Reforma Agrária e a luta pela terra: marcas da campesinidade no projeto de assentamento Arizona - Andradina-SP |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
28/04/2023 |
Área |
GEOGRAFIA POLÍTICA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Danilo Souza Melo
- Marco Antonio Mitidiero Junior
- Rosemeire Aparecida de Almeida
- Sedeval Nardoque
- Thiago Araujo Santos
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Resumo |
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A VIOLÊNCIA DE GÊNERO NA CIDADE DE TRÊS LAGOAS-MS |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
31/03/2023 |
Área |
GEOGRAFIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
- YASMIM SILVA DE CAMPOS GONÇALVES LEAL
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Banca |
- Elvis Christian Madureira Ramos
- Patricia Helena Mirandola Garcia
- Rafaela Fabiana Ribeiro Delcol
- Thiago Araujo Santos
- Ynes da Silva Felix
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Resumo |
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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DAS PAISAGENS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO BEBEDOURO/MS |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
24/03/2023 |
Área |
GEOGRAFIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
- Ana Carolina Fontanetti Pinto
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Banca |
- Charlei Aparecido da Silva
- Eduardo Salinas Chavez
- Mauro Henrique Soares da Silva
- Rafael Brugnolli Medeiros
- Vitor Matheus Bacani
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Resumo |
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"EXPERIÊNCIAS DE JUVENTUDES DOS ESTUDANTES DE GEOGRAFIA DA FCT/UNESP E DO CPTL-UFMS |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
24/03/2023 |
Área |
GEOGRAFIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Elvis Christian Madureira Ramos
- Nécio Turra Neto
- Rafaela Fabiana Ribeiro Delcol
- Sedeval Nardoque
- Thiago Araujo Santos
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Resumo |
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EXPERIÊNCIAS DE JUVENTUDES DOS ESTUDANTES DE GEOGRAFIA DA FCT/UNESP E DO CPTL-UFMS |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
24/03/2023 |
Área |
GEOGRAFIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Elvis Christian Madureira Ramos
- Nécio Turra Neto
- Rafaela Fabiana Ribeiro Delcol
- Sedeval Nardoque
- Thiago Araujo Santos
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Resumo |
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A SUPEREXPLORAÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO NAS AGROINDÚSTRIAS DE CELULOSE EM TRÊS LAGOAS/MS (2009-2022) |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
10/03/2023 |
Área |
GEOGRAFIA ECONÔMICA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- ANDRE LUIS AMORIM DE OLIVEIRA
- Danilo Souza Melo
- Guilherme Marini Perpetua
- Rosemeire Aparecida de Almeida
- Sedeval Nardoque
- Thiago Araujo Santos
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Resumo |
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A RELAÇÃO ENTRE A DENGUE E OS ELEMENTOS CLIMÁTICOS NO MUNICÍPIO DE PEREIRA BARRETO - SP |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
29/09/2022 |
Área |
GEOGRAFIA |
Orientador(es) |
- Gislene Figueiredo Ortiz Porangaba
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Orientando(s) |
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Banca |
- Danielle Cardozo Frasca Teixeira
- Gislene Figueiredo Ortiz Porangaba
- Janaina Lopes Moreira
- Patricia Helena Mirandola Garcia
- Rafaela Fabiana Ribeiro Delcol
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Resumo |
Com a crise de dengue registrada no município de Pereira Barreto – SP durante os meses de
novembro e dezembro de 2018 e janeiro e fevereiro de 2019, sendo esta a maior crise da
doença desde o ano de 2015, o objetivo desta pesquisa foi analisar a relação entre elementos
do clima e o número de casos de dengue no município, sendo estudado o período entre 2015
a 2021. Para alcançar o objetivo do estudo, foram utilizados dados de casos de dengue,
juntamente de dados do acumulado mensal de precipitação e temperaturas do ar da área de
estudo, com as notificações confirmadas da dengue sendo retiradas do Sistema de Informação
de Agravos de Notificação - SINAN e fornecidos pela Vigilância Epidemiológica de Pereira
Barreto, e os de chuva e temperaturas adquiridos a partir da estação agrometeorológica Santa
Adélia, da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Campus Ilha Solteira.
Para análise dos impactos dos elementos do clima no número de casos de dengue, foram
utilizados cálculos de correlação e determinação para se observar a relação direta dos
diferentes elementos e o aumento ou diminuição de casos, com a análise mensal dos dados de
cada ano do período estudado. Como conclusão, observou-se que os casos de dengue
apresentaram relação com o regime de chuvas, ocorrendo a concentração de notificações em
meses de maior precipitação. O estudo demonstrou também que a característica de ano-padrão
de 2015 se diferenciou dos anos de 2019 e 2021, e que entre os elementos climáticos, as
temperaturas mínimas apresentaram a maior estabilidade na correlação com os casos de
dengue nos anos hidrológicos em que houveram os maiores registros, demonstrando a
necessidade de temperaturas mínimas adequadas para a manutenção do ciclo do vetor. No
mesmo período, a influência das chuvas apresentaram influência não constante no período
sem defasagem, sendo mais significativa nos anos de 2015/2016 e 2020/2021 a partir das
defasagens de um e dois meses. A temperatura máxima obteve resultados que apontaram
maior influência nos anos de 2015/2016 e 2018/2019, tanto no período sem defasagem quanto
nos meses seguintes. |
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ANÁLISE DO SOLO E DA VEGETAÇÃO DE PALEOBARRAS FLUVIAIS DO TERRAÇO DO ALTO RIO PARANÁ |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
20/09/2022 |
Área |
GEOGRAFIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Climbie Ferreira Hall
- Éder Dasdoriano Porfírio Júnior
- Jose Ragusa Netto
- Mauro Henrique Soares da Silva
- Vitor Matheus Bacani
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Resumo |
O estudo e conhecimento do solo e da vegetação é essencial ao manejo das áreas de preservação. O solo tem papel fundamental na formação e entendimento da paisagem, pois fornece suporte mecânico e nutrientes para o estabelecimento e desenvolvimento das plantas, além de refinar o modelado do relevo. O conhecimento das mudanças ambientais é essencial para compreensão dos processos morfogenéticos, entender a sequência dos eventos e dessa forma elaborar estudos que auxiliem no entendimento da origem e evolução das paisagens. O presente estudo foi desenvolvido em um terraço fluvial do Alto Rio Paraná, na área está presente a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Cisalpina, que apesar de importante sofre com intervenções antrópicas que acabam ameaçando sua diversidade. Os objetivos gerais do estudo foram caracterizar e analisar a estrutura da comunidade florestal e a pedoestratigrafia de uma área de paleobarras fluviais do terraço do Alto Rio Paraná e os objetivos específicos foram analisar as características das geoformas no relevo e identificar a presença de paleobarras na paisagem, identificar e analisar as características estruturais e fisiológicas da cobertura vegetal, caracterizar e analisar a pedoestratigrafia dessa área e compreender as principais distinções e semelhanças entre a estrutura e composição da cobertura vegetal em paleobarras presentes na paisagem. Para a metodologia de solos foi realizada a abertura de trincheiras e tradagens em três paleobarras com vegetação arbórea. Para definição da topografia foi utilizado o método da mangueira de água e a análise granulométrica de sedimentos foi realizada através de peneiramento no agitador de peneiras. Para a análise da vegetação foram coletados e analisados dados em três áreas que formam paleobarras de vegetação florestal, sendo marcadas duas parcelas em cada uma das três paleobarras. Com esses dados foram elaboradas pirâmides de vegetação baseadas numa percepção geral de cada estrato e também baseado na média dos parâmetros das espécies de cada parcela. Nos resultados de solos foi possível verificar que os solos nas três áreas foram classificados como Neossolos Quartzarênicos. Pontualmente, os solos das áreas estudadas possuem grande similaridade, inclusive lateralmente, pois os resultados obtidos de centro e borda são semelhantes, independente da variação topográfica. Em relação a vegetação, dentre as parcelas amostradas o número médio de espécies vegetais amostrados foi de 156, sendo que 100 foram identificadas pelo menos ao nível de família. As pirâmides de vegetação mostraram que o estrato arbóreo apresentou maiores valores de abundância/dominância em todas as parcelas amostradas em relação aos extratos inferiores. O estrato arbustivo quando separado das lianas apresentaram sociabilidade, abundância e dominância bastante baixa, e as lianas por sua vez apresentaram valores de sociabilidade e abundância mais elevados em relação a esse estrato.
Palavras-chave: Fitofisionomias; Solo; Cerrado; Mata Atlântica.
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ANÁLISE DAS CONDIÇÕES MICROCLIMÁTICAS EM VIAS CICLOVIÁRIAS NA CIDADE DE TRÊS LAGOAS – MS |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
18/08/2022 |
Área |
GEOGRAFIA |
Orientador(es) |
- Mauro Henrique Soares da Silva
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Orientando(s) |
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Banca |
- Frederico dos Santos Gradella
- Gislene Figueiredo Ortiz Porangaba
- Hermiliano Felipe Decco
- Margarete Cristiane de Costa Trindade Amorim
- Mauro Henrique Soares da Silva
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Resumo |
O objetivo desta pesquisa foi analisar as condições microclimáticas em vias cicloviárias na cidade de Três Lagoas-MS, com destaque para sua característica arbórea, visando uma análise acerca da qualidade ambiental urbana em relação ao conforto microclimático aos usuários. Para tal, aplicou-se variados procedimentos metodológicos, distribuídos em distintas etapas, iniciando por uma revisão literária, seguida por levantamento de dados acerca das vias cicloviárias, bem como distribuição espacial, quantificação e descrição destas. Foi também analisada as características da cobertura vegetal com base no índice de vegetação de diferença normalizada (NDVI) obtido por meio do uso de imagens de satélites Sentinel 2, em distintas estações do ano, além de descrição da cobertura vegetal por meio de trabalho de campo. Além disso, com base em imagens de satélite Landsat LC8 foram elaboras Cartas de Temperatura de Superfície Terrestre, as quais foram analisadas juntamente com dados de temperatura do ar e umidade relativa do ar coletados a partir de um transecto móvel realizado em três horários ao longo do dia (08:00, 14:00 e 20:00). Tanto as cartas de Temperatura de Superfície quanto os transectos móveis foram realizados sazonalmente. Com base nestas etapas foi ainda aplicada a classificação da intensidade de ilhas de calor e ilhas de frescor ao longo do percurso do transecto móvel, para os três horários, relacionando os dados térmicos das ciclovias aos da zona rural adquirido por meio da instalação de sensor fixo para coleta de dados horários. Ainda com base no transecto foi calculado o Índice de Desconforto Térmico (IDT) para cada horário ao longo das ciclovias. Para corroborar aos resultados e compreensão desses, foram elaboradas cartas de orientação de vertente afim de correlaciona-las aos resultados termo-higrométrico. Por fim, um questionário foi aplicado levantando um breve perfil dos ciclistas, para apreender suas opiniões/percepções quanto as condições de qualidade ambiental nas vias cicloviárias de Três Lagoas. Foi possível constatar que os Trajetos com maior índice de biomassa, 03 e 05, demonstraram as menores temperaturas e maiores umidades nos horários das 08 e 20hrs, havendo uma inversão no horário das 14hrs, exceto no verão, tendo sido esta inversão no Trajeto 06. Com relação as ilha de calor/frescor estas são dinâmicas e não necessariamente seguem um padrão de ocorrência. Do ponto de vista socioespacial é possível identificar diversos pontos que fazem com que estas vias para ciclistas estão deixando a desejar. Contudo, conclui-se uma relação da presença de vegetação com menores temperaturas, e consequentemente a umidades mais elevadas, mas, sendo ainda pertinente levar em consideração que o clima urbano é dinâmico e distinto ao longo dos espaços de uma cidade, sendo pertinente planejamentos que visem atender as peculiaridades, tanto físicas quanto sociais.
Palavra- Chave: Microclima, Vegetação, Transecto Móvel, Três Lagoas-MS.
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QUESTÃO AGRÁRIA, SOBERANIA E SEGURANÇA ALIMENTAR E RESISTÊNCIA CAMPONESA POR MEIO DA AGROECOLOGIA NO LESTE DE MATO GROSSO DO SUL |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
15/07/2022 |
Área |
GEOGRAFIA REGIONAL |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
- Jhiovanna Eduarda Braghin Ferreira
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Banca |
- Estevan Leopoldo de Freitas Coca
- Marine Dubos Raoul
- Rosemeire Aparecida de Almeida
- Sedeval Nardoque
- Thiago Araujo Santos
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Resumo |
Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) evidenciam a forte concentração fundiária no Leste do estado de Mato Grosso do Sul, recorte espacial dessa pesquisa, e revelam o uso da terra ao longo dos anos. Mediante os dados, é possível analisar que, além da concentração fundiária, no Leste do estado não se tem o protagonismo na produção de alimentos básicos. Por sua vez, a expansão do capitalismo no campo reflete na sua diminuição da produção, ocorrendo a vinda de alimentos de outras regiões do país, afetando diretamente a soberania e a segurança alimentar no campo e na cidade, no estado. Contraditoriamente, a agricultura camponesa apresenta papel importante na produção de alimentos, tendo como exemplo o Assentamento 20 de Março, localizado no município de Três Lagoas, isso porque, neste município a produção de alimentos foi impulsionada pelas “papeleiras”, sobretudo a antiga Fibria (atual Suzano), mediante projetos de responsabilidade social. Posto isso, pode-se destacar a importância de se fazer Reforma Agrária e criar/investir em políticas públicas voltadas para agricultura familiar camponesa, uma vez que, os projetos de responsabilidade social não proporcionam autonomia para os camponeses. Contudo, nos governos recentes, maiormente, de Michel Temer e de Jair Bolsonaro, as políticas inerentes à Reforma Agrária e às políticas públicas voltadas para agricultura familiar camponesa sofreram desmontes, afetando diretamente os povos do campo e da cidade. Deste modo, o objetivo deste trabalho é analisar como a territorialização do capital no campo afetou a produção de alimentos básicos no Leste do estado, especialmente pela expansão dos plantios de eucalipto, bloqueando a soberania alimentar via latifúndio-produtivo. Mesmo apresentando queda expressiva e até mesmo o desaparecimento de alguns cultivos, ressalta-se que a produção de alimentos nunca foi significante desde a época em que se predominava a pecuária extensiva. Nesse sentido, na busca de compreender as dinâmicas do movimento da realidade, desdobrando-se na queda da produção de alimentos, foram traçados alguns objetivos específicos, sendo: o primeiro, relaciona-se com análise do uso da terra no Leste do estado; o segundo está associado em investigar a circulação de alimentos no estado mediante a importação de outros estados; o terceiro está relacionado em analisar os impactos causados pelo desmonte da Reforma Agrária e das políticas públicas voltadas para agricultura familiar camponesa, na segurança e soberania alimentar; o quarto, e último objetivo especifico, foi compreender como os agricultores familiares camponeses mediante a agricultura camponesa com princípios agroecológicos contribuem para produção de alimentos básicos. Para alcançar os objetivos, os caminhos metodológicos articularam-se em revisão bibliográfica, análise de dados do IBGE, da CEASA/MS, do Grupo das Hortas do PA 20 de Março e SMAS, e saídas de campo para realização de entrevistas. Em síntese, os resultados apresentados apontam que, para superação do modelo hegemônico de produção, são necessárias mudanças estruturais, como exemplo a Reforma Agrária e a Agroecologia, caminhos para a conquista da soberania e segurança alimentar no campo e na cidade e da autonomia frente aos Impérios Alimentares. |
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EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM FOCO: REALIDADE, LIMITES E POSSIBILIDADES NO CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL (UFMS) – CAMPUS TRÊS LAGOAS |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
11/04/2022 |
Área |
GEOGRAFIA |
Orientador(es) |
- Patricia Helena Mirandola Garcia
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Orientando(s) |
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Banca |
- Gislene Figueiredo Ortiz Porangaba
- Icleia Albuquerque de Vargas
- Mônica Cristine Junqueira Filheiro
- Patricia Helena Mirandola Garcia
- Rafaela Fabiana Ribeiro Delcol
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Resumo |
Estamos vivendo uma crise ambiental cada vez mais alarmante e, com isso, a presença da Educação Ambiental (EA) nos mais diversos níveis de ensino e espaços de formação é fundamental. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi de investigar a realidade da Educação Ambiental no curso de licenciatura em Geografia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), campus Três Lagoas. Por meio da aplicação de questionários, investigação de documentos orientadores da educação brasileira; analise do Projeto Pedagógico do Curso de Geografia (PPC); levantamento de laboratórios da instituição e suas áreas de concentração, foi possível compreender a realidade dos graduandos do curso no que diz respeito a formação em EA. Com isso, os resultados mostram que a instituição apresenta possibilidades de fortalecimento na formação de seus graduandos, analisando sua realidade, por meio de seus laboratórios, áreas de concentração e até mesmo na possibilidade da criação de uma disciplina específica de EA voltada a contribuir com os estudantes do curso superior.
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Família, terra e poder oligárquico em Mato Grosso do Sul: legalização do grilo, violência e expropriação indígena no território Terena |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
23/03/2022 |
Área |
GEOGRAFIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
- LUCIENE MARIA DA SILVA E SILVA
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Banca |
- Joao Edmilson Fabrini
- Marco Antonio Mitidiero Junior
- Rosemeire Aparecida de Almeida
- Sedeval Nardoque
- Thiago Araujo Santos
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Resumo |
A intensa concentração fundiária em Mato Grosso do Sul contrapõe-se à dura realidade dos povos indígenas do estado, cuja luta em movimentos de retomada de suas terras tradicionais é uma constante. Sendo o processo de colonização o elemento de expulsão de povos originários de seus territórios, a compreensão desses aspectos requer o reconhecimento das formas de ocupação e dominação das terras pelos não indígenas e os meios empregados para sua legitimação. Para tanto, o recorte da pesquisa tem seu início no período colonial, quando da política de concessão de terras, traduzida pelas normas advindas da Coroa e pelas sesmarias. Dedicou-se ao entendimento do cenário político no estado a partir do período em que a estadualização da competência para legislar em matéria fundiária se fez presente, analisando ainda as consequências do regime sesmeiro, da Lei de Terras de 1850 e as normas dela decorrentes. O estudo passa, necessariamente, pela identificação da presença de componentes familiares em cargos públicos estratégicos no estado de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul após sua criação, denotando o caráter oligárquico na ação de manutenção do poder e atendimento aos interesses de grupos hegemônicos. A pesquisa busca ainda, compreender o papel do Estado enquanto viabilizador do processo de territorialização do capital, bem como os rebatimentos decorrentes, em especial a expropriação de povos originários de seus territórios tradicionais. Para tanto, promove um reconhecimento da atuação desses agentes políticos, do período colonial até os dias atuais, evidenciando o teor ideológico presente no bojo das normas e decisões judiciais, visando legitimar a grilagem legalizada de terras no estado. Conclui-se que o conjunto normativo fundiário, seja em âmbito nacional, seja no caso de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, objeto do presente estudo, foi concebido por oligarquias agrárias que, valendo-se dos cargos ocupados e da competência legislativa deles advinda, garantiram a apropriação capitalista da terra, promovendo a concentração fundiária e o alijamento dos povos originários de seus territórios tradicionais, resultando nos movimentos de retomada. A pesquisa revelou ainda, a lógica engendrada pelas elites agrárias com vistas à formação dos latifúndios, bem como para a manuteção do padrão excludente na distribuição de terras no estado. Os dados que embasam o estudo foram obtidos por meio de pesquisa bibliográfica e documental, bem como, de maneira complementar, em bases como Banco de Teses e Dissertações da CAPES, Banco de Dados da Luta Pela Terra - Dataluta, Comissão Pastoral da Terra, Centro de Trabalho Indigenista, Arquivos do Museu do Índio, Instituto Socioambiental, dentre outros.
Palavras-chave: política, Estado, oligarquias, terra, indígenas
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Terra, estado e capital: a centralidade da renda da terra nas relações econômicas e de poder no município de Três Lagoas/MS |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
18/02/2022 |
Área |
GEOGRAFIA |
Orientador(es) |
- Rosemeire Aparecida de Almeida
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Orientando(s) |
- Amanda Emiliana Santos Baratelli
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Banca |
- Edima Aranha Silva
- Joao Edmilson Fabrini
- Marta Inez Medeiros Marques
- Rosemeire Aparecida de Almeida
- Sedeval Nardoque
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Resumo |
Ao analisar a história da formação territorial brasileira são encontradas evidências que
demonstram a constante participação das oligarquias agrárias rentistas nas esferas políticas,
desde meados do século XX, buscando decisões que favoreciam seus interesses
oligárquicos. Para entender de que modo essas oligarquias passaram a controlar o Estado, fezse
necessário compreender a dinâmica de consolidação do Estado patrimonialista, cujo âmago
das relações é assentado no clientelismo político, por meio de favorecimentos, nepotismo e
interesses particulares (MARTINS, 1994; FAORO, 1958). A característica patrimonialista do
Estado brasileiro não foge a regra do que é o Estado enquanto instituição de poder. De acordo
com autores como Pachukanis (2017), Harvey (2005) e Poulantzas (1985), a máquina do Estado
está em constante disputa pelas classes sociais, no entanto, o poder das classes hegemônicas,
como a dos proprietários fundiários e dos capitalistas industriais, dominou o controle do Estado,
uma vez que, em aliança de classe, passaram a utilizá-lo para assegurar benefícios. Pachukanis
(2017) evidencia ainda que a constituição do Estado de Direito como poder do império da Lei
serve como bruma ideológica para esconder e executar os interesses das classes dominantes que
compõem e comandam o Estado. Vale ressaltar que o Estado corrompido por relações
patrimonialistas possui característica ímpar no Brasil, uma vez que a clássica disputa entre
classes antagônicas, como capitalistas industriais e proprietários fundiários, tornou-se, no
Brasil, um pacto: a aliança terra-capital (MARTINS, 1994). O fato é que essa disputa terra e
capital representada por classes antagônicas não cessou, no entanto, essas classes confundemse
em seus interesses amparadas pelo poder público, uma vez que o Estado possibilita e
incentiva que exerçam dupla função na engrenagem do capitalismo, seja como proprietários de
terras e/ou como capitalista industriais, recrudescendo assim a apropriação patrimonial para
realização privada da reprodução de classe. Além disso, o Estado subsidia a ação dessas classes,
evitando o conflito direto entre elas, sem que com isso haja a extinção completa da
conflitualidade inerente à luta de classes. Desta forma, o trabalho em questão tem por objetivo
investigar a realização da aliança terra-capital na escala do município de Três Lagoas, bem
como suas particularidades no tocante a dinâmica de auferir a renda da terra e o lucro.
Considerando a expansão dos negócios do eucalipto-celulose no município, se buscou
compreender esse processo na relação campo-cidade, entendendo que essas duas frações são
dialeticamente complementares no território uno capitalista. Para consolidar o objetivo
proposto, houve a adoção de procedimentos teórico-metodológicos para compreender a
formação territorial de Três Lagoas, cuja herança remete ao processo de divisão do estado de
Mato Grosso e formação de Mato Grosso do Sul. Em escala local, foi definido um grupo de
famílias com distinção social e representativas do poder econômico e político, a saber: família
Thomé, família Salomão e família Prata Tibery. Famílias pertencentes à elite local e que
desempenham papéis cruciais não apenas no capitalismo rentista, mas, também nos negócios
urbanos, em particular após a expansão do eucalipto e celulose em Três Lagoas. A princípio,
foram analisados os movimentos históricos de consolidação e de prestígio social destas
famílias, destacando como seus empreendimentos exercem dupla acumulação, unindo a função
rentista com a extração de lucro. Movimento de acumulação que, possivelmente, guarda mais
relação com unidade de classe, ao invés de aliança de classe. (MARTINS, 1994). Neste sentido,
foi necessário também compreender a presença da territorialização do capital no território trêslagoense,
materializada na instalação de duas agroindústrias de celulose-papel,
respectivamente, Suzano Papel e Celulose e Eldorado Brasil. Conclui-se que a territorialização
do capital industrial não alterou a dinâmica de poder econômico e político local. Os
proprietários fundiários conseguiram diversificar seus negócios, em especial no urbano, para
manter e aumentar a possibilidade de auferir renda para realização privada de sua reprodução de classe. Assim, a riqueza oriunda da territorialização do complexo celulose-papel continua
amalgamada aos interesses dos grupos tradicionais no município, enquanto parte da população
segue como despossuída da terra e vivendo as mazelas sociais produzida pela/na “capital
nacional da celulose”.
Palavras-Chave: Aliança Terra-Capital; Oligarquia Agrária; Estado patrimonialista;
Concentração fundiária; Capitalismo Rentista; Territorialização dos monopólios. |
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SUBSÍDIOS PARA A CONSOLIDAÇÃO DO TURISMO NO MUNICIPIO DE TRES LAGOAS - MATO GROSSO DO SUL |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
05/08/2021 |
Área |
GEOGRAFIA |
Orientador(es) |
- Patricia Helena Mirandola Garcia
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Orientando(s) |
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Banca |
- Giseli Dalla-Nora
- Gislene Figueiredo Ortiz Porangaba
- José Mauro Palhares
- Patricia Helena Milani
- Patricia Helena Mirandola Garcia
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Resumo |
O estado de Mato Grosso do Sul, em especial a região da Costa Leste, é detentora de um considerável potencial turístico dos municípios que a integram, sendo eles: Aparecida do Taboado, Bataguassu, Brasilândia, Santa Rita do Pardo, Selvíria, Três Lagoas, Água Clara, Cassilândia, Inocência, Paranaíba e Ribas do Rio Pardo, cuja exploração ainda é incipiente, com baixo aproveitamento de seu privilegiado sistema natural e cultural, em parte, pela própria falta de conhecimento sobre seus recursos. No entanto, conforme explicam Silva e Eichenberg (2014), o fato de haver recursos naturais em uma região, não significa garantia de haver atividades turísticas. Nesse sentido, este trabalho, propõem a aplicação do zoneamento geoambiental para o turismo com a finalidade de contribuir na consolidação desta atividade no município de Três Lagoas/MS. Para isso, utilizamos da análise integrada dos elementos socioambientais permitindo a constatação das zonas ambientais e funcionais com potenciais para o turismo, elaboradas a partir da aplicação das geotecnologias, o que resultou em produtos cartográficos capazes de subsidiar diretrizes quanto à indução das atividades turísticas, com base nas zonas funcionais das potencialidades turísticas, caracterizadas em atratividade, relevância e pressão (SILVA, 2006). A partir dos dados e informações levantadas, podemos concluir que Três Lagoas, possui possíveis potenciais e atrativos turísticos, sendo eles em sua maioria, localizados próximo a atrativos naturais, no entanto, muito ainda precisa ser feito para alavancar o turismo em Três Lagoas, mas acredita-se que os recursos naturais motivem investimentos capazes de estruturá-los em produtos turísticos consolidados. Por fim, buscamos através deste trabalho contribuir com o município de Três Lagoas em uma futura consolidação do turismo como fonte de renda secundária. |
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CONSIDERAÇÕES ACERCA DO SISTEMA DE COTAS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL E O PROCESSO DE IDENTIDADE DOS ALUNOS COTISTAS |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
04/08/2021 |
Área |
GEOGRAFIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
- Jessica Oliveira Ferreira
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Banca |
- ANDRE LUIS AMORIM DE OLIVEIRA
- Patricia Helena Milani
- Rafaela Fabiana Ribeiro Delcol
- Thiago Araujo Santos
- Valeria Rodrigues Pereira
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Resumo |
Esta dissertação tem por objetivo traçar o perfil dos estudantes negros cotistas da Universidade
Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), tendo como objetivo central analisar a relação entre o
processo de autodeclaração desses alunos e a autoafirmação identitária. Nesse estudo
compreende-se que política de cotas se configura como um importante mecanismo que
oportuniza a democratização do acesso à educação superior. Desta forma, desvelar o perfil do
aluno cotista pode contribuir para o entendimento de que essa ação afirmativa além de abrir
espaço para o acesso à educação superior, cria também possibilidades de autorreconhecimento
e autoafirmação identitária, principalmente para a juventude negra cotista, que acaba por passar
este processo muitas vezes na construção continua da identidade através de diversos espaços.
Estabeleceu-se como recorte para essa investigação o acesso por meio das linhas raciais da
política de cotas, ou seja, os estudantes negros, autodeclarados, na matrícula, como pretos ou
pardos. Para compreender o acesso da população negra na educação superior e sua relação com
o processo identitário, desenvolveu-se um referencial teórico e levantamento bibliográfico que
promovem discussões no campo de estudos das questões raciais e de dados públicos, que
permitiram evidenciar a luta da população negra pelo direito de ter acesso à educação superior,
e como o processo histórico e geográfico explicam e contextualizam a implementação da
política de cotas como lei federal no Brasil. Para identificar o perfil dos estudantes negros
cotistas, foi feito entrevistas online e utilização de dados oferecidos pela Agência de Tecnologia
da Informação e Comunicação (AGETIC/UFMS). Para análise e organização dos resultados
obtidos, desenvolveu-se tabelas, gráficos e quadros que permitiram identificar o número de
estudantes cotistas negros, no período de tempo da implementação da política de cotas e como
esses dados se relacionam com a identidade dos alunos. Os resultados da pesquisa
evidenciaram: o aumento do acesso de estudantes negros na UFMS, mais que a metade se
autodeclara como pardo, o ingresso do sexo masculino é maior do que o feminino, e a maioria
dos alunos antes de ingressarem pela cota racial não tinham dimensão da questão sobre
identidade e se autodeclaravam sem compreender ou analisar essa questão, e a universidade e
os espaços que esta proporciona refletiram densamente para que o processo de autodeclaração
identitária. |
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OS CONFLITOS POR TERRA E TERRITÓRIO EM MATO GROSSO DO SUL NO PERÍODO DE 2014-2020 |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
04/08/2021 |
Área |
GEOGRAFIA |
Orientador(es) |
- Rosemeire Aparecida de Almeida
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Orientando(s) |
- Gabriela Nogueira de Medeiros
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Banca |
- Joao Edmilson Fabrini
- Rosemeire Aparecida de Almeida
- Sedeval Nardoque
- Thiago Araujo Santos
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Resumo |
A escolha da região de estudo se deu considerando que o estado de Mato Grosso do Sul possui uma das estruturas fundiárias mais concentradas do Brasil, a principal responsável pela intensa disputa pelo território que se dá, na região, entre os povos do campo e os sujeitos ligados ao agronegócio (proprietários fundiários e capitalistas). Assim, o presente trabalho objetivou compreender os conflitos por terra e território no estado a partir do ano de 2014, bem como suas dinâmicas e características, além de buscar articulação da base teórica com a empiria. A pesquisa possui duas abordagens: a primeira privilegia a construção do referencial teórico-metodológico por meio de levantamento de artigos, livros, teses e dissertações relacionados à temática em estudo. A segunda refere-se ao levantamento de dados secundários da CPT e do CIMI acerca dos conflitos por terra e território na região em estudo. A análise dos dados revelou que Mato Grosso do Sul apresentou índices crescentes de conflitos e violências no campo nos últimos anos, a maior parte deles contra os povos indígenas. Os números também mostraram que, apesar de não estarem inertes, houve recuo dos indígenas e movimentos sociais na luta por direitos, devido à correlação de forças desigual, que une poder de repressão do Estado e privado a favor do latifúndio, implicando em poucas conquistas sociais e muita violência, o que escancara a essência antidemocrática do latifúndio. |
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A construção de uma cidade do agronegócio: a territorialização do agronegócio em Chapadão do Sul-MS |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
02/08/2021 |
Área |
GEOGRAFIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
- Amanda Júlia de Freitas Mariano
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Banca |
- Jodenir Calixto Teixeira
- Marine Dubos Raoul
- Sedeval Nardoque
- Thiago Araujo Santos
- Valeria Rodrigues Pereira
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Resumo |
O município de Chapadão do Sul se destaca entre as “cidades do
agronegócio”, famoso pelas técnicas modernas presentes na produção agrícola e,
também, por ser novo (pouco mais de 32 anos) e se destacar no âmbito da
agricultura capitalista. Chapadão do Sul “nasceu” em um contexto de avanço deste
modelo produtivo agrícola na região Centro-Oeste, com destaque para o estado de
Mato Grosso do Sul (estado em que o município é pertencente). Atrelado a todo o
contexto de mudanças ocorridas do âmbito da agricultura no cenário regional, tem a
formação do município, pensado e organizado para ser o que de fato se
transformou, um município onde a economia, cultura, costumes e serviços giram
entorno da agricultura. Chapadão do Sul e o estado de Mato Grosso do Sul são
laboratórios vivos para o estudo da Geografia Agrária, pois, o histórico de formação
desses lugares e todo o envolvimento e relação entre Estado e latifundiários, nos
permite compreender um pouco da lógica agrária capitalista imposta no território
brasileiro desde a colonização, onde a terra se tornou um trunfo e as políticas foram
todas no intuito de cercear o direito a ela. Nesse sentido, nossa pesquisa busca
expor e explicar a lógica capitalista da terra presente em Chapadão do Sul desde a
sua formação, contextualizando as políticas regionais e estaduais que influenciaram
diretamente na formação do município. Nosso objetivo geral é analisar a
territorialização do agronegócio, a partir do campo, da analise de dados e da leitura
do referencial teórico ficou evidente a forma como o agronegócio se desenvolve no
município e que a economia local gira entorno das atividades que ocorrem no
campo |
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OS EFEITOS TERRITORIAIS DA EXPANSÃO DO CAPITAL E A TRANSFORMAÇÃO DO ESPAÇO URBANO NA CIDADE DE TRÊS LAGOAS-MS ENTRE OS ANOS DE 2000 A 2020 |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
02/08/2021 |
Área |
GEOGRAFIA |
Orientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Edima Aranha Silva
- Evandro César Clemente
- Patricia Helena Milani
- Sedeval Nardoque
- Vitor Koiti Miyazaki
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Resumo |
A partir da década de 1990, o município de Três Lagoas MS passou a experimentar um rápido crescimento de seu parque industrial. Isso ocorreu devido a tentativas do Estado brasileiro de descentralizar o complexo industrial, originalmente concentrado principalmente no Sudeste, em especial São Paulo. O objetivo desta dissertação foi procurar entender os efeitos territoriais dessa expansão do capital e as transformações ocasionadas no espaço urbano na cidade de Três Lagoas-MS, tendo com recorte temporal o período entre os anos de 2000 a 2020. A análise qualitativa dos dados empíricos tanto quanto a pesquisa bibliográfica buscou identificar os fatores que contribuíram para que esse processo de industrialização tivesse início. Por meio dos dados de fontes secundárias levantados junto aos órgãos públicos e observações feitas pelo autor em trabalho de campo identificamos como o principal efeito dessa expansão do capital, o crescimento demográfico provocado pela vinda de um grande número de trabalhadores para a cidade, o que, por sua vez, aliado a outros elementos como a ação de incorporadores urbanos, gerou um aumento significativo na especulação imobiliária. O resultado disso, foi a expansão da malha urbana da cidade de Três Lagoas bem como o surgimento de novos espaços segregados. Percebemos também que esse processo de industrialização de Três Lagoas foi propiciado através da construção, por parte do Estado, de uma infraestrutura voltada para atender às necessidades de expansão do grande capital com a construção de estradas de rodagem ligando o litoral ao interior do país, a criação de uma rede de telecomunicações que permitissem o gerenciamento de novas filiais a partir da cidade de São Paulo, avanços tecnológicos nas áreas da agricultura de commodities, expandindo a fronteira agrícola para a região Centro Oeste e, também, na criação de incentivos fiscais, subsídios e demais medidas para estimular o deslocamento da indústria para regiões mais distantes. Todo esse conjunto de ações do Estado somados aos recursos naturais disponíveis na região de Três Lagoas como: terras de pastagens já desmatadas e topografia plana que facilita o monocultivo de eucalipto, transformaram o município em área atrativa para a expansão do grande capital. Dessa forma, a partir do ano 2000, o município passou a experimentar um grande crescimento de seu parque industrial. Esse processo de industrialização ganhou impulso com chegada de duas grandes plantas industriais de celulose e papel a partir de 2006, a International Paper, hoje Suzano, e da Eldorado Brasil Papel e Celulose, consideradas as maiores papeleiras do país. Juntamente com elas, outras empresas também se instalaram no local, o que tem provocado uma série de impactos sociais e físicos que influenciaram na transformação de seu espaço urbano.
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EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UM ESTUDO DE CASO DAS ESCOLAS MUNICIPAIS E ESTADUAIS EM TRÊS LAGOAS – MS |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
30/07/2021 |
Área |
GEOGRAFIA |
Orientador(es) |
- Patricia Helena Mirandola Garcia
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Orientando(s) |
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Banca |
- Andre Luiz Pinto
- Giseli Dalla-Nora
- Gislene Figueiredo Ortiz Porangaba
- Patricia Helena Mirandola Garcia
- Rosemy da Silva Nascimento
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Resumo |
A Educação Ambiental (EA) é um processo educacional que consiste na mudança do indivíduo e dos grupos de indivíduos em relação as atitudes cotidianas que influenciam e alteram nosso meio ambiente. A Geografia por sua vez é uma ciência, que trata dos processos e relações socioespaciais que ocorrem no espaço geográfico. Ambos os dois conhecimentos se associam quando o assunto é preservar o meio ambiente. Tendo em vista que esses saberes são ensinados nas escolas, que, por sua vez são espaços ideais para a disseminação do conhecimento e formação da pessoa humana, o objetivo geral dessa pesquisa foi analisar como as escolas municipais e estaduais de Três Lagoas/MS, trabalham Educação Ambiental aplicada ao Ensino de Geografia, e também como é desenvolvida em algumas escolas fora de Três Lagoas. Nesse trabalho, foram entrevistados professores de Geografia das redes municipal e estadual de Três Lagoas – MS, e outros municípios dos estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo. Os docentes responderam à dois formulários online, sendo o primeiro a respeito da Educação Ambiental no Ensino de Geografia e o segundo em relação ao uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’s) no ensino, principalmente durante a pandemia do Coronavírus em 2020. Vale dizer que esse segundo formulário foi aplicado na intenção de conhecermos como as TIC’s são utilizadas pelos professores nas aulas, e como as mesmas podem ajudar no ensino da EA na Geografia. A metodologia aqui empregada, envolveu leituras e análise de materiais bibliográficos e didáticos e aplicação de formulários via Google Forms, além de visita em duas escolas da cidade de Três Lagoas, uma municipal e outra estadual, a título de visualizar in loco, como está sendo o ensino de Educação Ambiental nas aulas de Geografia, e se essas escolas apresentam projetos de Educação Ambiental, bem como estrutura física e corpo de voluntários para o desenvolvimento dos mesmos. Os resultados apontaram que os professores de Geografia buscam metodologias diferentes e dinâmicas para relacionarem os temas do Meio Ambiente dentro do Ensino de Geografia sob a ótica da Educação Ambiental. Além disso, as TIC’s têm os ajudado nesse processo, pois é através delas que há uma facilitação na busca por materiais de leitura e metodologias de ensino diversas que podem ser encontradas na internet por meio do acesso em celulares, tablets e notebooks. |
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ANÁLISE DO ENSINO DE GEOGRAFIA SOB A ÓTICA DA CARTOGRAFIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA: LINGUAGEM OU CONTEÚDO? |
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Curso |
Mestrado em Geografia |
Tipo |
Dissertação |
Data |
29/07/2021 |
Área |
GEOGRAFIA |
Orientador(es) |
- Patricia Helena Mirandola Garcia
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Orientando(s) |
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Banca |
- Giseli Dalla-Nora
- Gislene Figueiredo Ortiz Porangaba
- Patricia Helena Milani
- Patricia Helena Mirandola Garcia
- Rosemy da Silva Nascimento
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Resumo |
A Cartografia é uma técnica, ciência e arte fundamental no ensino de Geografia, com suas aplicações da geoinformação e suas práticas pedagógicas com variadas linguagens cartográficas aplicadas nos conteúdos da ciência geográfica. Assim, o educador deve ensiná-la aos alunos respeitando o tempo de cada discente no processo de ensino e aprendizagem para leitura e compreensão da realidade espacial. No presente trabalho investigamos como é trabalhada a Cartografia nos conteúdos da Geografia nas aulas presenciais e também nas atividades remotas durante a pandemia de coronavírus ainda não controlada a nível mundial e também no país, pelos professores da educação básica na Escola Municipal Joaquim Marques de Souza e na Escola Estadual Bom Jesus, no município de Três Lagoas, sitiada no Estado do Mato Grosso do Sul. As metodologias aplicadas foram o levantamento bibliográfico, que serviu de embasamento teórico para a proposta em questão, mais o trabalho de campo, além de procedimentos como (observação direta, informações obtidas em caráter informal e aplicação de formulários). Nesta pesquisa foram realizadas tabulação e análise de dados coletados. O trabalho gerou propostas pedagógicas para os conteúdos de Geografia nas escolas citadas e também na Escola Municipal Rural no Assentamento São Joaquim em Selviria-MS. Contudo, realizamos uma sequência didática proposta e aplicada em uma atividade com o uso da linguagem cartográfica como instrumento de ensino para a educação básica na Escola Estadual Dr. Augusto Mariani em Andradina-SP, em colaboração ao processo de ensino e aprendizagem para que os alunos tornem-se leitores/mapeadores do espaço geográfico.
Palavras-chave: Ensino de Geografia. Cartografia. Linguagem. Conteúdo. |
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