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TRABALHO Ações
Spatial and temporal ecology of two armadillo species in midwestern
Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
Tipo Trabalho de Conclusão de Curso
Data 22/08/2017
Área ECOLOGIA
Orientador(es)
  • Guilherme de Miranda Mourão
Coorientador(es)
    Orientando(s)
    • Nina Attias
    Banca
    • Eliezer Gurarie
    • Mariella Superina
    • William James Loughry
    • Yamil Edgardo Di Blanco
    Resumo Problemas ecológicos contemporâneos críticos (e.g. prever como animais podem responder a alteração do hábitat ou alterações climáticas), exigem o conhecimento factual sobre a biologia e ecologia de espécies. Características biológicas e funções ecológicas de espécies que utilizam tocas e são dificilmente visualizadas podem ser inferidas através do estudo de sua ecologia espacial. Além disso, mesmo que o comportamento de tatus seja pouco estudado, esses homeotermos imperfeitos podem fornecer modelos valiosos para entender como a fisiologia afeta o comportamento de mamíferos em resposta a mudanças ambientais.
    Aqui procuro caracterizar a biologia de duas espécies de tatus pouco conhecidas, entender aspectos de sua ecologia e como elas respondem às mudanças ambientais. Armadilhas fotográficas, VHF e GPS telemetria foram usadas para monitorar duas espécies de tatus (tatu peba, Euphractus sexcinctus, n = 17; e tatu bola, Tolypeutes matacus, n = 26), em três áreas do Pantanal, Brasil. Na primeira seção desta tese, utilizei observações diretas e filmagens de armadilhas fotográficas colocadas em frente a abrigos e tocas de T. matacus para descrever o uso dos mesmos e comparei aos hábitos adotados por T. tricinctus no nordeste do Brasil. Dediquei a segunda seção a explorar a ecologia espacial e temporal e a biologia social do pouco conhecido T. matacus. Junto a colaboradores, caracterizei o padrão de atividade usando um modelo não paramétrico de uma função circular condicional de Kernel. Caracterizei a seleção de habitat, com relação características da vegetação e distância a caminhos de terra, usando funções de seleção de passos (Step Selection Functions). A área de vida foi estimada através de modelos probabilísticos não paramétricos de Kernel e mínimos polígonos convexos. A interação estática entre pares de indivíduos foi caracterizada usando o índice de sobreposição de distribuição de uso (Utilization Distribution Overlap Index) e a relação entre o movimento desses pares foi explorada usando uma análise de Proximidade. Na terceira seção, eu e colaboradores avaliamos como variações em padrões de atividade e seleção de habitat por T. matacus e E. sexcinctus estão correlacionadas com a temperatura do ar. Para avaliar a variação dos horários de atividade e sua duração de acordo com mudanças na temperatura do ar foram usados modelos lineares de efeitos mistos. Para avaliar os efeitos do tipo de cobertura, ciclo circadiano e temperatura do ar na seleção de recursos por tatus foram usadas funções de seleção de passos (Step Selection Functions). Tolypeutes sp. utilizam quatro tipos de abrigo, que são usados e reutilizados com frequências diferentes por indivíduos de sexos e classes etárias diferentes. Observações diretas e indiretas mostraram que Tolypeutes cava suas próprias tocas, ao contrário do que se acreditava até o momento. Tolypeutes matacus ficam ativos em média por 5.5±2.8 horas por dia, com atividade concentrada na primeira

    metade da noite. No entanto, nossos modelos demonstram que, à medida que a temperatura do ar
    diminui, seus períodos de atividade se tornam mais curtos e tem pico mais cedo. De forma similar,
    nossos modelos sugerem que a atividade de E. sexcinctus durante o período diurno diminui à
    medida que a temperatura do ar aumenta. A força de seleção relativa de quase todos os tipos de
    vegetação por T. matacus, está relacionada a distância aos caminhos de terra. Tolypeutes matacus
    seleciona principalmente florestas independente do status de atividade. No entanto, a seleção de
    habitat por T. matacus pode variar de acordo com a temperatura. Euphractus sexcinctus tende a
    selecionar áreas de vegetação aberta durante a atividade e áreas florestadas durante o descanso.
    Além disso, ambas as espécies estudadas devem selecionar áreas florestais quando enfrentando
    temperaturas do ar fora de suas zonas de termoneutralidade. O tamanho da área de vida de T.
    matacus machos foi positivamente relacionado à massa corporal, enquanto a área de vida das
    fêmeas não escalou com a massa. Machos adultos apresentaram áreas de vida maiores. Fêmeas de
    T. matacus não compartilharam suas áreas de vida e áreas core com outras fêmeas, independente
    da classe etária, enquanto áreas de vida e áreas core ocupadas por machos foram sobrepostas por
    outros machos e fêmeas. Díades de T. matacus mantiveram distância média de 423 m e estiveram
    em proximidade (< 50m) em apenas 1% das localizações simultâneas. A meu conhecimento, este
    é o primeiro estudo de T. matacus em vida livre no Brasil e o mais abrangente estudo sobre sua
    ecologia até o momento em qualquer lugar. O padrão de espaçamento e área de vida de T.
    matacus aponta para um comportamento geralmente associal e um sistema reprodutivo
    promíscuo. A reduzida profundidade das tocas sugere que o uso de tocas por Tolypeutes tem mais
    chances de estar relacionado ao cuidado parental e estratégias de termorregulação do que a
    mecanismos de defesa. Tolypeutes matacus pode ser caracterizado como uma espécie
    predominantemente noturna que seleciona preferencialmente áreas próximas a caminhos de terra e
    áreas florestadas, mas que também pode ocupar paisagens alteradas. No entanto, exemplos
    específicos da natureza dinâmica dos padrões de atividade e seleção do habitat em função da
    temperatura do ar ilustram como ambas as espécies estudadas podem alterar seu comportamento.
    Tolypeutes matacus tem sido classificado como Deficiente de Dados no Brasil e como Quase
    Ameaçada em nível internacional e espero que as informações geradas aqui possam contribuir
    para a conservação desta espécie. Além disso, esses resultados ressaltam a importância da
    heterogeneidade do habitat para a conservação em longo prazo de espécies animais que dependem
    de estratégias comportamentais para atingir a termorregulação adequada.
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      Monodominance of Erythrina fusca Lour.: influence of environmental factors, chemical ecology and dendroecology
      Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
      Tipo Tese
      Data 09/08/2017
      Área ECOLOGIA
      Orientador(es)
      • Maria Rita Marques
      Coorientador(es)
        Orientando(s)
        • Darlene Gris
        Banca
        • Arnildo Pott
        • Erich Arnold Fischer
        • Maria Antonia Carniello
        • Pia Parolin
        Resumo Em algumas regiões tropicais, ocorrem áreas onde mais de metade do número de indivíduos pertencem a apenas uma espécie, conhecidas popularmente como formações monodominantes. Apesar de não existir um padrão de características ambientais que determinam a ocorrência de todas as espécies monodominantes, alguns fatores influenciam mais comumente, como características do solo, ocorrência de fogo e inundação entre outros. No Pantanal brasileiro é comum a ocorrência de áreas de monodominância. A espécie Erythrina fusca, por exemplo, é amplamente dispersa pelo mundo, sendo característica de áreas inundáveis, e na sub-região de Cáceres no Pantanal ocorre como monodominante. Essa espécie é um importante recurso para a fauna e possui uma forte relação com o ecossistema local. Assim, considerando a importância dessa espécie e a lacuna de conhecimento sobre como os fatores ambientais influenciam a ocorrência de espécies monodominantes, nosso trabalho objetivou investigar os fatores que podem influenciar a dominância de E. fusca na sub-região de Cáceres no Pantanal. Nossas hipóteses são que os eventos ambientais, bem como características intrínsecas de E. fusca facilitam a sua dominância em detrimento de outras espécies. Para investigar isso nós comparamos a estruturação de áreas de dominância de E. fusca com florestas mistas adjacentes analisando a relação do solo e inundação com a ocorrência da espécie. Investigamos as influências da inundação e do fogo sobre a germinação e metabolismo secundário nos estágios iniciais de desenvolvimento. Realizamos análises dendroecológicas para observar a influência de eventos climáticos sobre o crescimento e estabelecimento da espécie e investigamos a presença de potencial alelopático que poderia conferir vantagens na competição com outras espécies vegetais. Nós observamos que a monodominância de E. fusca parece ser favorecida pelos fatores ambientais, como os maiores níveis de inundação e baixa fertilidade do solo, detectamos que a inundação e o fogo conferem mudanças nos padrões de germinação e metabolismo secundário da espécie, observamos que o estabelecimento dos indivíduos é favorecido por níveis mais altos de inundação e que a presença de potencial alelopático, principalmente nas folhas, pode fornecer vantagens na competição com outras espécies. Assim, nós concluímos que a dominância da espécie Erythrina fusca na sub-região de Cáceres no Pantanal possui forte relação com os níveis de inundação, características do solo e intrínsecas, que influenciam sua ocorrência, estabelecimento, germinação e liberação de compostos alelopáticos e que mudanças nesses fatores podem ser prejudiciais à ocorrência dessa importante formação vegetal, uma vez que essa monodominância depende de condições particulares de solo e inundação para ocorrer.
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          Remoção Secundária de Diásporos de Jatobá-do-cerrado Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne (Caesalpinioideae)
          Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
          Tipo Dissertação
          Data 15/05/2017
          Área ECOLOGIA
          Orientador(es)
          • Jose Ragusa Netto
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • Irídia Maria Leme Barbosa
            Banca
            • Alan Fecchio
            • Celine de Melo
            • José Carlos Morante Filho
            • Rogerio Rodrigues Faria
            • Rudi Ricardo Laps
            Resumo A predação e dispersão de sementes moldam a dinâmica populacional e a distribuição
            das plantas. A dispersão é a remoção de propágulos para distâncias variadas cujo tipo
            mais representativo nos trópicos é a zoocoria, por contribuir para a diversidade de
            plantas nos ecossistemas. O Jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa) é uma espécie
            arbórea proeminente e seus diásporos são primariamente dispersos pela gravidade e se
            acumulam de forma variada sob a copa da árvore. O objetivo desse estudo foi avaliar a
            distância de dispersão e o destino dos diferentes diásporos em relação ao tamanho do
            diásporo (vagem grande e pequena) e quantidade de recursos presentes (semente com e
            sem arilo). Além disso, foi avaliada a distância de dispersão entre período de seca e
            chuva, bem como em área onde Jatobá-do-cerrado é comum ou rara. O estudo foi
            realizado no Parque Natural Municipal do Pombo, município de Três Lagoas, MS, nos
            meses de setembro e novembro de 2015, antes e após a queda dos frutos (dispersão
            primária). O experimento consistiu em 24 unidades experimentais, 12 árvores adultas de
            Jatobá-do-cerrado no cerrado sentido restrito denso e 12 pontos em campo sujo, em que
            quatro tipos de diásporos foram posicionados e marcados para acessar o respectivo
            destino. Após 30 dias da montagem do experimento para cada estação realizamos a
            coleta dos dados sobre o destino dos diásporos. Em princípio, na estação seca, as vagens
            tiveram maiores distâncias (≥ 15 metros) e 100% das vagens foram removidas do local
            de origem na área de cerrado sentido restrito, enquanto na estação chuvosa, a maioria
            dos diásporos permaneceu intacto. Na área de campo sujo, tanto a estação seca como
            chuvosa, as sementes tiveram 78% de remoção, embora tenha ocorrido um aumento de
            manipulação das vagens na estação chuvosa. A two-way NPMANOVA indicou o efeito
            significativo dos habitats, tipos de diásporo e a interação dos fatores sobre o destino das
            vagens e sementes. As vagens por representarem recursos rentáveis percorreram
            maiores distâncias, processo que reduz os níveis de mortalidade densidade-dependente.
            Depois de manipuladas a longas distâncias, e se abertas, e parte das sementes estocadas
            ou não consumidas podem elevar consideravelmente as chances de germinação e
            estabelecimento de novos indivíduos
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            The costs of parental care and skin-feeding in Leptodactylus podicipinus (Anura: Leptodactylidae)
            Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
            Tipo Dissertação
            Data 10/05/2017
            Área ECOLOGIA
            Orientador(es)
            • Cynthia Peralta De Almeida Prado
            Coorientador(es)
              Orientando(s)
              • Juan Fernando Cuestas Carrillo
              Banca
              • Cinthia A. Brasileiro
              • Denise C. Rossa-Feres
              • María Laura Ponssa
              Resumo O cuidado parental é muito diversificado entre as famílias de anuros. As espécies do gênero Leptodactylus exibem diferentes modos reprodutivos, incluindo cuidado parental. Este investimento adicional gera custos que os parentais devem enfrentar. Nós usamos Leptodactylus podicipinus, um membro do grupo de L. melanonotus, como modelo para investigar os custos do cuidado maternal e a interação mãe-prole no Pantanal sul. Fêmeas de L. podicipinus cuidam dos ovos e dos girinos até a metamorfose. Esta dissertação de mestrado é apresentada em dois capítulos. No capítulo 1, medimos os custos do cuidado maternal usando dados de captura-recaptura para comparar variáveis energéticas entre fêmeas cuidadoras e não-cuidadoras (i.e. massa do corpo, massa do corpo adiposo, dos ovários e do volume do conteúdo estomacal). No capítulo 2, estudamos a relação mãe-prole, examinando as características da pele, o trato digestório dos girinos e o comportamento para investigar a ocorrência de dermatotrofia em L. podicipinus. Características da pele foram comparadas entre fêmeas cuidadoras, não-cuidadoras e machos. Fêmeas cuidadoras perderam massa após uma semana, comparadas às fêmeas sem girinos. A massa dos ovários e o volume dos estômagos também foram menores em fêmeas cuidadoras e estômagos vazios ocorreram apenas nessas fêmeas com girinos. Porém, não houve diferença na massa dos corpos gordurosos. Nossos resultados indicam que os benefícios do cuidado parental em L. podicipinus podem impor alguns custos às fêmeas, pois a redução na tomada de alimento e na massa dos ovários podem reduzir o tamanho do corpo e a fecundidade futura. Fêmeas cuidando de girinos exibiram epiderme e estrato esponjoso mais espesso. Além disso, a concentração de lipídeos foi maior na epiderme de fêmeas cuidadoras e encontramos células epiteliais no trato digestório de girinos, sugerindo dermatotrofia em L. podicipinus, o primeiro registro deste tipo de cuidado em Anura.
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              Dichogamous sexual system in Cissus spinosa (Vitaceae): floral biology, synchronicity, and visitors
              Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
              Tipo Dissertação
              Data 17/03/2017
              Área ECOLOGIA
              Orientador(es)
              • Erich Arnold Fischer
              Coorientador(es)
                Orientando(s)
                • Hannah Lois Doerrier
                Banca
                • Andrea Cardoso de Araujo
                • André Rodrigo Rech
                • Erich Arnold Fischer
                • Felipe Wanderley de Amorim
                • Maria Rosangela Sigrist
                • SPENCER CHARLES HILTON BARRETT
                Resumo A separação de órgãos sexuais masculinos e femininos em angiospermas é essencial para o seu sucesso
                reprodutivo, temporalmente ou espacialmente, pois reduz o autocruzamento e a auto-interferência, e
                produz proles mais saudáveis. A dicogamia é uma dessas estratégias com várias subcategorias
                relacionadas ao momento específico em que ocorre a maturação e apresentação de estames e pistilos,
                tornando-a um fenômeno de diagnóstico complexo, que se acredita ter evoluído para evitar a
                autopolinização. Em particular, a sincronização do surgimento de estruturas reprodutivas masculinas e
                femininas, dentro das flores, em inflorescências, e em toda planta é um aspecto essencial para evitar a
                autofecundação de espécies de plantas dicogâmicas. Além disso, para garantir o sucesso reprodutivo, as
                espécies dicogâmicas necessitam de vetores de pólen, como insetos, que visitam as flores masculinas e
                femininas para garantir o fluxo de pólen ea produção de sementes. Neste trabalho, investiguei o sistema
                sexual e reprodutivo da espécie de liana Cissus spinosa (Vitaceae) no Pantanal brasileiro, que foi
                preliminarmente observada como uma espécie com protandria aparentemente sincronizada,
                posteriormente questionamos: qual é o sistema sexual de dicogâmico específico e o sistema de
                acasalamento desta espécie e quais são os potenciais polinizadores e visitantes florais? Utilizando
                espécimes da liana escandente Cissus spinosa no campo, fiz observações da biologia floral, coletas de
                todos os estágios do desenvolvimento floral (isto é, fase reprodutiva), sistema de acasalamento e
                visitação floral entre os anos de 2014-2016. Através da análise de dados sobre morfologia floral e
                maturação de estames e pistilo ao longo do tempo, verifiquei que Cissus spinosa apresentou uma
                dicogamia síncrona de vários ciclos, com flores protândricas que apresentavam um alto nível de
                sincronização dentro e entre inflorescências de plantas individuais. Cissus spinosa é auto-compatível,
                formando frutos em todos os tratamentos do teste do sistema de acasalamento. Os polinizadores
                potenciais foram abelhas Apidae, tais como Apis mellifera e Trigona spinipes, juntamente com espécies
                de Crabronidae e Vespidae. Outros visitantes incluíram besouros (Chrysomelidae), borboletas
                (Nymphalidae), e moscas (Sacrophagidae & Syphridae). Em geral, o tipo de dicogamia aqui relatado
                pode ser uma estratégia que ocorre para evitar a autofecundação nesta espécie autocompatível, uma vez
                que as inflorescências são sincronicamente masculinas ou femininas e as plantas dentro da mesma área
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                oferecem ambas as fases florais consistentemente ao longo do dia. Esta pesquisa representa o primeiro
                relato para este tipo específico de dicogamia no grande gênero de Cissus e pode apontar tendências entre
                este gênero ou família, especialmente aquelas em regiões tropicais.
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                Efeito da perda de habitat associados a impactos hidrelétricos sobre uma comunidade de borboletas frugívoras no sudoeste da Floresta Amazônica brasileira
                Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                Tipo Dissertação
                Data 07/03/2017
                Área ECOLOGIA
                Orientador(es)
                • Danilo Bandini Ribeiro
                Coorientador(es)
                  Orientando(s)
                  • Débora Leite Rodrigues do Carmo
                  Banca
                  • André Victor Lucci Freitas
                  • Danilo Bandini Ribeiro
                  • Fabio de Oliveira Roque
                  • Gustavo Graciolli
                  Resumo Empreendimentos hidrelétricos estão sendo implementados em diversas regiões do
                  mundo e particularmente na Amazônia. As usinas hidrelétricas causam diversos impactos
                  ambientais, mas pouco se sabe sobre como essas atividades afetam a biodiversidade do
                  local onde são construídas. Se faz necessário identificar esses efeitos ambientais para
                  perspectivas de conservação, e pode-se utilizar sistemas cartográficos e bioindicadores
                  para avaliá-los. Assim sendo, o objetivo deste trabalho é identificar os impactos de
                  supressão vegetal causado por uma represa em uma área no sudoeste da Amazônia
                  brasileira e verificar como a comunidade de borboletas frugívoras da região respondeu as
                  consequentes mudanças na paisagem. A área de estudo possui uma vegetação
                  predominantemente ombrófila aberta e o clima da região é classificado como quente
                  úmido. Nas análises de supressão vegetal, foram utilizadas informações sobre a
                  construção da hidrelétrica e imagens de satélite para determinar a extensão dos impactos
                  sobre a floresta. Para avaliar as modificações na estrutura da comunidade de borboletas,
                  foi conduzido um monitoramento de 16 campanhas em quatro módulos na região de
                  análise e diversos parâmetros de diversidade da comunidade foram analisados. As seis
                  primeiras campanhas do monitoramento correspondem a época antes do impacto de
                  inundação de áreas ocasionado com finalização da represa, e as 10 ultimas são referentes
                  à depois do impacto. As análises da paisagem mostram que uma grande extensão de
                  floresta foi suprimida com alagamentos e desmatamentos em virtude das obras da usina,
                  alterando assim a paisagem na região. Desde o começo da usina houve uma perda de 4%
                  de cobertura florestal na paisagem e ocorreu mais de 900 km² de desmatamento.
                  Atualmente resta cerca de 77% de cobertura florestal dentro da paisagem. Durante o
                  monitoramento das borboletas, foram amostrados 2164 indivíduos pertencentes a 117
                  espécies e quatro subfamílias. A riqueza da comunidade total foi maior antes do impacto.
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                  Porém, depois do impacto o sub-bosque apresentou maior diversidade, e também neste
                  estrato duas tribos aumentaram em abundância e uma tribo aumentou em riqueza após a
                  perturbação. Isso pode ter ocorrido devido ao favorecimento de borboletas de áreas
                  abertas e impactadas nos níveis mais baixos da floresta. Além disso, as ordenações
                  indicaram uma homogeneização biótica dentro da comunidade, provavelmente devido ao
                  favorecimento dos mesmos tipos de organismos e a exclusão de outros após o impacto.
                  Não houve diminuição na diversidade geral da comunidade, mesmo assim as borboletas
                  frugívoras responderam às alterações na paisagem, se mostrando novamente eficientes
                  indicadoras ecológicas.

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                  Araneofauna estruturada em gradiente urbano-rural independente da paisagem e da estrutura vegetal
                  Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                  Tipo Dissertação
                  Data 06/03/2017
                  Área ECOLOGIA
                  Orientador(es)
                  • Josue Raizer
                  Coorientador(es)
                    Orientando(s)
                    • Juliana Martinho Saraiva
                    Banca
                    • Alexandre Bragio Bonaldo
                    • Antonio Domingos Brescovit
                    • Danilo Bandini Ribeiro
                    • Eduardo Martins Venticinqüe
                    • Josue Raizer
                    • Rafael Dettogni Guariento
                    Resumo A urbanização é destacada como um dos principais fatores relacionados a perda de
                    biodiversidade, porém nem todos os grupos de animais são afetados da mesma maneira
                    por esse processo. Nós avaliamos os efeitos da urbanização sobre a comunidade de
                    aranhas ao longo de um gradiente urbano-rural em escala local e de paisagem. As aranhas
                    foram coletadas com guarda-chuva entomológico em 15 fragmentos, onde foram tomadas
                    medidas de estrutura vertical da vegetação, as quais representaram os efeitos locais e
                    medidas de componentes da matriz circundante desses fragmentos através de imagens de
                    satélite, que representaram os efeitos da paisagem. A composição de espécies variou entre
                    áreas urbanas e rurais, com espécies ocorrendo exclusivamente em fragmentos rurais,
                    assim como em fragmentos urbanos. Em áreas da periferia urbana várias espécies foram
                    comuns aquelas das demais áreas. A comunidade de aranhas não respondeu a estrutura
                    da vegetação e nem a composição da paisagem ao redor dos fragmentos, o que pode ser
                    explicado pela alta diversidade de uso de habitat do grupo estudado (aranhas do estrato
                    arbustivo), uma vez que as respostas são mais claras quando o grupo alvo pertence a uma
                    mesma guilda. Portanto, há variação na composição de espécies de aranhas ao longo do
                    gradiente urbano-rural, mas essa variação não depende da estrutura vegetal dos
                    fragmentos e dos elementos da paisagem que circundam os remanescentes florestais.
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                    Influência da sazonalidade na comunidade de aves em campos alagáveis e ambiente associados, no Pantanal de Miranda, MS
                    Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                    Tipo Tese
                    Data 10/02/2017
                    Área ECOLOGIA
                    Orientador(es)
                    • Rudi Ricardo Laps
                    Coorientador(es)
                      Orientando(s)
                      • Iêda Maria Novaes Ilha
                      Banca
                      • Fabio de Oliveira Roque
                      • Heitor Miraglia Herrera
                      • Josue Raizer
                      • Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos
                      • Rudi Ricardo Laps
                      Resumo As comunidades naturais são sistemas dinâmicos espacialmente heterogêneos cuja densidade e estrutura mudam com o tempo, principalmente em ambientes altamente sazonais como o Pantanal, sujeito a variações no pulso de inundação e precipitação. Avaliamos a variação na riqueza e na abundância de aves ao longo das estações de cheia, vazante, seca e enchente, em função da sazonalidade, pulso de inundação e pluviosidade, ao longo de três ciclos anuais. Avaliamos também a distribuição em guildas tróficas e status de ocorrência. O estudo foi desenvolvido na região do Pantanal do Miranda em Mato Grosso do Sul, em áreas de campos inundáveis e ambientes associados (canjiqueiral, paratudal, borda de capão e mata ciliar). Foi utilizado o método de transectos lineares com registro visual e auditivo. Registramos 235 espécies de aves (11.581 registros), 117 Não-Passeriformes e 118 Passeriformes (50,2%). As espécies com maior abundância foram Patagioenas picazuro, Brotogeris chiriri, Columbina picui, Aratinga nenday e Phimosus infuscatus. Registramos três ciclos sazonais distintos: dois anos de cheia intercalados por um ano sem extravasamento do rio. As guildas mais abundantes foram insetívoras (39%), seguido de onívoras (30%). Além de aves residentes, o local foi utilizado por aves nômades e migratórias neárticas e austrais. A comunidade de aves (riqueza e abundância) respondeu significativamente ao pulso de inundação, sendo que níveis altos do rio afetam negativamente a riqueza de aves. Consequentemente, a cheia foi o período de menor riqueza e menor abundância de aves. A maior riqueza ocorreu na seca e a maior abundância na vazante. Graus diferentes de inundação propiciaram resultados distintos na comunidade de aves, levando a crer que uma cheia intensa tem impactos mais negativos que um ano sem cheia, e que anos com cheias menores podem favorecer a comunidade de aves. A precipitação não se relacionou significativamente com a riqueza ou abundância de aves, e a variação temporal também não foi significativa. Em função de variações plurianuais no ciclo de inundação, houveram dois anos com cheia, intercalados com um ano sem cheia. No ano sem cheia, apesar de chuvas terem criado grande áreas de alagamento nos meses equivalentes, algumas espécies dependentes de campos alagados estiveram ausentes. Campos alagáveis e ambientes associados da região do Miranda abrigam riqueza de aves expressiva, que utilizam a área principalmente para forrageio, sendo importantes para espécies residentes, visitantes nômades, migratórias neoárticas e austrais.

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                      Efeito da perda e fragmentação florestal sobre a comunidade de Psitacídeos
                      Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                      Tipo Dissertação
                      Data 16/12/2016
                      Área ECOLOGIA
                      Orientador(es)
                      • Maria João Veloso da Costa Ramos Pereira
                      Coorientador(es)
                        Orientando(s)
                        • Cármen Sofia Lourenço Lemos Dionísio
                        Banca
                        • Cintia Cornelius Frische
                        • Gláucia Helena Fernandes Seixas
                        • José Augusto Alves
                        • Jose Manuel Ochoa Quintero
                        • Rafael Dettogni Guariento
                        Resumo A perda e degradação do habitat a partir da intensa alteração ambiental, resultante de
                        atividades antropogênicas, têm efeitos diretos ou indiretos sobre toda a biodiversidade e
                        consequentemente sobre a avifauna. Assim, o futuro da proteção e conservação da
                        biodiversidade irá implicar um manejo em paisagens cada vez mais antropizadas. Desta
                        forma, estudos que considerem fatores da paisagem como a cobertura vegetacional e o
                        tamanho do fragmento são cruciais para fazer previsões acerca do efeito do uso do solo
                        sobre as comunidades animais e conceber estratégias de gestão eficazes. De forma a
                        investigar como as espécies respondem a alterações ambientais, utilizámos as espécies da
                        família Psittacidae como modelo. Neste estudo, procurámos avaliar como a comunidade
                        de psitacídeos responde aos efeitos da fragmentação florestal e perda de habitat numa
                        região do Cerrado. Para tal, analisámos como a riqueza, abundância relativa e
                        composição de espécies variam entre paisagens com diferentes coberturas florestais e
                        entre fragmentos florestais com diferentes tamanhos. Os nossos resultados indicam que a
                        variação observada na riqueza e abundância relativa de psitacídeos não está relacionada
                        com a cobertura florestal. No entanto, a composição de psitacídeos varia entre as
                        diferentes coberturas florestais das diferentes paisagens analisadas. O tamanho do
                        fragmento também não explica as diferenças na variação de riqueza, abundância relativa
                        e diversidade de psitacídeos. Além disso, detectamos mais duas espécies de psitacídeos
                        para a região da Serra da Bodoquena – Aratinga auricapillus e Forpus xanthopterygius,
                        do que os anteriormente descritos na literatura. Os psitacídeos não mostraram um efeito
                        claro na resposta às alterações ambientais, provavelmente relacionado com a sua
                        capacidade de dispersão para atividades tais como a procura de alimento. Estas espécies,
                        distribuídas pelas diferentes coberturas florestais e pelos diferentes tamanhos de
                        fragmentos, mostram assim uma resposta positiva à
                        indicamos medidas para mitigar os impactos futuros da perda de habitat e sugerimos
                        espécies prioritárias para a conservação.
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                        Demographic and genetic parameters of two pond-breeding frogs in human-altered landscapes of the Brazilian Chaco
                        Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                        Tipo Tese
                        Data 15/07/2016
                        Área ECOLOGIA
                        Orientador(es)
                        • Cynthia Peralta De Almeida Prado
                        Coorientador(es)
                          Orientando(s)
                          • Gabriel Paganini Faggioni
                          Banca
                          • Carlos Guilherme Becker
                          • Cynthia Peralta De Almeida Prado
                          • Diego Jose Santana Silva
                          • Fausto Nomura
                          • Fernando Rodrigues da Silva
                          • Tiago da Silveira Vasconcelos
                          Resumo Rãs são organismos semiaquáticos dependentes de corpos d’água para reprodução e
                          desenvolvimento dos girinos, mas que utilizam ambientes terrestres para procurar abrigo e
                          alimento, assim como para migração e dispersão. Consequentemente, hábitats terrestres
                          adequados devem estar distribuídos ao redor de corpos d’água para garantir o ciclo de vida
                          completo da maioria das espécies de rãs. Na direção oposta, atividades antrópicas avançam sobre
                          vegetações nativas, alterando a composição e configuração das paisagens e desconectando
                          ambientes aquáticos e terrestres. Ao longo desta Tese, eu investiguei os efeitos da modificação
                          antrópica da paisagem em parâmetros demográficos e genéticos de duas rãs Neotropicais que se
                          reproduzem em poças temporárias, Leptodactylus bufonius (Lb) e L. chaquensis (Lc). As duas
                          espécies coocorrem na paisagem de estudo, o Chaco brasileiro de Porto Murtinho, mas
                          apresentam diferentes estratégias reprodutivas e preferências de hábitat. No Capítulo 1, eu
                          estimei as probabilidades de ocupação de hábitat, detecção, colonização e extinção local através
                          de análises em múltiplas escalas geográficas. Meus resultados mostraram que a substituição de
                          vegetação nativa por pastos afetou a probabilidade de ocupação do hábitat por Lc, mas os efeitos
                          mais fortes foram observados em Lb devido ao seu modo reprodutivo. No Capítulo 2, para
                          possibilitar a investigação dos efeitos da modificação de hábitat em parâmetros genéticos de Lb e
                          Lc, eu isolei e caracterizei marcadores microssatélites para as duas espécies. Os novos
                          marcadores genéticos apresentaram alto polimorfismo e estão entre os poucos microssatélites
                          disponíveis para o estudo de espécies do gênero Leptodactylus. No Capítulo 3, eu usei os novos
                          marcadores genéticos para procurar por evidência de gargalos genéticos e endogamia, assim
                          como para investigar a influência das modificações de hábitat na conectividade funcional entre
                          as poças. Eu utilizei análises clássicas de genética de populações, assim como avanços recentes
                          na teoria e ferramentas de genética de paisagem, como a parametrização de superfícies de
                          resistência baseada em dados quantitativos. As duas espécies apresentaram evidências de
                          impactos demográficos passados (poucas gerações). Meus resultados indicaram que a
                          configuração atual da paisagem parece estar limitando o fluxo gênico de Lb, mas não de Lc entre
                          as poças. Em conclusão, meus resultados indicaram que a conversão de matas nativas em pastos
                          afetou diferentemente as populações de Lb e Lc. Indivíduos de Lc utilizaram todos os tipos de
                          poças e foram capazes de se movimentar através da matriz de pastos. Lb foi dependente de
                          hábitats florestados devido ao seu modo reprodutivo. Para esta espécie, poças temporárias devem
                          estar cercadas e conectadas por áreas florestadas para que se garanta a conectividade funcional e
                          a reprodução. A minha tese ressalta (1) a importância de hábitats terrestres para espécies de rãs
                          semiaquáticas; (2) as conexões entre características espécie-específicas e as consequências da
                          modificação de hábitat; (3) a relevância de estudos com múltiplas espécies em estudos de
                          ecologia de paisagem; e (4) a utilidade de hipóteses biologicamente informativas baseadas em
                          características espécies-específicas.
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                          Influência da variação interanual das inundações no Pantanal sobre a abundância das populações de dois mamíferos ameaçados: o cervo do pantanal (Blastocerus dichotomus Illiger, 1811) e o veado campeiro (Ozotoceros bezoarticus Linnaeus, 1758)
                          Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                          Tipo Dissertação
                          Data 24/06/2016
                          Área ECOLOGIA
                          Orientador(es)
                          • Marcelo Oscar Bordignon
                          Coorientador(es)
                            Orientando(s)
                            • Guellity Marcel Fonseca Pereira
                            Banca
                            • Helena De Godoy Bergallo
                            • José Mauricio Barbanti
                            • Liliani Marilia Tiepolo
                            • Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos
                            • Marcelo Oscar Bordignon
                            • Roger Rodrigues Torres
                            Resumo Em ambientes inundáveis as populações de diversas espécies podem variar devido à
                            heterogeneidade temporal e espacial nas comunidades de plantas e da produtividade de
                            ecossistemas, mediadas pela duração e intensidade das inundações. O presente estudo
                            objetivou avaliar a relação entre a variação da densidade de cervo-do-pantanal
                            (Blastocerus dichotomus) e veado-campeiro (Ozotoceros bezoarticus) e a variação nas
                            inundações no Pantanal, bem como analisar a magnitude dos efeitos de mudanças
                            climáticas sobre a abundância destas espécies. As densidades foram obtidas através de
                            levantamentos aéreos cobrindo toda a planície inundável, e foi encontrada uma relação
                            significativa entre inundação e densidade apenas para o cervo-do-pantanal. A densidade
                            desta espécie variou de 0,16 a 0,32 indivíduos/km² (população máxima estimada em
                            44800 ± 7686 indivíduos), enquanto a densidade de veado-campeiro variou de 0,11 a
                            0,25 grupos/km² (população máxima estimada de 34800 ± 6369 grupos) durante os oito
                            levantamentos aéreos realizados entre 1991-2004. Frente os cenários mais recentes de
                            mudanças na precipitação em toda a Bacia do Alto Paraguai, estimamos declínios de
                            10% a 25% nas populações de cervo cujas probabilidades de ocorrência são de 85 e
                            60%, respectivamente, até 2040, e declínios críticos de 50% a 75% nas populações cujas
                            probabilidades são 55% e 60%, respectivamente, até 2100. Sob esta perspectiva, os
                            impactos de mudanças climáticas podem ainda ser agravados pela sinergia com
                            alterações ambientais que interferem na hidrologia do Pantanal, tais como projetos de
                            aproveitamentos hidroelétricos, intervenções nos principais rios para melhorar a
                            navegação e canais de drenagem em áreas úmidas.
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                            Variação da abundância de Physalaemus biligonigerus (Cope, 1861) (Anura: Leptodactylidae) sob influência da estrutura do habitat e paisagem em área de planície inundável, Brasil
                            Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                            Tipo Dissertação
                            Data 23/06/2016
                            Área ECOLOGIA
                            Orientador(es)
                            • Vanda Lucia Ferreira
                            Coorientador(es)
                              Orientando(s)
                              • Pedro Henrique Pereira de Jesus
                              Banca
                              • Antonio Conceicao Paranhos Filho
                              • Christine Strüsmann
                              • Cynthia Peralta De Almeida Prado
                              • Diego Jose Santana Silva
                              • Milton Cezar Ribeiro
                              • Vanda Lucia Ferreira
                              Resumo As características da estrutura do habitat e da paisagem são determinantes na
                              compreensão dos padrões de distribuição, diversidade, riqueza e abundância dos
                              anfíbios. A influência do habitat em micro e mesoescala nos parâmetros populacionais
                              dos anfíbios é cada vez mais evidente, e cada espécie responde a esses efeitos de
                              diferentes formas. Diante disso, investigamos a influência do habitat ao nível de
                              microescala e mesoescala na abundância de Physalaemus biligonigerus em uma área da
                              porção oeste da sub-região do Pantanal da Nhecolândia. Os indivíduos foram
                              amostrados através de armadilhas de interceptação e queda com cerca-guia entre 2008 a
                              2014. A abundância de rã-chorona (n = 659) variou ao longo dos anos e campanhas,
                              porém, a espécie foi mais abundante na estação úmida. O modelo linear misto
                              demonstrou que o índice de umidade por diferença normalizada e a distância da água
                              exercem influência significativa sobre a abundância ponderada de P. biligonigerus. Na
                              análise de variância, a porcentagem de campo limpo também foi um preditor
                              importante, e a mesma interage de modo expressivo com a distância da água. Isso
                              demonstra que P. biligonigerus predomina nas áreas de campos e menos distantes da
                              água. Nossos resultados evidenciam a influência da configuração da paisagem sobre a
                              abundância de P. biligonigerus.
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                              Spatiotemporal distribution of Phyllostomid bats in the Pantanal wetland: effects of resource availability and vegetation structure
                              Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                              Tipo Tese
                              Data 10/06/2016
                              Área ECOLOGIA
                              Orientador(es)
                              • Erich Arnold Fischer
                              Coorientador(es)
                                Orientando(s)
                                • Maurício Silveira
                                Banca
                                • Christoph Friedrich Johannes Meyer
                                • Josue Raizer
                                • Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos
                                • Maria João Veloso da Costa Ramos Pereira
                                Resumo Eu testei a hipótese de que a intensidade de inundação influencia a ecologia de populações e
                                comunidades de morcegos filostomídeos no Pantanal. A intensidade de inundação influencia a
                                estrutura da vegetação, composição e a disponibilidade de frutos e recursos florais que
                                influencia a dieta e o uso do hábitat dos filostomídeos. Os filostomídeos mais abundantes do
                                Pantanal têm dietas muitos similares centradas nas mesmas espécies de frutos comuns de
                                locais mais úmidos. No entanto diferenças na dinâmica do uso do hábitat entre as duas
                                espécies garante a coexistência e a alta abundancia em locais com maior previsibilidade na
                                disponibilidade de frutos. O consumo de recursos vegetais é filogeneticamente relacionado,
                                espécies filogeneticamente próximas consomem recursos vegetais em proporções similares. A
                                disponibilidade de recursos vegetais consumido pelos filostomídeos é influenciada pela
                                intensidade de inundação o que induz a uma resposta filogeneticamente estruturada da
                                comunidade de filostomíedos à intensidade de inundação. Linhagens distintas de
                                filostomídeos usam hábitats com diferentes intensidades de inundação em resposta aos
                                recursos vegetais mais consumidos. A instabilidade climática causada pelos ciclos de
                                inundação e seca limita a disponibilidade de recursos vegetais que afeta de forma
                                determinante a dieta, demografia e a estrutura da comunidade dos morcegos filostomídeos no
                                Pantanal.
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                                Estruturação espaço-temporal, funcional e filogenética de borboletas frugívoras em diferentes estratos verticais de uma Floresta Estacional Semidecidual
                                Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                Tipo Dissertação
                                Data 30/05/2016
                                Área ECOLOGIA
                                Orientador(es)
                                • Danilo Bandini Ribeiro
                                Coorientador(es)
                                  Orientando(s)
                                  • Poliana Felix Araujo
                                  Banca
                                  • Danilo Bandini Ribeiro
                                  • Fabio de Oliveira Roque
                                  • Leandro da Silva Duarte
                                  • Lucas Augusto Kaminski
                                  • Nicolas Oliveira Mega
                                  • Nicolay Leme da Cunha
                                  Resumo Uma das principais perguntas em ecologia de comunidades é entender os fatores que
                                  afetam a distribuição e composição de espécies no espaço e no tempo. Neste contexto, a
                                  estratificação vertical da vegetação tem sido apontada como um importante estruturador da composição de espécies dos mais diferentes táxons, uma vez que os estratos
                                  apresentam diferenças em seus fatores abióticos. No presente estudo buscamos avaliar se a assembleia de borboletas frugívoras estaria estruturada diferentemente entre os estratos
                                  verticais no Parque Nacional da Serra da Bodoquena. Este trabalho buscou avaliar, além da composição de espécies, já mostrada em trabalhos anteriores, a diversidade funcional
                                  e a associação filogenética dos organismos em cada estrato vertical. Para isso, utilizamos armadilhas com iscas atrativas dispostas alternadamente entre o sub-bosque e o dossel ao
                                  longo de seis transecções independentes no PARNA Serra da Bodoquena. Em um ano de
                                  amostragem foram registrados 4230 indivíduos, distribuídos em 63 espécies de borboletas
                                  frugívoras. O sub-bosque foi o estrato mais rico e abundante, enquanto que o dossel apresentou maior diversidade, provavelmente pela alta dominância da espécie Eunica
                                  Macris no subosque. Porém, observamos um padrão de estratificação vertical sazonal,
                                  onde verificamos uma inversão nos valores relativos de riqueza e abundância nos meses mais frios, sendo o dossel o estrato mais rico e abundante neste período. A composição
                                  de espécies diferiu significativamente entre os dois estratos, e todas as subfamílias estiveram presentes tanto no dossel quanto no sub-bosque; a tribo Morphini, pertencente
                                  a subfamília Satyrinae, ocorreu exclusivamente no sub-bosque. Embora não saibamos exatamente quais os fatores que determinam esta estruturação vertical na assembleia de
                                  borboletas frugívoras, uma das possíveis hipóteses seriam os fatores abióticos (luminosidade) e/ou bióticos como a distribuição de plantas hospedeiras e a predação. De
                                  forma geral, sugerimos que a estruturação da assembleia de borboletas frugívoras ao longo dos estratos verticais no PARNA Serra da Bodoquena é em parte determinada pela
                                  variação nos fatores ambientais entre os estratos, que atua como um filtro selecionando espécies com determinadas características funcionais; todavia, este filtro não é
                                  filogenético, ou seja, o grau de relacionamento entre as espécies que ocorrem em um estrato não é significativamente diferente do de espécies que ocorrem em estratos
                                  diferentes. Alguns atributos medidos nestes organismos diferiram significativamente entre os estratos verticais, estando estes atributos correlacionados ao voo e à
                                  termorregulação. Em borboletas, existem muitos aspectos diferentes relacionados ao voo (velocidade, duração, agilidade, manobrabilidade). A velocidade do voo é positivamente
                                  correlacionada com a menor amplitude da asa, comprimento e largura do tórax, enquanto que a massa relativa do abdómen é negativamente relacionada à velocidade do voo; em
                                  geral, voos mais lentos conferem ao organismo maior manobrabilidade. Nesse contexto, a diferenciação funcional entre os estratos verticais encontrada no presente trabalho, pode
                                  estar relacionada a diferentes estratégias de defesa contra a predação, devido suas características morfológicas e de voo; ainda, pode haver relação direta com biologia
                                  termal das espécies, que juntas podem auxiliar na fuga contra predadores. Como conclusão, observamos que as espécies de borboletas frugívoras se distribuem
                                  diferentemente entre o sub-bosque e o dossel. Essa diferença encontrada na composição da assembleia de borboletas frugívoras, associada à diferença funcional, sugere que os
                                  estratos são fundamentalmente distintos quanto as suas condições bióticas e/ou abióticas, mesmo em uma floresta de menor porte, como a Serra da Bodoquena, que apresenta o
                                  estrato de sub-bosque e dossel mais próximos um do outro se comparada à Mata Atlântica e à Amazônia. Além disso, constatamos um agrupamento funcional e não filogenético
                                  entre os estratos verticais; desta forma, podemos sugerir que os processos ecológicos e não os fatores históricos foram preponderantes na estruturação funcional da assembleia
                                  de borboletas frugívoras entre o sub-bosque e o dossel.
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                                  Comportamento, uso de recursos e influência de Apis mellifera na rede de interações entre abelhas e plantas
                                  Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                  Tipo Dissertação
                                  Data 23/05/2016
                                  Área ECOLOGIA
                                  Orientador(es)
                                  • Josue Raizer
                                  Coorientador(es)
                                    Orientando(s)
                                    • Júnior Henrique Frey Dargas
                                    Banca
                                    • Andrea Cardoso de Araujo
                                    • Denise Lange
                                    • Marco Aurelio Ribeiro De Mello
                                    • Pietro Kiyoshi Maruyama Mendonça
                                    • Rogerio Rodrigues Faria
                                    • Rudi Ricardo Laps
                                    Resumo Neste estudo investigamos as preferências florais, o uso de recursos, o comportamento e
                                    a importância de A. mellifera em rede de interações plantas-abelhas no Pantanal. Apis
                                    melllifera foi registrada visitando 36 espécies vegetais, sendo que em 81% das visitas,
                                    atuou como polinizador. Durante as visitas, a maior parte destas abelhas coletou apenas
                                    néctar (42%) ou néctar e pólen (36%), e apenas uma menor proporção (22%) coletou
                                    exclusivamente pólen. Abelhas nativas atuaram predominantemente como
                                    polinizadoras, exceto Trigona spinipes que atua como pilhador de recursos florais. A
                                    modularidade nas redes de abelhas e espécies vegetais não foi significativa, sendo
                                    evidenciado alto aninhamento da rede, sobretudo pela elevada presença de espécies
                                    generalistas. Após a de remoção da espécie exótica A. mellifera da rede, houve um
                                    decréscimo do aninhamento, mas a modularidade continuou não sendo significativa,
                                    evidenciando a importância de A. mellifera no aumento do aninhamento da rede.
                                    Comparando-se as interações de T. spinipes e A. mellifera não houve diferença
                                    significativa entre o grau e a centralidade. Apis mellifera demonstrou-se
                                    supergeneralista, não sendo evidenciadas preferências florais por essa espécie. Sendo
                                    assim, mostramos aqui que a ocorrência de Apis mellifera, uma espécie exótica
                                    altamente generalista, altera a estrutura das redes de interação promovendo um alto
                                    aninhamento, e dimuição da modularidade da rede.
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                                    Adequação da bacia do Alto Rio Paraná para a reintrodução de ariranhas (Pteronura brasiliensis)
                                    Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                    Tipo Dissertação
                                    Data 09/05/2016
                                    Área ECOLOGIA
                                    Orientador(es)
                                    • Guilherme de Miranda Mourão
                                    Coorientador(es)
                                      Orientando(s)
                                      • Luna Carinyana Silvestre
                                      Banca
                                      • Carolina Ribas Pereira
                                      • Caroline Leuchtenberger
                                      • Erich Arnold Fischer
                                      • Jose Manuel Ochoa Quintero
                                      • Juliana Quadros
                                      • Yzel Rondon Súarez
                                      Resumo A bacia do Paraná é considerada área de distribuição histórica das ariranhas (Pteronura brasiliensis).
                                      Avaliar a ocorrência de ariranhas em áreas de distribuição histórica e identificar áreas para possível
                                      reintrodução da espécie na bacia são metas do Plano de Ação Nacional para Ariranhas- ICMBio. A
                                      reintrodução de uma espécie, no entanto, poderá funcionar apenas se a espécie em questão encontrar
                                      condições adequadas na nova paisagem, sendo necessários estudos que procurem identificar a
                                      adequabilidade da paisagem para dar suporte a estratégias como esta. Os objetivos deste trabalho consistem
                                      em (i) averiguar a presença de ariranhas em trechos de rios da bacia do Alto Rio Paraná; (ii) determinar
                                      variáveis ambientais que favorecem a probabilidade de ocorrência de estruturas construídas pelas ariranhas;
                                      (iii) determinar se características ambientais de trechos de corpos d’água podem ser usadas para alocá-los
                                      em categorias segundo a ocorrência conhecida de ariranhas. Para isso percorri trechos da bacia do Alto Rio
                                      Paraná e da bacia do Alto Rio Paraguai, no Pantanal a procura de vestígios de P. brasiliensis. Sinais de
                                      presença e ausência da espécie foram amostrados quanto a variáveis ambientais que pudessem estar
                                      correlacionadas à seleção de habitat. Um modelo de regressão logística foi utilizado para prever a
                                      probabilidade de algum ponto específico do barranco ser usado por ariranhas, baseado em vestígios deixados
                                      por elas e uma Análise de Coordenadas Principais (PCoA) foi utilizada para responder se e quais
                                      características ambientais ordenam a ocorrência de ariranhas nesses trechos e se há disponibilidade destas
                                      características na bacia do Alto Rio Paraná. Não foram encontrados quaisquer vestígios de ariranhas na
                                      bacia do Paraná. O modelo logístico indicou que a probabilidade de se encontrar vestígios de ariranhas
                                      diminui com o aumento da velocidade dos corpos d’água e aumenta conforme o aumento da largura da mata
                                      riparia. Com a PCoA foi possível identificar que as variáveis velocidade do corpo d’água, textura do solo,
                                      largura da mata riparia, condutividade da água, inclinação e distância de cidades estão correlacionadas a
                                      presença de ariranhas em trechos de rios. Os dois primeiros eixos da ordenação PCoA mostraram que as
                                      bacias do Alto Rio Paraná e Alto Rio Paraguai diferem quanto as características de corpos d’água e sugerem
                                      que os trechos amostrados na bacia do Alto Rio Paraná não reúnem muitas das características relacionadas
                                      com a presença de sinais de ariranhas.
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                                      Elementos estruturadores das metacomunidades de peixes de riachos neotropicais
                                      Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                      Tipo Dissertação
                                      Data 09/05/2016
                                      Área ECOLOGIA
                                      Orientador(es)
                                      • Yzel Rondon Súarez
                                      Coorientador(es)
                                        Orientando(s)
                                        • Walmir Benedito Freitas Mundim Junior
                                        Banca
                                        • Fábio Cop Ferreira
                                        • Izaias Medice Fernandes
                                        • Josue Raizer
                                        • Mauricio Cetra
                                        • Rudi Ricardo Laps
                                        • Yzel Rondon Súarez
                                        Resumo A ecologia de comunidades busca a compreender fatores que determinam a distribuição
                                        das espécies em múltiplas escalas, partindo deste princípio, o estudo de
                                        metacomunidades propõe responder questionamentos sobre a relação entre a
                                        importância das diferentes escalas espaciais e as interações biológicas como
                                        determinantes da organização da distribuição das espécies. Neste sentido, os riachos são
                                        habitats ideais para as investigações ecológicas, por exibirem estruturas de forma
                                        hierárquica contextualizadas em ordem de riachos. No presente trabalho buscamos
                                        testar a hipótese de que o padrão de distribuição das assembleias de peixes varia na
                                        bacia do rio Amambai e nas diferentes ordens dos riachos. Utilizamos como modelo a
                                        bacia do rio Amambai, Alto Rio Paraná, Mato Grosso do Sul. Amostramos 64 trechos
                                        de riachos ao longo de toda bacia. Registramos 79 espécies de peixes, sendo que riqueza
                                        e composição de espécies mudou entre as diferentes ordens dos riachos e algumas
                                        espécies foram mais presentes. A riqueza de espécies, obtida por rarefação,foi maior em
                                        trechos de riachos localizados na porção inferior da bacia com alta velocidade de
                                        corrente. Para cada ordem de riacho, as características ambientais que mais influenciam
                                        a distribuição das espécies mudam. Constatamos diferenças na estrutura da
                                        metacomunidades, sendo que na bacia como um todo o padrão foi aninhado, nos riachos
                                        de 1ª ordem quase-aninhamento e nos demais riachos quase-clementsiano. Nossos
                                        resultados reforçam a ideia de que assembleias de riachos de baixa ordem são mais
                                        influencia das por características locais e que o aumento do volume dos riachos leva ao
                                        aumento da riqueza das espécies que estão relacionadas à heterogeneidade espacial e
                                        posição longitudinal.
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                                        Odonates as indicators of landscape change in a region of the Cerrado
                                        Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                                        Tipo Tese
                                        Data 12/04/2016
                                        Área ECOLOGIA
                                        Orientador(es)
                                        • Fabio de Oliveira Roque
                                        Coorientador(es)
                                          Orientando(s)
                                          • Marciel Elio Rodrigues
                                          Banca
                                          • Andrea Cardoso de Araujo
                                          • Daniel Forsin Buss
                                          • Gustavo Graciolli
                                          • Leandro Juen
                                          • Marina Schmidt Dalzochio
                                          • Sheyla Regina Marques Couceiro
                                          Resumo O conhecimento sobre quais fatores determinam as tendências atuais da biodiversidade
                                          considerando às condições recentes de perda e fragmentação de habitats é essencial para
                                          projetar e executar estratégias para conservação das espécies. Identificar e descrever as
                                          consequências das ameaças antropogênicas atuais e seus efeitos sobre os padrões e
                                          processos das assembleias de espécies são fundamentais para a ecologia de
                                          comunidades. Neste estudo, investigamos como mudanças antropogênicas do uso do
                                          solo em paisagens naturais afetam as comunidades de Odonata. Nós dividimos este
                                          estudo em três capítulos. No primeiro capítulo, nós avaliamos se a comunidade de
                                          Zygoptera (Odonata) demonstra respostas não lineares em relação ao declínio de
                                          remanescentes de vegetação nativa em torno de córregos seguindo uma abordagem de
                                          limiares. No segundo capítulo, considerando a desconstrução da comunidade em
                                          “traits”, nós avaliamos como os diferentes comportamentos de oviposição das espécies
                                          respondem a perda de vegetação nativa. No terceiro capítulo, nós consideramos a
                                          comunidade desconstruída em “traits” relacionados à capacidade de dispersão enfatizando o papel da resistência da paisagem como um importante preditor na
                                          estruturação dessas comunidades de Odonata. Os dados para este estudo foram obtidos a
                                          partir de coletas em 116 córregos no estado de Mato Grosso do Sul. Nossos resultados
                                          enfatizaram que a perda e ou modificações na vegetação nativa são variáveis chaves que
                                          influenciam as comunidades de Odonata. As duas abordagens usadas nesse trabalho,
                                          respostas não lineares, considerando a comunidade como um todo ou a comunidade
                                          desconstruído em caracteristicas relacionados à capacidade de dispersão e oviposição,
                                          são essenciais para avaliar o efeito das mudanças em paisagens naturais nas
                                          comunidades de Odonata. Essas abordagens provaram ser ferramentas relevantes em
                                          estudos de ecologia, auxiliando na tomada de decisões na conservação de espécies e
                                          especialmente dos ambientes aquáticos que são essenciais para a manutenção de grande
                                          parte da biodiversidade do planeta.

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                                          Dípteros ectoparasitos de morcegos no Novo Mundo: Distribuição espacial e padrões de associação
                                          Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                                          Tipo Tese
                                          Data 29/02/2016
                                          Área ECOLOGIA
                                          Orientador(es)
                                          • Gustavo Graciolli
                                          Coorientador(es)
                                            Orientando(s)
                                            • Luiz Felipe Alves da Cunha Carvalho
                                            Banca
                                            • Andrea Cardoso de Araujo
                                            • Fernando Paiva
                                            • Gustavo Graciolli
                                            • Luiz Eduardo Roland Tavares
                                            • Márcio Roberto Pie
                                            • Mauricio Osvaldo Moura
                                            Resumo Compreender os padrões de distribuição, abundância e interação de espécies é uma das propostas centrais em estudos ecológicos. Uma maneira comum de verificar se um conjunto de espécies resulta em uma comunidade estruturada ou ordenada é determinar se grupos específicos de espécies estão associados a um determinado habitat ou área biogeográfica. Os objetivos deste estudo foram investigar a associação de moscas ectoparasitas de morcegos nas Américas, entre as faixas latitudinais de 50º Norte até 40º Sul e 127º Oeste e 34º Leste, caracterizando e determinando o padrão estrutural das redes de interações estabelecidas; e avaliar o padrão espacial na riqueza de moscas ectoparasitas no continente americano, testando as variáveis preditoras deste padrão. A associação moscas-morcegos revelou redes não aninhadas, compartimentadas e modulares. As espécies interativas são gradativamente substituídas ao longo das faixas latitudinais, porém a especialização de rede é relativamente estável. Verificamos uma maior riqueza de moscas ao norte da Linha do Equador, sendo esta não relacionada ao gradiente latitudinal, nem à riqueza de espécies de morcegos ou variáveis ambientais.
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                                            Comunidade de anuros e o efeito do desenvolvimento urbano sobre a composição e riqueza de espécies em fragmentos florestais de Cerrado em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil
                                            Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                                            Tipo Tese
                                            Data 27/01/2016
                                            Área ECOLOGIA
                                            Orientador(es)
                                            • Franco Leandro de Souza
                                            Coorientador(es)
                                              Orientando(s)
                                              • Cláudia Márcia Marily Ferreira
                                              Banca
                                              • Cynthia Peralta De Almeida Prado
                                              • Franco Leandro de Souza
                                              • Marcelo Menin
                                              • Sonia Zanini Cechin
                                              • Vanessa Kruth Verdade
                                              Resumo A destruição do habitat é um dos principais fatores responsáveis pelo declínio de
                                              populações de anfíbios ao redor do mundo, sendo a urbanização um processo que
                                              promove a fragmentação e perda do habitat, gerando mudanças profundas no ambiente,
                                              o que contribui para a perda da biodiversidade de espécies. Mais de um terço das
                                              espécies de anfíbios conhecidas no mundo está ameaçada pelo desenvolvimento urbano,
                                              que gera mudanças na vegetação e hidrologia, poluição dos ambientes aquáticos e
                                              terrestres e poluição sonora. Estudos demonstram que a composição de espécies de
                                              anfíbios em áreas urbanas é alterada, ocorrendo um domínio de espécies generalistas
                                              quanto ao uso do habitat, e que nestes locais a riqueza de espécies diminui. No Brasil,
                                              poucos são os trabalhos que avaliaram os efeitos do desenvolvimento urbano sobre a
                                              fauna de anfíbios e no estado do Mato Grosso do Sul é escasso o conhecimento sobre
                                              este grupo de vertebrados em área urbana. Desta forma os principais objetivos deste
                                              estudo foram descrever a composição de espécies e a riqueza de anfíbios anuros em
                                              remanescentes de Cerrado na área urbana de Campo Grande, Mato Grosso do Sul,
                                              Brasil, avaliar se as comunidades variam ao longo do gradiente de urbanização e
                                              investigar o papel do habitat local sobre a composição e riqueza de espécies. A fauna de
                                              anuros foi amostrada em três estações chuvosas por meio de armadilhas de
                                              interceptação e queda, procura auditiva, procura visual e encontro fortuito. A análise da
                                              paisagem urbana foi realizada em diferentes escalas espaciais ao redor das áreas de
                                              estudo e a porcentagem de impermeabilização do solo e a distância de cada fragmento
                                              do centro urbano de Campo Grande foram usadas como indicativas do nível de
                                              urbanização. Variáveis do habitat local foram também mensuradas. Dezessete espécies
                                              de anuros foram registradas e houve um predomínio de animais das famílias
                                              Leptodactylidae e Hylidae. A anurofauna da região é dominada por espécies
                                              generalistas e que toleram mudanças no ambiente promovidas pela ação do homem. A
                                              composição e riqueza de espécies não foram afetadas pela urbanização. Uma possível
                                              explicação para o resultado encontrado é que a variável porcentagem de área
                                              impermeável do solo tenha um efeito limiar e que uma cobertura menor de superfície
                                              impermeável da que foi registrada neste estudo seja suficiente para reduzir o número de
                                              espécies de anuros da região. A área dos fragmentos urbanos não afetou a riqueza de
                                              espécies; é provável que a presença de habitats aquáticos para a reprodução seja um
                                              fator mais importante para determinar a presença de diferentes espécies de anuros que a
                                              área fragmentos. Para que o impacto da urbanização sobre os anuros em Campo Grande
                                              seja minimizado é importante que as áreas verdes sejam preservadas e restauradas. Para
                                              que os anuros residentes possam se dispersar e migrar é necessário à existência de
                                              corredores de habitat conectando os fragmentos florestais. Além disso, é fundamental
                                              que a coleta e o tratamento do esgoto ocorram de forma adequada, para que a
                                              reprodução e ciclos de vida dos anfíbios anuros não sejam alterados.
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