HÁBITO ALIMENTAR DE TATU-CANASTRA, PRIODONTES MAXIMUS (KERR, 1792) NO PANTANAL DA NHECOLÂNDIA, MATO GROSSO DO SUL |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
17/06/2021 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
- Arnaud Léonard Jean Desbiez
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Natália Nascimento Teixeira da Silva
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Banca |
- Adriano Garcia Chiarello
- Arnaud Léonard Jean Desbiez
- Guilherme de Miranda Mourão
- Gustavo Graciolli
- Maria Luisa da Silva Pinto Jorge
- Yamil Edgardo Di Blanco
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Resumo |
Conhecer os hábitos alimentares de uma espécie e a variação na dieta dentro de populações, é de extrema importância para saber a dinâmica e uso de nicho entre os indivíduos, se há preferência e mudança na ingestão de itens consumidos de acordo com o sexo e faixa etária. O objetivo deste trabalho é descrever e identificar os itens alimentares que compõem a dieta do tatu-canastra, Priodontes maximus (Kerr, 1792), através da análise de amostras fecais. O material foi coletado entre os anos de 2011 e 2020 na área da Fazenda Baía das Pedras, localizada no Pantanal da Nhecolândia, no Mato Grosso do Sul. Foram analisadas 114 amostras, os itens foram identificados e classificados até o menor nível taxonômico possível, de acordo com a integridade do material encontrado. Os itens encontrados foram separados em nove categorias. A composição da dieta não diferiu entre sexos e faixas etárias, no entanto, machos consumiram itens em maior quantidade. Cupins (Isoptera) foram encontrados em todas as amostras (FO = 100%) e formigas (Hymenoptera) foram o segundo item mais comum (FO = 96,55%). Apesar dos invertebrados serem um grupo chave na dieta da espécie, sementes tiveram grande contribuição para a massa total dos itens consumidos (FR = 94,49%) e estiveram presentes em 72,41% das amostras. Sendo assim, demonstramos que a dieta do tatu-canastra é mais diversa do que tem sido proposto na literatura e sugerimos que essa espécie seja reclassificada como um insetívoro generalista fossorial, ao invés de um insetívoro especialista. |
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Mudanças climáticas do Pleistoceno impulsionaram a diversidade genética da rã-chorona, Physalaemus albonotatus (Steindachner, 1864) (Anura, Leptodactylidae) |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/05/2021 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Renata Serejo Martins Souza
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Banca |
- Cynthia Peralta De Almeida Prado
- Diego Jose Santana Silva
- Eliana Faria de Oliveira
- Felipe de Medeiros Magalhães
- Rafael Felix de Magalhães
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Resumo |
A região Neotropical abriga uma variedade de áreas biogeograficamente distintas e megadiversas, composta por vários biomas e ecorregiões. Utilizando táxons neotropicais em estudos filogeográficos, é possível entender, além da própria história desses organismos, os mecanismos de formação e diversificação da região onde ocorrem. Fatores bióticos e abióticos históricos influenciaram a diversificação e especiação dos taxa da América do Sul e as mudanças climáticas que ocorreram durante o Quaternário afetaram a estruturação das espécies que se diversificaram a aproximadamente dois milhões de anos atrás. Neste trabalho analisamos a estrutura, flutuação populacional e os processos de dispersão de Physalaemus albonotatus. Esta é uma espécie de rã terrestre, típica de áreas abertas e ocorre nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e sudoeste de Goiás, além do Paraguai e regiões do Chaco na Bolívia e na Argentina. Para compreender esses padrões, amplificamos 39 sequências do gene mitocondrial COI de P. albonotatus. Análises populacionais demonstram a existência de quatro populações, duas localizadas no estado de Mato Grosso do Sul, uma no estado de Mato Grosso e uma na Argentina. As populações de P. albonotatus apresentaram 31 haplótipos e um alto nível de diversidade haplotípica. A análise de história demográfica recuperou, mesmo que lentamente, uma expansão populacional de P. albonotatus ao longo do tempo. Os modelos de nicho ecológico projetados no Holoceno Médio, Último Máximo Glacial e Último Interglacial sugerem que as regiões de habitat adequado sofreram mudanças ao longo do tempo. Assim, sugerimos que P. albonotatus trata-se de um único táxon com variações genéticas intraespecíficas e que as alterações climáticas ocorridas no Pleistoceno parecem ter exercido uma influência significativa sobre a estrutura genética da população dessa espécie. |
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Biologia reprodutiva e dieta de Ameerega picta (Tschudi, 1838) (Anura, Dendrobatidae) na borda oeste do Pantanal de Mato Grosso do Sul |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
20/05/2021 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
- Nelson Rufino de Albuquerque
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Coorientador(es) |
- Gabriel Paganini Faggioni
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Orientando(s) |
- Yasmin Cristine Aguero Pereira
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Banca |
- Cinthia Aguirre Brasileiro
- Liliana Piatti
- Nelson Rufino de Albuquerque
- Reuber Albuquerque Brandão
- Rogério Pereira Bastos
- Vanda Lucia Ferreira
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Resumo |
Limitações para sobrevivência, desenvolvimento e reprodução estão diretamente ligadas ao conceito de nicho de um indivíduo. Juntamente com essas características, as interações bióticas e a disponibilidade de hábitats definirão os locais de ocorrência das populações ao longo da distribuição da espécie. Populações periféricas estão susceptíveis a experimentar limites ambientais e geográficos. O presente trabalho visa investigar a reprodução e dieta de Ameerega picta, localizada na borda oeste do Pantanal. Fizemos coletas mensais entre agosto de 2019 e fevereiro de 2020 por meio de técnicas de encontro visual e auditivo. Analisamos a relação entre o número de ovócitos, comprimento rostro-cloacal (CRC) e massa corpórea (MC) de fêmeas, relações de esforço reprodutivo com possíveis preditores para ambos os sexos. Investigamos quais presas compõem a dieta de A. picta e se o volume estomacal (VE) está relacionado ao sexo e ao CRC. Utilizamos modelos lineares, representados por hipóteses biológicas, e em seguida fizemos a seleção de modelos baseada no critério de Akaike. A espécie apresentou dimorfismo sexual, com fêmeas maiores e mais pesadas que machos. A MC das fêmeas foi um bom preditor para o número de ovócitos, sem influência do CRC. O número de ovócitos maduros foi o melhor preditor para a massa das gônadas das fêmeas. Para ER das fêmeas, a MC foi a melhor preditora, já para machos, duas hipóteses apresentaram-se aceitas: a primeira demonstra que o ER é uniforme em relação ao CRC, e a segunda indica que machos de tamanhos intermediários possuem maiores valores de ER. As principais presas encontradas foram formigas, vespas, cupins, ácaros e besouros, com formigas tendo maior índice de importância relativa. O VE não foi influenciado pelo sexo, mas sim pelo CRC, demonstrando que anuros maiores consomem presas em maior quantidade. O consumo de formigas é recorrente para dendrobatídeos devido ao sequestro de alcaloides armazenados em sua pele. A presença de dimorfismo sexual pode estar ligada ao papel dos machos no cuidado parental durante os períodos reprodutivos. Conclui-se que o VE é influenciado pelo CRC, o número de ovócitos é dependente da MC, a massa da gônada está associada à quantidade de ovócitos maduros e o ER de machos é independente do CRC ou MC, com um segundo modelo apresentando machos de tamanhos intermediários com valores extremos de ER. |
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Parâmetros reprodutivos de Leptodactylus podicipinus (Amphibia: Anura: Leptodactylidae) em ambiente antropizado |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
29/04/2021 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- GABRIEL ADAN ARAUJO LEITE
- Marciana Sanabria
- Marina Trevizan Guerra
- Roberta Azeredo Murta da Fonseca
- Rodrigo Aranda
- Vanda Lucia Ferreira
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Resumo |
Os anuros possuem diversas estratégias reprodutivas associadas intimamente à
dinâmica germinativa do testículo e a produção espermática. Leptodactylus podicipinus
apresenta alta plasticidade reprodutiva e ampla distribuição geográfica, comumente
encontrados em ambientes antropizados. Embora seja capaz de se reproduzir o ano
todo, o conhecimento acerca da sua estrutura testicular nesses habitats é escasso. O
presente estudo avaliou a organização celular do testículo, características morfológicas
dos espermatozoides desta espécie em um ambiente urbano. Neste estudo foram
utilizados 11 machos sexualmente maduros. As coletas foram realizadas por meio de
excursões noturnas durante os períodos de abril e setembro, o período coincidiu com a
pós-estação chuvosa. Dados biométricos, tais como massa testicular, comprimento
rostro-cloacal e massa corporal absoluta foram associados com as variáveis de
parâmetros espermáticos (tamanho da cabeça e cauda dos espermatozoides). Foram
realizadas avaliações da morfologia espermática e cálculos estereológicos do testículo.
Os resultados apresentaram correlações entre a massa testicular e o tamanho dos
espermatozoides, sendo positiva em relação ao tamanho da cabeça e negativa em
relação ao tamanho da cauda. A área de lóculo e o tamanho da cauda dos
espermatozoides também apresentou correlação negativa. Houve cabeças e caudas
dos espermatozoides com morfologia distinta do padrão descrito para a espécie. A
estrutura germinativa apresentou mais de 50% da área locular composta por
espermatozoides, 17% de espermátides, 16% de espermatócitos e 1% de
espermatogônias. Os resultados obtidos contribuem para o conhecimento dos aspectos
relacionados à biologia reprodutiva do Leptodactylus podicipinus em ambiente urbano. |
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Trilobitas Malvinocáfricos da Sub-bacia Alto Garças (Devoniano Inferior, Bacia do Paraná, Brasil): composição e taxonomia. |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
10/03/2021 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
- Mirian Liza Alves Forancelli Pacheco
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Orientando(s) |
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Banca |
- Gustavo Graciolli
- HEITOR ROBERTO DIAS FRANCISCHINI
- JULIANA DE MORAES LEME
- Luiz Eduardo Roland Tavares
- Nelson Rufino de Albuquerque
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Resumo |
Identificamos e descrevemos novos espécimes de trilobitas atribuídos às famílias Calmoniidae
e Homalonotidae, na porção noroeste da Bacia do Paraná, Sub-bacia Alto Garças, Grupo
Chapada 2 (Pragiano-Emsiano). Seis espécies de calmonídeos de cinco gêneros distintos e
uma espécie de Burmeisteria, coletados na região do município de Rio Verde de Mato Grosso
(MS), ampliam a composição da fauna de trilobitas devonianos dessa parte da Bacia.
Considerando uma ligação da sub-bacia com a região andina dos afloramentos bolivianos e
outras duas unidades deposicionais brasileiras contemporâneas (Bacia do Parnaíba e Subbacia Apucarana), observamos a posição bioestratigráfica de componentes dessa fauna e sua
correlação com essas unidades. Metacryphaeus meloi Carvalho, Edgecombe & Lieberman
1997, inédito na Bacia do Paraná, revela-se aqui em posição bioestratigráfica mais antiga em
relação a espécimes relatados em afloramentos do Membro Passagem da Formação Cabeças
da Bacia do Parnaíba, de idade frasniana-fammeniana, assim como Burmeisteria notica e
Metacryphaeus australis Clarke 1913 em outros afloramentos, menos recentes, dessa mesma
Bacia. A presente investigação também revelou Pennaia pauliana Clarke 1913, Calmonia
signifer Clarke 1913 e Kozlowskiaspis subseciva (Clarke 1913). Espécimes inéditos de Bainella
são aqui diagnosticados como uma espécie nova, sua distinção dentro dos subgêneros Bainella
(Bainella) e Bainella (Belenops) Eldredge & Braniša 1980, ao tempo em que indicam uma
possível via de dispersão paleogeográfica. A distribuição das espécies da Bacia do Paraná é
aqui levantada, enumerando as espécies atualmente válidas. |
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Avaliação da toxicidade reprodutiva de ratos Wistar adultos expostos ao perclorato de sódio (NaClo4) durante período intrauterino e pós natal |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
13/11/2020 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Kely Cristina Neves dos Santos
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Banca |
- Carlos Eurico dos Santos Fernandes
- GABRIEL ADAN ARAUJO LEITE
- Lilian Franco Belussi
- Marciana Sanabria
- Maria Araujo Teixeira
- Marina Trevizan Guerra
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Resumo |
O perclorato (ClO4-) é um contaminante ambiental encontrado no solo e água
potável, e foi detectado em alimentos, produtos lácteos, leite materno e outros fluidos
biológicos. Ele é um desregulador endócrino e pode acarretar problemas no desenvolvimento, reprodução e comportamento sexual de animais e seres humanos. Avaliamos os efeitos da exposição in útero e lactacional ao perclorato de sódio (NaClO4) sobre o sistema genital da prole masculina de ratos Wistar, que foram alocadas em três grupos: controle que recebeu somente água destilada (veículo) e tratados nas doses de 10mg/Kg/dia e 100mg/Kg/dia de NaClO4. Os tratamentos foram realizados via oral (gavage) do dia gestacional 12 ao final da lactação. Ratos com 90 dias de idade foram avaliados quanto ao peso corporal e ao peso dos
órgãos. Utilizamos os testículos e epidídimos direitos para avaliar os parâmetros
espermáticos, através do cálculo da produção diária de espermatozoides (PDE), número de espermátides maduras, número de espermatozoides, tempo de trânsito espermático e morfologia espermática. Os testículos e epidídimos esquerdos foram destinados para analises histológicas. O comportamento sexual e a fertilidade foram avaliados em ratos com 120 dias de idade, e para isso realizamos acasalamento naturais com fêmeas não tratadas. O NaClO4 causou diminuição no peso corporal de ratos tratados com 10mg/kg/dia. No grupo tratado com 100mg/kg/dia ocorreu diminuição do peso da próstata e na PDE (p < 0,05). Os grupos tratados apresentaram diminuição significativa na quantidade de espermatozoides normais. As
analises histológicas evidenciaram a presença de células anormais, evidenciado através da presença de células germinativas no lúmen. Contudo o comportamento sexual e os testes de fertilidade não tiveram alterações significativas. Concluímos, que o NaClO4 é um provável agente causador de deterioração da qualidade espermática e de desordens do sistema genital da prole masculina adulta de ratos Wistar. |
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Ichthyofauna of the Salobra River delta, Mato Grosso do Sul State, Brazil: historical and contemporary context |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
24/07/2020 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
- Fernando Rogerio de Carvalho
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Edmund Tanner
- Fernando Cesar Paiva Dagosta
- Fernando Rogerio de Carvalho
- Luiz Fernando Caserta Tencatt
- Ramon Jose Correa Luciano de Mello
- Yzel Rondon Súarez
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Resumo |
Neste estudo, realizamos a primeira tentativa de catalogar a comunidade de peixes do delta do rio Salobra, Pantanal, Mato Grosso do Sul, Brasil, realizando pesquisas na ictiofauna local e usando fotografias subaquáticas ad libitum para entender a composição da assembleia de peixes e desenvolver uma visão sobre o uso de habitats pelas espécies. As coletas foram realizadas entre abril e outubro de 2019 e as observações ad libitum, entre maio de 2018 e março de 2020. Nossos resultados mostraram que a comunidade de peixes do delta do rio Salobra está em conformidade com o padrão para habitats de água doce neotropicais, com predominância de Characiformes e Siluriformes. Foram coletados 17917 indivíduos, representantes de sete ordens, 27 famílias, 58 gêneros e 76 espécies. As observações ad libitum possibilitaram registrar 18 espécies não amostradas nos métodos de captura. Dadas as intensas pressões antropogênicas infligidas à ictiofauna de água doce neotropical, é urgente que os déficits de conhecimento sejam reduzidos e que se reconheça grupos mais suscetíveis as diferentes pressões. Para tal, é fundamental
desenvolvimento de conhecimento científico por meio de pesquisas de campo, observações e estudos taxonômicos. |
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Metazoários endoparasitas em Ophiodes cf. striatus (Sauria: Anguidae, Diplogossinae) |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
30/04/2020 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Felipe Bisaggio Pereira
- Fernando Paiva
- Luiz Eduardo Roland Tavares
- Priscilla Soares dos Santos
- Robson Waldemar Avila
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Resumo |
O presente trabalho teve como objetivo, descrever a composição da fauna
parasitária e caracterizar os parasitas recuperados em Ophiodes cf. striatus, capturados ao leste do estado de Mato Grosso do Sul, e noroeste do estado de São Paulo. Foram examinados e necropsiados 35 lagartos, dos quais 77% estavam parasitados. Em um único hospedeiro havia no máximo quatro taxons diferentes de endoparasitas. A identificação dos parasitas foi baseada em caracteres morfológicos clássicos, empregando técnicas de microscopia de luz e ou eletrônica de varredura. Foi quantificado um total de 20.070 espécimes, classificados em 11 famílias, nove pertencentes ao filo Nematoda: intederminado (1); Ascarididae gen. sp.
(135); Cosmocerca parva (3); Kathlaniidae gen. sp. (19.565); Skrjabinodon sp. (28);
Rhabdias sp.(162); Strongyloides cruzi (135); Physaloptera lutzi (29); Acuariidae gen. sp.(7), e 2 ao filo Acanthocephala: Centrorhynchus sp. (4) e Neoncicola sp.(1). Formas parasitárias imaturas compreenderam 55% da riqueza parasitária encontrada, configurando O. cf. striatus como importante hospedeiro paratênico ou intermediário nos ecossistemas em questão. Os resultados apresentados contribuem para a inclusão de O. cf. striatus como hospedeiro definitivo de C. parva e P. lutzi; bem como caracteriza essa espécie de lagarto como hospedeiro paratênico de Centrorhynchus sp. e Neoncicola sp. |
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Metazoários endoparasitas em Ophiodes cf. striatus (Sauria: Anguidae, Diplogossinae) |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
30/04/2020 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Felipe Bisaggio Pereira
- Fernando Paiva
- Luiz Eduardo Roland Tavares
- Priscilla Soares dos Santos
- Robson Waldemar Avila
- Samuel Cardozo Ribeiro
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Resumo |
O presente trabalho teve como objetivo, descrever a composição da fauna
parasitária e caracterizar os parasitas recuperados em Ophiodes cf. striatus, capturados ao leste do estado de Mato Grosso do Sul, e noroeste do estado de São Paulo. Foram examinados e necropsiados 35 lagartos, dos quais 77% estavam parasitados. Em um único hospedeiro havia no máximo quatro taxons diferentes de endoparasitas. A identificação dos parasitas foi baseada em caracteres morfológicos clássicos, empregando técnicas de microscopia de luz e ou eletrônica de varredura. Foi quantificado um total de 20.070 espécimes, classificados em 11 famílias, nove pertencentes ao filo Nematoda: intederminado (1); Ascarididae gen. sp.
(135); Cosmocerca parva (3); Kathlaniidae gen. sp. (19.565); Skrjabinodon sp. (28);
Rhabdias sp.(162); Strongyloides cruzi (135); Physaloptera lutzi (29); Acuariidae gen. sp.(7), e 2 ao filo Acanthocephala: Centrorhynchus sp. (4) e Neoncicola sp.(1). Formas parasitárias imaturas compreenderam 55% da riqueza parasitária encontrada, configurando O. cf. striatus como importante hospedeiro paratênico ou intermediário nos ecossistemas em questão. Os resultados apresentados contribuem para a inclusão de O. cf. striatus como hospedeiro definitivo de C. parva e P. lutzi; bem como caracteriza essa espécie de lagarto como hospedeiro paratênico de Centrorhynchus sp. e Neoncicola sp. |
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Ciclos reprodutivos e superfície de fitness da serpente Dipsas turgida |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
17/04/2020 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Pedro Abi-Rezik Barros Vianna
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Banca |
- Classius de Oliveira
- Lilian Franco Belussi
- Luisa Maria Diele Viegas Costa Silva
- Marciana Sanabria
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Resumo |
Estudar características reprodutivas de serpentes proporciona oportunidade única de verificar padrões reprodutivos interespecíficos e, também, analisar como estratégias evolutivas perseveram na espécie. No presente trabalho exploramos a teoria da história de vida em duas perspectivas, a primeira possui uma abordagem morfológica reprodutiva, comparando os sexos e interespecificamente. Por fim, construímos a paisagem adaptativa da serpente Dipsas turgida, baseada em suas características morfológicas, para identificar os tipos de seleção presentes e o fenótipo ótimo para cada sexo da espécie. A presença de dimorfismo sexual de cauda e corpo foi corroborada respectivamente pela ANCOVA e ANOVA. Utilizamos regressões lineares para testar relação alométrica de caracteres morfológicos. Fêmeas se tornam maiores que os machos após ambos atingirem a maturidade sexual, porém a cauda dos
machos é mais longa. O tamanho do corpo, tanto de machos quanto de fêmeas, se relaciona positivamente com o tamanho do testículo e dos ovos, respectivamente. Com exceção do ciclo reprodutivo das fêmeas, Dipsas turgida possui características reprodutivas similares à maioria das espécies de Dipsadinae. Construímos os gradientes de seleção a partir de um modelo generalizado aditivo. Estes sugerem que o comprimento rostro-cloacal nas fêmeas está evoluindo sob seleção estabilizadora, provavelmente tem seu crescimento limitado por suas presas de baixo índice calórico, e o comprimento caudal sob seleção direcional positiva, indivíduos que habitam os limites de suas áreas de distribuição podem favorecer a capacidade locomotora e de dispersão. O modo de seleção do comprimento rostro-cloacal dos machos
não apresentou nenhum padrão claro, enquanto o comprimento caudal está evoluindo sob seleção direcional positiva, que além de favorecer a dispersão e locomoção, é alvo da seleção sexual. |
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Evolução do formato de corpo em girinos neotropicais |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
09/04/2020 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Aline Pedroso Lorenz
- Diogo Borges Provete
- Fernando Rogerio de Carvalho
- Leandro Rabello Monteiro
- Luiz Norberto Weber
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Resumo |
Larvas de anfíbios anuros possuem ciclo de vida complexo. Esse mecanismo possibilitou que girinos evoluíssem distintamente dos adultos e consequentemente resultou numa maior diversidade de formas nas larvas. A maioria das larvas de anuros ocorrem em ambientes lênticos. Entretanto, algumas linhagens colonizaram recentemente ambientes lóticos. Essa transição de uma zona adaptativa para outra pode ter acelerado a diversificação de fenótipos como forma de lidar com as diferentes pressões seletivas do novo ambiente. Esse fenômeno de diversificação também ocorre em escalas mais finas, dentro de gêneros como Melanophryniscus, cujos girinos ocorrem em poça, riacho e bromélias, mas possuem forma de corpo muito semelhante de modo geral. O objetivo deste trabalho foi testar se a taxa de evolução do formato de corpo varia entre habitats com hidrodinâmica e heterogeneidade distintas. Usamos dados do ambiente e morfometria geométrica em conjunto com métodos filogenéticos comparativos recentemente desenvolvidos para dados multivariados para medir a forma de larvas de 54 espécies aninhadas dentro de Neobatrachia e 17 espécies de Melanophryniscus. Na escala filogenética mais ampla, larvas de anuros que habitam riachos tiveram maior taxa de evolução do que as que ocorrem em poças. No entanto, a taxa de evolução do formato do corpo variou bastante dentro de algumas linhagens. Encontramos seis picos adaptativos para a vista lateral e quatro para a dorsal em girinos de Neobatrachia. Para Melanophryniscus, a taxa de evolução da forma de larvas que habitam poças foi maior do que as de riachos e bromélias, mas a diferença de taxas não foi significativa. Além disso, nossos resultados mostram que o ambiente influencia a forma, mas o sinal filogenético é baixo. Esses resultados sugerem que em Melanophryniscus processos adaptativos atuaram especificamente para alterar a forma independente das relações filogenéticas. Em suma, nossos resultados sugerem que diferentes processos evolutivos (e.g., deriva, seleção) geraram padrões distintos para as escalas filogenéticas abordadas em nosso estudo. |
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Abordagem integrativa da anurofauna de uma zona de transição Amazônia-Cerrado do Oeste do Tocantins |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
31/03/2020 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Carla Santana Cassini
- Fernanda de Pinho Werneck
- Fernando Rogerio de Carvalho
- Sarah Mangia Barros
- Thaís Barreto Guedes da Costa
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Resumo |
Áreas de transição abrigam altos níveis de biodiversidade devido ao ambiente heterogêneo, e tem atraido mais atenção dos pesquisadores nos últimos anos. O domínio do Cerrado está localizado geograficamente entre outros domínios brasileiros, apresentando extensas áreas de transição. A maior área de contato é Cerrado-Amazônia, moldada por um mosaico irregular de ambientes com características únicas. Atualmente, a riqueza de anfíbios do estado do Tocantins provavelmente está subestimada, já que vários municípios não têm informações sobre a diversidade de anfíbios, principalmente nas áreas de transição entre domínios. Aqui, apresentamos a riqueza de anfíbios de uma área de transição Cerrado-Amazônia no estado do Tocantins. Realizamos quatro expedições ao município de Caseara e distribuímos nossos pontos de amostragem em cinco grandes áreas, onde realizamos buscas ativas diurnas e noturnas, e distribuímos armadilhas do tipo pitfall traps ao longo do gradiente ambiental. Identificamos os espécimes coletados através de uma abordagem integrativa (morfológica, bioacústica e mtDNA). Registramos 43 espécies de anfíbios, distribuídas em oito famílias. Encontramos novos registros de espécies de anfíbios para Tocantins e Cerrado; fornecemos dados acústicos para 17 espécies, incluindo informações sobre variação geográfica e novos dados para algumas espécies descritas e linhagens ainda não nomeadas. Essas novas linhagens também foram reconhecidas por análises moleculares, e também adicionamos novos dados 16S para várias espécies que contribuirão para estudos futuros. A taxonomia integrativa revelou que a riqueza conhecida dessas e de outras áreas podem estar subestimadas, uma vez que esse método permitiu a identificação de espécies desconhecidas. Incentivamos o uso da abordagem integrativa em outras áreas, que fornecerá dados consistentes para as políticas de conservação. |
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Filogeografia da rã-venenosa Ameerega berohoka Vaz-Silva & Maciel, 2011 (Anura, Dendrobatidae) nos planaltos do Brasil Central |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
26/03/2020 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Diego Jose Santana Silva
- Diogo Boaventura Fonseca
- Mariana Mira Vasconcellos
- Maria Tereza Chiarioni Thomé
- Natan Medeiros Maciel
- Renata Magalhães Pirani
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Resumo |
Diferentes mecanismos foram responsáveis pela diversificação dos diversos grupos taxonômicos no Cerrado. Acredita-se que, para as espécies do gênero Ameerega que ocupam o Cerrado (gr. A. braccata), houve uma rápida diversificação das espécies in-situ após o estabelecimento de condições geoclimáticas favoráveis, bem como deslocamentos contínuos para a região leste do Brasil após o surgimento de extensas áreas úmidas durante o Mioceno tardio e o início do Pleistoceno. No presente trabalho, analisamos diversificação, demografia histórica e como os efeitos históricos, tais como o surgimento do Planalto Central e as flutuações climáticas do Pleistoceno, podem ter afetado a distribuição atual de Ameerega berohoka. Esta espécie ocorre nos planaltos do Brasil Central, entre os estados de Goiás (GO), Mato Grosso (MT) e Mato Grosso do Sul (MS). Nós sequenciamos 34 amostras do gene mitocondrial 16S rRNA, 24 do gene nuclear rodopsina (RHO) e 18 do gene nuclear proopiomelanocortina (POMC) de A. berohoka. Por meio da análise populacional Geneland, encontramos duas populações: uma mais ao norte, na porção do Cerrado de GO e a segunda, localizada ao sul da primeira, com ocorrência no Cerrado de MS. As duas populações apresentaram uma divergência genética de 2 a 3% para o gene 16S. Por meio da construção de redes de haplótipos, encontramos para as duas populações, um total de cinco haplótipos para o gene 16S, com um nível de diversidade haplotípica baixa (0,455) e sem compartilhamento entre as populações. Já para o nuDNA RHO, encontramos quatro haplótipos com compartilhamento entre as duas populações e com alta diversidade haplotípica (0,709). O nuDNA POMC apresentou dois haplótipos, um para cada população. Para a análise de demografia histórica, realizamos o teste Tajima D para cada população e para cada gene isoladamente. A análise apresentou valor significativo apenas no gene RHO, para a população de MS. Embora o valor não tenha sido significativo, o índice negativo apresentado para o gene 16S da população de MS, pode indicar uma expansão recente. A quebra populacional encontrada para a espécie Ameerega berohoka pode estar relacionada não só as intensas atividades geológicas do Planalto Central, mas também as mudanças climáticas que ocorreram durante o Quaternário. |
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Análise morfométrica de Odontomachus chelifer (Latreille, 1802) e Odontomachus meinerti Forel, 1905 (Hymenoptera: Formicidae) e o efeito dos fatores ambientais na morfologia de diferentes populações de Odontomachus chelifer (Latreille, 1802) em fragmentos urbanos de Cerrado |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
20/03/2020 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Suelen Sandim de Carvalho
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Banca |
- Itanna Oliveira Fernandes
- Jacques Hubert Charles Delabie
- Márlon César Pereira
- Ramon Jose Correa Luciano de Mello
- Rodrigo Aranda
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Resumo |
Os ambientes florestais veem sendo fragmentados ao longo dos anos, separando-os em grandes ilhas isoladas, interferindo na biodiversidade e biologia dos animais. As formigas são indivíduos que compõem um dos três grupos de artrópodes mais comuns nestes fragmentos, onde também são encontradas espécies comuns de áreas florestadas. Assim, as áreas verdes urbanas abrigam uma alta diversidade de espécies de formigas, o que contribui para a manutenção da mirmecofauna do bioma ao qual a cidade está inserida. Considerando que as formigas são bons modelos para examinar padrões alométricos interespecíficos do dimorfismo em relação ao tamanho do corpo e de inter-relacionamentos entre diferentes populações o objetivo deste trabalho foi verificar a ocorrência de alterações morfológicas entre diferentes populações de Odontomachus chelifer (Latreille, 1802) e Odontomachus meinerti Forel, 1905 nos fragmentos urbanos de Cerrado, e o efeito dos fatores ambientais na morfologia de diferentes populações de Odontomachus chelifer (Latreille, 1802). Para isso, foram analisados espécimes coletados em quatro fragmentos urbanos de Cerrado no município de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. As formigas foram coletadas através de armadilhas do tipo pitfall, onde 51 armadilhas foram instaladas em uma área de 100m2 em cada um dos 26 pontos amostrados. Como resultado obtivemos 324 exemplares, pertencentes as espécies Odontomachus chelifer e Odontomachus meinerti. Os caracteres que mais evidenciaram as diferenças entre as duas espécies foram o comprimento do gáster, a cabeça e o mesossoma. O número de árvores e a profundidade da serapilheira, foram destacados como os fatores que mais interferiram na morfologia dos indivíduos. Assim verificamos que os ambientes mais estruturados, com maior heterogeneidade ambiental e menor interferência da malha urbana, apresentaram indivíduos morfologicamente mais próximos do que ambientes menos heterogêneos. Dessa forma, é possível verificar a diferença morfológica entre diferentes populações da mesma espécie, decorrentes do ambiente que ambos vivem. |
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Ritmo nictemeral de Phlebotominae (Diptera: Psychodidae) no município de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
03/03/2020 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
- Alessandra Gutierrez de Oliveira
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Moacir Diony Gonçalves Lino Borges
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Banca |
- Alessandra Gutierrez de Oliveira
- Andrey José de Andrade
- Gustavo Graciolli
- Mara Cristina Pinto
- Reginaldo Peçanha Brazil
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Resumo |
Estudos sobre o ritmo nictemeral de flebotomíneos são importantes para saúde pública, pois podem contribuir para a orientação de medidas de controle na transmissão de Leishmania. Este estudo tem como objetivo observar o ritmo nictemeral de flebotomíneos em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil. As coletas foram realizadas de maio de 2018 a outubro de 2019 em duas áreas florestais: uma na área urbana (bairro Rita Vieira: latitude de 20 ° 33'40,03 '' sul e longitude de 54 ° 36'06,44 '' oeste), e a outra na área rural (Estância São João: Latitude 27 ° 37'10,73 '' Sul e Longitude 54 ° 31'57,33 '' Oeste). As coletas mensais foram conduzidas durante 24 horas de forma ininterrupta em barracas de Shannon nas cores branca e preta. Foram coletados 160 flebotomíneos. Destes, 131 no bairro Rita Vieira - região urbana e 29 na Estância São João, zona rural. As espécies identificadas na área urbana foram: Lutzomyia longipalpis, Pintomyia christenseni, Nyssomyia whitmani, Brumptomyia avellari, Evandromyia lenti e Psathyromyia bigeniculata. Na área rural, as espécies identificadas foram as mesmas acima, com exceção de Nyssomyia whitmani e adição de Psathyromyia punctigeniculata. Pintomyia christenseni e Evandromyia lenti foram as espécies mais prevalentes na área rural (31,03 % do total de espécimes cada) e Lutzomyia longipalpis na área urbana, com maior presença entre junho e agosto de 2018 (91,15%) e julho de 2019 (86,29%). A atividade diária ocorreu entre as 17h e as 04h na área urbana e das 17h às 02h na área rural. Do total de 115 exemplares de Lu. longipalpis, 55,65% foram coletados sobre os pesquisadores, confirmando a alta antropofilia desta espécie. |
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Comunidade de Mamíferos de Médio e Grande Porte em uma Paisagem Fragmentada no Sudeste de Mato Grosso do Sul, Centro-Oeste do Brasil |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/02/2020 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Ana Carolina Srbek de Araujo
- Emygdio Leite De Araujo Monteiro Filho
- Fabiana Rocha Mendes
- Grasiela Edith de Oliveira Porfirio Petry
- Jose Ragusa Netto
- Marcelo Oscar Bordignon
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Resumo |
A perda e fragmentação de habitats representam uma das maiores ameaças às espécies de mamíferos pois provocam mudanças na paisagem, diminuindo a área florestada e a conectividade, aumentando o número de fragmentos e o efeito de borda. Conhecer quais e quantas espécies habitam remanescentes antropizados pode auxiliar no reconhecimento das necessidades mínimas de sobrevivência de cada espécie, contribuindo para sua conservação. O objetivo deste estudo foi conhecer a composição da comunidade de mamíferos de médio e grande porte em uma área com intensa atividade agropecuária no sudeste de Mato Grosso do Sul. O estudo foi feito na Fazenda Dona Amélia, localizada no município de Nova Andradina, com área total de 4.600 ha, sendo 1.135 ha composta pela reserva legal da propriedade e matas ciliares adjacentes. O local encontra-se no limite de transição do Cerrado no seu limite sul e da Mata Atlântica em seu limite oeste. Nove armadilhas fotográficas foram distribuídas aleatoriamente (a cada 600m) em cinco fragmentos florestais de diferentes tamanhos, sendo o menor de sete hectares e o maior com 961 hectares, além de uma área de mata ciliar, durante outubro de 2014 a dezembro de 2016. Em uma segunda fase de monitoramento, oito armadilhas fotográficas foram instaladas de julho de 2017 e outubro de 2018, no fragmento maior 9961 ha) e também em duas matas ciliares do entorno. Um esforço total de 8.998 câmeras-dias resultou em 23.611 registros. Três espécies domésticas, uma exótica e 26 silvestres distribuídas em nove ordens e 14 famílias foram registradas. A ordem Carnivora apresentou a maior riqueza correspondendo a 46,15% das espécies registradas, seguida das ordens Cingulata (11,53%) e Artiodactyla (11,53%). A família mais representativa foi Felidae com cinco espécies. A anta (Tapirus terrestris) foi a espécie mais frequente com 49,75% dos registros, seguida do cateto (Pecari tajacu) com 14,63%. Um total de 82,51% dos registros foram representados por apenas sete espécies. A comunidade de mamíferos registrada no local representa 55,31% das espécies do Estado de Mato Grosso do Sul, sendo que 11 espécies estão na categoria “ameaçadas” no Brasil. A grande riqueza de carnívoros (12 espécies) registrada nesta comunidade é de extrema importância para a preservação in loco, pois são considerados animais topo de cadeia alimentar influenciando na dinâmica e integridade da comunidade local. A presença de espécies raras e ameaçadas tais como o tatu-canastra (Priodontes maximus) e o cachorro-vinagre (Speothos venaticus), demonstra que a área, apesar da intensa atividade agropecuária, apresenta condições ambientais e disponibilidade de recursos suficientes para sustentar uma comunidade altamente representativa de mamíferos de médio e grande porte do cerrado brasileiro. |
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Ictiofauna da RPPN Cisalpina e peixes da bacia do alto rio Paraná em Mato Grosso do Sul |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/02/2020 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
- Fernando Rogerio de Carvalho
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Coorientador(es) |
- Maria Jose Alencar Vilela
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Orientando(s) |
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Banca |
- Elaine Antoniassi Luiz Kashiwaqui
- Fernando Rogerio de Carvalho
- Jose Ragusa Netto
- Renata Rúbia Ota
- Yzel Rondon Súarez
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Resumo |
A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Cisalpina é uma importante
unidade de conservação do estado de Mato Grosso do Sul. Ela abriga o principal
remanescente das formações vegetais características das várzeas inundáveis do rio Paraná, ecossistema mais afetado pelo enchimento do reservatório de Porto Primavera da Usina hidroelétrica (UHE) Engenheiro Sérgio Motta, na divisa SP/MS. Neste trabalho, realizamos o levantamento ictiofaunístico da RPPN Cisalpina, com análise da estruturação das comunidades na área e as possíveis variações temporais, além da atualização da lista das espécies de peixes da bacia do alto rio Paraná em Mato Grosso do Sul, com exemplares testemunho em coleções científicas. Foram realizados nove eventos de coletas nos anos de 2006, 2007, 2017, 2018 e 2019. Foram analisados 3.968 exemplares distribuídos em 51 espécies, 41 gêneros, 18 famílias e seis ordens. Characidae apresentou maior número de espécies (16) e maior número de indivíduos coletados (2.929), seguida por Cichlidae com 362 indivíduos coletados distribuídos em oito espécies. As espécies mais abundantes foram os
caracídeos Serrapinnus notomelas (Eigenmann, 1915) e Hyphessobrycon moniliger Moreira, Lima & Costa, 2002, que juntas representaram 23,93% do total de indivíduos coletados. Cada evento de coleta acrescentou ao menos uma espécie a mais na listagem. Os índices de Simpson e Shannon apontam que há uma considerável diversidade na área. A curva do coletor calculada aponta que 53 espécies são esperadas na área, o que indica que o empenho do estudo para o conhecimento ictiofaunístico da RPPN se aproximou de uma completude. A lista das espécies de peixes bacia do alto Paraná em Mato Grosso do Sul foi atualizada, com
registro de 217 espécies, 122 gêneros, 37 famílias e oito ordens. Uma chave para identificação das espécies da RPPN Cisalpina é apresentada. |
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Taxonomia de Triportheus Cope, 1872 (Ostariophysi, Triportheidae) da bacia Platina |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
27/02/2020 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
- Fernando Rogerio de Carvalho
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Diego Jose Santana Silva
- Fernando Rogerio de Carvalho
- Maria Claudia de Souza Lima Malabarba
- Monica de Toledo Piza Ragazzo
- Tiago Pinto Carvalho
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Resumo |
Triportheus Cope, 1872 compreende os peixes popularmente conhecidos como sardinhas de água doce e abriga 16 espécies válidas. São reconhecidos dois padrões morfológicos: espécies de corpo baixo e alongado e espécies de corpo alto. Na bacia Platina, são reconhecidas duas espécies de corpo alto: Triportheus nematurus e T. pantanensis. Neste trabalho revisamos a taxonomia das espécies de Triportheus que ocorrem na bacia Platina e apresentamos chave para identificação das espécies. Foram reconhecidas cinco espécies para o sistema da bacia Platina: Triportheus nematurus (Kner, 1858), T. pantanensis Malabarba, 2004, Triportheus signatus (Garman, 1890) e duas espécies não descritas: Triportheus sp.n.1, do alto rio Paraguai e Triportheus sp.n.2, do alto rio Paraná. Triportheus nematurus é diagnosticada por escamas da linha pré-dorsal dispostas irregularmente, 33-37 escamas perfuradas da linha lateral e 38-48 rastros presentes na porção inferior (ceratobranquial) do primeiro arco branquial; T. pantanensis por escamas da linha lateral dispostas irregularmente, 28-32 escamas perfuradas da linha lateral e 26-32 rastros na porção inferior (ceratobranquial) do primeiro arco branquial; T. signatus por escamas da linha pré-dorsal dispostas regularmente, em série, 34-38 escamas perfuradas da linha lateral e 37-44 rastros na porção inferior (ceratobranquial) do primeiro arco branquial; Triportheus sp.n.1 por escamas da linha pré-dorsal dispostas regularmente, em série, 31-34 escamas perfuradas da linha lateral, 24-29 rastros presentes na porção inferior (ceratobranquial) do primeiro arco branquial e altura do corpo na origem da nadadeira dorsal entre 33,8%-39,6% CP; Triportheus sp.n.2 por escamas da linha prédorsal dispostas regularmente, em série, 36-38 escamas perfuradas da linha lateral, 29-32 rastros na porção inferior (ceratobranquial) do primeiro rastro branquial e altura do corpo entre 29,6%-31,8% CP. Uma chave para identicação das espécies da bacia Platina, bem como comentários sobre as relações de Triportheus e Triportheidae são fornecidas. |
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Estudo de padrões cariotípicos conflitantes em três espécies de aranhas das famílias Deinopidae, Theridiidae e Uloboridae (Araneae, Entelegynae) |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
27/02/2020 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Lucas Henrique Bonfim de Souza
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Banca |
- Douglas de Araujo
- Edihanne Gamarra Arguelho
- Luciana Bolsoni Lourenço
- Marielle Cristina Schneider
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Resumo |
Araneae é um grupo megadiverso e apresenta escassos estudos citogenéticos. Deinopidae é uma família com 64 espécies e sem qualquer estudo cromossômico. Já em Theridiidae, apesar de possuir 30 espécies cariotipadas, devido à sua diversidade, com 2.512 espécies, tornam-se necessários estudos, principalmente em subfamílias que não possuem nenhuma análise cariológica. Alguns gêneros já analisados do ponto de vista cromossômico evidenciaram características interessantes, como Uloborus, o qual, com apenas quatro espécies investigadas citogeneticamente, mostrou variações interpopulacionais e interespecíficas do cariótipo. Este trabalho teve como objetivo analisar cromossomicamente espécies dos gêneros Uloborus (Uloboridae), Deinopis (Deinopidae) e Thwaitesia (Theridiidae) e, contribuindo para discussões citotaxonomicas e da evolução cromossômica destes grupos. Após dissecadas, as gônadas foram tratadas com colchicina (0,16%, 2 h), hipotonizadas (H2O, 15 min) e fixadas (metanol:ácido acético - 3:1). As lâminas foram preparadas pela técnica de suspensão celular e coradas com Giemsa. Posteriormente, as células em divisão foram fotografadas e algumas lâminas foram impregnadas pelo nitrato de prata para observar regiões organizadoras de nucléolo (RON). Uloborus trilineatus apresentou metáfases mitóticas do citótipo I com 2n♂ = 18 e 2n♀ = 20, do citótipo II com 2n♂ = 19 e 2n♀ = 22 e do citótipo III com 2n♀ = 21, todos com morfologia cromossômica exclusivamente telocêntrica. Enquanto que nas células meióticas do citótipo I, espermatócitos I com 8II + X1X2 nos diplótenos e n = 10 e n = 8 nas metáfases II foram observados, no citótipo II somente espermatócitos I em diplóteno foram amostrados, com a configuração de 8II + X1X2X3. Existe em U. trilineatus uma variação intrapopulacional do SCS, ♂X1X2/♀X1X1X2X2 e ♂X1X2X3/♀X1X1X2X2X3X3, nas três localidades estudadas, entretanto, o número de autossomos é conservado no gênero Uloborus. A presença de indivíduos com 2n♀ = 21 levou a três hipóteses: SCS atípico, presença de cromossomo B ou rearranjo cromossômico em heterozigose envolvendo autossomos. Deinopis plurituberculata mostrou mitoses com 2n♂ = 40 e 2n♀ = 44 com todos cromossomos telocêntricos (alguns espécimes apresentaram cromossomos B) e 2n♂ = 39 e 2n♀ = 43 com um cromossomo metacêntrico e o restante telocêntrico (heterozigotos para fusão cêntrica). Nos espermatócitos de D. biaculeata e D. plurituberculata foram observados 18II + X1X2X3X4, sendo o Sistema Cromossômico Sexual (SCS) confirmado pelas metáfases II com n = 22 e n = 18. Exclusivamente os indivíduos de D. plurituberculata com o rearranjo mostraram diplótenos com 16II + 1III + X1X2X3X4 e metáfases II com n = 21 e n = 17. Em Deinopidae, o primeiro estudo cromossômico na família evidencia um número diploide relativamente alto, corroborando filogenias que a posicionam de forma basal no grado UDOH + clado RTA. Deinopis biaculeata e D. plurituberculata possuem um SCS do tipo
♂X1X2X3X4/♀X1X1X2X2X3X3X4X4, raro em aranhas. A presença de fusão cêntrica em apenas uma população de D. plurituberculata sugere baixa capacidade de dispersão da espécie. A ausência de homozigotos para a fusão sugere inviabilidade destes ou necessidade de aumento da amostragem de D. plurituberculata da população com o rearranjo. Em D. plurituberculata foram detectados cromossomos B, com variação numérica interpopulacional, intrapopulacional e intraindividual. Em Thwaitesia bracteata células mitóticas de machos e fêmeas evidenciaram 2n = 22 com todos os cromossomos possuindo dois braços. Tanto T. affinis quanto T. bracteata mostraram espermatócitos I em diplóteno com 10II + X1X2 e em metáfase II com n = 12 e n = 10. Em T. bracteata provavelmente ocorreu um grande evento de inversão pericêntrica do tipo “tudo ou nada” e o fato do mesmo número diploide ocorrer tanto em machos quanto em fêmeas com SCS do tipo X1X2 levantou três possibilidades: fêmeas homozigotas para rearranjos cromossômicos, duas espécies diferentes ou perda de cromossomos durante o preparo das lâminas. Com os resultados de meiose encontrados em T. affinis, podemos descartar a possibilidade das fêmeas com 2n♀ = 22 identificadas como T. bracteata terem sido reconhecidas erroneamente e se tratarem de T. affinis. O padrão de um par cromossômico portador de RONs, observado em D. plurituberculata, T. bracteata e U. trilineatus, é conservado na maioria das aranhas. |
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Histologia e histomorfometria hepática de anuros do Pantanal - Mato Grosso do Sul |
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Curso |
Mestrado em Biologia Animal |
Tipo |
Dissertação |
Data |
06/03/2019 |
Área |
ZOOLOGIA |
Orientador(es) |
- Carlos Eurico dos Santos Fernandes
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Taynara Ribeiro Farias Leão
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Banca |
- Carlos Eurico dos Santos Fernandes
- Juliane Silberschmidt Freitas
- Lia Raquel de Souza Santos
- Rodrigo Zieri
- Vanda Lucia Ferreira
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Resumo |
O Pantanal é caracterizado por apresentar um ciclo de cheias e secas, além da ampla
distribuição de espécies e alta densidade de populações de vertebrados. Este padrão é
observado para anuros, onde encontramos 56 espécies na planície e arredores, divididas
em oito famílias diferentes. Anuros necessitam de ambientes específicos para completarem
seu ciclo de vida, pois na maioria das vezes apresentam fase larval aquática, além de
respiração cutânea, tornando-os dependentes de regiões úmidas. Aspectos anatômicos e
histológicos desses organismos, têm sido empregues como biomarcadores potenciais no
estudo das interações indivíduo e meio ambiente, pois variam de acordo com alterações
ambientais, sejam elas antrópicas ou naturais. Dentre os órgãos biomarcadores, o fígado,
maior glândula encontrada nos vertebrados, é utilizado devido a facilidade de coleta e o
papel que desempenha no organismo. Dentre as principais funções deste órgão, estão o
processamento de nutrientes absorvidos no sistema digestório, afim de que possam ser
utilizados por outros órgãos, secreção biliar, síntese de proteínas, metabolismo de
substâncias exógenas e armazenamento de glicogênio e lipídios, sendo esta última, de
fundamental importância para animais que estivam. Alguns processos biológicos naturais,
como a época reprodutiva, alteram padrões hepáticos, uma vez que a energia estocada é
recrutada para ser utilizada durante a gametogênese, comportamentos de corte, defesas
territoriais ou cuidado parental, refletindo na histologia e histometria. Considerando os
anuros como vertebrados dependentes de ambientes úmidos para sobrevivência e que
modificações nestes ambientes alteram os padrões morfológicos hepáticos, o conhecimento
das caraterísticas morfofuncionais naturais desse tecido, permitiria estudos comparativos
entre espécies, bem como, a frequência e ou o registro de variações intraespecíficas,
relacionadas a sexo por exemplo. Portanto, o desenvolvimento de instrumentos técnicos
simples e de baixo custo, capazes de detectar respostas biológicas significativas, são
cruciais no sentido de entender respostas biológicas relacionadas a alterações naturais do
ecossistema, além de avaliar a plasticidade e papel do fígado nesses animais. |
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