleocanais, entre outras) aparecem em maior quantidade. Isso evidencia uma redução da declividade e a maior conectividade entre canal e planície em eventos de alto deflúvio, cujo fluxo extrapola o nível de margens plenas. Por fim, o regime hidrológico do rio Miranda é caracterizado pela alta variação das vazões, estando relacionado à dinâmica das precipitações e com tempo de resposta distinto entre as estações fluviométricas analisadas. A vazão que molda o canal no trecho da estação de Bonito parece ser as vazões máximas, enquanto que na estação de Miranda, a gênese e morfologia do canal parecem mais relacionadas à vazão efetiva. Contudo, estudos com sedimentos de fundo ainda devem ser realizados. Por fim, o nível de margens plenas e a presença de unidades geomórficas típicas de planície nas áreas adjacentes do terceiro compartimento evidenciam que a conectividade do sistema canal-planície é mais frequente na estação de Miranda.
Análise da fragilidade ambiental sazonal integrando a equação revisada de perda de solos e a qualidade das águas superficiais
Curso Doutorado em Geografia
Tipo Tese
Data 23/02/2023
Área ANÁLISE REGIONAL
Orientador(es)
  • Vitor Matheus Bacani
Orientando(s)
  • Víncler Fernandes Ribeiro de Oliveira
Banca
  • Andre Luiz Pinto
  • Cesar Gustavo da Rocha Lima
  • Elias Rodrigues da Cunha
  • Frederico dos Santos Gradella
  • Hermiliano Felipe Decco
  • Jader de Oliveira Santos
  • Vitor Matheus Bacani
Resumo As intervenções nos diferentes componentes do ambiente como o relevo, o solo e a cobertura vegetal, podem resultar no aparecimento de erosões e no comprometimento da qualidade da água e da funcionalidade do sistema, sendo esta intervenção maior ou menor em função das características intrínsecas do ambiente, ou seja, da fragilidade ambiental. Estas modificações podem ser provenientes das intervenções antrópicas ou mesmo de causas naturais, em associação com a sazonalidade climática. Assim, a hipótese central a ser investigada parte da premissa de que o estado de conservação ambiental sazonal, avaliado a partir da fragilidade ambiental, utilizando a estimativa da perda de solo e qualidade da água superficial como elemento participativo da análise ambiental, pode refletir o estado de conservação da bacia hidrográfica do córrego Urutu – MS. Deste modo este trabalho teve como objetivo avaliar a fragilidade ambiental de forma sazonal a partir da implementação de variáveis como erosividade da chuvas, erodibilidade do solo, declividade, Índice de Vegetação por Diferença Normalizada – IVDN e a qualidade da água superficial. Baseado neste conjunto destas variáveis foi também realizado, sobre a influência sazonal, a estimativa da perda de solo a partir da equação revisada da perda de solo e a classificação da qualidade da água por meio da resolução 357/2005 do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA. Desta forma os modelos de análise ambiental confeccionados a partir da influência sazonal, resultaram na distribuição de suas classes espacialmente a partir da sensibilidade do ambiente a perda de solo. Os resultados mostraram que houve a influência da sazonalidade na fragilidade ambiental, na perda de solo e também na qualidade da água, sendo a erosividade da chuva e o IVDN um dos principais responsáveis por esta diferenciação. Detalhadamente, dentre as estações, a primavera foi a estação que resultou em maior área classificada como alta (27%) e média (46%) fragilidade ambiental (27%), com estimativa da perda de solo com média de 0,3733 t.ha-1mês-3 e com a classe II de qualidade da água. O verão foi a segunda estação com as maiores áreas de classe alta (20%) e média (42%) de fragilidade ambiental, porém apresentou maior taxa estimada de perda de solo, com valor médio de 0,4393 t.ha-1mês-3. Já as perdas de solo do outono (0,07683 t.ha-1mês-3) e o inverno (0,0569 t.ha-1mês-3) apresentaram as menores taxas, com as maiores áreas classificadas com a classe baixa da fragilidade ambiental e resultando na classe II de qualidade da água. A validação dos modelos sazonais da análise ambiental resultou na detecção de áreas que necessitam de intervenção, com relação ao controle da perda de solo. A partir da validação sazonal da fragilidade ambiental, por pontos de erosão, a classificação sazonal da qualidade da água foi utilizada como variável participativa da análise ambiental. Para isso a compartimentação da bacia hidrográfica foi a principal condição para análise ambiental, pois esta permitiu que não houvesse generalização da classificação tanto da fragilidade ambiental como da qualidade da água. Além do mais, a qualidade da água como variável participativa da fragilidade ambiental mostrou uma relação direta sobre as áreas de florestas naturais/plantadas, com exceção apenas da primavera. De modo geral a avaliação da fragilidade ambiental utilizando este conjunto de variáveis e em associação com a influência climática (sazonalidade) refletiram o estado de conservação da BHCU.
Página 1 de 1 (2 de 2 registros).