Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias

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Trabalhos

Trabalhos Disponíveis

TRABALHO Ações
Evolução clínica e análise do transcriptoma de monócitos na aspergilose pulmonar crônica
Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
Tipo Dissertação
Data 19/08/2025
Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
Orientador(es)
  • Anamaria Mello Miranda Paniago
Coorientador(es)
    Orientando(s)
    • Alexandre Albuquerque Bertucci
    Banca
    • Anamaria Mello Miranda Paniago
    • James Venturini
    • Marcello Mihailenko Chaves Magri
    • Ricardo de Souza Cavalcante
    • URSULLA VILELLA ANDRADE
    Resumo
    Investigação sorológica e molecular de Bartonella spp. e fatores de risco associados em doadores de sangue no Mato Grosso do Sul, Brasil
    Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
    Tipo Dissertação
    Data 11/08/2025
    Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
    Orientador(es)
    • Alexsandra Rodrigues de Mendonça Favacho
    Coorientador(es)
      Orientando(s)
      • Alanys Rafaela Bononi da Silva
      Banca
      • Alexsandra Rodrigues de Mendonça Favacho
      • Maicon Matos Leitão
      • Marcos Vinícius Ferreira Silva
      • Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira
      • Silvia Naomi de Oliveira Uehara
      Resumo
      MAPA DE EVIDÊNCIAS: ESTRATÉGIAS DE VIGILÂNCIA PARTICIPATIVA EM EMERGÊNCIAS DE SAÚDE PÚBLICA
      Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
      Tipo Dissertação
      Data 05/08/2025
      Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
      Orientador(es)
      • Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira
      Coorientador(es)
        Orientando(s)
        • Thayssa Maluff de Mello
        Banca
        • Alessandro Pecego Martins Romano
        • Ana Paula da Costa Marques
        • Antonio José Grande
        • Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira
        • Vanessa Terezinha Gubert
        Resumo
        LESÕES OCULARES RELACIONADAS COM INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS E TOXOPLASMOSE EM MIGRANTES DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO MUNICÍPIO DE RIBAS DO RIO PARDO, MATO GROSSO DO SUL
        Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
        Tipo Dissertação
        Data 16/05/2025
        Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
        Orientador(es)
        • Everton Falcao de Oliveira
        Coorientador(es)
        • Wagner de Souza Fernandes
        Orientando(s)
        • Karina Garcia da Costa
        Banca
        • Alessandra Gutierrez de Oliveira
        • Alexandra Maria Almeida Carvalho
        • Crhistinne Cavalheiro Maymone Goncalves
        • Everton Falcao de Oliveira
        • Maria Elizabeth Araujo Ajalla
        Resumo A dinâmica da movimentação de pessoas e os impactos sobre o processo saúde-doença individual e coletivo são fenômenos antigos, complexos e que ainda representam um problema de saúde pública. Estes impactos sobre a saúde humana incluem diversos desfechos negativos, dentre eles a ocorrência de doenças infecciosas. Nas últimas duas décadas, o Estado de Mato Grosso do Sul tem vivenciado um acelerado processo de industrialização, impulsionado pela instalação de grandes empreendimentos, o que tem provocado intenso fluxo migratório de trabalhadores da construção civil e do setor agrícola. Em 2021, o município sul-mato-grossense de Ribas do Rio Pardo apresentou um aumento significativo de sua população flutuante, o que alertou para a necessidade de avaliações sobre a saúde dos migrantes. Considerando que tais trabalhadores são majoritariamente transitórios, vindos de diferentes regiões do país e expostos a condições precárias de moradia, saneamento e acesso à informação em saúde, o objetivo deste estudo foi determinar a prevalência de lesões oculares relacionadas às IST e à toxoplasmose em uma população flutuante de trabalhadores da construção civil no município de Ribas do Rio Pardo-MS. Trata-se de um estudo descritivo transversal, fundamentado em dados primários a partir de avaliação oftalmológica, através da retinografia, e testes diagnósticos para toxoplasmose, sífilis, citomegalovírus, HIV e hepatite B e C. A população do estudo foi composta por 271 trabalhadores. Destes, 4 (1,48%), apresentarem lesão ocular, todas sugestivas de toxoplasmose. Os participantes eram predominantemente do sexo masculino (97%), solteiros (49,1%) ou separados (6,6%), com idade média de 36 anos, e desvio padrão de 10,6 anos, ensino médio completo (46,9%), autodeclarados como não-brancos (74,2%), sendo que a maioria era proveniente dos estados da Bahia (26,2%), Maranhão (14,8%) e Minas Gerais (16,6%). A orientação sexual heterossexual, foi mais prevalente (98%). Entre os fatores possivelmente associados com a ocorrência das lesões oculares, destaca-se o uso da PEP (p = 0,001), o histórico de transfusão sanguínea (p=0,050) e o contato com gatos (p=0,053). Ao analisar comportamentos de risco para IST, os resultados sugerem que indivíduos mais jovens demonstram maior adesão ao uso do preservativo. Com base nos testes de triagem e diagnóstico para as infecções investigadas nesta pesquisa, 3 (1,1%) apresentaram teste reagente para HIV confirmados com a sorologia por Western-Blot, 12 (4,43%) apresentaram teste reagente para sífilis e 1 (0,37%) apresentou teste reagente para hepatite B. Pacientes com lesão sugestiva de toxoplasmose apresentaram anticorpos anti-Toxoplasma gondii IgG reagente e IgM não reagente, indicando infecção passada sem atividade recente. Todos apresentaram sorologia compatível com infecção pregressa por citomegalovírus. Não houve positividade para o teste de hepatite C, e 50% tinham Anti-HBs reagente, sugerindo imunização ou exposição prévia ao vírus B. Espera-se que os resultados obtidos subsidiem políticas públicas de saúde voltadas à prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças infecciosas entre populações migrantes, contribuindo para a promoção da saúde em contextos de intensa industrialização e migração laboral.

        Palavras-chave: Toxoplasmose gondii, infecções sexualmente transmissíveis, lesões oculares, população migrante.

        FATORES DE RISCO ASSOCIADOS AO ABANDONO DO ACOMPANHAMENTO APÓS ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO
        Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
        Tipo Dissertação
        Data 31/03/2025
        Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
        Orientador(es)
        • James Venturini
        Coorientador(es)
        • Adriana Carla Garcia Negri
        Orientando(s)
        • Thaynara Azevedo dos Santos Crepaldi
        Banca
        • Aline Moraes da Silva
        • Angelita Fernandes Druzian
        • Claudia Elizabeth Volpe Chaves
        • James Venturini
        Resumo Introdução: Acidentes ocupacionais em saúde envolvem diversos fatores de risco, destacando-se o biológico devido ao contato com esses materiais assim como os perfurocortantes. O sangue é o fluido com maior potencial de transmissão do HIV e hepatites B e C. O acompanhamento pós-exposição é essencial, mas muitos profissionais o abandonam, comprometendo a vigilância epidemiológica e a adoção de medidas preventivas. Este estudo analisou fatores associados ao abandono do acompanhamento após exposição ocupacional em um hospital no Centro-Oeste do Brasil. Materiais e Métodos: Estudo epidemiológico, retrospectivo, observacional e analítico. Foram coletados dados de profissionais atendidos espontaneamente no Hospital “Professora Esterina Corsini” HDIA, entre 2010 e 2023, a partir das fichas do “Projeto Risco Biológico”, armazenadas no Research Electronic Data Capture (REDCap). Foram incluídos profissionais de saúde maiores de 18 anos expostos a sangue ou fluidos contaminados em ambiente ocupacional, excluindo exposições não ocupacionais. Resultados: Foram avaliados 1.305 profissionais expostos entre 2010 e 2023. O abandono do acompanhamento foi de 28%, sendo maior entre profissionais com maior tempo de experiência (37%), exposição a paciente-fonte desconhecido (41%), uso de Profilaxia pós exposição (PEP) (40%) e esquema vacinal completo para hepatite B (83%). Profissionais da enfermagem e técnicos de laboratório apresentaram maior número de exposições e abandono. Discussão e Conclusão: O abandono foi inferior ao relatado por outros estudos. Profissionais iniciantes apresentaram menor abandono, sugerindo maior motivação. A adesão ao acompanhamento deve ser reforçada por estratégias institucionais, como melhoria na notificação, suporte psicossocial e campanhas educativas, visando reduzir riscos e proteger trabalhadores da saúde.
        POTENCIAL ATIVIDADE DE FÁRMACOS COMBINADOS SOBRE FORMAS EPIMASTIGOTAS DE Trypanosoma cruzi.
        Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
        Tipo Dissertação
        Data 26/03/2025
        Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
        Orientador(es)
        • Alda Maria Teixeira Ferreira
        Coorientador(es)
          Orientando(s)
          • Lara Maria Medeiros Leme
          Banca
          • Alda Maria Teixeira Ferreira
          • Aline Etelvina Casaril Arrua
          • Cacilda Tezelli Junqueira Padovani
          • Ines Aparecida Tozetti
          • Wagner de Souza Fernandes
          Resumo A doença de Chagas, causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, representa um grande risco à saúde na América Latina. Os tratamentos atuais, benznidazol e nifurtimox, são limitados por efeitos colaterais significativos e toxicidade. Para encontrar melhores soluções, o reposicionamento de fármacos tornou-se uma abordagem promissora. Pesquisas recentes, baseadas em achados in silico e testes subsequentes, mostram que o nitrato de oxiconazol e o lansoprazol são eficazes in vitro contra as formas epimastigotas de T. cruzi Dm28c, despertando interesse na exploração de seus efeitos combinados, bem como sua associação com o benznidazol. Este estudo avaliou o efeito in vitro da combinação do fármaco nitrato de oxiconazol com os fármacos lansoprazol e benznidazoL, sobre formas epimastigotas de Trypanosoma cruzi. Pesquisa experimental usando testes in vitro foi conduzida com uma população clonal da cepa T. cruzi Dm28. O estudo avaliou a eficácia das combinações, testando múltiplas proporções. A viabilidade celular foi medida após 72 horas de incubação com as combinações de medicamentos, usando método colorimétrico com MTS e PMS. Com base nos resultados obtidos, foram determinados o Índice de Combinação e o Índice de Redução de Doses das combinações. A citotoxicidade das combinações dos fármacos sobre células animais foi determinada através de teste com MTT e realizado o cálculo do Índice de Seletividade das combinações. No ensaio de viabilidade com MTS, o nitrato de oxiconazol apresentou uma CI50 de 91,1 μM, o benznidazol teve uma CI50 de 23,5 μM e o lansoprazol não mostrou efeito na viabilidade celular. A combinação de nitrato de oxiconazol:lansoprazol apresentou os seguintes resultados para cada proporção: 1:3 CI50 15,1 μM, 1:1 CI50 49,6 μM e 3:1 de aproximadamente 45,7 μM. Diferenças na CI50 também foram observadas nas diferentes combinações de benznidazol:nitrato de oxiconazol, com os seguintes resultados: 1:3 CI50 52,2 μM, 1:1 CI50 19,7 μM, 3:1 CI50 7,1 μM. Todas as proporções da combinação de nitrato de oxiconazol:lansoprazol tiveram efeito sinérgico, enquanto na combinação de nitrato de oxiconazol:benznidazol foram verificadas proporções com efeito de antagonismo e proporções com efeito de sinergismo. O cálculo do Índice de redução de doses verificou que o lansoprazol foi capaz de reduzir em mais de 28 vezes a concentração de nitrato de oxiconazol e a combinação de benznidazol e nitrato de oxiconazol promoveu uma diminuição na concentração de benznidazol em aproximadamente 13 vezes em todas as concentrações inibitórias. A combinação de nitrato de oxiconazol e benznidazol apresentou citotoxicidade elevada, enquanto a combinação de nitrato de oxiconazol com lansoprazol apresentou citotoxicidade inferior a dos fármacos isolados em duas das três proporções, possibilitando o estabelecimento de um regime de tratamento eficaz com menos efeitos colaterais, o que pode aumentar a adesão do paciente e, consequentemente, melhorar as taxas de sucesso do tratamento. Adicionalmente, os resultados encontrados demonstram o potencial de reduzir as doses dos medicamentos quando usados em combinação. Essa análise contribuiu para a descoberta de novas associações terapêuticas eficazes para o tratamento da doença de Chagas.
          AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE DOS DADOS DE COBERTURA VACINAL DE CRIANÇAS EM CAMPO GRANDE, MATO GROSSO DO SUL: UM INQUÉRITO DOMICILIAR
          Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
          Tipo Dissertação
          Data 26/02/2025
          Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
          Orientador(es)
          • Everton Falcao de Oliveira
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • Lisany Krug Mareto
            Banca
            • Ana Paula Sayuri Sato
            • Everton Falcao de Oliveira
            • Maria Elizabeth Araujo Ajalla
            • Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira
            • Wagner de Souza Fernandes
            Resumo A vacinação é uma das medidas com melhor custo-efetividade na prevenção de doenças infecciosas. No Brasil, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) é responsável pelo planejamento e coordenação das ações de imunizações, desde o fornecimento e distribuição até o registro das doses administradas. Considerando a necessidade de monitoramento contínuo da cobertura vacinal e o uso dedadosdossistemas deinformações para esta atividade,este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de comparar a cobertura vacinal estimada com dados obtidos a partir de um inquérito domiciliar e com os registros informatizados de imunização em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Para tal, foi realizado um inquérito domiciliar de base populacional que foi delineado segundo o protocolo da Organização Mundial de Saúde para a avaliação da cobertura vacinal. A amostragem por conglomerados em dois estágios foi adotada para a seleção dos conglomerados e residências que foram incluídas no estudo. O inquérito ocorreu entre outubro de 2022 e setembro de 2023. Foram coletados dados sociodemográficos dos participantes, além de uma captura de imagem do cartão de vacinação extração dos d ad os/regist ros vacinais, que post eriorment e f oram comparad os com os regist ros informatizados de imunização contidos em dois sistemas de informação: Sistema de Gerenciamentos de Informação da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (SESAU- Hygia) e Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC e-SUS). Foram entrevistados 535 indivíduos, sendo verificados 157 cartões de vacinação. Destes, 63 (42.4%) eram crianças, 40,1% receberam a vacina BCG e a primeira dose da Hepatite B. No sistema Hygia-SESAU, 71,7% dos participantes tinham registros vacinais, com divergências nas coberturas entre as fontes de dados. Para crianças, no PEC e-SUS foi observada a maior cobertura para BCG e Hepatite B (39,2% e 40,4%, respectivamente). Os resultados indicam que, na avaliação de concordância, há falhas no monitoramento, e apesar da disparidade, para as três fontes de registro há poucos casos de esquema vacinal incompleto, porém demonstram atraso para maioria. Os diferentes números de doses entre as fontes reforçam a necessidade de aprimorar os sistemas de registro e promover o uso da carteira de vacinação como ferramenta indispensável para assegurar a rastreabilidade e aumentar a adesão à vacinação.
            Palavras-chave: cobertura vacinal, inquérito domiciliar, sistemas de informação, registros informatizados de imunização.
            PREVALÊNCIA DE ANTIGENÚRIA DE HISTOPLASMA SP. EM PACIENTES COM HIV/AIDS EM MATO GROSSO DO SUL, BRASIL
            Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
            Tipo Dissertação
            Data 25/02/2025
            Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
            Orientador(es)
            • James Venturini
            Coorientador(es)
              Orientando(s)
              • Danielle Gomes da Silva
              Banca
              • Adriana Pardini Vicentini
              • Anamaria Mello Miranda Paniago
              • James Venturini
              • Ricardo de Souza Cavalcante
              • Silvia Naomi de Oliveira Uehara
              Resumo A histoplasmose, uma infecção fúngica com elevada letalidade entre pacientes vivendo com HIV (PVHIV) e imunossupressão grave, foi designada pela Organização Mundial da Saúde como uma doença negligenciada de alta prioridade. Desafios diagnósticos significativos, como a baixa sensibilidade dos métodos micológicos convencionais e moleculares, têm ressaltado a importância da detecção de galactomanana de Histoplasma capsulatum em amostras de urina. Esse biomarcador tem se mostrado essencial para um diagnóstico preciso e início oportuno de terapias antifúngicas, contribuindo para a redução da mortalidade. Atualmente, esse antígeno é detectado pelo ensaio imunoenzimático (ELISA) e, mais recentemente, pela Imunocromatografia, também conhecida como teste rápido ou ensaio de fluxo lateral (LFA). Esses testes também auxiliam os estudos de prevalência de antigenúria para avaliar a carga da doença. Em PVHIV com suspeita de histoplasmose disseminada (HD) na África e América Latina, a prevalência de antigenúria varia de 13% a 26%. Este estudo teve como objetivo avaliar a prevalência de antigenúria de Histoplasma sp. em PVHIV com suspeita clínica de HD em um hospital de referência na região Centro-Oeste no estado do Mato Grosso do Sul, utilizando as duas metodologias disponíveis comercialmente. Durante um ano (2022-2023), 241 pacientes foram avaliados clinicamente, e 78 com suspeita clínica de HD foram incluídos no estudo. Amostras de urina foram testadas usando ambos os métodos ELISA (IMMY-GM CLARUS HISTOPLASMA) e LFA (MIRAVISTA-Fluxo Lateral). Além disso, foram realizados testes de imunodiagnósticos para Paracoccidioidomicose e Histoplasmose por imunodifusão dupla em gel de ágar, aspergilose (Platelia IgG, Bio-Rad) e criptococose (CrAg, IMMY). Durante o estudo, 18 dos 78 pacientes (23%) testaram positivo para antigenúria de H. capsulatum. independentemente do teste usado. Os sintomas comuns incluíram perda de peso (66,7%), febre (44,4%) e tosse (44,4%); um dos pacientes apresentou criptococose como coinfecção, e a taxa de letalidade foi de 22%. Entre os pacientes, dois tiveram amostras que apresentaram crescimento fúngico ou testaram positivo em exames micológicos diretos. Não houve reação cruzada com os testes sorológicos avaliados. A concordância entre ELISA e LFA foi de 90%. Nosso estudo mostrou uma prevalência esperada de antigenúria de H. capsulatum e reforça que o LFA pode ser uma opção viável para o diagnóstico de HD provável em PVHIV sintomáticos.
              ANÁLISE DAS CÉLULAS HEMATOLÓGICAS E DO METABOLISMO DO FERRO NA ASPERGILOSE PULMONAR CRÔNICA
              Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
              Tipo Dissertação
              Data 24/02/2025
              Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
              Orientador(es)
              • Anamaria Mello Miranda Paniago
              Coorientador(es)
              • Eliana da Costa Alvarenga de Brito
              Orientando(s)
              • Nathália Antunes Maciel
              Banca
              • Anamaria Mello Miranda Paniago
              • Claudia Elizabeth Volpe Chaves
              • James Venturini
              • Jeniffer Michelline de Oliveira
              • VINÍCIUS SOARES DE OLIVEIRA
              Resumo A aspergilose pulmonar crônica (APC) é uma infecção fúngica causada por Aspergillus spp., frequentemente observada em pacientes com lesões pulmonares preexistentes, como aquelas resultantes de tuberculose pulmonar (TBP) e outras infecções pulmonares. Os sintomas típicos incluem tosse crônica, perda de peso, dispneia, hemoptise e escarro hemoptoico. Este estudo visa compreender o impacto da APC nas células hematológicas e no metabolismo do ferro de pacientes com a doença. Foram analisados dados de uma coorte de 14 pacientes com APC atendidos entre janeiro de 2016 e julho de 2024 no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande-MS. Os critérios de inclusão envolveram pacientes com 18 anos ou mais, diagnosticados com APC, cujos exames laboratoriais foram analisados em dois momentos: no início do tratamento e após seis meses de uso de itraconazol. Foram avaliadas variáveis clínicas e exames laboratoriais, incluindo hemograma, proteína C reativa (PCR), ferro sérico, capacidade total de ligação do ferro (TIBC), índice de saturação de transferrina (ISAT), ferritina, hepcidina e interleucina 6 (IL-6). Os testes estatísticos utilizados para análise foram o teste de normalidade de Shapiro-Wilk, qui-quadrado, teste T de Student, teste de Mann-Whitney, coeficiente de correlação de Pearson ou Spearman, e o p considerado significativo foi
              AVALIAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DE CRIADOUROS DE Aedes aegypti NA CIDADE DE CAMPO GRANDE, MS, BRASIL, ENTRE 2022 E 2023
              Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
              Tipo Dissertação
              Data 17/02/2025
              Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
              Orientador(es)
              • Alessandra Gutierrez de Oliveira
              Coorientador(es)
                Orientando(s)
                • Mariana Mayumi Zanoni
                Banca
                • Alessandra Gutierrez de Oliveira
                • Eliane Mattos Piranda
                • Paulo Roberto Urbinatti
                • SUELLEM PETILIM GOMES
                • Zoraida del Carmen Fernandez Grillo
                Resumo Aedes aegypti (Diptera: Culicidae) é o principal vetor dos agentes etiológicos da dengue, Zika, chikungunya e febre amarela, arboviroses de grande relevância para a saúde pública. Com um ciclo de vida holometábolo e alta capacidade de adaptação, o controle desse vetor é focado na eliminação de criadouros. Segundo o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), os criadouros são depósitos de água propícios ao desenvolvimento larval, classificados em cinco grupos distintos A (depósitos de água), B (criadouros móveis) C (criadouros fixos), D (passíveis de remoção) e E (criadoutros naturais). Este estudo teve como objetivo geral avaliar a ocorrência dos diferentes tipos de criadouros em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, entre 2022 e 2023. Especificamente, buscou-se analisar a influência da superlotação e do analfabetismo na distribuição desses criadouros, além de identificar possíveis mudanças na proporção de cada tipo ao longo do tempo. Os dados foram obtidos a partir do programa de vigilância larvária da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) e de informações socioeconômicas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As análises consideraram variações espaço-temporais na prevalência dos criadouros, utilizando um Modelo Estatístico Multinível Multinomial Aditivo com abordagem Bayesiana. Utilizando as caixas d'água como referência, o lixo e os recipientes móveis foram os mais relevantes para a proliferação do mosquito, enquanto os criadouros naturais apresentaram menor impacto. Em áreas superlotadas, recipientes móveis tornaram-se mais expressivos, enquanto caixas d'água perderam importância. Já recipientes fixos, lixo e criadouros naturais não foram influenciados pela densidade populacional. Observou-se que, em regiões com maior taxa de analfabetismo, criadouros móveis, fixos e lixo diminuíram, enquanto os criadouros de armazenamento de água aumentaram. Esses achados são fundamentais para orientar estratégias de controle entomológico, contribuindo para a redução da incidência de arboviroses, especialmente da dengue, em Campo Grande, MS.
                Palavras-chaves: Arboviroses. Ações de controle. Indicador entomológico. LIRAa.
                VARIABILIDADE GENÉTICA E SUSCEPTIBILIDADE A ANTIFÚNGICOS DE CEPAS DE Cryptococcus spp. NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
                Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                Tipo Dissertação
                Data 17/12/2024
                Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                Orientador(es)
                • Marcia de Souza Carvalho Melhem
                Coorientador(es)
                  Orientando(s)
                  • Lisandra Siufi de Araujo
                  Banca
                  • Bárbara Casella Amorim
                  • LUANA ROSSATO
                  • Marcia de Souza Carvalho Melhem
                  • Marilene Rodrigues Chang
                  • Wellington Santos Fava
                  Resumo A criptococose é uma micose sistêmica causada por Cryptococcus spp, levedura, por vezes oportunista, sendo a meningoencefalite a manifestação mais frequente. Devido às distintas características de tipos moleculares dos agentes de criptococose, faz-se necessário ampliar tais conhecimentos para orientar tratamentos menos empíricos. O objetivo deste estudo foi caracterizar cepas dos agentes de criptococose, obtidos entre 2002 e 2022, de regiões do estado de Mato Grosso do Sul (MS), determinar a ocorrência de fenótipos de resistência e avaliar sua variabilidade genética. Foram compilados dados contidos na requisição de exames: ano, procedência e tipo de amostra biológica. A identificação de gênero dos isolados foram previamente realizados por meio de técnicas convencionais de microbiologia e testes bioquímicos como microcultivo em lâmina, produção de fenol-oxidase em ágar Níger, cultivo em meio de Canavanina, glicina e azul de bromotimol (CGB) e auxanograma (assimilação de açúcares – equipamento Phoenix®). O perfil de sensibilidade foi determinado através da microdiluição em caldo pelo método do European Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing (EUCAST) com os antifúngicos: anfotericina B, fluconazol e voriconazol. Para a confirmação das espécies e da variabilidade genética, os isolados foram identificados por ionização e dessorção a laser assistida por matriz (MALDI-TOF MS), e os espectros proteicos foram analisados em dois bancos de dados: Bruker Daltonics e Mass Spectrometry Identification- MSI V2. Entre 127 isolados estudados, todas foram classificadas a nível de espécie, sendo 113 (88,98%) C. neoformans e 14 (11,02%) C. gattii. A genotipagem realizada em 98 isolados, permitiu identificação adequada (score A) para 58 isolados (59,1%). Os resultados chamam a atenção para 44 genótipos AD híbridos VNIII (44,9%). A concentração inibitória mínima (MIC), foi determinada para os 127 isolados; não foram identificadas cepas resistentes a anfotericina B (ponto de corte clínico 1 mg/L) ou não-selvagens para voriconazol (ponto de corte epidemiológico, 0,5 mg/L para C. neoformans. Para o fluconazol, não há pontos de corte, clínicos ou epidemiológicos definidos, e os valores de MIC situdos abaixo de 16 mg/L caracterizaram cepas sensíveis. Confirma-se a maior prevalência, já esperada, de C. neoformans (114; 89,8%) sobre C. gattii (13; 10,2%), na região de MS. Ressalta-se a notável frequência de genótipos híbridos, como dado inédito que requer confirmação por metodologia padrão ouro. A completa sensibilidade dos agentes de criptococose na região de MS está em concordância com dados anteriores da região Centro Oeste e do Brasil.
                  Palavras chave: Criptococose. Meningite criptocócica. Variação genética. Fluconazol. Anfotericina B. Farmacorresistência fúngica.
                  INFECÇÃO POR VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO NA SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE NA POPULAÇÃO PEDIÁTRICA DE MATO GROSSO DO SUL ENTRE 2019 E 2023
                  Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                  Tipo Dissertação
                  Data 22/11/2024
                  Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                  Orientador(es)
                  • Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira
                  Coorientador(es)
                    Orientando(s)
                    • Karine Ferreira Barbosa
                    Banca
                    • Anamaria Mello Miranda Paniago
                    • Danila Fernanda Rodrigues Frias
                    • Everton Falcao de Oliveira
                    • Grazielli Rocha de Rezende
                    • Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira
                    Resumo As infecções respiratórias inferiores, principalmente causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório, são uma das principais causas de mortalidade global e internações pediátricas. Por esse motivo, o estudo teve por objetivo descrever o cenário epidemiológico das infecções por Vírus Sincicial Respiratório nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em menores de 5 anos no estado de Mato Grosso do Sul entre 2019 e 2023. Foi realizado um estudo descritivo, transversal, retrospectivo e quantitativo. Utilizaram-se dados secundários do Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe, obtidos entre janeiro de 2019 e dezembro de 2023, abrangendo os 79 municípios do Estado. Para definição de caso e coleta de dados no sistema foram considerados os seguintes aspectos: números absolutos de hospitalizações e óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave causados por Vírus Sincicial Respiratório com diagnóstico laboratorial pela metodologia de RT-PCR para a faixa etária de menores de 5 anos, residentes em Mato Grosso do Sul. Os dados obtidos foram tabulados no software R versão 4.4.0 e submetidos a análise estatística. Foi utilizado o teste qui-quadrado para comparar a distribuição de frequências das variáveis categóricas. Para as variáveis numéricas, foi verificada a diferença de médias com o teste Mann-Whitney. Foram registrados 2.060 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave causados pelo Vírus Sincicial Respiratório em crianças menores de cinco anos, resultando em uma incidência acumulada de 9,4 casos por mil crianças nessa faixa etária. A maioria dos casos (73,9%) ocorreu em crianças com menos de um ano de idade. Do total, 46 casos evoluíram para óbito, resultando em uma taxa de letalidade de 2,2%. Além disso, 14,2% das hospitalizações evoluíram para internação em Unidade de Terapia Intensiva. Os municípios com maiores incidências, superiores a 22 casos por mil crianças, foram localizados principalmente na parte norte e central do estado, com destaque para Paraíso das Águas e São Gabriel do Oeste. Fatores de risco, como cardiopatias, imunodepressão e Síndrome de Down, mostraram associação significativa com evolução a óbito. A necessidade de suporte ventilatório invasivo esteve significativamente associada a casos de prematuridade, à idade, com maior número de casos em crianças menores de um ano, à cardiopatia e imunossupressão. Houve um aumento progressivo dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave por Vírus Sincicial Respiratório a partir de 2021, especialmente durante e após a pandemia de COVID-19. Ao analisar as caracteristicas epidemiológicas das infecções por VSR na população pediátrica em Mato Grosso do Sul, foi possível verificar o predomínio em crianças menores de um ano e com comorbidades, principalmente cardiopatia, imunossupressão, prematuridade e Síndrome de Down, as quais foram as mais relacionadas as altas taxas de hospitalização, uso de suporte ventilatório e óbito. Tais achados podem subsidiar a formulação de estratégias preventivas a fim de reduzir a incidência e os desfechos negativos associados ao VSR.


                    Palavras-chave: Infecção por Vírus Sincicial Respiratório; Criança; Hospitalização Mortalidade; Monitoramento Epidemiológico
                    VIGILÂNCIA GENÔMICA DA VARIANTE ÔMICRON EM MATO GROSSO DO SUL
                    Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                    Tipo Dissertação
                    Data 15/10/2024
                    Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                    Orientador(es)
                    • Crhistinne Cavalheiro Maymone Goncalves
                    Coorientador(es)
                      Orientando(s)
                      • Livia de Mello Almeida Maziero
                      Banca
                      • Ana Lucia Lyrio de Oliveira
                      • Crhistinne Cavalheiro Maymone Goncalves
                      • Danila Fernanda Rodrigues Frias
                      • James Venturini
                      • Mariana Trinidad Ribeiro da Costa Garcia Croda
                      Resumo A vigilância genômica emergiu como uma ferramenta crucial no monitoramento e
                      compreensão da dinâmica das variantes virais durante a pandemia COVID-19. Na
                      região Centro-Oeste do Brasil, o estado do Mato Grosso do Sul tem enfrentado uma
                      carga significativa da epidemia de SARS-CoV-2, com um total de 613.000 casos
                      confirmados em junho de 2023. Em colaboração com o Laboratório Central de
                      Saúde Pública na capital Campo Grande, realizamos um sequenciamento portátil do
                      genoma completo de um total de 69 sequências genômicas obtidas de amostras
                      positivas para SARS-CoV-2 via RT-qPCR e análise filogenética para investigar a
                      circulação da variante Omicron na região. A pesquisa teve como objetivo descobrir o
                      cenário genômico e fornecer percepções valiosas sobre a prevalência e os padrões
                      de transmissão dessa variante altamente transmissível. Nossos resultados
                      revelaram um aumento no número de casos na região durante 2022, seguido por um
                      declínio gradual como resultado do impacto bem-sucedido do programa de
                      vacinação, juntamente com a capacidade desta variante imprevisível e muito
                      transmissível de afetar rapidamente a proporção da população suscetível. Os dados
                      genômicos indicaram múltiplos eventos de introdução, sugerindo que a mobilidade
                      humana desempenhou um papel diferencial na dinâmica de dispersão da variante
                      pelo estado. Esses resultados enfatizam a importância da implementação de
                      intervenções de saúde pública para mitigar a disseminação e destacam o papel
                      poderoso do monitoramento genômico no rastreamento e descoberta rápida da
                      circulação de cepas virais. Juntos, esses resultados ressaltam a importância da
                      vigilância proativa, do rápido sequenciamento genômico e do compartilhamento de
                      dados para facilitar respostas oportunas de saúde pública.
                      ARARAS-CANINDÉS (Ara ararauna - Psittacidae) COMO HOSPEDEIRAS DE Leishmania spp.
                      Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                      Tipo Dissertação
                      Data 30/09/2024
                      Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                      Orientador(es)
                      • Alexsandra Rodrigues de Mendonça Favacho
                      Coorientador(es)
                        Orientando(s)
                        • Judson Matias de Arruda dos Santos
                        Banca
                        • Alexsandra Rodrigues de Mendonça Favacho
                        • Ana Lucia Lyrio de Oliveira
                        • Glaucia Elisete Barbosa Marcon
                        • JAIRE MARINHO TORRES
                        • Larissa Tinoco
                        Resumo As leishmanioses são um conjunto de doenças infecciosas que apresentam diferentes manifestações clínico-epidemiológicas e ampla distribuição mundial. No Novo Mundo são consideradas zoonoses, cujos agentes etiológicos são protozoários do gênero Leishmania, parasitos de grande importância para a saúde pública no Brasil, país endêmico para todas as formas da doença. Atualmente os mamíferos são considerados os principais reservatórios da Leishmania spp. no meio ambiente, porém há relatos escassos de contato de espécies de aves domésticas e silvestres com o parasito, levantando assim o questionamento sobre o possível papel das aves no ciclo de transmissão das leishmanioses na natureza. O objetivo deste trabalho foi analisar as araras-canindés (Ara ararauna) como possíveis hospedeiras de Leishmania spp. em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Foram analisadas amostras de sangue de 47 indivíduos da espécie A. ararauna, em vida livre e em reabilitação, utilizando técnicas de biologia molecular para a detecção de DNA de Leishmania. Os resultados mostram que houve um total de seis (12,7%) espécimes positivos para Leishmania, dos quais quatro eram filhotes. Destes, quatro são de vida livre e dois em reabilitação. Pela primeira vez foi relatado aves da espécie A. ararauna albergando o parasito da Leishmania, porém, este achado não é suficiente para afirmar que essas aves participam do ciclo de transmissão da leishmaniose. Mais estudos são necessários para esclarecer a ecoepidemiologia das leishmanioses.
                        IXODOFAUNA E SEUS AGENTES INFECCIOSOS NO PARQUE DA LAGOA COMPRIDA DO MUNICÍPIO DE AQUIDAUANA/MS, BRASIL
                        Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                        Tipo Dissertação
                        Data 12/08/2024
                        Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                        Orientador(es)
                        • Renato Andreotti e Silva
                        Coorientador(es)
                        • Marcos Valério Garcia
                        Orientando(s)
                        • Joelly Correa dos Santos
                        Banca
                        • Alessandra Gutierrez de Oliveira
                        • Alexsandra Rodrigues de Mendonça Favacho
                        • André de Abreu Rangel Aguirre
                        • Namor Pinheiro Zimmermann
                        • Renato Andreotti e Silva
                        Resumo Carrapatos são ectoparasitas hematófagos obrigatórios que infestam uma variedade de animais vertebrados e têm o potencial de transmitir vírus, bactérias e protozoários. Este estudo visou a investigar a ixodofauna e seus agentes infecciosos no Parque Natural da Lagoa Comprida (PNMLC), no município de Aquidauana, Mato Grosso do Sul, Brasil. Os carrapatos foram coletados por meio do arraste de flanela e visualização/busca ativa. Após a coleta, os carrapatos foram armazenados em álcool etílico a 70% e encaminhados ao laboratório de biologia do carrapato da Embrapa Gado de Corte, para a identificação taxonômica. Em seguida, as amostras foram submetidas à extração de DNA, PCR e sequenciamento, para detectar a presença dos agentes infecciosos Rickettsia spp., Borrelia spp., e Babesia spp. Os 1.216 carrapatos encontrados foram identificados como Amblyomma sculptum e Amblyomma dubitatum; 31 dessas amostras, ou seja, 2,55% do total, testaram positivo para o protozoário Babesia. Uma dessas amostras positivas apresentou 100% de similaridade com a espécie Babesia bigemina, sendo proveniente de um carrapato da espécie A. sculptum. Este trabalho fornece informações valiosas no âmbito de saúde única, contribuindo para a descoberta de diferentes agentes infecciosos em espécies de carrapatos sem relatos de associação.
                        DETECÇÃO MOLECULAR DE Leishmania spp. EM PESSOAS QUE VIVEM COM O VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (PVHIV) ATENDIDOS EM SERVIÇOS DE REFERÊNCIA DE MATO GROSSO DO SUL
                        Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                        Tipo Dissertação
                        Data 06/08/2024
                        Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                        Orientador(es)
                        • Alexsandra Rodrigues de Mendonça Favacho
                        Coorientador(es)
                        • Eduardo de Castro Ferreira
                        Orientando(s)
                        • Guilherme Augusto Henrique da Silva
                        Banca
                        • Alexsandra Rodrigues de Mendonça Favacho
                        • Ana Lucia Lyrio de Oliveira
                        • Everton Falcao de Oliveira
                        • Suellem Luzia Costa Borges
                        • Zulma Maria de Medeiros
                        Resumo Introdução As leishmanioses são doenças zoonóticas causadas por protozoários do gênero
                        Leishmania e transmitidas por fêmeas de flebotomíneos infectadas, representando um desafio
                        significativo para a saúde pública, especialmente em regiões tropicais. A coinfecção com HIV
                        agrava a leishmaniose devido à imunossupressão, comprometendo o controle do parasito e
                        potencializando sua disseminação sistêmica. Objetivo Este estudo teve como objetivo
                        identificar casos de leishmaniose em pessoas vivendo com HIV no estado de Mato Grosso do
                        Sul, Brasil, utilizando métodos moleculares. Materiais e métodos Entre março e maio de 2023,
                        103 participantes foram selecionados em serviços de referência, onde questionários foram
                        aplicados para coletar dados sociodemográficos e epidemiológicos. Além disso, prontuários
                        médicos foram analisados para obter informações sobre carga viral e contagem de células
                        TCD4+. Foram coletadas amostras de sangue total para detectar Leishmania spp. por meio da
                        Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), tendo como alvo o KDNA e a LnPCR com alvo
                        SSUrRNA. Resultado Dos 103 participantes, 13 foram positivos para pelo menos um dos alvos
                        da PCR, sendo que 7 foram positivos apenas para SSUrRNA, 4 apenas para KDNA e 2 para
                        ambos. A maioria dos casos se concentraram em Campo Grande-MS, com predominância de
                        homens e uma média de idade de 40 anos. Muitos dos afetados eram brancos, de baixa
                        escolaridade ou donos de cães. A carga viral foi indetectável em participantes positivos para a
                        PCR de Leishmania, assim como a contagem média de linfócitos T CD4+, foi semelhante à
                        observada no grupo de portadores de HIV com resultados negativos para a PCR. Conclusão A
                        positividade da coinfecção assintomática por Leishmania/HIV, avaliada pela PCR entre os
                        participantes deste estudo foi de 12,62% (13/103), com 69,2% (9/13) dos participantes positivos
                        sendo detectados pelo gene SSUrRNA. Destacando a importância do diagnóstico molecular
                        para identificar essa condição em pacientes vivendo com HIV.
                        AÇÃO DE FÁRMACOS SELECIONADOS IN SILICO SOBRE ALVOS FUNCIONAIS EM FORMAS EPIMASTIGOTAS DE​ Trypanosoma cruzi
                        Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                        Tipo Dissertação
                        Data 30/07/2024
                        Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                        Orientador(es)
                        • Alda Maria Teixeira Ferreira
                        Coorientador(es)
                          Orientando(s)
                          • Carlos Miguel de Freitas Simões
                          Banca
                          • Alda Maria Teixeira Ferreira
                          • Alessandra Gutierrez de Oliveira
                          • Eliane Mattos Piranda
                          • Ines Aparecida Tozetti
                          • Maria Carolina Silva Marques
                          Resumo A doença de Chagas (DC) é uma infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, o qual é transmitido predominantemente pelo contato com os dejetos dos insetos vetores conhecidos como "barbeiros”. Embora essa doença represente um grande desafio para a saúde pública, atualmente no Brasil há somente um fármaco para o seu tratamento, o benznidazol, o qual apresenta baixa eficácia na fase crônica e severos efeitos adversos. Sendo assim, a busca por novos fármacos que possam atuar de forma mais segura e eficiente ao longo da infecção torna-se justificável. Visando tal objetivo, este trabalho investigou potenciais alvos funcionais como a replicação, integridade de membrana plasmática, ciclo celular, potencial de membrana mitocondrial, complexidade e tamanho celular de epimastigotas de T. cruzi tratados o com a Concentração Inibitória 50% (CI50) dos fármacos selecionados anteriormente in silico, nitrato de oxiconazol e lansoprazol. Trata-se de uma pesquisa experimental, desenvolvida com ensaios in vitro, utilizando uma população clonal de Trypanosoma cruzi cepa Dm28c, mantida sob repiques periódicos em meio Liver Infusion Tryptose (LIT). Para os experimentos foi utilizada a forma epimastigota do parasito, submetidos ao tratamento com diferentes concentrações de fármacos por 24h para determinação da CI50/24h. Para os ensaios com citometria de fluxo, os parasitos foram tratados com a CI50 de cada fármaco durante 24h. O efeito dos fármacos (CI50) na replicação do parasito também foi avaliado ao longo de 120h. Foram utilizados os softwares Microsoft Excel 2020 e GraphPadPrism 7.04 para a análise das variáveis tempo de tratamento e fármacos; e os softwares FACSDIVA e FlowJo para análise dos dados da citometria. Quanto à análise estatística, os experimentos foram realizados em triplicata, e as diferenças entre o percentual de viabilidade dos parasitos foram comparadas entre os tempos, e para cada fármaco, pela análise de
                          variância (ANOVA), com post test de Tukey. Os valores de p iguais ou menores que 0,05 foram considerados significativos. Dentre os achados desse trabalho, foi observado que o nitrato de oxiconazol afetou a replicação do parasito, além da capacidade de permeabilizar a membrana citoplasmática e de interferir em seu ciclo celular; o lansoprazol por sua vez apresentou resultados semelhantes ao controle não tratado. Sendo assim, o nitrato de oxiconazol demonstrou ser um candidato promissor como fármaco ativo contra T. cruzi. Sugere-se análises complementares para melhor compreensão do possível mecanismo de ação do lansoprazol sobre o microrganismo.
                          PESQUISA DE COXIELLA BURNETTI E RICKETTSIA SPP. EM REBANHOS DE OVINOS PANTANEIROS DOS MUNICÍPIOS DE CAMPO GRANDE E TERENOS, MATO GROSSO DO SUL
                          Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                          Tipo Dissertação
                          Data 28/03/2024
                          Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                          Orientador(es)
                          • Alexsandra Rodrigues de Mendonça Favacho
                          Coorientador(es)
                            Orientando(s)
                            • Mariana Ramos Santos
                            Banca
                            • Alexsandra Rodrigues de Mendonça Favacho
                            • Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos
                            • Marcos Barbosa Ferreira
                            • Mauricio Claudio Horta
                            • Renato Andreotti e Silva
                            Resumo Febre Q e febre maculosa brasileira são zoonoses conhecidas mundialmente, causadas por bactérias dos gêneros Coxiella e Rickettsia, respectivamente, que apresentam ameaça global e têm impactos substanciais na saúde humana e animal, bem como na economia da criação de animais. Com o objetivo de analisar a participação dos ovinos na epidemiologia das doenças causadas por C. burnetii e Rickettsia spp., um estudo epidemiológico descritivo foi desenvolvido em duas propriedades: Centro Tecnológico de Ovinocultura (CTO) da UNIDERP em Campo Grande e Fazenda Modelo da Embrapa Gado de Corte, em Terenos, ambas no estado de Mato Grosso do Sul, Brasil. Amostras de sangue total e sangue-EDTA de 287 ovinos foram coletadas em setembro de 2021, nas duas áreas, seguidas por breve anamnese e coleta de dados dos rebanhos. As amostras de soro foram submetidas à Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) para detecção de anticorpos IgG anti-C. burnetii e anti-R. rickettsii. Das 287 amostras testadas, 4 (1,4%) foram reagentes para C. burnetii, com títulos iguais a 64. Para R. rickettsii, nenhuma amostra foi reagente. Para a investigação de C. burnetii, foi realizada PCR nested, utilizando-se oligonucleotídeos htpAB, apresentando tamanhos de 687pb e 440pb, na primeira e segunda PCR, respectivamente. Para a detecção de DNA de Rickettsia sp., foram utilizados oligonucleotídeos CS-78/CS-323, amplificando um fragmento de 401pb do gene citrato sintase (gltA). A presença de inibidores de PCR foi verificada para amplificação do IRBP. Ectoparasitas não foram encontrados no momento da anamnese. Na PCR, os DNAs de C. burnetii e de Rickettsia sp., não foram amplificados em nenhuma das amostras testadas. O estudo mostrou a presença de anticorpos anti-C. burnetii em ovinos pantaneiros nos rebanhos testados, confirmando pela primeira vez que este agente está circulando entre os rebanhos e ausência de Rickettsia spp. nas duas áreas estudadas. A compreensão aprofundada da presença desses patógenos em populações animais é crucial para a promoção da saúde pública e da saúde única, integrando aspectos da saúde animal, humana e ambiental.

                            Palavras-chave: Febre Q. Febre Maculosa. Vigilância. Zoonoses. Saúde Única.
                            MONITORAMENTO EPIDEMIOLÓGICO E GENÔMICO DA COVID-19 EM INDIVÍDUOS ENCARCERADOS NO SISTEMA PRISIONAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL, BRASIL
                            Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                            Tipo Dissertação
                            Data 27/03/2024
                            Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                            Orientador(es)
                            • Crhistinne Cavalheiro Maymone Goncalves
                            Coorientador(es)
                            • Marta Giovanetti
                            Orientando(s)
                            • Liliane Ferreira da Silva
                            Banca
                            • Ana Lucia Lyrio de Oliveira
                            • Crhistinne Cavalheiro Maymone Goncalves
                            • Everton Falcao de Oliveira
                            • Everton Ferreira Lemos
                            • Mariana Trinidad Ribeiro da Costa Garcia Croda
                            Resumo Com o advento da pandemia COVID-19 o contexto das Unidades Prisionais (UP) passou a ser motivo de investigação por abrigar um grupo particularmente suscetível à COVID-19, os indivíduos encarcerados. O Brasil possui a terceira maior população carcerária do mundo, com celas superlotadas, mal ventiladas e transferências frequentes, o que agrava o risco de transmissão de agentes infecciosos, sendo o estado de Mato Grosso do Sul o que possui a terceira maior taxa de encarceramento. O objetivo do estudo foi analisar as características epidemiológicas e genômicas e a dinâmica de disseminação do SARS-CoV-2 para compreensão dos mecanismos de transmissão e evolução do vírus entre os indivíduos encarcerados. Trata-se de estudo epidemiológico, descritivo transversal, realizado em duas prisões masculina de regime fechado em Campo Grande – MS: Penitenciárias Masculina Fechada Gameleira I e II (PEMRFG I; PEMRFG II). O estudo envolveu 1.927 pessoas privadas de liberdade – PPL (83,93% da população carcerária total) nas duas instalações, entre maio e outubro de 2022, utilizando swabs nasofaríngeos, testes RT-qPCR para detecção de SARS-CoV-2, e o sequenciamento genômico. Como medidas de contenção, incluímos o isolamento e a estratégia de rastreamento de contato para monitorar a exposição dentro das celas. Das 2.108 amostras, foram identificados 66 diagnósticos moleculares positivos (3,13%), predominantemente entre indivíduos assintomáticos (77,27%). Quanto à distribuição etária, a mediana de idade foi de 29 anos, variando entre 18 anos a 47 anos, a situação vacinal variou de não vacinado à terceira dose. Foi realizada análise genômica usando sequenciamento de nova geração, Oxford Nanopore, em que se identificou a variante Ômicron (linhagem BA.2 e BA.5) com cobertura média de 99%. A árvore filogenética também foi realizada pelo Genome Detective em que se identificou clados monofiléticos, que fornece evidências robustas de transmissão linear e rastreável do vírus, enfatizando a presença de cadeias de transmissão específicas dentro do ambiente prisional estudado. O estudo destaca a necessidade de estratégias de controle abrangentes nas UP, incluindo rastreamento, protocolos de isolamento e vacinação.
                            POTENCIAL ATIVIDADE DOS FÁRMACOS OXICONAZOL E LANSOPRAZOL SOBRE FORMAS TRIPOMASTIGOTAS DE Trypanosoma cruzi Dm28c
                            Curso Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                            Tipo Dissertação
                            Data 26/03/2024
                            Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                            Orientador(es)
                            • Alda Maria Teixeira Ferreira
                            Coorientador(es)
                              Orientando(s)
                              • Daniel Camilo Fonseca Cavalcanti
                              Banca
                              • Alda Maria Teixeira Ferreira
                              • Carla Cardozo Pinto de Arruda
                              • Eliane Mattos Piranda
                              • Ines Aparecida Tozetti
                              • Thalita Bachelli Riul
                              Resumo A doença de Chagas é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. Classificada como uma Doença Tropical Negligenciada e endêmica da América Latina, acredita-se que até 7 milhões de pessoas estejam infectadas. Os tratamentos disponíveis para essa doença são pouco eficientes na fase crônica, além de apresentarem efeitos adversos. O processo de descoberta de novos fármacos é longo e de alto custo, sendo assim estratégias de reposicionamento de fármacos vem ganhando destaque, pois possibilita a redução de custos e período até sua disponibilização para uso. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade de dois fármacos, selecionados previamente in silico, sobre formas tripomastigotas metacíclicas de T. cruzi Dm28c. Foram realizados ensaios de citotoxicidade com os fármacos Oxiconazol (OXI) e Lansoprazol (LZP) frente às células Vero e em formas tripomastigotas metacíclicas, obtidas in vitro, sob condições quimicamente definidas com o objetivo de determinar a concentração capaz de inibir 50% da viabilidade dos parasitos. Posteriormente, foram realizados ensaios para avaliar a influência dos fármacos sobre o processo de metaciclogênese in vitro. Com os dados obtidos de CC50 (concentração citotóxica de 50%) e CI50 (concentração inibitória de 50%) foi calculado o IS (Índice de Seletividade). O OXI apresentou efeito citotóxico com CC50 de 45,11 μM, ao contrário do LZP que não apresentou citotoxicidade. O OXI teve efeito sobre formas tripomastigotas, com CI50 de 279,6 μM de 0,16, já o LZP teve um IS de 2,46 e com menor atividade contra o parasito. Ambos os fármacos foram ativos sobre o processo de diferenciação, onde formas intermediárias estiveram mais presentes que as tripomastigotas metacíclicas, revelando que desde o período de deflagração da diferenciação os fármacos afetaram o processo, impedindo ou retardando a finalização do mesmo. Sendo assim, os dois fármacos apresentaram efeito durante a metaciclogênese, contudo, apenas o OXI apresentou atividade contra as formas tripomastigotas metacíclicas.
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