Mestrado em Biologia Animal

Atenção! O edital referente ao processo seletivo e arquivos pertinentes ao curso estão disponíveis no site do curso.
Os resultados dos processos seletivos serão divulgados no site do curso.

Trabalhos

Trabalhos Disponíveis

TRABALHO Ações
Variação morfológica de Xenodon merremii (Wagler, 1824): impacto de fatores geográficos, ontogenéticos e sexuais
Curso Mestrado em Biologia Animal
Tipo Dissertação
Data 07/03/2025
Área ZOOLOGIA
Orientador(es)
  • Vanda Lucia Ferreira
Coorientador(es)
  • Roberta Azeredo Murta da Fonseca
Orientando(s)
  • Gabriel Saturno Gonçalves
Banca
  • Daniel Fernandes da Silva
  • Márcio Roberto Costa Martins
  • Tiana Kohlsdorf
  • Vanda Lucia Ferreira
Resumo Variações morfológicas inter e intraespecífica são fundamentais para compreender processos evolutivos, pois influenciam funções ecológicas e adaptativas. Em serpentes, fatores ambientais relacionados a distribuição da espécie, além de características ontogenéticas e sexuais, moldam diversas características morfológicas. Essa diversidade morfológica é particularmente evidente em espécies amplamente distribuídas. Com isso em mente, Xenodon merremii se apresenta como um modelo ideal para investigar as interações entre desenvolvimento pós nascimento e ambiente na morfologia, pois apresenta: (1) ampla distribuição geográfica, (2) atingem a maturidade reprodutiva com diferentes tamanhos entre os sexos e as regiões, e (3) polimorfismo quanto à coloração. Fundamentados nessas premissas, buscamos caracterizar as variações morfológicas da espécie em reação à sua distribuição geográfica (i.e. ecorregiões) e descrever como as variações ontogenéticas influenciam a manifestação do dimorfismo sexual. Amostramos 909 exemplares de diversas localidades, coletando seis variáveis morfológicas, incluindo medidas lineares, número de escamas, padrão de coloração e a análise da forma da cabeça e dos escudos cefálicos. Observamos distintos padrões morfológicos entre as ecorregiões, com variações no tamanho corporal e no número de escamas, o que pode evidenciar a influência de fatores regionais na morfologia da espécie. Em relação à coloração, notamos uma distribuição variável dos padrões, uma vez que os indivíduos nascem com um único padrão que se diversifica à medida que crescem. A morfometria geométrica também revelou diferenças nos tamanhos dos centroides e nas trajetórias alométricas, com variações significativas entre os sexos e estágios ontogenéticos. Esses resultados indicam uma rápida alteração morfológica nas fases iniciais de vida dos indivíduos, que diminui conforme atingem a maturidade, contribuindo para o dimorfismo sexual, especialmente nos indivíduos maiores. Assim, este estudo contribui para o entendimento dos padrões microevolutivos, com destaque para diferenças entre as ecorregiões e a forma como as variações ontogenéticas influenciam a expressão do dimorfismo sexual.
Variação morfológica e análise molecular de Dipsas turgida (Cope, 1868) (Serpentes, Dipsadidae)
Curso Mestrado em Biologia Animal
Tipo Dissertação
Data 27/02/2025
Área ZOOLOGIA
Orientador(es)
  • Nelson Rufino de Albuquerque
Coorientador(es)
    Orientando(s)
    • ROULLIEN HENRIQUE MARTINS SILVA
    Banca
    • Ana Caroline de Lima
    • Francisco Luís Franco
    • Nelson Rufino de Albuquerque
    • Paola Maria Sánchez Martínez
    • Ramon Jose Correa Luciano de Mello
    • Sarah Mangia Barros
    Resumo
    Eficiência na atratividade de ninhos-armadilhas para abelhas-sem ferrão (Hymenoptera, Meliponini)
    Curso Mestrado em Biologia Animal
    Tipo Dissertação
    Data 26/02/2025
    Área ZOOLOGIA
    Orientador(es)
    • Rodrigo Aranda
    Coorientador(es)
      Orientando(s)
      • CARLO BENETTI
      Banca
      • Douglas de Araujo
      • Karine Munck Vieira
      • Marcos Gonçalves Ferreira
      • Marta Helena Schorn de Souza
      • Rodrigo Aranda
      • Rodrigo Pires Dallacqua
      Resumo O uso de ninhos-armadilha é uma estratégia eficaz para a captura de colônias de abelhas sem ferrão, contribuindo tanto para sua conservação quanto para o aprimoramento da meliponicultura. Este estudo avaliou a eficiência de diferentes volumes de armadilhas e técnicas de fixação de atrativos, além do impacto do uso de papel vegetal na atratividade das iscas. O experimento foi conduzido entre 2023 e 2024 em um fragmento do Cerrado na cidade de Rondonópolis, Mato Grosso, Brasil, utilizando 90 armadilhas modificadas com papel vegetal. As visitas de abelhas foram monitoradas ao longo do período de exposição das iscas, considerando também eventos como a construção de ninhos. Nenhuma armadilha resultou na captura de colônias, mas foram registradas 44 visitas de abelhas das espécie Tetragona quadrangula (n=33), Trigona sp. (n=6), Apis mellifera (n=3) e Tetragonisca angustula (n=2). As armadilhas de 1,5 L e 5 L apresentaram maior diversidade de visitantes. A presença de papel vegetal não influenciou significativamente a composição das espécies (R=-0,002; p=0,848), enquanto o volume da armadilha teve um efeito significativo (R=0,006; p=0,03). Armadilhas maiores (5 L) foram as mais visitadas, seguidas pelas menores (1,5 e 2 L) (ANOVA, p
      Genetic Diversity and Historical Demography of Physalaemus centralis (Anura, Leptodactylidae) in the Cerrado
      Curso Mestrado em Biologia Animal
      Tipo Dissertação
      Data 21/02/2025
      Área ZOOLOGIA
      Orientador(es)
      • Diego Jose Santana Silva
      Coorientador(es)
      • Sarah Mangia Barros
      Orientando(s)
      • Amanda Varago
      Banca
      • Caroline Batistim Oswald
      • Diego Jose Santana Silva
      • Eliana Faria de Oliveira
      • Felipe Camurugi Almeida Guimarães
      • Priscila Santos Carvalho
      Resumo Compreender a história evolutiva das espécies é fundamental para o desenvolvimento de estratégias de conservação eficazes, especialmente em hotspots de biodiversidade como o Cerrado. Este bioma, conhecido por seu alto endemismo, enfrenta crescentes ameaças de perda de habitat e das mudanças climáticas. Os anfíbios, devido à sua sensibilidade às mudanças ambientais e limitada capacidade de dispersão, são especialmente vulneráveis, tornando-se modelos valiosos para o estudo da dinâmica da biodiversidade. A rã neotropical Physalaemus centralis, endêmica do Cerrado, oferece um caso ideal para investigar como flutuações climáticas históricas, eventos geológicos e barreiras ecológicas moldaram a diversidade genética e a estrutura populacional. Sua ampla distribuição no Cerrado abrange condições ecológicas diversas e potenciais barreiras, proporcionando um modelo representativo para compreender como a heterogeneidade ambiental influencia os processos evolutivos. Analisando os padrões filogeográficos de P. centralis com DNA mitocondrial (16S rRNA) de 66 amostras de toda sua distribuição, identificamos dois grupos genéticos distintos que divergiram há aproximadamente 4,99 milhões de anos, durante a transição Mioceno-Plioceno. Esses grupos apresentam contrastes na diversidade genética e na distribuição geográfica, influenciados por mudanças climáticas históricas e por restrições ecológicas. As análises do Bayesian Skyline Plot indicaram estabilidade populacional em ambos grupos, enquanto modelos de nicho ecológico destacaram o papel das mudanças climáticas passadas na conectividade e nos refúgios de habitat. Os resultados evidenciam o papel duplo do Cerrado como refúgio e motor de diversificação, enfatizando sua importância na história evolutiva de P. centralis. Este estudo fornece insights fundamentais sobre os processos que impulsionam e mantêm a biodiversidade neste bioma ameaçado, formando uma base para esforços de conservação direcionados à preservação da resiliência genética e ecológica de P. centralis e outras espécies do Cerrado.
      Estudo cromossômico em gafanhotos do gênero Temnomastax Rehn & Rehn (Orthoptera, Caelifera, Eumastacidae, Temnomastacinae)
      Curso Mestrado em Biologia Animal
      Tipo Dissertação
      Data 20/02/2025
      Área ZOOLOGIA
      Orientador(es)
      • Douglas de Araujo
      Coorientador(es)
      • Gustavo Graciolli
      Orientando(s)
      • Eduardo Bronca Bernava
      Banca
      • Douglas de Araujo
      • Edihanne Gamarra Arguelho
      • Margarida Maria de Rossi Vieira
      • Marielle Cristina Schneider
      • Matheus Pires Rincão
      • Viviane Fagundes de Mattos
      Resumo Eumastacidae é uma família de gafanhotos com 255 espécies descritas, das quais apenas 16 possuem algum dado citogenético, apenas com a descrição pela coloração convencional. Estes trabalhos demonstraram uma alta variabilidade no número diploide e morfologia cromossômica, apesar de possuir um sistema cromossômico sexual (SCS) conservado do tipo X0/XX. Entretanto, esta baixa quantidade de dados cromossômicos e a utilização apenas da coloração convencional impedem discussões mais elaboradas acerca da comparação entre as espécies e evolução cariotípica dentro da família. O objetivo deste trabalho foi realizar a caracterização cromossômica de quatro espécies pertencentes ao gênero Temnomastax: T. hamus, T. otavioi, T. ricardoi, e T. tigris. Neste trabalho, as espécies foram analisadas através da coloração convencional (Giemsa 3%), e, pela primeira vez na família Eumastacidae, outras metodologias citogenéticas de marcação molecular foram aplicadas: bandamento-C, para a visualização das regiões de heterocromatina constitutiva; fluorocromo DAPI, para a caracterização da composição do DNA; e hibridação in situ fluorescente para a localização das regiões contendo genes de rDNA 28S e sequências teloméricas. As quatro espécies apresentaram o mesmo número diploide (2n♂ = 25 e 2n♀ = 26), morfologia cromossômica (primeiro par subtelocêntrico e o restante dos elementos telocêntricos), e SCS (tipo X0/XX). Entretanto, algumas individualidades foram notadas em algumas espécies, T. otavioi apresentou um polimorfismo para inversão pericêntrica no par 4, enquanto que foi observado um cromossomo B em uma fêmea de T. hamus. Além disso, a quantidade, localização e composição das regiões de heterocromatina intersticial variaram entre as espécies. Sinais de hibridação com a sonda telomérica foram observados na região dos telômeros nas quatro espécies, e, com exceção de T. hamus, em diversos sítios intersticiais. A posição do rDNA 28S foi terminal em todas as espécies, porém a distribuição variou entre 4 a 12 cromossomos. Os resultados mostram que apesar das quatro espécies possuírem o mesmo número, morfologia cromossômica e SCS, a organização de regiões cromossômicas específicas é diferente. Diversos mecanismos podem ter ocorrido para a mudança no número e posição das regiões evidenciadas neste trabalho, sendo este o principal fator de diferenciação cariotípica entre as espécies. Além disso, cada técnica utilizada permitiu a distinção das espécies, e, com isso, sugerimos que as regiões evidenciadas por estas técnicas atuem como marcadores citogenéticos para as espécies deste gênero.
      Incorporação de elementos-traço em Loricariidae (Teleostei: Siluriformes) em córregos na bacia hidrográfica do rio Sucuriú, Centro-Oeste do Brasil
      Curso Mestrado em Biologia Animal
      Tipo Dissertação
      Data 17/02/2025
      Área ZOOLOGIA
      Orientador(es)
      • Luiz Ubiratan Hepp
      Coorientador(es)
        Orientando(s)
        • MARTHA DA ROCHA PEREIRA
        Banca
        • ANDERSON FERREIRA
        • Carlos Eurico dos Santos Fernandes
        • Fernando Rogerio de Carvalho
        • Lucilene Finoto Viana
        • Luiz Ubiratan Hepp
        • Rozane Maria Restello
        Resumo Popularmente conhecidos como “metais pesados”, os elementos-traço, são compostos químicos naturalmente disponibilizados em diferentes ambientes. Embora sua disponibilidade possa ser natural, a intensa antropização (e.g., agricultura, mineração, pecuária), potencializa a disponibilidade dos elementos-traço, sobretudo em ecossistemas aquáticos. Os elementos-traço podem ser classificados de acordo com importância fisio-metabólica em essencial e não essencial. Entretanto mesmo os elementos-traço essenciais, os quais apresentam rotas fisio-metabólica, quando em altas concentrações, podem ser altamente tóxicos assim como os não essenciais. Dessa maneira, a crescente preocupação da comunidade científica acerca da intensificação dos elementos-traço, se dá em função dos inúmeros riscos para as comunidades aquáticas, as quais são afetadas de forma direta ou indiretamente. Neste sentido, a presente dissertação busca avaliar a presença de Zn e Cd em riachos do Cerrado e averiguar se há acumulação desses elementos por espécies de Loricariidae. Ademais, esta dissertação busca identificar a eficiência do uso de espécies de Loricariidae no monitoramento de elementos-traço. Para isso amostramos tecidos hepáticos e musculares de cinco espécies de Loricariidae e junto com amostras de água, quantificamos a concentração de Zn e Cd a partir de métodos espectrofotométricos. Observamos nas amostras de água, concentrações de Zn e Cd acima do limite estabelecido pela legislação brasileira (0,18 mg L-1 e 0,001 mg L-1, respectivamente). Observamos concentrações de Zn e Cd em cinco das seis espécies de Loricariidae coletadas. Notamos uma tendência de o Zn ser acumulado no tecido hepático, enquanto, o Cd acumulou em maior quantidade no tecido muscular dos animais. Assim, embora as espécies de Loricariidae tenham apresentado potencial bioindicador de contaminação por elementos-traço, recomendamos o uso de Hypostomus ancistroides e H. nigromaculatus como organismo modelo, por terem maior distribuição ao longo da bacia hidrográfica. Em suma, com os resultados desta dissertação, será possível sinalizar um potencial contaminação dos riachos na bacia hidrográfica do Rio Sucuriú, a qual, a longo prazo tende a comprometer as populações, sobretudo as posicionadas em níveis tróficos elevados, como a humana.
        Adaptações morfológicas no esqueleto apendicular de Xenartha do Quaternário da Serra da Bodoquena
        Curso Mestrado em Biologia Animal
        Tipo Dissertação
        Data 12/04/2024
        Área ZOOLOGIA
        Orientador(es)
        • Marcelo Oscar Bordignon
        Coorientador(es)
        • Alessandro Marques de Oliveira
        Orientando(s)
        • BÁRBARA ARANTES BAZHUNI
        Banca
        • Esther Regina de Souza Pinheiro
        • Pedro Victor Buck
        • Sergio Roberto Posso
        Resumo Os mamíferos da ordem Xenarthra estão organizados em dois grupos: Cingulata que inclui os tatus e gliptodontes possuidores de carapaças e Pilosa que inclui preguiças extintas e viventes (subordem Folivora) e os tamanduás (subordem Vermilingua) que possuem densa cobertura de pelos em todo o corpo. No presente trabalho foram confecionadas lâminas de ossos longos (fêmur e úmero) de espécimes de xenartros fósseis e atuais, analisando sistemas de Havers (diâmetro médio, quantidade média e densidade) e comparando com tamanho dos ossos e estimativa de massa corporal. Aqui foi utilizado o teste de correlação, a fim de verificar se há associação entre comprimento dos ossos e diâmetro médio dos sistemas de Havers, comprimento dos ossos x densidade média dos sistemas de Havers, densidade média dos sistemas de Havers x massa corporal estimada dos espécimes tanto para fêmur quanto para o úmero. Os testes de correlação foram feitos no software PAST versão 4.0. Em adição, o teste estatístico Mann-Whitney pairwise foi realizado para verificar se haveria diferenças significativas quanto a quantidade de sistemas de Havers. Os resultados deste trabalho indicaram fortes correlações e corroboram com hipóteses prévias que cingulados atuais possuem ossos com menor densidade de sistemas de Havers do que algumas espécies de pilosos, enquanto fêmur e úmero possuem quantidades semelhantes de sistemas indicando que eles possuem ossos longos biomecanicamente adaptados aos hábitos fossoriais. Já pilosos e cingulados extintos que possuem uma maior quantidade de sistemas de Havers no fêmur o que indica que precisavam sustentar uma grande quantidade de massa corporal nos membros posteriores durante a locomoção e por exercerem uma posição ereta tanto pilosos extintos quanto atuais.
        Ictiofauna de baías do Pantanal com histórico de fogo no Pantanal, Mato Grosso do Sul
        Curso Mestrado em Biologia Animal
        Tipo Dissertação
        Data 10/04/2024
        Área ZOOLOGIA
        Orientador(es)
        • Fernando Rogerio de Carvalho
        Coorientador(es)
        • Fabio de Oliveira Roque
        Orientando(s)
        • Rafael Nunes de Souza
        Banca
        • Karina Keyla Tondato de Carvalho
        • Maria Jose Alencar Vilela
        • Yzel Rondon Súarez
        Resumo O Pantanal é uma das maiores planícies inundáveis do planeta. Um dos fatores
        que favorece as inundações é sua baixa declividade, com escoamento lento da água. Os pulsos de inundação moldam a paisagem da planície e são os responsáveis pelas formações das baías marginais intermitentes ou permanentes ao longo do curso do rio Paraguai e seus afluentes. Com o aumento das ocorrências dos focos de incêndio no bioma, as características locais são modificadas, pois os resíduos provenientes desses incêndios alteram as condições da água, influenciando direta e indiretamente as comunidades
        aquáticas. Dessa forma, o objetivo geral desse trabalho foi avaliar a comunidade de peixes de baías do rio Paraguai, localizadas no município de Corumbá, MS, com diferentes históricos de queimadas. Os peixes foram coletados ao longo de um ano, em oito baías marginais divididas em dois tratamentos: quatro baías de alta frequência de fogo e quatro baías de baixa frequência de fogo. No total foram realizadas quatro coletas, uma em cada período hidrológico (vazante, seca, enchente, cheia). As análises PcoA, RDA e GLM foram feitas para diversidade de peixes, condição de habitat e qualidade da água, bem como
        análises de diversidade funcional. Foi observado que as baías permanentes não tiveram alterações de espécies na comunidade. No período de enchente e cheia, devido à conectividade com o rio, houve maior fluxo das espécies nas baías intermitentes. Nas análises multivariadas foi possível constatar que cada baía apresentou uma dinâmica individual relacionada às características do ambiente e a diversidade de peixes; as variáveis que mais afetaram as comunidades negativamente foram a porcentagem de vegetação dentro das baías e a concentração de oxigênio dissolvido, enquanto que a variável que mais
        beneficiou foi a turbidez da água. Desta forma, as comunidades de peixes do rio Paraguai nas baías do Pantanal são mais influenciadas pelos pulsos de inundação e as características individuais de cada baía (e.g., vegetação, tamanho das baías e distância da calha do rio), do que pelo histórico de frequência do fogo.
        Biologia reprodutiva de Dryophylax Chaquensis (Reptilia, Dipsadidae) no Centro-Oeste brasileiro
        Curso Mestrado em Biologia Animal
        Tipo Dissertação
        Data 07/03/2024
        Área ZOOLOGIA
        Orientador(es)
        • Vanda Lucia Ferreira
        Coorientador(es)
          Orientando(s)
          • KÉLVIN ÁLLEX BENEVIDES DA SILVA CAVALCANTE
          Banca
          • Diego Jose Santana Silva
          • Liliana Piatti
          • Vanda Lucia Ferreira
          • Zaida Ortega Diago
          Resumo Espécies com ampla distribuição geográfica podem adotar estratégias reprodutivas distintas entre as populações. Dryophylax chaquensis é uma serpente amplamente distribuída com populações tanto em área temperada como tropical. A ecologia e biologia reprodutiva são conhecidas para a população da região temperada, ao passo que para a população tropical são praticamente inexploradas. Descrevemos a biologia reprodutiva a partir de avaliação morfológica e histológica de D. chaquensis da Bacia do Alto Paraguai, Brasil. Analisamos 124 espécimes (66 machos e 58 fêmeas) depositados em coleções científicas de herpetologia. Fêmeas apresentaram ciclo reprodutivo contínuo enquanto que machos apresentaram ciclo reprodutivo sazonal. Machos atingem maturidade sexual com tamanho de corpo menor do que as fêmeas, e estas apresentaram folículos vitelogênicos secundários a partir de 10.2 mm. Houve dimorfismo sexual para número de escamas ventrais e subcaudais, tamanho da cauda, comprimento da cabeça e largura da cabeça. O tamanho da ninhada foi de 2 a 10 ovos, no oviduto, por fêmea e houve correlação entre o comprimento do corpo com o número de ovos. As fêmeas alcançam maturidade sexual com dimensões corporais superiores, uma característica que pode proporcionar uma vantagem adaptativa devido a um maior potencial de fecundidade. Demonstramos que a população da região tropical atinge a maturidade sexual com menor tamanho corpóreo, folículos em vitelogênese secundária com maior comprimento, menor taxa de fecundidade, diferenças no ciclo reprodutivo para machos e fêmeas e número de ovos correlacionados com o tamanho da fêmea. Apesar da tribo Tachymenini ser altamente conservativa, D. chaquensis apresentou diferenças em seus parâmetros.
          ANÁLISE DA GENOTOXICIDADE ERITROCITÁRIA E HISTOPATOLOGIA BRANQUIAL EM LAMBARIS (Astyanax lacustris) EXPOSTOS AO INSETICIDA LAMBDA-CIALOTRINA
          Curso Mestrado em Biologia Animal
          Tipo Dissertação
          Data 06/03/2024
          Área ZOOLOGIA
          Orientador(es)
          • Carlos Eurico dos Santos Fernandes
          Coorientador(es)
          • Carla Leticia Gediel Rivero Wendt
          Orientando(s)
          • Lidiane Cecilia Pereira
          Banca
          • Bruno Serra de Lacerda Valverde
          • Carlos Eurico dos Santos Fernandes
          • Juan Manuel Pérez Iglesias
          • Lilian Franco Belussi
          Resumo O Brasil é um dos maiores produtores agrícolas globais e um grande consumidor de defensivos agrícolas. O uso de agrotóxicos aumentou significativamente de 2010 a 2020, superando o crescimento da área cultivada. Apesar da regulamentação, o ma-nejo desses produtos químicos ainda apresenta desafios. A Anvisa proibiu certos pesticidas, potencialmente aumentando o uso de piretróides, considerados seguros por sua toxicidade seletiva, mas que podem contaminar ambientes aquáticos. A lambda-cialotrina (LC) é um inseticida piretróide utilizado no controle de pragas em ambientes agrícolas e domésticos. Embora seja menos tóxico para aves e mamífe-ros, sua introdução em ecossistemas aquáticos, que pode ocorrer principalmente através da deriva durante a pulverização, lixiviação, escoamento superficial e até por aplicação direta em corpos d'água, pode ser prejudicial para organismos não-alvo. Este estudo tem como objetivo principal avaliar os efeitos subletais da exposição ao inseticida piretróide lambda-cialotrina em Astyanax lacustris, utilizando marcadores genotóxicos e histopatológicos. Foram usados 80 espécimes juvenis de A. lacustris divididos em oito grupos experimentais. Quatro grupos, com dez indivíduos cada, foram expostos à concentração de 1,5 μg/L de LC por 1, 3, 6 e 12 dias. Para cada período, foram utilizados dez espécimes controle. Foram avaliados os efeitos geno-tóxicos com base na frequência de alterações nucleares e micronúcleos em eritróci-tos, além da quantificação das alterações histopatológicas do tecido branquial. Os resultados mostraram elevação das anormalidades nucleares classificadas como bi-nucleados e núcleos invaginados. Estas alterações foram mais frequentes nos peixes expostos por períodos de 1, 3 e 6 dias, em comparação com os não expostos. As lesões histológicas foram caracterizadas pela descamação do epitélio, edema nas lamelas secundárias, aderência lamelar, hiperplasia e hipertrofia das células de mu-co, aneurismas e, em casos mais severos (12 dias), fusão completa das lamelas se-cundárias. No geral, os resultados apontam que, a partir de três dias, a LC pode ser considerada tóxica para o A. lacustris. Nossos resultados demonstram a necessidade de biomonitoramento e avaliação dos riscos associados ao uso de inseticidas na agricultura, especialmente considerando os efeitos adversos em espécies não-alvo. Além disso, o A. lacustris pode ser incluído na lista de espécies bioindicadores vi-sando futuros impactos ecotoxicológicos de inseticidas piretróides, destacando o emprego de novas estratégias de conservação e gestão ambiental para mitigar a ex-posição a contaminantes e preservar a biodiversidade regional.
          Palavras-chave: Genotoxicidade. Histopatologia. Piretróide. Peixe.
          Variação espaço-temporal na ocorrência de Aedes spp. (Diptera: Culicidae) no estado do Mato Grosso do Sul​
          Curso Mestrado em Biologia Animal
          Tipo Dissertação
          Data 01/03/2024
          Área ZOOLOGIA
          Orientador(es)
          • Alessandra Gutierrez de Oliveira
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • Layna Tayná Brito Leite
            Banca
            • Alessandra Gutierrez de Oliveira
            • Aline Etelvina Casaril Arrua
            • Denise Valle
            • Eunice Aparecida Bianchi Galati
            Resumo Aedes aegypti (Linnaeus, 1762) e Aedes albopictus (Skuse, 1894) são vetores de diversos patógenos que incluem os vírus: dengue, chikungunya e Zika. O aumento das infecções transmitidas por esses vetores nas últimas décadas se tornou uma preocupação global. Em Mato Grosso do Sul o cenário epidemiológico é desafiador, por causa do aumento dos índices de dengue, concomitante à circulação dos vírus chikungunya e Zika, que tem como principal vetor o Aedes aegypti. O objetivo do estudo consistiu em investigar padrões espaço-temporais e fatores que influenciam na dinâmica de A. aegypti para fortalecer as medidas de seu controle e das epidemias associadas a esse vetor. Neste estudo, foi investigado o índice de infestação larvário de Aedes spp. nos 79 munícipios de Mato Grosso do Sul (MS), no período de 2011 a 2021. Utilizamos um modelo multinível para identificar como as variáveis podem influenciar nos padrões de distribuição intra-sazonal do A. aegypti, tais como: temperatura, precipitação e o índice de desenvolvimento humano (IDH). De acordo com o levantamento de dados, constatamos a presença das formas imaturas de desta espécie nos 79 municípios do estado. Adicionalmente em 30 desses municípios, além da presença de A. aegypti, verificamos a de Aedes albopictus. Para prosseguir as análises estatísticas utilizando os modelos multiníveis, utilizamos dados provenientes de 27 munícipios que correspondem às 27 estações meteorológicas presentes no estado. Foi considerado apenas o Índice de Infestação Predial (IIP) do A. aegypti para estas análises. A precipitação acumulada foi o fator abiótico que apresentou maior significância para identificação dos municípios com focos, demonstrando que períodos chuvosos são aqueles nos quais encontramos maior quantidade de domicílios com focos de A. aegypti no estado. O modelo multinível nos permitiu concluir que o perfil sazonal dos focos de A. aegypti no estado de MS inclui uma elevada presença das formas imaturas no primeiro e último trimestre do ano, coincidindo com os períodos de temperatura elevada e precipitação; porém, a presença se dá ao longo de todo o ano, tendo uma queda nos meses frios e secos. A análise do IDH mostrou que locais com melhores condições de saneamento e infraestrutura são menos propensos a ter uma alta incidência de focos, como demonstrado no modelo, que aponta que locais com IDH alto possuem baixa incidência e alta sazonalidade dos focos. Através do modelo do perfil sazonal do estado, esperamos contribuir no direcionamento das estratégias de saúde, para o combate à proliferação do A. aegypti e, também, contribuir com dados referentes à ocorrência do vetor no Mato Grosso do Sul, ainda escassos.
            Palavras-chave: Aedes aegypti, padrão sazonal, modelo multinível, vetores, Mato Grosso do Sul
            Estrutura e composição da fauna de formigas (Hymenoptera: formicidae​) em solo hidromórfico de áreas de veredas do cerrado
            Curso Mestrado em Biologia Animal
            Tipo Dissertação
            Data 29/02/2024
            Área ZOOLOGIA
            Orientador(es)
            • Rodrigo Aranda
            Coorientador(es)
              Orientando(s)
              • Diego Luiz Valuz de Jesus
              Banca
              • Douglas de Araujo
              • Kleber Del Claro
              • Mariáh Leite Tibcherani
              • Márlon César Pereira
              • Paulo Robson de Souza
              • Rodrigo Aranda
              Resumo O Cerrado é um ecossistema diversificado, com diferentes tipos de vegetação devido à sua topografia, clima variado e extensão territorial. Essas variações incluem formações florestais, matas ciliares, matas de galeria, matas secas, cerradões, formações savânicas, cerrado stricto sensu, palmeirais, veredas, campo sujo, campo rupestre e campo limpo. As veredas, encontradas em solos hidromórficos constantemente úmidos, sendo circundadas pelo campo limpo, enquanto os buritis que as compõe têm uma altura média de 12 a 15 metros e cobertura de 5% a 10%. No Cerrado as formigas desempenham um papel importante no fluxo de energia e biomassa dos ecossistemas terrestres, bem como na evolução da estrutura das comunidades. Entendemos a necessidade de inventariar e compreender a composição da fauna de formigas nas fitofisionomias do Cerrado na qual ainda não foram amostrados, como no caso das veredas. Foram realizadas coletas em áreas de Vereda, Transição e Cerrado no Parque Estadual Dom Osório Stoffell, localizado no sul do estado de Mato Grosso, utilizando iscas atrativas de sardinha em óleo. Foram dispostas 15 parcelas em cada tipo de ambiente, totalizando 180 iscas em cada extrato (solo e vegetação) durante uma hora, tanto na estação seca, quanto na chuvosa. Foram obtidas 67 espécies de formigas, entre os gradientes de Cerrado, área de transição e veredas. Com uma riqueza de 44 espécies e diversidade de Shannon (H’) de 3,18 para o Cerrado, riqueza de 46 espécies e diversidade H’ 3,14 para a área de transição e com riqueza de 43 espécies e diversidade H’ 3,01 para as veredas. Não houve diferença significativa na riqueza de espécies, porém verificamos diferença na composição das espécies que habitam os ambientes. Verificamos alteração das espécies de formigas durante as estações de seca e de chuva na colonização dos ambientes de Cerrado, Transição e Vereda, sendo uma composição diferente das espécies de formigas entre os ambientes e entre as estações o que reflete a biologia dos grupos taxonômicos encontrados em cada uma das áreas.
              Download
              Variação intraespecífica do crânio de Dryophylax chaquensis (Bergna e Álvarez, 1993) do Pantanal brasileiro
              Curso Mestrado em Biologia Animal
              Tipo Dissertação
              Data 28/02/2024
              Área ZOOLOGIA
              Orientador(es)
              • Roberta Azeredo Murta da Fonseca
              Coorientador(es)
              • Nelson Rufino de Albuquerque
              Orientando(s)
              • Evandro Douglas Moore de Lucena
              Banca
              • Daniel Fernandes da Silva
              • Roberta Azeredo Murta da Fonseca
              • Rodrigo Castellari Gonzalez
              • Vivian Carlos Trevine
              Resumo A morfologia craniana é historicamente empregada no diagnóstico dos táxons de Serpentes, e estudo descritivos são fundamentais para compreender as causas e extensões das variações morfológicas. Neste trabalho exploramos e descrevemos a variação intraespecífica do crânio de Dryophylax chaquensis em espécimes com distribuição no Pantanal brasileiro. No primeiro capítulo, fornecemos uma descrição detalhada dos elementos esqueléticos do crânio da espécie e suas variações. No segundo capítulo, exploramos as variações de formas nos crânios por meio de abordagens de morfometria geométrica, com o objetivo de descrever as alometrias ontogenética e estática, avaliar o dimorfismo sexual, avaliar os padrões de assimetrias direcional e flutuante, investigar a integração entre diferentes partes do crânio e verificar a possível influência de fatores abióticos na forma.
              Metazoários parasitos de Synbranchus marmoratus (Acnopterygii, Synbranchiformes, Synbranquidae) capturados no Pantanal de Mato Grosso do Sul, Brasil​
              Curso Mestrado em Biologia Animal
              Tipo Dissertação
              Data 24/01/2024
              Área ZOOLOGIA
              Orientador(es)
              • Fernando Paiva
              Coorientador(es)
              • Luiz Eduardo Roland Tavares
              Orientando(s)
              • Leonardo França do Nascimento
              Banca
              • Felipe Bisaggio Pereira
              • Fernando Paiva
              • Isabela Caroline Oliveira da Silva
              • Priscilla Soares dos Santos
              Resumo O peixe Synbranchus marmoratus, conhecido como mussum, pertencente à família
              Synbranchidae e a ordem Synbranchiformes. Apesar de não ser uma espécie de
              grande interesse comercial, estudos desta natureza são importantes para auxiliar na
              compreensão das relações entre metazoários parasitos e seus hospedeiros. Foram
              identificados através estudos morfológicos cinco grandes grupos de metazoários:
              Pentastomida (Sebekia sp.), Nematoda (Brevimulticaecum sp., Eustrongylides sp.,
              Camallanidae e Capilaridae), Cestoda (Proteocephalidae), Trematoda (morfotipo
              Neascus e Clinostomum sp.) e Myxozoa (Myxobolus sp.). O Pentastomida Sebekia
              sp. foi o mais prevalente (35%), tendo sido encontrado em 14 hospedeiros com
              abundancia média de 0,90±3,34. Neascus sp. com maior abundância encontrada
              parasitando 5% dos hospedeiros. Os nematodas apresentaram a maior riqueza de
              morfotipos com quatro grupos reportados, sendo eles Brevimulticaecum sp., larvas de
              Eustrongylides sp., adultos de Camallanidae gen. sp. e Capillaridae gen. sp.
              Adicionalmente, foram realizadas análises moleculares das larvas de Eustrongylides
              sp., e de espécimes da família Camallanidae. As larvas de Eustrongylides sp.
              morfologicamente se assemelham às larvas de E. tubifex pela presença de papilas
              com ápice espiniforme no círculo interno. Contudo, as sequências foram comparadas
              aquelas de E. ignotus e E. excisus, e a sequência obtida nesse estudo ficou mais
              próxima de outras espécies ainda não determinadas do gênero Eustrongylides. Para
              os espécimes de Camallanidae apesar da análise filogenética não ter agrupado a
              sequência obtida nesse estudo com outros três gêneros da família, a análise
              morfológica nos mostrou que a presente espécie está inserida na família
              Camallanidae, reforçando a necessidade de coletar novas amostras para podermos
              descrever uma nova espécie na família. Os estudos apresentados nessa dissertação
              ressaltam a necessidade de que mais dados sobre os metazoários parasitos de S.
              marmoratus sejam obtidos, já que a literatura com foco nesses hospedeiros é
              escassa. E devido o seu valor comercial na pesca esportiva esse conhecimento pode
              ser de grande valor para um maior entendimento da riqueza de metazoários parasitos
              de peixes de água doce.
              Efeito da urbanização sobre assimetria das asas de Jataí (Tetragonisca angustula - Hymenoptera: Apidae: Meliponini)
              Curso Mestrado em Biologia Animal
              Tipo Dissertação
              Data 22/12/2023
              Área ZOOLOGIA
              Orientador(es)
              • Rodrigo Aranda
              Coorientador(es)
              • Rodrigo Aranda
              Orientando(s)
              • ANA PAULA VALDEZ ANDREAZZI
              Banca
              • Ramon Jose Correa Luciano de Mello
              • Roberta Azeredo Murta da Fonseca
              • Rodrigo Aranda
              • Rodrigo Pires Dallacqua
              Resumo As abelhas Tetragonisca angustula são amplamente distribuídas no Brasil, sendo indicadoras cruciais de qualidade e preservação ambiental. A capacidade de adaptação dessas abelhas a ambientes urbanos não elimina os possíveis impactos negativos da urbanização. A presença de Tetragonisca angustula em áreas urbanas pode sugerir respostas na morfologia e assimetria das asas, relacionados à influência humana como efeitos de alteração na paisagem, temperatura e diversidade de plantas. Métodos morfométricos e análises estatísticas são ferramentas cruciais para entender as variações morfológicas. Este estudo visa investigar os efeitos ambientais na assimetria das asas de abelhas T. angustula ao longo de um gradiente urbano, esperando-se um aumento da assimetria em ambientes urbanizados desfavoráveis, bem como as variações na morfometria geométrica das asas, indicando se ocorrem, em que local e em qual intensidade. Avaliamos três locais distintos, sendo uma zona urbana, uma região natural suburbana e uma área natural rural. Utilizando morfometria geométrica, analisamos 160 indivíduos, 320 asas e 8 marcos anatômicos por asa. Os marcos anatômicos foram transformados através da técnica procrustes e calculado o grau de assimetria para cada asa, considerando-se a diferença da média dos marcos anatômicos. Para comparação entre as três áreas, foi realizada análise de variância. Para estabelecer as variações morfométricas, foi utilizado análise de componentes principais, análise de variância multivariada para comparação entre as áreas e placas de deformações em relação aos centroides de cada marco anatômico. Os resultados revelaram padrões diferentes de assimetria, corroborando a hipótese de que a área urbana produz maior assimetria nas asas de T. angustula em relação às duas outras áreas. Ainda, a urbanização afeta de forma mais pronunciada a posição dos marcos anatômicos das asas, indicando possíveis influências de recursos alimentares, temperatura e pressões ecológicas nessas variações.
              Palavras-chave: Abelha nativa, Assimetria flutuante, Morfometria geométrica
              Amphisbaena Linnaeus, 1758 do Pantanal de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso: morfologia externa e distribuição geográfica
              Curso Mestrado em Biologia Animal
              Tipo Dissertação
              Data 04/07/2023
              Área ZOOLOGIA
              Orientador(es)
              • Marcelo Oscar Bordignon
              Coorientador(es)
              • Nelson Rufino de Albuquerque
              Orientando(s)
              • Mônica Moreira de Oliveira
              Banca
              • Diego Jose Santana Silva
              • Felipe Franco Curcio
              • Marcelo Oscar Bordignon
              • Priscila Santos Carvalho
              • Vanda Lucia Ferreira
              Resumo Estudos detalhados de revisão taxonômica e da distribuição sobre Amphisbaenia são escassos, especialmente no tocante às linhagens da América do Sul. O gênero possui maior riqueza diversidade dentro de Amphisbaenia, com 103 espécies distribuídas pela América do Sul e Central. Este estudo tem como objetivo revisar a taxonomia das espécies de Amphisbaena no Pantanal brasileiro, com uso de caracteres de morfologia externa a fim de investigar padrões biogeográficos. Identificamos 301 espécimes depositados nas coleções científicas da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso, que incluem Amphisbaena alba, A. bedai, A. camura, A. hiata, A. leeseri, A. mertensii, A. talisiae, A. vermicularis e Amphisbaena sp. Variação nos caracteres merísticos e morfométricos foi observada para todas as espécies. Os dados de distribuição geográfica atualizados ajudam a identificar espécies sobrepostas que contribuem para uma melhor compreensão da taxonomia e biogeografia de Amphisbaena no Pantanal brasileiro.

              Palavras-chave: Taxonomia, revisão taxonômica, anfisbena.
              “Revisão taxonômica do sapo-de-chifre Proceratophrys boiei (wied-neuwied, 1824) (Lissamphibia, anura, odontophrynidae)”
              Curso Mestrado em Biologia Animal
              Tipo Dissertação
              Data 16/06/2023
              Área ZOOLOGIA
              Orientador(es)
              • Sarah Mangia Barros
              Coorientador(es)
                Orientando(s)
                • Leonardo Castro dos Santos
                Banca
                • Ana Carolina Calijorne Lourenço
                • Carla da Silva Guimarães
                • Felipe Camurugi Almeida Guimarães
                • Maria Clara do Nascimento
                • Nelson Rufino de Albuquerque
                • Sarah Mangia Barros
                Resumo Proceratophrys boiei, uma espécie de sapo-de-chifre, vive camuflada no meio do folhiço
                e ocupa ambientes de Mata Atlântica e algumas áreas de transição com o Cerrado, com distribuição
                nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
                Estudos anteriores, com base em análises moleculares e citogenéticas, encontraram três linhagens
                distintas (Norte 1, Norte 2 e Sul), alocadas sob o táxon de Proceratophrys boiei. No intuito de
                verificar a existência de outras espécies sob o nome P. boiei, realizamos uma revisão taxonômica
                das populações ao longo de toda a distribuição da espécie, avaliando caracteres morfológicos,
                morfométricos, acústicos, e osteológicos de 197 indivíduos (145 machos e 52 fêmeas), provenientes
                de 68 localidades. Conduzimos as análises seguindo as três linhagens encontradas em um estudo
                prévio (N1, N2 e S). Os caracteres de morfologia externa e os parâmetros do canto de anúncio das
                três linhagens apresentam variação e sobreposição, inclusive entre indivíduos da mesma linhagem,
                indicando alto grau de polimorfismo. Contudo, com relação à morfometria, os exemplares do S
                apresentaram a menor média do CRC (46,0 nos machos e 51,6 nas fêmeas) e na análise
                osteológica, observamos que a linhagem N1 apresenta a região do esfenetmóide coberta pelo
                nasal, enquanto N2 e S os nasais não cobrem essa região. Além disso, para a linhagem N2, a
                espessura do ramo zigomático do escamosal é 2,06 vezes maior em relação ao ramo subocular,
                enquanto nas linhagens N1 e S, a espessura é de 1,43 e 1,7 vezes maior, respectivamente. A partir
                dos nossos resultados, aliados às diferenças encontradas entre as três linhagens em estudos
                prévios (com base nos genes 16S, cit b, RAG-1, na citogenética e no condrocrânio de girinos), nós
                revalidamos duas espécies que estavam sinonimizadas com P. boiei, e redescrevemos P. boiei,
                indicando novos caracteres diagnósticos e sua atual distribuição geográfica.
                Comportamentos de uma população de Quati Nasua nasua (Linnaeus, 1766) em áreas pavimentadas de um Parque urbano no Cerrado, Mato Grosso do Sul, Brasil.
                Curso Mestrado em Biologia Animal
                Tipo Dissertação
                Data 15/06/2023
                Área ZOOLOGIA
                Orientador(es)
                • Marcelo Oscar Bordignon
                Coorientador(es)
                  Orientando(s)
                  • Dario Rodrigo Dias da Silva
                  Banca
                  • Filipe Martins Santos
                  • Grasiela Edith de Oliveira Porfirio Petry
                  • Jose Rimoli
                  • Marcelo Oscar Bordignon
                  Resumo O quati (Nasua nasua) é um carnívoro que ocorre por toda América do Sul e possui uma alta plasticidade comportamental, formando bandos sociais tanto em vida livre quanto em áreas alteradas e urbanizadas. Estudos dos comportamentos desta espécie podem fornecer informações importantes e compreender suas características adaptativas ao ambiente urbano. Este estudo teve o objetivo de avaliar as diferenças comportamentais de quatis adultos e jovens e entre seus agrupamentos, quanto ao tempo gasto nas diversas atividades destes animais em áreas pavimentadas. O estudo foi realizado num dos maiores parques da cidade de Campo Grande, centro-oeste do Brasil. Uma área de remanescente de cerrado, com forte grau de urbanização. Os comportamentos dos quatis foram registrados a partir de observações diretas em transectos diários ao longo de toda a área de estudo. O tamanho dos grupos observados variou de 7 a 12 indivíduos nos grupos maiores e de 3 a 6 indivíduos nos grupos menores. A frequência do tempo gasto pelos animais em suas atividades diárias variou ao longo do estudo, distribuindo-se nas atividades de forrageamento (60%), deslocamento (26%), socialização (11%) e descanso (3%). Nossos resultados indicaram haver uma variação na composição dos grupos ao longo do tempo, não havendo membros fixos ou formação de novos grupos por indivíduos nucleadores, tais como machos ou fêmeas dominantes ou dissidentes. Este aspecto pode ser consequência da adaptação às condições de urbanização da área, favorecendo os indivíduos na busca por alimentos, e socialização.

                  Palavras-chave: Urbanização, Unidade de conservação, procionídeo, etologia, adaptação.
                  Biomarcadores histopatológicos em zebrafish (Danio rerio) usados no biomonitoramento em córregos urbanos de Campo Grande – MS
                  Curso Mestrado em Biologia Animal
                  Tipo Dissertação
                  Data 08/05/2023
                  Área ZOOLOGIA
                  Orientador(es)
                  • Carlos Eurico dos Santos Fernandes
                  Coorientador(es)
                  • Carla Leticia Gediel Rivero Wendt
                  Orientando(s)
                  • Bianca Marques Segura
                  Banca
                  • Alexeia Barufatti
                  • Carlos Eurico dos Santos Fernandes
                  • Lilian Franco Belussi
                  • Lucilene Finoto Viana
                  Resumo A biota aquática está constantemente exposta a uma grande quantidade de substâncias tóxicas, provenientes das atividades humanas que vêm alterando os processos físico-químicos e biológicos das fontes de água. No entanto isso contribui para a redução da qualidade ambiental, como também pode comprometer a saúde dos seres vivos que habitam esses ecossistemas. Nesse sentido, o biomonitoramento a partir dos organismos aquáticos (bioindicadores), possibilita a detecção dos efeitos de compostos tóxicos que possam estar presentes no ecossistema aquático. Dessa forma, esse trabalho teve como objetivo utilizar o Danio rerio como bioindicador ambiental para analisar os efeitos da água de diferentes ambientes aquáticos urbanos da cidade de Campo Grande – Mato Grosso do Sul em um sistema de biomonitoramento passivo, comparando a dinâmica temporal de marcadores morfológicos eritrocitários, histológicos branquiais e hepáticos, e a concentração de tióis não protéicos (fragmento muscular) em espécimes expostos e não expostos por 3, 6 e 12 dias de exposição. Todos os córregos apresentaram características qualitativas diferentes referente aos parâmetros físico-químico. A presença de metais como Mn, Zn, Fe, Cr e Al, além do pH, temperatura e nitrito explicaram 35,1% da variância enquanto que sólidos totais, condutividade elétrica, amônia, nitrito e oxigênio dissolvido explicaram 27,6%, por meio da análise de PCA. Espécimes expostos às águas dos três córregos mostraram diferenças significativas entre os controles para a frequência de anormalidades nucleares eritrocitárias, perfil histopatológico branquial e hepático, por meio do índice de alterações histológicas (IAH) e alterações das concentrações de tióis não proteicos (TNP). Nossos resultados suportam estudos anteriores que registram efeitos antrópicos no ambiente aquáticos em córregos urbanos. Três dias de exposição foram suficientes para causar danos morfológicos nos núcleos eritrocitários e histopatológicos branquiais que variaram desde a proliferação, descamação e necrose do epitélio lamelar primário até fusão e aneurismas no epitélio lamelar secundário. No fígado, aos três dias de exposição foram observadas figuras nucleares degenerativas, seguidas por hipertrofia hepatocelular, lipidose e necrose aos 12 dias. O modelo empregado de biomonitoramento permitiu comparar a dinâmica temporal de diferentes marcadores de higidez, utilizando o zebrafish como bioindicador ambiental. Estudos futuros podem aperfeiçoar esse modelo para outros ambientes aquáticos a fim de subsidiar novas abordagens aos estudos de biomonitoramento.
                  BETA DIVERSITY PATTERNS OF ANURANS METACOMMUNITIES ALONG DIFFERENT VEGETATION TYPES IN ATLANTIC FOREST OF SOUTHERSTERN BRAZIL
                  Curso Mestrado em Biologia Animal
                  Tipo Dissertação
                  Data 28/04/2023
                  Área ZOOLOGIA
                  Orientador(es)
                  • Diego Jose Santana Silva
                  Coorientador(es)
                  • Karoline Ceron
                  Orientando(s)
                  • Carlos Henrique de Oliveira Nogueira
                  Banca
                  • Caryne Aparecida de Carvalho Braga
                  • Diego Jose Santana Silva
                  • Elvis Almeida Pereira Silva
                  • Francisco Valente Neto
                  • Priscila Santos Carvalho
                  • Rafaela Vendrametto Granzotti
                  Resumo A diversidade beta descreve a variação na composição de espécies entre diferentes locais e é composta por dois componentes, substituição de espécies (turnover) e ganhos ou perdas seletivas (nestedness), que contribuem para a montagem das comunidades por meio de processos como filtragem de nicho e colonização/extinção seletiva. A Contribuição Local para a Diversidade Beta (LCBD) e a Contribuição das Espécies para a Diversidade Beta (SCBD) podem ser usadas para identificar locais e espécies-chave para a conservação. Os anfíbios na Mata Atlântica são particularmente suscetíveis a fatores ambientais e espaciais devido à sua baixa capacidade de dispersão e dependência de diferentes ambientes ao longo de seu ciclo de vida. Estudos anteriores têm examinado o papel das mudanças climáticas históricas e dos fatores geomorfológicos na explicação da diversidade beta filogenética de anfíbios da Mata Atlântica, mas pesquisas mais recentes têm se concentrado na influência de características funcionais em seus padrões de distribuição. Este estudo tem como objetivo investigar os padrões que impulsionam a diversidade beta das metacomunidades de anuros em cinco tipos diferentes de vegetação no norte do estado do Rio de Janeiro. Realizamos levantamentos de campo de comunidades de anfíbios em 16 áreas que abrangem diferentes tipos de vegetação do domínio da Mata Atlântica: Floresta Ombrófila Montana (FOM), Floresta Ombrófila Submontana (FOS), Restinga (RES), Tabuleiro (TAB) e Baixada (BAI). Para cada área de amostragem, extraímos 19 variáveis climáticas do conjunto de dados BioClim, e para cada espécie encontrada, as características funcionais foram caracterizadas com base em registros da literatura e em espécimes coletados anteriormente. Um total de 1087 indivíduos, representando 62 espécies de anuros, foram registrados em 16 áreas. Descobrimos que diferentes tipos de vegetação contribuem de maneira diferente para a LCBD em diferentes escalas. Diferentes espécies também influenciaram as diferentes partições da SCBD. Em geral, a variação na composição de espécies de anuros ao longo do norte do estado do Rio de Janeiro pode ser explicada majoritariamente pela substituição de espécies. RES apresentou a maior riqueza de espécies de anfíbios, mas não foi o tipo de vegetação mais importante para a LCBD, pois compartilha várias espécies com outras áreas. Nesse caso, ambas as partições da LCBD, taxonômica e funcional, foram mais influenciadas por FOM e FOS devido à presença de espécies únicas com características funcionais exclusivas. As partições da SCBD foram influenciadas por diferentes espécies. Enquanto a SCBD taxonômica é influenciada por espécies relativamente comuns, encontradas em pelo menos metade das áreas amostradas, a SCBD funcional é influenciada por espécies raras, encontradas apenas em um local e um tipo de vegetação. Além disso, LCBD taxonômico e LCBD funcional estavam positivamente correlacionadas com as variáveis climáticas, pois áreas com características climáticas semelhantes apresentavam valores de diversidade similares. Os resultados sugerem que preservar diferentes tipos de vegetação é crucial para manter a diversidade de anfíbios, uma vez que diferentes tipos de vegetação contribuem de maneiras diferentes para a diversidade beta local e funcional. Além disso, nosso estudo destaca a importância de considerar tanto a diversidade taxonômica quanto a funcional para compreender a distribuição dos anfíbios na região norte doestado do Rio de Janeiro.
                  Página 1 de 8 (20 de 146 registros).