Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias

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Trabalhos

Trabalhos Disponíveis

TRABALHO Ações
AÇÃO DE FÁRMACOS SELECIONADOS IN SILICO SOBRE ALVOS FUNCIONAIS EM FORMAS EPIMASTIGOTAS DE​ Trypanosoma cruzi
Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
Tipo Dissertação
Data 30/07/2024
Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
Orientador(es)
  • Alda Maria Teixeira Ferreira
Coorientador(es)
    Orientando(s)
    • Carlos Miguel de Freitas Simões
    Banca
    • Alda Maria Teixeira Ferreira
    • Alessandra Gutierrez de Oliveira
    • Eliane Mattos Piranda
    • Ines Aparecida Tozetti
    • Maria Carolina Silva Marques
    Resumo A doença de Chagas (DC) é uma infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, o qual é transmitido predominantemente pelo contato com os dejetos dos insetos vetores conhecidos como "barbeiros”. Embora essa doença represente um grande desafio para a saúde pública, atualmente no Brasil há somente um fármaco para o seu tratamento, o benznidazol, o qual apresenta baixa eficácia na fase crônica e severos efeitos adversos. Sendo assim, a busca por novos fármacos que possam atuar de forma mais segura e eficiente ao longo da infecção torna-se justificável. Visando tal objetivo, este trabalho investigou potenciais alvos funcionais como a replicação, integridade de membrana plasmática, ciclo celular, potencial de membrana mitocondrial, complexidade e tamanho celular de epimastigotas de T. cruzi tratados o com a Concentração Inibitória 50% (CI50) dos fármacos selecionados anteriormente in silico, nitrato de oxiconazol e lansoprazol. Trata-se de uma pesquisa experimental, desenvolvida com ensaios in vitro, utilizando uma população clonal de Trypanosoma cruzi cepa Dm28c, mantida sob repiques periódicos em meio Liver Infusion Tryptose (LIT). Para os experimentos foi utilizada a forma epimastigota do parasito, submetidos ao tratamento com diferentes concentrações de fármacos por 24h para determinação da CI50/24h. Para os ensaios com citometria de fluxo, os parasitos foram tratados com a CI50 de cada fármaco durante 24h. O efeito dos fármacos (CI50) na replicação do parasito também foi avaliado ao longo de 120h. Foram utilizados os softwares Microsoft Excel 2020 e GraphPadPrism 7.04 para a análise das variáveis tempo de tratamento e fármacos; e os softwares FACSDIVA e FlowJo para análise dos dados da citometria. Quanto à análise estatística, os experimentos foram realizados em triplicata, e as diferenças entre o percentual de viabilidade dos parasitos foram comparadas entre os tempos, e para cada fármaco, pela análise de
    variância (ANOVA), com post test de Tukey. Os valores de p iguais ou menores que 0,05 foram considerados significativos. Dentre os achados desse trabalho, foi observado que o nitrato de oxiconazol afetou a replicação do parasito, além da capacidade de permeabilizar a membrana citoplasmática e de interferir em seu ciclo celular; o lansoprazol por sua vez apresentou resultados semelhantes ao controle não tratado. Sendo assim, o nitrato de oxiconazol demonstrou ser um candidato promissor como fármaco ativo contra T. cruzi. Sugere-se análises complementares para melhor compreensão do possível mecanismo de ação do lansoprazol sobre o microrganismo.
    PESQUISA DE COXIELLA BURNETTI E RICKETTSIA SPP. EM REBANHOS DE OVINOS PANTANEIROS DOS MUNICÍPIOS DE CAMPO GRANDE E TERENOS, MATO GROSSO DO SUL
    Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
    Tipo Dissertação
    Data 28/03/2024
    Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
    Orientador(es)
    • Alexsandra Rodrigues de Mendonça Favacho
    Coorientador(es)
      Orientando(s)
      • Mariana Ramos Santos
      Banca
      • Alexsandra Rodrigues de Mendonça Favacho
      • Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos
      • Marcos Barbosa Ferreira
      • Mauricio Claudio Horta
      • Renato Andreotti e Silva
      Resumo Febre Q e febre maculosa brasileira são zoonoses conhecidas mundialmente, causadas por bactérias dos gêneros Coxiella e Rickettsia, respectivamente, que apresentam ameaça global e têm impactos substanciais na saúde humana e animal, bem como na economia da criação de animais. Com o objetivo de analisar a participação dos ovinos na epidemiologia das doenças causadas por C. burnetii e Rickettsia spp., um estudo epidemiológico descritivo foi desenvolvido em duas propriedades: Centro Tecnológico de Ovinocultura (CTO) da UNIDERP em Campo Grande e Fazenda Modelo da Embrapa Gado de Corte, em Terenos, ambas no estado de Mato Grosso do Sul, Brasil. Amostras de sangue total e sangue-EDTA de 287 ovinos foram coletadas em setembro de 2021, nas duas áreas, seguidas por breve anamnese e coleta de dados dos rebanhos. As amostras de soro foram submetidas à Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) para detecção de anticorpos IgG anti-C. burnetii e anti-R. rickettsii. Das 287 amostras testadas, 4 (1,4%) foram reagentes para C. burnetii, com títulos iguais a 64. Para R. rickettsii, nenhuma amostra foi reagente. Para a investigação de C. burnetii, foi realizada PCR nested, utilizando-se oligonucleotídeos htpAB, apresentando tamanhos de 687pb e 440pb, na primeira e segunda PCR, respectivamente. Para a detecção de DNA de Rickettsia sp., foram utilizados oligonucleotídeos CS-78/CS-323, amplificando um fragmento de 401pb do gene citrato sintase (gltA). A presença de inibidores de PCR foi verificada para amplificação do IRBP. Ectoparasitas não foram encontrados no momento da anamnese. Na PCR, os DNAs de C. burnetii e de Rickettsia sp., não foram amplificados em nenhuma das amostras testadas. O estudo mostrou a presença de anticorpos anti-C. burnetii em ovinos pantaneiros nos rebanhos testados, confirmando pela primeira vez que este agente está circulando entre os rebanhos e ausência de Rickettsia spp. nas duas áreas estudadas. A compreensão aprofundada da presença desses patógenos em populações animais é crucial para a promoção da saúde pública e da saúde única, integrando aspectos da saúde animal, humana e ambiental.

      Palavras-chave: Febre Q. Febre Maculosa. Vigilância. Zoonoses. Saúde Única.
      MONITORAMENTO EPIDEMIOLÓGICO E GENÔMICO DA COVID-19 EM INDIVÍDUOS ENCARCERADOS NO SISTEMA PRISIONAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL, BRASIL
      Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
      Tipo Dissertação
      Data 27/03/2024
      Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
      Orientador(es)
      • Crhistinne Cavalheiro Maymone Goncalves
      Coorientador(es)
      • Marta Giovanetti
      Orientando(s)
      • Liliane Ferreira da Silva
      Banca
      • Ana Lucia Lyrio de Oliveira
      • Crhistinne Cavalheiro Maymone Goncalves
      • Everton Falcao de Oliveira
      • Everton Ferreira Lemos
      • Mariana Trinidad Ribeiro da Costa Garcia Croda
      Resumo Com o advento da pandemia COVID-19 o contexto das Unidades Prisionais (UP) passou a ser motivo de investigação por abrigar um grupo particularmente suscetível à COVID-19, os indivíduos encarcerados. O Brasil possui a terceira maior população carcerária do mundo, com celas superlotadas, mal ventiladas e transferências frequentes, o que agrava o risco de transmissão de agentes infecciosos, sendo o estado de Mato Grosso do Sul o que possui a terceira maior taxa de encarceramento. O objetivo do estudo foi analisar as características epidemiológicas e genômicas e a dinâmica de disseminação do SARS-CoV-2 para compreensão dos mecanismos de transmissão e evolução do vírus entre os indivíduos encarcerados. Trata-se de estudo epidemiológico, descritivo transversal, realizado em duas prisões masculina de regime fechado em Campo Grande – MS: Penitenciárias Masculina Fechada Gameleira I e II (PEMRFG I; PEMRFG II). O estudo envolveu 1.927 pessoas privadas de liberdade – PPL (83,93% da população carcerária total) nas duas instalações, entre maio e outubro de 2022, utilizando swabs nasofaríngeos, testes RT-qPCR para detecção de SARS-CoV-2, e o sequenciamento genômico. Como medidas de contenção, incluímos o isolamento e a estratégia de rastreamento de contato para monitorar a exposição dentro das celas. Das 2.108 amostras, foram identificados 66 diagnósticos moleculares positivos (3,13%), predominantemente entre indivíduos assintomáticos (77,27%). Quanto à distribuição etária, a mediana de idade foi de 29 anos, variando entre 18 anos a 47 anos, a situação vacinal variou de não vacinado à terceira dose. Foi realizada análise genômica usando sequenciamento de nova geração, Oxford Nanopore, em que se identificou a variante Ômicron (linhagem BA.2 e BA.5) com cobertura média de 99%. A árvore filogenética também foi realizada pelo Genome Detective em que se identificou clados monofiléticos, que fornece evidências robustas de transmissão linear e rastreável do vírus, enfatizando a presença de cadeias de transmissão específicas dentro do ambiente prisional estudado. O estudo destaca a necessidade de estratégias de controle abrangentes nas UP, incluindo rastreamento, protocolos de isolamento e vacinação.
      POTENCIAL ATIVIDADE DOS FÁRMACOS OXICONAZOL E LANSOPRAZOL SOBRE FORMAS TRIPOMASTIGOTAS DE Trypanosoma cruzi Dm28c
      Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
      Tipo Dissertação
      Data 26/03/2024
      Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
      Orientador(es)
      • Alda Maria Teixeira Ferreira
      Coorientador(es)
        Orientando(s)
        • Daniel Camilo Fonseca Cavalcanti
        Banca
        • Alda Maria Teixeira Ferreira
        • Carla Cardozo Pinto de Arruda
        • Eliane Mattos Piranda
        • Ines Aparecida Tozetti
        • Thalita Bachelli Riul
        Resumo A doença de Chagas é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. Classificada como uma Doença Tropical Negligenciada e endêmica da América Latina, acredita-se que até 7 milhões de pessoas estejam infectadas. Os tratamentos disponíveis para essa doença são pouco eficientes na fase crônica, além de apresentarem efeitos adversos. O processo de descoberta de novos fármacos é longo e de alto custo, sendo assim estratégias de reposicionamento de fármacos vem ganhando destaque, pois possibilita a redução de custos e período até sua disponibilização para uso. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade de dois fármacos, selecionados previamente in silico, sobre formas tripomastigotas metacíclicas de T. cruzi Dm28c. Foram realizados ensaios de citotoxicidade com os fármacos Oxiconazol (OXI) e Lansoprazol (LZP) frente às células Vero e em formas tripomastigotas metacíclicas, obtidas in vitro, sob condições quimicamente definidas com o objetivo de determinar a concentração capaz de inibir 50% da viabilidade dos parasitos. Posteriormente, foram realizados ensaios para avaliar a influência dos fármacos sobre o processo de metaciclogênese in vitro. Com os dados obtidos de CC50 (concentração citotóxica de 50%) e CI50 (concentração inibitória de 50%) foi calculado o IS (Índice de Seletividade). O OXI apresentou efeito citotóxico com CC50 de 45,11 μM, ao contrário do LZP que não apresentou citotoxicidade. O OXI teve efeito sobre formas tripomastigotas, com CI50 de 279,6 μM de 0,16, já o LZP teve um IS de 2,46 e com menor atividade contra o parasito. Ambos os fármacos foram ativos sobre o processo de diferenciação, onde formas intermediárias estiveram mais presentes que as tripomastigotas metacíclicas, revelando que desde o período de deflagração da diferenciação os fármacos afetaram o processo, impedindo ou retardando a finalização do mesmo. Sendo assim, os dois fármacos apresentaram efeito durante a metaciclogênese, contudo, apenas o OXI apresentou atividade contra as formas tripomastigotas metacíclicas.
        HESITAÇÃO VACINAL ENTRE PROFISSIONAIS DE SAÚDE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM CAMPO GRANDE, MATO GROSSO DO SUL
        Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
        Tipo Dissertação
        Data 22/03/2024
        Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
        Orientador(es)
        • Everton Falcao de Oliveira
        Coorientador(es)
        • Claudia Du Bocage Santos Pinto
        Orientando(s)
        • Danilo dos Santos Conrado
        Banca
        • Alessandra Gutierrez de Oliveira
        • Everton Falcao de Oliveira
        • Maria Elizabeth Araujo Ajalla
        • Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira
        • Wagner de Souza Fernandes
        Resumo A vacinação é ainda a melhor medida para o controle das doenças imunopreveníveis. Contudo, tem-se observado, nos últimos anos, queda nas coberturas vacinais, culminando em surtos de doenças que há anos estavam controladas. Neste cenário, a hesitação vacinal, definida como o atraso, receio ou recusa em se vacinar, apesar da disponibilidade das vacinas nos serviços de saúde, tem tomado força, potencializada pela disseminação de falsas informações sobre vacinas. A hesitação vacinal é um fenômeno complexo e precisa ser melhor compreendido de forma a contribuir no planejamento das ações para aumentar a cobertura vacinal a níveis recomendados. Esta pode estar presente também em profissionais de saúde, que são potenciais influenciadores para a vacinação da população em geral, especialmente para aqueles que atuam em unidades de atenção primária à saúde (APS) que estabelecem vínculos com os pacientes atendidos. Este trabalho tem por objetivo avaliar a hesitação vacinal entre profissionais de saúde da atenção primária de Campo Grande-MS, compreendendo os fatores que a determinam. Trata-se de um estudo descritivo transversal realizado no período de novembro de 2022 a agosto de 2023, através da aplicação de um questionário estruturado com base na avaliação de hesitação vacinal da Organização Mundial da Saúde (OMS). Participaram da pesquisa todos os profissionais que trabalham nas unidades de APS das áreas urbana e rural, selecionados por amostragem por conveniência. A análise dos dados se deu por estatística descritiva e inferencial (análise univariada e multivariada) para verificar a associação da hesitação vacinal com as variáveis do estudo. Foram entrevistados 349 profissionais de 73 unidades de saúde. A hesitação vacinal foi de 26,9%, com predominância após o início da pandemia de COVID-19 e em relação à vacinação contra o vírus pandêmico. A média de idade dos hesitantes foi de 40 anos, com predominância do sexo feminino, de cor/raça não branca, com ensino superior completo e renda média e tempo de atuação profissional maior que dos não hesitantes; porém estas variáveis não foram significativas para hesitação. Profissionais que prestam atenção direta aos pacientes como médicos e enfermeiros foram menos hesitantes. Os principais motivos para hesitação foram medo de eventos adversos, experiências ruins prévias com vacinas e ouvir informações negativas sobre vacinas. Ser influenciado por informações negativas sobre vacinas, conhecer profissionais que hesitam em se vacinar e em recomendar vacinas e ter outras pressões em suas vidas que os impeçam de se vacinar foram estatisticamente significativos para hesitação. Este estudo identificou a presença de hesitação vacinal entre os profissionais de saúde da atenção primária, mesmo para vacinas já estabelecidas há anos e aponta a complexidade deste fenômeno na população estuda, destacando a necessidade de melhor esclarecimento dos fatores que caracterizam esta hesitação bem como a educação destes profissionais para melhor aceitação da vacinação, culminando em aceitação vacinal coletiva na população em geral.
        VIGILÂNCIA DA DENGUE NO MATO GROSSO DO SUL: ANÁLISE GENÔMICA
        Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
        Tipo Dissertação
        Data 19/03/2024
        Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
        Orientador(es)
        • Crhistinne Cavalheiro Maymone Goncalves
        Coorientador(es)
        • Luiz Carlos Júnior Alcantara
        Orientando(s)
        • Larissa Domingues Castilho de Arruda
        Banca
        • Ana Lucia Lyrio de Oliveira
        • Crhistinne Cavalheiro Maymone Goncalves
        • Danila Fernanda Rodrigues Frias
        • James Venturini
        • Mariana Trinidad Ribeiro da Costa Garcia Croda
        Resumo A dengue, uma doença prevalente transmitida por vetores no Brasil, tem
        desencadeado surtos urbanos generalizados, representando um risco substancial à saúde pública desde seu surgimento no início de 1916. Investigar a dinâmica dos sorotipos do vírus da dengue (DENV) circulantes em diferentes regiões do Brasil é crucial para a implementação de medidas eficazes de controle e prevenção de doenças. Este estudo, descritivo e retrospectivo, abrange o período de 2021 e 2022 e envolveu 177 amostras de RNA com resultado positivo para arboviroses provenientes do Laboratório Central de Saúde Pública do estado de Mato Grosso do Sul (LACEN MS). Essas amostras foram originárias dos serviços de saúde para diagnóstico de dengue e outras arboviroses circulantes, visando a vigilância epidemiológica. As amostras recebidas continham informações sobre localização, início de sintomas, manifestações clínicas e classificação final. Em resposta à necessidade urgente, realizamos um programa de treinamento in loco em vigilância genômica, em colaboração com o Laboratório Central de Saúde Pública e a Secretaria de Saúde do estado de Mato Grosso do Sul. Essa iniciativa resultou na geração de 177 sequências genômicas de DENV coletadas entre maio de 2021 e maio de 2022, período durante o qual foram notificados mais de 11.391 casos de dengue no estado. Identificamos a co-circulação de dois sorotipos diferentes de dengue (DENV-1 e DENV-2) e
        observamos a presença de linhagens virais distintas dentro de cada genótipo, indicando múltiplos eventos de introdução de diferentes cepas virais na região. Em análises filogenéticas, as novas cepas de DENV1 foram classificadas como genótipo V e formaram quatro clados distintos (I-IV), sendo que os clados III e IV formaram agrupamentos monofiléticos robustos. No DENV2, foram classificadas no genótipo III BR4 Clado 2, anteriormente identificado no país em 2019. Integrando dados epidemiológicos, nossas descobertas revelaram flutuações temporais na abundância relativa de diferentes sorotipos ao longo de várias temporadas epidêmicas, destacando a dinâmica complexa e evolutiva da transmissão do DENV ao longo do
        tempo. Esses resultados enfatizam a importância contínua dos esforços de vigilância para monitorar a evolução viral, rastrear padrões de transmissão e orientar intervenções de saúde pública.
        Palavras-chave: Dengue vírus. Vigilância genômica. Filodinâmica. Epidemiologia.
        AVALIAÇÃO DA ESTRATÉGIA DE AGRUPAMENTO DE AMOSTRAS DE ESCARRO EM UM PROGRAMA DE TRIAGEM EM MASSA PARA TUBERCULOSE EM PESSOAS PRIVADAS DE LIBERDADE
        Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
        Tipo Dissertação
        Data 08/03/2024
        Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
        Orientador(es)
        • Julio Henrique Rosa Croda
        Coorientador(es)
        • Caroline Busatto
        Orientando(s)
        • Dâmaris Porto Batestin Silva
        Banca
        • Ana Rita Coimbra Motta de Castro
        • ANDREA DA SILVA SANTOS
        • Crhistinne Cavalheiro Maymone Goncalves
        • Julio Henrique Rosa Croda
        • Mariana Trinidad Ribeiro da Costa Garcia Croda
        Resumo 1.Introdução: A tuberculose (TB) é a segunda principal causa de óbito, por um único agente etiológico, perdendo somente para o COVID-19. Em países com endemicidade elevada, assim como o Brasil, há algumas populações vulneráveis e susceptíveis à TB, como as pessoas privadas de liberdade (PPL). O Brasil está classificado, mundialmente, como o 3º país com maior número de PPL, sendo consideradas público-alvo para ações de controle da TB, como a testagem em massa. 2.Objetivo: Avaliar a estratégia de agrupamento de amostras de escarro em um programa de triagem em massa para TB na PPL do Mato Grosso do Sul, Brasil. 3.Metodologia: Estudo descritivo transversal, sendo realizada a triagem em massa de TB ativa em quatro prisões de Campo Grande no Mato Grosso do Sul, Brasil, entre novembro de 2021 e maio de 2022. Todas as prisões eram de regime fechado, que incluíam homens maiores de 18 anos, e foram codificados em A, B, C e D. Foram coletados dados sociodemográficos e clínicos por meio de questionário padronizado em entrevista. Posteriormente, todos os participantes consentiram e forneceram uma amostra de escarro, independentemente dos sintomas de TB. As amostras foram testadas com o agrupamento de 8 amostras de escarro no GeneXpert MTB/RIF Ultra, seguido de teste individual com cultura em meio Ogawa-Kudoh, daqueles que foram positivos no teste agrupado. 4.Resultados: Rastreamos >95% das PPL (n=4564) em 61 dias. Das PPL rastreadas, 128 foram positivas para TB, com posterior confirmação individual, gerando uma prevalência de TB de 2,8% (95% IC 2.2-3.1). A maior prevalência de TB foi relatada na maior prisão incluída no estudo, com 2.134 participantes triados em 24 dias e prevalência de TB de 4,0%. A prevalência mais baixa foi encontrada no menor presídio, com 472 participantes triados em 8 dias e prevalência de 1,1%. 5.Conclusão: Ao implementar o método de agrupamento de amostras de escarro em triagem em massa, usamos 60% menos cartuchos GeneXpert MTB/RIF Ultra em comparação com o teste de todos os participantes individualmente, reduzindo os custos. Em locais com alta prevalência de TB, como prisões, reunir amostras de escarro e triagem em massa pode ser uma estratégia eficiente para diagnosticar precocemente os casos de TB, permitindo que a triagem seja realizada mais rapidamente e com menos recursos do que o teste individual.
        AVALIAÇÃO DE INFECÇÃO POR Candida glabrata EM HOSPITAL PÚBLICO TERCIÁRIO
        Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
        Tipo Dissertação
        Data 07/03/2024
        Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
        Orientador(es)
        • Rinaldo Poncio Mendes
        Coorientador(es)
          Orientando(s)
          • Maricelma Francelino Fialho Cândido
          Banca
          • Adriana de Oliveira Franca
          • Camila Marçon
          • Ricardo de Souza Cavalcante
          • Rinaldo Poncio Mendes
          • Thales Domingos Arantes
          Resumo Introdução. A denominação de Candida, como gênero de leveduras que apresentam características micológicas específicas, só foi oficializada em 1954. No contexto epidemiológico, são patógenos oportunistas encontrados em diversos ambientes, principalmente no corpo humano, podendo causar desde infecções superficiais até sistêmicas. O presente estudo focalizou a espécie Candida glabrata, desde a identificação molecular de isolados obtidos de diferentes espécimes clínicos de pacientes hospitalizados, sua distribuição segundo as unidades hospitalares e a avaliação da sensibilidade / resistência a compostos antifúngicos pertencentes a diferentes grupos farmacológicos. Pacientes e Métodos. Foram estudados isolados de vários espécimes clínicos de 80 pacientes atendidos em diferentes unidades de um hospital terciário. A identificação molecular foi feita utilizando-se a técnica MALDITOF MS e a avaliação da sensibilidade a antifúngicos foi realizada usando-se a metodologia preconizada pelo EUCAST e seis antifúngicos – um poliênico (anfotericina B desoxicolato - AmB), dois derivados triazólicos (fluconazol-FLC e voriconazol-VRC) e três equinocandinas (caspofungina, micafungina e anidulafungina). Resultados. Todos os isolados foram identificados como Candida glabrata stricto sensu. As cepas apresentavam elevada sensibilidade à AmB, às três equinocandinas e ao VRC, mas sensibilidade intermediária ao FLC. A prevalência de resistência à AmB e ao VRC era maior que às equinocandinas. Embora ainda dentro das faixas de sensibilidade, as concentrações inibitórias mínimas de AmB, anidulafungina e micafungina do presente estudo eram maiores que as publicadas pelo EUCAST, tomadas como referência. Conclusões. O presente estudo permite concluir que as cepas de Candida glabrata stricto sensu predominam nos diferentes espécimes clínicos avaliados nesta região e que não são sensíveis ao fluconazol, motivo pelo qual este composto antifúngico não deve ser primeira escolha no tratamento de pacientes graves. A alta prevalência de concentrações inibitórias mínimas elevadas, embora ainda dentro da faixa de sensibilidade, indicam a necessidade de identificação de todas as amostras em nível de espécie e, para os isolados de C. glabrata, a realização rotineira do teste de sensibilidade antifúngica, cujos resultados devem ser divulgados ao corpo clínico.
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          PERFIL SOCIOEPIDEMIOLÓGICO DE CASOS CONFIRMADOS DE MPOX EM MATO GROSSO DO SUL, NO ANO DE 2022
          Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
          Tipo Dissertação
          Data 06/03/2024
          Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
          Orientador(es)
          • Crhistinne Cavalheiro Maymone Goncalves
          Coorientador(es)
          • Danila Fernanda Rodrigues Frias
          Orientando(s)
          • Marcello Fraiha
          Banca
          • Alda Maria Teixeira Ferreira
          • Clarice Souza Pinto
          • Crhistinne Cavalheiro Maymone Goncalves
          • Everton Falcao de Oliveira
          • Leonice Domingos dos Santos Cintra Lima
          Resumo A Mpox é uma doença viral zoonótica que afeta mamíferos, inclusive os seres humanos, causada pelo vírus Monkeypox (MPXV). A doença é endêmica no continente africano, mas em 2022 ocorreram diversos casos em outros países, evidenciando sua rápida disseminação. Neste sentindo, a presente pesquisa teve por objetivo descrever o perfil socioepidemiológico da Mpox no estado de Mato Grosso do Sul, naquele ano. Para isso, foi realizado um estudo epidemiológico transversal, descritivo, retrospectivo e qualiquantitativo no âmbito do estado de Mato Grosso do Sul. Foram coletadas informações do sistema RedCap e e-SUS Sinan, compreendendo os seguintes indicadores: número de casos notificados, município de residência, faixa etária, escolaridade, raça/cor, sexo, orientação sexual, identidade de gênero, comportamento sexual, sinais/sintomas, formas de transmissão, necessidade de hospitalização, e evolução final do caso. Foram confirmados 160 casos de Mpox em todo o Estado no ano de 2022, dos quais 145 indivíduos foram considerados elegíveis para aplicação de um questionário on-line, composto por questões relacionadas ao seu estado civil, renda familiar, comorbidades pré-existentes, ações preventivas, procura por tratamento, cumprimento das precauções, e mudanças comportamentais pós doença. As informações foram submetidas à análise estatística descritiva no software R versão 4.2.2. O perfil socioepidemiológico destacou-se por indivíduos do sexo masculino (88,8%), faixa etária de 20 a 39 anos (66,9%) e com ensino superior (44,4%). Os principais sintomas foram erupção cutânea (81,9%), febre súbita (59,6%) e lesão genital/perianal (50%), e a principal via de transmissão foi a sexual (61,9%). Os participantes do estudo relataram não saber como a doença é transmitida em 47,8% dos casos, e os que sabiam, 42% afirmaram não ter realizado nenhuma medida preventiva. Para a realização do atendimento médico, 69,6% dos respondentes do questionário buscaram a rede pública, 21,7% a rede privada, e 8,7% a rede pública e depois a privada. Além disso 100% afirmaram terem realizado o isolamento domiciliar. Houve mudança comportamental durante o período da recuperação da doença, dos quais 66,7% evitaram contato íntimo e/ou sexual, 57,1% evitaram abraçar e beijar, 47,6% aumentaram a frequência de higiene, 42,9% mantiveram os hábitos, 28,6% evitaram ambientes com aglomerações e 23,8% adotaram outro tipo de medida. O estudo sugere a necessidade de enfatizar ações e cuidados nos grupos de maior vulnerabilidade, de forma ética e humanitária.

          Palavras-chave: Monkeypox virus. Perfil socioepidemiológico. Varíola dos macacos.
          DIFERENCIAÇÃO DE FÊMEAS DE LUTZOMYIA CRUZI E LUTZOMYIA LONGIPALPIS (DIPTERA: PSYCHODIDAE: PHLEBOTOMINAE) POR ESPECTROSCOPIA DE INFRAVERMELHO
          Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
          Tipo Dissertação
          Data 01/03/2024
          Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
          Orientador(es)
          • Alessandra Gutierrez de Oliveira
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • Matheus Eugênio Porto Barbosa
            Banca
            • Alessandra Gutierrez de Oliveira
            • Aline Etelvina Casaril Arrua
            • Everton Falcao de Oliveira
            • Mirella Ferreira da Cunha Santos
            • Wagner de Souza Fernandes
            Resumo No Brasil as espécies de flebotomíneo Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi são vetores de Leishmania infantum, agente etiológico da leishmaniose visceral. Lutzomyia longipalpis está presente em todas regiões do País, e Lutzomyia cruzi apenas no Centro-Oeste e Nordeste. As fêmeas das duas espécies não podem ser diferenciadas, pois são morfologicamente idênticas. Em Mato Grosso do Sul, ambas são encontradas em simpatria em seis municípios onde há notificações de leishmaniose visceral. A identificação taxonômica é necessária, pois o perfil epidemiológico pode ser influenciado pela espécie de vetor. Devido a evidências comportamentais, bioquímicas e morfológicas, há a existência de um complexo longipalpis cujas populações de Lutzomyia longipalpis e outras espécies estão incluídas, entre elas Lutzomyia cruzi. Diante do exposto é necessário buscar alternativas para minimizar esse problema utilizando-se métodos alternativos. Nesse sentido, a Espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier e fotoacústica (FTIR) é uma técnica que permite caracterizar bandas moleculares por meio de espectros sonoros sem a preparação prévia da amostra. É utilizada em diversos grupos em conjunto com machine learning (ML). O presente estudo tem como objetivo diferenciar fêmeas de Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi por meio de FTIR e aprendizado de máquina. Um total de 120 fêmeas de Lutzomyia cruzi e Lutzomyia longipalpis de Corumbá e Aquidauana, respectivamente, foram processadas no espectrômetro em grupo de quatro. Após o processamento das amostras, os espectros obtidos foram analisados para a caracterização das espécies com multianálises e aprendizado de máquina. Utilizando-se o algoritmo SVM Linear nas três faixas de bandas (4000 a 600 cm-¹; 3000 a 2800 cm-¹; 1800 a 800 cm-¹) com componentes principais necessários para cada faixa, a porcentagem foi acima de 95% de acurácia. Além disso, sugere-se também, que qualquer faixa espetral pode ser utilizada para obter um bom modelo de previsão para utilização na rotina laboratorial. Os testes de validação foram bem sucedidos, com uma exatidão global de 100% para todas as faixas espectrais analisadas com a escolha adequada de PCs. As faixas vibracionais 2800 cm-¹ (lipídios e ácidos graxos) e 1154, 1109 cm-¹ (carboidratos) correspondem às diferenças entre as duas espécies. Portanto, pode-se concluir que FTIR e aprendizado de máquina são competentes para a diferenciação das duas espécies.
            DESEMPENHO DO TESTE RÁPIDO IMMY® SONA ASPERGILLUS PARA DETECÇÃO DE GALACTOMANANA EM AMOSTRAS DE SECREÇÃO TRAQUEAL DE PACIENTES COM ASPERGILOSE PULMONAR ASSOCIADA À COVID-19 (CAPA): UM ESTUDO DE VIDA REAL
            Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
            Tipo Dissertação
            Data 27/02/2024
            Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
            Orientador(es)
            • James Venturini
            Coorientador(es)
            • Claudia Elizabeth Volpe Chaves
            Orientando(s)
            • Arthur Pereira dos Santos
            Banca
            • Amanda Ribeiro dos Santos
            • Ana Paula da Costa Marques
            • Bárbara Casella Amorim
            • Eliana da Costa Alvarenga de Brito
            • James Venturini
            Resumo A aspergilose é uma infecção fúngica causada pelo fungo do gênero Aspergillus, sendo o Aspergillus fumigatus a espécie mais comum. Este fungo está presente no ambiente e é constantemente inalado pelas pessoas. Em indivíduos que não possuem fatores imunossupressores ou doenças pulmonares prévias a aspergilose tende a não se desenvolver, no entanto, em algumas situações, a aspergilose pode se tornar uma preocupação significativa, especialmente em pacientes com o sistema imune comprometido, devido a condições como câncer, transplantes de órgãos e tratamentos imunossupressores. Além disso, pacientes sob cuidados de terapia intensiva, também são mais propensos a desenvolver essa doença fúngica. Assim, durante a pandemia de COVID-19, a aspergilose pulmonar associada à COVID-19 (CAPA) tornou-se muito significativa, principalmente pela grande quantidade de casos, requer, difícil diagnóstico, manejo desafiador e elevada mortalidade. O critério diagnóstico da CAPA comprovada, além da presença de critérios clínicos e radiológicos, requer visualização e/ou isolamento do fungo a partir de amostras de lavado broncoalveolar ou biópsias pulmonares. No entanto, a coleta desses materiais biológicos demanda procedimentos invasivos e equipamentos pouco disponíveis em países em desenvolvimento, como no caso do Brasil. A utilização de biomarcadores, como a determinação de galactomanana (GM) de Aspergillus em fluídos corpóreos é uma ferramenta valiosa no diagnóstico das aspergiloses pulmonares invasivas. E, do mesmo modo, a utilização da secreção traqueal (ST) como material biológico de fácil acesso tem sido uma opção valiosa para o diagnóstico de CAPA. Contudo, os estudos de vida real para avaliar a performance dos testes diagnósticos utilizando ST são escassos. Assim, o objetivo do presente estudo foi determinar o desempenho do teste rápido IMMY® sona Aspergillus para detecção de GM em amostra de ST de pacientes com suspeita de CAPA. O estudo foi realizado em dois hospitais terciários de Campo Grande, MS, Brasil, no período de junho de 2021 a setembro de 2022. As definições de diagnóstico de CAPA comprovada, provável e possível seguiram a recomendação da ECMM/ISHAM que incluem critérios clínicos, tomográficos e microbiológicos. Para o presente estudo, a detecção de GM em ST pelo método de ELISA (Platelia Aspergillus EIA, Bio‐Rad®) foi utilizado como critério microbiológico, conforme preconizado pelo guideline ECMM/ISHAM. Dentre 121 pacientes com COVID-19 sob cuidados de terapia intensiva, 64 pacientes apresentaram quadros clínico e radiológico suspeitos de CAPA e foram avaliados quanto à presença de GM em ST pelo método de ELISA. As amostras de ST também foram submetidas ao teste rápido (IMMY® sona Aspergillus) e os parâmetros de acurácia foram determinados. Quinze pacientes (23,4%) foram diagnosticados com CAPA possível. Esses pacientes apresentavam idade média de 65 (mínima 34, máxima 98) anos e a mortalidade foi de 66,7%. A análise de acurácia do teste rápido para amostras de ST em relação ao teste de ELISA revelou sensibilidade=93%, especificidade=94%, valor preditivo positivo=83%, valor preditivo negativo=97% e razão de verossimilhança para teste positivo=15.3. A concordância entre os testes foi de 83,3% e a acurácia geral de 93%. Nas condições ensaiadas, o teste rápido para detecção de GM em amostras de ST apresentou ótima performance, mostrando-se uma opção rápida para o diagnóstico de CAPA possível e assim, proporcionando um tratamento com antifúngico mais precoce e subsequente diminuição da mortalidade em locais onde a realização de broncoscopia é limitada ou indisponível.
            INFECÇÃO POR SARS-COV-2 EM PROFISSIONAIS DO SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA DE MATO GROSSO DO SUL
            Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
            Tipo Dissertação
            Data 23/02/2024
            Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
            Orientador(es)
            • Ana Rita Coimbra Motta de Castro
            Coorientador(es)
              Orientando(s)
              • Marcela Aparecida Bertoldi de Melo
              Banca
              • Adriana de Oliveira Franca
              • Ana Rita Coimbra Motta de Castro
              • Clarice Souza Pinto
              • Gabriela Alves Cesar
              • Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira
              Resumo Introdução: A pandemia da COVID-19 causou um grande impacto na saúde pública mundial, uma vez que os profissionais de saúde (PS) precisaram se adaptar a novos processos de trabalho. Neste contexto, os profissionais do serviço pré-hospitalar móvel de urgência estão mais expostos ao risco de adquirir a infecção pelo SARS-CoV-2. Objetivo(s): Estimar a prevalência e identificar os fatores preditivos associados à infecção pelo SARS-CoV-2 entre os profissionais que atuam nas ambulâncias, suporte básico e avançado de vida, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) no estado de Mato Grosso do Sul (MS). Metodologia: Trata-se de um estudo prospectivo, transversal que utilizou dados primários com abordagem quantitativa. Foi considerado como critério de infecção pelo SARS-CoV-2 o autorrelato de, ao menos, um resultado positivo para detecção de RNA do SARS-CoV-2 por RT-qPCR ou detecção de proteína viral/antígeno por teste rápido (TR). Resultados: A população estudada foi composta por 197 indivíduos, com média de idade de 42 anos, majoritariamente composta por homens (57%) e por profissionais com nível superior de escolaridade (72%). Sobrepeso/obesidade foi relatado por 74% dos participantes e apenas 22% dos participantes relataram diagnóstico prévio de alguma comorbidade. A categoria profissional mais representativa foi a dos técnicos de enfermagem (31%). A maioria trabalhava em apenas uma instituição de saúde (62%), por dois ou mais turnos (64%) e 42% relatou carga horária semanal de trabalho entre 37 e 60 horas (42%). Apesar de 40% dos participantes terem relatado não ter usado equipamento de proteção individual (EPI) em algum momento, a maioria recebeu treinamento para uso de equipamentos de proteção individual (EPI) (87%). Uma elevada prevalência de infecção pelo SARS-CoV-2 foi encontrada (55,3% (95% IC: 48,3-68,2). Após análise multivariada, os fatores associados ao risco da infecção pelo SARS-CoV-2 foram contato prévio com pessoa infectada e ter recebido menos do que dois treinamentos ou nenhum treinamento para uso correto de EPI. Conclusões: Os resultados observados sugerem que os profissionais do SAMU apresentam alta prevalência de infecção pelo SARS-CoV-2 e que treinamentos para uso correto de EPI têm papel relevante na proteção desses profissionais.
              Palavras-chave: COVID-19. SAMU. Profissionais de Saúde. Serviços Médicos de Urgência. Socorristas.
              HESITAÇÃO VACINAL EM RESIDENTES DE CAMPO GRANDE, MATO GROSSO DO SUL, BRASIL
              Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
              Tipo Dissertação
              Data 16/02/2024
              Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
              Orientador(es)
              • Everton Falcao de Oliveira
              Coorientador(es)
              • Claudia Du Bocage Santos Pinto
              Orientando(s)
              • Ana Isabel do Nascimento
              Banca
              • Ana Paula Sayuri Sato
              • Everton Falcao de Oliveira
              • Maria Elizabeth Araujo Ajalla
              • Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira
              • Wagner de Souza Fernandes
              Resumo A vacinação é a medida de melhor custo-benefício para o controle de doenças imunopreveníveis. Contudo, o declínio dos percentuais de coberturas vacinais tem favorecido a reemergência de algumas doenças que estavam controladas no Brasil e no mundo. A hesitação vacinal é um fenômeno complexo que ocorre entre a completa aceitação e a total recusa das vacinas, e pode contribuir com a queda da cobertura vacinal. Conhecer os motivos relacionados com a hesitação e, entre estes, identificar aqueles que são passíveis de intervenção, se faz essencial ao planejamento de ações para o aumento dos percentuais de cobertura vacinal. Com isso, o trabalho visa avaliar a hesitação vacinal em residentes do município de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Trata-se de um estudo descritivo transversal, realizado de modo concomitante a um inquérito domiciliar de base populacional que estimou a cobertura vacinal na área urbana da cidade entre novembro de 2022 e outubro de 2023. A amostragem por conglomerados em dois estágios foi adotada para a seleção dos locais de coleta de dados e seguiu método preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), utilizando a malha de setores censitários de 2021 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O primeiro estágio do processo de amostragem resultou em 30 conglomerados. Após a definição dos conglomerados, foram sorteadas as residências a serem visitadas e incluídas no estudo (segundo estágio). Todos os residentes de 12 anos ou mais que aceitaram participar da pesquisa foram incluídos no estudo. Os dados foram coletados por meio da aplicação do questionário de hesitação vacinal elaborado pelo grupo SAGE (Strategic Advisory Group of Experts on Immunization) da OMS. A estatística descritiva e inferencial (análise univariada e multivariada) foram utilizadas para caracterizar a população estudada e para avaliar a associação entre hesitação vacinal e as demais variáveis do estudo, respectivamente. Ao final do estudo, 518 indivíduos foram entrevistados (população geral). Dentre estes, 158 eram pais de crianças menores de 12 anos e responderam questões sobre hesitação relacionada à vacinação infantil. A hesitação vacinal foi de 50,19% na população geral e de 39,24% entre os pais. Os participantes hesitantes da população geral eram mais jovens do que os participantes não hesitantes, acreditavam menos na eficácia da vacinação e buscavam informações sobre vacinas majoritariamente pela televisão e redes sociais. A falta de confiança na segurança das vacinas foi a causa mais frequente de hesitação. O motivo de complacência mais citado foi a percepção de que a vacina não era necessária e o principal motivo de conveniência citado foi não saber onde obter informações confiáveis sobre as vacinas. Os principais motivos foram citados principalmente após o início da pandemia de COVID-19. Os resultados do estudo demonstram a necessidade da identificação das incertezas e medos da população em relação aos imunizantes para reduzir a influência da desinformação sobre vacinas, além de promover a consciência coletiva e individual acerca da importância da imunização, a fim fomentar uma aceitação vacinal duradoura.
              O PERFIL DE INFORMAÇÃO SOBRE LEISHMANIOSE VISCERAL DE PACIENTES E PROFISSIONAIS: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO EM CAMPO GRANDE, MATO GROSSO DO SUL
              Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
              Tipo Dissertação
              Data 27/11/2023
              Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
              Orientador(es)
              • Eduardo de Castro Ferreira
              Coorientador(es)
              • André de Faria Pereira Neto
              Orientando(s)
              • Weslley Vareiro Alves Stefanes
              Banca
              • Alexsandra Rodrigues de Mendonça Favacho
              • Aline Vilar Machado Nils
              • Eduardo de Castro Ferreira
              • Glaucia Elisete Barbosa Marcon
              • LETICIA TEREZA BARBOSA DA SILVA
              Resumo A leishmaniose visceral ocorre em diversas áreas endêmicas em regiões tropicais e
              subtropicais. Trata-se de uma zoonose causada pelo protozoário Leishmania infantum,
              da família Trypanosomatidae. Ela é uma das doenças negligenciadas. No Brasil ela
              possui uma alta relevância para a saúde pública, acarretando a necessidade de medidas
              para sua prevenção e controle. Nesse contexto a abordagem da Saúde Única, ao reunir
              diferentes áreas de conhecimento para lidar com problemas como as zoonoses, tem se
              tornado uma ferramenta essencial de conhecimento para formadores de políticas de
              saúde pública. Nem todos os cidadãos conhecem as informações adequadas sobre esta
              doença. O presente estudo exploratório analisa as características das informações que
              profissionais da saúde e pacientes em tratamento para leishmaniose visceral possuem
              sobre esta doença. Esta pesquisa foi realizada no “Hospital dia Professora Esterina
              Corsini” vinculado ao “Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian”, da
              Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Humap-UFMS/Ebserh). Os resultados
              demonstram que muitos pacientes atendidos nesse hospital universitário desconhecem
              o tratamento que estão recendo. Ele revela tambem que nem todos os profisionais comn
              nivel superior possuem informações corretas sobre prevenção e disgnóstico. Este
              estudo se soma a outros semelhantes que apontam a importancia de iniciativas de
              divulgação e educação científicas sobre leishmaniose visceral para que sua prevenção e
              controle sejam mais efetivas.
              VIGILÂNCIA GENÔMICA DAS VARIANTES EMERGENTES DO SARS-COV-2 EM CIDADES DO TERRITÓRIO BRASILEIRO.
              Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
              Tipo Dissertação
              Data 25/10/2023
              Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
              Orientador(es)
              • Julio Henrique Rosa Croda
              Coorientador(es)
                Orientando(s)
                • Thauane de Oliveira Silva
                Banca
                • James Venturini
                • Julio Henrique Rosa Croda
                • Karla Regina Warszawski de Oliveira
                • PATRICIA VIEIRA DA SILVA
                • Wellington Santos Fava
                Resumo Introdução: Em dezembro de 2019, as autoridades chinesas detectaram um novo tipo
                de vírus que pode causar infeções em seres humanos. Desde a emergência do SARSCoV-2, pesquisadores têm monitorado suas mutações, traços do genoma, evolução e
                comportamento do vírus através de diferentes ferramentas utilizadas no âmbito da
                vigilância genômica. Objetivo: Avaliar a introdução e circulação das variantes
                emergentes do SARS-CoV-2 em cinco cidades do Brasil (Niterói-RJ, Campo GrandeMS, Dourados-MS, Rondônia-RO, Recife-PE). Métodos: O presente estudo é uma
                pesquisa descritiva, analítica, observacional de corte transversal; com dados primários
                submetidos a técnicas laboratoriais a partir de amostras positivas para infecção pelo
                SARS-CoV-2. A análise filogenética foi composta por isolados identificados e um
                conjunto representativo da diversidade viral numa árvore de alta verossimilhança
                utilizando as ferramentas Viral MSA e QI‐TREE2 12. Foram coletados dados clínicos,
                valores do ciclo limiar (Ct) e sorologia para comparar a frequência dessas variáveis
                em indivíduos acometidos pelas Variantes de Preocupação (VOC) em comparação
                com outras linhagens do SARS-CoV-2, em termos de transmissibilidade, sintomas
                clínicos e escape imunológico. Resultados: Foram incluídos 209 indivíduos, a maioria
                mulheres, com média de idade de 39,8±13,5 anos e da cor branca. Foram
                identificadas 13 cepas circulantes no período de outubro de 2020 a maio de 2021. As
                variantes mais frequentes foram P.2 (46,4%), seguidas por P.1 (22%) e B.1.133
                (11,4%). As VOC apresentaram um valor menor de Ct em comparação com outras
                linhagens, o que pode significar uma maior transmissão viral. Os indivíduos que foram
                atingidos pelas VOC apresentaram soroconversão em menor proporção em relação
                às outras cepas. Conclusão: Contextualizar os genomas sequenciados permitiu
                analisar o espalhamento geográfico e a dinâmica viral em escalas local, regional e
                nacional. Apesar de o sequenciamento genômico ter sido realizado em larga escala,
                ainda existem lacunas do conhecimento que necessitam ser preenchidas para
                compreender a história natural do SARS-CoV-2, bem como seus impactos globais.

                Palavras-chave: SARS-CoV-2; Variantes Emergentes; Vigilância Genômica
                DISTÚRBIOS DO OLFATO E PALADAR APÓS A FASE AGUDA DA COVID-19: UM ESTUDO OBSERVACIONAL SOBRE O IMPACTO NEUROPSIQUIÁTRICO.
                Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                Tipo Dissertação
                Data 29/09/2023
                Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                Orientador(es)
                • Rivaldo Venancio da Cunha
                Coorientador(es)
                  Orientando(s)
                  • Ana Clara Miotello Ferrão
                  Banca
                  • Anamaria Mello Miranda Paniago
                  • Everton Falcao de Oliveira
                  • MIGUEL SOARES TEPEDINO
                  • PAULA MORENO
                  • Silvia Naomi de Oliveira Uehara
                  Resumo Introdução: A influência dos distúrbios quimiossensoriais sobre a qualidade de vida tem sido estudada desde antes da pandemia, uma vez que outras infecções virais cursam com alterações do olfativas e gustativas. No entanto, a persistência destes distúrbios e a relação com sintomas neuropsiquiátricos durante e após a pandemia de COVID-19 evidenciou a necessidade de estudos acerca do impacto gerado na saúde mental dos indivíduos afetados. Objetivo: Estimar a frequência de comprometimento quimiossensorial após a fase aguda da COVID-19 e o seu relacionamento com o desenvolvimento de transtornos neuropsiquiátricos. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo transversal fundamentado em dados primários coletados por meio de um questionário disponibilizado a partir da plataforma online Survey Monkey entre maio e julho de 2023. O questionário foi formulado a partir de questões sobre informações sociodemográficas, dados da infecção aguda, dados do distúrbio olfatório e do palada, avaliação do impacto na qualidade de vida, avaliação neuropsiquiátrica e avaliação de memória. Os dados sobre qualidade de vida e distúrbios neuropsiquiátricos foram baseados em questionários padronizados. Foram elegíveis ao estudo indivíduos moradores do estado do Mato Grosso do Sul, com idade superior a 18 anos e com diagnóstico prévio de doença COVID-19. Resultados: Foram incluídos no estudo 495 participantes que atenderam aos critérios de elegibilidade. A maioria era residente de Campo Grande (82,7%), possuía até 39 anos (44,9%) e era do sexo feminino (70,9%). Em relação à prevalência dos distúrbios quimiossensoriais, 62,4% apresentaram declínio do olfato, 61% declínio do paladar e 13,3% revelaram parosmia. Em relação à associação entre a perda olfatória e ocorrência de sintomas neuropsiquiátricos, foi verificada maior ocorrência dos sintomas nos indivíduos com perda olfatória (independente do tempo do distúrbio) em 7 de 9 aspectos pesquisados, sendo eles: sensação de tristeza ou depressão, sensação de estar impaciente com as pessoas ao redor, incapacidade de gostar pelas coisas como antigamente, sensação de desesperança em relação ao futuro, sensação de ansiedade ou nervosismo, sensação de tensão muscular e experiência de ansiedade intensa gerando pânico. Destaca-se a mesma associação com o distúrbio olfatório foi observada quando questionados sobre a auto-percepção de problema de memória. Conclusão: Os distúrbios quimiossensoriais constituem um fator de grande relevância na infecção pela Covid19 uma vez que possuem alta prevalência e estão relacionados à um impacto negativo na qualidade de vida dos indivíduos. Além disso, sugere-se que a perda de olfato e do paladar, relaciona-se com maior ocorrência de distúrbios neuropsiquiátricos e déficits de memória.
                  ESTUDO DESCRITIVO E COMPORTAMENTAL DOS USUÁRIOS DE PREP EM CAMPO GRANDE, MS.
                  Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                  Tipo Dissertação
                  Data 28/09/2023
                  Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                  Orientador(es)
                  • Ana Rita Coimbra Motta de Castro
                  Coorientador(es)
                    Orientando(s)
                    • Roberto Paulo Braz Júnior
                    Banca
                    • Ana Rita Coimbra Motta de Castro
                    • Gabriela Alves Cesar
                    • Iara Barbosa Ramos
                    • Mauricio Antonio Pompilio
                    Resumo Desde a identificação dos primeiros casos de infecção pelo vírus da imunodeficiência (HIV) no mundo, a epidemia da infecção pelo HIV continua sendo um grande desafio para a saúde pública. Estima-se que o número de casos novos de HIV segue aumentando no Brasil e no mundo, afetando desproporcionalmente alguns grupos populacionais chave. A partir de 2012 e com o intuito de impedir a ocorrência de novas infecções pelo HIV, surge, como parte de uma combinação de abordagens de prevenção farmacológica utilizando antirretrovirais para pessoas com maior risco de se infectarem pelo HIV, a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP). Considerando a comprovada relação entre a efetividade da PrEP na redução da transmissão do HIV e a sua adesão, o presente estudo teve como objetivo estudar os aspectos epidemiológicos, bem como identificar as barreiras de acesso ao serviço dos usuários de PrEP contra HIV/AIDS atendidos no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) de Campo Grande, MS. Trata-se de um estudo transversal, realizado entre janeiro de 2021 e abril de 2022, que incluiu 140 usuários de PrEP atendidos nesta unidade do Sistema Único de Saúde (SUS). Os dados sobre as características sociodemográficas e fatores associados ao abandono de PrEP foram obtidos por meio de entrevistas individuais utilizando questionário padronizado. A maioria dos usuários de PrEP é homens-cis (92,0%) brancos (51,0%), maiores de 30 anos (56,5%), de orientação homossexual (76,5%) e com pelo menos 12 anos de estudo formal (77,5%). Cerca de 60,0% admitiram uso inconsistente de preservativo em relações sexuais recentes, principalmente de natureza anal. Aproximadamente 88,00% se veem em risco de contrair infecção sexualmente transmissível (IST) no próximo ano. Quanto as novas formas de apresentação, 46,0% revelou que usaria “PrEP sob demanda” e 92,00% tem interesse no uso de “PrEP injetável”. Após seis meses de acompanhamento, 43,6% (IC 95,0%: 35,5-52,0) descontinuaram o uso da PrEP, principalmente devido a mudanças no comportamento sexual (38,3%) e dificuldades de acesso a serviços de saúde (21,3%). O estudo ressalta a necessidade de inclusão de diferentes populações-chave e destaca a importância da PrEP como estratégia de acompanhamento contínuo para prevenção do HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), além da importância de incluir novas apresentações como opção para PrEP oral diária no SUS.
                    ABANDONO DE TRATAMENTO ANTIRRETROVIRAL (TARV) EM PESSOAS QUE VIVEM COM HIV/aids (PVHA) EM CAMPO GRANDE, MATO GROSSO DO SUL
                    Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                    Tipo Dissertação
                    Data 25/09/2023
                    Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                    Orientador(es)
                    • Ana Rita Coimbra Motta de Castro
                    Coorientador(es)
                      Orientando(s)
                      • Andréia Souza Pinto da Silva
                      Banca
                      • Anamaria Mello Miranda Paniago
                      • Ana Rita Coimbra Motta de Castro
                      • Gabriela Alves Cesar
                      • Silvia Naomi de Oliveira Uehara
                      • Tayana Serpa Ortiz Tanaka
                      Resumo Mesmo após 40 anos de epidemia, a infecção causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) ainda se configura como um problema global de saúde pública, apesar de ter se tornado uma condição clínica crônica controlável em virtude da eficácia da terapia antirretroviral. Entretanto, seu manejo, apresenta fragilidades no que tange ao acesso ao cuidado integral, tais como diagnóstico tardio e abandono de tratamento, sendo este último o foco deste estudo. Esta pesquisa teve por objetivo caracterizar o abandono de tratamento antirretroviral (TARV) nas pessoas que vivem com HIV/aids (PVHA) no município de Campo Grande – MS e avaliar a estratégia de reaver a vinculação destes usuários ao tratamento antirretroviral. Primeiramente, foi conduzido um estudo transversal retrospectivo que utilizou informações de bancos de dados de usuários em perda de seguimento/tratamento antirretroviral, e em seguida foi realizada uma busca ativa para reengajar PVHA nos cuidados médicos. A população estudada incluiu PVHA acima de 18 anos, não gestante e com perda de seguimento/abandono de tratamento ≥ 100 dias em dois serviços de assistência especializada em HIV/aids no período de janeiro de 2021 a abril de 2022. Um total de 852 PVHA em Loss To Follow Up (LTFU) foram incluídas. A maioria era homem, adulto jovem (média de 38 anos), em tratamento há mais de três meses antes da perda de seguimento, com contagem de células CD4+ acima de 200 células/μl, e com a última determinação de carga viral detectável há mais de 12 meses. A taxa de não-adesão/revinculação ao TARV na população estudada foi de 45,76% associada à idade maior ou igual a 46 anos, contagem de células CD4 menor que 100 células/uL, tempo de perda de seguimento ≥12 meses e mais de uma tentativa de contato de busca ativa. A última carga viral detectável e o tempo em abandono maior ou igual a três meses foram fatores associados ao reengajamento e consequente retorno ao TARV. A estratégia de rastreamento das PVHA em LTFU por telefonemas foi realizada para apenas 31,69%, contudo destes, apenas 3,39% retornaram ao tratamento. O déficit na atualização de dados, no monitoramento, na vinculação, na retenção e no preenchimento correto dos sistemas de informação relacionados às PVHA corroboram para o desfecho negativo. O desenvolvimento de estratégias de reengajamento é relativamente novo, com vários estudos em todo o mundo, mas as pesquisas ainda são limitadas no Brasil. Os resultados deste estudo demonstram a relevância das intervenções centradas no paciente e a necessidade de garantir o tratamento precoce e promover a permanência no cuidado com a consequente supressão viral, impactando nos indicadores de saúde da população, com ênfase nos gestores de saúde e partes interessadas no cuidado ao HIV.
                      IMPACTO DA VACINAÇÃO PRÉVIA COM BCG NA RESPOSTA ANTI-SPIKE IGG EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE IMUNIZADOS COM DIFERENTES VACINAS CONTRA COVID-19
                      Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                      Tipo Dissertação
                      Data 04/09/2023
                      Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                      Orientador(es)
                      • Julio Henrique Rosa Croda
                      Coorientador(es)
                        Orientando(s)
                        • Mariana Gazzoni Sperotto
                        Banca
                        • Cacilda Tezelli Junqueira Padovani
                        • Ines Aparecida Tozetti
                        • Julio Henrique Rosa Croda
                        • Karla Regina Warszawski de Oliveira
                        • Sabrina Moreira dos Santos Weis
                        Resumo A COVID-19 é uma doença infecciosa causada pelo Coronavírus SARS-CoV-2, com impacto global. Diversas pesquisas foram conduzidas em busca de vacinas para prevenir a infecção, das quais, a AstraZeneca, CoronaVac e BNT162b2 foram aplicadas no Brasil. A vacina Bacilo de Calmette e Guérin (BCG), utilizada contra a tuberculose, demonstrou em estudos proteger contra patógenos inespecíficos, ativando macrófagos, fagócitos e citocinas pró-inflamatória, possuindo atividade antiviral. Essa atividade antiviral inespecífica levou a um interesse em investigar se essa vacina poderia oferecer alguma proteção contra o SARS-CoV-2. Com isso, o objetivo do presente estudo foi quantificar a soroconversão e os níveis de anticorpos produzidos pelas vacinas disponíveis no mercado brasileiro, considerando a influência da vacinação com a BCG. Foram selecionados 874 trabalhadores da saúde com idade acima de 18 anos e divididos em grupos para as vacinas AZD1222 (n=592), CoronaVac (n=264) e Pfizer (n=18), cada um com subdivisão entre aqueles que receberam o placebo e aqueles que receberam a BCG. Realizou-se teste quantitativo e qualitativo de anti-spike IgG, utilizando um ensaio quimioluminescente de micropartículas imunológicas no soro coletado 28 dias após a vacinação. O grupo que recebeu a vacina Pfizer apresentou um número reduzido de participantes, e portanto, seus resultados foram excluídos da análise estatística. O estudo encontrou os níveis de anticorpos anti-spike IgG duas vezes mais elevados na vacina AZD1222 em comparação com a CoronaVac (geometric mean ratio (GMR) 2,58, 95% intervalo de confiança (IC)) com duas doses, e quando comparado duas doses da CoronaVac com uma dose de AZD1222, o resultado foi similar (GRM 0,99, 95% IC). A presença da BCG (grupo BCG n=435; placebo salina n=439) não induziu o aumento de anticorpos contra SARS-CoV-2 em ambos os grupos (AZD1222 p=0,38; CoronaVac p=0,76). Com isso, conclui-se que a presença da vacina BCG não aumentou a proteção mediada por anticorpos contra a COVID-19, e a vacina AZD1222 induziu duas vezes mais anticorpos que a CoronaVac.
                        ANÁLISE DA COBERTURA VACINAL EM CRIANÇAS MENORES DE 2 ANOS, EM CAMPO GRANDE/MS, NO PERÍODO DE 2005 E 2017-2018.
                        Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                        Tipo Dissertação
                        Data 06/06/2023
                        Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                        Orientador(es)
                        • Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira
                        Coorientador(es)
                          Orientando(s)
                          • Emmanuela Maria de Freitas Lopes
                          Banca
                          • Ana Paula da Costa Marques
                          • Everton Falcao de Oliveira
                          • James Venturini
                          • JOSE CASSIO DE MORAES
                          • Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira
                          Resumo A vacinação é uma medida essencial de prevenção em saúde pública, com impactos significativos na redução de doenças. No Brasil, por meio do Programa Nacional de Imunização, são ofertados à população 47 imunobiológicos, incluindo vacinas, soros e imunoglobulinas, com um custo anual de 4,3 bilhões de reais. O uso de Inquéritos de Cobertura Vacinal (ICV) identifica a cobertura vacinal com base nos registros das cadernetas de vacinação e elenca os motivos de hesitação vacinal informados pelos responsáveis. O objetivo da pesquisa foi analisar e comparar os resultados dos inquéritos de cobertura vacinal na coorte de nascidos nos anos de 2005 e 2017/2018, em Campo Grande, MS. Trata-se de estudo observacional descritivo de caráter quantitativo, realizado pela comparação dos resultados dos ICVs realizados no município de Campo Grande, MS, nos anos de 2005 e 2017/2018. Foram descritos os motivos de hesitação vacinal no ICV realizado com a coorte de nascidos vivos no ano de 2017/2018. Verificou-se que as coberturas vacinais nos períodos do estudo não alcaçaram as metas de 95%, preconizadas pelo Ministério da Saúde, passando de 72,2% em 2005 para 54,2% em 2017/2018. No SIPNI as coberturas vacinais foram superiores às encontradas nas fotos das cadernetas de vacinação em ambos inquéritos, principalmente para os imunobiológicos administrados preferencialmente nas maternidades. Houve aumento no nível de escolaridade materna, no número de salas de vacinas e de equipes de saúde da família, contudo sem aumento da cobertura vacinal. O contexto pandêmico, o medo das reações vacinais, a falta de tempo para levar a criança para vacinar, o horário inadequado de funcionamento do posto e a falta de vacina foram os principais motivos elencados pelos responsáveis para que as crianças não fossem vacinadas.
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