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TRABALHO Ações
The costs of parental care and skin-feeding in Leptodactylus podicipinus (Anura: Leptodactylidae)
Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
Tipo Dissertação
Data 10/05/2017
Área ECOLOGIA
Orientador(es)
  • Cynthia Peralta De Almeida Prado
Coorientador(es)
    Orientando(s)
    • Juan Fernando Cuestas Carrillo
    Banca
    • Cinthia A. Brasileiro
    • Denise C. Rossa-Feres
    • María Laura Ponssa
    Resumo O cuidado parental é muito diversificado entre as famílias de anuros. As espécies do gênero Leptodactylus exibem diferentes modos reprodutivos, incluindo cuidado parental. Este investimento adicional gera custos que os parentais devem enfrentar. Nós usamos Leptodactylus podicipinus, um membro do grupo de L. melanonotus, como modelo para investigar os custos do cuidado maternal e a interação mãe-prole no Pantanal sul. Fêmeas de L. podicipinus cuidam dos ovos e dos girinos até a metamorfose. Esta dissertação de mestrado é apresentada em dois capítulos. No capítulo 1, medimos os custos do cuidado maternal usando dados de captura-recaptura para comparar variáveis energéticas entre fêmeas cuidadoras e não-cuidadoras (i.e. massa do corpo, massa do corpo adiposo, dos ovários e do volume do conteúdo estomacal). No capítulo 2, estudamos a relação mãe-prole, examinando as características da pele, o trato digestório dos girinos e o comportamento para investigar a ocorrência de dermatotrofia em L. podicipinus. Características da pele foram comparadas entre fêmeas cuidadoras, não-cuidadoras e machos. Fêmeas cuidadoras perderam massa após uma semana, comparadas às fêmeas sem girinos. A massa dos ovários e o volume dos estômagos também foram menores em fêmeas cuidadoras e estômagos vazios ocorreram apenas nessas fêmeas com girinos. Porém, não houve diferença na massa dos corpos gordurosos. Nossos resultados indicam que os benefícios do cuidado parental em L. podicipinus podem impor alguns custos às fêmeas, pois a redução na tomada de alimento e na massa dos ovários podem reduzir o tamanho do corpo e a fecundidade futura. Fêmeas cuidando de girinos exibiram epiderme e estrato esponjoso mais espesso. Além disso, a concentração de lipídeos foi maior na epiderme de fêmeas cuidadoras e encontramos células epiteliais no trato digestório de girinos, sugerindo dermatotrofia em L. podicipinus, o primeiro registro deste tipo de cuidado em Anura.
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    Dichogamous sexual system in Cissus spinosa (Vitaceae): floral biology, synchronicity, and visitors
    Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
    Tipo Dissertação
    Data 17/03/2017
    Área ECOLOGIA
    Orientador(es)
    • Erich Arnold Fischer
    Coorientador(es)
      Orientando(s)
      • Hannah Lois Doerrier
      Banca
      • Andrea Cardoso de Araujo
      • André Rodrigo Rech
      • Erich Arnold Fischer
      • Felipe Wanderley de Amorim
      • Maria Rosangela Sigrist
      • SPENCER CHARLES HILTON BARRETT
      Resumo A separação de órgãos sexuais masculinos e femininos em angiospermas é essencial para o seu sucesso
      reprodutivo, temporalmente ou espacialmente, pois reduz o autocruzamento e a auto-interferência, e
      produz proles mais saudáveis. A dicogamia é uma dessas estratégias com várias subcategorias
      relacionadas ao momento específico em que ocorre a maturação e apresentação de estames e pistilos,
      tornando-a um fenômeno de diagnóstico complexo, que se acredita ter evoluído para evitar a
      autopolinização. Em particular, a sincronização do surgimento de estruturas reprodutivas masculinas e
      femininas, dentro das flores, em inflorescências, e em toda planta é um aspecto essencial para evitar a
      autofecundação de espécies de plantas dicogâmicas. Além disso, para garantir o sucesso reprodutivo, as
      espécies dicogâmicas necessitam de vetores de pólen, como insetos, que visitam as flores masculinas e
      femininas para garantir o fluxo de pólen ea produção de sementes. Neste trabalho, investiguei o sistema
      sexual e reprodutivo da espécie de liana Cissus spinosa (Vitaceae) no Pantanal brasileiro, que foi
      preliminarmente observada como uma espécie com protandria aparentemente sincronizada,
      posteriormente questionamos: qual é o sistema sexual de dicogâmico específico e o sistema de
      acasalamento desta espécie e quais são os potenciais polinizadores e visitantes florais? Utilizando
      espécimes da liana escandente Cissus spinosa no campo, fiz observações da biologia floral, coletas de
      todos os estágios do desenvolvimento floral (isto é, fase reprodutiva), sistema de acasalamento e
      visitação floral entre os anos de 2014-2016. Através da análise de dados sobre morfologia floral e
      maturação de estames e pistilo ao longo do tempo, verifiquei que Cissus spinosa apresentou uma
      dicogamia síncrona de vários ciclos, com flores protândricas que apresentavam um alto nível de
      sincronização dentro e entre inflorescências de plantas individuais. Cissus spinosa é auto-compatível,
      formando frutos em todos os tratamentos do teste do sistema de acasalamento. Os polinizadores
      potenciais foram abelhas Apidae, tais como Apis mellifera e Trigona spinipes, juntamente com espécies
      de Crabronidae e Vespidae. Outros visitantes incluíram besouros (Chrysomelidae), borboletas
      (Nymphalidae), e moscas (Sacrophagidae & Syphridae). Em geral, o tipo de dicogamia aqui relatado
      pode ser uma estratégia que ocorre para evitar a autofecundação nesta espécie autocompatível, uma vez
      que as inflorescências são sincronicamente masculinas ou femininas e as plantas dentro da mesma área
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      oferecem ambas as fases florais consistentemente ao longo do dia. Esta pesquisa representa o primeiro
      relato para este tipo específico de dicogamia no grande gênero de Cissus e pode apontar tendências entre
      este gênero ou família, especialmente aquelas em regiões tropicais.
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      Efeito da perda de habitat associados a impactos hidrelétricos sobre uma comunidade de borboletas frugívoras no sudoeste da Floresta Amazônica brasileira
      Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
      Tipo Dissertação
      Data 07/03/2017
      Área ECOLOGIA
      Orientador(es)
      • Danilo Bandini Ribeiro
      Coorientador(es)
        Orientando(s)
        • Débora Leite Rodrigues do Carmo
        Banca
        • André Victor Lucci Freitas
        • Danilo Bandini Ribeiro
        • Fabio de Oliveira Roque
        • Gustavo Graciolli
        Resumo Empreendimentos hidrelétricos estão sendo implementados em diversas regiões do
        mundo e particularmente na Amazônia. As usinas hidrelétricas causam diversos impactos
        ambientais, mas pouco se sabe sobre como essas atividades afetam a biodiversidade do
        local onde são construídas. Se faz necessário identificar esses efeitos ambientais para
        perspectivas de conservação, e pode-se utilizar sistemas cartográficos e bioindicadores
        para avaliá-los. Assim sendo, o objetivo deste trabalho é identificar os impactos de
        supressão vegetal causado por uma represa em uma área no sudoeste da Amazônia
        brasileira e verificar como a comunidade de borboletas frugívoras da região respondeu as
        consequentes mudanças na paisagem. A área de estudo possui uma vegetação
        predominantemente ombrófila aberta e o clima da região é classificado como quente
        úmido. Nas análises de supressão vegetal, foram utilizadas informações sobre a
        construção da hidrelétrica e imagens de satélite para determinar a extensão dos impactos
        sobre a floresta. Para avaliar as modificações na estrutura da comunidade de borboletas,
        foi conduzido um monitoramento de 16 campanhas em quatro módulos na região de
        análise e diversos parâmetros de diversidade da comunidade foram analisados. As seis
        primeiras campanhas do monitoramento correspondem a época antes do impacto de
        inundação de áreas ocasionado com finalização da represa, e as 10 ultimas são referentes
        à depois do impacto. As análises da paisagem mostram que uma grande extensão de
        floresta foi suprimida com alagamentos e desmatamentos em virtude das obras da usina,
        alterando assim a paisagem na região. Desde o começo da usina houve uma perda de 4%
        de cobertura florestal na paisagem e ocorreu mais de 900 km² de desmatamento.
        Atualmente resta cerca de 77% de cobertura florestal dentro da paisagem. Durante o
        monitoramento das borboletas, foram amostrados 2164 indivíduos pertencentes a 117
        espécies e quatro subfamílias. A riqueza da comunidade total foi maior antes do impacto.
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        Porém, depois do impacto o sub-bosque apresentou maior diversidade, e também neste
        estrato duas tribos aumentaram em abundância e uma tribo aumentou em riqueza após a
        perturbação. Isso pode ter ocorrido devido ao favorecimento de borboletas de áreas
        abertas e impactadas nos níveis mais baixos da floresta. Além disso, as ordenações
        indicaram uma homogeneização biótica dentro da comunidade, provavelmente devido ao
        favorecimento dos mesmos tipos de organismos e a exclusão de outros após o impacto.
        Não houve diminuição na diversidade geral da comunidade, mesmo assim as borboletas
        frugívoras responderam às alterações na paisagem, se mostrando novamente eficientes
        indicadoras ecológicas.

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        Araneofauna estruturada em gradiente urbano-rural independente da paisagem e da estrutura vegetal
        Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
        Tipo Dissertação
        Data 06/03/2017
        Área ECOLOGIA
        Orientador(es)
        • Josue Raizer
        Coorientador(es)
          Orientando(s)
          • Juliana Martinho Saraiva
          Banca
          • Alexandre Bragio Bonaldo
          • Antonio Domingos Brescovit
          • Danilo Bandini Ribeiro
          • Eduardo Martins Venticinqüe
          • Josue Raizer
          • Rafael Dettogni Guariento
          Resumo A urbanização é destacada como um dos principais fatores relacionados a perda de
          biodiversidade, porém nem todos os grupos de animais são afetados da mesma maneira
          por esse processo. Nós avaliamos os efeitos da urbanização sobre a comunidade de
          aranhas ao longo de um gradiente urbano-rural em escala local e de paisagem. As aranhas
          foram coletadas com guarda-chuva entomológico em 15 fragmentos, onde foram tomadas
          medidas de estrutura vertical da vegetação, as quais representaram os efeitos locais e
          medidas de componentes da matriz circundante desses fragmentos através de imagens de
          satélite, que representaram os efeitos da paisagem. A composição de espécies variou entre
          áreas urbanas e rurais, com espécies ocorrendo exclusivamente em fragmentos rurais,
          assim como em fragmentos urbanos. Em áreas da periferia urbana várias espécies foram
          comuns aquelas das demais áreas. A comunidade de aranhas não respondeu a estrutura
          da vegetação e nem a composição da paisagem ao redor dos fragmentos, o que pode ser
          explicado pela alta diversidade de uso de habitat do grupo estudado (aranhas do estrato
          arbustivo), uma vez que as respostas são mais claras quando o grupo alvo pertence a uma
          mesma guilda. Portanto, há variação na composição de espécies de aranhas ao longo do
          gradiente urbano-rural, mas essa variação não depende da estrutura vegetal dos
          fragmentos e dos elementos da paisagem que circundam os remanescentes florestais.
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          Efeito da perda e fragmentação florestal sobre a comunidade de Psitacídeos
          Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
          Tipo Dissertação
          Data 16/12/2016
          Área ECOLOGIA
          Orientador(es)
          • Maria João Veloso da Costa Ramos Pereira
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • Cármen Sofia Lourenço Lemos Dionísio
            Banca
            • Cintia Cornelius Frische
            • Gláucia Helena Fernandes Seixas
            • José Augusto Alves
            • Jose Manuel Ochoa Quintero
            • Rafael Dettogni Guariento
            Resumo A perda e degradação do habitat a partir da intensa alteração ambiental, resultante de
            atividades antropogênicas, têm efeitos diretos ou indiretos sobre toda a biodiversidade e
            consequentemente sobre a avifauna. Assim, o futuro da proteção e conservação da
            biodiversidade irá implicar um manejo em paisagens cada vez mais antropizadas. Desta
            forma, estudos que considerem fatores da paisagem como a cobertura vegetacional e o
            tamanho do fragmento são cruciais para fazer previsões acerca do efeito do uso do solo
            sobre as comunidades animais e conceber estratégias de gestão eficazes. De forma a
            investigar como as espécies respondem a alterações ambientais, utilizámos as espécies da
            família Psittacidae como modelo. Neste estudo, procurámos avaliar como a comunidade
            de psitacídeos responde aos efeitos da fragmentação florestal e perda de habitat numa
            região do Cerrado. Para tal, analisámos como a riqueza, abundância relativa e
            composição de espécies variam entre paisagens com diferentes coberturas florestais e
            entre fragmentos florestais com diferentes tamanhos. Os nossos resultados indicam que a
            variação observada na riqueza e abundância relativa de psitacídeos não está relacionada
            com a cobertura florestal. No entanto, a composição de psitacídeos varia entre as
            diferentes coberturas florestais das diferentes paisagens analisadas. O tamanho do
            fragmento também não explica as diferenças na variação de riqueza, abundância relativa
            e diversidade de psitacídeos. Além disso, detectamos mais duas espécies de psitacídeos
            para a região da Serra da Bodoquena – Aratinga auricapillus e Forpus xanthopterygius,
            do que os anteriormente descritos na literatura. Os psitacídeos não mostraram um efeito
            claro na resposta às alterações ambientais, provavelmente relacionado com a sua
            capacidade de dispersão para atividades tais como a procura de alimento. Estas espécies,
            distribuídas pelas diferentes coberturas florestais e pelos diferentes tamanhos de
            fragmentos, mostram assim uma resposta positiva à
            indicamos medidas para mitigar os impactos futuros da perda de habitat e sugerimos
            espécies prioritárias para a conservação.
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            Influência da variação interanual das inundações no Pantanal sobre a abundância das populações de dois mamíferos ameaçados: o cervo do pantanal (Blastocerus dichotomus Illiger, 1811) e o veado campeiro (Ozotoceros bezoarticus Linnaeus, 1758)
            Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
            Tipo Dissertação
            Data 24/06/2016
            Área ECOLOGIA
            Orientador(es)
            • Marcelo Oscar Bordignon
            Coorientador(es)
              Orientando(s)
              • Guellity Marcel Fonseca Pereira
              Banca
              • Helena De Godoy Bergallo
              • José Mauricio Barbanti
              • Liliani Marilia Tiepolo
              • Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos
              • Marcelo Oscar Bordignon
              • Roger Rodrigues Torres
              Resumo Em ambientes inundáveis as populações de diversas espécies podem variar devido à
              heterogeneidade temporal e espacial nas comunidades de plantas e da produtividade de
              ecossistemas, mediadas pela duração e intensidade das inundações. O presente estudo
              objetivou avaliar a relação entre a variação da densidade de cervo-do-pantanal
              (Blastocerus dichotomus) e veado-campeiro (Ozotoceros bezoarticus) e a variação nas
              inundações no Pantanal, bem como analisar a magnitude dos efeitos de mudanças
              climáticas sobre a abundância destas espécies. As densidades foram obtidas através de
              levantamentos aéreos cobrindo toda a planície inundável, e foi encontrada uma relação
              significativa entre inundação e densidade apenas para o cervo-do-pantanal. A densidade
              desta espécie variou de 0,16 a 0,32 indivíduos/km² (população máxima estimada em
              44800 ± 7686 indivíduos), enquanto a densidade de veado-campeiro variou de 0,11 a
              0,25 grupos/km² (população máxima estimada de 34800 ± 6369 grupos) durante os oito
              levantamentos aéreos realizados entre 1991-2004. Frente os cenários mais recentes de
              mudanças na precipitação em toda a Bacia do Alto Paraguai, estimamos declínios de
              10% a 25% nas populações de cervo cujas probabilidades de ocorrência são de 85 e
              60%, respectivamente, até 2040, e declínios críticos de 50% a 75% nas populações cujas
              probabilidades são 55% e 60%, respectivamente, até 2100. Sob esta perspectiva, os
              impactos de mudanças climáticas podem ainda ser agravados pela sinergia com
              alterações ambientais que interferem na hidrologia do Pantanal, tais como projetos de
              aproveitamentos hidroelétricos, intervenções nos principais rios para melhorar a
              navegação e canais de drenagem em áreas úmidas.
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              Variação da abundância de Physalaemus biligonigerus (Cope, 1861) (Anura: Leptodactylidae) sob influência da estrutura do habitat e paisagem em área de planície inundável, Brasil
              Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
              Tipo Dissertação
              Data 23/06/2016
              Área ECOLOGIA
              Orientador(es)
              • Vanda Lucia Ferreira
              Coorientador(es)
                Orientando(s)
                • Pedro Henrique Pereira de Jesus
                Banca
                • Antonio Conceicao Paranhos Filho
                • Christine Strüsmann
                • Cynthia Peralta De Almeida Prado
                • Diego Jose Santana Silva
                • Milton Cezar Ribeiro
                • Vanda Lucia Ferreira
                Resumo As características da estrutura do habitat e da paisagem são determinantes na
                compreensão dos padrões de distribuição, diversidade, riqueza e abundância dos
                anfíbios. A influência do habitat em micro e mesoescala nos parâmetros populacionais
                dos anfíbios é cada vez mais evidente, e cada espécie responde a esses efeitos de
                diferentes formas. Diante disso, investigamos a influência do habitat ao nível de
                microescala e mesoescala na abundância de Physalaemus biligonigerus em uma área da
                porção oeste da sub-região do Pantanal da Nhecolândia. Os indivíduos foram
                amostrados através de armadilhas de interceptação e queda com cerca-guia entre 2008 a
                2014. A abundância de rã-chorona (n = 659) variou ao longo dos anos e campanhas,
                porém, a espécie foi mais abundante na estação úmida. O modelo linear misto
                demonstrou que o índice de umidade por diferença normalizada e a distância da água
                exercem influência significativa sobre a abundância ponderada de P. biligonigerus. Na
                análise de variância, a porcentagem de campo limpo também foi um preditor
                importante, e a mesma interage de modo expressivo com a distância da água. Isso
                demonstra que P. biligonigerus predomina nas áreas de campos e menos distantes da
                água. Nossos resultados evidenciam a influência da configuração da paisagem sobre a
                abundância de P. biligonigerus.
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                Estruturação espaço-temporal, funcional e filogenética de borboletas frugívoras em diferentes estratos verticais de uma Floresta Estacional Semidecidual
                Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                Tipo Dissertação
                Data 30/05/2016
                Área ECOLOGIA
                Orientador(es)
                • Danilo Bandini Ribeiro
                Coorientador(es)
                  Orientando(s)
                  • Poliana Felix Araujo
                  Banca
                  • Danilo Bandini Ribeiro
                  • Fabio de Oliveira Roque
                  • Leandro da Silva Duarte
                  • Lucas Augusto Kaminski
                  • Nicolas Oliveira Mega
                  • Nicolay Leme da Cunha
                  Resumo Uma das principais perguntas em ecologia de comunidades é entender os fatores que
                  afetam a distribuição e composição de espécies no espaço e no tempo. Neste contexto, a
                  estratificação vertical da vegetação tem sido apontada como um importante estruturador da composição de espécies dos mais diferentes táxons, uma vez que os estratos
                  apresentam diferenças em seus fatores abióticos. No presente estudo buscamos avaliar se a assembleia de borboletas frugívoras estaria estruturada diferentemente entre os estratos
                  verticais no Parque Nacional da Serra da Bodoquena. Este trabalho buscou avaliar, além da composição de espécies, já mostrada em trabalhos anteriores, a diversidade funcional
                  e a associação filogenética dos organismos em cada estrato vertical. Para isso, utilizamos armadilhas com iscas atrativas dispostas alternadamente entre o sub-bosque e o dossel ao
                  longo de seis transecções independentes no PARNA Serra da Bodoquena. Em um ano de
                  amostragem foram registrados 4230 indivíduos, distribuídos em 63 espécies de borboletas
                  frugívoras. O sub-bosque foi o estrato mais rico e abundante, enquanto que o dossel apresentou maior diversidade, provavelmente pela alta dominância da espécie Eunica
                  Macris no subosque. Porém, observamos um padrão de estratificação vertical sazonal,
                  onde verificamos uma inversão nos valores relativos de riqueza e abundância nos meses mais frios, sendo o dossel o estrato mais rico e abundante neste período. A composição
                  de espécies diferiu significativamente entre os dois estratos, e todas as subfamílias estiveram presentes tanto no dossel quanto no sub-bosque; a tribo Morphini, pertencente
                  a subfamília Satyrinae, ocorreu exclusivamente no sub-bosque. Embora não saibamos exatamente quais os fatores que determinam esta estruturação vertical na assembleia de
                  borboletas frugívoras, uma das possíveis hipóteses seriam os fatores abióticos (luminosidade) e/ou bióticos como a distribuição de plantas hospedeiras e a predação. De
                  forma geral, sugerimos que a estruturação da assembleia de borboletas frugívoras ao longo dos estratos verticais no PARNA Serra da Bodoquena é em parte determinada pela
                  variação nos fatores ambientais entre os estratos, que atua como um filtro selecionando espécies com determinadas características funcionais; todavia, este filtro não é
                  filogenético, ou seja, o grau de relacionamento entre as espécies que ocorrem em um estrato não é significativamente diferente do de espécies que ocorrem em estratos
                  diferentes. Alguns atributos medidos nestes organismos diferiram significativamente entre os estratos verticais, estando estes atributos correlacionados ao voo e à
                  termorregulação. Em borboletas, existem muitos aspectos diferentes relacionados ao voo (velocidade, duração, agilidade, manobrabilidade). A velocidade do voo é positivamente
                  correlacionada com a menor amplitude da asa, comprimento e largura do tórax, enquanto que a massa relativa do abdómen é negativamente relacionada à velocidade do voo; em
                  geral, voos mais lentos conferem ao organismo maior manobrabilidade. Nesse contexto, a diferenciação funcional entre os estratos verticais encontrada no presente trabalho, pode
                  estar relacionada a diferentes estratégias de defesa contra a predação, devido suas características morfológicas e de voo; ainda, pode haver relação direta com biologia
                  termal das espécies, que juntas podem auxiliar na fuga contra predadores. Como conclusão, observamos que as espécies de borboletas frugívoras se distribuem
                  diferentemente entre o sub-bosque e o dossel. Essa diferença encontrada na composição da assembleia de borboletas frugívoras, associada à diferença funcional, sugere que os
                  estratos são fundamentalmente distintos quanto as suas condições bióticas e/ou abióticas, mesmo em uma floresta de menor porte, como a Serra da Bodoquena, que apresenta o
                  estrato de sub-bosque e dossel mais próximos um do outro se comparada à Mata Atlântica e à Amazônia. Além disso, constatamos um agrupamento funcional e não filogenético
                  entre os estratos verticais; desta forma, podemos sugerir que os processos ecológicos e não os fatores históricos foram preponderantes na estruturação funcional da assembleia
                  de borboletas frugívoras entre o sub-bosque e o dossel.
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                  Comportamento, uso de recursos e influência de Apis mellifera na rede de interações entre abelhas e plantas
                  Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                  Tipo Dissertação
                  Data 23/05/2016
                  Área ECOLOGIA
                  Orientador(es)
                  • Josue Raizer
                  Coorientador(es)
                    Orientando(s)
                    • Júnior Henrique Frey Dargas
                    Banca
                    • Andrea Cardoso de Araujo
                    • Denise Lange
                    • Marco Aurelio Ribeiro De Mello
                    • Pietro Kiyoshi Maruyama Mendonça
                    • Rogerio Rodrigues Faria
                    • Rudi Ricardo Laps
                    Resumo Neste estudo investigamos as preferências florais, o uso de recursos, o comportamento e
                    a importância de A. mellifera em rede de interações plantas-abelhas no Pantanal. Apis
                    melllifera foi registrada visitando 36 espécies vegetais, sendo que em 81% das visitas,
                    atuou como polinizador. Durante as visitas, a maior parte destas abelhas coletou apenas
                    néctar (42%) ou néctar e pólen (36%), e apenas uma menor proporção (22%) coletou
                    exclusivamente pólen. Abelhas nativas atuaram predominantemente como
                    polinizadoras, exceto Trigona spinipes que atua como pilhador de recursos florais. A
                    modularidade nas redes de abelhas e espécies vegetais não foi significativa, sendo
                    evidenciado alto aninhamento da rede, sobretudo pela elevada presença de espécies
                    generalistas. Após a de remoção da espécie exótica A. mellifera da rede, houve um
                    decréscimo do aninhamento, mas a modularidade continuou não sendo significativa,
                    evidenciando a importância de A. mellifera no aumento do aninhamento da rede.
                    Comparando-se as interações de T. spinipes e A. mellifera não houve diferença
                    significativa entre o grau e a centralidade. Apis mellifera demonstrou-se
                    supergeneralista, não sendo evidenciadas preferências florais por essa espécie. Sendo
                    assim, mostramos aqui que a ocorrência de Apis mellifera, uma espécie exótica
                    altamente generalista, altera a estrutura das redes de interação promovendo um alto
                    aninhamento, e dimuição da modularidade da rede.
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                    Adequação da bacia do Alto Rio Paraná para a reintrodução de ariranhas (Pteronura brasiliensis)
                    Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                    Tipo Dissertação
                    Data 09/05/2016
                    Área ECOLOGIA
                    Orientador(es)
                    • Guilherme de Miranda Mourão
                    Coorientador(es)
                      Orientando(s)
                      • Luna Carinyana Silvestre
                      Banca
                      • Carolina Ribas Pereira
                      • Caroline Leuchtenberger
                      • Erich Arnold Fischer
                      • Jose Manuel Ochoa Quintero
                      • Juliana Quadros
                      • Yzel Rondon Súarez
                      Resumo A bacia do Paraná é considerada área de distribuição histórica das ariranhas (Pteronura brasiliensis).
                      Avaliar a ocorrência de ariranhas em áreas de distribuição histórica e identificar áreas para possível
                      reintrodução da espécie na bacia são metas do Plano de Ação Nacional para Ariranhas- ICMBio. A
                      reintrodução de uma espécie, no entanto, poderá funcionar apenas se a espécie em questão encontrar
                      condições adequadas na nova paisagem, sendo necessários estudos que procurem identificar a
                      adequabilidade da paisagem para dar suporte a estratégias como esta. Os objetivos deste trabalho consistem
                      em (i) averiguar a presença de ariranhas em trechos de rios da bacia do Alto Rio Paraná; (ii) determinar
                      variáveis ambientais que favorecem a probabilidade de ocorrência de estruturas construídas pelas ariranhas;
                      (iii) determinar se características ambientais de trechos de corpos d’água podem ser usadas para alocá-los
                      em categorias segundo a ocorrência conhecida de ariranhas. Para isso percorri trechos da bacia do Alto Rio
                      Paraná e da bacia do Alto Rio Paraguai, no Pantanal a procura de vestígios de P. brasiliensis. Sinais de
                      presença e ausência da espécie foram amostrados quanto a variáveis ambientais que pudessem estar
                      correlacionadas à seleção de habitat. Um modelo de regressão logística foi utilizado para prever a
                      probabilidade de algum ponto específico do barranco ser usado por ariranhas, baseado em vestígios deixados
                      por elas e uma Análise de Coordenadas Principais (PCoA) foi utilizada para responder se e quais
                      características ambientais ordenam a ocorrência de ariranhas nesses trechos e se há disponibilidade destas
                      características na bacia do Alto Rio Paraná. Não foram encontrados quaisquer vestígios de ariranhas na
                      bacia do Paraná. O modelo logístico indicou que a probabilidade de se encontrar vestígios de ariranhas
                      diminui com o aumento da velocidade dos corpos d’água e aumenta conforme o aumento da largura da mata
                      riparia. Com a PCoA foi possível identificar que as variáveis velocidade do corpo d’água, textura do solo,
                      largura da mata riparia, condutividade da água, inclinação e distância de cidades estão correlacionadas a
                      presença de ariranhas em trechos de rios. Os dois primeiros eixos da ordenação PCoA mostraram que as
                      bacias do Alto Rio Paraná e Alto Rio Paraguai diferem quanto as características de corpos d’água e sugerem
                      que os trechos amostrados na bacia do Alto Rio Paraná não reúnem muitas das características relacionadas
                      com a presença de sinais de ariranhas.
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                      Elementos estruturadores das metacomunidades de peixes de riachos neotropicais
                      Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                      Tipo Dissertação
                      Data 09/05/2016
                      Área ECOLOGIA
                      Orientador(es)
                      • Yzel Rondon Súarez
                      Coorientador(es)
                        Orientando(s)
                        • Walmir Benedito Freitas Mundim Junior
                        Banca
                        • Fábio Cop Ferreira
                        • Izaias Medice Fernandes
                        • Josue Raizer
                        • Mauricio Cetra
                        • Rudi Ricardo Laps
                        • Yzel Rondon Súarez
                        Resumo A ecologia de comunidades busca a compreender fatores que determinam a distribuição
                        das espécies em múltiplas escalas, partindo deste princípio, o estudo de
                        metacomunidades propõe responder questionamentos sobre a relação entre a
                        importância das diferentes escalas espaciais e as interações biológicas como
                        determinantes da organização da distribuição das espécies. Neste sentido, os riachos são
                        habitats ideais para as investigações ecológicas, por exibirem estruturas de forma
                        hierárquica contextualizadas em ordem de riachos. No presente trabalho buscamos
                        testar a hipótese de que o padrão de distribuição das assembleias de peixes varia na
                        bacia do rio Amambai e nas diferentes ordens dos riachos. Utilizamos como modelo a
                        bacia do rio Amambai, Alto Rio Paraná, Mato Grosso do Sul. Amostramos 64 trechos
                        de riachos ao longo de toda bacia. Registramos 79 espécies de peixes, sendo que riqueza
                        e composição de espécies mudou entre as diferentes ordens dos riachos e algumas
                        espécies foram mais presentes. A riqueza de espécies, obtida por rarefação,foi maior em
                        trechos de riachos localizados na porção inferior da bacia com alta velocidade de
                        corrente. Para cada ordem de riacho, as características ambientais que mais influenciam
                        a distribuição das espécies mudam. Constatamos diferenças na estrutura da
                        metacomunidades, sendo que na bacia como um todo o padrão foi aninhado, nos riachos
                        de 1ª ordem quase-aninhamento e nos demais riachos quase-clementsiano. Nossos
                        resultados reforçam a ideia de que assembleias de riachos de baixa ordem são mais
                        influencia das por características locais e que o aumento do volume dos riachos leva ao
                        aumento da riqueza das espécies que estão relacionadas à heterogeneidade espacial e
                        posição longitudinal.
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                        Variação temporal da comunidade de helmintos parasitos do morcego Nyctinomops laticaudatus em área urbana
                        Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                        Tipo Dissertação
                        Data 23/11/2015
                        Área ECOLOGIA
                        Orientador(es)
                        • Luiz Eduardo Roland Tavares
                        Coorientador(es)
                          Orientando(s)
                          • Luisa Rodrigues Baraldi
                          Banca
                          • Cláudia Portes Santos Silva
                          • Gustavo Graciolli
                          • Marcelo Oscar Bordignon
                          • Reinaldo José da Silva
                          • Ricardo Massato Takemoto
                          Resumo A variação temporal é um dos processos que determinam a montagem das
                          comunidades ecológicas, através de variações da disponibilidade de recursos, das
                          condições ambientais e das interações biológicas. As modificações que ocorrem ao longo
                          do tempo dos fatores bióticos e abióticos podem levar à variação da comunidade de
                          helmintos parasitos, tanto em espécies de ciclo de vida direto quanto os de ciclo de vida
                          indireto. O presente trabalho busca descrever a comunidade helmíntica parasitária de
                          Nyctinomops lataicaudatus (Chiroptera: Molossidae); verificar se essa comunidade é
                          influenciada por características morfológicas do hospedeiro, bem como pelo sexo do
                          hospedeiro e pelo tempo; e verificar se a composição e a estrutura da comunidade
                          parasitária variaram ao longo do tempo. Foram realizadas cinco campanhas durante um
                          ano, no Estádio Pedro Pedrossian, no município de Campo Grande-MS. Os descritores
                          populacionais (prevalência e abundância) e os comunitários do parasitismo (riqueza,
                          diversidade, uniformidade média) foram calculados para cada infracomunidade de todas as
                          campanhas realizadas. O coeficiente de correlação por posto de Spearman (rs) foi utilizado
                          para verificar uma possível correlação do Índice de Condição Corporal (ICC) com os
                          descritores comunitários do parasitismo de cada campanha. Um Modelo Linear
                          Generalizado Misto (GLMM) foi utilizado para verificar a relação da riqueza e da
                          abundância média com o sexo dos hospedeiros, com o tempo e com a interação entres
                          esses dois termos. Além disso, uma análise de Variância Permutacional (PERMANOVA) e
                          uma análise de escalonamento multidimensional não métrico (NMDS) foram realizadas
                          para verificar se a composição e a estrutura da comunidade endoparasitária variaram ao
                          longo do tempo estudado. A comunidade endoparasitária foi composta por uma espécie de
                          cestoda e três espécies de nematodas, a abundância total esteve relacionada com o tempo e
                          com o sexo dos hospedeiros e tanto a composição quanto a estrutura da comunidade de
                          helmintos parasitos variaram ao longo do tempo estudado.

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                          Influência da paisagem em diferentes escalas na probabilidade de ocupação de pequenos mamíferos em uma área fragmentada de Mata Atlântica
                          Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                          Tipo Dissertação
                          Data 08/09/2015
                          Área ECOLOGIA
                          Orientador(es)
                          • Josue Raizer
                          Coorientador(es)
                            Orientando(s)
                            • Viviane Brito Dias
                            Banca
                            • Fabio de Oliveira Roque
                            • Helena De Godoy Bergallo
                            • Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos
                            • Milton Cezar Ribeiro
                            • Renata Pardini
                            Resumo A maioria do conhecimento disponível sobre os efeitos da fragmentação e suas
                            influências sobre as populações vem de estudos conduzidos na escala de mancha. No
                            entanto, manchas de habitat são partes do mosaico da paisagem e a presença de espécies
                            em uma mancha pode ser em função não apenas do seu tamanho ou isolamento, mas
                            também dos habitats da vizinhança. Ainda assim, poucos estudos investigando a
                            influência da estrutura da paisagem na distribuição de vertebrados consideraram a
                            heterogeneidade dos tipos de matriz. Nós realizamos um estudo na escala de paisagem
                            para avaliar a importância relativa do tipo de habitat, de componentes e da configuração
                            da paisagem (considerando a heterogeneidade funcional da matriz) nas probabilidades
                            de ocupação do roedor especialista de floresta, Oecomys cleberi, e do marsupial
                            generalista de habitat, Didelphis albiventris. Nós amostramos um sítio amostral
                            (localizados em área de floresta ou matriz) em 40 paisagens de 500m de raio em uma
                            área altamente fragmentada de Mata Atlântica. Os modelos mais plausíveis incluíam a
                            quantidade de mata remanescente disponível, com efeitos positivos tanto para a ocupação
                            da espécie especialista de floresta quanto para a espécie generalista e, ao
                            contrário do esperado a composição da matriz também foi relevante, embora com
                            menos força, para a ocupação da espécie especialista, mas não da espécie generalista.
                            Ainda que a grande maioria das paisagens apresentaram porcentagens inferiores ao
                            limiar de fragmentação (30%) abaixo do qual seria esperado que os efeitos do arranjo
                            espacial começassem a aparecer, seu efeito isolado no presente estudo não foi
                            corroborado para nenhuma das espécies analisadas. Nossos resultados mostraram que, a
                            despeito das diferenças na habilidade de utilizar diferentes tipos de matrizes, a
                            quantidade de mata remanescente foi o principal responsável pelos padrões de ocupação
                            de ambas espécies analisadas, e reforçam a importância do desenvolvimento de planos
                            de conservação que considerem processos na escala de paisagem.


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                            O papel das Áreas de Proteção Permanente e da Reserva Legal na conservação de mamíferos de médio e grande porte e como abrigo do javali em duas áreas de agroecossistemas no estado de Mato Grosso do Sul
                            Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                            Tipo Dissertação
                            Data 28/08/2015
                            Área ECOLOGIA
                            Orientador(es)
                            • Guilherme de Miranda Mourão
                            Coorientador(es)
                              Orientando(s)
                              • Cynthia Doutel Ribas
                              Banca
                              • Carlos Henrique Salvador de Oliveira
                              • Erich Arnold Fischer
                              • Flávio Henrique Guimarães Rodrigues
                              • Rita de Cássia Bianchi
                              • Ubiratan Piovezan
                              Resumo Nas últimas décadas, a atividade agropecuária tem sido responsável por grandes mudanças na paisagem do Brasil, especialmente no Cerrado e Mata Atlântica, configurando
                              uma perda exponencial de habitats florestados, bem como matas ciliares e outras áreas de proteção permanente. Muitas espécies de animais e os próprios cursos d’água são ameaçados
                              pela atividade agropecuária, colocando em risco o futuro da biodiversidade do país. Além disso, a introdução de espécies exóticas invasoras, como o javali, compromete a qualidade
                              do ambiente, além de configurar uma grande ameaça às espécies locais. Os objetivos deste estudo foram averiguar a riqueza e composição da comunidade de mamíferos que ocorre em
                              duas áreas de agroecossistema no sul do estado de Mato Grosso do Sul através de armadilhamentos fotográficos, e averiguar se a distância da câmera em relação ao corpo
                              d'água mais próximo e em relação ao maior fragmento ordenam a estrutura da comunidade
                              de mamíferos, bem como criar um modelo de ocupação para cães e javalis e verificar se as
                              duas espécies ocupam os mesmos ambientes ou se evitam. Foi realizado uma Análise de
                              componentes principais (Pcoa) a fim de verificar a proximidade ou distância entre as
                              comunidades de mamíferos fotografados e, também, verificar a relação entre um gradiente
                              de distância da água e do maior fragmento de mata com a composição de espécies. O
                              modelo de ocupação para cães e javalis utilizado foi o de uma única estação para duas
                              espécies com a parameterização phi/delta, realizado no programa Presence. A riqueza foi de
                              26 espécies de mamíferos terrestres, de médio e grande porte, dos quais 22 espécies nativas
                              e quatro domésticas (cachorro, cavalo, gado bovino e javali). Dentre essas 22 espécies, 13 encontram-se listadas em alguma das categorias da lista nacional ou das listas estaduais de
                              espécies ameaçadas de extinção do Ministério do Meio Ambiente, das quais 4 encontram-se
                              como vulnerável na lista da IUCN. As espécies que ocorreram com maior frequência em
                              todos os habitats foram javali e anta, respectivamente. As distâncias da água (p=0,002) e do 2
                              fragmento mais próximo (p=0,02) ordenaram a comunidade (R²= 0,5), de modo que quanto
                              mais próxima da água e quanto mais conectada com um fragmento, mais "completa" a
                              comunidade que ocupa o local. Os resultados sugerem a importância de se manter
                              preservados os corpos d’água e os fragmentos de mata nativa nessas propriedades rurais. A
                              probabilidade de ocupação de um determinado ambiente para javalis (ѱ=0,75) e cães
                              (ѱ=0,71) diferiu pouco. A análise de ocupação para duas espécies em uma única estação
                              mostrou que elas quase não se evitam (φ=0,95), ocupando praticamente os mesmos
                              ambientes. Para javalis e cães, p e r tiveram os mesmos valores (p=0,26; r=0,26), indicando
                              que esse resultado pode ser efeito do horário de atividade das duas espécies ou da escala
                              temporal utilizada.


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                              Variação intraespecífica do fenótipo e da dieta no morcego Noctilio albiventris
                              Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                              Tipo Dissertação
                              Data 12/08/2015
                              Área ECOLOGIA
                              Orientador(es)
                              • Gustavo Graciolli
                              Coorientador(es)
                                Orientando(s)
                                • Thiago Mateus Rocha dos Santos
                                Banca
                                • Carolina Ferreira Santos
                                • Erich Arnold Fischer
                                • Luiz Eduardo Roland Tavares
                                • Marcelo Rodrigues Nogueira
                                • Nilton Carlos Caceres
                                Resumo A equivalência ecológica entre os indivíduos de uma espécie muitas vezes foi recorrente
                                na literatura e serviu de base para várias teorias. Entretanto, diversos trabalhos
                                mostraram o papel da variação individual como um importante fator ecológico e
                                evolutivo de modo que possam existir indivíduos especializados em diferentes recursos
                                em uma população. A competição intraespecífica e a existência de diferentes trocas
                                ecológicas (“trade-offs”) podem ser importantes fatores que promovem a especialização
                                individual. Noctilio albiventris é um morcego que apresenta grande variação
                                interindividual do fenótipo e baseando-se nesta característica este trabalho objetivou verificar o nível de especialização individual em uma população de N. albiventris e se
                                ele está ligado à variação fenotípica. Foi realizada uma análise de conteúdo estomacal e
                                com esses dados foi verificado o nível de especialização individual da população.
                                Características morfológicas de tamanho e de forma foram mensuradas através de
                                técnicas morfométricas. Os morcegos comeram apenas ordens de insetos e a população
                                apresentou baixo nível de especialização individual e baixa correlação entre a forma e
                                dieta. Houve variação de tamanho entre machos e fêmeas, porém alta sobreposição de
                                nicho entre esses grupos. A variação sexual, onde machos são maiores que fêmeas pode
                                ser explicada pela necessidade de machos defenderem sua permanência nas colônias. A
                                sobreposição de nicho entre os sexos indica que embora possuam tamanhos diferentes,os sexos não variam a dieta. O baixo nível de especialização individual da população e a
                                baixa diversidade de itens alimentares podem ser explicados pela época da coleta, final
                                da estação seca, onde a disponibilidade de recursos pode estar reduzida, forçando os
                                indivíduos a comerem o que está disponível e não aquilo para que estão adaptados ou
                                especializados.


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                                Seleção de áreas para reserva legal baseada em multicritérios: aplicação em projetos de assentamento
                                Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                Tipo Dissertação
                                Data 12/08/2015
                                Área ECOLOGIA
                                Orientador(es)
                                • Antonio Conceicao Paranhos Filho
                                Coorientador(es)
                                  Orientando(s)
                                  • Gisele Milaré
                                  Banca
                                  • Alfredo Marcelo Grigio
                                  • Jose Marcato Junior
                                  • Normandes Matos da Silva
                                  • Roberto Macedo Gamarra
                                  • Yzel Rondon Súarez
                                  Resumo Geotecnologias são ferramentas que contribuem para ações de conservação da
                                  biodiversidade, e se inserem no contexto de planejamento, execução e monitoramento
                                  dessas ações conservacionistas onde o espaço e o tempo são variáveis essenciais. Entre
                                  as ações de conservação, podemos citar a seleção de áreas, seja para criação de unidades
                                  de conservação, para recuperação ou para a delimitação de reserva legal. As
                                  geotecnologias, porém, nem sempre se encontram disponíveis. Assim, nesse contexto, o
                                  uso de “softwares” livres se torna uma alternativa viável para planejamento e tomada de
                                  decisões. O primeiro capítulo apresenta um panorama do uso dos “softwares” livres no
                                  Brasil, demonstrando uma tendência de aumento no seu uso, destacando a área
                                  ambiental. Dentro do tema, “softwares” livres, SIG e conservação da biodiversidade, o
                                  segundo capítulo apresenta um método semi-automático para delimitação de reserva
                                  legal em projetos de assentamentos que se apresenta como ferramenta acessível para
                                  ações de conservação da biodiversidade.
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                                  Metazoários parasitos de peixes: uma metanálise em trabalhos com abordagem temporal e ecologia de comunidades no Pantanal
                                  Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                  Tipo Dissertação
                                  Data 30/07/2015
                                  Área ECOLOGIA
                                  Orientador(es)
                                  • Luiz Eduardo Roland Tavares
                                  Coorientador(es)
                                    Orientando(s)
                                    • Danielle Ajala Cruz
                                    Banca
                                    • Cláudia Portes Santos Silva
                                    • Gustavo Graciolli
                                    • José Luis Luque Alejos
                                    • Mauricio Laterça Martins
                                    • Ricardo Massato Takemoto
                                    Resumo Uma das principais questões em ecologia é compreender os mecanismos que
                                    determinam a composição e a montagem de comunidades. Considerando que as
                                    comunidades ecológicas são reguladas por fatores bióticos e abióticos e que esses
                                    fatores variam no tempo, o ambiente pode agir como um importante agente estruturador
                                    de comunidades. Esse trabalho tem por objetivo geral, verificar como as comunidades
                                    parasitárias respondem às variações temporais do ambiente. O trabalho foi dividido em
                                    três partes: 1) Uma metanálise foi utilizada para verificar a influência do tempo sobre a
                                    similaridade das comunidades parasitárias de peixes, bem como para averiguar se há diferença na similaridade e na riqueza parasitária entre ambientes sazonais e não
                                    sazonais; 2) Um estudo de caso foi realizado com o hospedeiro Psectrogaster
                                    curviventris, a fim de verificar se há um decaimento temporal na similaridade da
                                    estrutura das comunidades parasitárias na estação seca, em uma lagoa sob influência do
                                    pulso de inundação no Pantanal; para o mesmo hospedeiro também foi verificado se as
                                    comunidades parasitárias estão distribuídas de forma aninhada entre os hospedeiros ao
                                    longo de estações secas e 3) A fauna parasitária do P. curviventris foi comparada com a
                                    do hospedeiro sintópico Potamorhina squamoralevis, tanto na seca como na cheia.
                                    Também testamos se a variabilidade entre as infracomunidades parasitárias é maior na estação cheia do que na seca, para as duas espécies de peixes. Não houve diferença nas
                                    similaridades e na riqueza entre ambientes sazonais e não sazonais. Com os dados
                                    obtidos por meio da metanálise e com a fauna parasitária de P. curviventris no Pantanal
                                    sul, encontramos um decaimento temporal na similaridade da estrutura das comunidades
                                    parasitárias. A fauna parasitária de P. curviventris não está distribuída de forma
                                    aninhada entre as estações secas e não é similar à comunidade parasitária de P.
                                    squamoralevis. Uma maior variabilidade na infracomunidade foi encontrada para P.
                                    curviventris na estação cheia do que na seca e o contrário ocorreu para P.
                                    squamoralevis. Nossos resultados fornecem evidências de que as comunidades
                                    parasitárias respondem às variações no ambiente no decorrer do tempo e que as
                                    diferenças intraespecíficas dos hospedeiros são cruciais para determinar a montagem
                                    das comunidades parasitárias em estações seca e cheia do pantanal.


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                                    Uso do espaço vertical por pequenos mamíferos não voadores em manchas florestais no Pantanal, Mato Grosso do Sul, Brasil.
                                    Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                    Tipo Dissertação
                                    Data 28/07/2015
                                    Área ECOLOGIA
                                    Orientador(es)
                                    • Vanda Lucia Ferreira
                                    Coorientador(es)
                                      Orientando(s)
                                      • Rafael Penedo Ferreira
                                      Banca
                                      • Carlos Henrique Salvador de Oliveira
                                      • Diogo Loretto Medeiros
                                      • Maron Galliez
                                      • Nilton Carlos Caceres
                                      • Rafael Dettogni Guariento
                                      Resumo A diversidade de espécies em um determinado ambiente reflete as diferenças na
                                      composição do hábitat, sendo a partição de nicho o processo que permite a coexistência
                                      entre as espécies. Alguns roedores e marsupiais desenvolveram adaptações que os
                                      permitiram explorar os estratos superiores de hábitats florestais no Pantanal. Cada uma
                                      destas espécies deve estar mais associada a um estrato ou a alguma característica do
                                      hábitat. Portanto, este estudo teve por objetivo: verificar como se dá a distribuição dos
                                      pequenos mamíferos nos estratos de hábitats florestais e avaliar a influência da
                                      complexidade ambiental na distribuição dos mesmos. Utilizei 180 armadilhas de captura
                                      viva dos tipos Tomahawk e Sherman, distribuídas em 20 pontos amostrais e iscadas
                                      com rodelas de bananas e pasta de amendoim. Medi características ambientais como:
                                      densidade de ramos e folhas, circunferência a altura do peito das árvores, circunferência
                                      dos galhos e conectividade entre as árvores. Usei os modelos mistos e a modelagem de
                                      ocupação para analisar os dados. Meus resultados mostraram que Thrichomys fosteri
                                      utiliza mais o solo, enquanto Oecomys mamorae e Gracilinanus agilis foram mais
                                      capturados nos estratos acima do solo (no sub-bosque ou no dossel). A probabilidade de
                                      ocupação de T. fosteri foi influenciada positivamente pela densidade de ramos e folhas
                                      em torno do ponto de captura e pela circunferência do galho onde a captura foi
                                      realizada; a de O. mamorae sofreu influência negativa da circunferência do galho e
                                      positiva da densidade de ramos e folhas ao redor da armadilha; e a ocupação de G.
                                      agilis foi influenciada somente pela altura do ponto de captura. Deste modo, as espécies
                                      estudadas se distribuem diferentemente no espaço tridimensional e existem
                                      características estruturais dos hábitats florestais que influenciam sua probabilidade de
                                      ocupação. A diferença no uso do hábitat, aliada à diversificação na dieta, reflete a
                                      história evolutiva que resultou na segregação de nicho destas espécies.
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                                      Efeitos da fragmentação florestal sobre comunidades de aves no Planalto da Bodoquena, Mato Grosso do Sul
                                      Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                      Tipo Dissertação
                                      Data 15/06/2015
                                      Área ECOLOGIA
                                      Orientador(es)
                                      • Andrea Cardoso de Araujo
                                      Coorientador(es)
                                        Orientando(s)
                                        • Guilherme Dalponti
                                        Banca
                                        • Danilo Bandini Ribeiro
                                        • Danilo Boscolo
                                        • Fabio de Oliveira Roque
                                        Resumo A fragmentação florestal é um processo que culmina na perda de área e separação dos remanescentes de um determinado
                                        hábitat, podendo ter diversas origens, sendo a principal delas a conversão de áreas de hábitat natural em área de ocupação
                                        humana, dedicadas majoritariamente a atividades agorpeccuárias. Os efeitos da fragmentação são principalmente a redução de
                                        área e mudança na configuração dos remanescentes, ocasionando alterações nos padrões ecológicos regionais, que podem refletir
                                        na perda de espécies. As Florestas Estacionais do interior do Brasil passaram por um forte processo de conversão de uso e
                                        fragmentação, sendo que atualmente restam poucos remanescentes, a maioria em uma configuração fragmentada. Os objetivos
                                        deste trabalho foram avaliar a variação na comunidade de aves em relação à área e isolamento dos ambientes de Florestas
                                        Estacionais no Planalto da Bodoquena. Para tanto comparamos a comunidade de aves entre uma reserva de proteção integral
                                        federal, o Parque Nacional da Serra da Bodoquena, formado principalmente por áreas de florestas estacionais, com as
                                        comunidades de aves de seis fragmentos de mata desta mesma fitofisionomia, com diferentes áreas e graus de isolamento. As
                                        amostragens ocorreram em um período descontínuo durante o ano de 2014, totalizando três campanhas onde as áreas amostradas
                                        foram visitadas uma vez por campanha. Foram feitas análises de similaridade, aninhamento e de beta-diversidade para identificar
                                        o principal fator de diferenciação entre as comunidades (aninhamento ou "turnover"), enquanto análises multivariadas foram
                                        realizadas para descrever o grau de fragmentação, a estrutura da vegetação dos pontos de amostragem (PCA). A ordenação das
                                        comunidades de aves foi feita por meio de análises de Escalonamento Multidimensional não Métrico (NMDS) E Análise de
                                        Coordenadas Principais (PCOA). Modelos Lineares Generalizados (GLM) foram utilizados para relacionar as variáveis
                                        ambientais com a riqueza total de aves florestais. Foram registradas 1 22 espécies pertencentes a 33 famílias e nove guildas
                                        alimentares. As análises de beta-diversidade mostraram que a substituição de espécies entre os sítios ("turnover") é a principal
                                        causa de variação na beta-diversidade. A composição de espécies de aves foi relacionada à fragmentação (tamanho da área, grau
                                        de isolamento dos remanescentes) e com a estrutura do hábitat (altura do dossel e densidade de árvores), sendo que 17 espécies
                                        foram significativamente correlacionadas com áreas maiores e mais conectadas, enquanto apenas uma espécie com áreas
                                        menores e mais isoladas. A riqueza de espécies de aves foi negativamente correlacionada a fragmentação (GLM, n=35;
                                        p=0,00054 R² 0,36)., As guildas de insetívoros de sub-bosque, frugívoros e insetívoros de dossel também tiveram suas riquezas
                                        relacionadas à fragmentação (GLM n=35; p<0,001; R² = 0,65; GLM n=35; p<0,001; R² = 0,47; GLM n = 35; PCOA1 p = 0,004;
                                        R² = 0,37; respectivamente), tendo apresentado maiores riquezas em áreas maiores e mais conectadas. Porém o que melhor
                                        explicou a variação na riqueza dos psitacídeos e granívoros foi a estrutura do hábitat, sendo estas duas guildas relacionadas com
                                        áreas menos estruturadas, com menor altura de dossel e menor densidade de árvores (GLM n = 35; p<0,001; R² = 0,46; GLM
                                        n=35; p<0,001; R² = 0,2, respectivamente). Os resultados aqui apresentados sugerem que a conservação de espécies sensíveis à
                                        perda e fragmentação de hábitat, principalmente grandes frugívoros e insetívoros de sub-bosque, assim como a conservação de
                                        uma maior riqueza de espécies no Planalto da Bodoquena depende da preservação de áreas florestais grandes e conectadas.

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                                        Área de vida de Gracilinanus agilis (Mammalia: Didelphimorphia) em uma área de cerradão, Mato Grosso do Sul, Brasil
                                        Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                        Tipo Dissertação
                                        Data 12/05/2015
                                        Área ECOLOGIA
                                        Orientador(es)
                                        • Nilton Carlos Caceres
                                        Coorientador(es)
                                          Orientando(s)
                                          • Patricia Sayuri Shibuya
                                          Banca
                                          • Emerson Monteiro Vieira
                                          • Gustavo Graciolli
                                          • Maurício Eduardo Graipel
                                          • Natália Oliveira Leiner
                                          • Thomas Puttker
                                          Resumo A utilização do espaço por machos e fêmeas de mamíferos pode variar de acordo com o dimorfismo
                                          sexual, sistema de acasalamento e comportamento territorialista, a fim de garantir a otimização do
                                          sucesso reprodutivo de cada sexo e suas interações com outras espécies. No presente estudo,
                                          verificamos a área de vida de machos e fêmeas de Gracilinanus agilis em um fragmento de
                                          cerradão no centro-oeste do Brasil. Para a captura dos indivíduos, foram utilizadas armadilhas
                                          nacional tipo de arame no solo e “Sherman” dispostas no sub-bosque (1-2 metros), utilizando a
                                          técnica de captura-marcação-recaptura (cmr). Vinte e quatro indivíduos de G. agilis tiveram suas
                                          áreas de vida estimadas pelo método do Mínimo Polígono Convexo. A área de vida estimada para a
                                          espécie foi de 0,38 ± 0,41 há, sendo a maior área de vida estimada foi para um macho, com 2,08 ha,
                                          e a menor área para duas fêmeas, com 0,08 ha. Os resultados mostraram que o tamanho da área de
                                          vida não variou de acordo com a massa dos indivíduos, e nem com os sexos. A sobreposição das
                                          áreas de vidas de pares de machos são maiores do que a sobreposição entre pares de fêmeas. A
                                          quantidade elevada de sobreposição entre áreas de vida dos machos indica que não há
                                          comportamento territorialista para eles, diferentemente do que ocorre para as fêmeas, que quase não
                                          tiveram sobreposição de suas áreas de vida. Um dos motivos para uma menor sobreposição entre as
                                          fêmeas durante a época reprodutiva pode ser devido à proteção dos filhotes e a competição por
                                          alimentos e, durante a época pré-reprodutiva, para as fêmeas, poderia ser atribuída à diminuição de
                                          suas áreas de vida, devido à menor demanda energética.
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