AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTI-LEISHMANIA DE EXTRATOS DE ESPÉCIES DE PLANTAS NATIVAS DO MATO GROSSO DO SUL |
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Curso |
Mestrado em Biotecnologia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
06/12/2021 |
Área |
BIOTECNOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Ana Maria de Andrade Oliveira
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Banca |
- Adriano Cesar de Morais Baroni
- Caio Fernando Ramalho de Oliveira
- Carla Cardozo Pinto de Arruda
- Thalita Bachelli Riul
- Warley de Souza Borges
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Resumo |
As leishmanioses são doenças causadas por protozoários do gênero Leishmania,
consideradas pela OMS como doenças tropicais negligenciadas, responsáveis por
cerca de 30.000 mortes por ano, sendo endêmicas em Mato Grosso do Sul, Brasil.
Os tratamentos disponíveis dificultam a adesão pelo alto custo, administração
parenteral e diversos efeitos colaterais. Considerando a vasta biodiversidade e
levantamentos etnofarmacológicos em nosso país, a busca por tratamentos mais
seguros e eficazes com produtos naturais é desafiadora e necessária. Assim,
avaliamos a atividade in vitro de extratos vegetais da família Rubiaceae de Rudgea
viburnoides, Diodia kuntzei, Richardia grandiflora, Tocoyena formosa, Randia armata
e Coutarea hexandra contra Leishmania amazonensis. Observamos uma redução na
viabilidade celular das formas promastigotas de L. amazonensis e uma redução nas
amastigotas intracelulares em macrófagos infectados, e os índices de seletividade
foram calculados nos quais os extratos de Tocoyena formosa, Rudgea viburnoides e
Randia armata apresentaram valores de 6,7, 3,2 e 2,7, respectivamente. Com o
objetivo de investigar algum mecanismo envolvido na atividade anti-Leishmania, a
produção de óxido nítrico por macrófagos infectados foi avaliada por meio da reação
de Griess. A realização de estudos fitoquímicos e o fracionamento dos extratos
serão essenciais para rastrear a atividade anti-Leishmania desses extratos.
Palavras-chave: Rubiaceae; Rudgea viburnoides; Diodia kuntzei; Tocoyena formosa;
Leishmania amazonensis
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Avaliação do efeito do óleo essencial de ylang-ylang (Cananga odorata) sobre a resposta inflamatória aguda em modelos experimentais in vitro e in vivo |
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Curso |
Mestrado em Biotecnologia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
03/12/2021 |
Área |
BIOTECNOLOGIA |
Orientador(es) |
- Saulo Euclides Silva Filho
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Robson Araujo de Freitas Junior
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Banca |
- Eduardo Benedetti Parisotto
- Eric Schmidt Rondon
- Jeandre Augusto Otsubo Jaques
- Roberto Kenji Nakamura Cuman
- Saulo Euclides Silva Filho
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Resumo |
A Cananga odorata, popularmente conhecida como ylang-ylang, é uma planta medicinal
pertencente à família Annonaceae, com diversas propriedades e atividades biológicas já
descritas na literatura, tais como: ansiolítica, antimicrobiana, antioxidante, anti-inflamatória,
dentre outras. O objetivo deste estudo foi determinar a composição química, a toxicidade
aguda oral e o efeito do óleo essencial de ylang-ylang (OEY) sobre a resposta inflamatória
aguda em modelos experimentais. Para a análise fitoquímica, o OEY foi analisado por
cromatografia gasosa/espectrometria de massa. Nos ensaios in vitro, foi avaliada a
citotoxicidade do OEY por meio do teste de brometo de metiltiazolildifenil-tetrazólio (MTT);
o efeito do OEY na quimiotaxia de neutrófilos induzida por N-formil metionil leucil
fenilalanina (fMLP); e na de atividade fagocitária de neutrófilos. O OEY foi administrado por
via oral nos ensaios de peritonite induzida por zymosan, de microcirculação in situ, sobre o
rolamento e adesão de leucócitos induzidos por carragenina, e nos modelos de edema de pata
e de hiperalgesia induzidos por carragenina. O OEY (na dose 2000 mg/kg) também foi testado
na toxicidade aguda em camundongos. O OEY apresentou predominância de acetato de
benzila, linalol, benzoato de benzila e benzoato de metila, em sua constituição. Nos testes in
vitro, o OEY não apresentou citotoxicidade, reduziu a quimiotaxia de neutrófilos induzida por
fMLP nas concentrações de 10, 30, 60 e 90 μg/mL, e nas concentrações de 10, 30 e 90
μg/mL; reduziu a atividade fagocitária de neutrófilos. O tratamento oral com OEY nas doses
de 100 e 200 mg/kg reduziu o recrutamento de leucócitos e a produção de óxido nítrico (NO)
no modelo de peritonite induzida por zymosan, reduziu o rolamento e adesão de leucócitos
induzidos por carragenina na microcirculação in situ e reduziu o edema e hiperalgesia
mecânica induzidos por carragenina. O OEY não apresentou sinais de toxicidade no teste de
toxicidade aguda. Em conclusão, o OEY reduziu a ativação leucocitária, apresentando
propriedades antiedematogênicas, anti-hiperalgésicas e anti-inflamatórias em modelos
experimentais. O NO pode estar envolvido no mecanismo de ação do OEY, porém as demais
vias inflamatórias não podem ser descartadas. |
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Modulação dos parâmetros inflamatórios in vivo e in vitro por um inibidor de tripsina purificado de Libidibia ferrea (Mart. ex. Tul) L.P. Queiroz |
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Curso |
Mestrado em Biotecnologia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
14/05/2021 |
Área |
BIOTECNOLOGIA |
Orientador(es) |
- Monica Cristina Toffoli Kadri
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Denise Brentan da Silva
- Jeandre Augusto Otsubo Jaques
- Luiz Alexandre Marques Wiirzler
- Monica Cristina Toffoli Kadri
- Rosemary Matias
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Resumo |
Libidibia ferrea é uma árvore nativa brasileira com extenso uso popular, sendo seus frutos, folhas, casca e sementes utilizados como anti-inflamatório e analgésico por populações ribeirinhas das regiões Norte e Nordeste do país. O inibidor de tripsina purificado de suas sementes (LfTI) possui atividades biológicas como fungicida, antimicrobiana e anticoagulante. Sabe-se que inibidores de proteases purificados de sementes de espécies da mesma família de L. ferrea (Fabaceae) possuem ação anti-inflamatória e imunoprotetora. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta anti-inflamatória e anti-nociceptiva do LfTI em camundongos Swiss, por meio dos ensaios in vitro de viabilidade celular, produção de H2O2 e adesão de macrófagos, e in vivo de peritonite, produção de óxido nítrico (NO), permeabilidade vascular; edema de pata; contorção abdominal e de formalina. Na avaliação in vitro, o LfTI (2, 50, 250 µg/mL) manteve viáveis os macrófagos. Ainda, o LfTI (50 µg/mL) inibiu a produção de H2O2 (48,4%) e adesão (49,4%) de macrófagos. In vivo, LfTI (0,6, 3 e 15 mg/Kg) diminuiu o recrutamento de leucócitos polimorfonucleares de modo dose-dependente (50,5%, 77% e 94,5%). Na dose de 3 mg/Kg, o LfTI inibiu a produção de NO (53%), a permeabilidade vascular (49,7%) e o edema de pata em diferentes tempos. Ainda, o LfTI inibiu o tempo de lambida em 46,1% na primeira fase da nocicepção (dor neurogênica), porém, não inibiu esse efeito na segunda fase (dor inflamatória) no teste de formalina e também não inibiu as contorções abdominais induzidas pelo ácido acético. Nossos resultados mostraram pela primeira vez que o LfTI possui efeitos anti-inflamatórios e inibidor da dor neurogênica. |
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