Mestrado em Saúde da Família

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TRABALHO Ações
AUTOCUIDADO APOIADO: CONHECIMENTO DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE NO CUIDADO EM DIABETES MELLITUS TIPO II NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE.
Curso Mestrado em Saúde da Família
Tipo Dissertação
Data 14/03/2023
Área SAÚDE COLETIVA
Orientador(es)
  • Bianca Cristina Ciccone Giacon Arruda
Coorientador(es)
    Orientando(s)
    • Nilda Maria de Jesus Santos Maurer
    Banca
    • Bianca Cristina Ciccone Giacon Arruda
    • Elen Ferraz Teston
    • Guilherme Oliveira de Arruda
    • Shérida Karanini Paz de Oliveira
    Resumo As condições crônicas constituem circunstâncias comuns aos atendimentos em saúde, dentre elas, destaca-se o Diabetes Mellitus tipo II, cuja participação ativa da própria pessoa que convive com doença é fundamental para o sucesso do tratamento. Para tanto, o autocuidado apoiado é uma tecnologia assistencial que propicia o empoderamento do indivíduo para o gerenciamento do autocuidado e o posiciona como protagonista do seu processo saúde-doença. Contudo, mesmo sendo baixo custo e associado a melhores resultados clínicos, o autocuidado apoiado não é implementado, por vezes, por dificuldades relacionadas ao conhecimento dos profissionais atuantes na Atenção Primária à Saúde. Este estudo objetivou compreender o conhecimento dos profissionais de saúde sobre o autocuidado apoiado no cuidado a indivíduos com Diabetes Mellitus tipo II. Estudo exploratório, de abordagem qualitativa, com coleta de dados realizada em duas Unidades de Saúde da Família do município de Campo Grande, estado de Mato Grosso do Sul. Os dados foram coletados em quatro grupos focais, dois em cada unidade de saúde, entre os meses de fevereiro e abril de 2022, com 37 profissionais de saúde. Os grupos focais foram conduzidos com uso de questões norteadoras acerca do tema. Foi aplicado um questionário de caracterização sociodemográfica dos participantes. Os dados obtidos foram submetidos à análise de conteúdo, subsidiada pelo referencial teórico Theoretical Domains Framework. Esse trabalho está inserido em um projeto matricial intitulado “Autocuidado apoiado no manejo do Diabetes mellitus na Atenção Primária: intervenção e avaliação”, o qual foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos. Os resultados foram estruturados em duas categorias: O conceito do autocuidado apoiado e seus elementos; e Fatores que interferem no autocuidado apoiado. Sobre a primeira, os principais resultados versaram sobre os cuidados aos indivíduos, tendo a unidade de saúde e a família como suporte e corresponsáveis, e a fragilidade no conhecimento acerca da tecnologia do autocuidado apoiado, atrelando-o à assiduidade do indivíduo aos cuidados e serviços ofertados. Em relação a segunda categoria, foram indicados como fatores limitantes a implementação dos elementos do autocuidado de maneira não sistematizada; fragilidade no cuidado interdisciplinar; conhecimento e aceitação do indivíduo sobre sua condição de saúde; influencia de fatores culturais e socioeconômicos da população no comportamento e na aplicação do autocuidado; diferentes recursos disponíveis ao serviço e a descrença no poderio de mudança social. Conclui-se que, apesar das fragilidades identificadas no conhecimento e na aplicabilidade da tecnologia do autocuidado apoiado a organização do processo de trabalho, dos recursos humanos e de infraestrutura, e a cultura de educação permanente podem refletir na implementação dessa tecnologia nos contextos de saúde, proporcionando um cuidado adequado a indivíduos com Diabetes Mellitus tipo II. O entendimento acerca do conhecimento profissional quanto ao uso dessa tecnologia permite a compreensão de barreiras e potencialidades de uso na Atenção Primária à Saúde. O estudo subsidiou a identificação de empecilhos a novas práticas eficazes em autogerenciamento de condições crônicas no que tange indivíduos com Diabetes Mellitus tipo II.
    Conhecimento das Mulheres sobre o HPV e Câncer de Colo Uterino em área de abrangência da Estratégia Saúde da Família, Campo Grande-MS
    Curso Mestrado em Saúde da Família
    Tipo Dissertação
    Data 08/03/2023
    Área SAÚDE COLETIVA
    Orientador(es)
    • Cacilda Tezelli Junqueira Padovani
    Coorientador(es)
      Orientando(s)
      • Nina Kriss do Amaral Rodrigues
      Banca
      • Adriane Pires Batiston
      • Cacilda Tezelli Junqueira Padovani
      • Luana Silva Soares
      • Marco Antonio Moreira Puga
      Resumo A infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo é causada pelo Papilomavírus humano (HPV). Alguns tipos de HPV são considerados de alto risco oncogênico e sem relacionam com câncer de colo uterino. O conhecimento das mulheres sobre a relação causal entre HPV e o câncer de colo uterino é relevante, por ser imprescindível para a eficácia de seu rastreamento e controle. Pessoas sexualmente ativas estão expostas ao vírus, por isso a prevenção é o método mais eficaz, através da vacinação e adoção de práticas sexuais conscientes e protegidas. O objetivo desta pesquisa foi verificar o nível de conhecimento sobre o HPV, bem como, a relação com o câncer de colo uterino, das mulheres atendidas na área de abrangência da Estratégia Saúde da Família do bairro Sírio Libanês, em Campo Grande, MS. A pesquisa é descritiva, transversal, com coleta de dados primários de mulheres atendidas no período de maio a agosto de 2022, foram incluídas 250 mulheres, abordadas em consultas ginecológicas ou visitas domiciliares, mediante entrevista estruturada com aplicação de questionário por enfermeiro ou agentes comunitários de saúde. Observou-se que 43,6% possuem o ensino médio completo e 55,6% recebem entre 1 e 3 salários-mínimos. A maioria (88,4%)já ouviu falar sobre o HPV, no entanto, 27,6% das mulheres não souberam afirmar o que o HPV significa; 31,2% das mulheres desconhecem o sexo oral como via de transmissão viral, 80,8% não referiu o contato pele-pele como modo de transmissão e 35,6% não reconheceram as verrugas genitais como manifestação clínica da infecção. A maioria (71,2%) referiu o hábito de autoexaminar-se, no entanto, 81 mulheres (32,4%) afirmaram ter realizado o exame colpocitológico entre 1 e 2 anos e 73 (29,2%) não realizavam há mais de dois anos. A maioria afirmou estar ciente da importância da vacinação contra o HPV, da realização do exame colpocitológico e do uso de preservativos em todas as práticas sexuais como forma de prevenção da infecção, no entanto, 22,4% das mulheres não apontaram a redução do número de parceiros sexuais e 74,8% delas desconhecem ou negam que o não compartilhamento de utensílios pessoais pode contribuir para a prevenção da infecção por HPV. A maioria (95,2%) das mulheres afirmaram existir tratamento para a infecção. Profissionais de saúde (56%) e televisão (47,6%), foram as fontes de informação sobre o HPV mais frequentes. Dentre as mulheres que possuem filhos, 35% afirmaram que as crianças não foram vacinadas contra o HPV ou não souberam informar. Concluiu-se que o conhecimento das investigadas era limitado quanto às especificidades da infecção e sua relação com o câncer de colo uterino. Com o desenvolvimento da pesquisa constatou-se o aumento efetivo pela busca do exame preventivo na unidade, conforme o relatório de procedimentos individualizados. É possível afirmar que houve impacto direto nos indicadores de saúde da mulher, na disseminação do conhecimento acerca do HPV, favorecendo a principal forma de prevenção contra a infecção causada pelo HPV, o que configura a aplicabilidade e relevância do estudo para a ESF.

      INCAPACIDADE FÍSICA NA PESSOA COM HANSENÍASE E A ASSISTÊNCIA DAS EQUIPES DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA EM MATO GROSSO DO SUL
      Curso Mestrado em Saúde da Família
      Tipo Dissertação
      Data 03/03/2023
      Área SAÚDE COLETIVA
      Orientador(es)
      • Marli Marques
      Coorientador(es)
        Orientando(s)
        • Ana Paula Ribeiro Mijolaro Lagemann
        Banca
        • Adriane Pires Batiston
        • Alessandro Diogo de Carli
        • Arthur de Almeida Medeiros
        • Jaison Antônio Barreto
        • Marli Marques
        • Sonia Maria Oliveira de Andrade
        Resumo A hanseníase é uma doença de grande poder incapacitante e ainda representa um grave problema de saúde pública no Brasil. Incapacidades físicas sinalizam diagnóstico tardio e precariedade na assistência. Nosso objetivo foi avaliar a frequência de incapacidade física na pessoa com hanseníase e a assistência das equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) em Mato Grosso do Sul. Realizou-se uma pesquisa descritiva, quantitativa, utilizando dados primários e secundários de Mato Grosso do Sul, no período de 2016 a 2020. Dados primários foram coletados através de questionário com 34 questões, para médicos e enfermeiros das Unidades de Saúde com ESF (US/ESF) e que notificaram casos de hanseníase entre 2018 a 2020 e aos fisioterapeutas, que atenderam casos de hanseníase nos diferentes serviços de saúde. Participaram 82 profissionais, de 27 municípios, sendo 54 enfermeiros, 19 fisioterapeutas e 9 médicos. Deste total, 60 (73,17%) atuam em US/ESF e 22 (26,83%) em outros serviços. Os 19 fisioterapeutas participam no diagnóstico precoce e assistência, preenchem o formulário de avaliação do Grau de Incapacidade física (GIF) no diagnóstico e na alta e da avaliação neurológica simplificada. Nas US/ESF apenas 45,00% referiram realizar avaliação do GIF e escassez de materiais: fio dental, estesiômetro, tubo de vidro, tabela de Snellen, nas demais US o GIF está sendo realizado (72,72%) a despeito da escassez de materiais essenciais, exceto estesiômetro. Dados secundários foram coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no site DataSUS, de casos novos, residentes no estado, notificados entre 2016 a 2020, curados e avaliados usando parâmetros do Ministério da Saúde. Entre os 1.900 casos novos, o GIF no diagnóstico foi 81,89%, GIF2 em 12,85%, não avaliados ou ignorado, 18,10%, parâmetro “regular”. Nas coortes de cura, o GIF foi 72,12%, GIF2 em 6,17%, não avaliados ou ignorado, 27,87%, parâmetro “precário”. O GIF2 no diagnóstico foi elevado e na alta ficou comprometido pela ausência de avaliação mínima necessária. O GIF2 no ingresso do paciente foi alto, sinalizando retardo no diagnóstico. A precariedade das avaliações do GIF evidencia fragilidade da assistência e comprometimento do planejamento de ações em todos os níveis de atenção. Os pacientes, no diagnóstico, apresentam incapacidade física acima do aceitável e na alta por cura, estão subdiagnosticadas, evidenciando baixa qualidade da assistência. Esta assistência deve atender aos protocolos estabelecidos, focadas no diagnóstico precoce, tratamento, cura, avaliação de incapacidade física no diagnóstico, durante o tratamento e na alta e reabilitação aos casos com incapacidade física instalada. Nossos achados sinalizam a necessidade de fortalecer a atenção básica e os serviços de referência em fisioterapia, com disponibilidade de materiais fundamentais nas avaliações, além de treinamentos/capacitações teórico e prático, aos fisioterapeutas, abordando o manejo clínico, avaliação física, da sensibilidade, prevenção e reabilitação.

        Descritores: Saúde da Família; Hanseníase; Modalidades de Fisioterapia; Epidemiologia
        CONDIÇÕES DE VIDA E SAÚDE DE INDÍGENAS KAINGANG COM DIABETES MELLITUS
        Curso Mestrado em Saúde da Família
        Tipo Dissertação
        Data 16/02/2023
        Área SAÚDE COLETIVA
        Orientador(es)
        • Elen Ferraz Teston
        Coorientador(es)
          Orientando(s)
          • Júnior Cesar de Souza Benedito
          Banca
          • Adriane Pires Batiston
          • Alberto Sumiya
          • Arthur de Almeida Medeiros
          • Elen Ferraz Teston
          • Maria do Carmo Lourenço Haddad
          • Renata Palopoli Picoli
          Resumo O Diabetes Mellitus é uma condição crônica prevalente no cenário mundial, que além de repercutir na qualidade de vida, pode levar a complicações sistêmicas e orais. A relação diabetes e doença periodontal é bidirecional, sendo observado um agravo na destruição do tecido periodontal e um controle glicêmico desfavorável em pessoas com diabetes e doença periodontal. Nesse sentido, tornam-se necessárias investigações que envolvem a relação entre a doença periodontal e o diabetes mellitus, em especial na população indígena pela condição de vulnerabilidade e pelas limitações de acesso aos serviços de saúde. Tem-se por objetivo analisar a condições de vida, saúde e doença periodontal em indígenas Kaingang com Diabetes Mellitus. Estudo descritivo, analítico, transversal com abordagem quantitativa, realizado a partir de entrevistas, exame intraoral e consulta dos registros em prontuário. Os dados foram coletados no período de agosto a outubro de 2022 e analisados por meio de estatística descritiva e inferencial, utilizando-se os testes t de Student e Qui-quadrado. Dentre os 45 participantes, 53,3% eram mulheres, com idade média de 56,3 ± 12,4 anos, sendo 71,2% com idade entre 40 e 59 anos. Para realização da entrevista, 64,4% indígenas necessitaram do tradutor. No que concerne ao estado conjugal, 91,1% morava com companheiro(a). Em relação à escolaridade, 44,4% frequentaram o ensino fundamental e 37,8% não estudaram. Quanto aos comportamentos em saúde, 20,0% eram tabagistas, 11,1% faziam uso abusivo de álcool, 42,2% eram irregularmente ativos e 28,9%, sedentários. A média de dentes cariados, perdidos e obturados foi de 21,7 ± 9,6, sendo 31,1% dos participantes estratificados com risco elevado para saúde bucal. Ademais, 42,2% referiram xerostomia e 66,7% foram diagnosticados com doença periodontal, sendo 24,5% foram diagnosticados com gengivite e 42,2%, periodontite. Quanto às condições clínicas, 17,8% utilizavam insulina, 13,3% estavam em polifarmácia, 62,2% eram hipertensos e 48,9%, obesos. Em relação aos marcadores metabólicos, a média de hemoglobina glicada foi de 9,6 ± 2,7%; glicemia venosa, 189,1 ± 95,3 mg/dL; triglicérides, 297,2 ± 332,1 mg/dL; colesterol total, 187,4 ± 52,8 mg/dL; creatinina, 0,9 ± 1,5 mg/dL e ureia, 30,5 ± 9,9 mg/dL. Os resultados demonstram a importância de ações de rastreamento precoce das condições crônicas na população indígena e a necessidade de incluir ações individuais de autocuidado, monitoramento da glicemia e pressão arterial, estímulo a redução no consumo de tabaco e utilização de álcool, à prática de atividade física; além de estratégias que estimulem um regime alimentar saudável.
          Cobertura e Ações da Gestão do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional em Mato Grosso do Sul, 2009-2019
          Curso Mestrado em Saúde da Família
          Tipo Dissertação
          Data 13/12/2022
          Área SAÚDE COLETIVA
          Orientador(es)
          • Osvaldinete Lopes de Oliveira Silva
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • Francielle Perini Zanatta
            Banca
            • Camila Medeiros da Silva Mazzeti
            • Elen Ferraz Teston
            • Luciana Bronzi de Souza
            • Osvaldinete Lopes de Oliveira Silva
            • Rita de Cassia Bertolo Martins
            Resumo O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional objetiva fornecer dados sobre a situação nutricional e alimentar dos usuários do Sistema Único de Saúde para a formulação de ações, programas e políticas que visem tanto a promoção da alimentação adequada e saudável, como a prevenção e o tratamento de agravos nutricionais. É uma importante ferramenta de apoio para as equipes de Estratégia de Saúde da Família organizarem as ações locais de atenção nutricional. O objetivo do estudo foi avaliar a tendência temporal de cobertura do sistema e identificar as ações desenvolvidas pela gestão que potencializam esta cobertura. Trata-se de pesquisa analítica, quantitativa, ecológica e transversal com coleta de dados primários e secundários. Os dados primários foram coletados através de questionário eletrônico aplicado aos coordenadores municipais do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional autorizados por seus Secretários de Saúde no período de 2021 a 2022. Os dados secundários foram provenientes do SISVAN web, coletados em 2021, de relatórios públicos segundo o indicador peso para altura, e de acesso restrito para cobertura de marcadores de consumo alimentar, autorizada pela Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul, de crianças menores de 5 anos, e as estimativas populacionais do Ministério da Saúde para o respectivo ano. Os dados foram analisados pelo software estatístico STATA 13.0. Para a análise da tendência temporal do estado nutricional foi realizada regressão Joinpoint e para associação das variáveis regressão logística. Participaram do estudo 43,03% (n=34) dos municípios sul-mato-grossenses. Observou-se tendência temporal de aumento da cobertura de registro dos indicadores do estado nutricional. A minoria dos coordenadores utiliza o sistema para apoio às ações de gestão. Entre os municípios que apresentaram equipamentos antropométricos suficientes a chance de ter a cobertura do estado nutricional acima da média nacional foi de 6 vezes (p 0,043), de 5 vezes para aqueles que tinham equipamentos em boas condições de uso (p 0,021) e formulários impressos (p 0,046) e de 4 vezes para aqueles que receberam capacitação (p 0,047) essas variáveis potencializaram a cobertura para estado nutricional. Quanto à cobertura para marcadores de consumo alimentar foi observado que aqueles municípios que receberam capacitação para marcadores a chance de ter a cobertura acima da média nacional foi de 4 vezes com uma marginal significância (p 0,059). A falta de capacitação (p 0,059), quantidade insuficiente de profissionais (p 0,046) e a sobrecarga de trabalho (p 0,046) foram dificuldades apontadas com associação negativa com a cobertura de consumo alimentar. Houve tendência de aumento da cobertura para o estado nutricional, porém é necessária valorização da VAN como instrumento de gestão, maior comprometimento dos gestores na disponibilidade de
            recursos para estrutura e capacitação dos coordenadores do Sistema de Vigilância Alimentar e nutricional fortalecendo as equipes de Estratégia de Saúde da Família no direcionamento das ações locais de alimentação e nutrição para que consigam desempenhar as atividades preconizadas no ciclo de gestão e produção de cuidado.
            Avaliação de Risco Cardiovascular e Síndrome Metabólica em usuários da atenção primária à saúde em zona rural do Município de Campo Grande, MS
            Curso Mestrado em Saúde da Família
            Tipo Dissertação
            Data 30/09/2022
            Área SAÚDE COLETIVA
            Orientador(es)
            • Camila Medeiros da Silva Mazzeti
            Coorientador(es)
              Orientando(s)
              • VANESSA TEIXEIRA DE SOUZA GUEDES
              Banca
              • Arthur de Almeida Medeiros
              • Bruna Paola Murino Rafacho
              • Camila Medeiros da Silva Mazzeti
              • Karine de Cassia Freitas Gielow
              • Rodrigo Guimaraes dos Santos Almeida
              Resumo O risco cardiovascular e a síndrome metabólica podem ser analisados considerando
              a probabilidade de um usuário desenvolver uma doença cardiovascular decorrente de
              vários fatores que devem ser investigados de modo que possam ser tratados no que
              tange aos cuidados da Atenção Primária. A literatura aponta que, as doenças
              cardiovasculares (DCV) são as principais causas de morte no Brasil e são apontadas
              como problemas de saúde constantes na Lista Brasileira de Condições Sensíveis à
              Atenção Primária, por serem potencialmente evitáveis. Neste sentido, salienta-se
              ainda que, a estratificação de risco cardiovascular é uma ferramenta importante para
              organização do atendimento e gera subsídios para a reorganização das ações
              ofertadas nos serviços de saúde. Posto isto, cabe ressaltar que, a Síndrome
              Metabólica surgiu como variável de interesse devido sua presença estar relacionada
              ao risco aumentado de morbimortalidade por doenças cardiovasculares. Diante deste
              cenário, este estudo investigou o risco cardiovascular e a síndrome metabólica em
              usuários dos serviços de saúde do município de Campo Grande – MS. O objetivo geral
              do estudo é avaliar o risco cardiovascular e presença da síndrome metabólica em
              usuários frequentadores da Unidade Saúde da Família Manoel Cordeiro, uma
              população rural, no município de Campo Grande. Os objetivos específicos deste
              trabalho consistiram em identificar os fatores de riscos nesta população e mensurar o
              risco cardiovascular e a presença da síndrome metabólica. Para tanto, a pesquisa é
              descritiva com abordagem quantitativa. O método utilizou questionário objetivo com
              questões sociodemográficas, condições crônicas, terapia medicamentosa, medidas
              antropométricas, resultados de exames bioquímicos, consumo alimentar, escore de
              Framingham e hábitos sobre atividade física. O tamanho da amostra foi de 130
              pesquisados com margem de erros de 0,5 e intervalo de confiança de 95%. A análise
              dos dados tabulados foi realizada pelo programa R Studio. Sendo possível concluir
              que o risco cardiovascular através da aplicação do escore de Framigham não é um
              instrumento interessante para esta população, pois a amostra não apresentou
              variabilidade. Na análise do risco cardiovascular através da aplicação do escore de
              Framigham, observou-se que a escala é complexa para usar na APS, pois não é um
              instrumento que apresenta o resultado instantaneamente, e a tentativa de se
              encontrar uma outra medida que a simplificasse não foi possível, pois a amostra não
              apresentou variabilidade no perfil dos usuários. Os resultados mostraram que a
              circunferência do pescoço pode ser um importante indicador da saúde, por ser um
              instrumento de rastreamento capaz de identificar os indivíduos com diagnóstico de
              SM. A facilidade de aplicação e o baixo custo podem viabilizar sua utilização em
              serviços da Atenção Primária a Saúde.
              A QUALIDADE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DO IDOSO EM RIO BRILHANTE-MS
              Curso Mestrado em Saúde da Família
              Tipo Dissertação
              Data 09/09/2022
              Área SAÚDE COLETIVA
              Orientador(es)
                Coorientador(es)
                Orientando(s)
                  Banca
                  • Arthur de Almeida Medeiros
                  • Luiza Helena de Oliveira Cazola
                  • Sônia Maria Oliveira de Andrade
                  Resumo
                  A QUALIDADE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM RIO BRILHANTE SOB A PERSPECTIVA DA PESSOA IDOSA
                  Curso Mestrado em Saúde da Família
                  Tipo Dissertação
                  Data 09/09/2022
                  Área SAÚDE COLETIVA
                  Orientador(es)
                  • Sonia Maria Oliveira de Andrade
                  Coorientador(es)
                  • Adriane Pires Batiston
                  Orientando(s)
                  • LEIDIANE SOARES DA SILVA
                  Banca
                  • Albert Schiaveto de Souza
                  • Ana Rachel Oliveira de Andrade
                  • Arthur de Almeida Medeiros
                  • Melina Raquel Theobald
                  • Sonia Maria Oliveira de Andrade
                  Resumo A Atenção Primária à Saúde (APS) é preferencialmente o primeiro contato do usuário com o Sistema Único de Saúde (SUS). No Brasil, a atenção à saúde da pessoa idosa é parte das atribuições da APS e estabelece como objetivo de toda e qualquer ação de saúde a de promover o envelhecimento saudável e ativo dessa população que vêm aumentando a cada ano, em nosso país. A Estratégia Saúde da Família (ESF) é o principal modelo na reorganização da APS, é necessária a presença dos quatro atributos essenciais e a extensão dos três atributos derivados, que orientam, caracterizam e medem a qualidade da APS. Diante disso, a presente pesquisa teve como objetivo avaliar a qualidade da APS na perspectiva dos usuários idosos dos serviços da APS em Rio Brilhante-MS. Para isto, foram realizadas entrevistas com uma amostra da população de 345 idosos, que utilizam os serviços dentre as oito unidades localizadas na região urbana do município, utilizando o questionário PCATool-Brasil (Primary Care Assesment Tool), instrumento de avaliação, validado nacionalmente pelo Ministério da Saúde, para pacientes adultos na versão reduzida composto por 26 itens distribuídos em 10 componentes relacionados ao tema. Para a caracterização sociodemográfica dos participantes foi utilizado um instrumento de coleta de dados composto por perguntas estruturadas, como idade, sexo, escolaridade, profissão e com quem compartilha a residência. Os participantes foram selecionados mediante técnica de amostragem aleatória simples, a partir do cadastro de usuários idosos na unidade, e as entrevistas foram realizadas pela pesquisadora na residência dos participantes que aceitaram e assinaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE). Foi realizada análise descritiva com apresentação dos resultados por meio das frequências absolutas e relativas para as variáveis categóricas, e através das medidas de centro e variabilidade para as variáveis contínuas. A análise inferencial foi realizada por meio do teste de regressão logística com apresentação da Odds Ratio e o respectivo intervalo de confiança de 95%, considerando significância estatística de 5%. Os resultados apontam que a média de idade dos participantes é de 69,6 anos, e os que trabalham fora têm mais chance de atribuir pontuação baixa de avaliação da atenção primária à saúde. Constatou-se maior utilização dos serviços oferecidos pelos usuários do sexo feminino de 69,7%. Quanto à avaliação da assistência oferecida no nível primário, o escore essencial da APS no município com média 6,94, ficou acima da nota de corte de 6,6, classificado como qualidade alta. O atributo essencial Acesso de Primeiro Contato – Utilização foi o mais bem avaliado com escore 9,19. O escore geral foi avaliado em 6,27, próximo à nota de corte, porém considerado baixo pelo instrumento. Conclui-se que a qualidade da APS segundo o escore geral é baixa, estando próximo ao ponto de corte. O escore essencial é alto, indicando que os serviços de saúde da APS do município são orientados por seus atributos promovendo maior satisfação dos usuários e com impacto positivo no estado de saúde da população. Os usuários conhecem os serviços de referência de seu bairro e estes são os primeiros a serem procurados pelos pacientes. Ações de melhoria podem ser tomadas no sentido de informar aos pacientes sobre o acesso que os mesmos possuem para consultar seu prontuário e informar/disponibilizar para a população a lista de serviços e orientações que são disponíveis caso possam precisar em algum momento como, por exemplo: saúde mental, tabagismo e aconselhamento sobre mudanças que acontece com o envelhecimento. Reorganizar as ações de saúde já existentes e implantando novos fluxos assistenciais que possibilitem a assistência de qualidade torna-se necessário e oportuno.
                  Revisão de Literatura do uso da Espécie vegetal Uncaria tomentosa na odontologia: Potencial aplicabilidade em pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS)
                  Curso Mestrado em Saúde da Família
                  Tipo Dissertação
                  Data 09/09/2022
                  Área SAÚDE COLETIVA
                  Orientador(es)
                  • Ana Tereza Gomes Guerrero
                  Coorientador(es)
                    Orientando(s)
                    • Leticia Silva Paes
                    Banca
                    • Ana Tereza Gomes Guerrero
                    • Gabriela Deutsch
                    • Juliana Silveira Gonçalves
                    • Renata Trentin Perdomo
                    • Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira
                    Resumo O cuidado odontológico é um tema de grande relevância quando se se diz respeito ao bem-estar geral do indivíduo. No Brasil, a saúde bucal tem conquistado cada vez mais espaço no cenário da saúde pública do país, apesar de doenças como cárie, doenças periodontais, candidíases, estomatites outras manifestações bucais de cunho inflamatório e infeccioso ainda serem recorrentes na rotina odontológica. Neste cenário, uma das formas de atuação do cirurgião-dentista no manejo dessas condições é o uso de medicamentos, sendo a fitoterapia e a prescrição de fitoterápicos regulamentadas pelo Ministério da Saúde, inseridas no Sistema Único de Saúde (SUS), e reconhecida pelo Conselho Federal de Odontologia. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi realizar o levantamento bibliográfico referente as atividades farmacológicas da Uncaria tomentosa - conhecida por sua atividade anti-inflamatória e imunorregulatória já comprovadas - e sua potencial aplicabilidade na prática odontológica, através de uma revisão sistemática da literatura, sem meta-análise. Para isso, foram realizadas buscas nas bases de dados MedLine/PUBMED, Scopus e Web of Science, utilizando os descritores Uncaria tomentosa, cat’s claw e dentistry, associados aos operadores booleanos OR e AND. Após aplicação da estratégia de busca, foram selecionados nove artigos para a revisão. Os achados bibliográficos foram favoráveis a implementação da unha de gato na prática odontológica, devido ao potencial farmacológico benéfico da planta ser bastante amplo. Junto a isso, destaca-se também sua relevância junto ao SUS, no que diz respeito a prevenção e promoção de saúde, e otimização do uso de recursos. No entanto, são necessários estudos mais recentes e mais robustos, como ensaios clínicos randomizados, para maior embasamento do tema proposto.


                    ANÁLISE DA PREVALÊNCIA E ESTADIAMENTO DE CÂNCER DE BOCA E OROFARINGE, COBERTURA DE SAÚDE BUCALE DADOS DOS SERVIÇOSEM MUNICÍPIOS SUL-MATO-GROSSENSES
                    Curso Mestrado em Saúde da Família
                    Tipo Dissertação
                    Data 08/09/2022
                    Área SAÚDE COLETIVA
                    Orientador(es)
                    • Nathan Aratani
                    Coorientador(es)
                    • Livia Fernandes Probst
                    Orientando(s)
                    • FABRIZIA FOLETTO
                    Banca
                    • Arthur de Almeida Medeiros
                    • Inara Pereira da Cunha
                    • LAÍS SALOMÃO ARIAS
                    • Mara Lisiane de Moraes dos Santos
                    • Nathan Aratani
                    Resumo Considerando estimativa no Brasil de 15.190 novos casos de câncer de boca e orofaringe para o triênio 2020 a 2022, justifica-se a importância da Equipe de Saúde Bucal na Atenção Primária estar qualificada para o diagnóstico precoce de lesões sugestivas e incipientes de câncer de boca e orofaringe; capacitada para realização da biópsia; e conhecimento do fluxo de regulação para os serviços especializados, promovendo o acesso, longitudinalidade, integralidade e coordenação do cuidado. OBJETIVO Avaliar a conduta das Equipes de Saúde Bucal na Atenção Primária no manejo do câncer de boca e orofaringe em municípios sul-mato-grossenses. METODOLOGIA Estudo descritivo, transversal, quantitativo, de bases de dados secundários oficiais e públicos, referentes aos municípios do estado de Mato Grosso do Sul. Foi analisado dados de prevalência de câncer de boca e orofaringe, CID-10 C00 - C10, cobertura de saúde bucal, estadiamento e a realização de cuidados em saúde bucal a partir dos dados do PMAQ-AB, 3º Ciclo. RESULTADOS Todos municípios sul-mato-grossenses, com exceção de Caarapó e Tacuru, apresentaram cobertura de saúde bucal acima da média nacional. O diagnóstico no estágio avançado foi predominante, inclusive naqueles com presença de 100% de cobertura de saúde bucal. Evidenciou fragilidades nos serviços de prevenção e diagnóstico do câncer de boca; busca ativa de lesões potencialmente cancerizáveis e de casos na comunidade; e exame sistemático das mucosas orais. Houve desconhecimento dos fluxos de encaminhamento para realização de biópsias e tratamento do câncer de boca e orofaringe aos Centros de Especialidades Odontológicas dentre as equipes de um mesmo município. CONCLUSÕES Foram encontradas falhas no processo de trabalho em relação às ações de prevenção, busca ativa, exames das mucosas orais, realização de biópsias, referência para biópsia e tratamento, podendo influenciar no estadiamento do diagnóstico, tratamento, qualidade de vida e sobrevida do paciente com neoplasias malignas de câncer de boca e orofaringe. Como potencialidades de aplicação ao Sistema Único de Saúde reforça-se a necessidade de educação permanente aos profissionais odontólogos para qualificar as ações de prevenção em saúde e conhecimento dos fluxos assistenciais, de modo a qualificar o cuidado.
                    Conhecimento de mulheres atendidas nas Clínicas da Família sobre HPV e câncer de colo do útero em Campo Grande - MS
                    Curso Mestrado em Saúde da Família
                    Tipo Dissertação
                    Data 06/09/2022
                    Área SAÚDE COLETIVA
                    Orientador(es)
                    • Cacilda Tezelli Junqueira Padovani
                    Coorientador(es)
                      Orientando(s)
                      • FRANCISCA CARLA DA SILVA MENDONÇA
                      Banca
                      • Adriane Pires Batiston
                      • Alda Maria Teixeira Ferreira
                      • Cacilda Tezelli Junqueira Padovani
                      • Ines Aparecida Tozetti
                      • Luana Silva Soares
                      Resumo A infecção persistente pelo Papilomavírus humano (HPV) é uma das condições necessárias para o desenvolvimento do câncer cervical, e o conhecimento sobre o tema é importante para prevenção e controle da doença. O trabalho teve como objetivo identificar o conhecimento de mulheres sobre o HPV e câncer de colo do útero, referente à caracterização socioeconômica, transmissão, prevenção, sintomas relacionados e as fontes de informações. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva e transversal, com uso de dados primários obtidos de 200 mulheres com idade superior a 25 anos, que buscavam atendimentos entre as três Clínicas da Família, situadas em bairros que apresentam vulnerabilidades socioeconômicas, em Campo Grande, MS. As mulheres foram abordadas de forma individual e por conveniência, enquanto aguardavam atendimentos diversos. Todas assinaram o TCLE (CEP/UFMS Parecer 4.658.757, 19/04/2021). Em ambiente reservado foi aplicado um questionário impresso, estruturado contendo 20 questões de múltipla escolha relacionadas ao conhecimento sobre à infecção por HPV e perfil socioeconômico. Os dados foram analisados pelo programa (Software Microsoft Excel®, 2013) e a associação entre as variáveis foi realizada pelo teste Qui-quadrado (significância p<0,05). Dentre as 200 mulheres entrevistadas, 32,5% (65/200) não assinalaram que o HPV é um tipo de vírus que pode ocasionar o câncer cervical e 16% fizeram interpretação equivocada, designando o HPV como o câncer propriamente dito (10,5%) ou herpes genital (5,5%). Ao relacionar esses resultados ao grau de escolaridade, observou-se que os maiores percentuais de desconhecimento estavam dentre as mulheres com os menores níveis de escolaridade. Apenas 5,5% (11/200) consideraram o contato pele-pele como via de transmissão e 28,5% das mulheres não tinha conhecimento sobre transmissão pelo sexo oral. Houve predomínio de mulheres (64%, 128/200) que relataram que a infecção não tem sinais/sintomas e 23,5% (47/200) não relacionaram o HPV às verrugas genitais. Quanto à prevenção, 36% (72/200) das mulheres não tinha conhecimento sobre a vacina contra o HPV e 41% (82/200) desconhecia que meninos também devem ser vacinados contra o HPV. A fonte de informação mais frequente sobre o HPV foi a televisão (49%, 99/200) e somente 27% (54/200) e 25% (50/200) das mulheres obtiveram conhecimento através dos profissionais de saúde e as escolas/locais de ensino, respectivamente. Os resultados apontam fragilidades no conhecimento em relação à infecção por HPV e consolida a importância da educação em saúde, por meios confiáveis de comunicação e direcionada principalmente à transmissão e medidas de prevenção da infecção.

                      Descritores: Saúde da família; Câncer de colo do útero; Saúde da Mulher; Saúde Pública, conhecimento.
                      Marcadores Psicossociais da Pessoa com transtorno mental em conflito com a lei pós (Des)Institucionalização realizada pela (EAP) de uma capital brasileira
                      Curso Mestrado em Saúde da Família
                      Tipo Dissertação
                      Data 05/09/2022
                      Área SAÚDE COLETIVA
                      Orientador(es)
                      • André Barciela Veras
                      Coorientador(es)
                        Orientando(s)
                        • WILLIANA RODRIGUES RAFAEL MONTEIRO
                        Banca
                        • Adriane Pires Batiston
                        • André Barciela Veras
                        • Clayton Peixoto de Souza
                        • Débora Dupas Gonçalves do Nascimento
                        • Érika Kaneta Ferri
                        Resumo Reincidência criminal, falta de moradia e dificuldade no acesso às Políticas Públicas, são marcadores psicossociais encontrados em pessoas com transtorno mental desinstitucionalizadas. O projeto Reintegra, criado em 2019, é uma parceria em conjunto do Poder judiciário, Sistema penitenciário e Secretarias de Saúde (SES) (SESAU), onde se insere o Serviço de Avaliação e Acompanhamento das Medidas Terapêuticas Aplicadas à Pessoa com Transtorno Mental em Conflito com a Lei (EAP), visam reduzir os problemas psicossociais da desinstitucionalização através de um planejamento e acompanhamento individual e gradativo da desinternação dos presos, inserindo-os na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), conectando-os a rede de apoio familiar e adequando sua terapêutica conforme condicional da área jurídica. A pesquisa buscou descrever o processo de desinstitucionalização e os marcadores psicossociais dos pacientes acompanhados pelo projeto Reintegra onde se insere a EAP de Campo Grande – MS. Trata-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa, sendo utilizado para coleta de dados: a análise documental do Projeto Terapêutico Singular, prontuários e relatórios produzidos pela EAP; e, a aplicação de entrevista social por meio da Escala de Avaliação Global do Funcionamento (AGF) e o Questionário adaptado para Estudo de moradias de portadores de transtorno mental grave. A amostra contou com 41 pacientes acompanhados pelo projeto Reintegra já desinstitucionalizados, sendo que 31 (75,6%) aceitaram participar da pesquisa. A aceitação e assinatura do Termo de Livre e Esclarecido (TCLE) foi dividido entre os pacientes que respondiam legalmente por si 14 (45,1%) e aqueles curatelados 17 (54,9%). Os dados coletados são de diferentes momentos pós desinstitucionalização da EAP e os pacientes se encontravam em diversos locais de moradia, sendo que 20 (64,5%) estavam em residências, 6 (19,4%) em Residências Terapêuticas (RT), 1 (3,2%) aguardava no CAPS vaga em (RT), 2 (6,5%) institucionalizados em internações psiquiátrica particulares e permanentes por opção da família, e 2 (6,5%) retornaram à institucionalização prisional por reincidência criminal. Os dados sociodemográficos foram compostos por usuários com idade entre 18 a 59 anos, com predomínio do sexo masculino 30 (96,8%), solteiros 27 (87,1%), negros ou pardos 19 (61,3%), que possuem ensino fundamental incompleto 22 (70,9%), que nunca trabalharam 13 (41,9%) e 16 (51,6%) que dispunham de até 1 salário mínimo como renda familiar. Quanto aos marcadores sociais de vulnerabilidade e inserção social, 15 (48,4%) possuem acesso a benefícios sociais, 24 (77,4%) acesso a Defensoria Pública, 8 (25,8%) não possuem vínculo ou possuem vínculo fragilizado com a rede de apoio, 15 (48,4%) referiram situação de rua momentânea após saírem da prisão, todavia nenhum paciente foi identificado sem residência fixa permanente. Os transtornos mentais predominantes foram, o comportamental devido ao uso de Substâncias Psicoativas ilícitas (SPA) e Esquizofrenia e outras psicoses, obtiveram o mesmo resultado, de 9 (29,0%) cada. O diagnóstico de 16 (51,6%) ocorreu após o processo de institucionalização prisional. A média de internações psiquiátricas desde a institucionalização prisional foi de 6,06 por indivíduo e 26 (83,9%) relataram realizar regularmente acompanhamento na Rede de Atenção Psicossocial à Saúde (RAPS) e uso medicamentoso prescrito. A Escala de Avaliação Global de Funcionamento (AGF), observa-se predomínio de pacientes com Sintomatologia Grave 18 (58,1%), com pontuação entre 20 e 50. Conclui-se que os pacientes assistidos pelo projeto “Reintegra” da EAP de Campo Grande – MS, demonstraram marcadores psicossociais baixos comparados com indicadores nacionais.

                        Descritores: Saúde mental, Sistema Prisional, Saúde da Família, Políticas Públicas.
                        ACESSIBILIDADE AO DISPOSITIVO INTRAUTERINO (DIU) NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
                        Curso Mestrado em Saúde da Família
                        Tipo Dissertação
                        Data 02/09/2022
                        Área SAÚDE COLETIVA
                        Orientador(es)
                        • Rafael Aiello Bomfim
                        Coorientador(es)
                          Orientando(s)
                          • KÁTIA MELO CAVALARI
                          Banca
                          • Elen Ferraz Teston
                          • Maria Antonia Ramos Costa
                          • Nathan Aratani
                          • Rafael Aiello Bomfim
                          • Sebastiao Junior Henrique Duarte
                          Resumo O dispositivo intrauterino (DIU) de cobre, é o método contraceptivo reversível
                          mais utilizado em todo o mundo, é ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS),
                          totalmente seguro e altamente eficaz, com baixas taxas baixas relacionadas a
                          sua falha, porém, ainda subutilizado pela população brasileira. Essa restrição em
                          sua adesão pode restringir o pleno exercício dos direitos sexuais e reprodutivos
                          das mulheres brasileiras. Diante disso, o objetivo desse estudo foi de conhecer
                          as condições de acesso das mulheres ao DIU na Atenção Primária no município
                          de Campo Grande – MS. Para isso, realizou-se um estudo qualitativo, que
                          envolveu a realização de entrevistas individualizadas baseadas em roteiros
                          semiestruturados, como técnica de análise de dados utilizou-se o Consolidated
                          Framework for Implementation Research (CFIR) como guia para estabelecer os
                          constructos de avaliação. Utilizou-se os domínios do cenário interno; cenário
                          externo e características dos indivíduos do CFIR para a análise resultados.
                          Realizaram-se entrevistas com quatro grupos de 10 participantes cada: mulheres
                          usuárias do SUS que buscam atendimento para a inserção do DIU, mulheres
                          usuárias do SUS que inseriram o DIU, profissionais da atenção primaria saúde
                          que não fazem e que fazem a inserção do dispositivo. As entrevistas foram
                          orientadas por um roteiro previamente estabelecido, a partir de questões
                          disparadoras sobre o fluxo, acesso e disponibilidade do DIU. Foram analisadas
                          40 entrevistas, a partir destas, os relatos foram organizados e categorias foram
                          definidas. As entrevistas foram gravadas em áudio, transcritas, lidas e relidas.
                          Após essa etapa procedeu-se a análise de conteúdo seguindo suas etapas:
                          leitura flutuante, pré-análise e categorização temática. Destaca-se a partir dos
                          resultados encontrados que apesar de serem reconhecidas algumas facilidades,
                          ainda existem muitas limitações e barreiras do conhecimento, organizacionais e
                          operacionais que dificultam o acesso das mulheres à inserção do dispositivo
                          intrauterino pelas usuárias das unidades de saúdes a que são subordinadas.
                          Processo de trabalho do NASF: o que mudou para o enfrentamento da pandemia da COVID-19?
                          Curso Mestrado em Saúde da Família
                          Tipo Dissertação
                          Data 02/09/2022
                          Área SAÚDE COLETIVA
                          Orientador(es)
                          • Mara Lisiane de Moraes dos Santos
                          Coorientador(es)
                            Orientando(s)
                            • HERBERT OLIVEIRA MARTINS
                            Banca
                            • Alcindo Antonio Ferla
                            • Alessandro Diogo de Carli
                            • Débora Cristina Bertussi
                            • Leila Simone Foerster Merey
                            • Mara Lisiane de Moraes dos Santos
                            Resumo O objetivo deste estudo foi analisar as práticas de cuidado desenvolvidas por equipes multiprofissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) e dos Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Primária (NASF-AP) antes e durante a pandemia de COVID-19. Foi realizada uma pesquisa quantitativa transversal que utilizou o método de inquérito on-line por websurvey para o levantamento dos dados. Foram convidados a participar da pesquisa trabalhadores de equipes do NASF e equipes multiprofissionais da APS de todo o país. Os que aceitaram o convite responderam a um formulário com questões estruturadas e semiestruturadas sobre o perfil dos participantes e das equipes, e a execução de diversas práticas desenvolvidas no cotidiano do trabalho das equipes NASF. Responderam ao websurvey 733 trabalhadores. Com base nos critérios de inclusão e exclusão, a amostra final constituiu-se de 646 profissionais de equipes multiprofissionais ou NASF-AP de 24 Estados do país e do Distrito Federal, com idade média de 35,9 anos, variando de 22 a 67 anos. A maioria das profissionais da amostra foi do sexo feminino (83,4%). Participaram do estudo trabalhadores de 21 profissões diferentes, sendo as mais frequentes Fisioterapeutas (20,4%), Psicólogos (20,1%), Nutricionistas (17,3%), Assistentes Sociais (13,6%) e Profissionais de Educação Física (9,9%). A maioria dos respondentes atua em centros urbanos (76,6%) e estava há mais de dois anos na função (78%). Quanto ao percentual dos profissionais que participaram de formação, capacitação ou ação de educação permanente sobre a COVID-19 foi de 70,3%. Dos participantes, 76% tem curso de pós-graduação, sendo 65,9% na forma de especialização, seguidos por 9,6% com mestrado e 0,5% com doutorado. A principal área do conhecimento da pós-graduação foi Saúde Pública (38,4%). Antes da pandemia, as atividades realizadas com maior frequência foram consultas individuais, grupos de promoção e prevenção da saúde, visitas domiciliares, reuniões de equipe(s) com Estratégia de Saúde da Família, e grupos terapêuticos. As atividades menos realizadas antes da pandemia foram tele atendimentos, práticas Integrativas e complementares e projeto saúde no território. Durante a pandemia as práticas mais realizadas foram consultas individuais, triagem ou acolhimento de usuário em geral, suporte técnico de núcleo profissional, ações de cuidado relacionadas à pandemia e isolamento social relativas à prevenção de contágio, e o uso de redes sociais, vídeos, áudios, textos, jornais e aplicativos para orientações, divulgação e aproximação com a população. As práticas menos realizadas durante a pandemia foram visitas domiciliares a usuários sintomáticos de COVID-19, articulação em rede e vigilância de pacientes hospitalizados e a execução de grupos terapêuticos. De forma geral, os achados desta pesquisa identificaram que a pandemia da COVID-19 produziu mudanças nos processos de trabalho de equipes multiprofissionais da APS e do NASF. Em contraponto à redução na realização das práticas quando comparadas nos períodos estudados, houve também o surgimento de novas práticas para atender as necessidades do território e da população. Recomenda-se que cada território, a partir de suas necessidades, definam as práticas que precisam ser priorizadas por suas equipes. A pandemia emergiu novas práticas de saúde no âmbito na APS, investir em educação permanente em saúde e na formação dos profissionais para a área da Saúde Pública tem potencial para reorganizar o direcionamento das práticas de saúde do NASF, reforçando a importância do trabalho destes profissionais para a ampliação do cuidado e fortalecimento da integralidade na ESF. É urgente que cada território, cada equipe, a partir de suas necessidades, defina as práticas a serem realizadas, utilizando as ferramentas já desenvolvidas pelas equipes APS e NASF. Um grande desafio é incorporar as novas demandas impostas pela COVID-19, sem abdicar ou abandonar o cuidado aos usuários que necessitam de outras ações de saúde, melhorando a sintonia entre as práticas de dimensão clínico-assistenciais e técnico-pedagógicas.
                            TRANSTORNOS MENTAIS ENTRE OS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: UMA ANÁLISE NO CONTEXTO DA PANDEMIA DA COVID-19
                            Curso Mestrado em Saúde da Família
                            Tipo Dissertação
                            Data 18/08/2022
                            Área SAÚDE COLETIVA
                            Orientador(es)
                            • Débora Dupas Gonçalves do Nascimento
                            Coorientador(es)
                              Orientando(s)
                              • Lesly Lidiane Ledezma Abastoflor
                              Banca
                              • André Barciela Veras
                              • Arthur de Almeida Medeiros
                              • Débora Dupas Gonçalves do Nascimento
                              • Inara Pereira da Cunha
                              • Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira
                              Resumo Os Transtornos Mentais estão presentes entre os profissionais de saúde, e durante a pandemia da COVID-19 esse adoecimento foi intensificado, pois, o trabalho de maneira exaustiva trouxe graves conseqüências para a saúde mental daqueles que estavam na linha de frente. Este estudo teve como objetivo rastrear os transtornos mentais entre os profissionais da Atenção Primária à Saúde e os sintomas de depressão, ansiedade e estresse e os fatores de risco no município de Campo Grande – Mato Grosso do Sul. Para isso, o percurso metodológico tratou-se de um estudo transversal com 193 profissionais sendo: médicos, enfermeiros, odontólogos, farmacêuticos e fisioterapeutas que atuavam nas unidades de atenção primária à saúde nas sete regiões urbanas e rurais do município. Foi aplicado um questionário socioeconômico e a Escala de Depressão Ansiedade e Estresse (Depression Anxiety and Stress Scale - DASS-21) no período de novembro de 2020 a outubro de 2021. A prevalência dos transtornos mentais revelou que mais de 50% dos profissionais de saúde que atuavam na Atenção Primária à Saúde apresentaram algum sintoma de depressão, ansiedade ou estresse. Entre os transtornos mentais os trabalhadores foram rastreados no período pandêmico respectivamente 59,6%. (IC 95%) 54,4% (IC 95%) e 59,6% (IC 95%) de depressão, ansiedade e estresse nos níveis de leve a extremamente severo. A presença de sintomas de estresse foi mais prevalente entre os participantes com menos de 30 anos (RP: 2,36; p=0,023), que avaliam a sua saúde física como ruim (RP: 2,41, p=0,008), que possuem diagnóstico de transtorno mental (RP: 1,37, p= 0,006), que procuraram ajuda/tratamento psicológico e/ou psiquiátrico (RP: 1,56, p<0,001), que não se sentem seguros com as ações de enfrentamento a COVID-19 (RP: 1,88, p=0,004) e que tiveram alteração no processo de trabalho (RP: 1,36, p=0,007). Ser cirurgião dentista se configurou como fator de proteção para a presença de sintomas de estresse (RP: 0,52; p=0,038). Os resultados demonstram a necessidade de serviços, programas e projetos que priorizem a prevenção e reabilitação dos transtornos mentais comuns nos profissionais que atuam APS

                              Palavras-chave: COVID-19; Saúde da Família; Saúde Mental; Profissionais de Saúde.
                              Segurança do Paciente: Conhecimento e prática dos profissionais da estratégia saúde da família
                              Curso Mestrado em Saúde da Família
                              Tipo Dissertação
                              Data 18/08/2022
                              Área SAÚDE COLETIVA
                              Orientador(es)
                              • Adriane Pires Batiston
                              Coorientador(es)
                                Orientando(s)
                                • SIMONY PORTELA DO CARMO DRUMOND
                                Banca
                                • Adriane Pires Batiston
                                • Alexandra Maria Almeida Carvalho
                                • Arthur de Almeida Medeiros
                                • Elen Ferraz Teston
                                • Rodrigo Guimaraes dos Santos Almeida
                                Resumo A segurança do paciente é considerada um dos atributos da qualidade do cuidado, pois é capaz de impulsionar as demais políticas de saúde pública, tendo o foco na promoção do protagonismo de profissionais de saúde e suas equipes, como também o próprio paciente no processo de qualificação do cuidado. A Atenção Primária a Saúde (APS) desenvolve um importante trabalho para promoção e prevenção a saúde, porém a maioria das pesquisas priorizando a segurança do paciente se dá em ambiente hospitalar, e recentemente a APS tem sido foco em pesquisas sobre Segurança do Paciente, pois apesar de ser considerada relativamente segura, erros e eventos adversos também estão presentes na APS, sendo os mais comuns relacionados a erros de medicamentos e diagnósticos, na qual grande parte desses erros podem ser evitados. A cultura de segurança do paciente está em construção, e o desenvolvimento de ações em pleno avanço, permite aos serviços de saúde e aos profissionais, utilizar dados e ferramentas para garantir uma melhor assistência à saúde. O objetivo do presente estudo é avaliar o conhecimento e a prática dos profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) sobre segurança do paciente. Estudo transversal, com abordagem quantitativa, realizado em todas as unidades urbanas de ESF de Campo Grande - MS, com 207 profissionais de saúde, sendo 94 enfermeiros, 18 farmacêuticos e 95 médicos, todos atuantes no cuidado de pacientes com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus. Os dados foram coletados entre os meses de janeiro a dezembro de 2021, por meio de um questionário estruturado autoaplicável, elaborado a partir do Documento de Referência Nacional para Segurança do Paciente e uma ferramenta da Organização Mundial da Saúde para uso seguro de medicamentos. O questionário foi aplicado em uma amostra por conveniência dos profissionais de saúde. A análise dos resultados foi realizada por meio do programa estatístico SPSS, versão 24.0, e a avaliação da associação entre variáveis foi realizada por meio do teste qui-quadrado com nível de significância de 5%. O estudo permitiu descrever a caracterização sociodemográfica dos profissionais atuantes nas ESF, bem como a valorização dos mesmos acerca dos atributos necessários para a promoção da segurança do paciente no âmbito da APS e conhecimento e prática relacionados ao uso seguro de medicamentos. Os atributos de maior valorização para a segurança do paciente na prática profissional elegidos pelos participantes da pesquisa incluem a atenção centrada no paciente (19,8%; n=41), seguido do trabalho em equipe (16,9%; n=35) e o serviço aprender com os erros (18,3%; n=38). Entre, os profissionais, os farmacêuticos consideraram possuírem, um grau de conhecimento ótimo em relação a segurança do paciente, já os enfermeiros consideraram como regular. No que se refere a prática desses profissionais quanto ao uso seguro de medicamentos, 63% dos profissionais médicos relataram que sempre orientam os pacientes quanto aos possíveis riscos e eventos adversos, em relação as orientações ao paciente caso venham apresentar alguma reação adversa o que deve ser feito, 73,9% dos enfermeiros relataram que nunca orientam os pacientes e 10,3% dos farmacêuticos as vezes orientam. Quanto as interações medicamentosas, 70% dos médicos sempre orientam, porém, 92,3% dos enfermeiros relatam que nunca orientam quanto a esses cuidados, e quando há sobras de medicamentos 18,9% dos farmacêuticos sempre orientam aos pacientes o que deve ser feito, enquanto 50,7% dos médicos e 49,3% dos enfermeiros nunca fazem essa orientação. As práticas assistenciais ainda precisam ser revistas, a fim de reforçar as ações para qualidade e segurança do paciente, principalmente fortalecer e estruturar a educação permanente em saúde, como estratégia para que possam desenvolver um compromisso ético, consolidando o trabalho e a comunicação em equipe, construindo assim uma prática do cuidado com foco na segurança do paciente. O presente trabalho traz uma importante contribuição tanto para a formação dos profissionais de saúde que precisam incluir a temática da segurança do paciente em suas matrizes curriculares para melhores prepará-los para o mundo do trabalho, destaque também para a necessidade de implementação de ações de educação permanente nas equipes de ESF. O estudo avança no conhecimento sobre segurança do paciente e uso seguro de medicamentos no âmbito da APS, podendo seus resultados contribuir na melhoria do planejamento das ações de saúde nas equipes de ESF.


                                Palavras chaves: Segurança do paciente; Profissionais de saúde; Saúde da Família; Medicamentos; Doenças crônicas.
                                PROGRAMA DE CONTROLE DO TABAGISMO EM MATO GROSSO DO SUL: OFERTA, ADESÃO E EFETIVIDADE
                                Curso Mestrado em Saúde da Família
                                Tipo Dissertação
                                Data 16/08/2022
                                Área SAÚDE COLETIVA
                                Orientador(es)
                                • Marli Marques
                                Coorientador(es)
                                  Orientando(s)
                                  • Nádia Cristina de Souza Cordeiro
                                  Banca
                                  • Adriane Pires Batiston
                                  • Arthur de Almeida Medeiros
                                  • Lais Alves de Souza Bonilha
                                  • Marli Marques
                                  • Paulo de Tarso Guerrero Muller
                                  Resumo O tabagismo é reconhecido como uma doença epidêmica decorrente da dependência à nicotina e integra a 10ª Classificação Internacional de Doenças (CID10) no grupo de transtornos mentais e de comportamento devido ao uso de substâncias psicoativas, além de ser considerado pela Organização Mundial da Saúde como a principal causa de morte evitável no mundo. O estudo teve por objetivo avaliar o Programa Nacional de Controle do Tabagismo em Mato Grosso do Sul, taxas de cobertura, abandono, cessação, uso de medicamentos, rede de serviços de saúde e das razões pelas quais as equipes de Estratégia Saúde da Família de Campo Grande na aderiram ao programa. Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa, baseada em dados primários e secundários sobre o PNCT em Mato Grosso do Sul. Os dados primários foram obtidos por meio de questionário aplicado aos profissionais das Estratégia Saúde da Família (ESF) de Campo Grande, sem oferta do programa e avaliados quanto a frequência e presença de correlação entre as variáveis analisadas utilizando V de Cramer e teste de Qui-quadrado. Os dados secundários foram obtidos junto ao consolidado do Instituto Nacional de Câncer com os registros produzidos pelos serviços e comparando a situação da capital e interior. A cobertura populacional com a primeira avaliação clínica foi 12,45% em Campo Grande e 34,80% no interior. A demanda foi atendida por 100 unidades de saúde, prioritariamente na atenção básica. A efetividade do tratamento no estado foi 34,91% e o interior apresentou a maior taxa de abandono (40,21%). As principais correlações entre as respostas dos 86 pesquisados foram: interesse em ser capacitado versus interesse em implantar o programa; entre treinamento de ingresso sobre o programa versus sua oferta na unidade de saúde. Concluímos que o PNCT no estado apresenta baixa cobertura e oferta restrita na rede de saúde, além do desempenho mediano da assistência aos tabagistas. Evidencia-se a necessidade de investimento na capacitação dos profissionais da saúde, incluindo as equipes de ESF dando-lhes condições de responder as necessidades de promoção da saúde, reconhecendo o programa como de maior custo efetividade.

                                  Descritores: Programa Nacional de Controle do Tabagismo; Atenção Primária à Saúde; Saúde da Família; tratamento do tabagismo.
                                  Avaliação da capacidade de coordenação do cuidado pela Atenção Primária à Saúde na pandemia da Covid-19 em Região de Fronteira
                                  Curso Mestrado em Saúde da Família
                                  Tipo Dissertação
                                  Data 15/08/2022
                                  Área SAÚDE COLETIVA
                                  Orientador(es)
                                  • Adriane Pires Batiston
                                  Coorientador(es)
                                  • Luiza Helena de Oliveira Cazola
                                  Orientando(s)
                                  • Tatiana da Silva Santos Mattos
                                  Banca
                                  • Adriane Pires Batiston
                                  • Alberto Mesaque Martins
                                  • Alcindo Antonio Ferla
                                  • Ana Paula de Assis Sales
                                  • Arthur de Almeida Medeiros
                                  Resumo A trajetória do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil tem alcançado muitos resultados influenciados pela transição do perfil epidemiológico, contexto geográfico e as características socioeconômicas das diferentes regiões em saúde. Dentre os desafios a serem vencidos, destacam-se a integração da Rede de Atenção à Saúde (RAS), a garantia do financiamento, a ampliação do acesso e redução das barreiras territoriais. O fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS) é uma ferramenta que pode ser utilizada para alcance do processo integrativo. Este trabalho tem por objetivo avaliar a capacidade da coordenação do cuidado pela APS em uma região de fronteira e suas repercussões com a RAS durante a pandemia de covid-19. Para isso, foi realizado um estudo com delineamento transversal, com abordagem quantitativa, por meio de coleta de dados primários no período de dezembro de 2020 a abril de 2021. Participaram da pesquisa 54 profissionais, entre médicos e enfermeiros das Unidades Básica de Saúde (UBS) de Corumbá e de Ladário. A avaliação foi aferida pelo Instrumento de Avaliação de Coordenação das Redes de Atenção à Saúde pela Atenção Primária à Saúde (COPAS), elaborado por Mendes (2010) e adaptado com questões específicas do território da fronteira, autoaplicável. Além da classificação por escore geral, também realizou-se a avaliação por cada dimensão dentre elas distribuídas em população, APS, sistema de apoio, sistema logístico e sistema de governança e correlacionadas com as características sociodemográficas dos profissionais e as variáveis como Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e cobertura de APS. Entre os participantes, 72,2% eram do sexo feminino, a faixa etária mais frequente foi entre 26 a 56 anos, sendo a idade média de 39,96± 6,9 anos (média± desvio padrão da média). O escore geral do COPAS resultou em 64,09% com condição boa de coordenação da RAS pela APS na macrorregião. A dimensão das questões COPAS que apresentou o menor resultado de avaliação foi o Sistema de apoio em Corumbá (54,70) e Sistema Logístico em Ladário (61,25). Já o de melhor resultado foi APS tanto em Corumbá (68,74) como em Ladário (69,08). Este estudo atingiu o objetivo de avaliar a coordenação da APS na RAS em uma região fronteiriça durante a pandemia da covid-19. Também caracterizou sociodemograficamente médicos e enfermeiros correlacionando IDH e cobertura populacional em cada município. Por fim, pode contribuir para o processo de regionalização e integração, com características mais expressivas em região de saúde fronteiriça durante a pandemia da covid-19. Pode ainda servir como questões disparadoras para elaboração de estratégicas de desenvolvimento da integração da RAS no sistema de saúde local, por meio de um planejamento de ações mais eficazes que fortalecem o direito e acesso à saúde em diferentes territórios.
                                  Fatores Associados ao Nível de Atividade Física em Adolescentes: Subsídios para Atuação das Equipes de Saúde da Família.
                                  Curso Mestrado em Saúde da Família
                                  Tipo Dissertação
                                  Data 12/08/2022
                                  Área SAÚDE COLETIVA
                                  Orientador(es)
                                  • Elen Ferraz Teston
                                  Coorientador(es)
                                    Orientando(s)
                                    • Amanda Regis Furtado
                                    Banca
                                    • Adriane Pires Batiston
                                    • Carlos Alexandre Molena Fernandes
                                    • Dirceu Santos Silva
                                    • Elen Ferraz Teston
                                    • Rafael Aiello Bomfim
                                    • Sonia Silva Marcon
                                    Resumo A prática regular de atividade física é recomendada pela Organização Mundial de Saúde como fator fundamental para promoção da saúde e prevenção de doenças. Nesse sentido, destaca-se a importância da investigação dos fatores influentes nessa prática a fim de direcionar intervenções sobre os mesmos. Nesse contexto, objetivou-se analisar os fatores associados ao nível de atividade física em adolescentes. Estudo transversal, de abordagem quantitativa, realizado com adolescentes, regularmente matriculados na rede de ensino, no período de abril a outubro de 2021. Os dados foram coletados por meio de questionários enviados por plataforma online do Google Forms ou impressos e após tabulados, foram submetidos a análise estatística inferencial no software Stata versão 14.2. Participaram do estudo 219 adolescentes com média de idade de 15.7 anos, sendo que mais da metade eram meninas (52.5%) e de classe econômica média (51.1%). Dentre os participantes, 55.3% eram muito ativo/ativo, 39.3% com autoestima baixa, 17.8% apresentaram risco para desenvolver transtorno alimentar, 12.3% possuíam ansiedade grave e 13.3% depressão moderada. Os fatores associados ao nível de atividade física foram a autoestima (quanto maior o nível de autoestima maior a chance de prática de atividade física) e a depressão (quanto maior o risco para depressão, menor a prática de atividade física). A identificação desses fatores oferecem subsídios para o planejamento de ações de promoção da saúde e incentivo à prática de atividade física direcionada aos adolescentes, abordando questões relacionadas á autoestima e prevenção de doenças como a depressão.

                                    Palavras-Chave: Saúde da Família, adolescentes, atividade física
                                    Atenção pré-natal ofertada às gestantes infectadas pelo HIV nos municípios fronteiriços de Mato Grosso do Sul
                                    Curso Mestrado em Saúde da Família
                                    Tipo Dissertação
                                    Data 18/07/2022
                                    Área SAÚDE COLETIVA
                                    Orientador(es)
                                    • Renata Palopoli Picoli
                                    Coorientador(es)
                                    • Everton Ferreira Lemos
                                    Orientando(s)
                                    • ALINE PAULA KLEIN COELHO
                                    Banca
                                    • Débora Dupas Gonçalves do Nascimento
                                    • Inara Pereira da Cunha
                                    • Luiza Helena de Oliveira Cazola
                                    • Nathan Aratani
                                    • Renata Palopoli Picoli
                                    Resumo Objetivo: Analisar a qualidade da atenção ofertada às gestantes infectadas pelo HIV e suas características sociodemográficas, clinicas e laboratoriais do pré-natal e parto, e a taxa de detecção das gestantes residentes em municípios de fronteira com áreas conurbadas e não conurbadas de Mato Grosso do Sul. Métodos: Estudo ecológico, retrospectivo e descritivo sobre a assistência pré-natal e condições clínicas e laboratoriais de gestantes notificadas com a infecção pelo HIV, residentes nos 12 (doze) municípios da linha de fronteira internacional de Mato Grosso do Sul, no período de 2012 e 2020, a partir de quatro bases de dados secundários: Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc), Sistema de informação de Mortalidade (SIM) e Sistema de Controle de Exames Laboratoriais (Siscel) para investigação de variáveis sociodemográficas, de assistência pré-natal e parto, condições clínicas e laboratoriais. Os municípios foram divididos em dois grupos: os que fazem fronteira com área urbana conurbana (fronteira seca ou fronteira com rio) foram agrupados em Grupo 1 (G1), os municípios da linha de fronteira com área urbana não conurbada (com proximidade de área urbana) foram agrupados em Grupo 2 (G2). O coeficiente da tendência da taxa de detecção foi calculado pelo software R ® 4.1.2 para Windows 2016. Resultados: A população do estudo incluiu 117 gestantes com recém-nascidos (RN) vivos. No G1 a taxa de detecção acumulada de HIV em gestantes foi de 2,7/1.000 Nascidos Vivos (NV) e no G2 a taxa foi de 1,7/1.000 NV. Observou-se que 74,7% tinham 20 anos ou mais; 41,7% tinham de quatro a sete anos de estudo; ambos tiveram 50,0% com e sem parceiro; 61,3% eram pardas e a profissão do lar teve 89,3%. Em 91,4% das gestantes tiveram acesso ao pré-natal e 57,1% iniciaram no 1° trimestre de gestação e em 53,9% realizaram menos consultas que o preconizado, 57,0% receberam uma atenção de pré-natal inadequada. Ocorreu em 86,3% o parto cesáreo; 82,1% dos RN não foram prematuros e 92,3% não eram baixo peso. Sobre a condição sorológica 51,3% das gestantes já conheciam antes da atual gestação. Em 40,2% das notificações foram realizadas no 3º trimestre ou no parto. A profilaxia durante o pré-natal ocorreu em 90,1% das gestantes. A carga viral foi indetectável em 56,0%% das gestantes e a contagem de linfócitos TCD4+ igual ou acima de 500 cels/mm3 esteve presente em 44,2%. Conclusão: Constatou-se que os municípios do G1 tiveram uma maior taxa de detecção de HIV em gestantes. No G2, houve uma maior proporção na assistência e profilaxia no pré-natal, contudo houve um maior número de parto cesárea, carga viral detectável e contagem de T-CD4+ menor que 350 células/mm3, o que remete a uma possível fragilidade no acompanhamento dessas gestantes.

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