Mestrado em Biologia Animal

Atenção! O edital referente ao processo seletivo e arquivos pertinentes ao curso estão disponíveis no site do curso.
Os resultados dos processos seletivos serão divulgados no site do curso.

Trabalhos

Trabalhos Disponíveis

TRABALHO Ações
Adaptações morfológicas no esqueleto apendicular de Xenartha do Quaternário da Serra da Bodoquena
Curso Mestrado em Biologia Animal
Tipo Dissertação
Data 12/04/2024
Área ZOOLOGIA
Orientador(es)
  • Marcelo Oscar Bordignon
Coorientador(es)
  • Alessandro Marques de Oliveira
Orientando(s)
  • BÁRBARA ARANTES BAZHUNI
Banca
  • Esther Regina de Souza Pinheiro
  • Pedro Victor Buck
  • Sergio Roberto Posso
Resumo Os mamíferos da ordem Xenarthra estão organizados em dois grupos: Cingulata que inclui os tatus e gliptodontes possuidores de carapaças e Pilosa que inclui preguiças extintas e viventes (subordem Folivora) e os tamanduás (subordem Vermilingua) que possuem densa cobertura de pelos em todo o corpo. No presente trabalho foram confecionadas lâminas de ossos longos (fêmur e úmero) de espécimes de xenartros fósseis e atuais, analisando sistemas de Havers (diâmetro médio, quantidade média e densidade) e comparando com tamanho dos ossos e estimativa de massa corporal. Aqui foi utilizado o teste de correlação, a fim de verificar se há associação entre comprimento dos ossos e diâmetro médio dos sistemas de Havers, comprimento dos ossos x densidade média dos sistemas de Havers, densidade média dos sistemas de Havers x massa corporal estimada dos espécimes tanto para fêmur quanto para o úmero. Os testes de correlação foram feitos no software PAST versão 4.0. Em adição, o teste estatístico Mann-Whitney pairwise foi realizado para verificar se haveria diferenças significativas quanto a quantidade de sistemas de Havers. Os resultados deste trabalho indicaram fortes correlações e corroboram com hipóteses prévias que cingulados atuais possuem ossos com menor densidade de sistemas de Havers do que algumas espécies de pilosos, enquanto fêmur e úmero possuem quantidades semelhantes de sistemas indicando que eles possuem ossos longos biomecanicamente adaptados aos hábitos fossoriais. Já pilosos e cingulados extintos que possuem uma maior quantidade de sistemas de Havers no fêmur o que indica que precisavam sustentar uma grande quantidade de massa corporal nos membros posteriores durante a locomoção e por exercerem uma posição ereta tanto pilosos extintos quanto atuais.
Ictiofauna de baías do Pantanal com histórico de fogo no Pantanal, Mato Grosso do Sul
Curso Mestrado em Biologia Animal
Tipo Dissertação
Data 10/04/2024
Área ZOOLOGIA
Orientador(es)
  • Fernando Rogerio de Carvalho
Coorientador(es)
  • Fabio de Oliveira Roque
Orientando(s)
  • Rafael Nunes de Souza
Banca
  • Karina Keyla Tondato de Carvalho
  • Maria Jose Alencar Vilela
  • Yzel Rondon Súarez
Resumo O Pantanal é uma das maiores planícies inundáveis do planeta. Um dos fatores
que favorece as inundações é sua baixa declividade, com escoamento lento da água. Os pulsos de inundação moldam a paisagem da planície e são os responsáveis pelas formações das baías marginais intermitentes ou permanentes ao longo do curso do rio Paraguai e seus afluentes. Com o aumento das ocorrências dos focos de incêndio no bioma, as características locais são modificadas, pois os resíduos provenientes desses incêndios alteram as condições da água, influenciando direta e indiretamente as comunidades
aquáticas. Dessa forma, o objetivo geral desse trabalho foi avaliar a comunidade de peixes de baías do rio Paraguai, localizadas no município de Corumbá, MS, com diferentes históricos de queimadas. Os peixes foram coletados ao longo de um ano, em oito baías marginais divididas em dois tratamentos: quatro baías de alta frequência de fogo e quatro baías de baixa frequência de fogo. No total foram realizadas quatro coletas, uma em cada período hidrológico (vazante, seca, enchente, cheia). As análises PcoA, RDA e GLM foram feitas para diversidade de peixes, condição de habitat e qualidade da água, bem como
análises de diversidade funcional. Foi observado que as baías permanentes não tiveram alterações de espécies na comunidade. No período de enchente e cheia, devido à conectividade com o rio, houve maior fluxo das espécies nas baías intermitentes. Nas análises multivariadas foi possível constatar que cada baía apresentou uma dinâmica individual relacionada às características do ambiente e a diversidade de peixes; as variáveis que mais afetaram as comunidades negativamente foram a porcentagem de vegetação dentro das baías e a concentração de oxigênio dissolvido, enquanto que a variável que mais
beneficiou foi a turbidez da água. Desta forma, as comunidades de peixes do rio Paraguai nas baías do Pantanal são mais influenciadas pelos pulsos de inundação e as características individuais de cada baía (e.g., vegetação, tamanho das baías e distância da calha do rio), do que pelo histórico de frequência do fogo.
Biologia reprodutiva de Dryophylax Chaquensis (Reptilia, Dipsadidae) no Centro-Oeste brasileiro
Curso Mestrado em Biologia Animal
Tipo Dissertação
Data 07/03/2024
Área ZOOLOGIA
Orientador(es)
  • Vanda Lucia Ferreira
Coorientador(es)
    Orientando(s)
    • KÉLVIN ÁLLEX BENEVIDES DA SILVA CAVALCANTE
    Banca
    • Diego Jose Santana Silva
    • Liliana Piatti
    • Vanda Lucia Ferreira
    • Zaida Ortega Diago
    Resumo Espécies com ampla distribuição geográfica podem adotar estratégias reprodutivas distintas entre as populações. Dryophylax chaquensis é uma serpente amplamente distribuída com populações tanto em área temperada como tropical. A ecologia e biologia reprodutiva são conhecidas para a população da região temperada, ao passo que para a população tropical são praticamente inexploradas. Descrevemos a biologia reprodutiva a partir de avaliação morfológica e histológica de D. chaquensis da Bacia do Alto Paraguai, Brasil. Analisamos 124 espécimes (66 machos e 58 fêmeas) depositados em coleções científicas de herpetologia. Fêmeas apresentaram ciclo reprodutivo contínuo enquanto que machos apresentaram ciclo reprodutivo sazonal. Machos atingem maturidade sexual com tamanho de corpo menor do que as fêmeas, e estas apresentaram folículos vitelogênicos secundários a partir de 10.2 mm. Houve dimorfismo sexual para número de escamas ventrais e subcaudais, tamanho da cauda, comprimento da cabeça e largura da cabeça. O tamanho da ninhada foi de 2 a 10 ovos, no oviduto, por fêmea e houve correlação entre o comprimento do corpo com o número de ovos. As fêmeas alcançam maturidade sexual com dimensões corporais superiores, uma característica que pode proporcionar uma vantagem adaptativa devido a um maior potencial de fecundidade. Demonstramos que a população da região tropical atinge a maturidade sexual com menor tamanho corpóreo, folículos em vitelogênese secundária com maior comprimento, menor taxa de fecundidade, diferenças no ciclo reprodutivo para machos e fêmeas e número de ovos correlacionados com o tamanho da fêmea. Apesar da tribo Tachymenini ser altamente conservativa, D. chaquensis apresentou diferenças em seus parâmetros.
    ANÁLISE DA GENOTOXICIDADE ERITROCITÁRIA E HISTOPATOLOGIA BRANQUIAL EM LAMBARIS (Astyanax lacustris) EXPOSTOS AO INSETICIDA LAMBDA-CIALOTRINA
    Curso Mestrado em Biologia Animal
    Tipo Dissertação
    Data 06/03/2024
    Área ZOOLOGIA
    Orientador(es)
    • Carlos Eurico dos Santos Fernandes
    Coorientador(es)
    • Carla Leticia Gediel Rivero Wendt
    Orientando(s)
    • Lidiane Cecilia Pereira
    Banca
    • Bruno Serra de Lacerda Valverde
    • Carlos Eurico dos Santos Fernandes
    • Juan Manuel Pérez Iglesias
    • Lilian Franco Belussi
    Resumo O Brasil é um dos maiores produtores agrícolas globais e um grande consumidor de defensivos agrícolas. O uso de agrotóxicos aumentou significativamente de 2010 a 2020, superando o crescimento da área cultivada. Apesar da regulamentação, o ma-nejo desses produtos químicos ainda apresenta desafios. A Anvisa proibiu certos pesticidas, potencialmente aumentando o uso de piretróides, considerados seguros por sua toxicidade seletiva, mas que podem contaminar ambientes aquáticos. A lambda-cialotrina (LC) é um inseticida piretróide utilizado no controle de pragas em ambientes agrícolas e domésticos. Embora seja menos tóxico para aves e mamífe-ros, sua introdução em ecossistemas aquáticos, que pode ocorrer principalmente através da deriva durante a pulverização, lixiviação, escoamento superficial e até por aplicação direta em corpos d'água, pode ser prejudicial para organismos não-alvo. Este estudo tem como objetivo principal avaliar os efeitos subletais da exposição ao inseticida piretróide lambda-cialotrina em Astyanax lacustris, utilizando marcadores genotóxicos e histopatológicos. Foram usados 80 espécimes juvenis de A. lacustris divididos em oito grupos experimentais. Quatro grupos, com dez indivíduos cada, foram expostos à concentração de 1,5 μg/L de LC por 1, 3, 6 e 12 dias. Para cada período, foram utilizados dez espécimes controle. Foram avaliados os efeitos geno-tóxicos com base na frequência de alterações nucleares e micronúcleos em eritróci-tos, além da quantificação das alterações histopatológicas do tecido branquial. Os resultados mostraram elevação das anormalidades nucleares classificadas como bi-nucleados e núcleos invaginados. Estas alterações foram mais frequentes nos peixes expostos por períodos de 1, 3 e 6 dias, em comparação com os não expostos. As lesões histológicas foram caracterizadas pela descamação do epitélio, edema nas lamelas secundárias, aderência lamelar, hiperplasia e hipertrofia das células de mu-co, aneurismas e, em casos mais severos (12 dias), fusão completa das lamelas se-cundárias. No geral, os resultados apontam que, a partir de três dias, a LC pode ser considerada tóxica para o A. lacustris. Nossos resultados demonstram a necessidade de biomonitoramento e avaliação dos riscos associados ao uso de inseticidas na agricultura, especialmente considerando os efeitos adversos em espécies não-alvo. Além disso, o A. lacustris pode ser incluído na lista de espécies bioindicadores vi-sando futuros impactos ecotoxicológicos de inseticidas piretróides, destacando o emprego de novas estratégias de conservação e gestão ambiental para mitigar a ex-posição a contaminantes e preservar a biodiversidade regional.
    Palavras-chave: Genotoxicidade. Histopatologia. Piretróide. Peixe.
    Variação espaço-temporal na ocorrência de Aedes spp. (Diptera: Culicidae) no estado do Mato Grosso do Sul​
    Curso Mestrado em Biologia Animal
    Tipo Dissertação
    Data 01/03/2024
    Área ZOOLOGIA
    Orientador(es)
    • Alessandra Gutierrez de Oliveira
    Coorientador(es)
      Orientando(s)
      • Layna Tayná Brito Leite
      Banca
      • Alessandra Gutierrez de Oliveira
      • Aline Etelvina Casaril Arrua
      • Denise Valle
      • Eunice Aparecida Bianchi Galati
      Resumo Aedes aegypti (Linnaeus, 1762) e Aedes albopictus (Skuse, 1894) são vetores de diversos patógenos que incluem os vírus: dengue, chikungunya e Zika. O aumento das infecções transmitidas por esses vetores nas últimas décadas se tornou uma preocupação global. Em Mato Grosso do Sul o cenário epidemiológico é desafiador, por causa do aumento dos índices de dengue, concomitante à circulação dos vírus chikungunya e Zika, que tem como principal vetor o Aedes aegypti. O objetivo do estudo consistiu em investigar padrões espaço-temporais e fatores que influenciam na dinâmica de A. aegypti para fortalecer as medidas de seu controle e das epidemias associadas a esse vetor. Neste estudo, foi investigado o índice de infestação larvário de Aedes spp. nos 79 munícipios de Mato Grosso do Sul (MS), no período de 2011 a 2021. Utilizamos um modelo multinível para identificar como as variáveis podem influenciar nos padrões de distribuição intra-sazonal do A. aegypti, tais como: temperatura, precipitação e o índice de desenvolvimento humano (IDH). De acordo com o levantamento de dados, constatamos a presença das formas imaturas de desta espécie nos 79 municípios do estado. Adicionalmente em 30 desses municípios, além da presença de A. aegypti, verificamos a de Aedes albopictus. Para prosseguir as análises estatísticas utilizando os modelos multiníveis, utilizamos dados provenientes de 27 munícipios que correspondem às 27 estações meteorológicas presentes no estado. Foi considerado apenas o Índice de Infestação Predial (IIP) do A. aegypti para estas análises. A precipitação acumulada foi o fator abiótico que apresentou maior significância para identificação dos municípios com focos, demonstrando que períodos chuvosos são aqueles nos quais encontramos maior quantidade de domicílios com focos de A. aegypti no estado. O modelo multinível nos permitiu concluir que o perfil sazonal dos focos de A. aegypti no estado de MS inclui uma elevada presença das formas imaturas no primeiro e último trimestre do ano, coincidindo com os períodos de temperatura elevada e precipitação; porém, a presença se dá ao longo de todo o ano, tendo uma queda nos meses frios e secos. A análise do IDH mostrou que locais com melhores condições de saneamento e infraestrutura são menos propensos a ter uma alta incidência de focos, como demonstrado no modelo, que aponta que locais com IDH alto possuem baixa incidência e alta sazonalidade dos focos. Através do modelo do perfil sazonal do estado, esperamos contribuir no direcionamento das estratégias de saúde, para o combate à proliferação do A. aegypti e, também, contribuir com dados referentes à ocorrência do vetor no Mato Grosso do Sul, ainda escassos.
      Palavras-chave: Aedes aegypti, padrão sazonal, modelo multinível, vetores, Mato Grosso do Sul
      Estrutura e composição da fauna de formigas (Hymenoptera: formicidae​) em solo hidromórfico de áreas de veredas do cerrado
      Curso Mestrado em Biologia Animal
      Tipo Dissertação
      Data 29/02/2024
      Área ZOOLOGIA
      Orientador(es)
      • Rodrigo Aranda
      Coorientador(es)
        Orientando(s)
        • Diego Luiz Valuz de Jesus
        Banca
        • Douglas de Araujo
        • Kleber Del Claro
        • Mariáh Leite Tibcherani
        • Márlon César Pereira
        • Paulo Robson de Souza
        • Rodrigo Aranda
        Resumo O Cerrado é um ecossistema diversificado, com diferentes tipos de vegetação devido à sua topografia, clima variado e extensão territorial. Essas variações incluem formações florestais, matas ciliares, matas de galeria, matas secas, cerradões, formações savânicas, cerrado stricto sensu, palmeirais, veredas, campo sujo, campo rupestre e campo limpo. As veredas, encontradas em solos hidromórficos constantemente úmidos, sendo circundadas pelo campo limpo, enquanto os buritis que as compõe têm uma altura média de 12 a 15 metros e cobertura de 5% a 10%. No Cerrado as formigas desempenham um papel importante no fluxo de energia e biomassa dos ecossistemas terrestres, bem como na evolução da estrutura das comunidades. Entendemos a necessidade de inventariar e compreender a composição da fauna de formigas nas fitofisionomias do Cerrado na qual ainda não foram amostrados, como no caso das veredas. Foram realizadas coletas em áreas de Vereda, Transição e Cerrado no Parque Estadual Dom Osório Stoffell, localizado no sul do estado de Mato Grosso, utilizando iscas atrativas de sardinha em óleo. Foram dispostas 15 parcelas em cada tipo de ambiente, totalizando 180 iscas em cada extrato (solo e vegetação) durante uma hora, tanto na estação seca, quanto na chuvosa. Foram obtidas 67 espécies de formigas, entre os gradientes de Cerrado, área de transição e veredas. Com uma riqueza de 44 espécies e diversidade de Shannon (H’) de 3,18 para o Cerrado, riqueza de 46 espécies e diversidade H’ 3,14 para a área de transição e com riqueza de 43 espécies e diversidade H’ 3,01 para as veredas. Não houve diferença significativa na riqueza de espécies, porém verificamos diferença na composição das espécies que habitam os ambientes. Verificamos alteração das espécies de formigas durante as estações de seca e de chuva na colonização dos ambientes de Cerrado, Transição e Vereda, sendo uma composição diferente das espécies de formigas entre os ambientes e entre as estações o que reflete a biologia dos grupos taxonômicos encontrados em cada uma das áreas.
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        Variação intraespecífica do crânio de Dryophylax chaquensis (Bergna e Álvarez, 1993) do Pantanal brasileiro
        Curso Mestrado em Biologia Animal
        Tipo Dissertação
        Data 28/02/2024
        Área ZOOLOGIA
        Orientador(es)
        • Roberta Azeredo Murta da Fonseca
        Coorientador(es)
        • Nelson Rufino de Albuquerque
        Orientando(s)
        • Evandro Douglas Moore de Lucena
        Banca
        • Daniel Fernandes da Silva
        • Roberta Azeredo Murta da Fonseca
        • Rodrigo Castellari Gonzalez
        • Vivian Carlos Trevine
        Resumo A morfologia craniana é historicamente empregada no diagnóstico dos táxons de Serpentes, e estudo descritivos são fundamentais para compreender as causas e extensões das variações morfológicas. Neste trabalho exploramos e descrevemos a variação intraespecífica do crânio de Dryophylax chaquensis em espécimes com distribuição no Pantanal brasileiro. No primeiro capítulo, fornecemos uma descrição detalhada dos elementos esqueléticos do crânio da espécie e suas variações. No segundo capítulo, exploramos as variações de formas nos crânios por meio de abordagens de morfometria geométrica, com o objetivo de descrever as alometrias ontogenética e estática, avaliar o dimorfismo sexual, avaliar os padrões de assimetrias direcional e flutuante, investigar a integração entre diferentes partes do crânio e verificar a possível influência de fatores abióticos na forma.
        Metazoários parasitos de Synbranchus marmoratus (Acnopterygii, Synbranchiformes, Synbranquidae) capturados no Pantanal de Mato Grosso do Sul, Brasil​
        Curso Mestrado em Biologia Animal
        Tipo Dissertação
        Data 24/01/2024
        Área ZOOLOGIA
        Orientador(es)
        • Fernando Paiva
        Coorientador(es)
        • Luiz Eduardo Roland Tavares
        Orientando(s)
        • Leonardo França do Nascimento
        Banca
        • Felipe Bisaggio Pereira
        • Fernando Paiva
        • Isabela Caroline Oliveira da Silva
        • Priscilla Soares dos Santos
        Resumo O peixe Synbranchus marmoratus, conhecido como mussum, pertencente à família
        Synbranchidae e a ordem Synbranchiformes. Apesar de não ser uma espécie de
        grande interesse comercial, estudos desta natureza são importantes para auxiliar na
        compreensão das relações entre metazoários parasitos e seus hospedeiros. Foram
        identificados através estudos morfológicos cinco grandes grupos de metazoários:
        Pentastomida (Sebekia sp.), Nematoda (Brevimulticaecum sp., Eustrongylides sp.,
        Camallanidae e Capilaridae), Cestoda (Proteocephalidae), Trematoda (morfotipo
        Neascus e Clinostomum sp.) e Myxozoa (Myxobolus sp.). O Pentastomida Sebekia
        sp. foi o mais prevalente (35%), tendo sido encontrado em 14 hospedeiros com
        abundancia média de 0,90±3,34. Neascus sp. com maior abundância encontrada
        parasitando 5% dos hospedeiros. Os nematodas apresentaram a maior riqueza de
        morfotipos com quatro grupos reportados, sendo eles Brevimulticaecum sp., larvas de
        Eustrongylides sp., adultos de Camallanidae gen. sp. e Capillaridae gen. sp.
        Adicionalmente, foram realizadas análises moleculares das larvas de Eustrongylides
        sp., e de espécimes da família Camallanidae. As larvas de Eustrongylides sp.
        morfologicamente se assemelham às larvas de E. tubifex pela presença de papilas
        com ápice espiniforme no círculo interno. Contudo, as sequências foram comparadas
        aquelas de E. ignotus e E. excisus, e a sequência obtida nesse estudo ficou mais
        próxima de outras espécies ainda não determinadas do gênero Eustrongylides. Para
        os espécimes de Camallanidae apesar da análise filogenética não ter agrupado a
        sequência obtida nesse estudo com outros três gêneros da família, a análise
        morfológica nos mostrou que a presente espécie está inserida na família
        Camallanidae, reforçando a necessidade de coletar novas amostras para podermos
        descrever uma nova espécie na família. Os estudos apresentados nessa dissertação
        ressaltam a necessidade de que mais dados sobre os metazoários parasitos de S.
        marmoratus sejam obtidos, já que a literatura com foco nesses hospedeiros é
        escassa. E devido o seu valor comercial na pesca esportiva esse conhecimento pode
        ser de grande valor para um maior entendimento da riqueza de metazoários parasitos
        de peixes de água doce.
        Efeito da urbanização sobre assimetria das asas de Jataí (Tetragonisca angustula - Hymenoptera: Apidae: Meliponini)
        Curso Mestrado em Biologia Animal
        Tipo Dissertação
        Data 22/12/2023
        Área ZOOLOGIA
        Orientador(es)
        • Rodrigo Aranda
        Coorientador(es)
        • Rodrigo Aranda
        Orientando(s)
        • ANA PAULA VALDEZ ANDREAZZI
        Banca
        • Ramon Jose Correa Luciano de Mello
        • Roberta Azeredo Murta da Fonseca
        • Rodrigo Aranda
        • Rodrigo Pires Dallacqua
        Resumo As abelhas Tetragonisca angustula são amplamente distribuídas no Brasil, sendo indicadoras cruciais de qualidade e preservação ambiental. A capacidade de adaptação dessas abelhas a ambientes urbanos não elimina os possíveis impactos negativos da urbanização. A presença de Tetragonisca angustula em áreas urbanas pode sugerir respostas na morfologia e assimetria das asas, relacionados à influência humana como efeitos de alteração na paisagem, temperatura e diversidade de plantas. Métodos morfométricos e análises estatísticas são ferramentas cruciais para entender as variações morfológicas. Este estudo visa investigar os efeitos ambientais na assimetria das asas de abelhas T. angustula ao longo de um gradiente urbano, esperando-se um aumento da assimetria em ambientes urbanizados desfavoráveis, bem como as variações na morfometria geométrica das asas, indicando se ocorrem, em que local e em qual intensidade. Avaliamos três locais distintos, sendo uma zona urbana, uma região natural suburbana e uma área natural rural. Utilizando morfometria geométrica, analisamos 160 indivíduos, 320 asas e 8 marcos anatômicos por asa. Os marcos anatômicos foram transformados através da técnica procrustes e calculado o grau de assimetria para cada asa, considerando-se a diferença da média dos marcos anatômicos. Para comparação entre as três áreas, foi realizada análise de variância. Para estabelecer as variações morfométricas, foi utilizado análise de componentes principais, análise de variância multivariada para comparação entre as áreas e placas de deformações em relação aos centroides de cada marco anatômico. Os resultados revelaram padrões diferentes de assimetria, corroborando a hipótese de que a área urbana produz maior assimetria nas asas de T. angustula em relação às duas outras áreas. Ainda, a urbanização afeta de forma mais pronunciada a posição dos marcos anatômicos das asas, indicando possíveis influências de recursos alimentares, temperatura e pressões ecológicas nessas variações.
        Palavras-chave: Abelha nativa, Assimetria flutuante, Morfometria geométrica
        Amphisbaena Linnaeus, 1758 do Pantanal de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso: morfologia externa e distribuição geográfica
        Curso Mestrado em Biologia Animal
        Tipo Dissertação
        Data 04/07/2023
        Área ZOOLOGIA
        Orientador(es)
        • Marcelo Oscar Bordignon
        Coorientador(es)
        • Nelson Rufino de Albuquerque
        Orientando(s)
        • Mônica Moreira de Oliveira
        Banca
        • Diego Jose Santana Silva
        • Felipe Franco Curcio
        • Marcelo Oscar Bordignon
        • Priscila Santos Carvalho
        • Vanda Lucia Ferreira
        Resumo Estudos detalhados de revisão taxonômica e da distribuição sobre Amphisbaenia são escassos, especialmente no tocante às linhagens da América do Sul. O gênero possui maior riqueza diversidade dentro de Amphisbaenia, com 103 espécies distribuídas pela América do Sul e Central. Este estudo tem como objetivo revisar a taxonomia das espécies de Amphisbaena no Pantanal brasileiro, com uso de caracteres de morfologia externa a fim de investigar padrões biogeográficos. Identificamos 301 espécimes depositados nas coleções científicas da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso, que incluem Amphisbaena alba, A. bedai, A. camura, A. hiata, A. leeseri, A. mertensii, A. talisiae, A. vermicularis e Amphisbaena sp. Variação nos caracteres merísticos e morfométricos foi observada para todas as espécies. Os dados de distribuição geográfica atualizados ajudam a identificar espécies sobrepostas que contribuem para uma melhor compreensão da taxonomia e biogeografia de Amphisbaena no Pantanal brasileiro.

        Palavras-chave: Taxonomia, revisão taxonômica, anfisbena.
        “Revisão taxonômica do sapo-de-chifre Proceratophrys boiei (wied-neuwied, 1824) (Lissamphibia, anura, odontophrynidae)”
        Curso Mestrado em Biologia Animal
        Tipo Dissertação
        Data 16/06/2023
        Área ZOOLOGIA
        Orientador(es)
        • Sarah Mângia Barros
        Coorientador(es)
          Orientando(s)
          • Leonardo Castro dos Santos
          Banca
          • Ana Carolina Calijorne Lourenço
          • Carla da Silva Guimarães
          • Felipe Camurugi Almeida Guimarães
          • Maria Clara do Nascimento
          • Nelson Rufino de Albuquerque
          • Sarah Mângia Barros
          Resumo Proceratophrys boiei, uma espécie de sapo-de-chifre, vive camuflada no meio do folhiço
          e ocupa ambientes de Mata Atlântica e algumas áreas de transição com o Cerrado, com distribuição
          nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
          Estudos anteriores, com base em análises moleculares e citogenéticas, encontraram três linhagens
          distintas (Norte 1, Norte 2 e Sul), alocadas sob o táxon de Proceratophrys boiei. No intuito de
          verificar a existência de outras espécies sob o nome P. boiei, realizamos uma revisão taxonômica
          das populações ao longo de toda a distribuição da espécie, avaliando caracteres morfológicos,
          morfométricos, acústicos, e osteológicos de 197 indivíduos (145 machos e 52 fêmeas), provenientes
          de 68 localidades. Conduzimos as análises seguindo as três linhagens encontradas em um estudo
          prévio (N1, N2 e S). Os caracteres de morfologia externa e os parâmetros do canto de anúncio das
          três linhagens apresentam variação e sobreposição, inclusive entre indivíduos da mesma linhagem,
          indicando alto grau de polimorfismo. Contudo, com relação à morfometria, os exemplares do S
          apresentaram a menor média do CRC (46,0 nos machos e 51,6 nas fêmeas) e na análise
          osteológica, observamos que a linhagem N1 apresenta a região do esfenetmóide coberta pelo
          nasal, enquanto N2 e S os nasais não cobrem essa região. Além disso, para a linhagem N2, a
          espessura do ramo zigomático do escamosal é 2,06 vezes maior em relação ao ramo subocular,
          enquanto nas linhagens N1 e S, a espessura é de 1,43 e 1,7 vezes maior, respectivamente. A partir
          dos nossos resultados, aliados às diferenças encontradas entre as três linhagens em estudos
          prévios (com base nos genes 16S, cit b, RAG-1, na citogenética e no condrocrânio de girinos), nós
          revalidamos duas espécies que estavam sinonimizadas com P. boiei, e redescrevemos P. boiei,
          indicando novos caracteres diagnósticos e sua atual distribuição geográfica.
          Comportamentos de uma população de Quati Nasua nasua (Linnaeus, 1766) em áreas pavimentadas de um Parque urbano no Cerrado, Mato Grosso do Sul, Brasil.
          Curso Mestrado em Biologia Animal
          Tipo Dissertação
          Data 15/06/2023
          Área ZOOLOGIA
          Orientador(es)
          • Marcelo Oscar Bordignon
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • Dario Rodrigo Dias da Silva
            Banca
            • Filipe Martins Santos
            • Grasiela Edith de Oliveira Porfirio Petry
            • Jose Rimoli
            • Marcelo Oscar Bordignon
            Resumo O quati (Nasua nasua) é um carnívoro que ocorre por toda América do Sul e possui uma alta plasticidade comportamental, formando bandos sociais tanto em vida livre quanto em áreas alteradas e urbanizadas. Estudos dos comportamentos desta espécie podem fornecer informações importantes e compreender suas características adaptativas ao ambiente urbano. Este estudo teve o objetivo de avaliar as diferenças comportamentais de quatis adultos e jovens e entre seus agrupamentos, quanto ao tempo gasto nas diversas atividades destes animais em áreas pavimentadas. O estudo foi realizado num dos maiores parques da cidade de Campo Grande, centro-oeste do Brasil. Uma área de remanescente de cerrado, com forte grau de urbanização. Os comportamentos dos quatis foram registrados a partir de observações diretas em transectos diários ao longo de toda a área de estudo. O tamanho dos grupos observados variou de 7 a 12 indivíduos nos grupos maiores e de 3 a 6 indivíduos nos grupos menores. A frequência do tempo gasto pelos animais em suas atividades diárias variou ao longo do estudo, distribuindo-se nas atividades de forrageamento (60%), deslocamento (26%), socialização (11%) e descanso (3%). Nossos resultados indicaram haver uma variação na composição dos grupos ao longo do tempo, não havendo membros fixos ou formação de novos grupos por indivíduos nucleadores, tais como machos ou fêmeas dominantes ou dissidentes. Este aspecto pode ser consequência da adaptação às condições de urbanização da área, favorecendo os indivíduos na busca por alimentos, e socialização.

            Palavras-chave: Urbanização, Unidade de conservação, procionídeo, etologia, adaptação.
            Biomarcadores histopatológicos em zebrafish (Danio rerio) usados no biomonitoramento em córregos urbanos de Campo Grande – MS
            Curso Mestrado em Biologia Animal
            Tipo Dissertação
            Data 08/05/2023
            Área ZOOLOGIA
            Orientador(es)
            • Carlos Eurico dos Santos Fernandes
            Coorientador(es)
            • Carla Leticia Gediel Rivero Wendt
            Orientando(s)
            • Bianca Marques Segura
            Banca
            • Alexeia Barufatti
            • Carlos Eurico dos Santos Fernandes
            • Lilian Franco Belussi
            • Lucilene Finoto Viana
            Resumo A biota aquática está constantemente exposta a uma grande quantidade de substâncias tóxicas, provenientes das atividades humanas que vêm alterando os processos físico-químicos e biológicos das fontes de água. No entanto isso contribui para a redução da qualidade ambiental, como também pode comprometer a saúde dos seres vivos que habitam esses ecossistemas. Nesse sentido, o biomonitoramento a partir dos organismos aquáticos (bioindicadores), possibilita a detecção dos efeitos de compostos tóxicos que possam estar presentes no ecossistema aquático. Dessa forma, esse trabalho teve como objetivo utilizar o Danio rerio como bioindicador ambiental para analisar os efeitos da água de diferentes ambientes aquáticos urbanos da cidade de Campo Grande – Mato Grosso do Sul em um sistema de biomonitoramento passivo, comparando a dinâmica temporal de marcadores morfológicos eritrocitários, histológicos branquiais e hepáticos, e a concentração de tióis não protéicos (fragmento muscular) em espécimes expostos e não expostos por 3, 6 e 12 dias de exposição. Todos os córregos apresentaram características qualitativas diferentes referente aos parâmetros físico-químico. A presença de metais como Mn, Zn, Fe, Cr e Al, além do pH, temperatura e nitrito explicaram 35,1% da variância enquanto que sólidos totais, condutividade elétrica, amônia, nitrito e oxigênio dissolvido explicaram 27,6%, por meio da análise de PCA. Espécimes expostos às águas dos três córregos mostraram diferenças significativas entre os controles para a frequência de anormalidades nucleares eritrocitárias, perfil histopatológico branquial e hepático, por meio do índice de alterações histológicas (IAH) e alterações das concentrações de tióis não proteicos (TNP). Nossos resultados suportam estudos anteriores que registram efeitos antrópicos no ambiente aquáticos em córregos urbanos. Três dias de exposição foram suficientes para causar danos morfológicos nos núcleos eritrocitários e histopatológicos branquiais que variaram desde a proliferação, descamação e necrose do epitélio lamelar primário até fusão e aneurismas no epitélio lamelar secundário. No fígado, aos três dias de exposição foram observadas figuras nucleares degenerativas, seguidas por hipertrofia hepatocelular, lipidose e necrose aos 12 dias. O modelo empregado de biomonitoramento permitiu comparar a dinâmica temporal de diferentes marcadores de higidez, utilizando o zebrafish como bioindicador ambiental. Estudos futuros podem aperfeiçoar esse modelo para outros ambientes aquáticos a fim de subsidiar novas abordagens aos estudos de biomonitoramento.
            BETA DIVERSITY PATTERNS OF ANURANS METACOMMUNITIES ALONG DIFFERENT VEGETATION TYPES IN ATLANTIC FOREST OF SOUTHERSTERN BRAZIL
            Curso Mestrado em Biologia Animal
            Tipo Dissertação
            Data 28/04/2023
            Área ZOOLOGIA
            Orientador(es)
            • Diego Jose Santana Silva
            Coorientador(es)
            • Karoline Ceron
            Orientando(s)
            • Carlos Henrique de Oliveira Nogueira
            Banca
            • Caryne Aparecida de Carvalho Braga
            • Diego Jose Santana Silva
            • Elvis Almeida Pereira Silva
            • Francisco Valente Neto
            • Priscila Santos Carvalho
            • Rafaela Vendrametto Granzotti
            Resumo A diversidade beta descreve a variação na composição de espécies entre diferentes locais e é composta por dois componentes, substituição de espécies (turnover) e ganhos ou perdas seletivas (nestedness), que contribuem para a montagem das comunidades por meio de processos como filtragem de nicho e colonização/extinção seletiva. A Contribuição Local para a Diversidade Beta (LCBD) e a Contribuição das Espécies para a Diversidade Beta (SCBD) podem ser usadas para identificar locais e espécies-chave para a conservação. Os anfíbios na Mata Atlântica são particularmente suscetíveis a fatores ambientais e espaciais devido à sua baixa capacidade de dispersão e dependência de diferentes ambientes ao longo de seu ciclo de vida. Estudos anteriores têm examinado o papel das mudanças climáticas históricas e dos fatores geomorfológicos na explicação da diversidade beta filogenética de anfíbios da Mata Atlântica, mas pesquisas mais recentes têm se concentrado na influência de características funcionais em seus padrões de distribuição. Este estudo tem como objetivo investigar os padrões que impulsionam a diversidade beta das metacomunidades de anuros em cinco tipos diferentes de vegetação no norte do estado do Rio de Janeiro. Realizamos levantamentos de campo de comunidades de anfíbios em 16 áreas que abrangem diferentes tipos de vegetação do domínio da Mata Atlântica: Floresta Ombrófila Montana (FOM), Floresta Ombrófila Submontana (FOS), Restinga (RES), Tabuleiro (TAB) e Baixada (BAI). Para cada área de amostragem, extraímos 19 variáveis climáticas do conjunto de dados BioClim, e para cada espécie encontrada, as características funcionais foram caracterizadas com base em registros da literatura e em espécimes coletados anteriormente. Um total de 1087 indivíduos, representando 62 espécies de anuros, foram registrados em 16 áreas. Descobrimos que diferentes tipos de vegetação contribuem de maneira diferente para a LCBD em diferentes escalas. Diferentes espécies também influenciaram as diferentes partições da SCBD. Em geral, a variação na composição de espécies de anuros ao longo do norte do estado do Rio de Janeiro pode ser explicada majoritariamente pela substituição de espécies. RES apresentou a maior riqueza de espécies de anfíbios, mas não foi o tipo de vegetação mais importante para a LCBD, pois compartilha várias espécies com outras áreas. Nesse caso, ambas as partições da LCBD, taxonômica e funcional, foram mais influenciadas por FOM e FOS devido à presença de espécies únicas com características funcionais exclusivas. As partições da SCBD foram influenciadas por diferentes espécies. Enquanto a SCBD taxonômica é influenciada por espécies relativamente comuns, encontradas em pelo menos metade das áreas amostradas, a SCBD funcional é influenciada por espécies raras, encontradas apenas em um local e um tipo de vegetação. Além disso, LCBD taxonômico e LCBD funcional estavam positivamente correlacionadas com as variáveis climáticas, pois áreas com características climáticas semelhantes apresentavam valores de diversidade similares. Os resultados sugerem que preservar diferentes tipos de vegetação é crucial para manter a diversidade de anfíbios, uma vez que diferentes tipos de vegetação contribuem de maneiras diferentes para a diversidade beta local e funcional. Além disso, nosso estudo destaca a importância de considerar tanto a diversidade taxonômica quanto a funcional para compreender a distribuição dos anfíbios na região norte doestado do Rio de Janeiro.
            Análise sazonal do parênquima hepático de (Anura: Hylidae)
            Curso Mestrado em Biologia Animal
            Tipo Dissertação
            Data 11/04/2023
            Área ZOOLOGIA
            Orientador(es)
            • Carlos Eurico dos Santos Fernandes
            Coorientador(es)
            • Classius de Oliveira
            Orientando(s)
            • Luciana Trevizan de Moraes
            Banca
            • Carlos Eurico dos Santos Fernandes
            • Juan Manuel Pérez Iglesias
            • Lia Raquel de Souza Santos
            • Nelson Rufino de Albuquerque
            • Rodrigo Zieri
            Resumo O fígado dos vertebrados é uma glândula responsável pelo processamento e armazenamento de nutrientes, e está envolvido no catabolismo e anabolismo de substâncias, bem como em processos relacionados à detoxificação de poluentes e outros agentes tóxicos. Em anuros, a morfologia dos componentes hepáticos mostra-se diferentes entre algumas espécies. Os anuros possuem em seu tecido hepático células pigmentadas denominadas melanomacrófagos que acumulam quantidades variáveis de melanina, lipofuscina e hemossiderina, além de glicogênio, um polissacarídeo energético acumulado no citoplasma. O objetivo deste estudo foi analisar a estrutura hepática, bem como os pigmentos e o conteúdo de glicogênio em Dendropsophus minutus, pertencente à família Hylidae, coletados ao longo de um ano. Foram analisados dados biométricos (massa corporal, comprimento rostro-cloacal, índice de massa escalonada e índice hepatossomático), estereométricos (densidade volumétrica estrutural hepática) e histométricos (área e volume celulares e nucleares dos hepatócitos), além dos conteúdos de glicogênio e pigmentos do MMC. Os resultados mostraram diferenças significativas nas análises biométricas (massa e comprimento rostro-cloacal), enquanto heterogeneidade foi observada para a massa escalonada e índices hepatossomáticos. A densidade dos hepatócitos foi menor nos meses mais quentes e úmidos (entre novembro e março), em contraste com a densidade sinusoidal, que foi maior nos meses de verão, juntamente com a densidade de ductos biliares. A morfometria hepatocelular apresentou maior área e volume celular e nuclear nos meses de maio e abril (frio e seco). As análises histoquímicas não mostraram diferença anual significativa. Portanto, podemos concluir que os componentes hepáticos de Dendropsophus minutus aqui estudados são influenciados pela variação sazonal ao longo de um ano.
            Palavras-chave: Anfíbios, Biometria, Melanomacrófagos, Pigmentação, Glicogênio, Sazonalidade.
            Dieta de aves frugívoras em uma área urbana no Pantanal de Mato Grosso do Sul
            Curso Mestrado em Biologia Animal
            Tipo Dissertação
            Data 10/04/2023
            Área ZOOLOGIA
            Orientador(es)
            • Rodrigo Aranda
            Coorientador(es)
            • Camila Aoki
            Orientando(s)
            • Gilson Lucas Xavier De Oliveira
            Banca
            • Jose Ragusa Netto
            • Mauricio Neves Godoi
            • Rodrigo Aranda
            • Rogerio Rodrigues Faria
            • Rudi Ricardo Laps
            • Sergio Roberto Posso
            Resumo O processo de urbanização diminui faixas de vegetação ao longo do gradiente urbano, modificando padrões de frugivoria e interação de ave-planta. Considerando que áreas urbanas tendem a se expandir, há necessidade de verificar o papel de plantas nativas e exóticas na alimentação das aves nesse ambiente. Nesta perspectiva, identificamos quais espécies de aves consomem tais frutos, e analisamos o papel e a frequência de consumo de plantas nativas e exóticas na rede de interações. Por fim, selecionamos as espécies de plantas mais adequadas para conservar a diversidade de aves no ambiente urbano do município de Miranda, localizado no Pantanal de Mato Grosso do Sul. As amostragens foram realizadas entre novembro de 2021 e maio de 2022, ao longo de cinco dias a cada mês, por meio de parcelas e observações focais, totalizando um total de 360 horas de observações. Registramos e identificamos 29 espécies de plantas, 28 espécies de aves e um total de 743 eventos de frugivoria, sendo 396 interações de aves com plantas exóticas e 347 interações de aves com plantas nativas. A maioria das espécies de aves registradas foi generalistas apresentando uma alta potencialidade de dispersão de sementes, incluindo representantes das famílias Cracidae (1 espécie), Thraupidae (3 espécies), e Ramphastidae (1 espécie). Também foram registradas espécies de Psitacídeos (11 espécies), atuando como dispersores e principalmente como predadores de sementes. A composição florística é mista, resultado da presença de espécies típicas do Cerrado e Pantanal (48%) e espécies exóticas (52%), onde a maioria das espécies registradas é do componente arbóreo (50%), seguido por arbustivo (30%), e palmeiras (20%). A rede de interações apresentou padrão aninhado, com interações assimétricas, de várias espécies de aves e plantas nativas e exóticas interagindo entre si, não havendo a formação de modularidade. Na rede de interações houve pouca diferença estatística no consumo de frutos de espécies nativas e exóticas (ANOSIM, R = 0,136; p= 0,1166), ocorrendo uma pequena diferença significativa na frequência do uso dos frutos dessas plantas (Qui2 = 69.193; p = 0.0712), sendo maior o consumo de plantas exóticas pelas aves, porém uma interação, com o maior número de aves visitando plantas nativas. Assim, os valores de interação são pouco significativas, para plantas nativas (Z= - 6,185; p > 0,01) e exóticas (Z= - 5,868; p > 0,01), havendo uma tendência decrescente ao longo do tempo, onde a diferença do uso de plantas nativas e exóticas em eventos de frugivoria são relativamente baixas. O estudo revela que aves não têm preferência por frutos nativos ou exóticos, consomem a partir da disponibilidade delas, assim ambas as plantas são importantes na alimentação dessas aves. Diante disso as espécies zoocóricas mais adequadas para conservar a diversidade de aves e a restauração de áreas degradadas na área urbana, são as que aparecem evidentemente em eventos de frugivoria, como as embaúbas (Cecropia pachystachya), as mangueiras (Mangifera indica), as goiabeiras (Psidium guajava), as aceroleiras (Malpighia emarginata), as figueiras (Ficus benjamina), as amendoeiras (Terminalia catappa), as bocaiuveiras (Acrocomia aculeata) e as laranjeiras (Citrus sinensis). Desta maneira, áreas verdes espalhadas na área urbana são essências para a manutenção da avifauna, principalmente quando seus habitats estão sendo cada vez mais degradados.
            Resposta da fauna de insetos associados à serrapilheira em relação a diferentes estágios de recuperação no Cerrado
            Curso Mestrado em Biologia Animal
            Tipo Dissertação
            Data 10/04/2023
            Área ZOOLOGIA
            Orientador(es)
            • Rodrigo Aranda
            Coorientador(es)
              Orientando(s)
              • Thalita Moraes Miranda Ribeiro de Souza
              Banca
              • Camila Aoki
              • Lucas Silveira Lecci
              • Ramon Jose Correa Luciano de Mello
              • Rodrigo Aranda
              • Tatiane do Nascimento Lima
              Resumo O estudo testou o efeito do tempo de recuperação de uma área na composição de insetos
              de solo e avaliou a composição e restabelecimento de comunidades de insetos de
              serrapilheira em áreas com diferentes níveis de perturbação. O estudo foi conduzido em
              uma propriedade privada no município de Ribas do Rio Pardo, Estado de Mato Grosso do
              Sul, esta conta com áreas em três diferentes estágios sucessionais de recuperação natural
              do Cerrado: (1) áreas de pastagens com uso intenso e moderado; (2) áreas que
              anteriormente foram pastagens, mas devido à falta de uso se recuperam naturalmente e
              estão há aproximadamente 15 anos sem a intervenção humana; (3) bem como áreas
              preservadas compostas por dois grandes remanescentes, no qual um deles é uma Reserva
              Particular do Patrimônio Natural (RPPN). A coleta única foi realizada no período chuvoso
              e para cada área delimitou-se 10 parcelas com quatro armadilhas do tipo pittfull em cada.
              Os insetos foram identificados até nível família e para cada parcela amostrada, foi realizada
              a amostragem de biomassa dos indivíduos. Para detectar as diferenças entre as famílias e
              suas respectivas biomassas, foi realizado um teste não paramétrico de Kruskal-Wallis.
              Para análise de semelhanças da composição dos taxa, foi realizado o teste ANOSIM.
              Foram coletadas 67 famílias de insetos adultos e 7 subfamílias de formigas, sendo
              Formicinae o grupo com maior biomassa. Nosso estudo também mostrou que a área com
              maior diversidade taxônomica e de grupos funcionais foi a área intermediária de
              regeneração, o que pode ser respondido pela teoria do distúrbio intermediário. Portanto,
              concluímos que a heterogeneidade de um ambiente é importante para diversidade de
              espécies e dos grupos funcionais e ressaltamos a importância de futuros estudos na área.
              Caracterização morfológica e genotípica de Haemogregarina sp. (Adeleina: Haemogregarinidae) em Phrynops geoffroanus (Chelidae: Testudines) capturados no município de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil
              Curso Mestrado em Biologia Animal
              Tipo Dissertação
              Data 10/02/2023
              Área ZOOLOGIA
              Orientador(es)
              • Luiz Eduardo Roland Tavares
              Coorientador(es)
              • Carina Elisei de Oliveira
              Orientando(s)
              • Nicolle Batista Faria Prado
              Banca
              • Felipe Bisaggio Pereira
              • Gustavo Graciolli
              • Marcelo Oscar Bordignon
              • Priscilla Soares dos Santos
              • Rubens Riscala Madi
              Resumo Estudos com parasitos tartarugas de água doce ainda são poucos avaliados, constituindo importância especial para o manejo e conservação das espécies, além também, conhecer fauna parasitária é de grande relevância do ponto de vista evolutivo, pois pode ajudar a entender as relações parasito-hospedeiro. Desta forma, o nosso trabalho foi dividido em duas partes, sendo a primeira uma revisão bibliográfica sobre o estado da arte em relação à distribuição mundial da ocorrência de espécies de hemoparasitos em espécies de tartarugas de água doce (hospedeiros). A segunda parte teve como objetivo caracterizar morfologicamente, morfometricamente e genotipicamente os hemoparasitos da ordem Adeleina parasitos de Phrynops geoffroanus capturados em ambiente periurbano no município de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil. Trinta espécimes de P. geoffroanus foram capturados e tiveram amostras sanguíneas coletadas para a realização de esfregaços sanguíneos e para a extração de DNA de seus hemoparasitos. Um espécime que veio a óbito durante o processo de captura e coleta das amostras sanguíneas foi necropsiado e teve fragmentos de seus diferentes órgãos analisados em cortes histológicos. Nas amostras sanguíneas foram observados gametócitos eritrocíticos compatíveis com os representantes de Adeleina. Merontes contendo merozoítos foram observados em cortes histológicos de músculo estriado sanguíneo. As sequências de DNA obtidas foram alinhadas com sequências de Haemogregarina e Hepatozoon disponíveis no GenBank e uma árvore filogenética de máxima verossimilhança foi construída. As características morfológicas, morfométricas e genotípicas sugerem que as amostras obtidas pertencem a uma nova espécie do gênero Haemogregarina. Entretanto, a observação de outros estágios de desenvolvimento eritrocítico assim como a análise de um maior número de sequências é necessária para que uma nova espécie possa ser proposta.
              Diversidade cromossômica no gênero Micrathena Sundevall, 1833 (Araneae, Araneidae)
              Curso Mestrado em Biologia Animal
              Tipo Dissertação
              Data 24/10/2022
              Área ZOOLOGIA
              Orientador(es)
              • Douglas de Araujo
              Coorientador(es)
                Orientando(s)
                • Caroline Correia da Costa
                Banca
                • Douglas de Araujo
                • Edihanne Gamarra Arguelho
                • Margarida Maria de Rossi Vieira
                • Marielle Cristina Schneider
                • Matheus Pires Rincão
                • Viviane Fagundes de Mattos
                Resumo As aranhas constituem um grupo megadiverso, atualmente com 50.224 espécies descritas taxonomicamente, divididas em 132 famílias, sendo que centenas de novas descrições são feitas a cada ano. Apesar da enorme diversidade, apenas 849 espécies de aranhas foram estudadas do ponto de vista cromossômico, o que representa apenas 1,7% de todas as espécies conhecidas taxonomicamente. O número diplóide na ordem varia de 2n♂ = 5, em Afrilobus sp. (Orsolobidae), a 2n♂ = 152 em Caponia natalensis (O. Pickard-Cambridge, 1874), e a morfologia cromossômica predominante é acro/telocêntrica e o sistema cromossômico sexual (SCS) mais comum é do tipo X1X2 nos machos e X1X1X2X2 nas fêmeas. A citogenética fornece dados como número diplóide, morfologia cromossômica, tipo de SCS, comportamento dos cromossomos na meiose, padrão de distribuição de regiões de cromatina específicas, entre outras, que podem ser usadas na comparação entre espécies.
                Análise descritiva histológica e densidade volumétrica estrutural do tecido renal e esplênico em Boana raniceps (Anura: Hylidae)
                Curso Mestrado em Biologia Animal
                Tipo Artigo Científico
                Data 19/08/2022
                Área ZOOLOGIA
                Orientador(es)
                • Carlos Eurico dos Santos Fernandes
                Coorientador(es)
                • Lilian Franco Belussi
                Orientando(s)
                • Brenda de Oliveira Martins
                Banca
                • Carlos Eurico dos Santos Fernandes
                • Classius de Oliveira
                • Fernanda Cristina Alcantara dos Santos
                • Juan Manuel Pérez Iglesias
                • Rodrigo Zieri
                Resumo Os anuros são considerados bioindicadores ambientais devido às características como pele
                permeável e ciclo de vida dependente dos ambientes aquáticos e terrestres, sendo que
                alterações no sistema imune são consideradas biomarcadores de efeito de alterações
                ambientais. Assim, é importante o conhecimento sobre seu sistema hematopoiético e seus
                principais órgãos. Em anuros, o sistema é constituído pela medula óssea, o baço e o rim.
                Poucos são os estudos que abordam esse tema, e menos ainda são as descrições a
                respeito da histologia desses órgãos. Diante disso este trabalho propõe fazer uma descrição
                histológica e analisar a densidade volumétrica estrutural do tecido renal e do tecido
                esplênico de Boana raniceps, a fim de obter conhecimento sobre como organizam-se suas
                estruturas e composição celular, e sobre a histologia nessa espécie. Dessa forma, pretende-
                se contribuir para o entendimento das relações entre esses órgãos e suas constituições em
                anuros. Para isso, foram analisados 17 indivíduos machos adultos de Boana raniceps
                coletados na Base de Estudos do Pantanal (BEP-UFMS) entre os meses de outubro a
                março de 2018/2019. Os órgãos foram pesados, processados por técnica histológica e
                analisados por testes estatísticos. As secções foram coradas com Hematoxilina e Eosina
                (H&E), Ácido Periódico de Schiff (PAS), Tricrômico de Masson (TM), Reticulina (método de
                Gomori) e May-Grünwald-Giemsa-Wright (MGGW). Para o baço e o rim foi feita a densidade
                volumétrica estrutural por meio de softwares, além de calculado o índice esplenossomático
                (IES) para o baço, e o índice renossomático para o rim (IRS). O peso médio dos indivíduos
                foi de 11,4 ±1,5g, e o tamanho médio (CRC) foi de 5,9 ±0,3 cm. O IRS representou 0,42% e
                IES em torno de 0,14%, do peso do indivíduo. As estruturas mais predominantes nos rins
                foram túbulos contorcidos proximais (TCP) e túbulos contorcidos distais (TCD) com 60,4 e

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                16,8%, respectivamente. No baço, a estrutura mais predominante foi a polpa vermelha com
                79%, seguida da polpa branca com 12,2%. O IRS de B. raniceps apresentou correlação
                negativa com o peso do individuo, indicando que o desenvolvimento renal estabiliza em
                determinado período da fase adulta. A relação positiva entre o peso corporal e o CRC indica
                que o animal continua crescendo e ganhando peso mesmo na fase adulta. A correlação
                negativa entre TCP e TCD, evidencia a função de manter o equilíbrio hídrico no ambiente
                terrestre, visto que o TCP é a estrutura responsável por reabsorver a água do filtrado
                glomerular. Esses parâmetros renais e esplênicos aqui descritos em B. raniceps podem
                direcionar futuros estudos que visam avaliar alterações nesses órgãos em anuros, bem
                como sugerem a utilização de técnicas tanto histológicas, quanto de densidade volumétrica
                estrutural para essa avaliação.
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