Estudo taxonômico de Senopterina Macquart, 1835 (Diptera, Platystomatidae) |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/02/2019 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
- Ramon Jose Correa Luciano de Mello
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- João Paulo Vinicios Rodrigues
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Banca |
- Alessandre Pereira Colavite
- Gustavo Graciolli
- Kirstern Lica Follmann Haseyamaa
- Lisiane Dilli Wendt
- Ramon Jose Correa Luciano de Mello
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Resumo |
Senopterina pertencente à família Platystomatidae, o gênero é atualmente composto por 15 espécies com distribuição restrita ao Novo Mundo. Podem ser reconhecidos por apresentarem tamanho corpóreo de 04—15mm, coloração castanho clara a preto, fronte nua ou coberta por pequenas cerdas branco-amarelada, tórax com reflexos metálicos variando do azul, verde a violeta e asas hialinas com um padrão de manchas em banda a partir da Sc até M, base da asa exceto a álula, br, região basal da r4+5, dm-cu, com ou sem mancha escura se iniciando na veia r-m estendendo até a margem superior da asa. Neste trabalho é apresentado um estudo taxonômico das espécies de Senopterina que ocorrem no Brasil. Foram redescritas as espécies S. brevipes, a distribuição dessa espécie foi ampliada para os estados do Acre, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Santa Catarina e Tocantins, e S. macularis, a distribuição desta espécie foi ampliada para os estados do Amapá, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. Três novas espécies foram descritas para o Brasil, Senopterina sp. nov. 1 para as localidades de Amapá, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rondônia, Senopterina sp. nov. 2 para as localidades de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia e Senopterina sp. nov. 3 para as localidades de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Roraima, também foi apresentada uma chave dicotômica para estas cinco espécies. |
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Artropofauna em ninhos de arara-azul no Pantanal do Miranda |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
27/02/2019 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
- Neiva Maria Robaldo Guedes
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Orientando(s) |
- Vivian Ayumi Fujizawa Nacagava
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Banca |
- Gláucia Helena Fernandes Seixas
- Gustavo Graciolli
- Rodrigo Aranda
- Silvio Favero
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Resumo |
Ninhos de aves são considerados micro-habitats para artrópodes, podendo ser
explorados diversas espécies. O objetivo desse trabalho foi descrever a comunidade
de artrópodes presentes na cama do ninho de arara-azul, além de verificar se há
diferenças na riqueza e composição de espécies de artrópodes na cama de ninhos
naturais e artificiais, antes e durante o período reprodutivo; se há diferenças na
composição quanto à espécie de ave que está ocupando a ninho, a espécie arbórea
onde o ninho está inserido e ao tipo de local onde o ninho está localizado; e se a
distância entre os ninhos influencia na composição de artoprodes dos ninhos. Para
isso foram realizadas coletas das camas dos ninhos naturais e artificiais de ararasazuis, no Refúgio Ecológico Caiman, Miranda, MS, Brasil, no ano de 2017, durante os
períodos não reprodutivo (maio e junho) e reprodutivo (novembro e dezembro). Para
tanto, amostramos 18 ninhos artificiais e 18 de ninhos naturais, e 21 ninhos artificiais
e 18 ninhos naturais, respectivamente. Foram encontrados 6774 indivíduos,
pertencentes a 59 morfotipos, sendo a Coleoptera a ordem mais rica e o
Ologamasidae (Acari) o morfotipo mais abundante. A comunidade não apresentou
diferenças de riqueza e similaridade entre os tipos e os fatores analisados. Com, com
isso o micro-habitat da cavidade e a adição de matéria orgânica, são fatores mais
importantes para a comunidade de artrópodes nos ninhos de arara-azul.
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Hershkovitzia Guimarães & D’Andretta, 1956 (Diptera, Nycteribiidae): Revisão taxonômica, filogenia e associação histórica de seus hospedeiros |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
25/02/2019 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- ANALIA GLADYS AUTINO
- Claudio José Barros de Carvalho
- Gustavo Graciolli
- Ramon Jose Correa Luciano de Mello
- Ricardo Guerrero
- Ronaldo Toma
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Resumo |
Hershkovitzia Guimarães & D’Andretta pertence à Nycteribiidae, onde
seus indivíduos são hematófagos e exclusivamente ectoparasitas de morcegos. Seus
indivíduos são encontrados na Região Neotropical. Hershkovitzia parasitam morcegos da
família Thyropteridae, na qual está incluído apenas Thyroptera Spix, 1823. Acreditava-se
que Hershkovitzia apresentavam um padrão de associação 1:1 com seus hospedeiros,
exceto por H. cabala e Hershkovitzia sp. nov. 2 que compartilham o mesmo hospedeiro. O
objetivo do primeiro capítulo foi em realizar a revisão taxonômica das espécies conhecias
atualmente para o gênero, H. primitiva Guimarães & D’Andretta, 1956, H. coeca Theodor,
1967, H. inaequalis Theodor, 1967 e H. cabala Peterson & Lacey, 1985. A aquisição do
material foi através de empréstimos de coleções científicas nacionais e estrangeiras. Uma
chave dicotômica de identificação é apresentada após a redescrição do gênero, elaborada a
partir dos principais caracteres diagnósticos das estruturas externas de cada espécie. Para
cada espécie são apresentados desenhos esquemáticos do abdome, cabeça e pernas.
Foram descritas duas novas espécies. O objetivo do segundo capítulo foi testar a monofilia
de Hershkovitzia, hipotetizar as relações filogenéticas entre as espécies de Hershkovitzia e
hipotetizar os eventos que geraram o atual padrão de associação entre as espécies de
Hershkovitzia e Thyroptera. A matriz foi realizada através de levantamentos de caracteres
morfológicos e as análises de parcimônia foram realizadas no software Tree Analysis Using
New Technology (TNT 1.1). Para a associação histórica dos parasitos com seus
hospedeiros, foi necessário a filogenia de Thyroptera e para isso, foi modificada a matriz de
caracteres apresentada por Solari et al. (2004). Para as análises cofilogenéticas, foi utilizado
o software JANE 4.0. Hershkovitzia se apresentou monofilético, assim como também
Thyroptera. Como não se sabe o hospedeiro de H. coeca, foram confeccionados cinco
conectogramas, ligando H. coeca com cada espécie de Thyroptera. Em cada cenário
coevolutivo hipotético, geraram apenas uma solução, em todos eles indicam que
Hershkovitzia surgiu com o ancestral hipotético de Thyroptera e 50% dos eventos ocorridos
foram de coespeciação.
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Parâmetros histológicos e histométricos do rim exócrino de piranhas Pygocentrus nattereri (Characiformes: Serrasalmidae) provenientes do Pantanal sul-mato-grossense |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
25/02/2019 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
- Carlos Eurico dos Santos Fernandes
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Sandriely Fernanda Marcondes
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Banca |
- Carlos Eurico dos Santos Fernandes
- Classius de Oliveira
- Fernando Rogerio de Carvalho
- Marciana Sanabria
- Mario Kurtz Filho
- Robson Andrade Rodrigues
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Resumo |
Pygocentrus nattereri (Characiformes: Serrasalmidae) é um peixe neotropical e no Brasil são
conhecidos como piranha, piranha vermelha e piranha amarela. P. nattereri é considerada
uma espécie abundante na bacia hidrográfica do Pantanal e pode ser encontrada por entre
a vegetação aquática durante o período reprodutivo. A região do Pantanal é considerada
uma das áreas úmidas mais extensas do planeta e possui um grande volume de
precipitação distribuída em poucos meses, favorecendo pulsos de inundação, aumentando a
riqueza e a abundância de peixes.Essas mudanças sazonais no ambiente podem alterar os
mecanismos fisiológicos dos peixes e causar alterações nas brânquias, fígado, baço e rins.
As principais funções da porção exócrina do rim estão relacionadas à osmorregulação,
excreção e hematopoiese, tornando este órgão suscetível a alterações ambientais. Além
disso, não há estudos sobre a morfologia renal em P. nattereri nem relacionados a
diferenças entre machos e fêmeas, nem em relação a mudanças nas variações sazonais.
Além disso, poucos estudos demonstraram características histológicas quantitativas, ou
seja, características como densidade estrutural volumétrica e histomorfometria tecidual.
Essas técnicas, seguindo a histologia clássica, podem contribuir para novos conhecimentos
sobre a fisiopatologia renal dos peixes. Assim, o objetivo deste estudo foi descrever a
histologia e morfologia do rim exócrino em P. nattereri utilizando técnicas histométricas
quantitativas. |
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Análise cromossômica em aranhas do gênero Micrathena Sundevall 1833 (Araneidae) |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
22/02/2019 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
- Marielle Cristina Schneider
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Orientando(s) |
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Banca |
- Ana Lúcia Dias
- André Marsola Giroti
- Diego Jose Santana Silva
- Diovani Piscor
- Douglas de Araujo
- Viviane Fagundes de Mattos
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Resumo |
Araneidae é a terceira maior família da ordem Araneae quanto ao número de espécies
descritas taxonomicamente e citogeneticamente. Micrathena é um dos 175 gêneros desta família, é
exclusivo das Américas/Caribe, bastante especioso composto por aranhas com espinhos que possuem
dimorfismo sexual bem evidente. Atualmente, as espécies desse gênero estão separadas em 12 grupos.
O objetivo deste trabalho foi analisar sete espécies de Micrathena a fim de verificar se os grupos de
espécies também possuem características cromossômicas que os distinguem entre si e discutir a
evolução cromossômica no gênero. As preparações cromossômicas foram obtidas de gônadas, fixadas
em lâminas e posteriormente submetidas à coloração convencional com Giemsa 3%, bandamento C,
impregnação pelo nitrato de prata (Ag-RON) e hibridização in situ fluorescente (FISH) com sonda de
rDNA 18S. Além disso, foram realizadas as medidas do comprimento diploide total do cariótipo
(TCL). Os resultados mostraram que houve uma variação de 4,6 vezes no número diploide entre as
espécies analisadas e, uma diversificação na morfologia cromossômica. Micrathena plana revelou ter
2n♂ = 11 = 10 + X, o menor número diploide encontrado entre as aranhas da superfamília Araneoidea
e Sistema Cromossômico Sexual (SCS) pouco comum para a família. Micrathena excavata apresentou
2n♂ = 24 = 22 + X1X2, em ambos os casos a morfologia cromossômica foi exclusivamente
metacêntrica. Micrathena macfarlanei, por sua vez mostrou 2n♀ = 32, com cariótipo contendo 18
cromossomos telocêntricos e 14 metacêntricos. Os resultados encontrados corroboram com a formação
do clado composto por estas espécies, ou seja, com números diploides mais baixos quando
comparadas com as demais e com cromossomos com dois braços. Micrathena swainsoni mostrou 2n♂
= 46 = 42 + X1X2X3X4, Micrathena perfida 2n♀ = 52, Micrathena spinosa 2n♀ = 54 e Micrathena
crassispina 2n♂ = 50 = 46 + X1X2X3X4 e um macho revelou 2n♂ = 51 = 46 + X1X2X3X4X5. Estas
espécies apresentaram números diploides altos e morfologia exclusivamente telocêntrica, sendo que o
2n♂ = 51 encontrado em M. crassispina é o maior número diploide em Araneidae. Os SCS dos tipos
X1X2X3X4 e X1X2X3X4X5 são extremamente raros em aranhas. Apenas em M. crassispina, M. perfida,
M. spinosa e M. swainoni o bandeamento C mostrou marcações tênues de heterocromatina constitutiva
nas regiões proximal e distal de alguns cromossomos. Todas as espécies, exceto M. excavata,
apresentaram resultados positivos quanto submetidas a técnica de Ag-RON. Em M. macfarlanei, M.
swainsoni, M. spinosa e M. crassispina as marcações ocorreram na região terminal de dois
cromossomos e em M. plana estas foram encontradas em três cromossomos do cariótipo, sendo que
um deles, as marcações foram visualizadas nos dois braços cromossômicos. A técnica de hibridização
in situ fluorescente (FISH) com sonda de rDNA 18S confirmou os resultados obtidos com a impregnação pelo íon prata, revelando sítios de rDNA em três cromossomos de M. plana, sendo um deles nas duas extremidades, e dois cromossomos de M. swainsoni. Os resultados de FISH utilizando a sonda de rDNA 18S, são os primeiros em Araneidae. Os TCLs não foram estatisticamente diferentes
(Kruskal–Wallis, p = 0,4412), indicando que os rearranjos cromossômicos em Micrathena não envolveram perda ou ganho significativo de material genético. Foi proposta uma hipótese para a origem dos cariótipos observados em M. swainsoni, M. crassispina, M. excavata e M. plana, a partir do cariótipo mais frequente em Araneoidea 2n♂ = 24 = 22 + X1X2 com cromossomos telocêntricos. |
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The effects of phylogeny, morphology, and prey availability on the partitioning of trophic resources in an anuran community |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
22/02/2019 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Denise De Cerqueira Rossa Feres
- Diego Jose Santana Silva
- Fabio de Oliveira Roque
- Francis Luiz Santos Caldas
- MICHEL VARAJAO GAREY
- TIAGO GOMES DOS SANTOS
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Resumo |
Anuros são considerados modelos para estudos de ecologia de comunidades. Uma das razões é que, durante a estação chuvosa, diferentes espécies colonizam o mesmo habitat e podem dividir os recursos disponíveis com outras espécies. A maioria dos anuros são considerados predadores generalistas e sua dieta tende a refletir a disponibilidade de presas. Geralmente as diferenças observadas nos valores de sobreposição de nicho trófico encontradas são explicadas pelo tamanho do anuro e pelas categorias taxonômicas das presas. No entanto, os padrões de particionamento de recursos também podem ser explicados com base nas características das linhagens evolutivas da comunidade. Assim, testamos se os valores de sobreposição de nicho trófico são influenciados direta ou indiretamente via morfometria ou por uma ancestralidade comum (filogenia). Considerando que avaliamos a disponibilidade de presas neste estudo, testamos se a incorporação de dados de disponibilidade altera os valores de sobreposição entre as espécies. Em geral, não encontramos efeito de filogenia e morfometria na partição de recursos tróficos na comunidade estudada. Provavelmente na escala em que estudamos, a disponibilidade de recursos e o impacto do indivíduo no ambiente podem ser mais importantes em determinar a partição dos recursos tróficos. Isso se acentua principalmente no caso dos anuros, onde a maioria das espécies é considerada predadora generalista. Além disso, a abordagem que utilizamos revelou que a inclusão dos dados de disponibilidade e similaridade do recurso altera significativamente os valores de sobreposição entre as espécies. Este resultado sugere que pelo menos parte da discussão atual sobre a sobreposição de nicho trófico em anuros pode mudar se incorporarmos dados de disponibilidade e similaridade de presas. |
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Selection of reproductive microhabitats by Boana punctata (Anura: Hylidae) males in an urban area of midwest Brazil |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
21/02/2019 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- André Pansonato
- Franco Leandro de Souza
- Leonardo Felipe Bairos Moreira
- Liliana Piatti
- Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos
- Vanda Lucia Ferreira
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Resumo |
It is important for many animals to select a suitable reproductive microhabitat, since its
environmental traits may influence reproductive success. In this way, most species of anurans
require very specific reproductive resources, exhibiting preferences for microhabitats with
specific characteristics. The choice of specific sites for breeding may be influenced by biotic
and abiotic factor of environment. The selection of reproductive microhabitats is one of the
most important components in the natural history of anurans, and understanding how decisions
are made by these animals or what resources guide their choices are good questions to be
studied. In this work we characterized the reproductive microhabitat used by individuals of
Boana punctata; evaluated whether males of B. punctata choose reproductive microhabitats
non-randomly; investigated which environmental features modulate the choice of reproductive
microhabitat and analyzed whether the choice of reproductive microhabitat is different for
males that achieve spawning. Our results suggest that vegetation structure is important for B.
punctata males to select reproductive microhabitats. All analyses showed that males chose
microhabitats with higher height than randomly available in the habitat. Univariate tests showed
a higher vegetation density at occupied than available places, although these differences
disappeared when considering the individual as a random factor in the conditional logistic
regression model. |
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História natural de anuros (Amphibia) na diagonal de formações abertas da América do Sul: Dieta, dimorfismo sexual e fecundidade |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
30/05/2018 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Vanessa Gonçalves Ferreira
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Banca |
- Camila Chiamenti Both
- Diego Jose Santana Silva
- Francis Luiz Santos Caldas
- Franco Leandro de Souza
- MIRCO SOLE KIENLE
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Resumo |
Estudos com história natural de anfíbios que explorem a biologia das espécies na região neotropical são escassos e pontuais quando comparados à grande diversidade do grupo. Além disso, geralmente não levam em consideração a heterogeneidade de ambientes em que uma única espécie pode ocorrer. Diante deste panorama nossos objetivos foram estudar como os diferentes biomas da Diagonal de Formações Abertas da América do Sul (DFAAS) podem influenciar diferentes aspectos da história natural de Leptodactylus chaquensis, Boana raniceps e Dendropsophus nanus. Para a dieta de L. chaquensis e B. raniceps encontramos Coleoptera como o item mais representativo para todos os biomas enquanto que em D. nanus a dieta variou entre os itens alimentares. Entretanto, com base nas análises, os resultados indicaram que a dieta das três espécies não foi influenciada pelos biomas da DFAAS. Isso sugere que a dieta pode estar mais relacionada com características intrínsecas da espécie, como por exemplo o modo de forrageio e o comportamento da presa e do predador. Quanto ao dimorfismo sexual, encontramos diferença na morfometria com fêmeas maiores que os machos de L. chaquensis para o Chaco. Já para B. raniceps não encontramos dimorfismo para nenhum bioma e em D. nanus encontramos machos maiores que fêmeas para o Chaco e Pantanal. Os machos de D. nanus podem ter sido maiores devido a seleção sexual ou seleção natural, enquanto que as fêmeas podem ter sido maiores porque Cerrado e Caatinga são mais secos sazonalmente e, portanto, as fêmeas precisariam investir mais energia na produção de maiores desovas para um único evento reprodutivo. Do mesmo modo, essas características também influenciaram o número de ovócitos de L. chaquensis, em que fêmeas desta espécie do Cerrado e Caatinga apresentaram um maior número de ovócitos. Boana raniceps não apresentou diferenças na fecundidade e isso pode estar relacionado ao histórico evolutivo da espécie. Visto isso, nosso trabalho mostrou que alguns aspectos da história natural das espécies estudadas são influenciados pelos biomas da DFAAS. Dessa forma é importante que as lacunas de conhecimento que levam em consideração essas variações entre as populações sejam preenchidas, principalmente para servirem de subsídio para estudos futuros que comparem outros grupos animais. |
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Metazoários parasitos de Gymnogeophagus balzanii (Perugia, 1891) (Perciformes: Cichlidae) no Pantanal de Mato Grosso do Sul, Brasil |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
03/05/2018 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
- Luiz Eduardo Roland Tavares
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Fernando de Almeida Borges
- Gustavo Graciolli
- Luiz Eduardo Roland Tavares
- Ricardo Massato Takemoto
- SIMONE CHINICZ COHEN
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Resumo |
O presente estudo buscou analisar e contribuir para o conhecimento parasitológico em
ciclídeos, dessa forma na primeira parte dessa dissertação foi feito uma analise dos
estudos publicados até o momento destacando os principais grupos de helmintos já
registrados em hospedeiro dessa família, as principais regiões hidrográficas com estudos
nesse aspecto e as espécies de hospedeiros da família mais estudadas. Na segunda
parte foi feito um estudo sobre a fauna parasitária de Gymnogeophagus balzanii coletados
no Pantanal de Mato Grosso do Sul. A terceira parte foi à descrição de uma nova espécie
de Raphidascaris (Sprentascaris) encontrada no estudo parasitológico com G. balzanii
provenientes do Pantanal de Mato Grosso do Sul. O estudo identificou que os estudos
sobre a fauna parasitária em ciclídeos no Brasil são incipientes tendo em vista que
poucas espécies da família foram estudadas nesse aspecto e em muitas regiões
hidrográficas não existem estudos ou existem muito poucos estudos, e atualmente pode
se identificar uma centralização dos estudos em alguns gêneros de hospedeiros e em
algumas regiões hidrográficas. Tendo em vista esse panorama o estudo parasitário feito
com G. balzanii contribuiu positivamente para o conhecimento sobre parasitos de
ciclídeos no Brasil, visto que o estudo identificou novos registros de parasitismos para o
gênero e um para a família no Brasil, e uma contribuição sobre parasitismo em ciclídeos
no Pantanal de Mato Grosso do Sul, sendo que até o momento não existe nenhum
trabalho na região. Além disso, o principal resultado do presente trabalho foi a descrição
de uma nova espécie de nematoide. |
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Nova espécie de Henneguya parasita das brânquias de Pygocentrus nattereri (Kner, 1858) (Characiformes:Serrasalmidae) no Pantanal do Mato Grosso do Sul, Brasil |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
03/05/2018 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
- Luiz Eduardo Roland Tavares
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Carlos Eurico dos Santos Fernandes
- Felipe Bisaggio Pereira
- Luiz Eduardo Roland Tavares
- Mauricio Laterça Martins
- TIAGO MILANIN
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Resumo |
Considerados como os parasitas mais comuns em peixes, os mixosporídeos causam prejuízos em espécies economicamente importantes. Os mixosporídeos já foram considerados protozoários, porém passaram a ser incluídos nos metazoários e, atualmente a teoria mais aceita é que eles pertençam ao filo Cnidaria. Henneguya é o segundo maior gênero em número de espécies dentro da família Myxobolidae, com cerca de 204 espécies descritas atualmente. O ciclo de vida é simples, com um hospedeiro vertebrado, geralmente peixes e um hospedeiro invertebrado, geralmente oligoquetas do Filo Annelida. Seguindo a linha de pesquisa de duas sinopses previamente realizadas, foi realizada uma lista de verificação com as espécies de Henneguya descritas de 2012 a 2018 e posteriormente apresentaremos a descrição de uma espécie deste gênero encontrada em brânquias de Pygocentrus nattereri no Pantanal de Mato Grosso do Sul. |
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Dieta de Leptodactylus chaquensis Cei, 1950, Leptodactylus podicipinus (Cope, 1862) e Pseudis platensis Gallardo, 1961, na planície inundável do Pantanal do Mato Grosso do Sul |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
27/03/2018 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Evander dos Santos Sanches
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Banca |
- Diego Jose Santana Silva
- Diogo Borges Provete
- Franco Leandro de Souza
- Marcelo Nogueira de Carvalho Kokubum
- Robson Waldemar Avila
- Vanda Lucia Ferreira
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Resumo |
Durante a estação úmida, muitas espécies de anuros de hábito de vida terrestre passam a ocupar lagoas temporárias ou permanentes, e a se alimentar de invertebrados que habitam estes ambientes aquáticos. Junto com disponibilidade de alimento e aspectos de sua história natural, características morfológicas também influenciam a composição a dieta dos anuros. Em comunidades destes anfíbiosexistem guildas alimentares bem definidas, com diferenças no tipo e tamanho de presas ingeridas entre elas. Leptodactylus chaquensis (médio a grande porte), L. podicipinus (pequeno porte) e Pseudis platensis (pequeno a médio porte) são abundantes e simpátricas na região do Pantanal, e são encontradas nos mesmos habitat durante a estação chuvosa. Nós descrevemos a composição da dieta e a sua relação com o tamanho do corpo destas espécies no início da estação reprodutiva. Os itens consumidos foram identificados até o nível taxonômico de família, e calculamos a amplitude e sobreposição do nicho trófico. Encontramos valores de amplitude de nicho próximos a zero para as três espécies que consumiram poucascategoriasalimentares em grande quantidade, como Coleoptera. Enquanto que muitas categorias tiveram pequena importância na alimentação destes anuros, como Lepidoptera (adulto), Diptera (adulto), Psocoptera e Scorpiones. Esse padrão foi muito similar na dieta das espécies de anfíbios estudadas, onde encontramos alta sobreposição nos três pares de espécies. Leptodactylus podicipinusMesmo com uma dieta muito similar com as outras duas espécies, teve seu consumo mais restrito a pequenos invertebrados, provavelmente em função da menor largura da boca,devido ao seu pequeno tamanho corporal. |
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Parasitos sanguíneos e hematófagos associados a Podocnemis sextuberculata Cornalia 1849 (Testudines, Podocnemididae) na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, Amazonas, Brasil |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/02/2018 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
|
Coorientador(es) |
- Luiz Eduardo Roland Tavares
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Orientando(s) |
- Vanielle Medeiros Vicente
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Banca |
- Carina Elisei de Oliveira
- Fernando Paiva
- Franco Leandro de Souza
- Lúcio André Viana Dias
- Max Rondon Werneck
- Richard Carl Vogt
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Resumo |
O estudo teve como objetivo identificar as sanguessugas e o parasito eritrocitário de Podocnemis sextuberculata, bem como descrever a prevalência e a intensidade e examinar as relações entre o parasitismo com a morfometria dos hospedeiros. Amostragem dos hospedeiros foi conduzida durante 2013, 2014 e 2016 na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, Amazonas. Os hospedeiros foram capturados com redes malhadeiras do tipo transmalha para coleta manual de sanguessugas e colheita de sangue por punção do seio occipital. 175 hospedeiros adultos foram amostrados em 2013 (n = 37), 2014 (n = 41) e 2016 (n = 97). 15 % (15/97) dos hospedeiros capturados em 2016 tiveram infestação por sanguessugas. As sanguessugas foram identificadas morfologicamente como Unoculubranchiobdella sp. (n = 39) e Haementeria sp. (n = 2). A prevalência de Unoculubranchiobdella sp. foi de 12, 4 % e intensidade 3, 25 ± 5, 73 (amplitude 1 – 9). As sanguessugas apresentaram distribuição não randômica no corpo dos hospedeiros e na área de estudo, sem relação significativa entre intensidade e comprimento dos hospedeiros. Gametócitos de Haemogregarina sp. visualizados em esfregaço sanguíneo estiveram em 58, 3 % (102/197) da população, a intensidade média para machos (4, 85 ± 9, 73; amplitude de 1 – 33) em comparação as fêmeas (1, 70 ± 1, 42; amplitude 1 – 5) foi estatisticamente significativa (t = - 3, 81; p = 0, 005). Foram visualizados estágios parasitários que se assemelham a premerontes eritrocitários. O presente estudo é o primeiro a reportar as sanguessugas Unoculubranchiobdella e Haementeria e Haemogregarina sp. em P. sextuberculata no Brasil. |
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Revisão Taxonômica de Proceratophrys concavitympanum Giaretta, Bernarde, e Kokubum, 2000 (Amphibia, Anura, Odontophrynidae) |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
27/02/2018 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Anathielle Caroline Sant' Anna de Souza
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Banca |
- Diego Jose Santana Silva
- Fernando Rogerio de Carvalho
- Nelson Rufino de Albuquerque
- Renato Neves Feio
- Vinícius de Avelar São Pedro
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Resumo |
Realizamos uma revisão taxonômica de Proceratophrys concavitympanum Giaretta,
Bernarde e Kokubum 2000 baseada em dados moleculares, morfológicos, morfométricos e
acústicos, ao longo de toda sua distribuição, observando a influência dos grandes rios
amazônicos na distribuição dessa espécie. Os resultados obtidos mostraram que existem
cinco linhagens distintas de Proceratophrys, existindo assim, uma linhagem para cada área
de endemismo amazônico: linhagem de Rondônia, correspondente a Proceratophrys
concavitympanum, linhagem Tapajós, que nós chamamos de Proceratophrys sp. “Tapajós” e
linhagem Xingu, que nós chamamos de Proceratophrys sp. “Xingu”. Incluímos ao trabalho
indivíduos do estado do Tocantins e Ceará que são espécies irmãs de P. concavitympanum,
que nós chamamos de Proceratophrys sp. “Cerrado” e Proceratophrys sp. “Crato”
respectivamente. As cinco linhagens tratam-se de espécies crípticas altamente suportadas
pelos dados moleculares e acústicos. Além disso, os rios amazônicos parecem agir como
barreira na distribuição dessas linhagens. |
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Parâmetros hematológicos de Pygocentrus nattereri (Characidae, Serrasalminae) no Pantanal Sul-mato-grossense |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
23/02/2018 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
- Carlos Eurico dos Santos Fernandes
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Mayara Schueroff Siqueira
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Banca |
- Alda Izabel de Souza
- Carlos Eurico dos Santos Fernandes
- Claucia Aparecida Honorato da Silva
- Luiz Eduardo Roland Tavares
- Marcos Tavares Dias
- Robson Andrade Rodrigues
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Resumo |
Os parâmetros hematológicos podem ser considerados biomarcadores fisiológicos adequados em
estudos das condições ambientais e higidez de populações de peixes. Tendo em vista a
importância das análises hematológicas para o monitoramento da fisiologia do indivíduo e a falta
desses parâmetros para diversas espécies de peixes, o objetivo com esse estudo foi descrever os
parâmetros hematológicos de Pygocentrus nattereri do Rio Miranda, pantanal sul-mato-grossense.
Foram utilizados 135 espécimes capturados nos períodos de estiagem em 2016 e 2017, e
chuvoso em 2017. Determinou-se o fator de condição de Fulton e a determinação dos valores do,
hematócrito, concentração de hemoglobina, volume corpuscular médio, hemoglobina corpuscular
média e concentração de hemoglobina corpuscular médio, contagem total de leucócitos,
contagem total de leucócitos e diferencial: linfócitos, neutrófilos, monócitos, células granulocítica
especiais (CGE) e leucócitos imaturos e trombograma. A hemoglobina, HCM e CHCM foram
inferiores no período de estiagem de 2017, porém correlacionaram-se (P<0,05) com a Altura do
rio (r=-0,46; r=-0,43 e r=-0,48, respectivamente). O total de trombócitos e percentual de linfócitos
foram menores no período de estiagem de 2017 em relação ao período de estiagem de 2016.
Neutrófilos foram superiores no período de estiagem de 2017 em relação ao período de estiagem
de 2016 e chuvoso. Os neutrófilos apresentaram alta correlação Altura do rio (r=0,53; P<0,01).
Concluiu-se que o fator de condição de Fulton dos peixes é uma variável importante envolvida
com a hematologia especialmente para o ajuste das médias esperadas entre períodos estacionais
distintos. O eritrograma e o leucograma associam-se ao pulso cíclico de inundação e podem ser
usados como biomarcadores promissores para o estudo dos efeitos do ambiente aquático sobre a
higidez em P. nattereri. |
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Percepção de risco e tomada de decisão em Leptodactylus podicipinus (Cope, 1862) (Anura, Leptodactylidae) |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
22/02/2018 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
- Nelson Rufino de Albuquerque
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Guilherme Alexandre Sestito Dias
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Banca |
- Ariovaldo Antonio Giaretta
- Cynthia Peralta De Almeida Prado
- Nelson Rufino de Albuquerque
- Rhainer Guillermo Nascimento Ferreira
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Resumo |
Dentre as fases da vida de um organismo, o período de reprodução é a fase que mais expõe
os indivíduos ao risco de predação. Nós estudamos a influência da maturação sexual na
tomada de decisão e distância de fuga em fêmeas de Leptodactylus podicipinus e
descrevemos suas respostas defensivas. Para saber como a maturação sexual influencia na
tomada de decisão e distância de fuga das fêmeas, geramos um risco de predação para
avaliar suas respostas nesse contexto. A tomada de decisão em fêmeas de L. podicipinus não
foi influenciada pelo estágio de maturação em que a fêmeas se encontravam. No entanto, o
estágio de maturação influenciou a distância de fuga adotada, que decresceu a medida que
as fêmeas se tornaram mais propensas a reproduzir. As respostas defensivas apresentadas
foram fuga e imobilidade; fuga apresentou quatro tipos de variações, na qual a variação de
um salto seguido de imobilidade foi a mais utilizada. O decréscimo da distância de fuga sugere
que as fêmeas menos propensas são mais alertas ao risco e provavelmente possuem uma
maior probabilidade de reprodução futura. A fuga, apesar de sua simples execução, é uma
resposta muito versátil, além de poder ser combinada a outros comportamentos, aumentando
a efetividade da defesa. A imobilidade é um comportamento que dificulta a localização da
presa, provavelmente, pela falta de movimento. Esse comportamento atrelado a coloração
críptica aumentam as chances da presa não ser percebida. |
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Análise filogenética do complexo Leptophis ahaetulla (Linnaeus, 1758) (Serpentes, Colubridae) |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
22/02/2018 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
- Nelson Rufino de Albuquerque
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Fernanda Martins dos Santos
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Banca |
- Giovanna Gondim Montingelli
- Julia Klaczko
- Nelson Rufino de Albuquerque
- Paulo Gustavo Homem Passos
- Sergio Roberto Posso
- Vanda Lucia Ferreira
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Resumo |
Leptophis ahaetulla compreende um complexo atualmente constituído de nove subespécies amplamente distribuídas na região Neotropical. Apesar de estudos prévios sobre a análise morfológica, um número de questões relativas às relações entre as subespécies e espécies do gênero permanecem apenas parcialmente estabelecidas. Utilizamos 36 caracteres fenotípicos, sendo 18 destes contínuos, em uma análise de Máxima Parcimônia, a fim de reconstruir as relações intraespecíficas do grupo. Utilizamos as espécies Chironius carinatus, C. flavolineatus, Dendrophidion dendrophis e Mastigodryas bifossatus como grupos-externos. Em adição, fizemos outra análise de Máxima Parcimônia baseada em genes mitocondriais. Nesta última o relacionamento filogenético de quatro das nove subespécies foi testado com L. depressirostris, L. diplotropis, Chironius carinatus, C. flavolineatus, D. percarinatum e M. boddaerti. Os resultados obtidos na análise dos caracteres fenotípicos suportam fracamente as relações entre as subespécies. Apesar disso, a análise recuperou dois clados distintos congruentes com a atual distribuição do complexo. O número de dentes maxilares, palatinos e dentários compõem as sinapomorfias recuperadas sustentam o clado do complexo. A análise dos caracteres genotípicos suporta fortemente o clado das subespécies e L. coeruleodorsus. Embora as relações intraespecíficas parcialmente resolvidas, o monofiletismo foi recuperado em ambas as análises. |
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Hábitos alimentares de Moenkhausia intermedia (Eigenmann, 1908) e Moenkhausia sanctaefilomenae (Steindachner, 1907) (Characiformes: Characidae) do alto Rio Sucuriú, Mato Grosso do Sul |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
20/02/2018 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
- Maria Jose Alencar Vilela
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Orientando(s) |
- Josileide de Castro Santana
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Banca |
- Erica Maria Pellegrini Caramaschi
- Fabio de Oliveira Roque
- José Sabino
- Katiane Mara Ferreira
- Lilian Casatti
- Lucélia Nobre Carvalho
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Resumo |
O objetivo deste estudo foi descrever a dieta de duas espécies de Characidae, Moenkhausia intermedia e Moenkhausia sanctaefilomenae, ocorrentes na área de influência de uma Pequena Central Hidrelétrica no alto Rio Sucuriú, localizado no estado de Mato Grosso do Sul. Deste modo, foram analisadas as variações sazonais, as mudanças na alimentação em relação ao tamanho dos indivíduos, a importância das presas e a estratégia alimentar na dieta destes peixes, além disso, foram avaliadas as mudanças na alimentação decorrentes do represamento do rio. As coletas foram realizadas entre outubro de 2005 a dezembro de 2015. Foram feitas coletas antes e após o represamento, na estação de chuva (março a outubro) e na estação da seca (abril a setembro). Foram analisados 394 indivíduos de Moenkhausia intermedia e 158 indivíduos de Moenkhausia sanctaefilomenae, utilizando a frequência de ocorrência, o método de pontos e o índice de importância alimentar. As amostras foram examinadas separadamente, antes e após o represamento, por estação (seca e chuva), por classe de tamanho e pela origem do alimento (autóctone, alóctone e indeterminada). Ao todo foram registradas 18 categorias alimentares para ambas as espécies em estudo. As categorias alimentares mais importantes na dieta das duas espécies foram Matéria orgânica e Partes de insetos. Diferenças significativas foram encontradas entre as duas classes de tamanho revelando mudanças na dieta entre os menores e os maiores indivíduos para as duas espécies. As análises do nMDS indicaram que nas estações de seca e chuva a espécie M. intermedia teve pequenas mudanças na diversidade dos itens alimentares, porém, houve um aumento no volume de alguns itens nos meses mais secos em relação aos meses de chuva, e que a dieta desta espécie foi bastante similar antes e após o represamento. Moenkhausia sanctaefilomenae também teve algumas variações na sua alimentação nos períodos estudados, com uma menor diversidade de itens na estação seca, e que houve uma dissimilaridade na dieta antes e após o represamento. Ambas as espécies podem ser consideradas onívoras com tendência a insetivoria, pois se alimentaram de diversos itens, e a grande maioria foram insetos. Os resultados indicaram que M. intermedia se habituou bem as mudanças sofridas pelo represamento, pois sua dieta foi bastante similar no pré e pós-represamento. Por outro lado, a dieta de M. sanctaefilomenae sofreu algumas variações após o represamento, indicando que a espécie não se ambientou muito bem as mudanças causadas pelo represamento. Podemos concluir que as duas espécies em estudo se comportaram de maneiras diferentes no ambiente modificado pela construção da barragem. Moenkhausia intermedia continuou se alimentando de forma bastante similar, o que não aconteceu para a espécie M. sanctaefilomenae, que houve uma diminuição na sua dieta. |
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Moscas (Diptera, Nycteribiidae e Streblidae) ectoparasitas de morcegos (Mammalia, Chiroptera) em remanescentes urbanos de Cerrado |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
19/02/2018 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- ANALIA GLADYS AUTINO
- Elizabete Captivo Lourenço
- Enrique Reyes Novelo
- Erich Arnold Fischer
- Gustavo Graciolli
- Marcelo Oscar Bordignon
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Resumo |
O bioma Cerrado sofre constantes alterações por ações antrópicas e pela urbanização de modo geral. A fauna de morcegos e suas moscas ectoparasitas nesses ambientes é pouco inventariada e subamostrada. Além disso, as relações entre morcego-mosca nesses ambientes são pouco compreendidas. Pensando nisso, aqui nós realizamos três trabalhos em remanescentes urbanos de Cerrado: 1) - descrevemos a comunidade de morcegos e criamos uma lista atualizada de morcegos em Campo Grande, MS; 2) - descrevemos a comunidade de moscas ectoparasitas, as infracomunidades, a especificidade parasitária, a prevalência e intensidade média de infestação e 3) - estruturamos as relações morcego-mosca em nível de redes de interações ecológicas. Para os três trabalhos realizamos capturas de morcegos e coleta de moscas em três remanescentes urbanos no município de Campo Grande, MS. Utilizamos seis redes de neblina (6,0m x 3,0m). Os principais resultados foram: 1) - Capturamos 537 indivíduos pertencentes a 15 espécies. As espécies mais abundantes foram: Artibeus planirostris (35,01%, n = 188), Artibeus lituratus (16,76%, n = 90) e Myotis nigricans (13,78%, n = 74). Totalizamos 29 espécies de morcegos registradas para o município de Campo Grande distribuídas em três famílias e sete subfamílias. 2) – Coletamos 371 moscas ectoparasitas de 14 espécies. A prevalência de moscas ectoparasitas foi de 0,3 a 43,5% e a intensidade media de infestação de 1 a 12. Encontramos 16 infracomunidades em cinco espécies de morcegos. Em relação a especificidade, 65% das moscas estavam associadas a um único hospedeiro (monoxênicos). 3) – Encontramos redes altamente especializadas e modulares nas três áreas de estudo. Houve também similaridade entre a composição de espécies de morcego e mosca entre as áreas. Os valores das métricas não foram distintos entre as áreas. De modo geral, as interações morcegos-moscas são pouco influenciadas pelo grau de urbanização e cobertura vegetal remanescente. |
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Influência da idade de regeneração da vegetação na riqueza de formigas em uma área de cerrado |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
15/02/2018 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
- Ramon Jose Correa Luciano de Mello
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Carla Rodrigues Ribas
- Fabio de Oliveira Roque
- FABRICIO BEGGIATO BACCARO
- Paulo Robson de Souza
- Ramon Jose Correa Luciano de Mello
- ROGERIO ROSA DA SILVA
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Resumo |
A perda de habitat e a fragmentação de áreas naturais são as principais causas da perda da biodiversidade, afetando a riqueza, abundância e distribuição de espécies. Neste contexto, o Cerrado, com cerca de 2 milhões de km², encontra-se ameaçado devido, principalmente, a expansão da agricultura e pecuária. Tal expansão e degradação do Cerrado ameaça severamente o bioma e as espécies endêmicas, tornando necessário o monitoramento e as políticas para a futura prevenção do bioma. Considerando os problemas ambientais decorrentes da perda de habitat, métodos voltados para o monitoramento ambiental estão sendo utilizados através de bioindicadores. Assim, formigas tem sido utilizadas como bioindicadores de qualidade ambiental e funcionamento do ecossistema por estarem presentes tanto em áreas preservadas, quanto em áreas degradadas, por apresentarem grande abundância, complexidade estrutural, facilidade de amostragem e identificação e sensibilidade a alterações ambientais. Tais características permitem a verificação da qualidade ambiental através de respostas rápidas e facilmente interpretáveis. |
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Associações entre Bruquíneos (Chrysomelidae, Bruchinae) e Palmeiras (Arecaceae) na Serra da Bodoquena e no Pantanal sul: taxonomia dos estágios imaturos e DNA barcode |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
31/08/2017 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Urielton Martins Monteiro
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Banca |
- Adelita Maria Linzmeier
- Fabio de Oliveira Roque
- Jose Ricardo Miras Mermudes
- Ramon Jose Correa Luciano de Mello
- Sergio Ide
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Resumo |
Chrysomelidae são besouros predominantemente desfolhadores, mas uma exceção ocorrendo no hábito
alimentar em Bruchinae, onde as larvas são brocas de sementes, atacando principalmente leguminosas e palmáceas,
conhecidos como bicho-do-coco e carunchos de várias outras sementes, causando grande prejuízo a cultura dessas
plantas. Os Bruchinae possuem uma dieta alimentar muito homogênea, pois as larvas de todas as espécies são
espermófagas, em geral, no ciclo de vida bruquíneos colocam os ovos sobre o fruto ou semente, após a eclosão dos
ovos, as larvas penetram em uma ou várias sementes e vagens. A maioria das espécies possui hábito diurno, com
algumas exceções, como os bruquíneos das palmeiras ( Arecaceae ), que aparentemente possuem hábito noturno. A
subtribo Pachymerina, composta por 21 espécies em quatro gêneros, sendo uma delas conhecida apenas pelo registro
fóssil. Ocorrendo a preferência entre os gêneros desses besouros por Arecaceae de determinados táxons, como tribos
e subfamílias. A relação entre Pachymerina e as palmeiras na região Neotropical tem sido estudada há décadas,
principalmente na América Central. Bondar, um naturalista de meados do século passado registrou pachymerinas para
o Brasil principalmente para a região Norte e Bahia. Já para o Brasil Central faltam informações sobre esses besouros,
com muitas lacunas a serem exploradas, e possivelmente espécies a serem descritas. Para os estágios imaturos de
Pachymerina, poucos trabalhos são encontrados e a morfologia dos ovos de Bruchinae foram raramente estudadas, no
Brasil as descrições resumem-se a poucas espécies predadoras de sementes de leguminosas. Desta forma, neste
trabalho fazemos uma compilação sobre as interações Pachymerina- Arecaceae registradas para o Brasil, e também
apresentamos novos dados de amostragem realizadas na região do Médio Taquari, Pantanal sul e Planalto da
Bodoquena no estado de Mato Grosso do Sul. No campo foram coletados frutos de palmeiras predados por bruquíneos
e em algumas exceções por adultos já vivendo fora do fruto. Os frutos foram levados para o laboratório para posterior
triagem e acompanhamento do desenvolvimento, obtendo assim tanto indivíduos imaturos quanto adultos.
Apresentamos também novos registros de interação com palmeiras para Pachymerus spp., Speciomerus spp., e uma
redescrição da morfologia dos ovos de Pachymerus nucleorum (Fabricius). |
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