Doutorado em Ecologia e Conservação

Atenção! O edital referente ao processo seletivo e arquivos pertinentes ao curso estão disponíveis no site do curso.
Os resultados dos processos seletivos serão divulgados no site do curso.

Trabalhos

Trabalhos Disponíveis

TRABALHO Ações
Padrões de distribuição espacial de Mutillidae (Hymenoptera, Aculeata) em relação à heterogeneidade espacial e à composição de espécies de hospedeiros em fragmentos de Cerrado no Brasil Central
Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
Tipo Tese
Data 22/10/2014
Área ECOLOGIA
Orientador(es)
  • Gustavo Graciolli
Orientando(s)
  • Rodrigo Aranda
Banca
  • Alexandre Pires Aguiar
  • Angélica Maria Penteado Martins Dias
  • Danilo Bandini Ribeiro
  • Jose Henrique Schoereder
  • William Leslie Overal
Resumo A hipótese da heterogeneidade de habitat vem tentando elucidar a relação da
distribuição dos animais com as variáveis ambientais. Para os insetos, têm sido encontrados
padrões diferentes em relação à distribuição quanto à heterogeneidade ambiental e não se sabe
ao certo o efeito na comunidade, sendo avaliadas somente algumas famílias. Hymenoptera é a
terceira maior ordem de insetos e estão entre os mais importantes agentes ecológicos em
ecossistemas terrestres, sendo responsáveis pelo controle de populações de outros insetos,
através da predação ou parasitoidismo, e a polinização de angiospermas. O conhecimento da
fauna de Hymenoptera pode ser utilizado como indicador para o estado de conservação da
fauna de artrópodes em escala local, por responder às alterações do habitat de forma rápida.
O Cerrado vem sofrendo perda de habitat nas últimas décadas, principalmente na região
sudeste e centro-oeste do Brasil e a sua fragmentação tornou-se um dos principais problemas
para o bioma. É evidente que para o Cerrado, a fauna de Hymenoptera ainda é pouco conhecida
e o efeito de fragmentação, assim como a estrutura do habitat, são fatores importantes para a
composição da comunidade. Desta forma, o tamanho, arranjo espacial e variações na
complexidade estrutural de fragmentos afetam a riqueza, composição e distribuição de
Hymenoptera no bioma do Cerrado, que por sua vez refletem as condições de composição da
entomofauna (Capítulo1).
Em relação à comunidade de Mutillidae temos uma estruturação da comunidade em
relação ao gradiente de área. A relação do esforço amostral/área não é prejudicada na
representação da comunidade ao utilizar-se 100 m2 como unidade amostral. A definição da
metodologia em estabelecer um esforço amostral definido por área/tempo representa uma
unidade amostral válida para comparações e aplicação de conceitos e teorias ecológicas para o
grupo, uma vez que os trabalhos básicos são sobre taxonomia e sistemática, sendo poucos os
com enfoque ecológico (Capítulo 2).
A distribuição espacial e temporal de Mutillidae segue o padrão esperado do modelopredador
presa com atraso temporal em relação aos hospedeiros e a heterogeneidade ambiental
é um fator que determina a estruturação da comunidade de hospedeiro-parasitoide. Dessa
forma, há uma ferramenta útil para prever as possíveis interações entre hospedeiro-parasitoide e
pode-se direcionar esforços para a busca da relação de parasitoidismo dentro da família
Mutillidae (Capítulo 3).
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Comunidades de aves em gradiente de vegetação na Serra da Bodoquena, Mato Grosso do Sul.
Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
Tipo Tese
Data 29/08/2014
Área ECOLOGIA
Orientador(es)
  • Franco Leandro de Souza
Orientando(s)
  • Mauricio Neves Godoi
Banca
  • Alexandre Gabriel Franchin
  • Caio Graco Machado Santos
  • Erich Arnold Fischer
  • Renato Torres Pinheiro
  • Sergio Roberto Posso
Resumo Composição e estrutura da comunidade de aves em gradientes de vegetação na Serra da Bodoquena, Mato Grosso do Sul, Brasil.
A conservação da avifauna demanda conhecimento sobre a composição e estrutura das comunidades de aves, bem como sobre a distribuição das espécies nos diferentes tipos de vegetação de uma região. Neste estudo buscamos determinar a composição, riqueza, abundância e organização trófica da comunidade de aves nas diferentes fisionomias vegetais presentes na Reserva Particular do Patrimônio Natural Estância Mimosa e seu entorno (EM), localizada na Serra da Bodoquena, Mato Grosso do Sul, Brasil. Para isso amostramos as aves entre julho de 2011 e junho de 2012 em 200 pontos fixos dispostos em todas as fisionomias vegetais da EM. Foram obtidos 3350 contatos de 156 espécies de aves. As fisionomias vegetais com maior abundância e riqueza de espécies foram o cerradão, mata estacional e cerrado stricto sensu, enquanto pasto limpo, pasto sujo e mata ciliar apresentaram menores valores de abundância e riqueza. As aves da EM se
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organizaram em comunidades de formações florestais (matas estacionais e mata ciliar) e de áreas abertas (pastos limpos), com comunidades de cerrado stricto sensu, cerradão e pastos sujos sendo intermediárias neste gradiente de vegetação. As aves insetívoras, onívoras, frugívoras e granívoras compreenderam a maior parte da abundância e riqueza de espécies da comunidade. Os resultados deste estudo demonstraram que a composição e estrutura da comunidade de aves da EM são determinadas pela diversidade de habitats florestais, savânicos e abertos existentes na paisagem, que permite a ocorrência de espécies de aves típicas de cada uma destas fisionomias vegetais. Além disso, contribuem para a diversidade local de aves a presença de extensas manchas de habitats naturais, a proximidade entre as manchas remanescentes na paisagem e a permeabilidade da matriz antrópica, constituída de pastagens pequenas que preservam grande quantidade de arbustos e árvores nativas em meio às áreas abertas.
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Padrões geográficos das interações de morcegos filostomídeos no Cerrado e Pantanal
Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
Tipo Tese
Data 15/08/2014
Área ECOLOGIA
Orientador(es)
  • Erich Arnold Fischer
Orientando(s)
  • George Camargo
Banca
  • Andrea Cardoso de Araujo
  • Carlos Roberto Sorensen Dutra da Fonseca
  • Gustavo Graciolli
  • Luiz Eduardo Roland Tavares
  • Paulo Roberto Guimarães Junior
Resumo Redes de interações ecológicas exibem padrões de conexão entre espécies conectadas
a outras comunidades, permitindo inferências sobre processos ecológicos, estabilidade
e resiliência de ecossistemas. Redes mutualísticas descrevem padrões de comunidades
locais formando subconjuntos de comunidades ricas regionais, enquanto redes
antagonísticas são caracterizadas por grupos coesos de espécies que interagem entre
si, porém com raras interações entre os grupos. Ambas as redes de interações podem
revelar aspectos ecológicos e evolutivos tanto das espécies interagentes quanto dos
ecossistemas. Considerando que a região de Cerrado compreende ambientes antigos e
mais previsíveis que os ambientes do Pantanal, os principais objetivos deste estudo
foram descrever os padrões da estrutura e avaliar as diferenças geográficas das redes
de interações mutualísticas entre morcegos filostomídeos e plantas quiropterofílicas
(frutos), bem como das redes antagonísticas entre morcegos filostomídeos e dípteros
ectoparasitas desses domínios, inseridos nas bacias hidrográficas dos rios Miranda e
Negro. Especialização, aninhamento e modularidade foram as métricas de redes
utilizadas. Foram registradas 11 espécies de morcegos interagindo com 22 de plantas,
e 15 espécies de morcegos interagindo com 33 de ectoparasitos dípteros. As redes
mutualísticas entre morcegos filostomídeos e plantas exibiram padrão aninhado, com
baixos níveis de especialização e modularidade tanto no Cerrado quanto no Pantanal,
em decorrência das diferenças na composição de espécies de plantas entre as bacias
hidrográficas. As redes antagonísticas apresentaram topologia com certa
modularidade e baixos níveis de especialização e aninhamento, com estruturas
determinadas pelas diferenças entre os domínios fitogeográficos, quanto à
composição de espécies de ambos os grupos, bem como das interações entre eles. No
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Pantanal, as redes mutualísticas foram mais aninhadas, e as redes antagonísticas mais
especializadas e modulares que as do Cerrado. Entre as bacias hidrográficas, a rede
antagonística do Miranda foi mais especializada e modular que a do rio Negro.
Interações mutualísticas respondem questões diferentes das interações antagonísticas,
ambas embutidas de particularidades ecológicas e evolutivas, assim como os domínios
fitogeográficos do Cerrado e do Pantanal. Apesar de não ser sido possível confirmar as
diferenças esperadas entre esses domínios, devido justamente às diferenças temporais
existentes também nas redes mutualísticas e antagonísticas, houve correspondência
direta da métrica aninhamento com a dominância de espécies.
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Análise taxonômica, funcional e filogenética de comunidades de peixes em ambientes lóticos na bacia do rio Ivinhema, Alto Rio Paraná, MS
Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
Tipo Tese
Data 30/05/2014
Área ECOLOGIA
Orientador(es)
  • Yzel Rondon Súarez
Orientando(s)
  • Wagner Vicentin
Banca
  • Agostinho Carlos Catella
  • Edson Fontes de Oliveira
  • Fabio de Oliveira Roque
  • Fabrício Barreto Teresa
  • Lilian Casatti
Resumo O Brasil, um país de proporções continentais, possui uma enorme rede hidrológica distribuída em diferentes ecossistemas, o que contribui, entre outros fatores, para uma grande diversificação de espécies de peixes em ambientes de água doce. Compreender os processos que levam a esta diversificação é um dos grandes desafios da ecologia de comunidades. Neste sentido, o presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de compreender parte destes processos, bem como de avaliar as influências das características ambientais sobre a composição taxonômica, funcional e filogenética de comunidades de peixes em ambientes lóticos, considerando também as interações bióticas como parte destes mecanismos de estruturação das comunidades. Para tanto, três capítulos foram elaborados a partir de um banco de dados de 13 anos de amostragens ao longo da bacia do rio Ivinhema (2000 à 2012), inserido em um trecho livre de represamentos e afluente oeste da bacia do Alto Rio Paraná. Primeiramente (capítulo 1), com o intuito de gerar conhecimentos acerca das espécies ocorrentes na bacia, uma lista de espécies foi construída com base em dados de campo e em consultas a coleções científicas. A composição taxonômica de trechos de diferentes corpos hídricos foi descrita e avaliada ao longo do gradiente fluvial. Detectou-se que há um processo de adição e de substituição de espécies no sentido montante-jusante e que a ocorrência das espécies foi influenciada pelas diferentes combinações de características ambientais. Posteriormente (capítulo 2), ao testar as regras de montagem em comunidades de peixes de riachos, verificou-se que estas comunidades foram estruturadas principalmente pelos filtros ambientais, sendo que riachos com condições mais restritivas, com velocidades da água mais elevadas, mais rasos e localizados em maiores altitudes definiram comunidades com maiores valores de agregação filogenética e funcional. Por último (capítulo 3), ao avaliar como as características funcionais das espécies de peixes e as diversidades filogenética (PD) e funcional (FD) são influenciadas pelas variáveis ambientais, verificou-se que riachos de menores altitudes, mais volumosos e menos correntosos abrigaram comunidades de peixes funcionalmente mais dissimilares e filogeneticamente menos relacionadas entre si, ou seja, ambientes com menos restrições abrigam comunidades mais diversas, com maiores valores de PD e FD. A composição funcional das comunidades de peixes foi fortemente influenciada pelas características físicas do habitat e pela altitude; riachos hidrologicamente mais instáveis e de altitudes elevadas foram mais seletivos em relação às características das espécies.
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PADRÕES DE DISTRIBUIÇÃO E DIVERSIDADE DE ESPÉCIES DA MIRMECOFAUNA (HYMENOPTERA, FORMICIDAE) NO CHACO BRASILEIRO
Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
Tipo Tese
Data 25/04/2014
Área ECOLOGIA
Orientador(es)
  • Yzel Rondon Súarez
Orientando(s)
  • Paulo Robson de Souza
Banca
  • Arnildo Pott
  • Gustavo Graciolli
  • Jacques Hubert Charles Delabie
  • William Fernando Antonialli Júnior
Resumo O Gran Chaco é o único bosque seco subtropical do mundo. Considerado a segunda floresta mais extensa da América do Sul, ocorre preponderantemente na Argentina, Paraguai e Bolívia, sendo que apenas sete centésimos da sua área localizam-se no Brasil, no extremo sul da planície pantaneira, onde apresenta quatro fitofisionomias mais marcantes e diversas espécies vegetais endêmicas. Apesar de sua reconhecida importância ecológica no contexto continental, a fração brasileira do Chaco passa por sérias ameaças, como o desmatamento, e são incipientes os estudos da biodiversidade local. Entre os grupos de organismos que poderiam contribuir para o conhecimento dessa fração, incluem-se as formigas, por apresentarem muitos táxons especializados, por serem facilmente amostráveis, relativamente fiéis aos ambientes por elas requeridos e sensíveis às mudanças ambientais. Com esta preocupação, no período de outubro de 2010 a janeiro de 2013 foi realizado o presente trabalho, objetivando caracterizar as assembleias de formigas epigeicas nas principais fitofisionomias chaquenhas no município de Porto Murtinho (MS), analisar se existem diferenças espaciais na riqueza e composição de espécies, como este resultado é afetado pelos diferentes métodos de amostragem comumente utilizados e quais espécies de formigas estão associadas a mirmecófitas amplamente distribuídas na área de estudo. Como resultado desse inventário são apresentadas, por fitofisionomia e método de coleta, 218 espécies e morfoespécies de formigas. Destas, 52 foram consideradas indicadoras de alguma das fitofisionomias (i.e, a diversidade e a composição encontradas podem ser explicadas pela diferenciação entre as fitofisionomias do Chaco Brasileiro), duas são espécies não descritas e 31 estão intimamente associadas a mirmecófitas, como Triplaris gardneriana (Polygonaceae), em que foram encontrados ninhos de dez espécies de formigas (são apresentados aspectos da ecologia, morfometria e formas de ocupação dos entrenós).
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Variação na expressão da tristilia em uma espécie autoincompatível: implicações para a manutenção da heterostilia
Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
Tipo Tese
Data 11/12/2013
Área ECOLOGIA
Orientador(es)
  • Erich Arnold Fischer
Orientando(s)
  • Nicolay Leme da Cunha
Banca
  • Clemens Peter Schlindwein
  • Flávio Antônio Maes dos Santos
  • Hélder Nagai Consolaro
  • Michael John Gilbert Hopkins
  • Paulo Eugênio Alves Macedo De Oliveira
Resumo A tristilia é um polimorfismo genético pouco frequente em angiospermas, onde flores possuem três
morfotipos florais que diferem quanto à altura dos estigmas em relação aos estames. Polinizações
legítimas ocorrem por meio da transferência de pólen entre alturas equivalentes de antera e
estigma. O sistema é acompanhado de diversas características auxiliares e incompatibilidade
heteromórfica, logo qualquer outra combinação entre pólen e estigma resulta em poucas ou
nenhuma semente. A tristilia é apontada como mecanismo promotor de alogamia por meio de
polinização cruzada intermediada por visitantes florais especializados, além de redução da
interferência intrafloral entre pólen e estigma. A ação de forças estocásticas e deterministas podem
rapidamente desestabilizar a tristilia e levar à quebra do sistema favorecendo a endogamia. Neste
estudo viso compreender quais fatores determinam a manutenção e quebra da tristilia em
Eichhornia azurea, espécie neotropical auto-incompatível de ampla distribuição geográfica.
Amostrei populações no Pantanal, maior planície alagável do mundo, o qual tem a paisagem
determinada pelo pulso de inundação anual. O estudo esta estruturado em três capítulos; no
primeiro estimo a frequência dos morfotipos florais da espécie e quais são as forças estruturadoras
que determinam sua frequência em populações ao longo de um gradiente de inundação no
Pantanal. No segundo capítulo investigo a variação da comunidade de visitantes florais e sua
funcionalidade entre populações e relação com a reciprocidade hercogâmica entre morfotipos
florais de E. azurea. No terceiro e último capítulo investigo os fatores que determinam a variação
de tratos florais e quebra da tristilia em E. azurea. Discuto a importância do fator biótico visitante
floral e abiótico gradiente de inundação como forças direcionadoras para a manutenção e quebra
da tristilia em E. azurea no Pantanal.
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Aspectos ecológicos da estrutura da vegetação em áreas inundáveis dominadas por Byrsonima cydoniifolia e Tabebuia aurea no Pantanal, Mato Grosso do Sul, Brasil
Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
Tipo Tese
Data 22/03/2013
Área ECOLOGIA
Orientador(es)
  • Geraldo Alves Damasceno Junior
Orientando(s)
  • Gisaine de Andrade Amador
Banca
  • Arnildo Pott
  • Beatriz Schwantes Marimon
  • Marcelo Trindade Nascimento
  • Marize Terezinha Lopes Pereira Peres
Resumo Byrsonima cydoniifolia e Tabebuia aurea ocorrem em formações savânicas e florestais do Pantanal. Estas espécies podem ocorrer de maneira esparsa na vegetação, porém, em algumas regiões, são capazes de cobrir extensas áreas sazonalmente inundáveis e constituírem formações monodominantes. O estudo foi conduzido nas regiões do Miranda e Nabileque, Pantanal, Corumbá, Mato Grosso do Sul, Brasil. Em 5 ha de cada região, foram estabelecidas 10 parcelas de 0,5 ha para avaliar a relação entre a densidade de B. cydoniifolia e T. aurea com as condições do solo e inundação com o objetivo na tentativa de identificar quais características estão relacionadas à distribuição destas formações nas áreas estudadas. Também foram realizados estudos dendrocronológicos com 10 indivíduos de T. aurea para identificar quais condições favorecem o estabelecimento das populações como monodominante. Bioensaios em laboratório foram realizados para testar a existência de atividade alelopática de B. cydoniifolia sobre a germinação e crescimento de Lactuca sativa. A avaliação da dinâmica da estrutura da vegetação herbácea e plântulas nas duas áreas de estudo foi realizada para verificar como varia a cobertura vegetal das espécies em relação aos períodos de chuva, cheia e seca e às condições do solo. Os solos arenosos com baixa fertilidade estão relacionados à elevada densidade de B. cydoniifolia, enquanto T. aurea tende a ocorrer em solos argilosos e mais férteis. O estabelecimento das populações de T. aurea é favorecido nos períodos de anos de seca. Byrsonima cydoniifolia apresenta atividade alelopática sobre a espécie alvo selecionada. As mudanças na cobertura das espécies herbáceas e plântulas ao longo do ano apresentou forte correlação com as características químicas e textura do solo nas duas áreas de estudo; sendo que a inundação foi significativa somente para a região do Miranda.
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Geotecnologias na análise da estrutura e dinâmica da paisagem do Parque Estadual das Nascentes do rio Taquari-MS
Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
Tipo Tese
Data 21/02/2013
Área ECOLOGIA
Orientador(es)
  • Antonio Conceicao Paranhos Filho
Orientando(s)
  • Roberto Macedo Gamarra
Banca
  • Alfredo Marcelo Grigio
  • Luiz Eduardo Mantovani
  • Marco Antonio Diodato
  • Venerando Eustáqui Amaro
  • Vitor Matheus Bacani
Resumo Uma das características fundamentais da ecologia da paisagem é o estudo da estrutura da
paisagem, que consiste nas relações espaciais entre os distintos elementos presentes, mais
especificamente, relacionar as dimensões, formas, número, tipo e configuração dos diferentes elementos
da paisagem com a distribuição de matéria, energia e espécies. As geotecnologias são as ferramentas
ideais para estudos que envolvem a análise da paisagem. Assim, o objetivo do presente trabalho é analisar
a estrutura da paisagem de uma unidade de conservação formal, o Parque Estadual das Nascentes do Rio
Taquari, descrevendo os elementos espaciais que determinam os processos ecológicos existentes e sua
importância na conservação biológica, utilizando geotecnologias. A análise em conjunto do
relevo/geomorfologia, fitofisionomias, área ocupada pelos remanescentes de vegetação nativa, grau de
fragmentação, do tamanho e da forma dos fragmentos, a relação do NDVI com a estrutura da vegetação,
ou seja, dos parâmetros que determinam os processos ecológicos existentes e sua importância na
conservação biológica, mostraram-se ferramentas eficientes e fornecem subsídios para o melhor manejo
desta unidade de conservação, ajudando-a na sua sustentabilidade e na manutenção da biodiversidade
local.
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"Estratégia de forrageamento das larvas de Myrmeleon brasiliensis (Návas, 1914) (Neuroptera, Myrmeleontidae)"
Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
Tipo Tese
Data 27/02/2012
Área ECOLOGIA
Orientador(es)
  • Josue Raizer
Orientando(s)
  • Tatiane do Nascimento Lima
Banca
  • Antonio Pancracio de Souza
  • Fabio de Oliveira Roque
  • Glauco Machado
  • Gustavo Graciolli
Resumo Neste trabalho foram estudados alguns aspectos envolvidos na estratégia de forrageamento das larvas da formiga-leão Myrmeleon brasiliensis (Návas, 1914) (Neuroptera, Myrmleontidae). As larvas foram observadas e coletadas em uma área de reserva florestal de mata ciliar em Aquidauana, Mato Grosso do Sul, entre março de 2009 e fevereiro de 2011. Em laboratório, foram montados experimentos nos quais foram observadas as relações entre os custos e os benefícios da captura de presas por larvas de M. brasiliensis. Foi observado que as larvas tendem a adaptar o tamanho de suas armadilhas de acordo com as variações de oferta de alimento e da frequência de perturbação imposta às suas armadilhas. Com a construção de uma armadilha grande, o ganho com o sucesso na captura de presas sobrepõe os custos da sua manutenção. Também foi observado que há uma relação negativa entre o tamanho da presa e o sucesso de predação e uma relação positiva entre o tamanho da presa e o tempo gasto com a sua captura. O aumento no tamanho da presa não acarreta na destruição na armadilha, e sugere que a captura de presas pequenas pelas larvas de M. brasiliensis seja mais vantajosa para todos os estádios larvais. Nos estudos desenvolvidos no ambiente natural foi observado se a presença de M. brasiliensis afeta o forrageamento das formigas (Hymenoptera, Formicidae). Também foi observado que as larvas de M. brasiliensis consumiram presas que representaram somente uma parcela das espécies de presas disponíveis. Sendo que, as larvas capturaram uma maior proporção de presas dos tamanhos mais frequentes em todos os estádios. Além disso, as estimativas de riqueza de espécies de presas aumentaram em função do aumento no tamanho das armadilhas.
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Efeito da disponibilidade de recursos alimentares sobre a diversidade e a composição de espécies de morcegos filostomídeos em regiões do Pantanal e do Cerrado
Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
Tipo Tese
Data 24/02/2012
Área ECOLOGIA
Orientador(es)
  • Erich Arnold Fischer
Orientando(s)
  • Roberto Lobo Munin
Banca
  • Adriano Garcia Chiarello
  • Josue Raizer
  • Marcelo Oscar Bordignon
  • Marcelo Rodrigues Nogueira
Resumo A especialização alimentar dos morcegos filostomídeos aparentemente tem fortes influências
históricas e tem sido apontada como um dos principais mecanismos que permitem a co-ocorrência de
várias espécies. Por outro lado, esta especialização pode implicar na ausência ou na baixa abundância
de determinada espécie em locais onde seu recurso alimentar principal é escasso. Neste estudo avalio
se há diferenças entre a planície (Pantanal) e o planalto (Cerrado) na diversidade de morcegos
filostomídeos, na diversidade de recursos alimentares disponíveis e na diversidade de itens
consumidos. Avalio também se a composição das espécies de frutos e flores e das ordens de
artrópodes disponíveis como recurso alimentar determinam a composição de espécies de morcegos
filostomídeos na planície e no planalto. A comunidade de filostomídeos do Cerrado apresentou maior
riqueza (S = 15) e índice de diversidade de Shannon (H’ = 1,46) que o Pantanal (S = 10 e H’ = 0,71,
respectivamente). A maior riqueza e diversidade de itens alimentares disponíveis no Cerrado que no
Pantanal permitem um número maior de espécies de morcegos filostomídeos naquela região. A
riqueza e diversidade de itens consumidos pelos morcegos também foram maiores no Cerrado que no
Pantanal. As maiores abundâncias relativas dos morcegos frugívoros Artibeus planirostris e
Platyrrhinus lineatus no Pantanal que no Cerrado são determinada pelas maiores abundâncias
relativas de seus alimentos principais – frutos de Ficus spp. e Cecropia pachystachya – no Pantanal
que no Cerrado. Por outro lado, as maiores abundâncias relativas dos frugívoros Carollia
perspicillata e Sturnira lilium e do nectarívoro Glossophaga soricina no Cerrado são determinadas
pelas maiores abundâncias relativas de seus alimentos principais – frutos de Piper spp. e recursos
florais – no Cerrado que no Pantanal. Os resultados sustentam que a composição e abundância de
plantas usadas como fontes alimentares determinam, em grande parte, a ocorrência e a abundância
local de espécies de filostomídeos no Cerrado e no Pantanal. Adicionalmente, corroboram hipótese
que a especialização alimentar é um fator chave para a co-ocorrência de espécies de filostomídeos.
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"O fogo no Parque Nacional das Emas: efeitos na comunidade vegetal, fauna antófila e redes de interação"
Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
Tipo Tese
Data 24/02/2012
Área ECOLOGIA
Orientador(es)
  • Josue Raizer
Orientando(s)
  • Camila Aoki
Banca
  • Frederico Santos Lopes
  • Luciano Elsinor Lopes
  • Luis Fernando Alberti
  • Rudi Ricardo Laps
Resumo Na região Neotropical, a maioria das Angiospermas depende predominantemente de animais como vetores de transferência de pólen e estes, por sua vez, utilizam recursos florais para as mais diversas finalidades (alimentação, nidificação, cópula). Estas relações entre as plantas e seus visitantes florais foram os objetos deste estudo, o qual teve por objetivos: (i) investigar os padrões de fenologia da floração das espécies, tendo em vista a disponibilidade de recursos florais para a fauna antófila, (ii) caracterizar a estrutura das redes de interação plantas-visitantes florais, verificando os efeitos da inserção de pilhadores nas análises da rede planta-polinizador e (iii) verificar como o fogo afeta a composição de espécies vegetais, a diversidade e quantidade de recursos florais disponíveis e definir como essas características podem explicar a variação na composição da fauna antófila, como forma de entender os efeitos indiretos do fogo sobre a comunidade de visitantes florais. O estudo foi conduzido entre outubro de 2008 e setembro de 2009, em áreas de campo sujo no Parque Nacional das Emas (PNE), utilizando 37 parcelas fixas de 15 x 25 m. Espécies em floração foram registradas durante todo o período de estudo e diversos tipos de recursos florais estiveram disponíveis ao longo de todo o ano. Os padrões fenológicos da comunidade refletiram o padrão registrado para estrato herbáceo-subarbustivo, o qual é dominante na área, com mais de 70 % das espécies registradas. Apesar da abundância e riqueza deste estrato, foi o componente arbustivo-arbóreo o responsável pela maior quantidade e diversidade de recursos florais ofertados durante o ano. A fauna antófila (285 espécies) foi composta exclusivamente por insetos, os quais atuaram principalmente como pilhadores, com exceção de abelhas, moscas e vespas. As redes foram aninhadas e modulares em todos os níveis estudados (polinizadores, pilhadores e visitantes florais). Desta forma a inclusão de pilhadores nas análises não resultou em alterações na estrutura da rede. A frequência de queimadas e tempo decorrido desde a última queima não influenciaram a riqueza ou abundância das espécies vegetais, mas afetaram a composição. Não foram observadas alterações significativas na comunidade de visitantes florais e nas redes de interação. Ao que tudo indica, há um rápido reestabelecimento da comunidade de visitantes florais e de suas interações com as plantas após o fogo.
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FENOLOGIA DE FLORAÇÃO, SISTEMA REPRODUTIVO E EFETIVIDADE DE POLINIZAÇÃO DA ESPÉCIE DISTÍLICA PSYCHOTRIA CARTHAGENENSIS JACQ. (RUBIACEAE) EM ÁREAS DE CERRADO
Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
Tipo Tese
Data 18/02/2011
Área ECOLOGIA
Orientador(es)
  • Andrea Cardoso de Araujo
Orientando(s)
  • Rogério Rodrigues Faria
Banca
  • Aline Pedroso Lorenz
  • Cibele Cardoso Castro
  • Isabel Alves Dos Santos
  • Maria Rosangela Sigrist
  • Silvana Buzato
Resumo RESUMO GERAL
A espécie distílica Psychotria carthagenensis Jacq. é um arbusto de sub-bosque, distribuída da Costa Rica até a Argentina. Estudos prévios indicam uma ampla gama de variações nos atributos relacionados à distilia, sugerindo diferentes estratégias reprodutivas nas diversas populações. Este estudo teve como objetivo (i) avaliar a fenologia de floração de P. carthagenensis e a interação com seus visitantes florais; (ii) descrever o sistema reprodutivo de P. carthagenensis; (iii) verificar a efetividade dos polinizadores Apis mellifera e Augochloropsis sp para os morfos florais de P. carthagenensis. Entre janeiro de 2008 e janeiro de 2010 foram realizados censos de flores e de polinizadores, experimentos de polinização manual e foi avaliado o efeito de uma única visita de Apis mellifera e Augochloropsis sp, os polinizadores mais frequentes, na frutificação de P. carthagenensis no Parque Estadual do Prosa, Reserva Biológica da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e Reserva Natural da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, todas as populações localizadas no município de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil. A floração de P. carthagenensis nas três populações ocorreu de outubro a dezembro, com alto grau de sincronia populacional e também entre os morfos florais. As taxas de visitas não diferiram entre morfos florais e apresentaram alta similaridade na composição de espécies de visitantes florais. As populações estudadas apresentaram isopletia e houve alta reciprocidade no posicionamento de estames e estigmas. As flores de P. carthagenensis são autocompatíveis, sendo compatíveis também com plantas do mesmo morfo. Não houveram diferenças significativas entre os morfos quando comparados os dados de frutificação resultantes de visitas de A. mellifera e Algochlropsis sp e os dados de polinização cruzada. Apesar de ocorrer em populações localizadas em fragmentos isolados e sob influência antrópica, P. carthagenensis parece sustentar interações que beneficiam sua reprodução, pela generalização quanto ao uso dos visitantes florais aliada à sua exibição floral sincrônica. Além disso, a quebra do sistema de auto-incompatibilidade apresentada por P. carthagenensis pode assegurar a reprodução da espécie na ausência de seus polinizadores.
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RELAÇÕES ENTRE ICTIOFAUNA, CONECTIVIDADE E DISPONIBILIDADE DE ABRIGO EM HABITATS TEMPORARIAMENTE INUNDÁVEIS, NATIVOS OU ANTROPIZADOS, NO PANTANAL DE MATO GROSSO
Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
Tipo Tese
Data 18/02/2011
Área ECOLOGIA
Orientador(es)
  • Emiko Kawakami de Resende
Orientando(s)
  • Fábio Ricardo da Rosa
Banca
  • Angelo Antônio Agostinho
  • Jerry Magno Ferreira Penha
  • Kennedy Francis Roche
  • Paulo Andreas Buckup
  • Yzel Rondon Súarez
Resumo Este estudo poderia ter sido minha dissertação de mestrado, mas não o foi por falta de
apoio. A maioria das idéias vem de 2003 e 2004, derivadas da vontade de testar fenômenos
flagrados por observações naturalísticas. Certamente que as conversas com os caros ictiólogos
Izaías Fernandes, Jerry Penha e Francisco Machado, modelaram muitas abordagens, e o leitor
poderá comprovar isso nas citações e agradecimentos.
Com quatro anos de atraso, apresentamos os resultados dessas idéias postas à prova,
com o apoio de nova orientadora, que aceitou francamente o desafio e depositou honrável
confiança na idéia.
Essa confiança permitiu, inclusive, uma estrutura um pouco excêntrica de manuscrito,
misturando partes descritivas e detalhadas (5.1) e na forma de artigos (5.2 e 5.3), inclusive um
treino para aplicação de ecologia de peixes de alagados no fornecimento de informações sobre
impactos ambientais (afinal, “Ecologia & Conservação”). Esse treino, simulando um estudo de
impactos ambientais, tem como metas linguagem voltado ao público em geral e análise dos
dados baseada em interpretações gráficas.
Nos capítulos em forma de artigo são simplificadas, porém repetidas, coisas como e
área de estudos, materiais e métodos e bibliografia citada. Não é a intenção tornar a leitura
enfadonha com essas repetições, então a tempo, não é necessário a leitura seqüencial das
partes da tese. Garanto ao leitor que tentei não seguir os conselhos de Sand-Jensen (2007) na
redação das passagens menos formais...
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COMUNIDADES DE MORCEGOS SOB DIFERENTES INTENSIDADES DE IMPACTO DA PECUÁRIA NO PANTANAL, MATO GROSSO DO SUL, BRASIL
Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
Tipo Tese
Data 07/02/2011
Área ECOLOGIA
Orientador(es)
  • Erich Arnold Fischer
Orientando(s)
  • Carolina Ferreira Santos
Banca
  • Christoph Friedrich Johannes Meyer
  • Gledson Vigiano Bianconi
  • Guilherme de Miranda Mourão
  • Marcelo Oscar Bordignon
  • Wilson Uieda
Resumo Os morcegos têm sido considerados como grupo potencialmente indicador de perturbações ambientais por apresentarem ampla distribuição geográfica, diversidade de espécies e grande variedade de hábitos alimentares. O Pantanal, maior planície inundável do mundo, tem como base de sua economia a pecuária de corte, entretanto pouco se conhece sobre os impactos causados pelo gado sobre as comunidades naturais. Neste trabalho busco entender os efeitos da presença do gado sobre as comunidades de morcegos (composição, riqueza e diversidade), assim como sobre a dieta dos morcegos e sobre a fauna de ectoparasitas associados. Foram avaliados nove sítios com diferentes intensidades de uso pelo gado. As espécies de morcegos, itens alimentares e ectoparasitas foram amostrados em sete expedições, entre 2006 e 2007. Os sítios com intensidade intermediária de uso pelo gado apresentaram maior riqueza e diversidade de morcegos que os sítios com ausência de gado ou sítios com alta intensidade de uso pelo gado. A composição da dieta dos morcegos foi mais rica também sob condições intermediárias da intensidade de uso do ambiente pelo gado. Quanto à comunidade de ectoparasitos, apenas os carrapatos variaram com diferentes intensidades de uso pelo gado. Estes foram menos abundantes nos sítios com intensidade de uso intermediário. Provavelmente, níveis intermediários de perturbação pelo gado propiciam maior heterogeneidade de plantas e insetos utilizados como presas, levando os morcegos a uma dieta mais rica. Mudanças na comunidade de morcegos em diferentes intensidades de uso pelo gado refletiram alterações em outros grupos, insetos e vegetação, reforçando a importância de trabalhos com morcegos para inferência a respeito do estado de conservação do ambiente.
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influência Da Heterogeneidade Ambiental Sobre A Composição De Espécies De Anuros Em Um Agroecossistema No Pantanal, Estado De Mato Grosso Do Sul
Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
Tipo Tese
Data 20/10/2010
Área ECOLOGIA
Orientador(es)
  • Franco Leandro de Souza
Orientando(s)
  • Fernando Ibanez Martins
Banca
  • Carlos Frederico Duarte Da Rocha
  • Cristina Arzabe
  • Cynthia Peralta De Almeida Prado
  • Jaime Aparecido Bertoluci
  • José Roberto Miranda
Resumo
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    Ictofauna de um córrego na Serra da Bodoquena: Estrutura, variações longitudinal e temporal e efeitos sobre comunidades betônicas
    Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
    Tipo Tese
    Data 13/10/2010
    Área ECOLOGIA
    Orientador(es)
    • Kennedy Francis Roche
    Orientando(s)
    • Otavio Froehlich
    Banca
    • Carla Simone Pavanelli
    • Erica Maria Pellegrini Caramaschi
    • Fabio Edir Dos Santos Costa
    • José Sabino
    • Yzel Rondon Súarez
    Resumo Riachos usualmente apresentam padrões longitudinais de
    estrutura das comunidades de peixes. Diferenças se tornam bastante
    evidentes quando se compara comunidades de trechos altos, com
    gradiente mais inclinado, com aquelas de trechos baixos, com
    gradiente menor. Além desses fatores, o substrato e vegetação
    ripária também exercem papel importante na estruturação das
    ictiocenoses. Os peixes, por sua vez, podem influenciar de forma
    significativa o acúmulo de matriz perifítica (perifíton, detritos e
    sedimento) sobre superfícies de substratos duros e as comunidades
    de macroinvertebrados bentônicos. Neste trabalho investigamos
    essas influências e a variação espacial e temporal da estrutura das
    comunidades de peixes no córrego Salobrinha, um tributário da bacia
    do rio Miranda, que corta a região cárstica do planalto da Bodoquena
    (Bodoquena, Mato Grosso do Sul). Parâmetros físicos do ambiente
    (variáveis de tamanho dos trechos, substrato e cobertura vegetal)
    foram levantados para que pudéssemos proceder a uma descrição
    comparativa das estruturas físicas dos trechos amostrais. Fizemos
    uma comparação das ictiocenoses presentes nos trechos alto e baixo
    do córrego, por meio de coletas nas estações seca e chuvosa. Para
    tal, selecionamos seis trechos amostrais para realização de pesca
    elétrica. Três trechos estavam na parte alta do córrego, dentro do
    Parque Nacional da Serra da Bodoquena, flanqueados por vegetação
    preservada; os outros três, na parte baixa do córrego, cortavam
    regiões onde a vegetação ao longo de uma ou das duas margens
    (com exceção de uma faixa muito estreita) foi substituída por
    pastagens. Quanto à parte física, o córrego apresentou tendência de
    diminuição de tamanho de grão do substrato, aumento de largura e
    conseqüente diminuição da cobertura vegetal na parte baixa. Foram
    registradas 42 espécies de peixes no córrego, com quatro delas
    (Astyanax lineatus, Hypostomus sp., Ancistrus sp., Hypostomus
    cochliodon) representando mais de 60% da biomassa de peixes
    coletados na parte baixa do córrego e mais de 80% na parte alta. As
    comunidades de peixes apresentaram menores variações espacial e
    temporal na parte alta, quando comparadas com o trecho baixo. A
    riqueza de espécies foi maior na parte baixa, com 23 espécies que
    apareceram apenas neste trecho, doze delas apenas na época de
    chuvas. Em experimento com gaiolas de inclusão/exclusão, incluindo
    Astyanax lineatus, Characidium cf. zebra e Ancistrus sp., a última
    espécie teve grande impacto sobre a quantidade de matriz perifítica,
    sugerindo que esta espécie, e as outras pertencentes ao grupo
    funcional de raspadores de perifíton, podem ser consideradas
    engenheiras ambientais no córrego estudado. Ancistrus sp. também
    influenciou de forma significativa a estrutura da comunidade de
    macroinvertebrados bentônicos por meio de grande diminuição da
    abundância relativa de Chironomidae. Astyanax lineatus não exerceu
    influência sobre os macroinvertebrados e matriz perifítica, enquanto
    que a espécie de Characidium teve exerceu influência significativa
    sobre aqueles componentes, mas mais discreta que no caso de
    Ancistrus sp.
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    aspectos Demográficos E Padrão Espacial De Myracroduon Urundeva M. Allemão (anacardiaceae) Na Floresta Estacional Semidecidual No Domínio Do Cerrado
    Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
    Tipo Tese
    Data 22/06/2010
    Área ECOLOGIA
    Orientador(es)
    • Frederico Santos Lopes
    Orientando(s)
    • Érica de Souza Módena
    Banca
    • Flávia De Freitas Coelho
    • Flávio Antônio Maes dos Santos
    • Geraldo Alves Damasceno Junior
    • Maria Cristina Medeiros Mazza
    • Rita De Cássia Quitete Portela
    Resumo
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      ecologia De Estradas: Influência Da Br-262 No Desflorestamento E Na Perda Da Fauna Silvestre Por Atropelamentos No Sudoeste Do Brasil, Ms
      Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
      Tipo Tese
      Data 18/06/2010
      Área ECOLOGIA
      Orientador(es)
      • Antonio Conceicao Paranhos Filho
      Orientando(s)
      • Janaina Casella
      Banca
      • Alex Bager
      • Andreas Kindel
      • Maurício Eduardo Graipel
      • Simone Rodrigues de Freitas
      • Tatiana Mora Kuplich
      Resumo
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        chuva De Sementes Em Um Trecho De Floresta Ripária, Mato Grosso Do Sul
        Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
        Tipo Tese
        Data 01/06/2010
        Área ECOLOGIA
        Orientador(es)
        • Edna Scremin Dias
        Orientando(s)
        • Joanice Lube Battilani
        Banca
        • Beatriz Schwantes Marimon
        • Erich Arnold Fischer
        • Geraldo Alves Damasceno Junior
        • Ricardo Ribeiro Rodrigues
        • Waldir Mantovani
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          ecologia De Mesocarnívoros Em Uma área Do Pantanal Central, Ms
          Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
          Tipo Tese
          Data 29/07/2009
          Área ECOLOGIA
          Orientador(es)
          • Guilherme de Miranda Mourão
          Orientando(s)
          • Rita de Cássia Bianchi
          Banca
          • Emygdio Leite De Araujo Monteiro Filho
          • Fernando Antonio Dos Santos Fernandez
          • Fernando De Camargo Passos
          • Flávio Henrique Guimarães Rodrigues
          • Helena De Godoy Bergallo
          • Peter Grandsen Crawshaw Junior
          • Sérgio Lucena Mendes
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