Mestrado em Saúde da Família

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Trabalhos

Trabalhos Disponíveis

TRABALHO Ações
Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica: Uma análise e comparação dos dados do terceiro ciclo.
Curso Mestrado em Saúde da Família
Tipo Dissertação
Data 12/07/2022
Área SAÚDE COLETIVA
Orientador(es)
  • Albert Schiaveto de Souza
Coorientador(es)
    Orientando(s)
    • Catiucia Aparecida da Silva
    Banca
    • Albert Schiaveto de Souza
    • Edilson Jose Zafalon
    • Fernando Pierette Ferrari
    • Luiza Helena de Oliveira Cazola
    • Patricia Lira Bizerra
    Resumo A Atenção Primária em Saúde interpõe cada indivíduo com sua singularidade sociocultural, na busca por um cuidado de equidade e integralidade através da descentralização e capilaridade promovendo o acesso ao sistema e facilitando uma ligação por toda a Rede de Atenção à Saúde. Através da ferramenta ou mecanismo de avaliação no serviço em saúde é um norteador para consolidar em suas várias linhas de abordagens, que vem ganhando contornos próprios, materializando formas e conceitos específicos, indicadores e técnicas apropriadas de aplicação. Portanto, a avaliação no serviço em saúde que é uma área já consolidada em suas várias linhas de abordagens tais quais: acesso, processo de trabalho, estruturas, materiais, funcionamento entre outros. Sendo assim a presente pesquisa tem o objetivo de analisar e comparar os dados do terceiro ciclo do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica, sendo dividido em duas etapas, a primeira foi o levantamento dos Identificador Nacional das Equipes homologadas no total de 521, com as classificação ótimo, muito bom, bom, regular, ruim, insatisfatório e desclassificada dos 79 municípios do estado do Mato Grosso do Sul e a na segunda etapa processo descritivo da desenvoltura das quatros macrorregiões do estado de MS, especificamente os dados da Dimensão III (Valorização do trabalhador), por ter o segundo maior peso por questão (0,3333 pesos eSF com saúde bucal e 0,2500 peso sem saúde bucal) abrindo questionamentos e possibilidades através dos programas ativos e desativados da atenção primária de saúde, deflagrando e pontuando a relevância de cada um, através dos mecanismos de proteção aos profissionais nos eixos de ensino e saúde e na saúde digital, as diretrizes e refletindo nitidamente na desenvoltura do sistema em relação trabalho em saúde. Está no que lhe concerne se apresenta de uma pesquisa quantitativa descritiva, dos dados secundários pertencentes ao banco de dados do Departamento de Atenção Básica (DAB), componente da Avaliação externa do mesmo. Os resultados demonstraram que o fortalecimento do saber que os apoios matriciais e institucionais proporcionam aos trabalhadores de modo singular, potencializando o trabalho em rede de saúde. Conclui-se que as classificações do estado do Mato Grosso do Sul apresentaram um bom desempenho perante o programa, certificando que o estado estava trabalhando para realizar uma atenção primária em saúde com acesso, melhoria e qualidade dentro da RAS. A mudança da cultura de avaliação como ferramenta de qualificação e estratégia ao decorrer dos ciclos aplicados com a valorização e a proteção dos trabalhadores sobre o trabalho colaboraram para o desenvolvimento da oferta de ações de promoção e prevenção à saúde, apontando que a avaliação é um instrumento norteador e condutor para as equipes de saúde de eficácia no intuito de chegar na meta final que é alcançar e manter os indicadores com o propósito de atingir o pináculo dos incentivos financeiros conforme a classificação final de cada equipe.
    Prevalência de Infecção do Trato Urinário e TORCHS em gestantes assistidas pela Estratégia Saúde da Família em Campo Grande no período de 2013 a 2018
    Curso Mestrado em Saúde da Família
    Tipo Dissertação
    Data 08/07/2022
    Área SAÚDE COLETIVA
    Orientador(es)
    • Arthur de Almeida Medeiros
    Coorientador(es)
    • Ana Claudia Souza Rodrigues
    Orientando(s)
    • Letícia Arashiro Tibana
    Banca
    • Adriane Pires Batiston
    • Arthur de Almeida Medeiros
    • Cacilda Tezelli Junqueira Padovani
    • Rodrigo Guimaraes dos Santos Almeida
    • Wilson Ayach
    Resumo Atenção Primária à Saúde é a principal porta de entrada ao Sistema Único de Saúde e desenvolve um conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde. Dentre as ações desenvolvidas neste nível de atenção destaca-se o cuidado pré-natal, para o qual é preconizado a atenção multiprofissional com a realização de no mínimo seis consultas, sendo preferencialmente esperado que a primeira aconteça ainda no primeiro trimestre gestacional, o que denota o cuidado para a atenção integral à saúde da gestante. Durante o ciclo gravídico ocorre uma série de alterações fisiológicas, hormonais e psicológicas, as quais podem favorecer o desenvolvimento de doenças. As infecções do trato urinário (ITU) e as infecções congênitas e perinatais denominadas de TORCHS (toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, sífilis, hepatite B e hepatite C) são algumas das condições de saúde mais frequentes neste período. Na gestação, a ocorrência de ITU e TORCHS está relacionada aos riscos de complicações materno-fetais como prematuridade, baixo peso ao nascer, óbito fetal e sepse materna. A equipe multiprofissional da Atenção Primária à Saúde auxilia na prevenção e redução de complicações decorrentes dessas comorbidades quando se realiza o manejo adequado de tais condições e se estabelece vínculo com a gestante, e esta realiza o maior número de consultas de pré-natal, aumentando as chances de uma gestação favorável. Sendo assim, o objetivo do estudo foi calcular a prevalência de ITU e TORCHS em gestantes assistidas pela Atenção Primária à Saúde em Campo Grande/MS no período de 2013 a 2018. Para tal, realizou-se um estudo transversal a partir de dados secundários obtidos do SISPRENATAL e sistema Hygia. Foram analisados os exames de urina tipo I, exames de urocultura, dosagem de hemoglobina, dosagem de glicose em jejum, exames sorológicos com dosagem de anticorpos IgG e IgM para toxoplasmose, rubéola e citomegalovírus; exames sorológicos das hepatites B e C; e testes treponêmicos e não treponêmicos (VDRL) para sífilis, além de informações sociodemográficas das gestantes como idade, escolaridade e situação familiar. Realizou-se análise descritiva dos dados e testes de qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher para verificar os fatores associados ao desfecho de ITU. Já para a análise das TORCHS procedeu-se somente análise descritiva dos dados. Foram incluídas no estudo 2790 gestantes e os resultados apresentados sob a forma de dois artigos, obtendo-se prevalência de 3,81% para ITU, sendo a infecção mais frequente no segundo trimestre gestacional, e tendo como fatores associados a adolescência, maior escolaridade (pós-graduação), ter apresentado episódio de anemia e glicemia alterada. Em relação às TORCHS, a prevalência de positividade para toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, hepatites B e C foi inferior a 1%, já a prevalência de casos positivos para sífilis foi de 4,78%. Foram observados também que a frequência de realização dos exames de TORCHS foi superior a 95,0% e que 64,81% das gestantes realizaram os exames no primeiro trimestre gestacional. Observou-se que a prevalência de ITU, no período analisado, foi baixa na população estudada e a de TORCHS esteve dentro dos parâmetros identificados na literatura. As ITU e TORCHS podem aumentar a morbimortalidade perinatal se não diagnosticadas e tratadas precocemente, assim, o rastreamento dessas infecções pelos profissionais da Atenção Primária à Saúde durante o pré-natal é imprescindível de modo que consigam realizar o tratamento imediato quando possível, e também, promover medidas que assegurem o binômio materno-fetal. O vínculo entre Atenção Primária à Saúde e gestantes é um fator determinante para maior adesão e continuidade da assistência pré-natal, reduzindo assim as consequências adversas em decorrência às ITU e/ou TORCHS.

    Palavras-chave: Saúde da Família, Pré-Natal, Gestação, Sistema Urinário, Infecção Congênita.
    Uso de prontuário eletrônico e parâmetros de acesso e acolhimento segundo dados do terceiro ciclo do PMAQ-AB
    Curso Mestrado em Saúde da Família
    Tipo Dissertação
    Data 10/03/2022
    Área SAÚDE COLETIVA
    Orientador(es)
    • Albert Schiaveto de Souza
    Coorientador(es)
      Orientando(s)
      • Gabriel Valdes
      Banca
      • Adriane Pires Batiston
      • Albert Schiaveto de Souza
      • Camila Medeiros da Silva Mazzeti
      • Leila Simone Foerster Merey
      • Marcos Barbosa Ferreira
      Resumo Contexto: O uso de prontuários eletrônicos (PE) na atenção primária em saúde (APS) visa maior integração e qualidade dos serviços entregues. No brasil, um dos pontos mais críticos da APS segue sendo o acesso. Objetivo: analisar através dos dados do terceiro ciclo de avaliação externa do Programa de Melhora do Acesso e Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) a natureza da relação entre o uso de prontuário eletrônico e os parâmetros de acesso e acolhimento das unidades participantes. Método: Estudo transversal analítico com dados secundários. Foram avaliados dados provenientes de 38.865 equipes de atenção primária, 30.346 unidades de saúde e 140.444 usuários entrevistados. Resultados: Unidades do interior possuem uma média menor de computadores quando comparadas com capitais (5,67±5,9 vs 19,14±13,1; p<0,001) e apresentam menor informatização dos prontuários (35,9% vs 57%; p<0,001). O uso de PE esteve associado a maior realização de atendimento à demanda espontânea (OR 1,664; IC95% 1,485 – 1,866; p<0,001), avaliação de risco e vulnerabilidade (OR 1,329; IC95% 1,122 – 1,574; p=0,001), utilização de protocolos de conduta (OR 1,656; IC95% 1,530 – 1,793; p<0,001) e estudo da demanda espontânea (OR 1,106; IC95% 1,051 – 1,163; p<0,001), além de maior possibilidade de agendamento por telefone (OR 3,179; IC95% 3,030 – 3,335; p<0,001). Serviços que utilizam PE tem maior chance de ser o primeiro contato dos pacientes (OR 1,226; IC95% 1,171 – 1,283; p<0,001), de ofertarem consultas com hora marcada (OR 1,438; IC95% 1,364 – 1,515; p<0,001) e de serem buscados quando o usuário tem problemas de urgência (OR 1,198; IC95% 1,161 – 1,236; p<0,001). Conclusão: Há uma possibilidade concreta de melhoria dos parâmetros de acesso e processos de acolhimento através da informatização. O trabalho na APS é por definição complexo; ferramentas que facilitem a prática e instrumentalizem a resolução de problemas devem ser adequadamente reconhecidas e estudadas.
      Palavras-Chave: Atenção Primária em Saúde; Acesso; Registros Eletrônicos de Saúde
      O trabalho interprofissional nas equipes de Estratégia Saúde da Família nas unidades básicas de saúde da família de Campo Grande - MS
      Curso Mestrado em Saúde da Família
      Tipo Dissertação
      Data 04/03/2022
      Área SAÚDE COLETIVA
      Orientador(es)
      • Adriane Pires Batiston
      Coorientador(es)
        Orientando(s)
        • Saú Pereira Tavares de Oliveira
        Banca
        • Adriane Pires Batiston
        • Arthur de Almeida Medeiros
        • Fernando Pierette Ferrari
        • Lais Alves de Souza Bonilha
        • Maria Elizabeth Araujo Ajalla
        Resumo O trabalho interprofissional pode ser compreendido como uma modalidade de trabalho que se dá por meio da reflexão e tomada de decisão de forma dialógica, respeitando as a singularidade das práticas dos profissionais envolvidos. O trabalho em equipe é a modalidade de colaboração interprofissional com maior capacidade para lidar com situações mais urgentes, imprevisíveis e complexas. A organização da Atenção Primária em Saúde no Brasil traz a Estratégia Saúde da Família como a forma preferencial de organização dos serviços de saúde, tendo o trabalho em equipe como referência. Compreender melhor quais são os fatores que influenciam no trabalho em equipe da Atenção Primária em Saúde pode contribuir para melhor avaliação e funcionamento das Equipes de Saúde da Família. Esta pesquisa objetivou analisar o trabalho interprofissional de trabalhadores da Estratégia Saúde da Família no município de Campo Grande – MS. Para isso, foi realizado um estudo transversal, com aplicação de questionário estruturado, contendo quatro dimensões. A primeira se refere à caracterização geral dos entrevistados; a segunda destina-se a caracterizar o processo de trabalho; a terceira é composta pela Escala Jefferson de Atitudes Relacionadas à Colaboração Interprofissional; e a quarta consiste na Escala de Clima de Equipe. Os resultados e discussão foram organizados em forma de artigo intitulado: “A influência de fatores sociodemográficos sobre o trabalho interprofissional na atenção primária em saúde de Campo Grande – MS: um estudo transversal”. A média de idade dos profissionais participantes da pesquisa foi de 38,21 anos e de tempo de atuação na Atenção Primária em Saúde foi de 73,75 meses. O desempenho geral dos profissionais quanto às atitudes relacionadas à colaboração interprofissional foi satisfatório, com média de 112,9 e mediana de 115 pontos. Profissionais com idade inferior a 36 anos, menor tempo de atuação na Atenção Primária em Saúde (<4 anos), menos tempo de vínculo com a equipe (<2 anos) e vínculo empregatício com outras instituições obtiveram maior escore nas atitudes relacionadas à colaboração interprofissional (p<0,001). Profissionais com vínculo estatutário apresentaram menor escore nas atitudes relacionadas à colaboração interprofissional em comparação aos com outros tipos de vínculo, bem como os agentes comunitários de saúde em comparação aos demais profissionais (p<0,001). O clima de equipe nas equipes de saúde da família pode ser considerado de moderado a bom, de acordo com a Escala de Clima de Equipe, com a média geral de 169,21 e mediana de 175 pontos (6,02 e 6,43 respectivamente em uma escala simplificada de zero a 10). Houve maior participação das equipes onde os profissionais apresentavam menos de 2 anos de vínculo com a equipe (p=0,023), trabalhavam no local desejado (p=0,004) e sentiam-se realizados ou completamente realizados com o trabalho, em comparação àqueles que se referiram parcialmente ou não realizados (p<0,001). O apoio a ideias novas, clareza dos objetivos da equipe e o compromisso no desempenho das tarefas estão associados a trabalhar no local desejado (p=0,003/0,011/0,012), sentir-se realizado com o trabalho (p<0,001) e ter uma percepção positiva sobre o trabalho interprofissional (p=0,001). Creditamos estes dados à educação interprofissional, visto que profissionais mais jovens, com graduação superior e com vínculo mais recente na Atenção Primária em Saúde e nas equipes tiveram maior acesso à educação interprofissional nas matrizes da formação profissional. O clima de equipe é melhor quando os profissionais tem maior satisfação com o trabalho. A educação interprofissional deve ser considerada nas atividades de educação permanente para profissionais das equipes de saúde da família, em especial aos agentes comunitários de saúde, para buscar uma maior integração destes profissionais às equipes.
        Respostas locais no enfrentamento da pandemia de COVID-19: o caso da atenção primária à saúde em Campo Grande/MS
        Curso Mestrado em Saúde da Família
        Tipo Dissertação
        Data 11/02/2022
        Área SAÚDE COLETIVA
        Orientador(es)
        • Alcindo Antonio Ferla
        Coorientador(es)
          Orientando(s)
          • Joyce Alves da Cruz
          Banca
          • Adriane Pires Batiston
          • Alcindo Antonio Ferla
          • Júlio Cesar Schweickardt
          • Karol Veiga Cabral
          • Mara Lisiane de Moraes dos Santos
          • Marcio Mariath Belloc
          Resumo A partir de 2019 um novo Coronavírus surgiu e rapidamente tornou-se uma pandemia que tem gerado inúmeras preocupações no mundo. De inicio, os conhecimentos sobre essa doença eram escassos e ao longo foram se multiplicando junto às crenças e fake news acerca da doença. A Organização Mundial da Saúde fez alertas sobre a gravidade do SARS-CoV-2 e da necessidade de intervenções. Mesmo assim, várias camadas de crise se instalaram nos territórios, causando impactos na saúde e em outras dimensões sociais, da qualidade de vida e de produção da vida. Dessa forma, é muito relevante olharmos para a iniciativa local, no intuito de compreendermos esse contexto. No Brasil, não houve uma estratégia nacional de enfrentamento, sendo designadas responsabilidades aos estados e municípios, que geraram diversas respostas pouco conhecidas. Para tanto, este estudo analisou respostas em diversos territórios e em Campo Grande-MS durante o enfrentamento à pandemia, e sua influência nos serviços e na vida da população. Foi baseado na análise documental, sendo realizado com documentos e dados de domínio público, desenvolvido em quatro etapas. A primeira, uma revisão integrativa da literatura caracterizando respostas internacionais na primeira onda da pandemia. Na segunda e na terceira, foram analisados e comparados indicadores epidemiológicos e iniciativas, com ênfase em Campo Grande-MS e na Atenção Primária à Saúde. Na quarta, uma abordagem cartográfica centrada na experiência do pesquisador mestrando. O resultado da primeira etapa reuniu experiências com importantes lições dos países analisados, sendo mais assertivas respostas imediatas e rigorosas no controle da pandemia. Já na segunda e terceira etapa, no âmbito local, os achados apontam oscilações nos indicadores durante 2020 até 07/2021. No município, foram 126.657 infectados, com predominio em pessoas de 30 a 39 anos (29.704) e mulheres (55% - 68.659). Foram 3.707 óbitos, com mortalidade elevada no sexo masculino (55%) e em idosos acima de 60 anos (2.417 óbitos). No estado, 31% (2.791) dos casos de óbitos possuía ao menos uma comorbidade, como a doença cardiovascular (42,4% - 3.785). Com o surgimento das variantes (03/2021), houve aumento na hospitalização em UTI (98%), caindo para 58% em julho de 2021, após o avanço das imunizações. As intervenções iniciais indicam que medidas rigorosas de isolamento espacial associado ao senso coletivo foram primordiais para conter o avanço da doença. Entretanto, a sensação de controle da pandemia nos meses analisados de 2021 e diante do surgimento de variantes associadas às iniciativas insuficientes, provocou um cenário de colapso nos hospitais e aumento da mortalidade. Esses achados trazem importantes lições que não devem ser ignoradas, reivindicando novos estudos, sobretudo de atualização ao longo do percurso da pandemia. Concluiu que o empenho entre tomadores de decisão, da Atenção Primária à Saúde junto ao avanço da ciência é fundamental para enfrentarmos a pandemia e precisam ser fortalecidos para superarmos os próximos desafios. A pesquisa gerou publicações tecnocientíficas que foram disponibilizadas em livros e apresentação em congressos nacionais e internacionais. Por fim, o percurso pela pesquisa que embasa a dissertação, sistematizou no formato de tecnologia a formação em saúde coletiva propiciada pelo mestrado.
          VIGILÂNCIA DO ÓBITO MATERNO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: FATORES QUE INFLUENCIAM A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO
          Curso Mestrado em Saúde da Família
          Tipo Dissertação
          Data 16/12/2021
          Área SAÚDE COLETIVA
          Orientador(es)
          • Bianca Cristina Ciccone Giacon Arruda
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • NÚRIA ANANDA PARRON GIACOMELLI PEREIRA
            Banca
            • Ana Paula de Assis Sales
            • Bianca Cristina Ciccone Giacon Arruda
            • Elen Ferraz Teston
            • Luiza Helena de Oliveira Cazola
            • Maria de Lourdes de Souza
            • Tauani Zampieri Cardoso
            Resumo A morte de uma mulher durante a gestação, ou até 42 dias após o término desta, é denominada morte materna. Apesar dos avanços tecnológicos e assistenciais a essa população, no contexto mundial, 92% dos casos poderiam ser evitados. Dessa maneira, a mortalidade materna constitui-se um grave problema de saúde pública. Como estratégia para sua redução, compromissos globais foram estabelecidos e pactuados, os quais direcionaram a implementação de políticas públicas e de saúde, dentre elas a investigação obrigatória e a criação dos comitês de mortalidade materna. Destarte, a Atenção Primária em Saúde exerce papel importante na implementação de estratégias e assistências que visem a promoção e prevenção da saúde da mulher, sobretudo, no período gravídico-puerperal. Nesse contexto, a vigilância dos óbitos maternos constitui uma ação essencial. Entretanto, é identificado fragilidade da realização dessa ação pelos profissionais enfermeiros. Nesse sentido, conhecer os fatores que influenciam na sua realização por enfermeiros contribui para a implementação de estratégias de fortalecimento da assistência à mulher nesse período. Assim, o presente estudo teve como objetivo analisar os fatores que influenciam a atuação do enfermeiro na vigilância do óbito materno na atenção primária à saúde. Estudo descritivo, de abordagem quantitativa e qualitativa, realizado com enfermeiros de unidades de saúde da atenção primária à saúde de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, no período de 2019 a 2021. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário semiestruturado, autoaplicável, desenvolvido pelo pesquisador, com questões fechadas e abertas, sobre dados sociodemográficos e de trabalho, e sobre a formação e prática da vigilância do óbito materno. A análise dos dados quantitativos foi realizada por estatística descritiva, de associação por meio do teste qui-quadrado, com correção de Bonferroni. E os dados qualitativos, utilizou-se a análise temática de conteúdo e suporte do software IRAMuTeQ. Os resultados demonstraram que aspectos como a capacitação sobre vigilância do óbito materno, o tempo referido do profissional no serviço de saúde, e os fatores relacionados ao comitê de mortalidade materna influenciam na atuação do enfermeiro. Ademais, a percepção desses profissionais sobre a vigilância do óbito materno, e do comitê de mortalidade materna, certifica compreensão técnica acerca desta prática. Além disso, o estudo pontuou a relevância das discussões dos casos de óbito materno nas reuniões de equipe e a carência do retorno das análises do comitê de mortalidade materna, perante as investigações realizadas, à Atenção Primária à Saúde. Conclui-se que o enfermeiro exerce papel importante na vigilância do óbito materno, com conhecimento da temática abordada e compreensão desta prática, entretanto esses devem ser capacitados para tal atividade, de forma a aperfeiçoar o processo de trabalho e fortalecer as ações para redução da razão de mortalidade materna.
            Prevalência da Síndrome Metabólica em uma População Ribeirinha do Pantanal Sul-Mato-Grossense e Fatores de Risco para Doença Cardiovascular
            Curso Mestrado em Saúde da Família
            Tipo Dissertação
            Data 20/10/2021
            Área SAÚDE COLETIVA
            Orientador(es)
            • Simone Schneider Weber
            Coorientador(es)
              Orientando(s)
              • RENATO FERREIRA DE ALMEIDA ZANRE
              Banca
              • Alessandro Diogo de Carli
              • Camila Medeiros da Silva Mazzeti
              • Eduardo Benedetti Parisotto
              • Janaina de Cassia Orlandi Sardi
              • Simone Schneider Weber
              Resumo A atenção Primária a Saúde (APS) possui importância fundamental quando se trata de saúde
              pública e tem na Estratégia de Saúde da Família (ESF) a sua maior aplicabilidade sanitária.
              Entretanto, sabe-se que ainda o SUS não logrou êxito total na tentativa de atender as
              necessidades de saúde das famílias que vivem em áreas rurais. A população do estudo, a
              comunidade ribeirinha do Passo do Lontra, é uma dessas populações rurais que tem dificuldade
              no acesso aos serviços de saúde. Essa população possui hábitos de vida pouco saudáveis o que
              a torna predisponente para o desenvolvimento de agravos metabólicos. A Síndrome Metabólica
              (SM) é caracterizada por um conjunto de anormalidades fisiopatológicas associada a Doenças
              Cardiovasculares (DCV). O aparecimento da SM possui natureza multifatorial, tendo aspectos
              ligados a fatores genéticos e ambientais, como hábitos relacionados ao estilo de vida, prática de
              atividade física e rotina alimentar. A população do estudo, a comunidade ribeirinha do Passo
              do Lontra, possui hábitos de vida pouco saudáveis. O objetivo deste trabalho foi avaliar a
              prevalência da SM e fatores de risco para DCV nessa população através de uma análise
              epidemiológica retrospectiva transversal dos atendimentos realizados pela Base de Estudos do
              Pantanal da UFMS durante os anos de 2010 a 2016. Os resultados demonstraram que essa
              população possui prevalência de SM de 40,7%, esse valor é considerado alto e superior a média
              nacional. Ficou demonstrado também que a presença da SM nessa população foi associada a
              presença de outras disfuncionalidades metabólicas como o aumento de ácido úrico, IMC e
              colesterol não-HDL. É imprescindível que os dados obtidos nesse trabalho norteiem as políticas
              públicas através de medidas para a promoção da APS nessa população. Medidas de
              conscientização, orientação a práticas de atividades físicas e alimentação balanceada são
              implementações fundamentais para a reversão desse quadro nessa população.
              Palavras-Chave: Atenção Primária a Saúde, Síndrome Metabólica, População Rural, Saúde da
              Família
              A hanseníase e o cuidado às pessoas e coletividades: cartografando políticas, iniciativas e itinerários de aprendizagem em Campo Grande-MS
              Curso Mestrado em Saúde da Família
              Tipo Dissertação
              Data 05/10/2021
              Área SAÚDE COLETIVA
              Orientador(es)
              • Alcindo Antonio Ferla
              Coorientador(es)
                Orientando(s)
                • KAUANNE NAYSA ALVES PEGAIANI
                Banca
                • Adriane Pires Batiston
                • Alcindo Antonio Ferla
                • Karol Veiga Cabral
                • Mara Lisiane de Moraes dos Santos
                • Marcio Mariath Belloc
                Resumo Vista como um sério problema de saúde pública em diferentes localidades, a hanseníase é uma doença marcada por tabus e carregada pelo estigma. As crenças sobre sua origem e o
                desconhecimento nas formas de tratamentos fizeram, ao longo da história, com que as medidas de controle isolassem os indivíduos, sendo responsáveis pela desmembração familiar e estigmatizações sociais. Embora tenha tratamento para a doença biológica, o efeito social segue ativo, por isso a necessidade de medidas que direcione para a diminuição do estigma, reintegração social e qualidade de vida dos indivíduos. A prática da participação social em conselhos e conferências torna mais forte o controle social, a gestão do sistema e consequentemente, a garantia dos direitos sociais. Falamos de uma participação que tem capacidade para impactar o plano estético do cuidado, com formas mais inclusivas de atenção, e uma compreensão ampliada do percurso pode contribuir para a organização de ações singulares e produção de novos patamares de cultura. O estudo buscou compreender as lógicas presentes nas políticas públicas e as repercussões dos processos de cuidado em usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), com ênfase no município de Campo Grande- MS. Este estudo utilizou documentos de acesso público e foi desenvolvido em duas etapas. A primeira, um estudo de caso, sobre a formulação de políticas para o controle da hanseníase e o cuidado às pessoas e coletividades atingidas pela doença ou risco de contraí-la e suas consequências, na esteira do processo ascendente da 16ª Conferência Nacional de Saúde e dos dados e indicadores de acesso público que compõem a estratégia de monitoramento e avaliação das iniciativas no SUS. A segunda o registro cartográfico dos efeitos da pesquisa na autora. Os resultados permitiram registar que, considerando as deliberações das três etapas que constituíram o processo da 16ª Conferência Nacional de Saúde, houve omissão de referências específicas em relação à hanseníase nos relatórios municipal e estadual e à referência bastante genérica no relatório da etapa nacional. Os achados sobre os instrumentos de planejamento e monitoramento das ações nos sistemas municipal e estadual de saúde no período de 2016 a 2019 não apontam visibilidade suficiente ao tema no modo de organização dos serviços. A indicação dos relatórios é que ao SUS cabe, não apenas a assistência às doenças, mas operar como observatório dos processos civilizatórios e como laboratório de inclusão e equidade. A pesquisa realizada não esgota o tema da hanseníase nas políticas públicas e de saúde, reivindicando novos estudos, sobretudo utilizando o cotidiano dos serviços de atenção e de gestão, inclusive aqueles que demonstram quebrar com a invisibilidade e o estigma. É preciso compreender mais profundamente o que faz com que alguns processos de trabalho são mais sensíveis às pessoas e às características do território, como mobiliza a Estratégia de Saúde da Família e as diretrizes da política nacional de saúde.
                Palavras-chave: Hanseníase. Estigma. Participação Social. Conferências.
                Processo de Trabalho de Equipes de Saúde Bucal do Brasil: desigualdades regionais demonstradas pelo PMAQ-AB
                Curso Mestrado em Saúde da Família
                Tipo Dissertação
                Data 09/09/2021
                Área SAÚDE COLETIVA
                Orientador(es)
                • Albert Schiaveto de Souza
                Coorientador(es)
                  Orientando(s)
                  • Noeleni de Souza Pinto
                  Banca
                  • Albert Schiaveto de Souza
                  • Alessandro Diogo de Carli
                  • Edilson Jose Zafalon
                  • Livia Fernandes Probst
                  • Rafael Aiello Bomfim
                  Resumo RESUMO

                  A Estratégia de Saúde da Família (ESF) surgiu com o intuito de reorganizar o processo de trabalho em saúde no nível da Atenção Primária à Saúde (APS). Nesta reestruturação, a equipe de Saúde Bucal (eSB) tem papel importante nas mudanças dentro dos serviços de saúde, pois representa a possibilidade de rompimento com os modelos assistenciais baseados em aspectos curativistas e individuais, dando lugar a uma odontologia articulada com as propostas de vigilância em saúde. Entender como ocorre o processo de trabalho em saúde permite compreender as condições de saúde da população e a partir deste entendimento realizar mudanças, se necessárias, para alterar o cenário da saúde da comunidade. O objetivo desse trabalho foi de avaliar as diferenças regionais do processo de trabalho das eSB do Brasil. Foi realizado um estudo transversal exploratório e analítico, de abrangência nacional. Os dados secundários foram provenientes das eSB que aderiram ao terceiro ciclo do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB), realizado entre os anos 2017-2018, e que responderam ao questionário da avaliação externa. As variáveis utilizadas para analisar o processo de trabalho das eSB foram selecionadas a partir de subdimensões presentes na matriz de pontuação para certificação das equipes de saúde, as quais são compostas por padrões de qualidade, que são as perguntas realizadas na avaliação externa. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), a renda per capita e a população estadual foram as variáveis socioeconômicas utilizadas. Para a comparação do processo de trabalho entre as regiões geopolíticas do país, foi utilizado o teste ANOVA de uma via, seguido pelo pós teste de Tukey. Para a análise de correlação entre o processo de trabalho e as variáveis IDH, renda per capita e população estadual foi utilizado o teste de correlação linear de Pearson. A análise estatística foi realizada utilizando o programa estatístico SPSS, versão 23.0, com nível de significância de 5%. Foram analisados os dados de 22.993 eSB de 4.813 municípios brasileiros. Houve diferença significativa entre as regiões do país, em relação à avaliação percentual de todas as subdimensões avaliadas neste estudo (p<0,001). Houve correlação linear significativa positiva e moderada nas subdimensões: “Organização dos prontuários na UBS” e as variáveis IDH (p=0,020; r=0,445) e renda per capita do estado (p=0,007; r=0,509); “Planejamento das ações da equipe de atenção básica” e as variáveis IDH (p=0,046; r=0,387) e renda per capita do estado (p=0,018; r=0,451); “Oferta de serviço” e as variáveis renda per capita (p=0,046; r=0,387) e população do estado (p=0,021; r=0,442); “Apoio institucional e apoio matricial para as equipes de atenção básica” com a renda per capita do estado (p=0,039; r=0,400); “Avaliação total e a renda per capita do estado (p=0,041; r=0,397). Os resultados deste estudo indicaram que existe heterogeneidade no processo de trabalho das eSB do Brasil, quando comparado entre as regiões geopolíticas do país. Além disso, as variáveis IDH, renda per capita e população se correlacionam positivamente com as ações em saúde bucal, evidenciando assim desigualdades inter-regionais, desfavoráveis às regiões socialmente desfavorecidas.

                  Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde, Avaliação de Ações de Saúde Pública, Estratégia Saúde da família, Fatores socioeconômicos, Saúde bucal.

                  INTERVALO DE TEMPO ENTRE O RASTREIO CITOLÓGICO E O SEGUIMENTO DAS MULHERES COM LESÕES PRECURSORAS DO CÂNCER DA CÉRVICE UTERINA, EM CAMPO GRANDE-MS, 2014 - 2018
                  Curso Mestrado em Saúde da Família
                  Tipo Dissertação
                  Data 09/09/2021
                  Área SAÚDE COLETIVA
                  Orientador(es)
                  • Cacilda Tezelli Junqueira Padovani
                  Coorientador(es)
                    Orientando(s)
                    • Maria Eugenia Faria Tavares
                    Banca
                    • Adriane Cristina Bovo
                    • Cacilda Tezelli Junqueira Padovani
                    • Ines Aparecida Tozetti
                    • Luana Silva Soares
                    • Marli Marques
                    Resumo RESUMO


                    O câncer do colo do útero é o quarto tipo de câncer mais comum entre as mulheres. O rastreamento contribui para o diagnóstico precoce das lesões precursoras, permitindo o tratamento em uma fase da doença onde há possibilidade de até 100% de cura, justificando o rastreamento populacional em mulheres. Quase metade das mulheres com câncer de colo uterino nunca foram rastreadas e outras 10 % não foram rastreadas nos cinco anos anteriores ao diagnóstico. A recomendação da OMS é que 80% das mulheres entre 25 e 64 anos realizem o teste de Papanicolau a cada três anos. O objetivo da pesquisa foi identificar o intervalo de tempo entre o rastreio citológico, a interpretação do resultado da citologia e o início do seguimento das mulheres com lesões precursoras do câncer do colo uterino, rastreadas nas Unidades de Saúde municipais em regime ambulatorial. Foi realizada uma pesquisa quantitativa, retrospectiva, de corte transversal, no município de Campo Grande/MS, no período de janeiro de 2014 a dezembro de 2018, onde foram incluídos dados secundários de resultados alterados de citologias coletadas em mulheres acima de 25 anos de idade. Na sequência foi realizado o cruzamento de dados do SISCAN (Sistema de Informação do Câncer) com as informações arquivadas no HYGIA (sistema informático utilizado pelo município de Campo Grande) utilizando o programa Microsoft® Excel (MICROSOFT Corporation, 2013). Do total de 3488 exames coletados, 39,47% das mulheres que apresentavam resultados alterados compareceram em uma consulta médica enfermagem e 60,53% ficaram sem a interpretação dos seus exames. Independentemente do resultado da citologia, observamos que a maioria, 1014 (73,64%) fizeram a consulta após a coleta da citologia em um intervalo de tempo superior a 300 dias. Os resultados encontrados sugerem que o papel do rastreio do colo do útero não está sendo devidamente alcançado. O seguimento das mulheres com citologia alterada deveria passar por um processo de busca ativa constante e contínua para permitir que os critérios das diretrizes brasileiras de prevenção do câncer do útero possam ser colocados em prática.

                    Palavras-chave: Neoplasia cervical; exame colpocitológico; prevenção secundária; saúde da família.

                    Participação do Agente Indígena de Saúde no Acompanhamento Pré-Natal da Mulher Guarani e Kaiowa
                    Curso Mestrado em Saúde da Família
                    Tipo Dissertação
                    Data 08/09/2021
                    Área SAÚDE COLETIVA
                    Orientador(es)
                    • Renata Palopoli Picoli
                    Coorientador(es)
                    • Raquel Paiva Dias-Scopel
                    Orientando(s)
                    • ELLEN CAROLINE RODRIGUES BARRETOS
                    Banca
                    • Daniel Scopel
                    • Débora Dupas Gonçalves do Nascimento
                    • Everton Ferreira Lemos
                    • Maria Cristina Mendes Bignardi Pessoa
                    • Renata Palopoli Picoli
                    Resumo Os Agentes Indígenas de Saúde (AIS) são mediadores entre a equipe multidisciplinar de saúde indígena (EMSI) e a mulher indígena, e seu trabalho contribui para o cumprimento das diretrizes propostas na Política Nacional de Atenção à Saúde Indígena. Eles estão inseridos no mesmo território que as gestantes indígenas e compartilham da mesma cultura e língua, o que possibilita uma mediação com os sistemas de saúde e adesão das gestantes ao pré-natal. Este estudo teve como objetivo descrever as contribuições e as dificuldades no acompanhamento pré-natal de mulheres indígenas Guarani e Kaiowá, pelos Agentes Indígenas de Saúde. Trata-se de uma pesquisa descritiva-exploratória de abordagem qualitativa, com base em dados primários, realizada com 33 AIS que residiam e atuavam em quatro aldeias do Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil, no período de maio a julho de 2018. A técnica de coleta/dados foi o grupo focal, por meio de um instrumento com perguntas norteadoras, com registro de gravação e transcrição na íntegra das falas das AIS e posteriores leituras para aprofundamento análise de conteúdo de Bardin. Evidenciou-se as categorias: “contribuições das AISs na atenção à saúde da mulher no pré-natal” e “dificuldades apresentadas pelas AISs no acompanhamento pré-natal”. A vivência das AISs no mesmo território que os Guarani e Kaiowá representou uma contribuição para a ampliação e facilidade do acesso à gestante ao pré-natal. Os conhecimentos em biomedicina somados ao conhecimento de práticas tradicionais dos Guarani e Kaiowá e boa comunicação das AIS com a gestantes revelaram-se importantes para a sensibilização das mulheres indígenas na adesão ao pré-natal. O trabalho do AIS homem apresentou ser diferente da AIS mulher quanto á abordagem e descoberta da gestante no território. As AISs podem ser importantes facilitadoras da EMSI para a adesão da gestante ao pré-natal através das redes de reciprocidade. Os resultados apontam alguns fatores sociais que intervêm no diálogo e no acompanhamento do pré-natal das mulheres, relacionados às questões de gênero, redes de fofocas e imagens sobre maternidade. Tais fatores influenciam no acesso às mulheres indígenas e na abordagem de temas relativos à gestação e ao parto.
                    PLANO DE AÇÃO DA VIGILÂNCIA DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA-LTA NA MICRORREGIÃO DE AQUIDAUANA-MS PARA PERÍODO DE 2021 A 2025.
                    Curso Mestrado em Saúde da Família
                    Tipo Dissertação
                    Data 31/08/2021
                    Área SAÚDE COLETIVA
                    Orientador(es)
                    • Marli Marques
                    Coorientador(es)
                      Orientando(s)
                      • DÉBORAH LUZIANA MARCON DE MELLO
                      Banca
                      • Angelita Fernandes Druzian
                      • Cacilda Tezelli Junqueira Padovani
                      • Mario Ribeiro Alves
                      • Marli Marques
                      • Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira
                      Resumo Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, com dados secundários, com o objetivo elaborar o plano de vigilância epidemiológica da LTA na microrregião de saúde de Aquidauana-MS para o período de 2021 a 2025. A pesquisa foi desenvolvida considerando 4 etapas:(I) coleta de dados sociodemográfica e epidemiológicos dos casos novos de LTA em residentes da microrregião de saúde de Aquidauana (MRSA)no banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan); (II) levantamento do total de casos novos de 2016 a 2018 por municípios, microrregiões de saúde e no estado de Mato Grosso do Sul, para o cálculo do Índice Composto da LTA(ICLTA). Os municípios e microrregionais foram classificadas segundo critério epidemiológico: sem transmissão ou silencioso; vulneráveis; não vulneráveis; e, segundo o valor do ICLTA encontrado. Utilizando o método Natural Break Points, foram gerados cinco estratos de risco da transmissão: baixo, médio, alto, intenso e muito intenso e visualizados em tabelas e mapas; (III) coleta de dados nas prescrições de tratamento aviadas pelo Núcleo Regional de Saúde (NRS) de Aquidauana do ano de 2018; (IV) subsidio aos técnicos dos municípios (vigilância epidemiológica, entomológica e APS) para a elaboração do Plano da Vigilância da LTA (PVLTA). Nos anos de 2016 a 2018 foram notificados na microrregião de saúde de Aquidauana (MRSA) 35 casos novos de LTA. Destes, 68,57% eram homens; 51,42% eram maiores de 50 anos; 54,29% residiam na zona rural; 97,14% tinham forma cutânea; 68,57% foram confirmados laboratorialmente; em 65,62% a droga inicial administrada era o Antimoniato de Meglumina; 74,29% curaram e 8,07% evoluíram para óbito. Das 11 microrregiões quanto ao ICLTA e classificação de risco de transmissão Três Lagoas apresentou menor valor (5,77) e risco baixo e Campo Grande maior valor (23,01) e risco muito intenso. A MRSA de Aquidauana apresentou ICLTA de 6,45 e risco baixo. Dos 79 municípios, 24 apresentaram risco baixo, 21 com risco médio, 25 com risco alto, 7 com risco intenso e 2 com risco muito intenso. Dentre os seis municípios da microrregião dois não registraram casos (Miranda e Anastácio), Bodoquena apresentou maior ICLTA (9,07) e risco intenso. Entre os 11 tratamentos com Antimoniato de Meglumina a totalidade correspondia ao peso; o tempo de tratamento em 20 dias em 81,82% e, tempo de infusão entre 60 minutos ou lento em 63,64%. A MRSA apresentou risco baixo de transmissão, porém limita-se com duas microrregiões apresentando risco intenso e muito intenso. Características da LTA na MRSA: predomínio de casos entre maiores de 50 anos, acometimento de crianças abaixo de 10 anos, pouca diferença entre registro na zona urbana e rural, registros de óbitos com e pela doença, sub registro relacionado ao Antimoniato de Meglumina: quantitativo de diluente, tempo de infusão, cuidados para os idosos e comorbidades. A elaboração do PVLTA/2021-2025 incluindo a APS, buscou ampliar a responsabilidade pelo controle da doença considerando o seu papel no cuidado do território e da elevada cobertura municipal. Ressalta-se a necessidade de acompanhamento da execução do pelo nível regional e/ou central estadual, monitoramento dos registros no SINAN, acompanhamento local pela vigilância epidemiológica, entomológica e atenção primária em saúde, visando melhoria no acompanhamento dos casos acometidos, melhoria dos registros e redução da endemia.
                      Palavras chave: Doenças endêmicas; epidemiologia; leishmaniose mucocutânea; atenção primária à saúde; apoio ao planejamento em saúde.
                      Perfil Farmacoepidemiológico de Medicamentos Utilizados no Manejo e Controle da Dor em Pacientes Idosos Atendidos na Atenção Primária de Saúde de Campo Grande/MS
                      Curso Mestrado em Saúde da Família
                      Tipo Dissertação
                      Data 27/08/2021
                      Área EPIDEMIOLOGIA
                      Orientador(es)
                      • Ana Tereza Gomes Guerrero
                      Coorientador(es)
                        Orientando(s)
                        • Marcelo da Silva Dias
                        Banca
                        • Adriane Pires Batiston
                        • Ana Tereza Gomes Guerrero
                        • Arthur de Almeida Medeiros
                        • Maria de Lourdes Oshiro
                        • Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira
                        Resumo A população brasileira está em um processo de envelhecimento, onde acontece o aumento das doenças crônicas, ocorrência da polifarmácia, aparecimento dos processos dolorosos. O presente estudo tem por objetivo realizar um diagnóstico situacional referente ao perfil farmacoepidemiológico de medicamentos utilizados no manejo e controle da dor em pacientes idosos atendidos na Atenção Primária de Saúde (APS) de Campo Grande/MS. Elaborar um manual de apoio farmacoterapêutico para tratamento da dor nesses pacientes, objetivando o uso racional de medicamentos para manejo e controle da dor. Trata-se de um trabalho do tipo transversal, com dados secundários, realizado em 21 unidades da APS de Campo Grande/MS. Foram analisados 839 formulários de consultas farmacêuticas do período de abril/2016 a agosto/2019. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionadas 112 consultas. A maioria das consultas foram do sexo feminino 87,50% e estavam nas faixas etárias de 60-69 anos e 70-79 anos (45,92% ambas), 62,5% possuiam até Ensino Fundamental, eram do lar (58,18%), e a origem da consulta ocorreu por meio da busca ativa (67,86%). Verificou que 14,41% dos idosos ingeriam bebida alcóolica e fumavam frequentemente (12,61%), 41,82% são obesos. No autorelato da dor, temos que 55,36% queixou-se de dor de cabeça, acompanhado pela dor muscular 17,86%. Na caracterização farmacoterapêutica verificou que 58,04% utilizavam medicamentos caseiros como terapia alternativa e 73,02% relataram não se automedicar. Verificou que 32,99% são medicamentos para dor de uso contínuo, 26,80% utilizam protetores gástricos de forma contínua e 15,63% tem dificuldade no acesso, pela falta da medicação e 92% com problemas nas prescrições. Os medicamentos para dor aumentavam com a idade, 36,7% (60-69 anos), 38,5% (70-79 anos), 54,5% (80 anos ou mais). A análise dos dados permitiu a elaboração de um aplicativo voltado para auxiliar os profissionais de saúde e usuários quanto ao uso racional de medicamentos, sendo uma fonte de informação segura para prescritores e pacientes. Concluimos que através deste trabalho podemos auxiliar no tratamento e manejo da dor dos pacientes idosos atendidos na APS. Este manual será orientativo e informativo para que os profissionais tenham um rol de terapias disponibilizadas na APS de Campo Grande/MS, assim como o aplicativo que será uma ferramenta no auxílio do tratamento e uma fonte segura de informações medicamentosas para os pacientes, tendo em vista que o aplicativo será gerenciado por profissionais farmacêuticos.
                        O TRABALHO INTERPROFISSIONAL NAS EQUIPES DO NÚCLEO AMPLIADO DE SAÚDE DA FAMÍLIA E ATENÇÃO BÁSICA EM DUAS CAPITAIS BRASILEIRAS
                        Curso Mestrado em Saúde da Família
                        Tipo Dissertação
                        Data 25/08/2021
                        Área SAÚDE COLETIVA
                        Orientador(es)
                        • Adriane Pires Batiston
                        Coorientador(es)
                          Orientando(s)
                          • Pâmela Karine Bravin
                          Banca
                          • Adriane Pires Batiston
                          • Arthur de Almeida Medeiros
                          • Fernando Pierette Ferrari
                          • Geraldo Eduardo Guedes de Brito
                          • Guilherme Rodrigues Barbosa
                          Resumo O trabalho interprofissional visa superar a hierarquização do trabalho coletivo, através de relações democráticas e do compartilhamento de objetivos, identidades e responsabilidades. A Atenção Primária à Saúde (APS) a partir do arranjo integrado entre as equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) e as do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB), se encontra em um cenário ideal de consolidação do trabalho interprofissional no Sistema Único de Saúde (SUS). O NASF-AB, sob a lógica do apoio matricial, detém seu espaço como ferramenta de transformação da visão curativista e fragmentada do cuidado, através do trabalho em equipe baseado na retaguarda assistencial especializada e suporte técnico-pedagógico às equipes da ESF. Este estudo teve por objetivo principal analisar e comparar a orientação para o trabalho interprofissional de trabalhadores dos NASF-AB em duas capitais brasileiras, João Pessoa (PB) e Campo Grande (MS). Para tal, foi realizado um estudo de corte transversal, com aplicação de questionário estruturado a um total de 182 profissionais dos NASF-AB, no qual 120 eram de João Pessoa e 62 de Campo Grande. O questionário se estruturou em três dimensões, a primeira referente à caracterização geral dos entrevistados, a segunda destinou-se a caracterizar alguns aspectos do processo de trabalho e relacionados a interprofissionalidade e a terceira dimensão foi a Escala Jefferson de Atitudes Relacionadas à Colaboração Interprofissional (EJARCI). Os resultados foram divididos em dois artigos científicos. O primeiro artigo intitulado “Caracterização dos Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica: um estudo comparativo de duas capitais brasileiras” corresponde aos dados obtidos a partir das duas primeiras dimensões do questionário. Os resultados neste artigo apontaram que na amostra geral o sexo feminino foi predominante (83%) e a idade média era de 37,1±9,03 anos. O tempo de formação profissional foi maior em Campo Grande (66,1% há mais de 11 anos) quando comparado a João Pessoa (65% há menos de 11 anos). Cerca de dois terços da amostra geral (67%) haviam concluído pelo menos uma pós-graduação lato sensu. Foram observadas com maior frequência na amostra geral os Fisioterapeutas (25,3%), os Psicólogos (16,5%) e os Nutricionistas (16,5%). Entretanto, em Campo Grande os Profissionais de Educação Física (14,5%) são em maior quantidade que os Nutricionistas (12,9%) e são observados Médicos Pediatras (8,1%) e Ginecologistas e obstetras (9,7%), profissões não encontradas em João Pessoa. Os profissionais Assistentes Sociais estão presentes apenas nas equipes de João Pessoa e correspondem a 13,3% das categorias no município. O vínculo trabalhista em João Pessoa se dá em sua maioria por contratos temporários (98,3%) enquanto em Campo Grande a maior parte dos profissionais segue o regime estatutário (85,5%). Na amostra geral a experiência acumulada no NASF-AB da maioria é de até cinco anos (63,7%) e o vínculo com a atual equipe se apresenta inferior a dois anos (57,1%). Quanto as características do processo de trabalho, a maior parte dos profissionais em Campo Grande (42,6%) dedicam mais tempo da agenda semanal (51-75%) com atendimentos coletivos que em João Pessoa (31,5%, 26-50% da agenda semanal). O mesmo ocorre com os atendimentos individuais, nos quais em Campo Grande 59% dos profissionais dedicam de 26-50% de suas agendas semanais enquanto, em João Pessoa a maioria deles (46,8%) afirmam dedicar menor tempo (0-25%) da carga horária. Quanto ao desenvolvimento de atividades com outros profissionais, verificou-se uma distribuição similar do percentual de 26-50% do tempo de trabalho semanal dedicado tanto ao desenvolvimento de atividades com profissionais de sua equipe NASF-AB (41,9%), quanto para as desenvolvidas com as equipes da ESF (47,2%). Em ambas as capitais a maioria dos profissionais (76,9%) avaliaram satisfatoriamente o trabalho interprofissional da equipe e as competências colaborativas. No segundo artigo intitulado “O trabalho interprofissional nos Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica” consta a análise dos dados obtidos a partir da EJARCI. O escore médio dos profissionais do NASF-AB na EJARCI foi de 118,63 (±10,12), com mediana de 120 e variação de 77 a 140 pontos. Em Campo Grande foi possível observar que os profissionais apresentaram uma média superior (120,84±8,56) ao observado em João Pessoa (117,48±10,69). Quando relacionados, as variáveis individuais e os escores da EJARCI não implicaram em diferenças estatísticas, mas as maiores medianas foram observadas entre os profissionais do sexo feminino, os mais jovens, os com menos experiência, com maior tempo de vínculo com a equipe e na categoria dos Terapeutas Ocupacionais. Ao comparar os dados obtidos por meio de questionários aplicados aos profissionais do NASF-AB de duas capitais brasileiras, foi possível identificar características comuns e especificidades que fomentaram a produção do conhecimento sobre o arranjo organizacional da APS com a inserção dessas equipes. Os elevados escores dos profissionais do NASF-AB, próximos ao máximo esperado na EJARCI, demonstram que estes se apropriam das atitudes colaborativas interprofissionais como norteadoras do processo de trabalho na APS. Dessa forma, reforça o potencial das equipes NASF-AB em mobilizar mudanças do paradigma assistencial tradicional e favorecer a efetivação do trabalho interprofissional na APS. Os resultados desta pesquisa contribuem para o reconhecimento da experiência desses profissionais, aos gestores locais e formuladores de políticas públicas, na definição de estratégias de educação permanente em saúde e capacitação que direcionem a competências mais colaborativas no exercício do trabalho entre as equipes na APS.
                          PLANEJAMENTO DE AÇÕES DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL EM UMA ESCOLA INDÍGENA URBANA
                          Curso Mestrado em Saúde da Família
                          Tipo Dissertação
                          Data 08/03/2021
                          Área SAÚDE COLETIVA
                          Orientador(es)
                          • André Barciela Veras
                          Coorientador(es)
                          • Paulo de Tarso Coelho Jardim
                          Orientando(s)
                          • Anaiza Cesar Romero
                          Banca
                          • Alessandro Diogo de Carli
                          • Ana Tereza Gomes Guerrero
                          • André Barciela Veras
                          • Antonio José Grande
                          • Paulo de Tarso Coelho Jardim
                          Resumo A alimentação e nutrição são fatores essenciais na determinação da condição de saúde de uma
                          população devido à relação diretamente proporcional do estado nutricional dos indivíduos com
                          o surgimento de doenças. Um estado nutricional ideal proporciona prevenção quanto à
                          instalação de doenças e comorbidades cada vez mais frequentes em populações específicas
                          como a população indígena. Haja vista o abandono da caça, pesca, agricultura de subsistência
                          e o consumo frequente de alimentos ultraprocessados em substituição a essas práticas de
                          aquisição de comida tradicionais dos povos indígenas, o impacto nutricional torna-se relevante
                          quando essas mudanças de comportamento no hábito e estilo de vida influenciam o processo
                          saúde-doença dessa população. Considera-se, então, que as estratégias apresentadas no modelo
                          de atividades de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) são medidas pertinentes de
                          intervenção no tratamento e prevenção das doenças crônicas não-transmissíveis. A escola tem
                          a configuração de um ambiente estrategicamente promotor desse contexto, favorecendo prover
                          e aprimorar atividades de EAN ali desenvolvidas por meio da promoção de hábitos alimentares
                          saudáveis. O desafio está em incorporar a atuação do nutricionista, tanto protagonizando quanto
                          coordenando, planejando e capacitando os demais profissionais da Atenção Primária em Saúde
                          (APS) em consonância com a comunidade escolar, na execução das ações de alimentação e
                          nutrição, principalmente, em território indígena. Assim, o objetivo deste estudo foi sistematizar
                          informações da vida cotidiana de crianças e adolescentes indígenas, para posterior
                          planejamento, formulação e aplicação de ações de EAN em uma escola indígena urbana como
                          proposta de intervenção nutricional no âmbito de APS no território. Trata-se de estudo
                          longitudinal prospectivo de caráter quantitativo descritivo por meio da ferramenta de Concept
                          Mapping (Mapeamento de Conceitos). Através de oficinas de Mapeamento de Conceitos com
                          um grupamento de 20 escolares, entre 9 e 17 anos de idade, criou-se um brainstorming (debate)
                          com esses indivíduos a fim de gerar palavras-chaves relacionadas aos objetivos de
                          encorajamento às práticas alimentares saudáveis, promoção e prevenção a saúde. Após
                          definição e recrutamento da amostra, o grupo de pesquisadores construiu um prompt (frase
                          disparadora) o qual seria o foco para a criação dos depoimentos sobre nutrição e saúde. O
                          prompt criado foi: “Para ter um corpo saudável é necessário o que?”. As declarações foram
                          ordenadas em categorias com base na similaridade entre elas e, finalmente, classificadas
                          segundo grau de importância e viabilidade na aplicação prática do cotidiano dos estudantes na
                          forma de atividades em EAN na escola. Foram gerados 38 enunciados, as quais 24 foram de
                          modo escrito, enquanto 14 declarações foram criadas a partir dos desenhos. Os resultados desse
                          estudo demonstraram que as declarações formadas diante do prompt expressaram mapas
                          conceituais explicativos capazes de transmitir informações objetivas utilizados na formulação
                          e planejamento de ações em EAN. As declarações formadas foram determinadas pelos próprios
                          escolares em eixos temáticos (Atividade Física, Alimentação, Ambiente local e Bem-estar) pela
                          ferramenta de Concept Mapping, os quais direcionaram a elaboração de um manual com
                          descrição minuciosa de atividades em EAN aplicáveis na escola. Por viabilidade, o grupo de
                          atividade física também foi classificado em primeiro lugar, seguido por alimentação,
                          relacionamento e interação com o meio ambiente. Nenhum grupo foi considerado sem
                          importância ou inviável pelos participantes. Quando os participantes foram divididos de acordo
                          com a idade (9-11 e 12-18), as percepções de importância e viabilidade variam entre os grupos.
                          Os participantes mais jovens avaliaram todos os grupos como mais importantes do que os
                          participantes mais velhos; para viabilidade, o grupo de alimentação foi classificado como mais
                          viável pelos adolescentes. Os hábitos alimentares regionais e culturais saudáveis, promovidos
                          segundo a oferta de ações de incentivo à alimentação adequada nas escolas indígenas, são um
                          dos desafios e metas para o trabalho intersetorial (saúde e educação) em EAN. A orientação
                          nutricional com finalidade de se produzir conhecimento acerca de uma alimentação equilibrada
                          e saudável, veiculada por meio de dinâmicas de ensino-aprendizagem, possibilita
                          conhecimentos fundamentais para a prevenção de doenças e para a promoção da saúde. A
                          fragilidade da saúde indígena reflete o quão objetiva precisa ser a condução da resolutividade
                          dos problemas, através de intervenções práticas e concisas, principalmente, quando se trata de
                          ações de incentivo às práticas alimentares saudáveis na escola as quais despertem o interesse
                          do autocuidado, valorização da cultura, empoderamento e autonomia nas escolhas alimentares.
                          Com isso, o Concept Mapping desempenhou um processo importante na detecção de possíveis
                          necessidades em saúde da comunidade, com a demonstração aprimorada da capacidade
                          interpretativa dos dados no desenvolvimento de ações em saúde. É necessária uma maior
                          utilização dessa ferramenta que contempla a escuta dos indivíduos, considera as demandas
                          locais e que direciona as atuações intersetoriais.
                          CARACTERÍSTICAS DA EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: UMA EXPLORAÇÃO CARTOGRÁFICA
                          Curso Mestrado em Saúde da Família
                          Tipo Dissertação
                          Data 19/02/2021
                          Área SAÚDE COLETIVA
                          Orientador(es)
                          • Mara Lisiane de Moraes dos Santos
                          Coorientador(es)
                            Orientando(s)
                            • Marcia Naomi Santos Higashijima
                            Banca
                            • Alessandro Diogo de Carli
                            • Emerson Elias Merhy
                            • Laura Camargo Macruz Feuerwerker
                            • Mara Lisiane de Moraes dos Santos
                            • Nathalia Silva Fontana Rosa
                            Resumo A educação permanente em saúde (EPS) é um conceito-ferramenta utilizado como estratégia de transformação das práticas do cotidiano de trabalho, onde a Atenção Básica, ordenadora do cuidado, é espaço potente para o desenvolvimento de movimentos de EPS. Se torna política pública no ano de 2004 e desde então aglutina características de quem a gesta e executa, por vezes, desvirtuando a intencionalidade para o qual foi criada e a própria concepção de EPS. Deste modo, esta dissertação explora o forjamento da PNEPS e a concepção de EPS, com narrativas produzidas a partir dos encontros com seus criadores e militantes. A cartografia e a pesquisa interferência foram utilizadas como percurso metodológico, proporcionando encontros com trabalhadores e gestores de unidades de básicas de saúde e gestores das áreas técnicas de educação e da atenção básica de uma capital brasileira, produzindo afecções, em parte, incômodas. Nesses encontros os relatos sobre EPS estavam vinculados a momentos assistemáticos e tecnicistas, que pouco produziam sentido a quem deles participavam, em discursos em que o usuário não aparecia ou era um receptor de informações. Isso fez emergir o desejo de identificar e sistematizar as características de EPS de modo que pudesse ser instrumento de uso ao se fazer movimentos de EPS, e mesmo para identificá-los. Juntando o desejo com a imobilidade dos encontros presenciais em tempos pandêmicos, a cartografia pegou um atalho, tornando-se caminho central os encontros virtuais com Laura Feuerwerker, Ricardo Ceccim e Emerson Merhy. Assim, a partir dos encontros com os forjadores da PNEPS e da concepção de EPS, e do encontro com as produções bibliográficas disponíveis, esta dissertação é composta por nove capítulos. Um deles cumpre o papel de me apresentar como cartógrafa e como estou implicada com a temática da educação em e na saúde desde a minha graduação, acarretando no desejo de me aprofundar na EPS, tendo como produto está dissertação. Em outro, apresento o percurso cartográfico e como ao longo dos encontros a ausência da visibilidade de movimentos de EPS me afetou, fazendo com que novos percursos fossem traçados, a fim de que fosse possível trazer a luz características palpáveis para o reconhecimento de movimentos de EPS. Como capítulo principal, em um esforço de identificação, destrincho os princípios e características da EPS, descrevendo e exemplificando uma a uma. Apresento a revisão bibliográfica que foi sendo construída e atualizada no percurso, em que problematizo os resultados encontrados, onde não se propõe uma análise do contexto e da condução da política, tão pouco sugerem soluções para os problemas identificados. Coloco em questão a formulação e implementação da PNEPS, em um movimento de compreender como foi sendo forjada por cada gestão que passou por ela, e como isso reflete no fazer da EPS. Descrevo a EPS não apenas como política do Sistema Único de Saúde ou de aprendizagem no/pelo trabalho, mas um campo em disputas de sentido para a EPS e para o que ela produz no cotidiano dos serviços. E exponho o fato da EPS não ser apenas teoria, um vocabulário ou um conjunto fixo de práticas e rotinas, mas um conceito-ferramenta. Desse modo, essa dissertação colabora de forma sistemática para compreensão do conceito-ferramenta da EPS e para a sua implementação na Atenção Básica e em toda a Rede de Atenção à Saúde, contribuindo para que trabalhadores, gestores e usuários possam concretizar a EPS na produção subjetiva do cuidado, na qualidade do cuidado compartilhado, transformando sujeitos em protagonistas, e o trabalho em desejante.
                            CUIDADO COMPARTILHADO ENTRE AS EQUIPES DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E ATENÇÃO DOMICILIAR NO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE/MS
                            Curso Mestrado em Saúde da Família
                            Tipo Dissertação
                            Data 11/02/2021
                            Área SAÚDE COLETIVA
                            Orientador(es)
                            • Elen Ferraz Teston
                            Coorientador(es)
                              Orientando(s)
                              • Joice Lourenço da Silva
                              Banca
                              • Adriane Pires Batiston
                              • Bianca Cristina Ciccone Giacon Arruda
                              • Elen Ferraz Teston
                              • Sonia Maria Oliveira de Andrade
                              • Sonia Silva Marcon
                              Resumo
                              COLABORAÇÃO INTERPROFISSIONAL E CLIMA DO TRABALHO EM EQUIPE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
                              Curso Mestrado em Saúde da Família
                              Tipo Dissertação
                              Data 10/02/2021
                              Área SAÚDE COLETIVA
                              Orientador(es)
                              • Alessandro Diogo de Carli
                              Coorientador(es)
                                Orientando(s)
                                • Jader Vasconcelos
                                Banca
                                • Albert Schiaveto de Souza
                                • Alessandro Diogo de Carli
                                • Livia Fernandes Probst
                                • Mara Lisiane de Moraes dos Santos
                                • Marcelo Viana da Costa
                                Resumo
                                FATORES ASSOCIADOS AO USO DE SERVIÇOS ODONTOLÓGICOS EM ADOLESCENTES ESCOLARES NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
                                Curso Mestrado em Saúde da Família
                                Tipo Dissertação
                                Data 07/12/2020
                                Área SAÚDE PÚBLICA
                                Orientador(es)
                                • Rafael Aiello Bomfim
                                Coorientador(es)
                                  Orientando(s)
                                  • Danieli Laguna Francisco
                                  Banca
                                  • Adriane Pires Batiston
                                  • Edilson Jose Zafalon
                                  • Elen Ferraz Teston
                                  • Rafael Aiello Bomfim
                                  • Valeria Rodrigues de Lacerda
                                  Resumo As doenças bucais são um grande problema de saúde pública global que afeta mais de 3,5
                                  bilhões de pessoas. As desigualdades socioeconômicas no uso de serviços de atendimento
                                  odontológico são menos acentuadas em países com alguma cobertura de serviços públicos
                                  de saúde, o que aponta os benefícios potenciais dos sistemas odontológicos que dependem
                                  da cobertura pública. Este estudo teve o objetivo de analisar fatores associados ao uso de
                                  serviços odontológicos em adolescentes escolares de 12 anos no Estado do Mato Grosso
                                  do Sul, Brasil. Trata-se de um estudo transversal, envolvendo pesquisa epidemiológica
                                  realizada no estado de Mato Grosso do Sul. Adolescentes na faixa etária de 12 anos
                                  participaram do estudo no período de março de 2018 a fevereiro de 2019. A variável de
                                  exposição principal foi a cobertura da Estratégia Saúde da Família, e as covariáveis foram:
                                  tipo de serviço usado (público/privado), motivo do uso (prevenção/tratamento),
                                  frequência de consumo de alimentos não saudáveis (>2 x por semana), status
                                  socioeconômico (escolaridade dos pais e renda), e características individuais (sexo e cor
                                  da pele autorreferida). O referencial teórico de Sisson conduziu todas as análises. Modelos
                                  de equações estruturais foram realizados para testar a associação do uso de serviços
                                  odontológicos nos últimos 3 anos. Dos 615 participantes, 4.0% utilizaram serviços
                                  odontológicos nos últimos 3 anos. Os fatores associados ao uso de serviços odontológicos
                                  por adolescentes escolares foram: a maior cobertura pela Estratégia Saúde da Família com
                                  Equipes de Saúde Bucal (>50%) foi associada ao maior uso de serviços públicos do que
                                  privados, menos consultas para prevenção do que tratamentos e maior consumo alimentar
                                  inadequado; a maior escolaridade dos pais esteve associada ao maior uso de serviços
                                  odontológicos. Ainda, autodeclarados brancos usaram mais serviços privados e para
                                  prevenção. Os resultados deste estudo demonstraram que a maior cobertura pela Estratégia
                                  Saúde da Família com equipes de saúde bucal está diretamente relacionada ao maior uso
                                  de serviços públicos, porém com menor procura de consultas para prevenção do que para
                                  tratamentos curativos, e ainda a um maior consumo alimentar inadequado. As equipes de
                                  saúde bucal devem qualificar o processo de trabalho para atendimentos preventivos,
                                  organizar serviços com programas para prevenção que cumpram os atributos da atenção
                                  primária a saúde, realizar trabalhos interdisciplinares, realizar abordagem do indivíduo na
                                  totalidade atento ao contexto socioeconômico e cultural no qual ele está inserido
                                  alcançando mudanças familiares produzindo assim mudanças não só nos adolescentes,
                                  mas nas famílias. Sugere-se à gestores, profissionais de saúde, pais e educadores
                                  intervenções nas escolas que visem melhorar a importância da alimentação saudável que
                                  inclua mais alimentos frescos e menos produtos industrializados, utilizar abordagens
                                  educativas e inovadoras e não estar engessadas as ações antigas como apenas cumprir
                                  metas exigidas como flúor semanais, escovação e palestras. Desenvolver princípios
                                  norteadores das ações como: gestão participativa, acesso universal, acolhimento:
                                  considerar o usuário com integralidade bio-psico-social, e garantia de um atendimento
                                  multiprofissional nas condutas de receber, escutar, orientar, atender e acompanhar,
                                  intersetorialidade: realizando ações de promoção de saúde efetivas incluindo escola,
                                  família, trabalho, mídia, instituições, integralidade da atenção: a equipe deve ser capaz de
                                  realizar conjuntamente ações de promoção, proteção, prevenção, tratamento, cura e
                                  reabilitação nos níveis individuais e coletivos.

                                  Palavras-chave: Uso de Serviços de Saúde Bucal; Epidemiologia; Saúde bucal;
                                  Estratégia Saúde da Família; Adolescentes.
                                  O cuidado domiciliar a familiar restrito ao domicílio por deficiência adquirida - caminhos cartográficos com a cuidadora-guia e trabalhadores da Estratégia Saúde da Família
                                  Curso Mestrado em Saúde da Família
                                  Tipo Dissertação
                                  Data 20/10/2020
                                  Área SAÚDE COLETIVA
                                  Orientador(es)
                                  • Mara Lisiane de Moraes dos Santos
                                  Coorientador(es)
                                    Orientando(s)
                                    • Amanda Medeiros Gomes
                                    Banca
                                    • Alcindo Antonio Ferla
                                    • Alessandro Diogo de Carli
                                    • Débora Cristina Bertussi
                                    • Kátia Santos de Oliveira
                                    • Mara Lisiane de Moraes dos Santos
                                    Resumo
                                    Página 4 de 9 (20 de 165 registros).