Morfometria geométrica de opiliões subterrâneos do gênero Eusarcus na Serra da Bodoquena, Mato Grosso do Sul (Opiliones: Gonyleptidae) |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
31/08/2017 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Elisa Ferreira de Almeida Mello
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Banca |
- Abel Perez Gonzalez
- Alessandra Gutierrez de Oliveira
- Márcio Bernardino da Silva
- Marcos Ryotaro Hara
- Maria Elina Bichuette
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Resumo |
Nove espécies de opiliões troglóbios do gênero Eusarcus Perty, habitantes de um complexo de cavernas situados na Serra da Bodoquena - MS, tiveram o escudo dorsal e a região das coxas fotografadas para estudos de morfometria geométrica. Encontramos um instrumento eficiente para detectar dimorfismos sexual dentro grupo e uma nova potencialidade de estudos taxonômicos para fêmeas de opiliões. Também, observamos valores de significância entre diferentes conjuntos de imagens para distância de Mahalanobis e apontamos sobreposições da forma e similaridades entre as espécies. |
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Comunidades de insetos (Hexapoda) associados à massas fecais de equinos |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
26/05/2017 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
- Ramon Jose Correa Luciano de Mello
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Mariana Castro da Costa e Almeida
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Banca |
- Alessandre Pereira Colavite
- Fernando Paiva
- Paula Fernanda Motta Rodrigues
- Paulo Robson de Souza
- Vera Cristina Silva
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Resumo |
Diversos fatores podem influenciar a riqueza e composição das comunidades dos insetos coprófilos. Duas ordens que compõem as comunidades desses organismos se destacam em riqueza e abundância, Coleoptera e Diptera. Besouros desempenham importante papel na reciclagem de nutrientes, especialmente durante o ínstar larval. Da ordem Coleoptera, representantes da família Scarabaeidae possuem o hábito de depositar seus ovos em matéria fecal de diversas espécies de mamíferos. O desenvolvimento dessas larvas nesse local é importante para a decomposição e reciclagem dos nutrientes disponíveis neste tipo de ambiente. Este trabalho teve como objetivo inventariar a comunidade de insetos atraídos para massas fecais de equinos, identificar a sucessão desta comunidade durante os três dias consecutivos de exposição das fezes e comparar a fauna registrada em ambientes com diferentes usos do solo (mata e pastagem). A área de estudo se localiza em Rochedo, MS e se enquadra na classificação de Köppen como Aw – tropical úmido, com verão chuvoso e inverno seco. As coletas foram realizadas de junho de 2015 a abril de 2016, em expedições trimestrais, foram coletados 2072 espécimes de coleópteros, 22348 dípteros e 233 himenópteros. Em relação à dinâmica de visitação das fezes não foi observada diferença entre os ambientes de mata e pasto, todas as ordens coletadas apresentaram mais indivíduos na área de pasto e somente a ordem Diptera apresentou o mesmo número de famílias nas duas áreas, Coleoptera e Hymenoptera apresentaram mais famílias no pasto, contrariando dados de outros estudos. O dendograma de agrupamento não mostrou diferença na composição das famílias encontradas nas armadilhas. |
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Taxonomia e distribuição de Cladocera (Crustacea: Diplostraca) na bacia do Rio Miranda, Mato Grosso do Sul |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
18/05/2017 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Lourdes Maria Abdu El-moor Loureiro
- Odete Rocha
- Ricardo Henrique Gentil Pereira
- Rodrigo Pires Dallacqua
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Resumo |
Na Bacia do rio Miranda foram registradas 25 espécies de Cladocera em 23 pontos amostrais. Moina minuta foi a espécie mais frequente, seguida de Ilyocryptus spinifer e Macrothrix spinosa. Sididae, Daphniidae e Macrothricidae foram as famílias mais representativas em relação ao número de espécies, seguindo padrão de abundância similar aos estados de São Paulo e Minas Gerais, na região Sudeste. Treze espécies foram pouco frequentes ou de rara ocorrência. Foi elaborada chave de identificação das espécies encontradas e realizado o mapeamento da distribuição de espécies com frequência maior e menor que 25% |
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Revisão Taxonômica e Variação Geográfica do Philydor rufum (Vieillot 1818) (Aves: Furnariidae) |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/04/2017 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Claydson Assis
- Marco Aurélio Crozariol
- Sergio Roberto Posso
- Vítor de Queiroz Piacentini
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Resumo |
Através das análises de coloração de plumagem e partes nuas, morfometria e distribuição geográfica, a taxonomia do limpa-folha-de-testa-baia, Philydor rufum (Vieillot, 1818) foi revisada e a validade da subespécie Philydor rufum chapadense (Zimmer, 1935) foi testada. As características diagnósticas propostas para Philydor rufum chapadense são refutadas e esta subespécie não é uma unidade taxonômica válida, devendo ser sinonimizada à Philydor rufum rufum. |
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Estrutura populacional, sobrevivência aparente e área de vida de Phrynops geoffroanus (Testudines, Chelidae) em um rio urbano |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
27/04/2017 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
- Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Márcia Marrie Pinheiro Muller
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Banca |
- Flavio De Barros Molina
- Laura Verrastro Vinas
- Rafael Dettogni Guariento
- Shirley Famelli da Costa
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Resumo |
Alterações no ambiente em consequência da urbanização permitem que poucas espécies consigam aí permanecer, contando-se entre elas alguns quelônios. Tais modificações, além das próprias características dos quelônios, provavelmente, influenciam nos parâmetros populacionais e nos padrões de movimento, como razão sexual, estrutura populacional, sobrevivência aparente e área de vida. O objetivo do trabalho foi analisar a estrutura populacional, sobrevivência aparente e área de vida de Phrynops geoffroanus em um rio urbano em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil. Realizei as coletas em quatro sessões de amostragem pelo método de captura-marcação-recaptura com armadilhas quadradas e, principalmente, armadilhas do tipo covo. Pelo modelo de população fechada de Huggins Full Heterogeneity, estimei a capturabilidade e sobrevivência aparente e, posteriormente, a abundância. Eu obtive as localizações da área de vida de treze indivíduos (7 fêmeas e 6 machos) por telemetria. O dimorfismo sexual foi a favor das fêmeas e a sobrevivência aparente foi alta para fêmeas, machos e jovens, sendo maior nas transições do período seco para o chuvoso. A abundância foi crescente ou estável ao longo das sessões, variando entre 31 e 121 indivíduos, com maior abundância de adultos e sem diferença na razão sexual. A alta sobrevivência aparente pode ter sido influenciada pelo pouco tempo de estudo em relação a longevidade de quelônios e/ou pelo comportamento residente dos cágados. Não houve efeito do tamanho do corpo nem do sexo no tamanho de áreas de vida. Esta ausência de efeito pode estar ligada ao baixo custo energético do deslocamento aquático ou a características individuais não mensuradas. |
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Diversidade e Taxonomia de Copepoda (Crustacea, Hexanauplia) na Bacia do Rio Miranda, Mato Grosso do Sul, Brasil |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
27/04/2017 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Edinaldo Nelson dos Santos-Silva
- Gilmar Perbiche Neves
- Gustavo Graciolli
- Kennedy Francis Roche
- Martha Angélica Gutierrez-Aguirre
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Resumo |
Uma avaliação das espécies de Copepoda com ocorrência na bacia do rio Miranda é apresentada, bem como uma chave taxonômica com ênfase nas características morfológicas mais importantes para identificação das espécies, visando facilitar a identificação e atualização da lista de espécies que ocorrem no estado de Mato Grosso do Sul. Foram analisados 23 corpos de água lênticos distribuídos nos limites da bacia. Um total de 10 gêneros e 23 espécies, sendo 18 de Cyclopoida e cinco de Calanoida, foram encontradas na bacia, suas localizações foram mapeadas através de pontos georreferenciados e assim foi feito o mapeamento das espécies mais frequentes e raras. As espécies mais representativas para Cyclopoida foram Microcyclops anceps e Thermocyclops decipiens e para Calanoida, Notodiaptomus deitersi. |
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Diversidade, taxonomia e conservação de anfíbios do estado do Tocantins |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
31/03/2017 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Débora Leite Silvano
- Felipe Sá Fortes Leite
- Franco Leandro de Souza
- Paula Hanna Valdujo
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Resumo |
A extensão da nossa compreensão a respeito da biodiversidade da Terra é continuamente desafiada por recorrentes descobertas de novas espécies e distribuições previamente não conhecidas para algumas linhagens, geralmente reveladas após amostragens em áreas pouco estudadas. De modo geral, essa é uma situação frequente no Neotrópico. Dentre os grupos de vertebrados, os anfíbios são conspicuamente diversificados na região Neotropical. No entanto, algumas áreas dessa região possuem a fauna de anfíbios pobremente conhecida, como o caso do estado do Tocantins. De fato, essa lacuna não é apenas de cunho geográfico, pois, como consequência do esforço amostral insuficiente nessa região, muitos grupos taxonômicos também são negligenciados. A presente dissertação abordou aspectos da diversidade, taxonomia e conservação de anfíbios do estado do Tocantins. Associando dados oriundos da literatura, amostragens em campo e análise de espécimes depositados em museus, nós encontramos uma rica comunidade de anfíbios com ocorrência para o Tocantins (90 espécies distribuídas em 14 famílias), a qual é composta por espécies compartilhadas entre diferentes domínios, em especial a Amazônia, a Caatinga e o Cerrado. Também encontramos diversos novos registros de espécies previamente não conhecidas para a região, bem como linhagens candidatas a espécies novas. Baseados na taxonomia integrativa, pudemos confirmar o status de espécies novas para alguns desses registros, e descrevemos formalmente três dessas espécies, uma pertencente ao gênero Hyalinobatrachium (Centrolenidae) e duas para o grupo Hypsiboas semilineatus (Hylidae). Ambas as espécies novas ocorrem em áreas de Cerrado, mas pertencem a linhagens de origem amazônica, e evidenciam a influencia da fauna amazônica sobre a biodiversidade do Cerrado. Nesse contexto, matas de galeria associadas à grandes bacias hidrográficas (e.g. Rios Tocantins e Araguaia), que conectam regiões nucleares dos domínios Amazônia e Cerrado, podem ter sido usadas como corredores de dispersão para essas linhagens. No presente trabalho, apresentamos o primeiro amplo esforço de amostragem de anfíbios para o estado do Tocantins, onde evidenciamos uma notável diversidade de espécies, oriunda de diferentes domínios brasileiros. A compilação de dados de diferentes origens (literatura, amostragens de campo e museus) e o uso da taxonomia integrativa foi crucial tanto para diagnosticar a notável diversidade de anfíbios do estado do Tocantins, quanto para descobrir e descrever as três espécies novas. |
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Taxonomia integrativa de Hydrodynastes gigas (Duméril, Bibron & Duméril, 1854) em diferentes bacias hidrográficas |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
24/03/2017 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Daniel Fernandes da Silva
- Marco Aurélio de Sena
- Paulo Gustavo Homem Passos
- Renato Silveira Bérnils
- Vanda Lucia Ferreira
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Resumo |
A região Neotropical é caracterizada pela alta diversidade e presença de grandes bacias hidrográficas, que exercem um papel importante no padrão de distribuição e evolução da biota. Hydrodynastes gigas é uma espécie semiaquática e amplamente distribuída pela América do Sul. Utilizamos uma abordagem integrativa a fim de verificar o status taxonômico de H. gigas verificando se existe espécies crípticas sob este nome, e verificamos a validade taxonômica de Hydrodynastes melanogigas. Nós realizamos uma análise filogenética com mtDNA 16S (491 pb), análises de morfometria tradicional e morfometria geométrica, análise merística e morfologia hemipeniana das populações de H. gigas. Nossos resultados moleculares revelaram que H. gigas é uma espécie amplamente distribuída pela América do Sul com baixa diversidade genética e haplotípica, fato este também corroborado pelos resultados morfológicos. Não foi possível separar as espécies H. gigas e H. melanogigas com base nos caracteres merísticos e morfométricos (MANOVA), enquanto que a morfometria geométrica distingue as duas espécies. Este resultado precisa ser visto com cautela, logo que uma análise molecular é imprescindível para verificar o status taxonômico de H. melanogigas. A discreta estruturação geográfica observada em H. gigas e a ausência da mesma em H. bicinctus é comumente encontrada em espécies com alto potencial de dispersão. Provavelmente, o fato das duas espécies serem semiaquáticas, generalistas e, de grande porte permite que elas consigam forragear satisfatoriamente no ambiente aquático e terrestre, proporcionando assim maior dispersão, principalmente pelos rios, e promovendo o fluxo gênico entre as populações. |
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Caracterização dos metazoários parasitos e da dieta de Scinax fuscovarius (Anura: Hylidae) em uma região da Serra da Bodoquena, Mato Grosso do Sul, Brasil |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
15/03/2017 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
- Luiz Eduardo Roland Tavares
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Isabela Caroline Oliveira da Silva
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Banca |
- Diego Jose Santana Silva
- Fabricio Hiroiuki Oda
- Reinaldo José da Silva
- Ricardo Massato Takemoto
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Resumo |
Scinax fuscovarius é um anuro da família Hylidae, amplamente distribuído nas regiões Centro Oeste, Nordeste e Sudeste do Brasil, também na Argentina, Paraguai e Bolívia. Estudos realizados com espécimes coletadados no Paraguai, Peru, e Brasil (nos estados do Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina, e São Paulo) reportam 10 espécies de metazoários parasitos para este hylideo, sendo 7 nematodas, 1 acantocéfalo, 1 cestoda e uma espécie de oligoqueta endoparasito. Com 2 espécies sem registros de localidade. Neste contexto, este estudo descreve a composição dos metazoários parasitos de S. fuscovarius na região da Serra da Bodoquena, Mato Grosso do Sul, Brasil. Foram coletados 75 espécimes por busca ativa noturna, em outubro e novembro de 2015, e abril e maio de 2016, no Parque Nacional da Serra da Bodoquena. Quarenta e três (57,3%) estavam parasitados com pelo menos uma das 19 morfoespécies de metazoários parasitos encontrados, sendo 11 os nematodas em estágio adulto (Ascarididae gen. sp., Aplectana lopesi, Cosmocerca brasiliense, Cosmocerca parva, Cosmocercidae gen. sp., Nematoda gen. sp., Oxyascaris caudacutus, Philometridae gen. sp., Rhabdias sp., Rhabdias cf. elegans e Rhabdias cf. fuelleborni), três em estágio larval (Aplectana sp., Cosmocercoidea fam. gen. sp. e Spirurida fam. gen. sp.), dois trematodas (Mesocoelium monas e metacercária tipo Neascus), procercóides de cestoda (Proteocephalidea fam. gen. sp.), ácaros em fase larval (Eutrombicula sp.), e os oligoquetas (Dero (Allodero) lutzi). Os metazoários parasitos A. lopesi, C. brasiliense, C. parva, Cosmocercidae gen. sp., Oxyascaris caudacutus e o oligoqueta D. (A.) lutzi já possuem registros em S. fuscovarius no Paraguai, Peru e Brasil nos estados do Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná. Assim a ocorrência destas morfoespécies de parasitos na região da Serra da Bodoquena representa um novo registro de localidade para esta espécie de hospedeiro, e S. fuscovarius também é um novo hospedeiro para as demais 13 morfoespécies de parasitos encontrados. |
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Diversidade e genética populacional de abelhas solitárias (Hymenoptera: Apidae) do Cerrado e Pantanal de Mato Grosso do Sul |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
14/03/2017 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Douglas de Araujo
- Rodrigo Aranda
- Rogerio Silvestre
- Tiago Mauricio Francoy
- William Fernando Antonialli Júnior
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Resumo |
As abelhas constituem um dos grupos de polinizadores de maior importância em ecossistemas tropicais. Estima-se que 85% de todas as espécies de abelhas sejam solitárias. Dentre várias metodologias para inventariar a fauna de abelhas com este hábito de vida, os ninhos-armadilha e as iscas-odor possibilitam a obtenção de informações importantes acerca de biologia das espécies amostradas. O presente trabalho teve como objetivo estudar a diversidade de espécies de himenópteros que nidificam em cavidades pré-existentes, bem como das espécies de euglossíneos, em três fragmentos de Cerrado localizados no perímetro urbano da cidade de Campo Grande/MS. Para tanto, foram confeccionados dois tipos de ninhos-armadilha: Gomos de Bambu e Tubos de Papel Color 7 com diâmetro e espessuras variáveis. Adicionalmente, iscas odor foram oferecidas com oito essências voláteis distintas nos mesmos pontos de coleta, para captura de machos de euglossíneos. Entre setembro de 2015 e Agosto de 2016, foram coletados 63 ninhos, 52 deles fundados por vespas pertencentes à seis famílias e 11 fundados por abelhas de dois gêneros, Centris (Apidae) e Coelioxys (Megachilidae). Com as iscas-odor foram capturados 266 machos de euglossíneos, pertencentes a 11 espécies. Euglossa carolina, Eulaema nigrita e Euglossa melanotricha foram as espécies mais abundantes. Os dados adquiridos são importantes na expansão do conhecimento acerca da distribuição das espécies presentes nas áreas de Cerrado estudadas, oferecendo dados sobre estrutura de ninhos e biologia de nidificação das espécies capturadas, além um panorama geral das espécies de euglossíneos presentes nas áreas. |
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Descrição da morfologia externa de pupários de dípteros estreblídeos e infracomunidades de Streblidae e Nycteribiidae (Diptera) sobre morcegos numa área de ecótono entre Cerrado e Mata Atlântica no Estado de Mato Grosso do Sul |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
07/03/2017 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Guilherme Douglas Piel Dornelles
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Banca |
- Analía Gladys Autino
- Ana Maria Rui
- Ludmilla Moura de Souza Aguiar
- Luiz Eduardo Roland Tavares
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Resumo |
Streblidae e Nycteribiidae são famílias de moscas hematófagas ectoparasitas obrigatórias de morcegos. Entre abril de 2015 e agosto de 2016 capturamos morcegos e coletamos seus respectivos ectoparasitos numa área de transição entre Cerrado e Mata Atlântica no Sudeste de Mato Grosso do Sul, além de capturas ocasionais na Base de Estudos do Pantanal da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. As capturas no sudeste do estado foram com o objetivo de coletar o pupário de diferentes espécies de Streblidae e Nycteribiidae, e consequentemente descrever as infracomunidades dessas moscas. As coletas no pantanal visaram aumentar número de pupários de espécies diferentes. Com isso, descrevemos a morfologia externa do pupário de oito espécies de moscas estréblidas e elaboramos uma chave de identificação, além de descrever índices ecológicos quantitativos, prevalência e intensidade média de infestação, das infracomunidades encontradas. |
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Comunidade de morcegos (Mammalia, Chiroptera) em uma paisagem fragmentada no Sudeste de Mato Grosso do Sul |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
06/03/2017 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Erich Arnold Fischer
- Gustavo Graciolli
- Margareth Lumy Sekiama
- Ricardo Moratelli Mendonça da Rocha
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Resumo |
Os morcegos são um grupo com grande diversidade de espécies e hábitos alimentares, possuindo grande importância ecológica. Como a antropização pode causar efeitos diversos nas comunidades animais e o cerrado é um domínio que vem sofrendo grandes alterações, este trabalho teve por objetivo avaliar como a comunidade de morcegos se distribui nas diferentes formações de uma área alterada de cerrado. Foram realizadas 36 noites de amostragem com redes de neblina entre 2015 e 2016, 18 na estação seca e 18 na chuvosa, totalizando um esforço amostral de 23.328 m².h. distribuídos igualmente entre três formações: fragmento grande, mata ciliar e fragmentos pequenos. Foram comparadas a taxa de captura, diversidade, similaridade e as guildas alimentares encontradas entre as três áreas amostradas. No total, 452 morcegos de 17 espécies distribuídas em quatro famílias foram capturados, sendo a espécie mais abundante Artibeus planirostris (n=126). Não foram encontradas diferenças significativas na taxa de captura e na diversidade entre as áreas, porém houve variações na presença das guildas alimentares entre elas. Frugívoros foram mais abundantes nas três áreas, e não houve captura de animalívoros nos fragmentos pequenos e de hematófagos no fragmento grande. As formações com maior similaridade foram o fragmento grande e os fragmentos pequenos, enquanto as formações com menor similaridade foram a mata ciliar e os fragmentos pequenos. A riqueza encontrada para as três áreas foi bem próxima da riqueza estimada pelo índice Chao-1. |
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Plasticidade fenotípica induzida por risco de predação em girinos de Rhinella schneideri (Anura: Bufonidae) |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
03/03/2017 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
- Rafael Dettogni Guariento
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Diego Jose Santana Silva
- Roger Paulo Mormul
- Rose Marie Hoffmann de Carvalho
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Resumo |
Nos últimos anos tem-se demonstrado grande interesse em como as respostas dos organismos a diferentes distúrbios ambientais influenciam o desempenho e no sucesso dos indivíduos, das espécies e das populações. A plasticidade fenotípica é reconhecida como uma estratégia chave que permite aos organismos responderem às variações ambientais de forma adaptativa ou não adaptativa, dependendo do ambiente onde ela é expressa. Nesse cenário, as respostas plásticas induzidas por predadores recebem grande atenção, uma vez que a presença de predadores no ambiente afeta diretamente a aptidão. No entanto, estudos sobre efeitos de risco (non-consumptive effects – NCE) nas interações predador-presa mostraram que as NCE têm grande influência na população de presas, muitas vezes maior que os efeitos do consumo direto. Nesse tipo de estudo, os anuros são modelos amplamente utilizados, uma vez que desenvolvem respostas plásticas rápidas em morfologia, fisiologia e comportamento quando expostos a variações ambientais. Neste trabalho, através de dois experimentos independentes, eu apresento os mecanismos pelos quais o risco de predação afeta a dinâmica comportamental e morfológica dos girinos como presas e como outros fatores ambientais podem influenciar estas dinâmicas. No experimento um, manipulamos a distribuição espacial de predadores e recursos no espaço e observamos como a distribuição, atividade e morfologia de girinos de Rhinella schneideri eram afetadas. Observamos que girinos incorporam não apenas a quantidade de recursos mas também a presença de predadores na avaliação de manchas para forrageamento. Somado a isso, foi observado que o risco de predação afeta significativamente o comportamento e morfologia de girinos, e essas respostas levariam a diminuição do ciclo de vida destes organismos dentro do habitat aquático. No experimento dois, manipulamos a quantidade de alimento disponível para os girinos e cruzamos essa variação com o risco de predação e observamos como a competição por recurso e o risco de predação induzem a plasticidade morfológica de girinos de R. schneideri. Nesse cenário, os girinos apresentaram restrições de desenvolvimento ontogenético, além de apresentarem diminuição do ciclo de vida larval em resposta à condição de estresse. |
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Análise citogenética de três espécies de aranhas do gênero Aglaoctenus Tullgren, 1905 (Entelegynae, Lycosidae, Sosippinae) |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
17/02/2017 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Adilson Ariza Zacaro
- Ana Lúcia Dias
- Marielle Cristina Schneider
- Renata da Rosa
- Rodrigo Pires Dallacqua
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Resumo |
Lycosidae é a quinta maior família dentro de Araneae e, apesar de parecer que a grande maioria das espécies é relativamente homogênea do ponto de vista cromossômico, com 2n♂=28=26+X1X2, resultados preliminares em glaoctenus lagotis (Sosippinae) revelaram 2n♂=14=12+X1X2, um número diploide extremamente incomum para a família. Este achado sugere que rearranjos devem ter ocorrido para a redução do número cromossômico a partir de um ancestral. A análise citogenética de espécies de Aglaoctenus poderia mostrar se um baixo número diploide é uma sinapomorfia para o gênero, reforçando a sua monofilia, ou se é uma característica de apenas uma ou algumas espécies do gênero. Sendo assim, o objetivo desta pesquisa foi discutir a citotaxonomia e hipóteses sobre padrões evolutivos cromossômicos para três espécies do gênero Aglaoctenus: A. lagostis, A. castaneus e A. oblongus. As gônadas, utilizadas para obtenção das preparações cromossômicas, foram tratadas com colchicina 0,16% (2 h), hipotonizadas em água de torneira (15 min) e fixadas em Carnoy I. Foram aplicadas as técnicas de coloração convencional (Giemsa), obtenção de bandas C/DAPI e impregnação das regiões organizadoras de nucléolo pelo nitrato de prata (Ag-RON). Além disso, foram realizadas medidas do comprimento cromossômico total (TCL) do cariótipo diploide das três espécies. Os resultados mostraram que A. lagotis e A. castaneus possuem 2n♂=14=12+X1X2 e A. oblongus possui 2n♂=28=26+X1X2. Nas três espécies os cromossomos possuem morfologia telocêntrica. Em A. lagotis é nítida uma constrição secundária intersticial no par 2 e a presença de um cromossomo, pertencente ao par 4, com uma região heteropicnótica negativa distal, características também observadas nos mesmos pares em A. castaneus, mas de forma menos proeminente. A impregnação pelo nitrato de prata revelou duas regiões organizadoras de nucléolo (RONs), uma em cada elemento do par cromossômico 4, todas distais, coincidentes com as regiões heteropicnóticas negativas observadas em coloração convencional, em metáfases oogoniais de A. lagotis e espermatogoniais de A. castaneus. Em A. oblongus foram encontradas cinco RONs, uma em um cromossomo do par 4, uma em cada cromossomo do par 7 e uma em cada elemento do par 11, todas terminais. As células submetidas ao bandeamento C e posteriormente coradas com DAPI revelaram marcações C/DAPI positivas centroméricas e teloméricas de forma nítida em quase todos os cromossomos das metáfases espermatogoniais de A. lagotis. É possível ainda verificar a presença de marcações C/DAPI positivas na região intersticial dos cromossomos do par 2 desta espécie, coincidentes com a constrição secundária. Nas metáfases oogoniais de A. castaneus o padrão das bandas C/DAPI positivas foi basicamente entromérico, com marcação adicional na região distal de um dos autossomos pertencentes ao par 4, coincidente com a região heteropicnótica negativa vista em coloração convencional. Em A. oblongus as metáfases espermatogoniais apresentaram marcações puntiformes C/DAPI positivas intersticiais nos dois maiores cromossomos do cariótipo, além de marcações centroméricas e teloméricas eventuais. Os TCLs das três espécies não foram estatisticamente diferentes (Kruskal–Wallis, p=0,197), indicando que os rearranjos que culminaram na diminuição do número diploide em A. lagotis e A. castaneus não envolveram perda ou ganho significativo de material genético. A origem do cariótipo 2n♂=14=12+X1X2, de A. lagotis e A. castaneus pode ter ocorrido a partir do 2n♂=28=26+X1X2, encontrado em A. oblongus, por eventos de fusão in tandem. A intepretação dos resultados apresentados indica a possibilidade do baixo número diploide (2n♂=14) ser uma sinapomorfia do gênero Aglaoctenus, já que a única das três espécies que mostrou 2n♂=28 (A. oblongus), na verdade estava anteriormente no gênero Trochosa, o qual também já possui uma espécie com 2n♂=28, além de duas outras com 2n♂=26, com cariótipos já descritos na literatura. Para confirmar essa hipótese, seria importante analisar citogeneticamente outros representantes, tanto de Aglaoctenus quanto dos outros três gêneros de Sosippinae. Além disso, a construção de uma hipótese filogenética para esta subfamília facilitaria a discussão dos dados cromossômicos, pois mostraria a posição evolutiva de A. oblongus no grupo. Os resultados sugerem uma maior proximidade evolutiva entre A. castaneus e A. lagotis (2n♂=14) do que entre qualquer uma dessas duas espécies e A. oblongus (2n♂=28). |
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Abelhas Euglossina (Hymenoptera, Apidae) em áreas do Pantanal Sul-Mato-Grossense |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
11/11/2016 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
- Nelson Rufino de Albuquerque
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Priscila Vicente de Moraes
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Banca |
- Anete Pedro Lourenço
- DOUGLAS CALDEIRA GIANGARELLI
- Evandson José dos Anjos Silva
- Rodrigo Pires Dallacqua
- Silvia Helena Sofia
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Resumo |
A subtribo Euglossina tem ampla distribuição neotropical, ocorrendo em diferentes tipos de vegetação. Os machos de Euglossina são os únicos polinizadores de algumas orquídeas. Pouco se conhece sobre a diversidade de Euglossina ocupando áreas do Pantanal brasileiro. Assim, este trabalho teve como objetivo obter informações sobre a composição e a diversidade deste grupo de abelhas em três regiões do Pantanal Sul-matogrossense, no Brasil. Os resultados permitiram a construção de dois manuscritos intitulados: “Sazonalidade de machos de Euglossina no Parque Natural Municipal de Piraputangas” e “A comunidade de machos Euglossina comparando três regiões do pantanal sul-matogrossensse”. As coletas foram realizadas em três áreas de estudo: Parque Natural Municipal de Piraputangas, Base de Estudos do Pantanal e Fazenda Panorama em Aquidauana. No primeiro capítulo as amostragens foram feitas no Parque Natural Municipal de Piraputangas mensalmente durante um ano e no segundo capítulo as três áreas foram amostradas em coletas intensivas de seis semanas. Todas as amostragens foram realizadas das 7:00 - 16:00. Para a amostragem utilizamos armadilhas carregadas individualmente com essências de eugenol, escatol, acetato de benzila, eucaliptol, vanilina, benzoato de benzila, cinamato de metila e beta-ionona. Ao avaliar a diversidade de abelhas Euglossina é evidenciada a composição e grau de diversidade presente nas regiões pesquisadas do Pantanal. No primeiro estudo, foram atraídos às iscas 469 machos de Euglossina de nove espécies distribuídos em quatro gêneros, sendo Eulaema nigrita a mais abundante. No segundo estudo foi registrado um total de 1409 indivíduos de oito espécies de Euglossina distribuídos em quatro gêneros nas três áreas amostradas e novamente El. nigrita se mostrou mais abundante. Eucaliptol e vanilina foram as essências mais atrativas para os machos de abelhas Euglossina capturados neste estudo. Assim adicionamos resultados importantes sobre a fauna de Euglossina na região do Pantanal, um bioma muito pouco inventariado. |
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Descrição de cinco novas espécies do complexo Spectracanthicus punctatissimus (Steindachner, 1881) (Siluriformes, Loricariidae) com base em análises morfométricas |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
30/05/2016 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Livia Medeiros Cordeiro
- Lucia Helena Rapp Py Daniel
- Luiz Eduardo Roland Tavares
- Nelson Rufino de Albuquerque
- Roberto Esser dos Reis
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Resumo |
Com base em material recentemente coletado por diversos projetos e expedições científicas, análises morfométricas e do padrão de colorido foram efetuadas em exemplares até então identificados como Spectracanthicus punctatissimus. Após as análises, seis morfotipos foram reconhecidos e descritos no presente trabalho: Spectracanthicus punctatissimus, que difere dos congêneres (exceto Spectracanthicus sp. “pinta”) pela presença de focinho triangular em perfil dorsal e de Spectracanthicus sp. “pinta” pelo número de dentes no dentário, 3-20 (vs. 3-5) e número reduzido de pontos claros nas membranas das nadadeiras (vs. elevado número de pontos nas nadadeiras); Spectracanthicus sp. “dente fino”, distinguido dos seus congêneres pela presença de dentes delgados no pré-maxilar (vs. dentes espessos no pré-maxilar); Spectracanthicus sp. “dorsal negra”, diferenciado por possuir olhos pequenos em relação à cabeça (vs. olhos grandes) e barbilhões maxilares curtos (vs. barbilhões maxilares longos); Spectracanthicus sp. “pinta”, diagnosticado pela presença de até cinco dentes no pré-maxilar (vs. mais de seis) e padrão de cor único, enegrecido com numerosos pontos brancos de tamanho homogêneo, distribuídos por todo o corpo, cabeça e membrana das nadadeiras, exceto na região abdominal (vs. pontos brancos ou amarelos em número reduzidos, pequenos ou grandes); Spectracanthicus sp. “L315”, diferenciado dos demais (exceto Spectracanthicus sp. “dorsal negra”) por possuir poucos pontos claros na região da cabeça (vs. muitos pontos claros na cabeça) e de Spectracanthicus sp. “dorsal negra” por possuir barbilhões maxilares longos (vs. barbilhões curtos); e Spectracanthicus sp. “mocororô”, distinguido dos demais pelo tamanho miniaturizado (máximo CP em exemplar maduro de 37,9 mm vs. CP acima de 62 mm). Além das descrições das espécies do complexo S. punctatissimus, é fornecida uma chave de identificação para as mesmas. |
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Meliponina (Hymenoptera, Apidae, Apini) do Pantanal de Mato Grosso do Sul |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
07/04/2016 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Monique Eriane Cavalcanti Campos
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Banca |
- Anete Pedro Lourenço
- Fabio de Oliveira Roque
- Gustavo Graciolli
- Rodrigo Aranda
- Weyder Cristiano Santana
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Resumo |
Para grande parte dos polinizadores, e principalmente para abelhas sem ferrão, sua reprodução só ocorrerá se houver condições para o sucesso da nidificação, o que é ameaçado pela crescente devastação de hábitats naturais. No Pantanal, onde mais de 40% dos habitats de florestas e savanas foram alterados pela pecuária, levantamentos biológicos são importantes para subsidiar programas de manejo e conservação. No entanto, poucos levantamentos da comunidade de abelhas foram feitos, o que evidencia a carência de estudos para o Estado de Mato Grosso do Sul, que concentra grande parte da extensão pantaneira. O presente estudo contribuiu para o maior conhecimento da composição e diversidade faunística de abelhas sem ferrão no Pantanal, bem como revelou sua relação à ecologia da paisagem, ressaltando o uso de sensoriamento remoto como uma ferramenta útil a programas de conservação de abelhas sem ferrão. Foram estudadas três diferentes áreas dentro deste bioma, nas quais foram feitas coletadas com diferentes tipos de metodologia. O esforço amostrou 181 indivíduos, 122 nas flores, 19 na entrada de seus ninhos, 13 em armadilha de interceptação de voo, 12 em armadilhas de essências odoríferas e 12 atraídas pelo suor ou coletadas ao acaso. As três áreas de estudo mostraram diferenças em relação a composição de espécies, diversidade e abundância, sendo que maior diversidade de espécies foi encontrada na região que apresentou maior biomassa vegetal, evidenciando uma tendência de aumento de diversidade quanto mais densa for a região amostral. O estudo identificou 22 espécies de abelhas sem ferrão nas áreas de estudo, sendo o gênero Trigona mais abundante. Todos os métodos utilizados foram capazes de amostrar abelhas do grupo de estudos, evidenciando que para levantamentos faunísticos deste grupo de abelhas é importante o uso de vários tipos de metodologias de coleta. Os dados gerados neste trabalho são relevantes, pois além de acrescentar informações para o conhecimento da biota de abelhas do Pantanal, contribui para o entendimento da comunidade destas abelhas neste importante Bioma, e reforça a necessidade de preservação das paisagens florestais para a manutenção deste importante grupo de polinizadores. |
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“Atividade antibacteriana na saliva de espécies de quirópteros em fragmentos de cerrado e entorno urbano de Campo Grande, Mato Grosso do Sul” |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
29/03/2016 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Larissa Emanuela de Goes Colonhezi
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Banca |
- Ariovaldo Pereira da Cruz Neto
- Carlos Eurico dos Santos Fernandes
- Fernando Araújo Perini
- Fernando De Camargo Passos
- Ricardo Moratelli Mendonça da Rocha
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Resumo |
Os morcegos têm sido associados a várias zoonoses, e estão suceptiveis a uma infinidade de micro-organismos, porém pouco se sabe sobre a relação destes mocegos com a microbiota. Para contribuir com a descrição desta importante relação entre microbiota e hospedeiro, o objeitovo deste trabalho foi identificar a microbiota bacteriana da cavidade oral de duas espécies de quirópteros: uma espécie frugívora e uma espécie insetívora e verificar possíveis diferenciações ligadas aos hábitos alimentares predominantemente diferentes. Para isso foram realizadas coletas em duas localidades de Campo Grande, escolhidas devido à disponibilidade de capturas destes animais. Um total de 16 morcegos foi utilizado na investigação, sendo oito de cada espécie, as amostras foram colhidas em duplicata. Esses animais foram capturados através de redes de neblinas luvas de contenção totalmente higienizadas. Cada amostra foi semeada em ágar Mac Conkey (um meio seletivo para bactérias gram-negativas – enterobactérias e não fermentadores) e em ágar sal de manitol (um meio seletivo para Staphylococcus spp.). Em seguida, incubaram-se as amostras a 37°C num ambiente aeróbico durante 24 horas. Após a obtenção das primeiras linhagens foi feita a identificação pela morfologia macroscópica das colônias e testes bioquímicos. Um total de seis gêneros de bactérias foi identificado: Staphylococcus spp., Serratia spp., Klebsiella spp., Pantoea spp., Hafnia spp., Shigella spp.. Houve uma predominância de micro-organismos Gram-negativos (75%). Das seis bactérias encontradas nesse estudo apenas duas apareceram nas amostras de saliva de N.laticaudatus, o gênero Pantoea spp. que apresentou crescimento em 15 das 16 amostras de cavidade oral analisadas (93,8 %) e Serratia spp. que apresentou crescimento em nove das 16 amostras de cavidade oral analisadas (56,3 %). Não houve diferença significativa entre a cavidade oral das duas espécies de morcegos analisadas neste estudo (t=0,24163; p=0,704), indicando não haver diferenças significativas correlacionada com as dietas. Faz-se necessário um conhecimento cada vez maior da microbiota natural dos morcegos e de mais estudos para entendermos melhor se os morcegos são de fato portadores de bactérias patogênicas, se existe alguma relação simbiótica e o quanto os morcegos são afetados por doenças bacterianas. |
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Sinopse e Filogenia de Temnomastax Rehn & Rehn, 1942 (Orthoptera, Caelifera, Eumastacidae, Temnomastacinae) |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/03/2016 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Fernando Campos De Domenico
- Juliana Chamorro Rengifo
- Maria Marta Cigliano
- Miguel Angel Monné Barrios
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Resumo |
Os gafanhotos são representantes da subordem Caelifera, um táxon monofilético formalmente alocado em Orthoptera. Uma das superfamílias incluídas nessa subordem é Eumastacoidea, que se distribui por regiões tropicais de todo o globo. Atualmente, este táxon é composto por oito famílias: Chorotypidae, Episactidae, Eumastacidae, Euschmidtiidae, Mastacideidae, Morabidae, Promastacidae (†) e Thericleidae. Dessas, apenas Eumastacidae apresenta registro para o Brasil. Oito subfamílias compõem Eumastacidae, sendo apenas quatro encontradas em território brasileiro: Eumastacinae, Parepisactinae, Pseudomastacinae e Temnomastacinae. A última apresenta a maior distribuição geográfica, ocorrendo em praticamente todos os domínios fitogeográficos do Brasil, com exceção dos Pampas ao sul do país. Temnomastacinae é composta por duas tribos, Eumastacipini, restrita a região amazônica e Floresta Atlântica, e Temnomastacini, amplamente distribuída na região central e nordeste do Brasil. Esta última tribo contém apenas dois gêneros, Eutemnomastax, restrito à Caatinga e algumas regiões de Mata Atlântica na Bahia e norte do Espírito Santo, e Temnomastax, com espécies distribuídas principalmente em regiões de Cerrado. Temnomastax foi descrito foi descrito em 1942 por Rehn & Rehn e conta atualmente com oito espécies. Com o objetivo de realizar a revisão taxonômica de Temnomastax, foram realizadas oito coletas em Mato Grosso do Sul e empréstimos em nove coleções entomológicas de instituições nacionais e internacionais. Indivíduos de todas as espécies do gênero foram analisados, totalizando 444 espécimes observados. Aqui são apresentadas redescrições de sete espécies, descrição de uma nova espécie, uma revalidação de espécie, duas novas combinações e uma nova sinonímia. Diversos detalhes dos históricos taxonômicos foram detalhadamente discutidos e, quando necessário, retificados. Chaves de identificação são apresentadas para ambos os sexos. Adicionalmente, são apresentados dados biológicos, comportamentais e de distribuição geográfica para as espécies. Uma análise cladística foi realizada e uma hipótese de relacionamento entre as espécies de Temnomastax é apresentada e discutida. |
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Atributos Morfológicos como Preditores da Dieta em Girinos |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
21/03/2016 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Katiuce de Oliveira da Rocha Picheli
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Banca |
- Diego Jose Santana Silva
- Mariluce Gonçalves Fonseca
- Rafael Dettogni Guariento
- Vitor Hugo Mendonça Prado
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Resumo |
A correlação entre morfologia e funcionalidade dos caracteres das espécies é bem fundamentada para diversos grupos taxonômicos, porém muitas vezes os caracteres morfológicos são considerados atributos sem que a sua correlação com o papel funcional dos organismos no ambiente tenha sido de fato testada. O objetivo deste trabalho foi avaliar se caracteres morfológicos externos e orais internos de girinos representam atributos funcionais que possibilitem inferir a dieta de girinos e se a filogenia reflete similaridade morfológica e dieta desses organismos. Foram analisados girinos de 14 espécies pertencentes a quatro famílias, associados a corpos d’água lênticos em Floresta Estacional Semidecidual no noroeste paulista. Para verificar se há correlação entre morfologia externa e dieta e morfologia da cavidade oral interna e dieta foi utilizado Teste de Mantel. A dieta dos girinos foi constituída principalmente por microalgas e apenas a morfologia externa foi relacionada com a dieta e oito das 18 características morfológicas externas apresentaram forte sinal filogenético. A morfologia oral interna e dieta não apresentaram correlação e apenas quatro das 12 características apresentaram sinal filogenético. Apenas a morfologia externa pode ser utilizada como atributo funcional que possibilita inferências na dieta de girinos de ambientes lênticos. |
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