ESTRATÉGIAS DE COPING ENTRE JOVENS ATLETAS: UMA REVISÃO DE ESCOPO |
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Curso |
Mestrado em Ciências do Movimento |
Tipo |
Dissertação |
Data |
14/09/2023 |
Área |
EDUCAÇÃO FÍSICA |
Orientador(es) |
- Christianne de Faria Coelho Ravagnani
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Christianne de Faria Coelho Ravagnani
- Fabiane de Oliveira Macedo
- Hugo Alexandre de Paula Santana
- Sarita de Mendonca Bacciotti
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Resumo |
Introdução: Os atletas jovens frequentemente enfrentam diferentes tipos de
pressões, relacionadas às competições, relações profissionais, pessoais ou
familiares. Gerenciar essas ameaças psicológicas é essencial para a garantia de
resultados esportivos satisfatórios. Assim, a compreensão de como os atletas lidam
com os desafios psicossociais, pode proporcionar aumento da produtividade
esportiva, contribuir para o aumento de foco e concentração, além de tomadas de
decisões mais assertivas. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo identificar
e mapear na literatura científica as estratégias de coping utilizadas por jovens atletas
e suas possíveis relações com a idade, sexo, modalidade esportiva e nível competitivo
dos atletas. Métodos: Trata-se de uma revisão de escopo, que adotou como
referencial teórico a abordagem proposta pelo método Joanna Briggs Institute (JBI) e
recomendações da Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-
Analyses extension for Scoping Review (PRISMA-ScR). Utilizou a estratégia
População-Conceito-Contexto para compor a questão de pesquisa. A busca foi
realizada nas bases de dados PUBMED, WEB OF SCIENCE, MEDLINE, LILACS,
SCIELO, PsycINFO, Scopus e SPORTDiscus, e os termos utilizados foram “youth
athletes” OR “young athletes”, “coping” OR “athletic coping” OR “coping strategies” OR
“coping skills” e “Sports” OR “Athletics” OR “Athletic” OR “Youth Sports” NOT “Injuries”,
e seus respectivos correspondentes nos idiomas português e espanhol. Sendo
realizada por dois pesquisadores de maneira independente. Resultados: Obteve-se
4.038 artigos com a busca nas bases de dados e 28 publicações para análise após a
aplicação dos critérios de exclusão. Dos 28 artigos, 22 (78,6%) estudos utilizaram
análises quantitativas e 6 (21,4%) de análises qualitativas. A revisão revelou que os
jovens atletas de modo geral, empregam com maior frequência estratégias de coping
focado na emoção, e os atletas um pouco mais velhos, direcionam seus esforços em
estratégias com base cognitiva para mudar o evento estressante (ou seja, focado no
problema). Os meninos tendem a utilizar mais estratégias de coping focadas no
problema, enquanto as meninas utilizam mais estratégias de coping focadas nas
emoções e busca por apoio social. Quanto ao tipo de esporte praticado observou-se
que atletas de esportes individuais utilizam mais estratégias de coping e
especialmente focadas na emoção, como a busca por apoio social, além de
estratégias relacionadas à concentração. Enquanto atletas de esportes coletivos
apresentaram com maior frequência estratégias de coping focadas no problema,
relacionadas a melhores rendimentos esportivos. Atletas de nível competitivo mais
elevado, tendem a aplicar com maior frequência estratégias focadas no problema,
como controle emocional, rápida recuperação frente ao erro ou fracasso, elevado
desempenho frente ao desafio, planejamento e preparo mental, foco, confiança e
motivação no desempenho. Conclusão: As estratégias de coping adotadas por
jovens atletas parecem ser diferentes conforme sexo, idade, esporte e nível
competitivo. Aponta-se a necessidade de estudos futuros realizados de forma
longitudinal, para analisar como os jovens atletas de maneira geral lidam com o
estresse imposto pelo ambiente esportivo e competitivo, pois as estratégias de coping
mudam ao longo da vida, fato este que faz necessárias atualizações constantes. |
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Efeito da maturação biológica nas respostas físicas durante jogos reduzidos de futebol |
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Curso |
Mestrado em Ciências do Movimento |
Tipo |
Dissertação |
Data |
14/09/2023 |
Área |
EDUCAÇÃO FÍSICA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Rita Adriana Stoeterau Moré
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Banca |
- Hugo Alexandre de Paula Santana
- Rodolfo Andre Dellagrana
- Rodrigo Leal de Queiroz Thoma de Aquino
- Sarita de Mendonca Bacciotti
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Resumo |
Introdução: O desempenho no futebol sofre influência de restrições da tarefa
(e.g., modificações no jogo), do indivíduo (e.g., características intrínsecas) e do
ambiente (e.g., terreno de jogo). Para jogadores das categorias de base, muitos estudos
têm investigado o efeito relacionado à restrição da tarefa no desempenho físico,
enquanto que para a restrição do indivíduo estudos têm focado no efeito da idade
cronológica sobre o desempenho físico. Entretanto, tem-se evidenciado que a
maturação biológica pode apresentar grande influência no desempenho físico de jovens
jogadores de futebol. Objetivo: Portanto, o objetivo do presente projeto é investigar os
efeitos da maturação biológica nas respostas físicas de jogadores de futebol durante
jogos reduzidos. Método: Participaram do estudo 36 jogadores de futebol com idades
entre 12 e 15 anos, e foram submetidos a quatro dias de avaliações: 1) medidas
antropométricas, determinação do pico de velocidade de crescimento (PVC) e testes
físicos (potência muscular e capacidade aeróbia); 2) protocolo de jogos reduzidos para
identificação do nível técnico-tático dos atletas, com intuito de compor as equipes para
os encontros posteriores; 3) jogos reduzidos com equipes oponentes com jogadores
com mesmo PVC; 4) jogos reduzidos com equipes oponentes com jogadores com
diferente PVC, para avaliar as respostas físicas (distância total percorrida, distâncias
percorridas em diferentes velocidades, frequência cardíaca e percepção subjetiva de
esforço). Os encontros 3 e 4 foram randomizados. Para análise estatística, foram
utilizadas análises de variância (ANOVA) two-way modelo misto (fator 1 = tempo; fator
2 = maturação biológica), seguida pelo teste de post-hoc de Bonferroni para comparar
as diferenças entre os níveis maturacionais. Resultados: Na categoria Sub-13, foi
observada diferença significativa na interação maturação*jogos, na DT (p =0,042) e na
Vméd (p= 0,042), onde os jogadores com maturação tardia, tiveram aumento na DT e na
Vméd durante o 2o tempo de jogo, ao jogar contra adversários de diferente nível de
maturação biológica. Com relação aos jogos (J1=mesmo estágio de maturação e J2=
diferente estágio de maturação), foram encontradas diferenças significativas na DT (p
=0,024) e para Vméd (p= 0,026), sendo que no J2 foram produzidas maiores distâncias
totais percorridas e maior velocidade média no 2o tempo de jogo. Para maturação foram
encontradas diferenças significativas na Vmáx (p=0,037), sendo que os jogadores com
maturação avançada alcançaram maior velocidade máxima ao se considerar o tempo total
de jogo. Conclusão: Ao jogar com adversários com mesmo estágio de maturação, a
demanda física é reduzida em comparação a jogar contra adversários com estágio de
maturação diferente. Em resumo, esses resultados sugerem que a maturação biológica
afeta as respostas físicas durante o jogo de futebol, dependendo do estado de
maturação individual. Jogadores de maturação avançada enfrentam um desafio
fisiológico maior manifestado por FCmáx e %FCmáx mais altas na competição com
mesmo PVC em comparação com a competição com diferente PVC. |
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NECESSIDADES PSICOLÓGICAS BÁSICAS E A MOTIVAÇÃO NO AMBIENTE ESPORTIVO DE ATLETAS DE ATLETISMO E GINÁSTICA ARTÍSTICA |
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Curso |
Mestrado em Ciências do Movimento |
Tipo |
Dissertação |
Data |
14/09/2023 |
Área |
EDUCAÇÃO FÍSICA |
Orientador(es) |
- Sarita de Mendonca Bacciotti
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Coorientador(es) |
- Thayse Natacha Queiroz Ferreira Gomes
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Orientando(s) |
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Banca |
- Christianne de Faria Coelho Ravagnani
- Fabiane de Oliveira Macedo
- José Roberto Andrade do Nascimento Junior
- Sarita de Mendonca Bacciotti
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Resumo |
Introdução: A motivação é um processo pelo qual o comportamento humano é incentivado e energizado para o cumprimento de objetivos. Segundo a Teoria da Autodeterminação, o indivíduo é um organismo dinâmico que se move para nutrir três necessidades psicológicas básicas (NPB) inatas a todo ser humano (autonomia, competência e relacionamento). Estudos observam fenômenos motivacionais nos mais variados ambientes socioculturais, porém, poucos são os contextos que a ilustram tão bem quanto o esporte. Independentemente do nível competitivo, a motivação será o foco das atenções. Os pais também têm papel de destaque na relação com a motivação para a prática esportiva, sendo eles os primeiros agentes de socialização e influenciadores de atitudes positivas e negativas de seus filhos. Há evidências da influência parental no apoio às NPB em diferentes níveis competitivos. Objetivo: Analisar a percepção de atletas brasileiros das modalidades esportivas do Atletismo (AT) e da Ginástica Artística (GA), quanto às necessidades psicológicas básicas, motivação no esporte e motivação parental. Métodos: No estudo transversal e quantitativo, realizado com 55 atletas do sexo masculino e feminino das modalidades esportivas do Atletismo (n= 24) e da Ginástica Artística (n= 31), foram aplicados os questionários Escala de Satisfação das Necessidades Básicas no Esporte - BNSSS, Escala de Motivação para o Esporte – SMS II e o Clima Motivacional Percebido pelos Pais – PIMCQ-2P, todos em ambiente virtual através do site do Projeto Medalha. Na estatística, foi realizado o teste Shapiro-Wilk para verificação da normalidade dos dados, as análises descritivas (M±DP) e de variância - ANCOVA (p≤0,05). Resultados e Discussão: Referentes às NPB, em todos os atletas foram observados níveis satisfatórios de apoio para as dimensões de Autonomia, Competência e Relacionamento. Quanto à motivação no esporte, no AT em ambos os sexos e na GA para o sexo feminino, os atletas demonstraram estarem mais motivados intrinsecamente. Na percepção do atleta sobre a motivação parental da mãe e do pai, os atletas de ambas as modalidades perceberam a motivação mais intrinsicamente também. Nas comparações, foram observadas diferenças significativas nas NPB somente na comparação entre as modalidades esportivas, na qual atletas do AT apresentaram mais Autonomia (p=0,03) em relação aos da GA. Foram encontradas diferenças significativas na motivação no esporte somente na comparação entre as categorias competitivas, na qual atletas da categoria juvenil apresentaram mais Desmotivação (p=0,01), e por fim, diferenças significativas na motivação parental somente na comparação entre categorias competitivas, onde os atletas da categoria infantil perceberam mais a motivação para o Prazer na Aprendizagem (p=0,01) e os atletas da categoria juvenil perceberam mais a motivação com Ênfase no Erro (p=0,02). Considerações finais: A pesquisa pode ser uma ferramenta útil para uma maior compreensão dos fatores que podem potencializar ou atenuar a vontade de atletas em permanecer em suas modalidades esportivas. Ademais, pode auxiliar os clubes, os treinadores e os pais/responsáveis a refletirem sobre a criação um ambiente mais propício para a satisfação das NPB, auxiliando no crescimento universal e no desenvolvimento pessoal e social dos atletas.
Palavras-chave: Necessidades psicológicas. Motivação esportiva. Motivação parental. |
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Os efeitos agudos da ingestão de Tereré (ilex paraguariensis) sobre indicadores de hidratação em judocas |
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Curso |
Mestrado em Ciências do Movimento |
Tipo |
Dissertação |
Data |
12/09/2023 |
Área |
EDUCAÇÃO FÍSICA |
Orientador(es) |
- Christianne de Faria Coelho Ravagnani
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Felipe Eliezer Ferreira Denarde
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Banca |
- Carlos Alexandre Fett
- Christianne de Faria Coelho Ravagnani
- Dayanne Sarah Lima Borges
- Jeeser Alves de Almeida
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Resumo |
Introdução: A erva-mate (EM) (Ilex paraguariensis), consumida com água gelada,
ou seja, tereré, contém compostos químicos (ex. cafeína, polifenóis e saponinas)
com propriedades vasodilatadoras, hidratantes e estimulantes que poderiam auxiliar
atletas, especialmente os de luta, que costumam experimentar fadiga e desidratação
em decorrência da alta intensidade/duração dos treinamentos/competições, do
quimono e das estratégias de perda rápida de peso. Entretanto, em nossa revisão,
não encontramos estudos envolvendo erva-mate e hidratação de atletas. Objetivo:
Avaliar os efeitos agudos da ingestão de tereré (erva-mate) sobre os indicadores de
hidratação em judocas. Metodologia: Trata-se de um estudo randomizado, uni-cego
e cruzado (já aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa) envolvendo 9 judocas (5
homens e 4 mulheres, 18 ± 2,71 anos), saudáveis, federados e experientes no
esporte (10,11 ± 3,05 anos). A hidratação foi avaliada por medidas de peso corporal,
água corporal total, água intra e extracelular (por bioimpedância elétrica), escala e
sensação de sede e gravidade específica da urina. As medidas foram feitas antes
(M1 - 0 minuto), após 60 minutos (M2 - 80 minuto) da ingestão de tereré (50g de
erva com água gelada 6mL/kg) ou água gelada (6mL/kg) e logo após a realização de
uma sessão de treinamento do judô (M3 ~181 minuto). O teste ANOVA Two-way de
medidas repetidas não mostrou efeito significante de interação grupo × momento
(p > 0,05) para nenhum desfecho analisado. A sensação e escala de sede
aumentaram significativamente após a sessão de treinamento, porém sem
diferenças entre grupos (p > 0,05). Conclusão: Nossos achados sugerem que a
ingestão aguda do tereré (Ilex paraguariensis) foi tão eficaz quanto a água para
promover a hidratação dos judocas. |
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Modulação autonômica e capacidade aeróbica em mulheres com fibromialgia segundo nível de atividade física |
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Curso |
Mestrado em Ciências do Movimento |
Tipo |
Dissertação |
Data |
11/09/2023 |
Área |
EDUCAÇÃO FÍSICA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Ana Plácida Marino Chamani Almanza
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Banca |
- Claudiane Maria Barbosa
- Luiz Carlos Marques Vanderlei
- Marianna Rabêlo de Carvalho Mourão
- Paula Felippe Martinez
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Resumo |
Introdução: A fibromialgia é uma condição de etiologia multifatorial caracterizada por dor
difusa e que está associada com alterações na modulação autonômica. Nesse contexto, há evidências que a capacidade aeróbica e o nível de atividade física podem influenciar a modulação autonômica cardíaca em indivíduos com fibromialgia. Objetivo: Avaliar e comparar a modulação autonômica e a capacidade aeróbica em mulheres com fibromialgia e sem fibromialgia segundo o nível de atividade física. Métodos: Trata-se de estudo transversal com amostra do tipo não probabilístico por conveniência constituída de mulheres com idade de 18 a 50 anos com diagnóstico de fibromialgia (GF, n= 21) e grupo controle pareado por idade de mulheres sem fibromialgia (GC, n= 17). O nível de atividade física (AF) foi avaliado por meio do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) versão curta e pela contagem do número de passos diários por meio de pedômetro. Posteriormente, a combinação dos resultados do IPAQ e do uso do pedômetro foi utilizada para classificar o nível de AF das participantes do GC e GF em ativas e inativas (GC inativa; GC ativa; GF inativa; GF ativa). A capacidade aeróbica foi estimada pelo consumo máximo de oxigênio obtido a partir de teste submáximo em bicicleta ergométrica utilizando protocolo Astrand-Ryhming. A modulação autonômica foi avaliada por meio da análise da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) em repouso nas posições deitado e sentado. Resultados: Os grupos foram homogêneos quanto à idade. O MET-min/semana da atividade vigorosa foi menor em GF que em GC. Não houve influência do nível de AF pelo critério duplo sobre a VFC na posição sentado, porém o GF apresentou menores valores da VFC que o GC. Houve influência do nível de AF sobre VO2máx, sendo que indivíduos ativos apresentam maior VO2máx que indivíduos inativos. O VO2máx não se correlacionou com os índices de VFC da posição sentada e deitada em GF e em GC. Conclusão: Mulheres com fibromialgia apresentam menor variabilidade da frequência cardíaca em repouso na posição sentada comparado ao grupo sem fibromialgia. O nível de atividade física influencia de forma semelhante a capacidade aeróbica dos indivíduos com e sem fibromialgia, porém não influencia a modulação autonômica. |
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FUNCIONALIDADE E SARCOPENIA EM MULHERES COM FIBROMIALGIA SEGUNDO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA |
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Curso |
Mestrado em Ciências do Movimento |
Tipo |
Dissertação |
Data |
11/09/2023 |
Área |
EDUCAÇÃO FÍSICA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
- Christianne de Faria Coelho Ravagnani
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Orientando(s) |
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Banca |
- Luís Alberto Gobbo
- Mariana Bogoni Budib Hashiguchi
- Paula Felippe Martinez
- Suzi Rosa Miziara Barbosa
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Resumo |
Introdução: A fibromialgia é uma condição crônica de causa desconhecida, caracterizada por ampla sensibilidade dolorosa e fadiga. Há evidências que a fibromialgia, independente da faixa etária traz prejuízos à funcionalidade do indivíduo. Além disso, sabe-se que a sarcopenia e o nível de atividade física podem interferir na funcionalidade, porém, até o presente momento, há escassez de estudos avaliando a associação dessas variáveis em indivíduos com fibromialgia. Objetivo: Avaliar e comparar a funcionalidade e a sarcopenia secundária em mulheres com e sem fibromialgia segundo o nível de atividade física. Métodos: Estudo transversal, realizado na Clínica Escola Integrada da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (CEI/UFMS), cuja amostra é composta por 50 mulheres com idade entre 20 e 50 anos, divididas em dois grupos, fibromialgia (GF; n= 25) e controle (GC; n= 25), pareadas por idade. As participantes foram avaliadas quanto à prática de atividade física (AF) por meio de autorrelato utilizando o Questionário Internacional de Atividade Física – IPAQ versão curta, e por método objetivo por meio do uso do pedômetro. A combinação dos resultados das avaliações objetivas e subjetivas da atividade física (IPAQ e pedômetro) foi utilizada para classificar o nível de AF das participantes do GC e GF em ativa e inativa (GC inativa; GC ativa; GF inativa; GF ativa). A funcionalidade foi avaliada por meio do WHODAS 2.0. Para avaliação da ocorrência de sarcopenia, todas as participantes foram avaliadas quanto à força muscular por meio do teste de sentar e levantar de cinco repetições (5STS), massa muscular esquelética apendicular (ASMM) por meio da análise de bioimpedância (BIA) e desempenho físico por meio do Timed-Up and Go Test (TUG Test). A sintomatologia da doença foi avaliada por meio do Questionário Sobre Impacto da Fibromialgia – QIF e a avaliação da intensidade da dor mensurada por meio da Escala de Avaliação Numérica (NRS). Aspectos Éticos: Protocolo de pesquisa aprovado sob parecer nº 5.265.046 e CAAE nº 53942021.4.0000.0021. Resultados: Não houve diferença quanto ao gasto energético total calculado a partir da atividade física autorrelatada entre o GC e GF, porém houve menor participação do GF em atividade física vigorosa (GC: 800(120-1440); GF: 0(0-960), p= 0,029). Não houve diferença significativa entre os grupos para atividade física avaliada de forma objetiva pelo uso do pedômetro (GC: 7349±3278; GF: 5700±3147 passos/dia, p= 0,07). A ocorrência de pré-sarcopenia foi significativamente maior no grupo fibromialgia (60%) que no grupo controle (8%; p<0,001). Entretanto, não houve ocorrência de sarcopenia e sarcopenia severa em nenhum dos grupos. O GF apresentou pior nível de incapacidade, entre moderada a grave (GC:14±10; GF:54±23, p<0,001), menor força muscular (GC:10±3; GF: 17,5±6,5; p<0,001) e pior capacidade funcional (GC: 6,5±0,8; GF: 9±2,5, p<0,001), em comparação ao GC. Após a subdivisão dos grupos pelo nível de AF (IPAQ e pedômetro), verificamos que a fibromialgia, como fator independente, piora significativamente as variáveis 5STS, TUG Test e WHODAS. Não houve interação significativa entre os fatores doença e nível de atividade física para nenhuma das variáveis. O nível de AF, como fator isolado, influenciou de maneira significativa somente a variável ângulo de fase na análise de bioimpedância. Observamos correlação moderada e significativa entre funcionalidade e aspectos relacionados à sarcopenia, como força muscular (r= 0,720, p<0,001) e desempenho físico (r= 0,714, p<0,001). Conclusão: Mulheres adultas com fibromialgia apresentam pior funcionalidade e maior ocorrência de pré-sarcopenia quando comparadas a mulheres sem fibromialgia com idade semelhante. O nível de AF, como fator isolado, não influenciou a força muscular, a capacidade funcional, a massa muscular e a funcionalidade em ambos os grupos. |
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Ansiedade pré competitiva e desempenho em atletas de ginástica artística feminina |
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Curso |
Mestrado em Ciências do Movimento |
Tipo |
Dissertação |
Data |
05/09/2023 |
Área |
EDUCAÇÃO FÍSICA |
Orientador(es) |
- Sarita de Mendonca Bacciotti
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Higor Alexandre Alves de Oliveira
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Banca |
- Fabiane de Oliveira Macedo
- Joel Saraiva Ferreira
- José Eduardo Fernandes Ferreirinha
- Sarita de Mendonca Bacciotti
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Resumo |
Introdução: A ginástica artística feminina (GAF) é uma modalidade na qual exige alto desempenho nas capacidades físicas e motoras atribuídas a perfeição técnica em quatro aparelhos, sendo o solo o único que exige alta demanda artística combinada a obrigatoriedade musical, resultando em maior demanda metabólica nas ginastas. Por se tratar de uma modalidade na qual exige muita concentração para realizar séries perfeccionistas torna-se relevante analisar a ansiedade somática, cognitiva e a autoconfiança principalmente durante as competições, e analisar as influências que podem ser benéficas nesse ambiente como o desempenho aeróbio. Objetivo: Analisar a relação do desempenho aeróbio e a gordura corporal na ansiedade pré competitiva de ginastas durante apresentação de série na prova/aparelho solo.
Métodos: O presente estudo descritivo com delineamento transversal, foi conduzido com uma amostragem por conveniência não probabilística constituída por 12 atletas de GAF com idade de 9 a 12 anos de dois centros de treinamento da cidade de Campo Grande – MS, separados em dois grupos de maior e menor desempenho pela mediana do score geral atribuído da combinação desempenho aeróbio com menor percentual de gordura. A coleta dos dados foi realizada por meio de aplicação de questionários as ginastas, a fim de obter dados sobre ansiedade pré competitiva (CSAI-2R) e informações o treinamento. Foram realizadas avaliações antropométricas e de composição corporal, testes de desempenho aeróbio. Resultados: Os valores por grupo de maior e menor desempenho de ansiedade somática foram 20.9±5.6 vs 22.8±9.9, ansiedade cognitiva 24.3 ±5.27 vs 23.3±7.7e autoconfiança 24.0±7.79 vs 20.6±5.1, em relação ao desempenho aeróbio obtivemos os valores de VO2max de 48.4±1.98 vs 45.4±4.0 ml·min-1·kg-1 e percentual de gordura 12±6.4 vs 18.7±5.9%. Conclusão: Apesar de não ter sido encontrado diferença estatística entre os grupos e correlação entre as variáveis, há a necessidade em ter mais estudos para investigar os fatores que permeiam a ansiedade pré competitiva na GA e a influência do desempenho cardiorrespiratório e composição corporal, já que poucos estudos trazem diferenças nesses quesitos e recentemente tem conquistado relevância estudos de desempenho aeróbio nessa modalidade. |
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EFEITO AGUDO DOS EXERCÍCIOS PRIMORDIAIS NAS RESPOSTAS CARDIORESPIRATÓRIAS, AFETIVAS E DOR LOMBAR DE GESTANTES DE RISCO HABITUAL: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO |
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Curso |
Mestrado em Ciências do Movimento |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/08/2023 |
Área |
EDUCAÇÃO FÍSICA |
Orientador(es) |
- Ana Beatriz Gomes de Souza Pegorare
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Renata Barbosa Balle Guimarães
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Banca |
- Adriane Pires Batiston
- Ana Beatriz Gomes de Souza Pegorare
- Chalana Duarte de Sena Fraga
- Silvio Assis de Oliveira Junior
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Resumo |
Introdução: a maioria dos guidelines internacionais tem recomendado o exercício aeróbico para gestantes com a finalidade de prevenir as doenças crônicas não-transmissíveis e melhora da qualidade de vida na gestação. Entretanto, o treinamento com o exercício de contra resistência ainda são escassos na literatura. Objetivo: comparar o efeito agudo do protocolo dos exercícios com movimentos primordiais na dor de gestantes de risco habitual comparando seus resultados com os de uma sessão de caminhada. Materiais e métodos: ensaio clínico do tipo agudo composto por 26 mulheres gestantes, com idade entre 25 e 39 anos no período entre o 2º e o 3º trimestre gestacional. As voluntárias participaram dos seguintes momentos: (a) familiarização, (b) execução do protocolo proposto com movimentos primordiais, (c) execução do protocolo de caminhada. Cada sessão teve duração média de 45 minutos. A percepção subjetiva de esforço foi utilizada antes das sessões para orientar as gestantes. As respostas cardiorrespiratórias como pressão arterial sistólica e diastólica, frequência cardíaca, frequência respiratória, saturação de oxigênio foram registradas antes e após cada sessão experimental; a Escala Visual Analógica foi utilizada para avaliar a intensidade de dor antes e após as sessões. A Feeling Scale e a Physical Activity Enjoyment Scale foram utilizadas após as sessões. Resultados: não houve efeito do momento, do tratamento e nem interação entre as duas variáveis para as variáveis dependentes pressão arterial sistólica e diastólica, frequência cardíaca, frequência respiratória e saturação de oxigênio; no momento depois do tratamento o escore na Escala Visual Analógica foi menor para os movimentos primordiais do que aquele para a caminhada; em relação as escalas de sentimentos e de prazer, no momento após o tratamento os escores para ambas as escalas foi maior após os movimentos primordiais, quando comparados com aqueles após a caminhada. Para avaliação dos dados foi utilizado do teste ANOVA de duas vias de medidas repetitivas, seguido pelo pós-teste de Tukey e do t de Student pareado. A análise estatística foi realizada por meio do programa estatístico SigmaPlot, versão 12.0, considerando um nível de significância de 5%. Conclusão: o protocolo movimentos primordiais não interfere de forma significativa nas respostas fisiológicas cardiorrespiratórias pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória e saturação de oxigênio sendo seguros pra a prática das gestantes; promove redução da dor lombar e é uma modalidade mais prazerosa do que a caminhada. |
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INFLUÊNCIA DO TREINAMENTO DE SPRINTS CURTOS NAS RESPOSTAS INFLAMATÓRIAS DE PESSOAS COM DEPRESSÃO |
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Curso |
Mestrado em Ciências do Movimento |
Tipo |
Dissertação |
Data |
23/08/2023 |
Área |
EDUCAÇÃO FÍSICA |
Orientador(es) |
- Daniel Alexandre Boullosa Alvarez
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Claudia Regina Cavaglieri
- Daniel Alexandre Boullosa Alvarez
- Paulo de Tarso Guerrero Muller
- Silvio Assis de Oliveira Junior
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Resumo |
A depressão é uma doença psiquiátrica que atinge indivíduos à nível mundial e que causa inúmeros transtornos e incapacidades aos seus portadores. Com o passar dos anos, pesquisas em torno da depressão mostram uma relação direta da depressão e da inflamação. Diante disso, são necessárias novas estratégias não farmacológicas para esses pacientes recuperarem sua qualidade de vida. Por essa razão, o treinamento intervalado curto de sprints (short sprint interval training, sSIT) é uma possibilidade de tratamento não farmacológico que poderia auxiliar na diminuição dos sintomas depressivos. Objetivo: Verificar o os níveis séricos de IL1β em mulheres diagnosticadas com transtorno depressivo maior antes e após o sSIT. Materiais e Métodos: Este é um estudo controlado randomizado que avaliou 17 mulheres com diagnóstico de depressão, sedentárias, entre 18 e 60 anos. As participantes foram recrutadas pelo ambulatório de psiquiatria do Hospital Universitário de Campo Grande/MS e randomizadas em dois grupos: experimental e controle. Foram realizadas avaliações através de questionários, antropometria, aptidão cardiorrespiratória e coletas de sangue. Após as avaliações, o grupo experimental foi submetido à 6 sessões em duas semanas, de 4-12 sprints de 5 segundos, com intervalo de descanso de ≥ 30 segundos de forma ativa à 50W, com descanso de 48 horas entre sessões. O grupo controle realizou suas atividades diárias normais sem realizar exercício. Após o período de treinamento, todas as participantes realizaram novamente as mesmas avaliações e coletas de sangue. Por fim, foram realizadas as análises de IL-1β através de kits comerciais de Ensaio Elisa. Resultados: o treinamento intervalado curto de sprints tem obtido resultados promissores como tratamento não farmacológico para sintomas depressivos, porém não houve resultados significativos nas mudanças do marcador IL-1β em ambos os grupos. Conclusão: Para obtermos maiores respostas desse tipo de treinamento em indivíduos depressivos, é necessário um maior número de participantes para analisarmos os sintomas depressivos e os marcadores inflamatórios antes e após o treinamento intervalado curto de sprints. |
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RESPOSTAS DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DURANTE EXERCÍCIO DE SOLO EM ATLETAS DE GINÁSTICA ARTÍSTICA FEMININA |
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Curso |
Mestrado em Ciências do Movimento |
Tipo |
Dissertação |
Data |
14/08/2023 |
Área |
EDUCAÇÃO FÍSICA |
Orientador(es) |
- Daniel Alexandre Boullosa Alvarez
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Coorientador(es) |
- Sarita de Mendonca Bacciotti
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Orientando(s) |
- Juliana Fernandes Junqueira
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Banca |
- Daniel Alexandre Boullosa Alvarez
- Hugo Alexandre de Paula Santana
- Joel Saraiva Ferreira
- José Eduardo Fernandes Ferreirinha
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Resumo |
Introdução: Dentre os diversos aparelhos que a GAF possui, o exercício de solo é o destaque no presente estudo. Dentre vários parâmetros fisiológicos evidenciados na ginástica, podem-se identificar as alterações na frequência cardíaca (FC), diretamente relacionadas à atividade do sistema nervoso autônomo (SNA), como consequência da retirada parassimpática e ativação simpática dentre outras influências. O desempenho aeróbico representa adaptações fisiológicas protetivas contra o estresse físico e psicológico, contribuindo para um maior desempenho. Objetivo: Descrever e analisar as respostas da FC de atletas de ginástica artística feminina durante competição, no aparelho solo. Métodos: O estudo apresenta delineamento de caráter transversal, com amostragem por conveniência. A pesquisa foi realizada no Centro de Treinamento (CT), CEFAT/FUNESP. O período de coleta ocorreu em novembro de 2021 e dezembro de 2022, com avaliação da composição corporal e desempenho cardiorrespiratório no teste de “vai e vem”. Adicionalmente, foi realizada uma competição na qual se quantificou o desempenho das atletas no aparelho solo e suas respostas da FC com o monitoramento contínuo durante toda a prova. Resultados e Discussão: Os valores descritivos das nove atletas foram representados por média e desvio padrão, idade: 11,7±1,21 em anos, carga horária semanal do treinamento: 19,6±0,88 h/semana, percentual de gordura: 14,1±6,58 %, consumo máximo de oxigênio (VO2máx) estimado: 47,2±2,99 ml·min-1·kg-1, velocidade final (VF) 10,5 ±0,63 km/h, FC média 172,4±12,2 bpm, FC de pico 191,5±10,6 bpm, área sob a curva (AUC) 0,1733±0,04 u.a. A aptidão física foi determinada a partir da velocidade final do teste de pista de “vai e vem” e percentual de gordura, através do score Z. Conclusão: Em geral, os valores apresentados para as respostas da FC foram maiores conforme a aptidão física das atletas era mais alta, não confirmando assim a nossa hipótese. |
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COMPORTAMENTO MOTOR DE LACTENTES EXPOSTOS AO VÍRUS SARS-CoV2 NA GESTAÇÃO |
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Curso |
Mestrado em Ciências do Movimento |
Tipo |
Dissertação |
Data |
01/08/2023 |
Área |
EDUCAÇÃO FÍSICA |
Orientador(es) |
- Daniele de Almeida Soares Marangoni
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Amanda de Oliveira Arguelho
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Banca |
- Andréa Baraldi Cunha
- Andressa Lagoa Nascimento
- Daniele de Almeida Soares Marangoni
- Rosana Machado de Souza
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Resumo |
A infecção por SARS-CoV-2 no período pré-natal pode ser um fator de risco para
comprometimentos do desenvolvimento infantil. Considerando o processo natural de
maturação do sistema nervoso central e o potencial lesivo do coronavírus, torna-se
necessário investigar o nível de comprometimento dos lactentes expostos. O objetivo
dessa pesquisa foi verificar o desempenho motor de lactentes expostos ao vírus
SARS-CoV-2 durante a gestação durante a quarta e quinta onda pandêmica. Trata-se
de um estudo observacional exploratório com amostragem não probabilística. Foram
incluídos 35 lactentes, com idade entre 0 e 18 meses, de ambos os sexos que foram
expostos ao SARS-CoV-2 durante a gestação. Para o atendimento dos objetivos
específicos, dois recortes metodológicos foram desenvolvidos: O estudo 1 verificou a
viabilidade da aplicação da AIMS por telemedicina em lactentes expostos à COVID19 e descreveu o desempenho motor desses lactentes. O estudo 2 verificou o
comportamento neuromotor de lactentes expostos intraútero ao SARS-CoV-2 através
do GMA e da HINE, instrumentos considerados padrão-ouro para a identificação
precoce de alterações neuro motoras em lactentes. Os resultados dos estudos
indicam que a maioria (68,57%) das gestantes foram infectadas no terceiro trimestre
de gestação a apresentaram sintomas leves (45,71%). No estudo 1 foram avaliados
20 lactentes e foi demonstrado que uso da AIMS por vídeo chamada mostrou ser
confiável (ICC = 0,986) para avaliar lactentes expostos à infecção gestacional pelo
SARS-CoV-2; entretanto, a exposição não foi suficiente para afetar o desempenho
motor dos lactentes. No estudo 2 foram avaliados 15 lactentes e foi demonstrado que
apesar de lactentes expostos ao SARS-CoV-2 na gestação poderem apresentar
anormalidades neuromotoras aos 3-4 meses pós-termo, elas podem ser transitórias,
evoluindo para um desfecho de baixo risco de comprometimento neurológico no 6º
mês. Espera-se que os resultados deste estudo possam contribuir para elucidação da
capacidade de comprometimento neuromotor do SARS-CoV-2 durante a gestação. |
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Efeitos da Eletroestimulação Transcraniana por Corrente Contínua no desempenho cognitivo e funcional de idosos saudáveis |
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Curso |
Mestrado em Ciências do Movimento |
Tipo |
Dissertação |
Data |
14/06/2023 |
Área |
EDUCAÇÃO FÍSICA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Nathalia Oliveira Rodrigues
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Banca |
- Evandro Gonzalez Tarnhovi
- Glaucia Helena Goncalves
- Gustavo Christofoletti
- Karla de Toledo Candido Muller
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Resumo |
INTRODUÇÃO: Nas últimas décadas os tratamentos das disfunções neurológicas vêm apresentando grandes avanços. Estes avanços estão atrelados a novas técnicas de tratamento, com inserção de condutas envolvendo procedimentos de estimulação cerebral não- invasiva. A Eletroestimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) representa um destes procedimentos, que se destaca pela segurança e praticidade. OBJETIVO: Analisar os efeitos da ETCC sobre cognição, nível de ansiedade/depressão e a mobilidade de idosos. MÉTODOS: Quarenta e dois participantes, com idade média de 71,6±7,5 anos, foram divididos em três grupos. O grupo 1, caracterizado como experimental, foi submetido à técnica de ETCC ativa, com eletrodos posicionados na área pré-frontal dorsolateral esquerda do cérebro do participante. O grupo 2 foi considerado placebo pois teve o aparelho de eletroestimulação acoplado ao participante mas permanecendo desligado. O grupo 3, caracterizado como controle-cognitivo, foi submetido a um tratamento cognitivo alternativo, realizando palavras cruzadas. O período de acompanhamento foi de 8 semanas, totalizando 16 sessões nos grupos 1 e 2, e 16 palavras-cruzadas expostas ao grupo 3. Para avaliação cognitiva, os pesquisadores aplicaram o Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), a Bateria de Avaliação Frontal (BAF) e o teste de Fluência Verbal Semântica (TFV). O nível de ansiedade e depressão foi mensurado pela Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HAD). A mobilidade dos participantes foi verificado pelo teste Timed Up and Go (TUG), aplicado de forma convencional e com distratores motoroes e cognitivos. Os procedimentos estatísticos envolveram análises múltiplas e univariadas para medidas repetidas, comparando efeitos dos fatores grupo (grupo 1 × grupo 2 × grupo 3), momentos (inicial × final) e interações (grupo × momento). Significância foi admitida em 5%. Poder estatístico foram reportados. RESULTADOS: Após oito semanas, não foram observados benefícios significativos no grupo de ETCC em comparação com os grupos de placebo e controle para cognição (p=0,557), nível de ansiedade e depressão (p=0,356) e mobilidade (p=0,871). A cognição mostrou oscilações positivas durante as avaliações (p=0,001). No entanto, como essa tendência foi observada em todos os grupos, é mais provável que tenha sido uma resposta de aprendizado dos participantes aos instrumentos cognitivos, em vez de um efeito do ETCC. CONCLUSÃO: Oito semanas de ETCC não foram suficientes para promover benefícios significativos sobre variáveis cognitivas, mentais e motoras de idosos. Esse achado diverge de outros estudos, que identificam benefícios da ETCC. Novas pesquisas devem ser realizadas para investigar o uso da ETCC em idosos. Esse estudo foi registrado prospetivamente (ID: RBR-4nq8cbp; https://ensaiosclinicos.gov.br/rg/RBR-4nq8cbp). |
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Efeitos de dois programas de telerreabilitação sobre o estado de saúde de pessoas com osteoartrite de joelho: estudo piloto |
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Curso |
Mestrado em Ciências do Movimento |
Tipo |
Dissertação |
Data |
27/04/2023 |
Área |
EDUCAÇÃO FÍSICA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Glaucia Helena Goncalves
- Jéssica Bianca Aily
- Luiz Fernando Approbato Selistre
- Silvio Assis de Oliveira Junior
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Resumo |
Introdução: A telerreabilitação pode ser uma alternativa para a manutenção do exercício físico supervisionado e a longo prazo, assim o objetivo deste estudo foi avaliar seus efeitos para pessoas com osteoartrite de joelho Métodos: Ensaio clínico randomizado, único cego, com avaliações pré e pós intervenções em dois grupos: síncrono (GS), realizou o programa de exercícios por vídeo chamada (WhatsApp); e assíncrono (GA), realizou o mesmo programa de exercícios com o auxílio de uma cartilha. Todos realizaram avaliação inicial e reavaliação após as 6 semanas de intervenção, com testes de desempenho físico e questionários (Western Ontario and McMaster Universities Osteoarthritis Index- WOMAC; o World Health Organization Quality of Life -WHOQOL-bref e a Escala TAMPA para cinesiofobia - ETC) e a Escala de Avaliação de Adesão ao Exercício (EARS) no pós intervenção. Resultados: Avaliamos 9 participantes até o momento (90% sexo feminino), idade média de 58,4 anos, IMC de 30,34kg/m2. Não houve interação entre tempo e grupos nos desfechos avaliados. Observamos melhora após 6 semanas em relação a ETC e ao domínio rigidez e na pontuação total do WOMAC quando comparado pré e pós intervenção dos grupos (GS+GA). No EARS, o GS apresentou média de 22,4(3,6) e o GA, de 20,3(3,3) na seção B, e 32,0(1,0) e 30,5(6,3), na seção C, indicando boa aceitação de ambos os programas. Conclusão: Nos resultados preliminares, observamos que ambos os programas são exequíveis e bem aceitos. Entretanto, não foi possível fazer conclusões consistentes a respeito da modalidade síncrona e assíncrona quanto a dor, qualidade de vida e funcionalidade. |
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Função dos músculos do assoalho pélvico, capacidade funcional, qualidade de vida e função sexual de mulheres sobreviventes do câncer de mama |
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Curso |
Mestrado em Ciências do Movimento |
Tipo |
Artigo Científico |
Data |
14/04/2023 |
Área |
EDUCAÇÃO FÍSICA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
- Ana Beatriz Gomes de Souza Pegorare
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Orientando(s) |
- Thiago Rosendo Santos Miranda
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Banca |
- Glaucia Helena Goncalves
- Gustavo Christofoletti
- Ivana Leão Ribeiro
- Mikaela da Silva Corrêa
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Resumo |
O câncer de mama é uma patologia de características heterogêneas, de ampla variação quanto à sua natureza morfológica e respostas clínicas imprevisíveis. Após a administração das abordagens terapêuticas, é comum o aparecimento dos sintomas e efeitos colaterais do tratamento que afetam a capacidade funcional, a função sexual e impactam na qualidade de vida das sobreviventes. No entanto, permanecem escassos os estudos que investigam esses sintomas e efeitos sobre os músculos do assoalho pélvico. Desta forma, este estudo tem como objetivo analisar a função dos músculos do assoalho pélvico em mulheres sobreviventes do câncer de mama e compará-las a mulheres saudáveis, assim como comparar a capacidade funcional, qualidade de vida e função sexual. Foram recrutadas 40 mulheres, dividas de forma igualitária em dois grupos: Grupo de Mulheres com Câncer de mama (GMC) e Grupo de Mulheres Saudáveis (GMS). Todas as participantes foram submetidas as seguintes avaliações: questionário de informações sociodemográficas e clínicas; Teste de Caminhada de 6 minutos (TC6); Teste de Sentar e Alcançar (TSA); dinamometria de membros superiores; questionário Female Sexual Function Index (FSFI); esquema PERFECT e manometria do assoalho pélvico. As participantes do GMC responderam também a dois questionários específicos para pacientes com câncer. A análise estatística apontou diferença significativa entre os testes de capacidade funcional no TC6 (p <0.01), no TSA (p <0.01) e dinamometria (p 0.012 para mão direita e p 0.003 para mão esquerda), além do questionário FSFI, esquema PERFECT e manometria (p< 0.001). Os resultados deste estudo evidenciaram que são muito comuns as disfunções na capacidade funcional, qualidade de vida, função sexual e função dos músculos do assoalho pélvico em mulheres com câncer de mama quando comparadas a mulheres saudáveis. |
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RELAÇÃO ENTRE EFICIÊNCIA VENTILATÓRIA E RESPOSTAS CARDIOMETABÓLICAS DO EXERCÍCIO EM ATLETAS |
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Curso |
Mestrado em Ciências do Movimento |
Tipo |
Dissertação |
Data |
12/04/2023 |
Área |
EDUCAÇÃO FÍSICA |
Orientador(es) |
- Paulo de Tarso Guerrero Muller
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Juliana Peroni Abrahão Barbosa
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Banca |
- Christianne de Faria Coelho Ravagnani
- Gisele Walter da Silva Barbosa
- Hugo Alexandre de Paula Santana
- Paulo de Tarso Guerrero Muller
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Resumo |
A eficiência ventilatória é determinada pelo nível de ventilação-minuto, relacionado à eliminação pulmonar de dióxido de carbono (V’E/V’CO2) durante um teste de exercício cardiopulmonar (TECP). Seu papel e sua importância no desempenho esportivo não estão bem elucidados, tanto pelos níveis elevados de V’E/V’CO2, encontrados em atletas, compatíveis com ineficiência ventilatória mesmo na ausência de doença cardiopulmonar, quanto pela evidência da inexistência de relação entre o consumo máximo de oxigênio (V’O2) e V’E/V’CO2. Foi descrito um novo método de eficiência ventilatória que leva em consideração a taxa de remoção de CO2 para cada aumento de 10 vezes na ventilação-minuto, corrigida para a máxima taxa teórica de remoção do CO2 ao nível da ventilação voluntária máxima predita. Supomos que o método revelaria associação entre eficiência ventilatória e parâmetros cardiometabólicos do TECP, em correspondência com a aptidão aeróbica em atletas. Objetivo: analisar a relação entre eficiência ventilatória e respostas cardiometabólicas do exercício, V’O2 max e Pulso de O2 (PuO2), em atletas, através dos novos métodos de eficiência ventilatória, CO2-ACR e ŋV´E e também dos convencionais V’E/V’CO2 slope e V’E/V’CO2 nadir, além de explorar a relação entre os índices de eficiência ventilatória e o desempenho dos atletas. Método: estudo observacional, transversal e retrospectivo sobre bases de dados de dois estudos, MEDALHA e BRASÍLIA, em que seus participantes (61) foram submetidos a TECP incremental e coletadas as variáveis de eficiência ventilatória, PuO2 e V’O2 máximo, para análise de correlação (coeficiente de correlação de Pearson/Spearman). Além disso, os indivíduos foram divididos em estratos de acordo com valores de V’O2 e PuO2, sendo o ponto de corte em 57.8 ml/min/Kg e 11.5 ml/bpm/m2 respectivamente, para posterior comparação dos dados de eficiência ventilatória (Teste t Student). Para estender o conhecimento da associação de eficiência ventilatória e desempenho, nós analisamos o tempo de corrida de 10Km em 25 corredores. Resultados: o índice de eficiência ventilatória CO2-ACR apresentou diferença significativa em seus valores de acordo com os grupos de V’O2 (6,7 ± 1,8; 7,9 ± 2,5, p = 0,024) e também no que se refere aos grupos de PuO2 (6,8 ± 1,9; 8,0 ± 2,4, p = 0,004). O CO2-ACR foi maior em indivíduos mais jovens e com menor IMC, essa população teve maior V’O2, como esperado, mas também maior eficiência ventilatória. O CO2-ACR também apresentou correlação positiva com V’O2 (r = 0,325; p=0,010) e PuO2 (rhô = 0,411, p = 0,001). Concluímos que as novas métricas de eficiência ventilatória mostraram, no geral, maior associação com as variáveis cardiometabólicas do TECP em atletas. Houve moderada e negativa correlação entre o desempenho dos atletas na prova de corrida de 10Km e o índice de eficiência ventilatória Slope 1. |
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Eficiência Ventilatória na comparação dos Testes de Exercício Máximo Incremental e Supramáximo Constante |
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Curso |
Mestrado em Ciências do Movimento |
Tipo |
Dissertação |
Data |
11/04/2023 |
Área |
EDUCAÇÃO FÍSICA |
Orientador(es) |
- Paulo de Tarso Guerrero Muller
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Hugo Alexandre de Paula Santana
- Paulo de Tarso Guerrero Muller
- Rodrigo Koch
- Thomaz Nogueira Burke
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Resumo |
A eficiência ventilatória (EV) é medida através do nível de ventilação minuto
(VE) relacionado com a remoção de CO2 durante o teste de exercício cardiopulmonar
(TECP). Um novo método foi desenvolvido para medir a EV (ƞ⩒E - CO2CR),
presumivelmente insensível a restrições ventilatórias, podendo revelar diferentes
padrões entre os atletas, em correspondência com a aptidão aeróbica. Assim, o objetivo
do estudo foi analisar a eficiência ventilatória obtida no teste incremental e
supramáximo em atletas. Este estudo foi observacional, do tipo retrospectivo
transversal, sobre base de dados secundários com as variáveis usuais ⩒E/⩒CO2 nadir,
slope e intercepto e o método novo ŋ⩒E por meio do teste incremental e supramáximo.
O estudo foi composto por 27 atletas, provenientes do projeto Medalha, que foram
selecionados de forma não probabilística e por conveniência, que realizaram tanto teste
supramáximo, como teste incremental, totalizando 54 testes. A relação ⩒E/⩒CO2 slope,
intercepto, nadir, ƞ⩒E e CO2CR foram as variáveis analisadas no estudo. Quanto às
variáveis demográficas, 89% dos indivíduos eram do sexo masculino e a média das
idades foi de 36,3±8,1 anos. Tratando-se do índice de EV, foi identificada maior
significância na relação ⩒E/⩒CO2 slope (p<0,001), ⩒E/⩒CO2 intercepto (p=0,007),
⩒E/⩒CO2 nadir (p<0,001), na taxa de remoção de CO2CR (p<0,001), assim como ƞ⩒E
(p<0,001). Com isso, conclui-se que o presente estudo demonstrou de forma inédita que
eficiência ventilatória apresentou uma taxa de remoção CO2 maior, e uma eficiência
ventilatória mais significativa em relação o teste supramáximo de verificação
comparados ao teste incremental. |
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CORRELAÇÃO ENTRE AGRESSIVIDADE E DESEMPENHO FÍSICO EM CARATECAS |
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Curso |
Mestrado em Ciências do Movimento |
Tipo |
Dissertação |
Data |
13/01/2023 |
Área |
EDUCAÇÃO FÍSICA |
Orientador(es) |
- Hugo Alexandre de Paula Santana
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Hugo Alexandre de Paula Santana
- Jeeser Alves de Almeida
- Rafael Lima Kons
- Rodolfo Andre Dellagrana
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Resumo |
Introdução: A prática esportiva do Caratê tem como objetivos principais o desenvolvimento físico e psicológico dos praticantes, mesmo que para alguns treinadores esportivos a agressividade no esporte possa ser um comportamento positivo, estando associado às conquistas na prática esportiva. Sendo assim, o presente projeto teve como objetivo identificar a relação de níveis de agressividade com os níveis de desempenho físico em caratecas, sendo eles, potência no salto vertical e tempo de reação na aplicação de golpes (soco e chute), e relacionar níveis de agressividade com tempo de prática do Caratê. Metodologia: O estudo se baseou em uma amostra por conveniência composta por 8 caratecas da cidade de Campo Grande – MS, praticantes de caratê de contato, com graduação mínima faixa azul e máxima faixa preta 2ª dan, com tempo de prática 173 meses ±25,6, idade 27 anos ±2,28 e todos do sexo masculino. Após preenchimento do termo de consentimento livre esclarecido, foi realizado anamnese, coletado os dados antropométricos e aplicado o Questionário de Buss-Perry, para identificação de níveis de agressividade dos atletas. Posteriormente, os caratecas realizaram um aquecimento padrão da prática do caratê, a partir disto foram coletadas o desempenho de 3 saltos vertical contra-movimento, em seguidas foram realizadas a coletas do tempo de reação de dois golpes do Caratê – um soco e um chute. Análise estatística: Os dados foram analisados através do programa Jamovi 1.1 e Microsoft Excel, apresentados como Média ± Desvio Padrão. Foi realizado o teste normalidade de Shapiro-Wilk, utilizado o coeficiente de correlação de Pearson entre as variáveis de agressividade e desempenho esportivo (tempo de reação e potência do salto vertical), tempo de prática e nível de agressividade, relação do tempo de reação do soco e tempo de reação do chute, relação da potência do salto vertical com e tempo de reação do soco e tempo de reação do chute. Resultados: Foram encontradas uma correlação negativa forte entre o tempo de prática e as pontuações obtidas para raiva e resultado total do BPAQ (r=-0,89 e r=-0,77, respectivamente), correlação negativa moderada entre tempo de prática as pontuações obtidas para agressividade física, agressividade verbal e hostilidade (r=-0,64, r=-0,54 e r=0,53, respectivamente). Entre as variáveis, potência muscular de membros inferiores e total do BPAQ, foi encontrado correlação positiva fraca (r=0,41), tempo de reação do soco e total do BPAQ foi encontrado correlação positiva fraca (r=0,25), tempo de reação do chute e total do BPAQ foi encontrado correlação positiva fraca (r=0,16). Já entre as correlações da potência do salto vertical com e tempo de reação do soco foi encontrado relação positiva fraca (r=0,25) e para a correlação da potência do salto vertical com e tempo de reação do chute foi encontrado correlação positiva moderada (r=0,58). Para a correlação entre o tempo de reação do soco e tempo de reação do chute foi encontrado relação positiva forte (r=0,90). Conclusão: Os achados de nosso estudo sugerem que o maior tempo na prática de caratê apresenta associações com menores níveis de agressividade, por fim, os níveis de agressividade não apresentam relações com desempenho indireto do caratê, e atletas de caratê apresentam alta correlação no tempo de reação entre membros inferiores e superiores. |
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FATORES DE RISCO, ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS E DEMOGRÁFICOS ASSOCIADOS COM A TAXA DE MORTALIDADE POR SARS-COV-2 NO BRASIL |
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Curso |
Mestrado em Ciências do Movimento |
Tipo |
Dissertação |
Data |
23/12/2022 |
Área |
EDUCAÇÃO FÍSICA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Dayanne Sarah Lima Borges
- Hugo Alexandre de Paula Santana
- Jeeser Alves de Almeida
- Rafael dos Reis Vieira Olher
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Resumo |
RESUMO – A atual pandemia da doença denominada COVID-19 é provocada por uma Síndrome Respiratória Aguda Grave Coronavírus 2 (SARS-COV-2, do inglês Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2). Desde dezembro de 2019 na cidade de Wuhan, na China, mais de 567 milhões de infectados foram relatados resultando em mais de 6,38 milhões de mortes em todo o mundo. No Brasil, no período de março de 2020 a fevereiro de 2021 a COVID-19 foi responsável por mais de 250 mil mortes. Compreender as relações entre os fatores de risco e taxa de mortalidade em um país marcado por desigualdades socioeconômicas e outros fatores de riscos à saúde, torna-se necessário para o enfrentamento dessa doença. Assim, esse trabalho objetivou avaliar como os fatores de risco e características socioeconômicas e demográficas dos pacientes com COVID-19, acometidos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), influenciam nas chances de mortalidade pela doença no Brasil. Para tanto, foi utilizado a base de dados provenientes do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), do IBGE e outros, reunindo informações referentes a comorbidades e outros fatores socioeconômicos e demográficos. Após, adotou-se uma regressão Logit multinível para estimar os efeitos das comorbidades, características socioeconômicas e demais fatores de risco nas probabilidades de mortalidade por COVID-19. Os resultados indicam que os fatores investigados são significativos para explicar as taxas de mortalidade por COVID-19. Entre as comorbidades, destaca-se a obesidade, a qual demonstra um aumento de 70% de chances de óbito quando comparado aos não obesos. Do ponto de vista socioeconômico, maior desigualdade de renda está associado a maior mortalidade, à medida que o aumento de 0,01 no índice de Gini aumenta a probabilidade de óbito em 1,17%. Além disso, este estudo encontrou uma relação inversa entre o número de estabelecimentos de atividade física e a taxa de mortalidade por COVID-19 no Brasil. Isso significa que quanto maior o número de estabelecimentos de atividade física por 100 mil habitantes, menor é a probabilidade de óbito pelo COVID-19. De acordo com os resultados do estudo, o aumento de um estabelecimento a cada 100 mil habitantes diminui em 0,63% a probabilidade de óbito (p-valor < 0,01). Isso sugere que a disponibilidade de locais para a prática de atividade física pode ser um fator protetivo contra a COVID-19 e pode ser considerado na formulação de políticas públicas de enfrentamento da pandemia. Portanto, o presente estudo contribui com achados para a formulação de estratégias em políticas públicas para o enfrentamento de pandemias como a da COVID-19 ao evidenciar, sobretudo, o papel da desigualdade e dos estabelecimentos de atividade física neste contexto. |
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Aspectos morfofuncionais diafragmáticos agudos e seu uso como preditores de sucesso de extubação em pacientes com lesão neurológica aguda |
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Curso |
Mestrado em Ciências do Movimento |
Tipo |
Dissertação |
Data |
30/11/2022 |
Área |
EDUCAÇÃO FÍSICA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
- Karla Luciana Magnani Seki
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Orientando(s) |
- Thamara Ferro Balsani Comin
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Banca |
- Arthur de Almeida Medeiros
- Gabriel Pereira Braga
- Gisele Walter da Silva Barbosa
- Karla Luciana Magnani Seki
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Resumo |
Introdução. Há alta taxa de falha de desmame ventilatório em pacientes com lesão neurológica aguda, pela dificuldade de eleger os pacientes aptos para a evolução do desmame. Objetivos Avaliar os aspectos morfofuncionais diafragmáticos agudos e preditores de sucesso na extubação de pacientes com lesão neurológica aguda. Método: Estudo observacional longitudinal prospectivo, realizado na Santa Casa de Campo Grande/MS. Avaliação ultrassonográfica diafragmática em pacientes com lesão neurológica aguda sob ventilação mecânica invasiva nas primeiras 24 horas, entre 48 e 72 horas de internação na Unidade de Terapida Intensiva (UTI) e na pré extubação. Na pré extubação, também foram avaliados índices preditores do desmame e escore VISAGE. Para a análise, os participantes foram alocados em grupos conforme evolução ou não para traqueostomia e aqueles que evoluíram para extubação foram divididos em sucesso e falha de extubação. Testes estatísticos: ANOVA para o modelo de medidas repetidas, teste t de Student e regressão lógistica múltipla. Resultados: A mobilidade e o APACHE II foram preditores independentes para a evolução para traqueostomia; índice de respiração rápida e superfical (IRRS) e escore VISAGE foram preditores independentes de falha ou sucesso na extubação; IRRS/indice de respiração diafragmático superficial (DIRRS), escore VISAGE e pressão expiratória máxima (Pemáx) quando associados, foram preditores para sucesso/falha na extubação. Conclusão: O escore VISAGE e o IRRS quando isolados e quando combinados com o DIRRS e com a Pemáx mostram-se bons preditores de sucesso ou falha na extubação. A mobilidade diafragmática, APACHE II, idade, tempo total de ventilação mecânica invasiva e tempo total de UTI influenciam a evolução para traqueostomia.
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IMPACTO DA DUPLA-TAREFA COM SMARTPHONE SOBRE O EQUILÍBRIO DE ADULTOS JOVENS: INVESTIGAÇÃO EM AMBIENTE CONTROLADO E NÃO-CONTROLADO |
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Curso |
Mestrado em Ciências do Movimento |
Tipo |
Dissertação |
Data |
01/11/2022 |
Área |
EDUCAÇÃO FÍSICA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Sidney Afonso Sobrinho Junior
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Banca |
- Ana Beatriz Gomes de Souza Pegorare
- Arthur de Almeida Medeiros
- Gustavo Christofoletti
- Lilian Assuncao Felippe
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Resumo |
O uso de smartphones durante uma tarefa locomotora secundária como, a marcha pode ser prejudicial para o equilíbrio dinâmico de seus usuários. O objetivo desta dissertação de mestrado foi avaliar o impacto da dupla tarefa com smartphone sobre equilíbrio dinâmico de adultos jovens em diferentes ambientes, controlado (laboratório) e não controlado (via pública). Para isso, duzentos e um participantes foram submetidos a atividades de caminhada enquanto mandavam mensagens de texto e falavam ao smartphone. As avaliações foram realizadas sem distratores externos (laboratório) e em via pública, com veículos, pedestres, luzes e ruídos. Os testes de análise multivariada para medidas repetidas forneceram efeito principal de tarefa (usar × não usar celular), ambiente (laboratório × rua), sexo (masculino × feminino) e interações. A significância foi estipulada em 5%. Os resultados mostraram que o uso do smartphone ao caminhar aumenta os riscos de acidentes de pedestres (efeito principal da tarefa: 0,84; p=0,001). O risco de acidente foi maior nas ruas quando comparado à avaliação laboratorial (efeito principal do ambiente: 0,82; p=0,001). Não houve diferença de riscos entre homens e mulheres (efeito principal do sexo: 0,01; p=0,225), seja no laboratório ou na rua (efeito principal do sexo × ambiente: 0,01; p=0,905). A interação tarefa × ambiente mostrou que os distratores de trânsito da vida real potencializam os riscos de acidentes de pedestres (efeito principal tarefa × ambiente: 0,41; p=0,001). Em conclusão, esta dissertação verificou que o uso do smartphone enquanto caminha pode ser arriscado para os pedestres, especialmente em um ambiente de trânsito. As pessoas devem evitar usar o smartphone ao atravessar as ruas.
Palavras-chave: Smartphone. Pedestre. Comportamento multitarefa. Acidentes de trânsito. |
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