Metazoários endoparasitas em Ophiodes cf. striatus (Sauria: Anguidae, Diplogossinae) |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
30/04/2020 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Felipe Bisaggio Pereira
- Fernando Paiva
- Luiz Eduardo Roland Tavares
- Priscilla Soares dos Santos
- Robson Waldemar Avila
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Resumo |
O presente trabalho teve como objetivo, descrever a composição da fauna
parasitária e caracterizar os parasitas recuperados em Ophiodes cf. striatus, capturados ao leste do estado de Mato Grosso do Sul, e noroeste do estado de São Paulo. Foram examinados e necropsiados 35 lagartos, dos quais 77% estavam parasitados. Em um único hospedeiro havia no máximo quatro taxons diferentes de endoparasitas. A identificação dos parasitas foi baseada em caracteres morfológicos clássicos, empregando técnicas de microscopia de luz e ou eletrônica de varredura. Foi quantificado um total de 20.070 espécimes, classificados em 11 famílias, nove pertencentes ao filo Nematoda: intederminado (1); Ascarididae gen. sp.
(135); Cosmocerca parva (3); Kathlaniidae gen. sp. (19.565); Skrjabinodon sp. (28);
Rhabdias sp.(162); Strongyloides cruzi (135); Physaloptera lutzi (29); Acuariidae gen. sp.(7), e 2 ao filo Acanthocephala: Centrorhynchus sp. (4) e Neoncicola sp.(1). Formas parasitárias imaturas compreenderam 55% da riqueza parasitária encontrada, configurando O. cf. striatus como importante hospedeiro paratênico ou intermediário nos ecossistemas em questão. Os resultados apresentados contribuem para a inclusão de O. cf. striatus como hospedeiro definitivo de C. parva e P. lutzi; bem como caracteriza essa espécie de lagarto como hospedeiro paratênico de Centrorhynchus sp. e Neoncicola sp. |
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Metazoários endoparasitas em Ophiodes cf. striatus (Sauria: Anguidae, Diplogossinae) |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
30/04/2020 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Felipe Bisaggio Pereira
- Fernando Paiva
- Luiz Eduardo Roland Tavares
- Priscilla Soares dos Santos
- Robson Waldemar Avila
- Samuel Cardozo Ribeiro
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Resumo |
O presente trabalho teve como objetivo, descrever a composição da fauna
parasitária e caracterizar os parasitas recuperados em Ophiodes cf. striatus, capturados ao leste do estado de Mato Grosso do Sul, e noroeste do estado de São Paulo. Foram examinados e necropsiados 35 lagartos, dos quais 77% estavam parasitados. Em um único hospedeiro havia no máximo quatro taxons diferentes de endoparasitas. A identificação dos parasitas foi baseada em caracteres morfológicos clássicos, empregando técnicas de microscopia de luz e ou eletrônica de varredura. Foi quantificado um total de 20.070 espécimes, classificados em 11 famílias, nove pertencentes ao filo Nematoda: intederminado (1); Ascarididae gen. sp.
(135); Cosmocerca parva (3); Kathlaniidae gen. sp. (19.565); Skrjabinodon sp. (28);
Rhabdias sp.(162); Strongyloides cruzi (135); Physaloptera lutzi (29); Acuariidae gen. sp.(7), e 2 ao filo Acanthocephala: Centrorhynchus sp. (4) e Neoncicola sp.(1). Formas parasitárias imaturas compreenderam 55% da riqueza parasitária encontrada, configurando O. cf. striatus como importante hospedeiro paratênico ou intermediário nos ecossistemas em questão. Os resultados apresentados contribuem para a inclusão de O. cf. striatus como hospedeiro definitivo de C. parva e P. lutzi; bem como caracteriza essa espécie de lagarto como hospedeiro paratênico de Centrorhynchus sp. e Neoncicola sp. |
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Ciclos reprodutivos e superfície de fitness da serpente Dipsas turgida |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
17/04/2020 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Pedro Abi-Rezik Barros Vianna
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Banca |
- Classius de Oliveira
- Lilian Franco Belussi
- Luisa Maria Diele Viegas Costa Silva
- Marciana Sanabria
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Resumo |
Estudar características reprodutivas de serpentes proporciona oportunidade única de verificar padrões reprodutivos interespecíficos e, também, analisar como estratégias evolutivas perseveram na espécie. No presente trabalho exploramos a teoria da história de vida em duas perspectivas, a primeira possui uma abordagem morfológica reprodutiva, comparando os sexos e interespecificamente. Por fim, construímos a paisagem adaptativa da serpente Dipsas turgida, baseada em suas características morfológicas, para identificar os tipos de seleção presentes e o fenótipo ótimo para cada sexo da espécie. A presença de dimorfismo sexual de cauda e corpo foi corroborada respectivamente pela ANCOVA e ANOVA. Utilizamos regressões lineares para testar relação alométrica de caracteres morfológicos. Fêmeas se tornam maiores que os machos após ambos atingirem a maturidade sexual, porém a cauda dos
machos é mais longa. O tamanho do corpo, tanto de machos quanto de fêmeas, se relaciona positivamente com o tamanho do testículo e dos ovos, respectivamente. Com exceção do ciclo reprodutivo das fêmeas, Dipsas turgida possui características reprodutivas similares à maioria das espécies de Dipsadinae. Construímos os gradientes de seleção a partir de um modelo generalizado aditivo. Estes sugerem que o comprimento rostro-cloacal nas fêmeas está evoluindo sob seleção estabilizadora, provavelmente tem seu crescimento limitado por suas presas de baixo índice calórico, e o comprimento caudal sob seleção direcional positiva, indivíduos que habitam os limites de suas áreas de distribuição podem favorecer a capacidade locomotora e de dispersão. O modo de seleção do comprimento rostro-cloacal dos machos
não apresentou nenhum padrão claro, enquanto o comprimento caudal está evoluindo sob seleção direcional positiva, que além de favorecer a dispersão e locomoção, é alvo da seleção sexual. |
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Evolução do formato de corpo em girinos neotropicais |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
09/04/2020 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Aline Pedroso Lorenz
- Diogo Borges Provete
- Fernando Rogerio de Carvalho
- Leandro Rabello Monteiro
- Luiz Norberto Weber
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Resumo |
Larvas de anfíbios anuros possuem ciclo de vida complexo. Esse mecanismo possibilitou que girinos evoluíssem distintamente dos adultos e consequentemente resultou numa maior diversidade de formas nas larvas. A maioria das larvas de anuros ocorrem em ambientes lênticos. Entretanto, algumas linhagens colonizaram recentemente ambientes lóticos. Essa transição de uma zona adaptativa para outra pode ter acelerado a diversificação de fenótipos como forma de lidar com as diferentes pressões seletivas do novo ambiente. Esse fenômeno de diversificação também ocorre em escalas mais finas, dentro de gêneros como Melanophryniscus, cujos girinos ocorrem em poça, riacho e bromélias, mas possuem forma de corpo muito semelhante de modo geral. O objetivo deste trabalho foi testar se a taxa de evolução do formato de corpo varia entre habitats com hidrodinâmica e heterogeneidade distintas. Usamos dados do ambiente e morfometria geométrica em conjunto com métodos filogenéticos comparativos recentemente desenvolvidos para dados multivariados para medir a forma de larvas de 54 espécies aninhadas dentro de Neobatrachia e 17 espécies de Melanophryniscus. Na escala filogenética mais ampla, larvas de anuros que habitam riachos tiveram maior taxa de evolução do que as que ocorrem em poças. No entanto, a taxa de evolução do formato do corpo variou bastante dentro de algumas linhagens. Encontramos seis picos adaptativos para a vista lateral e quatro para a dorsal em girinos de Neobatrachia. Para Melanophryniscus, a taxa de evolução da forma de larvas que habitam poças foi maior do que as de riachos e bromélias, mas a diferença de taxas não foi significativa. Além disso, nossos resultados mostram que o ambiente influencia a forma, mas o sinal filogenético é baixo. Esses resultados sugerem que em Melanophryniscus processos adaptativos atuaram especificamente para alterar a forma independente das relações filogenéticas. Em suma, nossos resultados sugerem que diferentes processos evolutivos (e.g., deriva, seleção) geraram padrões distintos para as escalas filogenéticas abordadas em nosso estudo. |
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Abordagem integrativa da anurofauna de uma zona de transição Amazônia-Cerrado do Oeste do Tocantins |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
31/03/2020 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Carla Santana Cassini
- Fernanda de Pinho Werneck
- Fernando Rogerio de Carvalho
- Sarah Mângia Barros
- Thaís Barreto Guedes da Costa
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Resumo |
Áreas de transição abrigam altos níveis de biodiversidade devido ao ambiente heterogêneo, e tem atraido mais atenção dos pesquisadores nos últimos anos. O domínio do Cerrado está localizado geograficamente entre outros domínios brasileiros, apresentando extensas áreas de transição. A maior área de contato é Cerrado-Amazônia, moldada por um mosaico irregular de ambientes com características únicas. Atualmente, a riqueza de anfíbios do estado do Tocantins provavelmente está subestimada, já que vários municípios não têm informações sobre a diversidade de anfíbios, principalmente nas áreas de transição entre domínios. Aqui, apresentamos a riqueza de anfíbios de uma área de transição Cerrado-Amazônia no estado do Tocantins. Realizamos quatro expedições ao município de Caseara e distribuímos nossos pontos de amostragem em cinco grandes áreas, onde realizamos buscas ativas diurnas e noturnas, e distribuímos armadilhas do tipo pitfall traps ao longo do gradiente ambiental. Identificamos os espécimes coletados através de uma abordagem integrativa (morfológica, bioacústica e mtDNA). Registramos 43 espécies de anfíbios, distribuídas em oito famílias. Encontramos novos registros de espécies de anfíbios para Tocantins e Cerrado; fornecemos dados acústicos para 17 espécies, incluindo informações sobre variação geográfica e novos dados para algumas espécies descritas e linhagens ainda não nomeadas. Essas novas linhagens também foram reconhecidas por análises moleculares, e também adicionamos novos dados 16S para várias espécies que contribuirão para estudos futuros. A taxonomia integrativa revelou que a riqueza conhecida dessas e de outras áreas podem estar subestimadas, uma vez que esse método permitiu a identificação de espécies desconhecidas. Incentivamos o uso da abordagem integrativa em outras áreas, que fornecerá dados consistentes para as políticas de conservação. |
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Filogeografia da rã-venenosa Ameerega berohoka Vaz-Silva & Maciel, 2011 (Anura, Dendrobatidae) nos planaltos do Brasil Central |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
26/03/2020 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Diego Jose Santana Silva
- Diogo Boaventura Fonseca
- Mariana Mira Vasconcellos
- Maria Tereza Chiarioni Thomé
- Natan Medeiros Maciel
- Renata Magalhães Pirani
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Resumo |
Diferentes mecanismos foram responsáveis pela diversificação dos diversos grupos taxonômicos no Cerrado. Acredita-se que, para as espécies do gênero Ameerega que ocupam o Cerrado (gr. A. braccata), houve uma rápida diversificação das espécies in-situ após o estabelecimento de condições geoclimáticas favoráveis, bem como deslocamentos contínuos para a região leste do Brasil após o surgimento de extensas áreas úmidas durante o Mioceno tardio e o início do Pleistoceno. No presente trabalho, analisamos diversificação, demografia histórica e como os efeitos históricos, tais como o surgimento do Planalto Central e as flutuações climáticas do Pleistoceno, podem ter afetado a distribuição atual de Ameerega berohoka. Esta espécie ocorre nos planaltos do Brasil Central, entre os estados de Goiás (GO), Mato Grosso (MT) e Mato Grosso do Sul (MS). Nós sequenciamos 34 amostras do gene mitocondrial 16S rRNA, 24 do gene nuclear rodopsina (RHO) e 18 do gene nuclear proopiomelanocortina (POMC) de A. berohoka. Por meio da análise populacional Geneland, encontramos duas populações: uma mais ao norte, na porção do Cerrado de GO e a segunda, localizada ao sul da primeira, com ocorrência no Cerrado de MS. As duas populações apresentaram uma divergência genética de 2 a 3% para o gene 16S. Por meio da construção de redes de haplótipos, encontramos para as duas populações, um total de cinco haplótipos para o gene 16S, com um nível de diversidade haplotípica baixa (0,455) e sem compartilhamento entre as populações. Já para o nuDNA RHO, encontramos quatro haplótipos com compartilhamento entre as duas populações e com alta diversidade haplotípica (0,709). O nuDNA POMC apresentou dois haplótipos, um para cada população. Para a análise de demografia histórica, realizamos o teste Tajima D para cada população e para cada gene isoladamente. A análise apresentou valor significativo apenas no gene RHO, para a população de MS. Embora o valor não tenha sido significativo, o índice negativo apresentado para o gene 16S da população de MS, pode indicar uma expansão recente. A quebra populacional encontrada para a espécie Ameerega berohoka pode estar relacionada não só as intensas atividades geológicas do Planalto Central, mas também as mudanças climáticas que ocorreram durante o Quaternário. |
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Análise morfométrica de Odontomachus chelifer (Latreille, 1802) e Odontomachus meinerti Forel, 1905 (Hymenoptera: Formicidae) e o efeito dos fatores ambientais na morfologia de diferentes populações de Odontomachus chelifer (Latreille, 1802) em fragmentos urbanos de Cerrado |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
20/03/2020 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Suelen Sandim de Carvalho
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Banca |
- Itanna Oliveira Fernandes
- Jacques Hubert Charles Delabie
- Márlon César Pereira
- Ramon Jose Correa Luciano de Mello
- Rodrigo Aranda
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Resumo |
Os ambientes florestais veem sendo fragmentados ao longo dos anos, separando-os em grandes ilhas isoladas, interferindo na biodiversidade e biologia dos animais. As formigas são indivíduos que compõem um dos três grupos de artrópodes mais comuns nestes fragmentos, onde também são encontradas espécies comuns de áreas florestadas. Assim, as áreas verdes urbanas abrigam uma alta diversidade de espécies de formigas, o que contribui para a manutenção da mirmecofauna do bioma ao qual a cidade está inserida. Considerando que as formigas são bons modelos para examinar padrões alométricos interespecíficos do dimorfismo em relação ao tamanho do corpo e de inter-relacionamentos entre diferentes populações o objetivo deste trabalho foi verificar a ocorrência de alterações morfológicas entre diferentes populações de Odontomachus chelifer (Latreille, 1802) e Odontomachus meinerti Forel, 1905 nos fragmentos urbanos de Cerrado, e o efeito dos fatores ambientais na morfologia de diferentes populações de Odontomachus chelifer (Latreille, 1802). Para isso, foram analisados espécimes coletados em quatro fragmentos urbanos de Cerrado no município de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. As formigas foram coletadas através de armadilhas do tipo pitfall, onde 51 armadilhas foram instaladas em uma área de 100m2 em cada um dos 26 pontos amostrados. Como resultado obtivemos 324 exemplares, pertencentes as espécies Odontomachus chelifer e Odontomachus meinerti. Os caracteres que mais evidenciaram as diferenças entre as duas espécies foram o comprimento do gáster, a cabeça e o mesossoma. O número de árvores e a profundidade da serapilheira, foram destacados como os fatores que mais interferiram na morfologia dos indivíduos. Assim verificamos que os ambientes mais estruturados, com maior heterogeneidade ambiental e menor interferência da malha urbana, apresentaram indivíduos morfologicamente mais próximos do que ambientes menos heterogêneos. Dessa forma, é possível verificar a diferença morfológica entre diferentes populações da mesma espécie, decorrentes do ambiente que ambos vivem. |
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Ritmo nictemeral de Phlebotominae (Diptera: Psychodidae) no município de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
03/03/2020 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
- Alessandra Gutierrez de Oliveira
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Moacir Diony Gonçalves Lino Borges
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Banca |
- Alessandra Gutierrez de Oliveira
- Andrey José de Andrade
- Gustavo Graciolli
- Mara Cristina Pinto
- Reginaldo Peçanha Brazil
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Resumo |
Estudos sobre o ritmo nictemeral de flebotomíneos são importantes para saúde pública, pois podem contribuir para a orientação de medidas de controle na transmissão de Leishmania. Este estudo tem como objetivo observar o ritmo nictemeral de flebotomíneos em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil. As coletas foram realizadas de maio de 2018 a outubro de 2019 em duas áreas florestais: uma na área urbana (bairro Rita Vieira: latitude de 20 ° 33'40,03 '' sul e longitude de 54 ° 36'06,44 '' oeste), e a outra na área rural (Estância São João: Latitude 27 ° 37'10,73 '' Sul e Longitude 54 ° 31'57,33 '' Oeste). As coletas mensais foram conduzidas durante 24 horas de forma ininterrupta em barracas de Shannon nas cores branca e preta. Foram coletados 160 flebotomíneos. Destes, 131 no bairro Rita Vieira - região urbana e 29 na Estância São João, zona rural. As espécies identificadas na área urbana foram: Lutzomyia longipalpis, Pintomyia christenseni, Nyssomyia whitmani, Brumptomyia avellari, Evandromyia lenti e Psathyromyia bigeniculata. Na área rural, as espécies identificadas foram as mesmas acima, com exceção de Nyssomyia whitmani e adição de Psathyromyia punctigeniculata. Pintomyia christenseni e Evandromyia lenti foram as espécies mais prevalentes na área rural (31,03 % do total de espécimes cada) e Lutzomyia longipalpis na área urbana, com maior presença entre junho e agosto de 2018 (91,15%) e julho de 2019 (86,29%). A atividade diária ocorreu entre as 17h e as 04h na área urbana e das 17h às 02h na área rural. Do total de 115 exemplares de Lu. longipalpis, 55,65% foram coletados sobre os pesquisadores, confirmando a alta antropofilia desta espécie. |
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Comunidade de Mamíferos de Médio e Grande Porte em uma Paisagem Fragmentada no Sudeste de Mato Grosso do Sul, Centro-Oeste do Brasil |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/02/2020 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Ana Carolina Srbek de Araujo
- Emygdio Leite De Araujo Monteiro Filho
- Fabiana Rocha Mendes
- Grasiela Edith de Oliveira Porfirio Petry
- Jose Ragusa Netto
- Marcelo Oscar Bordignon
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Resumo |
A perda e fragmentação de habitats representam uma das maiores ameaças às espécies de mamíferos pois provocam mudanças na paisagem, diminuindo a área florestada e a conectividade, aumentando o número de fragmentos e o efeito de borda. Conhecer quais e quantas espécies habitam remanescentes antropizados pode auxiliar no reconhecimento das necessidades mínimas de sobrevivência de cada espécie, contribuindo para sua conservação. O objetivo deste estudo foi conhecer a composição da comunidade de mamíferos de médio e grande porte em uma área com intensa atividade agropecuária no sudeste de Mato Grosso do Sul. O estudo foi feito na Fazenda Dona Amélia, localizada no município de Nova Andradina, com área total de 4.600 ha, sendo 1.135 ha composta pela reserva legal da propriedade e matas ciliares adjacentes. O local encontra-se no limite de transição do Cerrado no seu limite sul e da Mata Atlântica em seu limite oeste. Nove armadilhas fotográficas foram distribuídas aleatoriamente (a cada 600m) em cinco fragmentos florestais de diferentes tamanhos, sendo o menor de sete hectares e o maior com 961 hectares, além de uma área de mata ciliar, durante outubro de 2014 a dezembro de 2016. Em uma segunda fase de monitoramento, oito armadilhas fotográficas foram instaladas de julho de 2017 e outubro de 2018, no fragmento maior 9961 ha) e também em duas matas ciliares do entorno. Um esforço total de 8.998 câmeras-dias resultou em 23.611 registros. Três espécies domésticas, uma exótica e 26 silvestres distribuídas em nove ordens e 14 famílias foram registradas. A ordem Carnivora apresentou a maior riqueza correspondendo a 46,15% das espécies registradas, seguida das ordens Cingulata (11,53%) e Artiodactyla (11,53%). A família mais representativa foi Felidae com cinco espécies. A anta (Tapirus terrestris) foi a espécie mais frequente com 49,75% dos registros, seguida do cateto (Pecari tajacu) com 14,63%. Um total de 82,51% dos registros foram representados por apenas sete espécies. A comunidade de mamíferos registrada no local representa 55,31% das espécies do Estado de Mato Grosso do Sul, sendo que 11 espécies estão na categoria “ameaçadas” no Brasil. A grande riqueza de carnívoros (12 espécies) registrada nesta comunidade é de extrema importância para a preservação in loco, pois são considerados animais topo de cadeia alimentar influenciando na dinâmica e integridade da comunidade local. A presença de espécies raras e ameaçadas tais como o tatu-canastra (Priodontes maximus) e o cachorro-vinagre (Speothos venaticus), demonstra que a área, apesar da intensa atividade agropecuária, apresenta condições ambientais e disponibilidade de recursos suficientes para sustentar uma comunidade altamente representativa de mamíferos de médio e grande porte do cerrado brasileiro. |
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Ictiofauna da RPPN Cisalpina e peixes da bacia do alto rio Paraná em Mato Grosso do Sul |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/02/2020 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
- Fernando Rogerio de Carvalho
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Coorientador(es) |
- Maria Jose Alencar Vilela
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Orientando(s) |
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Banca |
- Elaine Antoniassi Luiz Kashiwaqui
- Fernando Rogerio de Carvalho
- Jose Ragusa Netto
- Renata Rúbia Ota
- Yzel Rondon Súarez
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Resumo |
A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Cisalpina é uma importante
unidade de conservação do estado de Mato Grosso do Sul. Ela abriga o principal
remanescente das formações vegetais características das várzeas inundáveis do rio Paraná, ecossistema mais afetado pelo enchimento do reservatório de Porto Primavera da Usina hidroelétrica (UHE) Engenheiro Sérgio Motta, na divisa SP/MS. Neste trabalho, realizamos o levantamento ictiofaunístico da RPPN Cisalpina, com análise da estruturação das comunidades na área e as possíveis variações temporais, além da atualização da lista das espécies de peixes da bacia do alto rio Paraná em Mato Grosso do Sul, com exemplares testemunho em coleções científicas. Foram realizados nove eventos de coletas nos anos de 2006, 2007, 2017, 2018 e 2019. Foram analisados 3.968 exemplares distribuídos em 51 espécies, 41 gêneros, 18 famílias e seis ordens. Characidae apresentou maior número de espécies (16) e maior número de indivíduos coletados (2.929), seguida por Cichlidae com 362 indivíduos coletados distribuídos em oito espécies. As espécies mais abundantes foram os
caracídeos Serrapinnus notomelas (Eigenmann, 1915) e Hyphessobrycon moniliger Moreira, Lima & Costa, 2002, que juntas representaram 23,93% do total de indivíduos coletados. Cada evento de coleta acrescentou ao menos uma espécie a mais na listagem. Os índices de Simpson e Shannon apontam que há uma considerável diversidade na área. A curva do coletor calculada aponta que 53 espécies são esperadas na área, o que indica que o empenho do estudo para o conhecimento ictiofaunístico da RPPN se aproximou de uma completude. A lista das espécies de peixes bacia do alto Paraná em Mato Grosso do Sul foi atualizada, com
registro de 217 espécies, 122 gêneros, 37 famílias e oito ordens. Uma chave para identificação das espécies da RPPN Cisalpina é apresentada. |
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Taxonomia de Triportheus Cope, 1872 (Ostariophysi, Triportheidae) da bacia Platina |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
27/02/2020 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
- Fernando Rogerio de Carvalho
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Diego Jose Santana Silva
- Fernando Rogerio de Carvalho
- Maria Claudia de Souza Lima Malabarba
- Monica de Toledo Piza Ragazzo
- Tiago Pinto Carvalho
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Resumo |
Triportheus Cope, 1872 compreende os peixes popularmente conhecidos como sardinhas de água doce e abriga 16 espécies válidas. São reconhecidos dois padrões morfológicos: espécies de corpo baixo e alongado e espécies de corpo alto. Na bacia Platina, são reconhecidas duas espécies de corpo alto: Triportheus nematurus e T. pantanensis. Neste trabalho revisamos a taxonomia das espécies de Triportheus que ocorrem na bacia Platina e apresentamos chave para identificação das espécies. Foram reconhecidas cinco espécies para o sistema da bacia Platina: Triportheus nematurus (Kner, 1858), T. pantanensis Malabarba, 2004, Triportheus signatus (Garman, 1890) e duas espécies não descritas: Triportheus sp.n.1, do alto rio Paraguai e Triportheus sp.n.2, do alto rio Paraná. Triportheus nematurus é diagnosticada por escamas da linha pré-dorsal dispostas irregularmente, 33-37 escamas perfuradas da linha lateral e 38-48 rastros presentes na porção inferior (ceratobranquial) do primeiro arco branquial; T. pantanensis por escamas da linha lateral dispostas irregularmente, 28-32 escamas perfuradas da linha lateral e 26-32 rastros na porção inferior (ceratobranquial) do primeiro arco branquial; T. signatus por escamas da linha pré-dorsal dispostas regularmente, em série, 34-38 escamas perfuradas da linha lateral e 37-44 rastros na porção inferior (ceratobranquial) do primeiro arco branquial; Triportheus sp.n.1 por escamas da linha pré-dorsal dispostas regularmente, em série, 31-34 escamas perfuradas da linha lateral, 24-29 rastros presentes na porção inferior (ceratobranquial) do primeiro arco branquial e altura do corpo na origem da nadadeira dorsal entre 33,8%-39,6% CP; Triportheus sp.n.2 por escamas da linha prédorsal dispostas regularmente, em série, 36-38 escamas perfuradas da linha lateral, 29-32 rastros na porção inferior (ceratobranquial) do primeiro rastro branquial e altura do corpo entre 29,6%-31,8% CP. Uma chave para identicação das espécies da bacia Platina, bem como comentários sobre as relações de Triportheus e Triportheidae são fornecidas. |
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Estudo de padrões cariotípicos conflitantes em três espécies de aranhas das famílias Deinopidae, Theridiidae e Uloboridae (Araneae, Entelegynae) |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
27/02/2020 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
|
Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Lucas Henrique Bonfim de Souza
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Banca |
- Douglas de Araujo
- Edihanne Gamarra Arguelho
- Luciana Bolsoni Lourenço
- Marielle Cristina Schneider
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Resumo |
Araneae é um grupo megadiverso e apresenta escassos estudos citogenéticos. Deinopidae é uma família com 64 espécies e sem qualquer estudo cromossômico. Já em Theridiidae, apesar de possuir 30 espécies cariotipadas, devido à sua diversidade, com 2.512 espécies, tornam-se necessários estudos, principalmente em subfamílias que não possuem nenhuma análise cariológica. Alguns gêneros já analisados do ponto de vista cromossômico evidenciaram características interessantes, como Uloborus, o qual, com apenas quatro espécies investigadas citogeneticamente, mostrou variações interpopulacionais e interespecíficas do cariótipo. Este trabalho teve como objetivo analisar cromossomicamente espécies dos gêneros Uloborus (Uloboridae), Deinopis (Deinopidae) e Thwaitesia (Theridiidae) e, contribuindo para discussões citotaxonomicas e da evolução cromossômica destes grupos. Após dissecadas, as gônadas foram tratadas com colchicina (0,16%, 2 h), hipotonizadas (H2O, 15 min) e fixadas (metanol:ácido acético - 3:1). As lâminas foram preparadas pela técnica de suspensão celular e coradas com Giemsa. Posteriormente, as células em divisão foram fotografadas e algumas lâminas foram impregnadas pelo nitrato de prata para observar regiões organizadoras de nucléolo (RON). Uloborus trilineatus apresentou metáfases mitóticas do citótipo I com 2n♂ = 18 e 2n♀ = 20, do citótipo II com 2n♂ = 19 e 2n♀ = 22 e do citótipo III com 2n♀ = 21, todos com morfologia cromossômica exclusivamente telocêntrica. Enquanto que nas células meióticas do citótipo I, espermatócitos I com 8II + X1X2 nos diplótenos e n = 10 e n = 8 nas metáfases II foram observados, no citótipo II somente espermatócitos I em diplóteno foram amostrados, com a configuração de 8II + X1X2X3. Existe em U. trilineatus uma variação intrapopulacional do SCS, ♂X1X2/♀X1X1X2X2 e ♂X1X2X3/♀X1X1X2X2X3X3, nas três localidades estudadas, entretanto, o número de autossomos é conservado no gênero Uloborus. A presença de indivíduos com 2n♀ = 21 levou a três hipóteses: SCS atípico, presença de cromossomo B ou rearranjo cromossômico em heterozigose envolvendo autossomos. Deinopis plurituberculata mostrou mitoses com 2n♂ = 40 e 2n♀ = 44 com todos cromossomos telocêntricos (alguns espécimes apresentaram cromossomos B) e 2n♂ = 39 e 2n♀ = 43 com um cromossomo metacêntrico e o restante telocêntrico (heterozigotos para fusão cêntrica). Nos espermatócitos de D. biaculeata e D. plurituberculata foram observados 18II + X1X2X3X4, sendo o Sistema Cromossômico Sexual (SCS) confirmado pelas metáfases II com n = 22 e n = 18. Exclusivamente os indivíduos de D. plurituberculata com o rearranjo mostraram diplótenos com 16II + 1III + X1X2X3X4 e metáfases II com n = 21 e n = 17. Em Deinopidae, o primeiro estudo cromossômico na família evidencia um número diploide relativamente alto, corroborando filogenias que a posicionam de forma basal no grado UDOH + clado RTA. Deinopis biaculeata e D. plurituberculata possuem um SCS do tipo
♂X1X2X3X4/♀X1X1X2X2X3X3X4X4, raro em aranhas. A presença de fusão cêntrica em apenas uma população de D. plurituberculata sugere baixa capacidade de dispersão da espécie. A ausência de homozigotos para a fusão sugere inviabilidade destes ou necessidade de aumento da amostragem de D. plurituberculata da população com o rearranjo. Em D. plurituberculata foram detectados cromossomos B, com variação numérica interpopulacional, intrapopulacional e intraindividual. Em Thwaitesia bracteata células mitóticas de machos e fêmeas evidenciaram 2n = 22 com todos os cromossomos possuindo dois braços. Tanto T. affinis quanto T. bracteata mostraram espermatócitos I em diplóteno com 10II + X1X2 e em metáfase II com n = 12 e n = 10. Em T. bracteata provavelmente ocorreu um grande evento de inversão pericêntrica do tipo “tudo ou nada” e o fato do mesmo número diploide ocorrer tanto em machos quanto em fêmeas com SCS do tipo X1X2 levantou três possibilidades: fêmeas homozigotas para rearranjos cromossômicos, duas espécies diferentes ou perda de cromossomos durante o preparo das lâminas. Com os resultados de meiose encontrados em T. affinis, podemos descartar a possibilidade das fêmeas com 2n♀ = 22 identificadas como T. bracteata terem sido reconhecidas erroneamente e se tratarem de T. affinis. O padrão de um par cromossômico portador de RONs, observado em D. plurituberculata, T. bracteata e U. trilineatus, é conservado na maioria das aranhas. |
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Histologia e histomorfometria hepática de anuros do Pantanal - Mato Grosso do Sul |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
06/03/2019 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
- Carlos Eurico dos Santos Fernandes
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Taynara Ribeiro Farias Leão
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Banca |
- Carlos Eurico dos Santos Fernandes
- Juliane Silberschmidt Freitas
- Lia Raquel de Souza Santos
- Rodrigo Zieri
- Vanda Lucia Ferreira
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Resumo |
O Pantanal é caracterizado por apresentar um ciclo de cheias e secas, além da ampla
distribuição de espécies e alta densidade de populações de vertebrados. Este padrão é
observado para anuros, onde encontramos 56 espécies na planície e arredores, divididas
em oito famílias diferentes. Anuros necessitam de ambientes específicos para completarem
seu ciclo de vida, pois na maioria das vezes apresentam fase larval aquática, além de
respiração cutânea, tornando-os dependentes de regiões úmidas. Aspectos anatômicos e
histológicos desses organismos, têm sido empregues como biomarcadores potenciais no
estudo das interações indivíduo e meio ambiente, pois variam de acordo com alterações
ambientais, sejam elas antrópicas ou naturais. Dentre os órgãos biomarcadores, o fígado,
maior glândula encontrada nos vertebrados, é utilizado devido a facilidade de coleta e o
papel que desempenha no organismo. Dentre as principais funções deste órgão, estão o
processamento de nutrientes absorvidos no sistema digestório, afim de que possam ser
utilizados por outros órgãos, secreção biliar, síntese de proteínas, metabolismo de
substâncias exógenas e armazenamento de glicogênio e lipídios, sendo esta última, de
fundamental importância para animais que estivam. Alguns processos biológicos naturais,
como a época reprodutiva, alteram padrões hepáticos, uma vez que a energia estocada é
recrutada para ser utilizada durante a gametogênese, comportamentos de corte, defesas
territoriais ou cuidado parental, refletindo na histologia e histometria. Considerando os
anuros como vertebrados dependentes de ambientes úmidos para sobrevivência e que
modificações nestes ambientes alteram os padrões morfológicos hepáticos, o conhecimento
das caraterísticas morfofuncionais naturais desse tecido, permitiria estudos comparativos
entre espécies, bem como, a frequência e ou o registro de variações intraespecíficas,
relacionadas a sexo por exemplo. Portanto, o desenvolvimento de instrumentos técnicos
simples e de baixo custo, capazes de detectar respostas biológicas significativas, são
cruciais no sentido de entender respostas biológicas relacionadas a alterações naturais do
ecossistema, além de avaliar a plasticidade e papel do fígado nesses animais. |
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Estudo taxonômico de Senopterina Macquart, 1835 (Diptera, Platystomatidae) |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/02/2019 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
- Ramon Jose Correa Luciano de Mello
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- João Paulo Vinicios Rodrigues
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Banca |
- Alessandre Pereira Colavite
- Gustavo Graciolli
- Kirstern Lica Follmann Haseyamaa
- Lisiane Dilli Wendt
- Ramon Jose Correa Luciano de Mello
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Resumo |
Senopterina pertencente à família Platystomatidae, o gênero é atualmente composto por 15 espécies com distribuição restrita ao Novo Mundo. Podem ser reconhecidos por apresentarem tamanho corpóreo de 04—15mm, coloração castanho clara a preto, fronte nua ou coberta por pequenas cerdas branco-amarelada, tórax com reflexos metálicos variando do azul, verde a violeta e asas hialinas com um padrão de manchas em banda a partir da Sc até M, base da asa exceto a álula, br, região basal da r4+5, dm-cu, com ou sem mancha escura se iniciando na veia r-m estendendo até a margem superior da asa. Neste trabalho é apresentado um estudo taxonômico das espécies de Senopterina que ocorrem no Brasil. Foram redescritas as espécies S. brevipes, a distribuição dessa espécie foi ampliada para os estados do Acre, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Santa Catarina e Tocantins, e S. macularis, a distribuição desta espécie foi ampliada para os estados do Amapá, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. Três novas espécies foram descritas para o Brasil, Senopterina sp. nov. 1 para as localidades de Amapá, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rondônia, Senopterina sp. nov. 2 para as localidades de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia e Senopterina sp. nov. 3 para as localidades de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Roraima, também foi apresentada uma chave dicotômica para estas cinco espécies. |
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Artropofauna em ninhos de arara-azul no Pantanal do Miranda |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
27/02/2019 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
- Neiva Maria Robaldo Guedes
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Orientando(s) |
- Vivian Ayumi Fujizawa Nacagava
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Banca |
- Gláucia Helena Fernandes Seixas
- Gustavo Graciolli
- Rodrigo Aranda
- Silvio Favero
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Resumo |
Ninhos de aves são considerados micro-habitats para artrópodes, podendo ser
explorados diversas espécies. O objetivo desse trabalho foi descrever a comunidade
de artrópodes presentes na cama do ninho de arara-azul, além de verificar se há
diferenças na riqueza e composição de espécies de artrópodes na cama de ninhos
naturais e artificiais, antes e durante o período reprodutivo; se há diferenças na
composição quanto à espécie de ave que está ocupando a ninho, a espécie arbórea
onde o ninho está inserido e ao tipo de local onde o ninho está localizado; e se a
distância entre os ninhos influencia na composição de artoprodes dos ninhos. Para
isso foram realizadas coletas das camas dos ninhos naturais e artificiais de ararasazuis, no Refúgio Ecológico Caiman, Miranda, MS, Brasil, no ano de 2017, durante os
períodos não reprodutivo (maio e junho) e reprodutivo (novembro e dezembro). Para
tanto, amostramos 18 ninhos artificiais e 18 de ninhos naturais, e 21 ninhos artificiais
e 18 ninhos naturais, respectivamente. Foram encontrados 6774 indivíduos,
pertencentes a 59 morfotipos, sendo a Coleoptera a ordem mais rica e o
Ologamasidae (Acari) o morfotipo mais abundante. A comunidade não apresentou
diferenças de riqueza e similaridade entre os tipos e os fatores analisados. Com, com
isso o micro-habitat da cavidade e a adição de matéria orgânica, são fatores mais
importantes para a comunidade de artrópodes nos ninhos de arara-azul.
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Hershkovitzia Guimarães & D’Andretta, 1956 (Diptera, Nycteribiidae): Revisão taxonômica, filogenia e associação histórica de seus hospedeiros |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
25/02/2019 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- ANALIA GLADYS AUTINO
- Claudio José Barros de Carvalho
- Gustavo Graciolli
- Ramon Jose Correa Luciano de Mello
- Ricardo Guerrero
- Ronaldo Toma
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Resumo |
Hershkovitzia Guimarães & D’Andretta pertence à Nycteribiidae, onde
seus indivíduos são hematófagos e exclusivamente ectoparasitas de morcegos. Seus
indivíduos são encontrados na Região Neotropical. Hershkovitzia parasitam morcegos da
família Thyropteridae, na qual está incluído apenas Thyroptera Spix, 1823. Acreditava-se
que Hershkovitzia apresentavam um padrão de associação 1:1 com seus hospedeiros,
exceto por H. cabala e Hershkovitzia sp. nov. 2 que compartilham o mesmo hospedeiro. O
objetivo do primeiro capítulo foi em realizar a revisão taxonômica das espécies conhecias
atualmente para o gênero, H. primitiva Guimarães & D’Andretta, 1956, H. coeca Theodor,
1967, H. inaequalis Theodor, 1967 e H. cabala Peterson & Lacey, 1985. A aquisição do
material foi através de empréstimos de coleções científicas nacionais e estrangeiras. Uma
chave dicotômica de identificação é apresentada após a redescrição do gênero, elaborada a
partir dos principais caracteres diagnósticos das estruturas externas de cada espécie. Para
cada espécie são apresentados desenhos esquemáticos do abdome, cabeça e pernas.
Foram descritas duas novas espécies. O objetivo do segundo capítulo foi testar a monofilia
de Hershkovitzia, hipotetizar as relações filogenéticas entre as espécies de Hershkovitzia e
hipotetizar os eventos que geraram o atual padrão de associação entre as espécies de
Hershkovitzia e Thyroptera. A matriz foi realizada através de levantamentos de caracteres
morfológicos e as análises de parcimônia foram realizadas no software Tree Analysis Using
New Technology (TNT 1.1). Para a associação histórica dos parasitos com seus
hospedeiros, foi necessário a filogenia de Thyroptera e para isso, foi modificada a matriz de
caracteres apresentada por Solari et al. (2004). Para as análises cofilogenéticas, foi utilizado
o software JANE 4.0. Hershkovitzia se apresentou monofilético, assim como também
Thyroptera. Como não se sabe o hospedeiro de H. coeca, foram confeccionados cinco
conectogramas, ligando H. coeca com cada espécie de Thyroptera. Em cada cenário
coevolutivo hipotético, geraram apenas uma solução, em todos eles indicam que
Hershkovitzia surgiu com o ancestral hipotético de Thyroptera e 50% dos eventos ocorridos
foram de coespeciação.
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Parâmetros histológicos e histométricos do rim exócrino de piranhas Pygocentrus nattereri (Characiformes: Serrasalmidae) provenientes do Pantanal sul-mato-grossense |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
25/02/2019 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
- Carlos Eurico dos Santos Fernandes
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Sandriely Fernanda Marcondes
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Banca |
- Carlos Eurico dos Santos Fernandes
- Classius de Oliveira
- Fernando Rogerio de Carvalho
- Marciana Sanabria
- Mario Kurtz Filho
- Robson Andrade Rodrigues
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Resumo |
Pygocentrus nattereri (Characiformes: Serrasalmidae) é um peixe neotropical e no Brasil são
conhecidos como piranha, piranha vermelha e piranha amarela. P. nattereri é considerada
uma espécie abundante na bacia hidrográfica do Pantanal e pode ser encontrada por entre
a vegetação aquática durante o período reprodutivo. A região do Pantanal é considerada
uma das áreas úmidas mais extensas do planeta e possui um grande volume de
precipitação distribuída em poucos meses, favorecendo pulsos de inundação, aumentando a
riqueza e a abundância de peixes.Essas mudanças sazonais no ambiente podem alterar os
mecanismos fisiológicos dos peixes e causar alterações nas brânquias, fígado, baço e rins.
As principais funções da porção exócrina do rim estão relacionadas à osmorregulação,
excreção e hematopoiese, tornando este órgão suscetível a alterações ambientais. Além
disso, não há estudos sobre a morfologia renal em P. nattereri nem relacionados a
diferenças entre machos e fêmeas, nem em relação a mudanças nas variações sazonais.
Além disso, poucos estudos demonstraram características histológicas quantitativas, ou
seja, características como densidade estrutural volumétrica e histomorfometria tecidual.
Essas técnicas, seguindo a histologia clássica, podem contribuir para novos conhecimentos
sobre a fisiopatologia renal dos peixes. Assim, o objetivo deste estudo foi descrever a
histologia e morfologia do rim exócrino em P. nattereri utilizando técnicas histométricas
quantitativas. |
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Análise cromossômica em aranhas do gênero Micrathena Sundevall 1833 (Araneidae) |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
22/02/2019 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
- Marielle Cristina Schneider
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Orientando(s) |
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Banca |
- Ana Lúcia Dias
- André Marsola Giroti
- Diego Jose Santana Silva
- Diovani Piscor
- Douglas de Araujo
- Viviane Fagundes de Mattos
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Resumo |
Araneidae é a terceira maior família da ordem Araneae quanto ao número de espécies
descritas taxonomicamente e citogeneticamente. Micrathena é um dos 175 gêneros desta família, é
exclusivo das Américas/Caribe, bastante especioso composto por aranhas com espinhos que possuem
dimorfismo sexual bem evidente. Atualmente, as espécies desse gênero estão separadas em 12 grupos.
O objetivo deste trabalho foi analisar sete espécies de Micrathena a fim de verificar se os grupos de
espécies também possuem características cromossômicas que os distinguem entre si e discutir a
evolução cromossômica no gênero. As preparações cromossômicas foram obtidas de gônadas, fixadas
em lâminas e posteriormente submetidas à coloração convencional com Giemsa 3%, bandamento C,
impregnação pelo nitrato de prata (Ag-RON) e hibridização in situ fluorescente (FISH) com sonda de
rDNA 18S. Além disso, foram realizadas as medidas do comprimento diploide total do cariótipo
(TCL). Os resultados mostraram que houve uma variação de 4,6 vezes no número diploide entre as
espécies analisadas e, uma diversificação na morfologia cromossômica. Micrathena plana revelou ter
2n♂ = 11 = 10 + X, o menor número diploide encontrado entre as aranhas da superfamília Araneoidea
e Sistema Cromossômico Sexual (SCS) pouco comum para a família. Micrathena excavata apresentou
2n♂ = 24 = 22 + X1X2, em ambos os casos a morfologia cromossômica foi exclusivamente
metacêntrica. Micrathena macfarlanei, por sua vez mostrou 2n♀ = 32, com cariótipo contendo 18
cromossomos telocêntricos e 14 metacêntricos. Os resultados encontrados corroboram com a formação
do clado composto por estas espécies, ou seja, com números diploides mais baixos quando
comparadas com as demais e com cromossomos com dois braços. Micrathena swainsoni mostrou 2n♂
= 46 = 42 + X1X2X3X4, Micrathena perfida 2n♀ = 52, Micrathena spinosa 2n♀ = 54 e Micrathena
crassispina 2n♂ = 50 = 46 + X1X2X3X4 e um macho revelou 2n♂ = 51 = 46 + X1X2X3X4X5. Estas
espécies apresentaram números diploides altos e morfologia exclusivamente telocêntrica, sendo que o
2n♂ = 51 encontrado em M. crassispina é o maior número diploide em Araneidae. Os SCS dos tipos
X1X2X3X4 e X1X2X3X4X5 são extremamente raros em aranhas. Apenas em M. crassispina, M. perfida,
M. spinosa e M. swainoni o bandeamento C mostrou marcações tênues de heterocromatina constitutiva
nas regiões proximal e distal de alguns cromossomos. Todas as espécies, exceto M. excavata,
apresentaram resultados positivos quanto submetidas a técnica de Ag-RON. Em M. macfarlanei, M.
swainsoni, M. spinosa e M. crassispina as marcações ocorreram na região terminal de dois
cromossomos e em M. plana estas foram encontradas em três cromossomos do cariótipo, sendo que
um deles, as marcações foram visualizadas nos dois braços cromossômicos. A técnica de hibridização
in situ fluorescente (FISH) com sonda de rDNA 18S confirmou os resultados obtidos com a impregnação pelo íon prata, revelando sítios de rDNA em três cromossomos de M. plana, sendo um deles nas duas extremidades, e dois cromossomos de M. swainsoni. Os resultados de FISH utilizando a sonda de rDNA 18S, são os primeiros em Araneidae. Os TCLs não foram estatisticamente diferentes
(Kruskal–Wallis, p = 0,4412), indicando que os rearranjos cromossômicos em Micrathena não envolveram perda ou ganho significativo de material genético. Foi proposta uma hipótese para a origem dos cariótipos observados em M. swainsoni, M. crassispina, M. excavata e M. plana, a partir do cariótipo mais frequente em Araneoidea 2n♂ = 24 = 22 + X1X2 com cromossomos telocêntricos. |
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The effects of phylogeny, morphology, and prey availability on the partitioning of trophic resources in an anuran community |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
22/02/2019 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Denise De Cerqueira Rossa Feres
- Diego Jose Santana Silva
- Fabio de Oliveira Roque
- Francis Luiz Santos Caldas
- MICHEL VARAJAO GAREY
- TIAGO GOMES DOS SANTOS
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Resumo |
Anuros são considerados modelos para estudos de ecologia de comunidades. Uma das razões é que, durante a estação chuvosa, diferentes espécies colonizam o mesmo habitat e podem dividir os recursos disponíveis com outras espécies. A maioria dos anuros são considerados predadores generalistas e sua dieta tende a refletir a disponibilidade de presas. Geralmente as diferenças observadas nos valores de sobreposição de nicho trófico encontradas são explicadas pelo tamanho do anuro e pelas categorias taxonômicas das presas. No entanto, os padrões de particionamento de recursos também podem ser explicados com base nas características das linhagens evolutivas da comunidade. Assim, testamos se os valores de sobreposição de nicho trófico são influenciados direta ou indiretamente via morfometria ou por uma ancestralidade comum (filogenia). Considerando que avaliamos a disponibilidade de presas neste estudo, testamos se a incorporação de dados de disponibilidade altera os valores de sobreposição entre as espécies. Em geral, não encontramos efeito de filogenia e morfometria na partição de recursos tróficos na comunidade estudada. Provavelmente na escala em que estudamos, a disponibilidade de recursos e o impacto do indivíduo no ambiente podem ser mais importantes em determinar a partição dos recursos tróficos. Isso se acentua principalmente no caso dos anuros, onde a maioria das espécies é considerada predadora generalista. Além disso, a abordagem que utilizamos revelou que a inclusão dos dados de disponibilidade e similaridade do recurso altera significativamente os valores de sobreposição entre as espécies. Este resultado sugere que pelo menos parte da discussão atual sobre a sobreposição de nicho trófico em anuros pode mudar se incorporarmos dados de disponibilidade e similaridade de presas. |
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Selection of reproductive microhabitats by Boana punctata (Anura: Hylidae) males in an urban area of midwest Brazil |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
21/02/2019 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
|
Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- André Pansonato
- Franco Leandro de Souza
- Leonardo Felipe Bairos Moreira
- Liliana Piatti
- Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos
- Vanda Lucia Ferreira
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Resumo |
It is important for many animals to select a suitable reproductive microhabitat, since its
environmental traits may influence reproductive success. In this way, most species of anurans
require very specific reproductive resources, exhibiting preferences for microhabitats with
specific characteristics. The choice of specific sites for breeding may be influenced by biotic
and abiotic factor of environment. The selection of reproductive microhabitats is one of the
most important components in the natural history of anurans, and understanding how decisions
are made by these animals or what resources guide their choices are good questions to be
studied. In this work we characterized the reproductive microhabitat used by individuals of
Boana punctata; evaluated whether males of B. punctata choose reproductive microhabitats
non-randomly; investigated which environmental features modulate the choice of reproductive
microhabitat and analyzed whether the choice of reproductive microhabitat is different for
males that achieve spawning. Our results suggest that vegetation structure is important for B.
punctata males to select reproductive microhabitats. All analyses showed that males chose
microhabitats with higher height than randomly available in the habitat. Univariate tests showed
a higher vegetation density at occupied than available places, although these differences
disappeared when considering the individual as a random factor in the conditional logistic
regression model. |
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