FERTILIDADE DE VACAS DE CORTE EM PROTOCOLOS DE SINCRONIZAÇÃO COM DIFERENTES INDUTORES DE OVULAÇÃO |
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Curso |
Doutorado em Ciências Veterinárias |
Tipo |
Tese |
Data |
16/03/2023 |
Área |
MEDICINA VETERINÁRIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Alessandra Corallo Nicacio
- Eliane Vianna da Costa e Silva
- Ériklis Nogueira
- Juliana Corrêa Borges Silva
- Wagner Rodrigues Garcia
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Resumo |
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USO DE ADITIVOS AO FLUIDO DE LAVAGEM PERITONEAL PARA A PREVENÇÃO DE ADERÊNCIAS ABDOMINAIS E A OTIMIZAÇÃO DA CICATRIZAÇÃO DA PAREDE ABDOMINAL |
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Curso |
Doutorado em Ciências Veterinárias |
Tipo |
Tese |
Data |
07/02/2023 |
Área |
MEDICINA VETERINÁRIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
- Dheywid Karlos Mattos Silva
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Banca |
- Breno Fernandes Barreto Sampaio
- Eric Schmidt Rondon
- Fernando Arevalo Batista
- Monica Cristina Toffoli Kadri
- Ricardo Siqueira da Silva
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Resumo |
SILVA, D. K. M. Uso de aditivos ao fluido de lavagem peritoneal para a prevenção de aderências abdominais e otimização da cicatrização da parede abdominal. 2018. DOUTORADO – Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, MS, 2023.
Aderência é a união de duas ou mais estruturas anatomicamente separadas por meio de tecido fibroso como consequência de processo inflamatório. Quando ocorre na cavidade abdominal, pode provocar dor e disfunções nos órgãos. Em sua prevenção, emprega-se a lavagem abdominal, mas não há consenso sobre composição de fluidos mais adequada. Desta forma, testamos e comparamos diferentes soluções adicionadas ou não aos fármacos mais frequentemente empregados nas rotinas transoperatórias. Cento e vinte e seis ratos machos da linhagem Wistar foram alocados em 15 grupos de seis ratos e três grupos de 12 ratos. Todos os animais foram submetidos à cecopexia cirúrgica. Em uma primeira etapa, foram comparadas as soluções de Ringer Lactato, NaCl à 0,9% e água destilada. Depois, foram testas soluções de lavagem abdominal (água destilada + fármaco) contendo: (1) anestésicos locais (lidocaína e bupivacaína); (2) antimicrobianos (gentamicina, enrofloxacina e ceftriaxona); (3) anti-inflamatórios esteroidais (dexametasona, metilprednisolona e hidrocortisona); (4) AINE (robenacoxibe e flunixina meglumina); (5) anticoagulante (heparina); (6) Glicose (5%, 10% e 25%). Amostras sanguíneas e de lavado peritoneal foram coletadas nos período pré-operatório (t =-1) e após a eutanásia (t=21) quando, também, extraiu-se um retalho padronizado da parede abdominal em torno da cicatriz cirúrgica. As soluções foram comparadas quanto à (ao): (1) redução do desconforto abdominal (parâmetros comportamentais e Escala de Grimace); (2) composição do fluido peritoneal (contagem leucocitária e dosagens de glicose, albumina, sódio e proteína total); (3) quantificação da formação de aderências; (4) maturidade da cicatriz (histopatologia); (5) resistência da cicatriz da parede abdominal (teste de microtração). Com exceção do grupo tratado com heparina, todas as demais soluções de lavagem contribuíram na recuperação dos pacientes e a solução com água destilada reduziu os níveis séricos de sódio. Conclui-se que as soluções de lavagem abdominal testadas reduzem a morbidade pós-operatória, a escolha do tipo de solução e aditivo não interferem na recuperação cirúrgica exceção feita às acrescidas de heparina. Ademais, sugere-se que o emprego de água destilada deva ser acompanhado do monitoramento do sódio sérico.
Palavras-chave: Glicose, leucócitos, peritônio, profilaxia, ratos.
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Vitamina D e Inflamação na Leishmaniose Visceral |
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Curso |
Doutorado em Ciências Veterinárias |
Tipo |
Tese |
Data |
12/01/2023 |
Área |
MEDICINA VETERINÁRIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
- Gustavo Gomes de Oliveira
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Banca |
- Alda Izabel de Souza
- Carlos Alberto do Nascimento Ramos
- Cassia Rejane Brito Leal
- Danilo Carloto Gomes
- Fabiano de Oliveira Frazilio
- Kelly Cristina da Silva Godoy
- Thiago Leite Fraga
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Resumo |
A vitamina D ativada (VitD) possui diversas funções no organismo que vão muito além do seu papel na homeostase dos minerais cálcio e fósforo. A ação desse hormônio no sistema imunológico foi amplamente explorada nas últimas décadas revelando a sua relação com doenças infecto parasitárias e autoimunes. Baixos níveis de VitD foram observados em cães infectados com leishmaniose visceral (LV) demostrando relação com a gravidade da doença. Contudo, não foi estabelecido se há relação da hipovitaminose D com marcadores inflamatórios nesses animais. Logo o objetivo com este projeto é verificar a relação entre a inflamação em cães com LV e as alterações nos níveis de VitD. Para isso foram utilizados 23 cães, oito saudáveis para o grupo controle (GC) e 15 positivos para LV em exame parasitológico ou exame sorológico, sem apresentarem azotemia para formar o grupo doente (GD). Os níveis de VitD, creatinina, albumina, proteína C reativa e hemoglobina foram dosados e comparados entre os grupos por meio do teste de Mann-Whitney. As correlações entre a vitamina D e albumina, proteína C reativa e hemoglobina foram realizadas pelo teste de Spearman. O nível de significância utilizado foi de 0,05. Todos os marcadores inflamatórios avaliados na presente pesquisa demostraram diferença estatística em suas concentrações nos grupos estudados. O GD apresentou maior prevalência de deficiência da vitamina D (46%) quando comparados ao GC (0%). Correlação moderada foi observada entre a vitamina D e a Proteína C reativa (rs:-0,48; p:0,03). Todos os animais com deficiência de vitamina D apresentaram hipoalbuminemia. A inflamação possuí relação com a deficiência de vitamina D, podendo levar a um ciclo de inflamação e hipovitaminose D agravando o quadro do paciente. |
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METABOLISMO LIPÍDICO DE OÓCITOS DE VACAS DE LEITE SOB ESTRESSE TÉRMICO |
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Curso |
Doutorado em Ciências Veterinárias |
Tipo |
Tese |
Data |
15/12/2022 |
Área |
MEDICINA VETERINÁRIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
- Mariane Gabriela Cesar Ribeiro Ferreira
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Banca |
- André Luiz Julien Ferraz
- Christina Ramires Ferreira
- Eliane Vianna da Costa e Silva
- Fabiana de Andrade Melo Sterza
- Gustavo Guerino Macedo
- Marcelo Marcondes Seneda
- Marcos Roberto Chiaratti
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Resumo |
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Esponja Fibrilar de Fluoreto de Polivinilideno Enriquecida com Óxido de Grafeno Reduzido no Reparo de Defeito Ósseo Experimental em tíbia de Ratos |
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Curso |
Doutorado em Ciências Veterinárias |
Tipo |
Tese |
Data |
11/11/2022 |
Área |
MEDICINA VETERINÁRIA |
Orientador(es) |
- Fabricio de Oliveira Frazilio
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Orientando(s) |
- Paulo Henrique de Affonseca Jardim
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Banca |
- Eric Schmidt Rondon
- Fabricio de Oliveira Frazilio
- Fernando Arevalo Batista
- Larissa Correa Hermeto
- Luciano Pereira de Barros
- Luiz Donizete Campeiro Junior
- Rodrigo Juliano Oliveira
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Resumo |
JARDIM, P.H.A. Esponja fibrilar de fluoreto de polivinilideno enriquecida com óxido de grafeno reduzido no reparo do defeito ósseo experimental em tíbia de ratos. 2022. Doutorado – Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, MS, 2022.
Estudos recentes com fluoreto de polivinilideno (PVDF) e óxido de grafeno reduzido (rGO) demonstram resultados promissores no reparo ósseo. Objetivou-se com esse estudo avaliar a utilização de PVDF associado ao rGO no reparo de defeitos ósseos monocorticais unilaterias realizados em tíbia de ratos. Foram distribuídos 90 animais divididos em 3 grupos de 30: DEF (Controle), PVDF e PVDF/rGO, que por sua vez foram subdivididos conforme o tempo de avaliação (10, 20 e 30 dias). O grupo DEF foi submetido apenas ao defeito ósseo e não recebeu tratamento. Os outros grupos foram submetidos ao defeito ósseo e tratados da seguinte forma: defeitos preenchidos com com fluoreto de polivinilideno = PVDF e defeitos preenchidos com fluoreto de polivinilideno enriquecido com óxido de grafeno reduzido = PVDF/rGO. Para as análises foram realizadas avaliações séricas de fosfatase alcalina (FAL) e fosfatase alcalina óssea (FAO) assim como avaliações histológicas da região do defeito conforme o tempo de avaliação. Os grupos PVDF e PVDF/rGO demonstraram níveis maiores de fosfatase alcalina óssea aos 20 e 30 dias pós-operatórias quando comparadas dentro de seu grupo e aos 30 dias quando comparadas com o grupo DEF. As analises histológicas demonstraram aos 20 dias maior neoformação de tecido ósseo do grupo DEF quando comparado com o grupo PVDF/rGO, presença maior de osteoblastos no grupo DEF em comparação aos grupos PVDF e PVDF/rGO assim como presença maior de infiltrado inflamatório do grupo PVDF/rGO em realçao aos grupos DEF e PVDF. Foi evidenciada aos 30 dias de avaliação grande numero de células gigantes multinucleadas assim como intensa reação periosteal no grupo PVDF/rGO. Com auxilio das análises estatísticas significativas (P<0.05) conclui-se que os biomatetiais PVDF e PVDF/rGO elevaram os niveis de fosfatase alcalina óssea aos 20 e 30 dias de avaliações. A utilização dos biomateriais PVDF e PVDF/rGO não aceleraram o processo de reparo ósseo em comparação ao grupo DEF. O biomaterial PVDF/rGO promoveu grande formação de células gigantes multinucleadas.
Palavras-chave: Consolidação óssea, piezoeletricidade, cirurgia veteriária, nanomateriais, solution blow spinning.
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AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DIAGNÓSTICO DE NOVAS TÉCNICAS SOROLÓGICAS PARA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA |
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Curso |
Doutorado em Ciências Veterinárias |
Tipo |
Tese |
Data |
29/09/2022 |
Área |
MEDICINA VETERINÁRIA |
Orientador(es) |
- Carlos Alberto do Nascimento Ramos
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Orientando(s) |
- Nathália Lopes Fontoura Mateus
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Banca |
- Carlos Alberto do Nascimento Ramos
- Cassia Rejane Brito Leal
- Manoel Sebastião da Costa Lima Junior
- Maria do Socorro Pires e Cruz
- Wagner José Tenório dos Santos
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Resumo |
A leishmaniose visceral (LV) é uma zoonose causada pelo protozoário Leishmania infantum. Os cães são considerados importantes reservatórios urbanos do parasita e o diagnóstico da leishmaniose visceral canina (LVC) contribui no monitoramento de transmissão e emergência de LV. A confirmação da LVC instituída pelo Ministério da Saúde consiste na reação de imunoadsorção enzimática (ELISA), por meio da utilização de antígeno bruto de L. major-like; porém, esta técnica pode proporcionar resultados falsos positivos em animais infectados por outros tripanossomatídeos ou por Ehrlichia canis. Além disso, resultados falsos negativos são relatados em animais assintomáticos, promovendo a manutenção de reservatórios no ambiente. Neste âmbito, foram desenvolvidos antígenos recombinantes usados de maneira individual ou combinada no diagnóstico sorológico da LVC com intuito de aumentar a sensibilidade, especificidade e acurácia do teste. Este trabalhou avaliou três testes sorológicos para o diagnóstico de LVC: dois ELISA com proteínas recombinantes quiméricas (Q1 e Q5) de desenvolvimento nacional e um teste rápido utilizando antígeno de membrana de promastigota de Leishmania donovani na apresentação de fitas reagentes (dipstick). Para avaliação das proteínas quiméricas, utilizou-se amostras de um banco sorológico provenientes de cães naturalmente infectados por L. infantum sintomáticos (n=30), oligossintomáticos (n=30), assintomáticos (n=10), cães saudáveis (n=30), vacinados com Leish-Tec (n=5) e Leishmune (n=5) e infectados com Ehrlichia canis (n=30). O resultado dos ELISA utilizando quimeras foi comparado ao ELISA com antígeno de extrato total de L. infantum e observou-se valores maiores de sensibilidade e especificidade, respectivamente, para Q1 (81,43%; 85,71%) e Q5 (74,29%; 90,0%), quando comparado ao antígeno bruto (71.43%; 82.86%). Apesar da proteína Q1 ter apresentado reação cruzada com amostras de cães vacinados com Leish-Tec, esta quimera apresentou melhor sensibilidade no diagnóstico de animais assintomáticos (70%) e oligossintomáticos (73,33%).Para avaliação do teste rápido dipstick foram selecionadas amostras de um banco sorológico provenientes de cães naturalmente infectados por L. infantum sintomáticos (n=15), oligossintomáticos (n=15), assintomáticos (n=9), saudáveis (n=15), vacinados com Leish-Tec (n=5) e infectados com Ehrlichia canis (n=15). O teste apresentou maior sensibilidade no grupo oligossintomático (93,33%), seguido do assintomático (77,78%) e sintomático (73,33%) e foi observado 100% de especificidade em todos os grupos. Desta maneira, Q5 pode ser um antígeno interessante para o desenvolvimento de testes sorológicos e as fitas reagentes (dipstick) podem ser uma ferramenta útil no diagnóstico da LVC devido a praticidade de realização. Ambos os métodos demonstraram bons resultados em situações em que a erliquiose canina pode ser diagnóstico diferencial do paciente. |
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IDENTIFICAÇÃO DO BACTERIOMA DE Stomoxys calcitrans E POTENCIAL IMPACTO ECONÔMICO À PECUÁRIA DOS SURTOS ASSOCIADOS AO SETOR SUCROENERGÉTICO |
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Curso |
Doutorado em Ciências Veterinárias |
Tipo |
Tese |
Data |
29/07/2022 |
Área |
MEDICINA VETERINÁRIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
- Eronides Marques de Souza
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Banca |
- Antonio Thadeu Medeiros de Barros
- Carlos Alberto do Nascimento Ramos
- Flábio Ribeiro de Araújo
- João Bosco Vilela Campos
- Lenita Ramires dos Santos
- Paulo Henrique Duarte Cançado
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Resumo |
Mosca-dos-estábulos (Stomoxys calcitrans) é um inseto que parasita diversos grupos de animais, incluindo os seres humanos. Nas últimas décadas, surtos desta mosca têm sido registrados em várias regiões do país, com destaque para municípios de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e São Paulo. Estas áreas se caracterizam pela expansão do setor sucroenergético, o que pode justificar a presença dos surtos, uma vez que, com a proibição da queima pré-colheita a palhada da cana-de-açúcar passou a se acumular nas plantações e umedecida com vinhaça tornando-se um ambiente propício para o desenvolvimento larvar. Por ser um inseto hematófago e realizar picadas dolorosas, S. calcitrans causa perdas econômicas na bovinocultura interferindo na saúde do animal e, consequentemente, diminuindo sua produção. Algumas pesquisas indicam a importância de S. calcitrans como possível vetor mecânico e biológico de diversos agentes patogênicos, porém poucos estudos foram realizados envolvendo situações de campo, assim como, a identificação e o isolamento de microorganismos em moscas selvagens. Os objetivos do presente estudo foram estimar o impacto econômico provenientes dos surtos desta mosca na bovinocultura, como também os prejuízos anuais às usinas sucroenergéticas brasileiras; e paralelamente, com auxílio da metagenômica e bioinformática, identificar o bacterioma presente em DNA extraídos das mosca-dos-estábulos. O potencial impacto econômico anual dos surtos, associados às usinas sucroenergéticas estimado foi de R$ 1,065 bilhões (US$ 205,38 milhões) para a bovinocultura brasileira. Enquanto o potencial prejuízo estimado às indústrias sucroenergéticas acumularam valores de R$ 43,743 milhões (US$ 8,428 milhões) ao ano. O montante final dos prejuízos financeiros aos setores de bovinocultura e bioenergético brasileiro, foi de R$ 1.109.667.348,27 (US$ 213.808.737,62). Através das análises de metagenoma foi identificado vasta diversidade de bactérias, destacando quatro filos Proteobacteria, Firmicutes, Bacteroidetes e Actinobacteria. As bactérias do filo Proteobacteria foi o que apresentou maior frequência relativa nos três grupos de amostras de DNA de mosca-dos-estábulos, porém as amostras do Pátio II (Embrapa) foi o que apresentou maior variedade de filos de bactérias. Estudos futuros serão necessários para um melhor conhecimento da abrangência de bactérias carreadas por S.calcitrans, assim como a necessidade de uma maior compreensão a respeito da dinâmica relacionada com à dispersão dos patógenos de importância na bovinocultura. Antecipar cenários pode ser o ponto de partida para o desenvolvimento de processos preventivos ligados à mosca-dos-estábulos em toda estrutura que envolve as atividades sucroenergéticas e sistemas produtivos pecuários em suas proximidades.
Palavras-chave: Bioinformática, DNA, Metagenômica, Mosca-dos-estábulos, Prejuízos.
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DINÂMICA POPULACIONAL DE Rhipicephalus (Boophilus) microplus E NÍVEIS DE INFECÇÃO ESTIMADA POR qPCR DOS AGENTES DA TRISTEZA PARASITÁRIA BOVINA EM ANIMAIS DA RAÇA NELORE E CRUZADOS (ANGUS/NELORE) NO CERRADO |
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Curso |
Doutorado em Ciências Veterinárias |
Tipo |
Tese |
Data |
08/02/2022 |
Área |
MEDICINA VETERINÁRIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Fábio Pereira Leivas Leite
- Fernando de Almeida Borges
- Fernando Paiva
- Renato Andreotti e Silva
- Rodrigo Casquero Cunha
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Resumo |
Anaplasma marginale, Babesia bigemina e Babesia bovis são agentes
reconhecidos no Brasil por causar a tristeza parasitária bovina (TPB), doença
transmitida pelo carrapato Rhipicephalus microplus. O carrapato e a TPB podem
causar prejuízos diretos à saúde animal como anemia hemolítica, aborto,
diminuição da produção e mortalidade em bovinos e prejuízos indiretos com
insumos, mão de obra para controlar o carrapato e tratamentos para o
hospedeiro. De forma geral, esses agentes também podem persistir em
rebanhos bovinos sem quaisquer sinais clínicos. Este estudo teve como objetivo
correlacionar o número de carrapatos com a quantidade de transcritos pela
reação em cadeia da polimerase quantitativa (qPCR) visando os genes msp1α
(A. marginale), cbisg (B. Bigemina) e cbosg (B. bovis) em bovinos Brangus e
Nelore sem tratamento acaricida no Cerrado brasileiro durante 12 meses. Todos
os animais testaram positivo para presença de A. marginale e B. bigemina, já B.
bovis não foi detectada por PCR e qPCR. Os animais da raça Brangus
apresentaram maior número de carrapatos quando comparados com animais da
raça Nelore (p<0,05). Quanto aos resultados do qPCR para A. marginale, os
animais Brangus apresentaram maior número de cópias que animais Nelore
(p<0,05). Para B. bigemina os animais Nelore apresentaram maior número de
cópias que a raça Brangus (p< 0,05). Além disso, ambas as raças não
apresentaram diferença estatística significativa no ganho de peso e na sorologia
ao longo do ano. Não foi possível estabelecer uma correlação estatística para o
número de carrapatos e o número de cópias de A. marginale e B. bigemina. Os
animais não apresentaram qualquer sinal clínico de anaplasmose ou babesiose,
porém, doi detectada a presença de A. marginale e B. bigemina durante o
período experimental, sugerindo que um baixo número de carrapatos pode ser
suficiente para manter uma situação enzoótica estável. |
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AVALIAÇÃO DE MEDULA ÓSSEA A PERFIL HEMOSTÁTICO DE CÃES NATURALMENTE INFECTADOS POR LEISHMANIA (LEISHMANIA) INFANTUM CHAGASI |
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Curso |
Doutorado em Ciências Veterinárias |
Tipo |
Tese |
Data |
22/10/2021 |
Área |
MEDICINA VETERINÁRIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
- Tamires Ramborger Antunes
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Banca |
- Alda Izabel de Souza
- Danilo Carloto Gomes
- Luciana Pereira Machado
- Magyda Arabia Araji Dahroug Moussa
- Mariana Isa Poci Palumbo
- Paulo Henrique Braz
- THIRSSA HELENA GRANDO
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Resumo |
A leishmaniose visceral é considerada como uma das principais enfermidades parasitárias negligenciadas de maior importância para a saúde pública, acometendo diferentes espécies de mamíferos. Cães sintomáticos têm demonstrado distúrbios hemorrágicos e estudos avaliando da integridade dos componentes envolvidos na coagulação ainda são insuficientes para justificar tais alterações. A presença de plaquetopenia frequentemente é descrita em animais infectados, entretanto, são escassas as descrições em medicina veterinária do uso de plaquetas reticuladas para avaliação de regeneração medular. O objetivo com este estudo é avaliar o perfil hemostático, a linhagem megacariocítica e a dinâmica plaquetária em cães infectados naturalmente por Leishmania (Leishmania) infantum chagasi. Para a pesquisa foram utilizados materiais biológicos colhidos de 90 cães e o estudo foi dividido em duas etapas: na primeira fase realizou-se a análise do perfil hemostático em amostras sanguíneas de 40 animais. Destes, 06 representaram o grupo controle e 34 apresentavam LVC. Já na segunda etapa investigou-se amostras sanguíneas e de medula óssea de 50 cães, sendo 5 hígidos e 45 infectados por Leishmania (L.) infantum chagasi. A análise de biomarcadores hemostáticos neste estudo não demonstrou alterações importantes que levariam ao desenvolvimento de quadros hemorrágicos nos cães com LV. A ausência de lesão hepática e/ou alteração de função renal pode justificar esses resultados. Ao avaliar a medula óssea e a plaquetopoiese, alterações morfológicas megacariocíticas foram observadas em 91% dos cães infectados e a presença de micromegacariócitos e hiperlobulações pode estar associada a infecções parasitárias medulares mais intensas na LVC. A análise de plaquetas reticuladas demonstrou plaquetogênese ativa, para manutenção de valores basais, em alguns cães infectados e resposta inadequada à plaquetopenia devido comprometimento medular, constatada após a análise dos valores absolutos, chamando à atenção para o uso deste parâmetro diante de concentrações plaquetárias circulantes diminuídas. |
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BOTULISMO EM BOVINOS E OVINOS: EPIDEMIOLOGIA, CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA, DIAGNÓSTICO LABORATORIAL, DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL, ESTRATÉGIAS DE TRATAMENTO, CONTROLE E PREVENÇÃO |
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Curso |
Doutorado em Ciências Veterinárias |
Tipo |
Tese |
Data |
04/10/2021 |
Área |
MEDICINA VETERINÁRIA |
Orientador(es) |
- Ricardo Antonio Amaral de Lemos
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Orientando(s) |
- Juliana Paniago Lordello de Paula
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Banca |
- Claudio Severo Lombardo de Barros
- Danilo Carloto Gomes
- Fernando de Souza Rodrigues
- Marcelo Augusto de Araujo
- Rayane Chitolina Pupin
- Ricardo Antonio Amaral de Lemos
- Tatiane Cargnin Faccin
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Resumo |
O sistema de confinamento de bovinos de corte é uma atividade que possibilita redução na idade de abate dos animais, maior produção por área e aumento da qualidade da carne. Existem poucos estudos sobre causas de mortalidades em bovinos confinados no Brasil, sendo as doenças respiratórias e os transtornos digestórios os principais problemas sanitários nesse sistema de produção e distúrbios neurológicos menos frequentes. A raiva é descrita de forma esporádica como causa de mortes em confinamentos de bovinos e surtos de botulismo com importantes perdas econômicas são relatados. Capítulo 1 - o objetivo foi descrever a epidemiologia, o quadro clínico, os procedimentos de diagnósticos, diagnósticos diferenciais de casos experimentais de botulismo em ovinos, respectivamente, e avaliar protocolos de prevenção e tratamento da doença. Foram realizados dois experimentos para a reprodução da doença em ovinos utilizando milho re-hidratado que foi associado a surto espontâneo de botulismo em bovinos. No primeiro modelo, foram utilizados 18 animais, e não foi possível reproduzir a doença. No segundo modelo experimental, foi administrado, via oral, a quatro ovinos, dois deles vacinados contra botulismo, mistura de restos de animais provenientes de um surto de botulismo e solução fisiológica, os quais apresentaram sinais clínicos de botulismo e foram tratados com soro anti-botulínico, mas três tiveram evolução fatal. Capítulo 2 - o objetivo foi descrever um surto de botulismo em bovinos confinados, demonstrando as dificuldades no diagnóstico e tratamento do botulismo nesta espécie. Um surto de botulismo em bovinos confinados alimentados com silagem de milho contaminada com neurotoxina de Clostridium botulinum tipo C (BoNT/C) ocorreu no Centro-Oeste do Brasil em agosto de 2017. O início do surto ocorreu 15 dias após 1700 bovinos começarem a ser alimentados com os contaminados silagem de milho. Um total de 1100 bovinos foram afetados, 1090 dos quais morreram em quatro dias. Dez bovinos se recuperaram após o tratamento com antitoxina. Nenhuma lesão macroscópica ou microscópica foi encontrada nos bovinos afetados. O diagnóstico foi baseado em dados epidemiológicos, sinais clínicos característicos e resultados positivos de bioensaios em camundongos. Capítulo 3 - o objetivo foi descrever um surto de raiva em bovinos confinados enfatizando a importância do diagnóstico diferencial e do estabelecimento de protocolos sanitários para prevenção. O surto ocorreu no estado de Mato Grosso do Sul, em um confinamento no qual morreram oito animais, sendo quatro necropsiados na propriedade e um encaminhado à Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Os animais não eram vacinados contra raiva. Os animais apresentaram sinais neurológicos e um animal apresentou prurido com auto-mutilação. Dos animais necropsiados todos tiveram achados de necropsia semelhantes caracterizados por bexiga repleta, leptomeninges moderadamente hiperêmicas e no exame histopatológico manguitos perivasculares de linfócitos e plasmócitos, discreta gliose e no citoplasma de neurônios havia de inclusões eosinofílicas compatíveis com corpúsculos de Negri. Todos os animais examinados foram positivos para raiva na imunofluorescência direta. |
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METABOLISMO LIPÍDICO DE OÓCITOS E EMBRIÕES BOVINOS - EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO E DA CINÉTICA DE DESENVOLVIMENTO |
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Curso |
Doutorado em Ciências Veterinárias |
Tipo |
Tese |
Data |
16/11/2020 |
Área |
MEDICINA VETERINÁRIA |
Orientador(es) |
- Fabiana de Andrade Melo Sterza
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Orientando(s) |
- Christopher Junior Tavares Cardoso
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Banca |
- Alessandra Corallo Nicacio
- Eliane Vianna da Costa e Silva
- Ériklis Nogueira
- Evelyn Rabelo Andrade
- Fabiana de Andrade Melo Sterza
- Gustavo Guerino Macedo
- Marcelo Marcondes Seneda
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Resumo |
Os mecanismos pelos quais a produção in vitro de embriões (PIVE) bovinos gera embriões com excessivo acúmulo lipídico, diferenças metabólicas e padrões epigenéticos não estão totalmente elucidados. Também permanece desconhecido quando essas alterações acontecem, se acontecem desde a maturação oocitária ou após início da clivagem embrionária. O presente estudo objetivou avaliar os efeitos suplementação lipídica e da cinética de desenvolvimento em oócitos e embriões produzidos in vitro. Para isso o trabalho foi dividido em 2 estudos: No estudo 1, intitulado
"Suplementação lipídica para doadoras altera a qualidade de embriões submetidos a vitrificação” foram avaliados os efeitos da adição de linhaça na dieta de vacas Pantaneira sobre parâmetros digestivos e na produção in vitro de embriões submetidos a vitrificação. Foram analisados coeficientes de digestibilidade, perfil de metabolitos séricos, viabilidade oocitária, produção de embriões e criotolerância embrionária. A partir dos dados obtidos neste estudo, concluímos que a suplementação de 0,800 Kg/animal/dia de linhaça em grão, uma fonte rica em ácido linolênico, para fêmeas da raça Pantaneira incrementou a qualidade e criotolerância dos embriões produzidos in vitro. No estudo 2 intitulado “Metabolismo lipídico e atividade mitocondrial em oócitos e embriões bovinos produzidos in vitro com diferentes cinéticas de desenvolvimento” analisou-se o conteúdo lipídico, atividade mitocondrial e a tri-metilação da H3K4 em oócitos e embriões bovinos em diferentes fases de desenvolvimento e concluímos que o acúmulo de lipídeos ocorre nas primeiras 4 horas da maturação in vitro de COCs de Bos taurus. Blastocistos rápidos apresentam maior conteúdo lipídico que os embriões lentos, sem interferência da atividade mitocondrial nessa fase. A H3K4me3 parece ser essencial para o desenvolvimento embrionário, especialmente no que diz respeito as células do embrioblasto mas isso não parece mediar a velocidade de desenvolvimento e metabolismo lipídico. |
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ESTRUTURA POPULACIONAL E TRANSMISSÃO DE MYCOBACTERIUM BOVIS NO SUL DO BRASIL |
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Curso |
Doutorado em Ciências Veterinárias |
Tipo |
Tese |
Data |
04/09/2020 |
Área |
MEDICINA VETERINÁRIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
- Rudielle de Arruda Rodrigues
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Banca |
- Ana Márcia de Sá Guimarães
- Carlos Alberto do Nascimento Ramos
- Cassia Rejane Brito Leal
- Flábio Ribeiro de Araújo
- Jorge Caetano Junior
- Lenita Ramires dos Santos
- Nalvo Franco de Almeida Junior
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Resumo |
Mycobacterium bovis é o agente causador da tuberculose bovina (TB), uma das mais importantes doenças atualmente enfrentadas pela pecuária mundial. O rastreamento da origem das infecções por M. bovis, que pode resultar da movimentação de bovinos, é uma ferramenta importante para o entendimento da epidemiologia da doença e para definição de estratégias de controle/erradicação. O sequenciamento genômico fornece uma maior resolução do que outros métodos de tipagem es-tabelecidos e melhora muito a definição da localização regional dos tipos de M. bovis. No Brasil os inquéritos epidemiológicos oficiais da TB demonstram que em alguns estados as prevalências são baixas, sendo possível a implementação de medidas de vigilância epidemiológica para erradicação da doença. No entanto, não há apoio de ferramentas moleculares para avaliar com precisão a di-versidade genética, persistência local ou disseminação de focos de TB. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi gerar informações genômicas de isolados brasileiros de M. bovis, visando gerar marcadores que possam ser usados na investigação da epidemiologia da TB, possibilitando a ava-liação de transmissão da doença e inferência da estrutura de contatos entre populações. Para isso, foram utilizadas culturas de M. bovis isoladas do tecido granulomatoso de bovinos, naturalmente infectados, de áreas de ocorrência de TB provindas de treze propriedades localizadas em diferentes municípios do estado do Rio Grande do Sul (RS), Brasil, por meio da utilização de métodos conven-cionais, como a cultura bacteriológica em meio Stonebrink. As colônias sugestivas de M. bovis foram confirmadas por PCR convencional com os iniciadores Mb.400, que flanqueiam a região de diferen-ciação 4 (RD4), ausente nesta espécie, porém presente em todos os demais membros do Complexo Mycobacterium tuberculosis. O sequenciamento genômico de 74 isolados de M. bovis foi utilizado para avaliar a estrutura populacional de M. bovis na região. A espoligotipagem in silico identificou 11 padrões, incluindo quatro novos perfis e dois complexos clonais (CC), European 1 (Eu1) e Euro-pean 2 (Eu2). As análises revelaram um alto nível de diversidade genética na maioria dos rebanhos e identificaram grupos de transmissão que sugeriram que a transmissão dentro e entre rebanhos está ocorrendo no RS. Além disso, a comparação com outros isolados publicados de M. bovis da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai aponta para uma possível transmissão transfronteiriça de CC Eu1 do Uruguai ou da Argentina para o RS. Uma data estimada para a introdução do CC Eu2 no RS no início do século XVI, correlacionou-se com o histórico e a introdução de gado no estado. Esses achados contribuem para o entendimento da estrutura populacional de M. bovis no sul do Brasil, além de destacar o potencial do sequenciamento do genoma na vigilância e rastreabilidade da transmissão de TB. |
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UTILIZAÇÃO DE REDES NEURAIS ARTIFICIAIS COMO FERRAMENTA AUXILIAR NA DETECÇÃO DA TUBERCULOSE BOVINA EM REBANHOS BOVINOS. |
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Curso |
Doutorado em Ciências Veterinárias |
Tipo |
Tese |
Data |
13/12/2019 |
Área |
MEDICINA VETERINÁRIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
- Larissa de Fátima Cardoso Duarte
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Banca |
- Carlos Alberto do Nascimento Ramos
- Cassia Rejane Brito Leal
- Celso Correia de Souza
- Flábio Ribeiro de Araújo
- Lenita Ramires dos Santos
- Marcia Ferreira Cristaldo
- Nalvo Franco de Almeida Junior
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Resumo |
A tuberculose bovina (bTB) tem grande impacto na saúde pública e animal, pois determina um
quadro de doença de elevada gravidade no homem e acarreta acentuadas perdas econômicas na
pecuária. A maioria dos países, inclusive o Brasil, implantaram programas de erradicação e controle
da bTB visando o saneamento do rebanho, esses programas têm como base, a realização de testes
de reação intradérmica ao PPD, sacrifício dos animais reagentes e confirmação por meio de
diagnósticos laboratoriais. Porém, para o avanço nos programas de controle e erradicação é
necessário um sistema de vigilância epidemiológica da bTB que permita a rápida identificação e
sanitização de focos, e consequentemente o rastreamento e controle da bTB nos planteis. O
sucesso na identificação de animais tuberculosos está vinculado a combinações de vários métodos
capazes de identificar animais infectados em diferentes estágios da infecção, reconhecendo as
limitações individuais de cada técnica. Diante das limitações inerentes as técnicas de diagnóstico
bTB, tem surgido extensas pesquisa para o desenvolvimento de tecnologias que gerem informações
rápidas, precisas e que auxiliem o diagnóstico a alcançar maior sensibilidade e especificidade.
Ferramentas de mineração de dados, como redes neurais artificiais (RNAs) e regressão logística
binária, apresentam um potencial para identificar relações complexas e não lineares, com bons
resultados preditivos nas suas análises, e tem sido cada vez mais utilizada em áreas da medicina e
saúde pública, principalmente no diagnóstico de doenças. Assim, esse estudo visou comparar o uso
de RNA e regressão logistica binária como ferramentas de predição na detecção da bTB, além disso
foi observado a sensibilidade, especificidade e curvas Receiver Operating Characteristic (ROC)
desses dois modelos preditivos e das técnicas diagnósticas utilizadas, bem como a análise de
correlação de Spearman (α=0,05) entre as técnicas diagnósticas utilizadas. Foram avaliados 92
bovinos, oriundos de quatro rebanhos, dos quais 53 animais eram de três rebanhos infectados e os
39 restantes, de um rebanho livre de bTB. Todos os animais foram avaliados por métodos de
diagnóstico ante mortem, com teste cervical comparativo (TCC) e ELISA, e métodos post mortem,
com avaliação macroscópica da presença de lesões sugestivas de tuberculose (LST), Nested-PCR
para rv2807 de tecidos e cultura bacteriana com confirmação de M. bovis por PCR para RD4. Os
resultados da comparação entre os modelos preditivos, RNA e regressão logistica binária,
demonstraram a acurácia de 95,6% e 79,3%, repectivamente, com sensibilidade e especificidade,
de 100% e 92,5% para a RNA, e de 71,8% e 84,9% para a regressão logistica binária. Foi possivel
observar a alta correlação entre as variáveis estudadas, presença de LST e cultivo bacteriano
positico, o contrario também foi observado, a baixa correção entre o TCC e cultivo bacteriano
positivo. Os resultados das curvas ROC dos modelos preditivos sugerem que o uso de RNA pode
melhorar a detacção de infectados com M. bovis. Assim, é possivel inferir que o uso de técnicas
mineração de dados, como a RNA, demonstram eficiência como ferramentas preditoras na detecção
de bovinos infectados, com significativo grau de precisão, e podem melhorar a detecção da bTB nos
rebanhos bovinos. |
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FERTILIDADE DE VACAS DE CORTE SUBMETIDAS À IATF COM DIFERENTES ESTRATÉGIAS NUTRICIONAIS E HORMONAIS |
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Curso |
Doutorado em Ciências Veterinárias |
Tipo |
Tese |
Data |
09/10/2019 |
Área |
MEDICINA VETERINÁRIA |
Orientador(es) |
- Eliane Vianna da Costa e Silva
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Orientando(s) |
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Banca |
- Alessandra Corallo Nicacio
- Aline Gomes da Silva
- Eliane Vianna da Costa e Silva
- Ériklis Nogueira
- Gustavo Guerino Macedo
- Juliana Corrêa Borges Silva
- Luiz Carlos Louzada Ferreira
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Resumo |
O objetivo deste trabalho foi avaliar estratégias nutricionais e hormonais durante a condução de protocolos de inseminação artificial em tempo fixo (IATF) nas respostas ovarianas e na taxa de concepção após IATF em fêmeas zebuínas de corte. Deste modo, aferindo-se potencias implicações práticas na utilização desses dados para a melhoria dos resultados em programas de IATF em fêmeas zebuínas. Essa tese é dividida em três capítulos. No primeiro capítulo, foi realizado uma referência bibliográfica sobre implicações nutricionais e hormonais em relação às respostas das fêmeas após sincronização da ovulação e IATF. O segundo capítulo determina a influência dos níveis séricos de retinol sobre a taxa de prenhez na IATF, em animais suplementados ou não com betacaroteno e vitaminas (ADE e biotina) na mistura mineral. Verificando o efeito da suplementação sobre a componentes metabólicos, dinâmica ovarina e taxa de prenhez à IATF e acumulativa na estação de monta. Foi observado que o nível sérico de betacaroteno está correlacionado positivamente com o crescimento folicular, entretanto a suplementação durante o verão não influenciou a taxa de prenhez à primeira IATF em vacas zebuínas lactantes mantidas em pastagens tropicais, evidenciando a necessidade de mais pesquisas que avaliem os efeitos desses nutrientes na reprodução bovina. Por fim, o terceiro capítulo determina o efeito da aplicação de GnRH em fêmeas bovinas, com ausência ou pouca expressão de cio, no momento da IATF, em diferentes categorias e condição corporal. Avaliando a interação do GnRH exógeno com ECC e categoria de fêmeas bovinas submetidas a protocolos de IATF e não expressaram cio. Foi observado que a ocorrência de estro determina maior probabilidade das matrizes, independente da categoria, se tornarem gestantes quando submetidas à IATF. A utilização de análogos de GnRH é uma ferramenta efetiva para aumentar a taxa de prenhez em primíparas e multíparas com baixa ou nenhuma expressão de estro. Portanto, a utilização de estratégias hormonais e nutricionais são fatores fundamentais para o sucesso dos programas de sincronização da ovulação para IATF de fêmeas zebuínas, e tais critérios devem ser analisados e executados no intuito de alcançar melhor eficiência reprodutiva. |
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ANTIOXIDANTES E OXIDANTES NA QUALIDADE DO ESPERMATOZOIDE EQUINO CRIOPRESERVADO |
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Curso |
Doutorado em Ciências Veterinárias |
Tipo |
Tese |
Data |
04/10/2019 |
Área |
MEDICINA VETERINÁRIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Carlos Eurico dos Santos Fernandes
- Carmem Estefania Serra Neto Zuccari
- Eliane Vianna da Costa e Silva
- Gustavo Guerino Macedo
- Joice Stein
- Marcelo George Mungai Chacur
- Maria Ines Lenz Souza
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Resumo |
A criopreservação do sêmen equino é uma biotécnica de grande valor para a equideocultura. Contudo, tal procedimento está relacionado com o aumento da geração de espécies reativas de oxigênio (ROS), estresse oxidativo e redução da fertilidade do sêmen criopreservado. Neste contexto, as pesquisas são direcionadas para a adição de diferentes antioxidantes na tentativa de redução dos efeitos nocivos ocasionados pelo estresse oxidativo. Por outro lado, a aplicação de estressores, de forma controlada, em doses sub-letais, pode ativar uma resposta temporária em células espermáticas. Desta forma, num primeiro experimento, objetivou-se estudar o sêmen equino frente à suplementação com substâncias antioxidantes, coenzima Q10 (CoQ10) e melatonina (MEL), e suas respostas em qualidade seminal, ao longo do processo de criopreservação, bem como, verificar seus possíveis efeitos protetores durante incubação por 60 minutos a 37ºC. Foram colhidas 20 amostras de sêmen, oriundas de cinco garanhões de fertilidade comprovada. Distribuiu-se os ejaculados em seis grupos: controle (sem adição de antioxidantes), melatonina 0,75 mM (MEL1), melatonina 1,5 mM (MEL2), coenzima Q10 40 g/mL (Q1), coenzima Q10 200 g/mL (Q2), e, a associação das menores concentrações de ambas as substâncias, melatonina 0,75 mM + coenzima Q10 40 g/mL (MEL1 + Q1). As análises laboratoriais foram efetuadas pós-colheita, e após a descongelação, nos momentos, m-0 - pós-descongelação; m-30 - após 30 minutos e m-60 - após 60 minutos de incubação a 37ºC, avaliando-se as seguintes variáveis espermáticas: cinética espermática, pelo sistema computadorizado (Sperm Class Analyzer – SCA), e, integridade de membrana plasmática e acrossomal, capacitação espermática, potencial de membrana mitocondrial e suscetibilidade à lipoperoxidação (LPO), por citometria de fluxo. O grupo Q2 preservou o maior percentual de células com motilidade total e progressiva após 60 minutos de incubação pós-descongelação, quando comparado ao grupo controle (30,2 ± 2,5% e 19,4 ± 2,1% vs 21,3 ± 2,2% e 13,5 ± 2,1%; p<0,05). A CoQ10, em ambas as concentrações testadas, resultou maior percentual de espermatozoides com membrana plasmática íntegra apresentando alto potencial de membrana mitocondrial, após 30 e 60 minutos de incubação, quando comparado ao grupo controle (Q1 - 64,8 ± 9,9%, Q2 - 65,2 ± 10,5% vs 55,1 ± 10,0% - M-30 e Q1 - 63,3 ± 10,4%, Q2 – 64,6 ± 10,8% vs 53,1 ± 10,6% - M-60; p<0,05). A melatonina conferiu maior estabilidade de membrana (não capacitados) em todos os momentos avaliados, comparando-se ao grupo controle (MEL1 – 42,1 ± 6,0%, MEL2 – 44,0 ± 6,7% vs 35,9 ± 5,9% - M-0; MEL1 - 40,8 ± 5,6%, MEL2 - 42,6 ± 7,2% vs 33,1 ± 6,6% - M-30 e MEL1 - 37,5 ± 7,4%, MEL2 – 39,1 ± 7,2% vs 31,3 ± 6,5% - M-60; p<0,05). Os antioxidantes utilizados, isolados, ou em associação, resultaram em menores níveis de LPO em todos os momentos avaliados, comparado ao grupo controle (p<0,05). CoQ10 e melatonina foram eficazes na criopreservação do sêmen equino, ao promover maior percentual de espermatozoides com motilidade total e progressiva, com alto potencial de membrana mitocondrial e não capacitados ao longo do processo de congelação/descongelação, bem como, após 60 minutos de incubação in vitro a 37ºC. Num segundo experimento, o objetivo foi identificar a dose sub-letal de estresse oxidativo e o efeito do mesmo, através da utilização do ozônio, na manutenção das variáveis espermáticas, e a eficácia do mesmo na prevenção da LPO do sêmen equino, ao longo do processo de criopreservação e durante incubação por 60 minutos a 37ºC, pós-descongelação. Os ejaculados foram submetidos aos seguintes tratamentos: Controle (sem adição de antioxidantes), ozônio 2 μg/mL (O3-2), ozônio 15 μg/mL (O3-15), ozônio 30 μg/mL (O3-30), ozônio 61 μg/mL (O3-61). O grupo O3-15 preservou o maior percentual de espermatozoides com motilidade progressiva pós-descongelação, sendo significativamente superior aos demais grupos (p<0,05), exceto quando comparado ao grupo O3-2 (p>0,05). O maior percentual de espermatozoides com membranas plasmática e acrossomal íntegras foi obtido pelo grupo O3-2 em todos os momentos avaliados, sendo significativamente superior aos demais tratamentos (p<0,05).
Conclui-se que o ozônio pode trazer benefícios à criopreservação do sêmen equino em dose dependente, ao promover maior percentual de células com motilidade progressiva e com integridade de membranas plasmática e acrossomal. |
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QUALIDADE DO SÊMEN BOVINO CRIOPRESERVADO E TAXA DE PRENHEZ NA IATF |
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Curso |
Doutorado em Ciências Veterinárias |
Tipo |
Tese |
Data |
23/08/2019 |
Área |
MEDICINA VETERINÁRIA |
Orientador(es) |
- Eliane Vianna da Costa e Silva
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Orientando(s) |
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Banca |
- Eliane Vianna da Costa e Silva
- Eneiva Carla Carvalho Celeghini
- Ériklis Nogueira
- Gustavo Guerino Macedo
- Juliana Corrêa Borges Silva
- Letícia Zoccolaro Oliveira
- Marcelo George Mungai Chacur
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Resumo |
A proposta do trabalho de tese foi identificar parâmetros clínicos para os critérios de avaliação quantitativos e qualitativos utilizados para análise do sêmen criopreservado. Para tanto foram realizadas duas abordagens experimentais: Experimento 1 - Objetivou-se com a execução do presente trabalho, correlacionar os atributos quantitativos e qualitativos do sêmen criopreservado de touros Nelore e Angus, avaliados por meio de análises morfofuncionais convencionais, citometria de fluxo e análise computadorizada de sêmen, com a fertilidade a campo, obtida pela taxa de prenhez de vacas Nelore submetidas à IATF. Foram utilizadas doses de sêmen de 28 touros (Nelore e Angus) para avaliação da morfologia e cinética espermática, por citometria de fluxo e análise computadorizada (CASA).O índice de fertilidade foi efetivo para separar os touros em diferentes classes de fertilidade (P<0,001). Tanto a categoria (P<0,001) quanto o ECC (P<0,005) da vaca exerceram efeito sobre a fertilidade. O modelo completo, incluindo algumas análises de citometria e CASA, apresentou maior correlação (R2 = 0.458) com os índices de fertilidade dos touros, demonstrando haver efeito positivo da motilidade progressiva, velocidade média (VAP, μm/s), integridade de membrana e potencial mitocondrial e efeito negativo sob a velocidade linear (VSL, μm/s e integridade acrossomal, demonstrando que estes parâmetros associados podem potencialmente predizer a fertilidade de touros. Experimento 2 - Este trabalho avaliou as taxas de prenhez à IATF de touros Angus e Nelore, no Pantanal e Cerrado do Mato Grosso do Sul, além de correlacionar diferentes métodos de avaliação laboratorial de sêmen pós-descongelação com a taxa de prenhez de vacas zebuínas submetidas a protocolos de IATF, através de análises de regressão logística entre a prenhez e os parâmetros avaliados individualmente. Foram utilizados 20 touros (10 Nelore e 10 Abeerden Angus) e 1542 vacas Nelore, alocadas em duas fazendas distintas. Foram realizadas análises físicas, funcionais e morfológicas por métodos convencionais subjetivos, análise computadorizada de sêmen (CASA) e citometria de fluxo. As taxas de prenhez à IATF foram maiores no Planalto em relação ao Pantanal (P=0.003). A taxa de prenhez entre touros oscilou de 22,9 a 59,4% (P=0,016) e variou por raça, sendo maior com sêmen de touros Nelore (53.09%) do que Angus (47,5%, P= 0.037), entretanto, não houve interação entre raça e bioma. Em relação às variáveis de qualidade seminal, observou-se efeito de defeitos totais e maiores, VAP (velocidade progressiva), velocidade curvilínea (VCL), linearidade (LIN), retilinearidade (STR) e amplitude lateral de cabeça (ALH) sobre a probabilidade de prenhez de vacas Nelore submetidas a protocolos de IATF. Conclui-se que nas condições propostas, a raça do touro e o bioma exercem considerável influência nas taxas de prenhez à IATF e que a avaliação de sêmen é importante para identificar amostras com maior potencial fertilizante. |
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CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA, CLÍNICA E PATOLÓGICA DAS PRINCIPAIS DOENÇAS DE BOVINOS DE MATO GROSSO DO SUL |
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Curso |
Doutorado em Ciências Veterinárias |
Tipo |
Tese |
Data |
23/04/2019 |
Área |
MEDICINA VETERINÁRIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Carlos Alberto do Nascimento Ramos
- Claudio Severo Lombardo de Barros
- Danilo Carloto Gomes
- Marcelo Augusto de Araujo
- Ricardo Antonio Amaral de Lemos
- Saulo Petinatti Pavarini
- Tessie Beck Martins Mock
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Resumo |
A cadeia produtiva da carne é um importante segmento da economia nacional constituindo-se em uma das principais fontes de produtos de exportação no Brasil. A garantia do estado sanitário das cadeias produtivas é um dos principais desafios e o conhecimento das enfermidades que afetam os bovinos é de extrema importância para que se alcance o máximo potencial de criação. O objetivo desta tese é determinar as principais causas de mortalidade de bovinos diagnosticadas em Mato Grosso do Sul pelo Laboratório de Anatomia Patológica da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (LAP-UFMS). Artigo 1 – o objetivo foi determinar a frequência e aspectos clínicos, patológicos e epidemiológicos das principais doenças de bovinos diagnosticas em Mato Grosso do Sul. Foram revisados os laudos do LAP-UFMS das necropsias de bovinos realizadas pela equipe do laboratório ou por veterinários externos, no período entre janeiro de 1995 e dezembro de 2018. Foram avaliados 5083 protocolos dos quais 2734 (53,79%) tiveram diagnóstico inconclusivo. Dos 2349 casos conclusivos, aproximadamente 65% se enquadram como doenças inflamatórias e parasitárias. O segundo grupo com mais casos foi de doenças tóxicas e toxi-infecções seguido por doenças degenerativas, doenças causadas por agentes físicos, neoplasias e lesões tumoriformes, distúrbios metabólicos e nutricionais e malformações congênitas. Os principais diagnósticos foram raiva, meningoencefalite não supurativa de causa indeterminada, polioencefalomalacia, meningoencefalite por herpesvírus bovino e botulismo. O grande número de inconclusivos foi associado ao não encaminhamento de fragmentos de todos os órgãos assim como não envio de dados sobre epidemiologia, sinais clínicos e achados macroscópicos. Artigo 2 – teve como objetivo descrever os aspectos epidemiológicos, clínicos e patológicos dos casos de babesiose bovina diagnosticados entre janeiro de 1995 e dezembro de 2017 no estado de Mato Grosso do Sul. Foi realizado estudo retrospectivo avaliando-se os protocolos de necropsia realizadas ou não por membros do LAP-UFMS para seleção dos casos confirmados e sugestivos de babesiose. O diagnóstico foi considerado como confirmado quando, além dos achados macroscópicos e microscópicos, houve identificação do agente etiológico, e foram sugestivos quando esta última não ocorreu. Foram avaliados surtos envolvendo um total de 41 bovinos dos quais 27 foram 31 confirmados (21 casos de babesiose cerebral) e 14 sugestivos. O agente mais comumente identificado foi Babesia bovis, no entanto, não foi possível afirmar se isso deve-se a predominância desta espécie no estado ou se está relacionado a maior patogenicidade desta em comparação B. bigemina. Foram acometidos bovinos de todas as idades, inclusive bovinos acima de 12 meses, o que não é esperado em regiões endêmicas, e isso provavelmente está relacionado ao rompimento da estabilidade enzoótica. Bovinos de raças zebuínas, que predominam na área de estudo, foram afetados na maioria dos casos, no entanto essas predominam na área de estudo. Não houve diferença estatística significativa entre a ocorrência de casos em bovinos zebuínos e não-zebuínos. Artigo 3 – descreve casos de fotossensibilização hepatógena associado ao consumo de frutos de Stryphnodendron fissuratum, uma árvore nativa do cerrado, popularmente conhecida como “rosquinha”. No surto natural adoeceram 52 bovinos de um lote de 160 dos quais dois bezerros e 14 vacas morreram. Clinicamente havia depressão, ataxia, incoordenação, diminuição de sensibilidade da cauda e do ânus, decúbito e morte em até três dias. Um bovino que morreu e os 36 que se recuperaram desenvolveram fotodermatite. Os achados de necropsia consistiam de estado corporal ruim, rins pálidos, fígado com padrão evidente e conteúdo ruminal ressecado. Microscopicamente, degeneração e necrose do epitélio tubular renal com acúmulo de material proteináceo no lúmen; no fígado, vacuolização de hepatócitos e retenção biliar moderada. Experimentalmente, reproduziu-se a intoxicação em dois bezerros de nove meses utilizando-se doses de 1g/kg PV durante 13 dias e 2g/kg PV durante 10 dias, sendo que nessa dose o animal desenvolveu sinais clínicos mais graves e foi eutanasiado in extremis. As lesões macroscópicas e microscópicas eram semelhantes as dos bovinos do surto espontâneo. As lesões hepáticas permitem considerar que a fotossensibilização tem origem hepatógena e ocorre nos animais que se recuperam da fase aguda da doença caracterizada principalmente pela lesão renal. |
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MODELOS EXPERIMENTAIS PARA O ESTUDO DE PRINCÍPIOS ATIVOS DE PLANTAS TÓXICAS E DETERMINAÇÃO DA ETIOPATOGENIA DE MORTALIDADES EM BOVINOS COM CAUSAS NÃO DETERMINADAS |
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Curso |
Doutorado em Ciências Veterinárias |
Tipo |
Tese |
Data |
05/11/2018 |
Área |
MEDICINA VETERINÁRIA |
Orientador(es) |
- Ricardo Antonio Amaral de Lemos
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Orientando(s) |
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Banca |
- Ariany Carvalho dos Santos
- Carlos Eurico dos Santos Fernandes
- Cassia Rejane Brito Leal
- Claudio Severo Lombardo de Barros
- Luciane Candeloro
- Marcelo Augusto de Araujo
- Ricardo Antonio Amaral de Lemos
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Resumo |
Prejuízos econômicos provocados por doenças são fatores limitantes para a atividade pecuária de bovinos, apesar do impacto econômico gerado por estas doenças, um elevado número de casos encaminhados para os serviços de diagnóstico permanece sem a determinação da causa morte. Em relação as plantas tóxicas, apesar dos avanços na determinação do diagnóstico, da epidemiologia e quadro clínico patológico desencadeado pelas intoxicações, o conhecimento sobre os princípios tóxicos da maioria destas plantas ainda é limitado. A principal dificuldade para a identificação do princípio tóxico é determinar dentre os vários constituintes químicos da planta qual ou quais são os responsáveis pelo quadro clínico patológico. O objetivo da presente tese foi estudar os quadros tóxicos que ocorrem no estado do Mato Grosso do Sul, mas que não possuem quadro clínico patológico e princípios químicos completamente elucidados. Deste modo pretende-se desenvolver modelos experimentais para o estudo de princípios ativos de plantas tóxicas e determinação da etiopatogenia de mortalidades em bovinos com causas não determinadas. Os estudos desenvolvidos geraram três artigos que obtiveram como resultados: Artigo 1 teve como objetivo reproduzir a intoxicação aguda por oxalato de amônia em ovinos e verificar se as lesões observadas e os cristais de oxalato permanecem desde de o momento da morte até o momento da coleta o material para exame histológico. O experimento foi realizado com a aprovação do Comitê de Ética Comitê de Uso Animal em Experimentos (CEUA) da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), sob o protocolo CEUA-UFMS 884/2017. Foram utilizados cinco ovinos, hígidos, provenientes de áreas sem a ocorrência da intoxicação por oxalato, sem raça definida, machos e fêmeas com seis a 48 meses de idade e pesos entre 20 e 35 kg. Os animais receberam, por via oral, através de seringa e misturado junto ao concentrado, oxalato de amônia, nas doses de 1,5g/kg/PV ou 0,5g/kg/PV. Com os resultados concluiu-se que a presença de cristais na mucosa do rúmen e em túbulos renais foi um achado constante na intoxicação por oxalatos e pode ser usado como critério para o diagnóstico desta intoxicação. A redução da observação dos mesmos em função do tempo decorrido após a morte dos ovinos, indica que este é um fator importante a ser considerado para excluir esta intoxicação quando os cristais não são observados.; Artigo 2 - Para testar a suscetibilidade de ovinos a V. rubricaulis e estabelecer os sinais clínicos, achados laboratoriais e patológicos, oito ovinos foram alimentados com doses variadas da planta. O início dos sinais clínicos ocorreu entre 6 e 48 horas após a administração de V. rubricaulis e os cursos clínicos duraram de 6 a 56 horas após a ingestão. Ascite e hidropericárdio foram achados consistentes. Microscopicamente necrose coagulativa centrolobular a massiva foi observada. Necrose coagulativa também foi observada em alguns túbulos renais proximais. A gravidade das lesões hepáticas foi proporcional a dose. A análise química do carboxiantractilo no material vegetal de V. rubricaulis apresentou resultado negativo. Conclui-se que o envenenamento por V. rubricaulis em ovinos possui característica clínica, bioquímica e patológica de uma hepatoxicose aguda; Artigo 3 - A intoxicação por C. incana em bovinos é raramente documentada. Portanto relatou-se os sinais clínicos e achados patológicos de um caso de intoxicação por C. incana em bovinos e o achado químico de um potencial desidropirrolizidina tóxica na planta. Os achados de necropsia significativos foram limitados ao fígado, que estava marcadamente aumentado e com bordas arredondadas. A superfície do corte hepático o parênquima estava vermelho escuro intercalado por extensas áreas alaranjadas. Microscopicamente, o fígado apresentava o parênquima periportal parcialmente obliterado por tecido conjuntivo fibrótico com extensão para outras tríades portais (fibrose em ponte). Houve hiperplasia do ducto biliar, degeneração gordurosa e a colestase extensa era aparente. No cérebro, havia status spongiosus. A análise química de C. incana identificou usaramina e usaramina N-óxido como os principais alcaloides pirrolizidinicos. A concentração dos alcaloides variou de 10μg/g no material da folha a 870μg/g na semente. A associação dos sinais clínicos, achados anatomopatológicos, fitoquímicos e dados epidemiológicos possibilitou o diagnóstico da intoxicação por C. incana no estado de MS, de modo que este deve ser incluído nos diagnósticos diferenciais de doenças com sintomatologia neurológica em bovinos. |
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TOXICIDADE DOS DIFERENTES ESTÁGIOS VEGETATIVOS DE Amorimia pubiflora EM OVINOS |
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Curso |
Doutorado em Ciências Veterinárias |
Tipo |
Tese |
Data |
08/10/2018 |
Área |
MEDICINA VETERINÁRIA |
Orientador(es) |
- Ricardo Antonio Amaral de Lemos
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Orientando(s) |
- Stephanie Carrelo de Lima
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Banca |
- Alda Izabel de Souza
- Carlos Eurico dos Santos Fernandes
- Danilo Carloto Gomes
- Larissa Gabriela Avila
- Luis Carlos Vinhas Itavo
- Magyda Arabia Araji Dahroug Moussa
- Ricardo Antonio Amaral de Lemos
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Resumo |
Nesta tese são apresentados dois artigos sobre plantas tóxicas de interesse pecuário encontradas na região Centro-Oeste do Brasil. O primeiro artigo é um estudo experimental com Amorimia pubiflora, cujo objetivo foi determinar a quantidade de MFA presente em brotos, folhas maduras, folhas velhas e sementes desta planta, colhidas em diferentes épocas do ano e seu efeito tóxico em ovinos. Amostras de Amorimia pubiflora foram colhidas durante os meses de abril, agosto e dezembro de 2015 e março de 2016, separadas de acordo com o estágio vegetativo (brotos, sementes, folhas maduras e velhas), dessecadas em estufa e fornecidas em doses diárias equivalentes a 5 g/kg de folhas frescas a ovinos através de cânula ruminal. O experimento foi dividido em quatro etapas de acordo com a época de coleta da planta, de forma que em cada uma delas um ovino recebeu um estágio vegetativo da planta (brotos, folhas maduras e velhas). Apenas na segunda etapa do experimento foi possível coletar sementes de A. pubiflora e estas foram fornecidas a um ovino seguindo a mesma metodologia das folhas. A planta foi administrada até que os animais apresentassem sinais clínicos de intoxicação ou até o término da quantidade de planta. Alíquotas de folhas e sementes de A. pubiflora fornecidas aos ovinos foram enviadas para dosagem de monofluoracetato. Todos os estágios vegetativos da planta foram tóxicos durante o experimento, mas os maiores níveis de monofluoracetato foram detectados em sementes e brotos. Folhas maduras (colhidas em agosto e dezembro) e velhas (colhidas em dezembro) também causaram intoxicação fatal. Nossos resultados demonstram que A. pubiflora pode ser tóxica mesmo quando as concentrações de MFA são baixas, evidenciando que a simples presença desta substância é um fator de risco para a ocorrência da intoxicação. O objetivo do segundo artigo foi realizar uma revisão de literatura sobre as principais plantas de interesse pecuário encontradas nos Estados do Centro-Oeste brasileiro, evidenciando os aspectos epidemiológicos, patogenia, sinais clínicos, achados patológicos, medidas de controle e tratamento para cada espécie de planta. Dentre as plantas abordadas estão Brachiaria spp., Vernonia rubricaulis e V. mollissima, Amorimia pubiflora, Palicourea marcgravii, Niedenzuella stannea, Senna occidentalis e S. obtusifolia, Enterolobium contortisiliquum, Stryphnodendrum obovatum, S. fissuratum, Pteridium aquilinum, Pterodon emarginatus, Tetrapterys multiglandulosa, Simarouba versicolor, Crotalaria spp., Ipomoea carnea subsp. Fistulosa, Solanum malacoxylon e Stylosanthes sp. |
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MODELO EXPERIMENTAL PARA VALIDAÇÃO DE INDICADORES DE LESÃO CARDIOTÓXICAS AGUDA E CRÔNICA EM OVINOS |
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Curso |
Doutorado em Ciências Veterinárias |
Tipo |
Tese |
Data |
24/08/2018 |
Área |
MEDICINA VETERINÁRIA |
Orientador(es) |
- Ricardo Antonio Amaral de Lemos
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Orientando(s) |
- Kelly Cristina da Silva Godoy
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Banca |
- Carlos Eurico dos Santos Fernandes
- Cassia Rejane Brito Leal
- Claudio Severo Lombardo de Barros
- Danilo Carloto Gomes
- Flavia Barbieri Bacha
- Karine Bonucielli Brum
- Ricardo Antonio Amaral de Lemos
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Resumo |
O consumo de plantas tóxicas é uma das principais causas de prejuízos econômicos para a pecuária brasileira, por perdas da produtividade, redução dos índices reprodutivos ou morte dos animais. Dentre essas, a Amorimia pubiflora, que contém o monofluoracetato como princípio tóxico, destaca-se como a planta cardiotóxica, causadora de morte súbita, mais importante para a pecuária do Mato Grosso do Sul acompanhada da planta hepatotóxica Vernonia rubricaulis. Plantas que contêm monofluoracetato (MFA) são associadas com morte súbita em animais de interesse pecuário. As pesquisas com métodos de controle está ativamente em desenvolvimento. Um possível método de controle da toxicose causada por essas plantas é a identificação de animais relativamente resistentes aos efeitos de MFA através de exames de patologia clínica. Um dos objetivos desse trabalho foi desenvolver um modelo experimental para identificar ovinos resistentes ao MFA através da administração de doses não letais crescentes de MFA enquanto era feita a mensuração dos seguintes analitos: fração MB de creatina quinase (CK-MB), aspartato aminotransferase (AST) cálcio ionizado no sangue (BIC) e glicose no sangue (BG). Cinco ovinos (Grupo 1) receberam por via intraruminal doses de MFA diluído em água por seis períodos de 3-5 dias com intervalos der 10 dias entre cada período. Cinco ovinos controles (Grupo 2) receberam 10 ml, por via intrarruminal, de água deionizada seguindo os mesmos períodos e intervalos usados nos ovinos do Grupo 1. Amostras de sangue foram colhidas de cada ovino no primeiro dia do experimento, imediatamente antes que MFA ou água deionizada fossem administrados e 48 e 120 horas após a coleta para determinação dos níveis de CK-MB, AST, cálcio ionizado e glicose. Os valores médios de cada analito para todas as ovelhas de cada grupo foram comparados usando-se o teste não paramétrico de Mann-Whithney com um intervalo de confiança de 5%. Os sinais clínicos, quando observados, incluíam anorexia, apatia, relutância em movimentar-se, incoordenação, tremores musculares, afastamento dos membros pélvicos e decúbito esternal. Os ovinos que morreram foram necropsiados. Nenhuma alteração macroscópica foi observada no coração. microscopicamente, as lesões cardíacas consistiam de focos de necrose aguda de cardiomiócitos. Os ovinos não desenvolveram resistência ao MFA após receberem várias doses não letais e não houve diferenças significativas entre os níveis de CK-MB, AST, cálcio ionizado e glicose entre os grupos. A detecção de ovinos subclinicamente afetados pelos analitos usados no presente estudo não foi eficaz. O uso de doses crescentes não letais de MFA, como as usadas neste experimento, permite a identificação da dose tóxica para cada ovino e também variações na susceptibilidade individual. Como mencionado as plantas tóxicas que contêm monofluoracetato causam em diversos países graves prejuízos econômicos. Diante disso, procurou-se determinar a quantidade de monofluoracetato presente em brotos, folhas maduras, folhas velhas e sementes de Amorimia pubiflora colhidas em diferentes épocas do ano e seu efeito tóxico em ovinos. As folhas de A. pubiflora foram separadas de acordo com o estágio vegetativo (brotos, sementes, folhas maduras e velhas), dessecadas e fornecidas em doses diárias equivalentes a 5 g/kg de folhas frescas a ovinos através de cânula ruminal. O experimento foi dividido em quatro etapas, de acordo com a época de coleta da planta que foi administrada até que os animais apresentassem sinais clínicos de intoxicação ou seu término. Alíquotas das folhas fornecidas aos ovinos foram enviadas para dosagem de monofluoracetato. Todos os estágios vegetativos da planta foram tóxicos durante o experimento, entretanto as maiores concentrações de monofluoracetato foram detectados em sementes e brotos. Folhas maduras (colhidas em agosto e dezembro) e velhas (colhidas em dezembro) também causaram intoxicação fatal. Esses resultados demonstram que A. pubiflora pode ser tóxica mesmo quando as concentrações de MFA são baixas, evidenciando que a simples presença desta substância é um fator de risco para a ocorrência da intoxicação. O conhecimento das variações de concentração do princípio tóxico nos permite determinar a patogenia das intoxicações, assim como estimar as condições de ocorrência, possíveis tratamentos, controle e profilaxia, contribuindo para a diminuição de perdas econômicas a campo devido às intoxicações por essas plantas. Para testar a suscetibilidade de ovinos a V. rubricaulis e estabelecer os sinais clínicos, achados laboratoriais e patológicos, oito ovinos foram alimentados com doses variadas da planta. O início dos sinais clínicos ocorreu entre 6 e 48 horas após a administração de V. rubricaulis e os cursos clínicos duraram de 6 a 56 horas após a ingestão. As atividades séricas de aspartato aminotransferase, gama-glutamil transferase e fosfatase alcalina foram elevadas e os níveis sanguíneos de glicose diminuíram nos ovinos acometidos. Os sinais clínicos consistiam em apatia, anorexia, focinho seco, desconforto respiratório, dor abdominal e fezes pastosas com estrias de sangue e muco. Dois ovinos tinham sinais neurológicos, incluindo fasciculação muscular, nistagmo, movimentos de remo e cegueira. Necrose hepática foi detectada antes da morte por meio de biópsia. Cinco animais morreram
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e três se recuperaram. O fígado foi acometido em todos os ovinos necropsiados: aumento de volume e acentuação do padrão lobular com áreas vermelhas deprimidas intercaladas com uma rede amarelo pálida. Ascite e hidropericárdio foram achados consistentes. Microscopicamente necrose coagulativa centrolobular a massiva foi observada. Necrose coagulativa também foi observada em alguns túbulos renais proximais. Lesões microscópicas não foram encontradas em nenhum outro órgão. A gravidade das lesões hepáticas foi proporcional ao tamanho da dose. A análise química do carboxiatractilosídeo no material vegetal de V. rubricaulis apresentou resultado negativo. Conclui-se que o envenenamento por V. rubricaulis em ovinos possui característica clínica, bioquímica e patológica de uma hepatoxicose aguda. |
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