Doutorado em Doenças Infecciosas e Parasitárias

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Trabalhos

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TRABALHO Ações
ABORDAGENS GENÔMICA E EPIDEMIOLÓGICA DA LEISHMANIOSE VISCERAL EM CAMPO GRANDE, MATO GROSSO DO SUL, BRASIL
Curso Doutorado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
Tipo Tese
Data 28/10/2024
Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
Orientador(es)
  • Alessandra Gutierrez de Oliveira
Coorientador(es)
  • Carla Cardozo Pinto de Arruda
Orientando(s)
  • Natália Oliveira Alves
Banca
  • Alda Maria Teixeira Ferreira
  • Alessandra Gutierrez de Oliveira
  • João Luís Reis Cunha
  • Silvia Naomi de Oliveira Uehara
  • Wagner de Souza Fernandes
Resumo
PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO AO HIV E IDENTIFICAÇÃO DE GRUPOS POPULACIONAIS COM RISCO AUMENTADO PARA INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Curso Doutorado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
Tipo Tese
Data 22/03/2024
Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
Orientador(es)
  • Everton Falcao de Oliveira
Coorientador(es)
    Orientando(s)
    • Paula Knoch Mendonça Gil
    Banca
    • Ana Rita Coimbra Motta de Castro
    • Elen Ferraz Teston
    • Everton Falcao de Oliveira
    • Maria Elizabeth Araujo Ajalla
    • Mauricio Antonio Pompilio
    • Rivaldo Venancio da Cunha
    • Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira
    Resumo As infecções sexualmente transmissíveis (IST) estão entre os problemas de saúde pública de maior magnitude global devido a ampla distribuição geográfica e dificuldades de diagnóstico e acesso precoce ao tratamento adequado. Diariamente, em todo o mundo, mais de um milhão de pessoas adquirem alguma dessas infecções. O aumento expressivo de casos em jovens se destaca por comportamentos sexuais de risco somada à falta de adesão às estratégias preventivas para as IST. Quanto ao número de pessoas vivendo com o vírus da imunodeficiência humana (PVHA), mundialmente, em 2022, estimou-se em 39 milhões sendo que deste total, 1,3 milhão de novas infecções ocorreram neste referido ano. Dentre as estratégias de prevenção combinada para controle das IST, incluindo a profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP), tem se firmado entre as medidas de controle do avanço desta epidemia em diversos países. Contudo, fatores como conhecimento e percepção incipientes podem impactar diretamente o acesso a essa profilaxia. Este trabalho teve como objetivo analisar aspectos relacionados com a dispensação da PrEP, prevalência das IST e determinantes sociais, incluindo a identificação de grupos populacionais que poderiam se beneficiar do uso desta profilaxia por possuírem risco aumentado para as IST de notificação compulsória. Para o atendimento do objetivo geral, três recortes metodológicos foram realizados: 1 - estudo ecológico com dados secundários de dispensação da PrEP e ocorrência de IST de notificação compulsória (HIV/aids, sífilis e hepatites virais) e dados socioeconômicos das capitais brasileiras, no período 2018 a 2022. Foram considerados os dados nacionais de dispensação da PrEP e as notificações de casos confirmados de HIV/aids, sífilis adquirida/gestacional e hepatites virais no período entre 2018 a 2022, disponibilizados nos sites do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e os indicadores socioeconômicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ano 2010. Os dados nacionais são de domínio público e a submissão ao Comitê de Ética não foi necessária; 2 - estudo descritivo e transversal com dados secundários das IST de notificação compulsória em Campo Grande, MS, entre 2014 e 2018. Todas as notificações de casos confirmados de HIV/aids, sífilis adquirida/gestacional e hepatites virais dos cinco anos anteriores à implementação da PrEP em Campo Grande, ou seja, 2014 a 2018 foram consideradas e analisadas neste estudo. Os dados foram disponibilizados pela Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) no ano de 2021. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, via Plataforma Brasil sob o parecer no 4.477.496 (CAAE: 39688520.0.0000.0021). Considerando que a base de dados nominal do SINAN não é de domínio público, foi preenchido o termo de compromisso para utilização de informações de banco de dados; 3 - estudo descritivo transversal com dados primários referentes ao conhecimento e
    percepção sobre a PrEP, na perspectiva dos profissionais e usuários das atenção primária à saúde (APS) e atenção especializada (AE) do Sistema Único de Saúde em Campo Grande, MS. A pesquisa abrangeu o município de Campo Grande, Estado de Mato Grosso do Sul. A coleta de dados primários se deu por meio de entrevistas realizadas com os profissionais, nas visitas presenciais aos serviços de saúde, entre outubro de 2021 e outubro de 2022. Foram entrevistados também os usuários dos serviços especializados, no período de outubro de 2021 a abril de 2022. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, via Plataforma Brasil sob o parecer no 4.477.496. O software R foi utilizado para as análises e adotou-se o nível de significância de 5% para os três recortes do estudo. O recorte 1 demonstrou que a região Sul apresentou as maiores taxas de incidência de IST e as regiões Norte e Nordeste demonstraram os piores indicadores socioeconômicos. A dispensação de PrEP apresentou correlação diretamente proporcional e estatisticamente significativa com analfabetismo, renda per capita, cobertura de áreas com coleta pública de lixo, incidência de sífilis e hepatite viral. No recorte 2, a sífilis representou a infecção mais frequente, com 78,5% do total de casos. Predominou-se homens heterossexuais, com idade entre 18 e 29 anos e 40 e 59 anos, cor parda e com ensino fundamental, sugerindo que este perfil tem risco aumentado de IST. No recorte 3, entrevistou-se 514 participantes, entre profissionais e usuários. Predominou-se usuários do sexo masculino, 18 e 29 anos, heterossexuais, não brancos, com ensino superior e grande parte deles não utilizam preservativo nas relações sexuais. Destacou-se maior nível de conhecimento sobre a PrEP entre profissionais de saúde e usuários LGBTQIA+. A percepção positiva em relação à PrEP foi mais frequente entre usuários mais jovens. A sensibilização, a capacitação dos gestores, profissionais de saúde e usuários dos serviços de saúde e a descentralização do acesso à PrEP podem auxiliar na ampliação à cobertura de acesso à profilaxia.
    Descritores: Profilaxia Pré-Exposição. Infecções Sexualmente Transmissíveis. Epidemiologia. Barreiras ao Acesso aos Cuidados de Saúde. Comportamento de Risco à Saúde.
    CARGA DA TUBERCULOSE NAS COMUNIDADES ATRIBUÍVEL ÀS PRISÕES POR MEIO DE NOVOS MODELOS DE ANÁLISE DA TRANSMISSÃO DO CONTÁGIO, COM INFORMAÇÕES QUE INCORPORAM DADOS GENÔMICOS E EPIDEMIOLÓGICOS CLÍNICOS DE CASOS DE TUBERCULOSE NO PARAGUAI
    Curso Doutorado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
    Tipo Tese
    Data 05/02/2024
    Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
    Orientador(es)
    • Julio Henrique Rosa Croda
    Coorientador(es)
      Orientando(s)
      • Gladys Mercedes Estigarribia Sanabria
      Banca
      • Adriana de Oliveira Franca
      • Caroline Busatto
      • Crhistinne Cavalheiro Maymone Goncalves
      • Everton Ferreira Lemos
      • Julio Henrique Rosa Croda
      • Mauricio Antonio Pompilio
      • Roberto Dias de Oliveira
      Resumo
      ABORDAGEM MOLECULAR APLICADA À PARACOCCIDIOIDOMICOSE: IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES DO GÊNERO Paracoccidioides EM MATO GROSSO DO SUL PARA O APRIMORAMENTO DO IMUNODIAGNÓSTICO
      Curso Doutorado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
      Tipo Tese
      Data 08/08/2023
      Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
      Orientador(es)
      • Anamaria Mello Miranda Paniago
      Coorientador(es)
        Orientando(s)
        • Karine Mattos
        Banca
        • Anamaria Mello Miranda Paniago
        • Clayton Luiz Borges
        • James Venturini
        • LUANA ROSSATO
        • Marilene Rodrigues Chang
        • Rosane Christine Hahn
        • Silvia Naomi de Oliveira Uehara
        Resumo A paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica ocasionada pelas espécies P. brasiliensis sensu stricto, P. americana, P. restrepiensis, P. venezuelensis e P. lutzii. A doença é restrita àAmérica Latina, sendo que cerca de 80% dos casos ocorrem no Brasil, principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. No entanto, apesar de a região Centro-Oeste do Brasil ser área endêmica de PCM, até o momento a distribuição das espécies envolvidas na etiologia da PCM em Mato Grosso do Sul foi pouco estudada. A reatividade no teste sorológico de imunodifusão dupla (IDD), que é usado não só no diagnóstico, mas também como um critério de cura, pode ser espécie-específica. Objetivou-se neste estudo, através de uma abordagem molecular, conhecer as espécies do gênero Paracoccidioides envolvidas na etiologia da PCM no Estado, bem como compreender se a espécie filogenética circulante exerce influência no perfil de reatividade na IDD. Para tanto, foram incluídos treze novos casos de PCM residentes no Mato Grosso do Sul, no período de 2016 a 2019. Destes, todos os indivíduos eram do sexo masculino, a maioria desenvolvia ou já desenvolveu atividade rural, possuíam idade entre 17 e 59 anos, sendo que 11 (84,6%) eram acima de 40 anos. A partir destes casos, foram obtidos dezesseis isolados clínicos e seus DNAs genômicos foram genotipados por tub1-PCR-RFLP. Realizou-se a IDD utilizando exoantígenos das cepas genotipadas neste estudo. Verificou-se que a maioria dos isolados (11/16; 68,8%) eram de Paracoccidioides brasiliensis sensu stricto, seguido por P. restrepiensis (4/16; 25,0%) e P. lutzii (1/16; 6,2%). Com relação aos dados clínicos ou epidemiológicos, não houve diferenças entre casos de PCM com diferentes espécies de Paracoccidioides. Em cerca de 30% dos casos, a IDD apresentou resultados falso-negativos. Pacientes com PCM por P. brasiliensis e P. restrepiensis, ambas do complexo P. brasiliensis, apresentam sororreatividade no teste IDD frente a antígenos produzidos a partir dessas espécies, indiferentemente; enquanto a sororreação frente a antígenos produzidos a partir de P. lutzii foi baixa. Interessantemente, o único paciente com PCM por P. lutzii foi sororreagente apenas a antígeno de P. lutzii, indicando uma reação espécie-específica. Baseado nesses resultados, pode-se concluirque P. brasiliensis sensu stricto é a espécie predominante em Mato Grosso do Sul. Além disso, o uso de antígenos provenientes de diferentes espécies de Paracoccidioides spp aumentam a sensibilidade do teste IDD em pacientes desse estado, o que aprimora não só o diagnóstico, mas principalmente o critério sorológico de cura.
        DESENVOLVIMENTO DA FIBROSE PULMONAR NA PARACOCCIDIOIDOMICOSE MURINA DURANTE O TRATAMENTO COM COTRIMOXAZOL
        Curso Doutorado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
        Tipo Tese
        Data 27/06/2023
        Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
        Orientador(es)
        • James Venturini
        Coorientador(es)
          Orientando(s)
          • Débora de Fatima Almeida Donanzam
          Banca
          • Amanda Ribeiro dos Santos
          • Bárbara Casella Amorim
          • James Venturini
          • LUCIANE ALARCAO DIAS MELICIO
          • MARIA RENATA SALES NOGUEIRA
          • Ricardo de Souza Cavalcante
          • Rinaldo Poncio Mendes
          Resumo Paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica causada por fungos do gênero Paracoccidioides e suas principais formas clínicas são aguda/subaguda e crônica (FC). Endêmica na América Latina, apresenta elevada incidência no Brasil, Colômbia e Venezuela. O tratamento antifúngico é prolongado e o itraconazol tem sido utilizado como primeira escolha. Contudo, nos casos de acometimento do sistema nervoso central e quando há comprometimento de absorção da droga pelo sistema digestório, opta-se pelo uso do Cotrimoxazol (CMX). No Brasil, o cotrimoxazol (CMX) é uma das drogas mais utilizadas no tratamento por sua eficácia e distribuição gratuita e mais abrangente. A maioria dos pacientes com a FC, mesmo após tratamento eficaz, apresentam sequelas, incluindo fibrose pulmonar (FP). Devido ao seu elevado potencial incapacitante, a PCM é a causa do afastamento de trabalhadores rurais com FC de suas profissões, ocasionando problemas sociais, econômicos e psicológicos, ainda subestimados. Apesar da fibrogênese na PCM ser reconhecida como um processo precoce, seus mecanismos não estão totalmente elucidados e a FP não apresenta cura. Dessa forma, o presente estudo tem por objetivo avaliar as alterações do tecido pulmonar e os aspectos imunológicos relacionados ao desenvolvimento da FP em camundongos infectados por Paracoccidioides brasiliensis (Pb) durante o tratamento com cotrimoxazol. Camundongos BALB/c machos foram inoculados com leveduras de Pb por via intratraqueal. Após 4 semanas de infecção, foi iniciado o tratamento com CMX por gavagem, dose única / dia. Após 4, 10 e 20 semanas de tratamento, avaliou-se a carga fúngica pulmonar, os aspectos histopatológicos dos pulmões, a produção de citocinas inflamatórias por macrófagos alveolares (MA), a distribuição de leucócitos totais, as subpopulações de monócitos sanguíneos e de células dendríticas esplênicas. Nossos resultados demonstraram que na fase inicial do tratamento, o CMX promoveu aumento da produção de H2O2 e TNF-α por AM em comparação com o grupo controle tratado com salina (CTL), aumento da expressão tecidual de F4/80, Colágeno I e III nos pulmões em comparação ao grupo infectado por Pb. Com 20 semanas de tratamento, observou-se clearence fúngico; normalização dos níveis de H2O2, TNF-α em comparação ao CTL, e intensa deposição de colágeno nos septos alveolares e em áreas distantes dos granulomas residuais em camundongos tratados com CMX. Além disso, mesmo após o clearence fúngico, os camundongos tratados com CMX apresentaram elevada porcentagem de monócitos inflamatórios no sangue, e expressão aumentada de MHC-II nas células dendríticas mieloides em comparação ao CTL. Em conclusão, nossos resultados indicam que o tratamento com CMX potencializa a resposta imune contra o fungo na fase inicial do tratamento. No entanto, esse perfil de resposta imune parece contribuir para o desequilíbrio entre a resposta imune e a reparação tecidual ao longo do tratamento, com o estabelecimento da fibrose pulmonar acompanhadas de repercussões sistêmicas.
          INVESTIGAÇÃO FITOQUÍMICA, ANTIMICROBIANA E CITOTÓXICA DO EXTRATO ETANÓLICO DE PIPER ADUNCUM IN VITRO
          Curso Doutorado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
          Tipo Tese
          Data 08/03/2023
          Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
          Orientador(es)
          • Marilene Rodrigues Chang
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • Naiara da Cruz Leite Santos
            Banca
            • Alessandra Gutierrez de Oliveira
            • Alexsandra Rodrigues de Mendonça Favacho
            • Ana Claudia Souza Rodrigues
            • Doroty Mesquita Dourado
            • Marilene Rodrigues Chang
            • Renata Trentin Perdomo
            • Rosemary Matias
            Resumo Estudos mostram que fitoquímicos presentes em espécies do gênero Piper podem ter ação anti-inflamatória, antitumoral, antimicrobiana e antiviral. O chá de Piper aduncum é utilizado na medicina popular, embora, poucos estudos comprovem produtos bioativos em extrato etanólico de folhas desta espécie. Nessa pesquisa foram investigadas a composição fitoquímica, atividade antioxidante, antimicrobiana e citotóxica do extrato etanólico de folhas de P. aduncum. As classes de metabólitos secundários foram determinadas por HPLC-DAD e a atividade antioxidante foi determinada pelo método de sequestro de radicais livres DPPH (2,2difenil-1-picrilhidrazil). A atividade antimicrobiana foi pesquisada por meio de testes de disco difusão e microdiluição em caldo frente a isolados clínicos de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA), Klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemase (KP-KPC) multidrogas resistentes e Escherichia coli ATCC-25922. Para investigação citotóxica foi realizado o ensaio de MTT (Brometo de (3-(4,5-dimetiltiazol-2il)-2,5-difenil tetrazólico) utilizando extrato (62,50, 125, 250 e 500µg/mL) sobre células de carcinoma intestinal (HT29). Em seguida, fez-se ensaio de cometa e apoptose nas mesmas concentrações. Os metabólitos secundários detectados foram compostos fenólicos e flavonóides. A atividade antioxidante do extrato foi superior a 50%. O extrato não apresentou atividade inibitória frente a Escherichia coli e MRSA, porém frente a KP-KPC foi observado halo de inibição de crescimento de 8,5 ± 0,7mm e 10,5 ± 2,12mm, nas concentrações de 500 µg/disco e 2000 µg/disco, respectivamente. A concentração inibitória mínima sobre KP-KPC foi elevada (superior à 2000 µg/mL) e a viabilidade das células HT29 não foi alterada nas concentrações de 62,50 a 250 µg/m. Na concentração de 500 µg/mL o extrato foi citotóxico (MTT) e genotóxico (cometa) com média de 47,7±2,9 de células lesionadas, entretanto, no teste de apoptose in situ, não foi observada morte celular (HT29). No extrato etanólico de folhas de P. aduncum estão presentes compostos fitoquímicos de comprovada ação farmacológica, propriedades antioxidantes e citotóxicas. Acredita-se que a utilização de outros solventes (além do etanol) e um maior número de microrganismos são necessários para determinar o potencial antimicrobiano de P. aduncum.
            CLÍNICA E EPIDEMIOLOGIA DE GESTANTES E NASCIDOS VIVOS EXPOSTOS E POTENCIALMENTE EXPOSTOS AO ZIKA VÍRUS DURANTE A GESTAÇÃO, MATO GROSSO DO SUL, 2015- 2018.
            Curso Doutorado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
            Tipo Tese
            Data 14/12/2022
            Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
            Orientador(es)
            • Everton Falcao de Oliveira
            Coorientador(es)
            • Claudia Du Bocage Santos Pinto
            Orientando(s)
            • Fabio Antonio Venancio
            Banca
            • Ana Lucia Lyrio de Oliveira
            • Daniele de Almeida Soares Marangoni
            • Everton Falcao de Oliveira
            • Karin Alvarenga Hyldgaard Nielsen
            • MARIA ELISABETH LOPES MOREIRA
            • Rivaldo Venancio da Cunha
            • ZILTON FARIAS MEIRA DE VASCONCELOS
            Resumo A infecção pelo ZIKV durante a gravidez trouxe consequências inesperadas para fetos e nascidos vivos. A síndrome congênita do ZIKV (SCZ) é uma consequência de danos neurológicos diretos, suscitados pela replicação do ZIKV em células neuronais progenitoras. Este estudo teve como objetivo descrever o perfil clínico e epidemiológico de gestantes e nascidos vivos infectados com o ZIKV durante a gravidez, em Mato Grosso do Sul, no período de 2015 a 2018. Trata-se de um estudo observacional que teve como público-alvo gestantes com infecção confirmada pelo ZIKV e crianças expostas e potencialmente expostas ao ZIKV durante a gestação. Para o atendimento dos objetivos específicos, três recortes metodológicos foram desenvolvidos: (1) estudo descritivo transversal, para a descrição das anomalias congênitas diagnosticadas ao nascimento; (2) estudo descritivo longitudinal, para a descrição dos casos confirmados e potenciais de SCZ; e (3) estudo do tipo coorte retrospectiva, que avaliou a infecção pelo ZIKV durante a gestação, como exposição e consequentemente, fator de risco para a ocorrência de desfechos adversos imediatos e tardios. Resultados dos três estudos, demonstram que, no Estado de Mato Grosso do Sul, no período da epidemia do ZIKV, foram registrados o nascimento de 1.473 crianças com anomalias congênitas, classificadas em 74 tipos, sendo observado um aumento na incidência das anomalias do sistema nervoso central, que acompanhou o aumento na incidência de casos de febre do ZIKV. Onze crianças tiveram diagnóstico de SCZ, entre estas, 64% tiveram diagnóstico de epilepsia e em 57% não houve um controle farmacológico adequado das crises. No estudo do tipo coorte, foram avaliadas 155 gestações (binômio mãe criança), sendo 78 no grupo exposto e 77 no grupo controle. 45 crianças (33 expostas e 12 controle) tiveram algum tipo de desfecho adverso ao nascimento. O risco para desfechos adversos nas crianças do grupo exposto foi quase três vezes (RR 2,7, 95% CI 1,5–4,9; p-valor <0,001), quando comparado ao grupo controle. O risco para atraso motor foi 6,9 vezes ao observado no grupo controle (RR 6,9; IC 95% 1,6–29,3; valor p=0,01). O risco para atraso cognitivo foi quatro vezes (RR 4,1; IC 95% 1,6–10,4; p-valor < 0,001) ao observado no grupo de controle. Em 67% das gestações em que a infecção ocorreu no primeiro trimestre, foi identificado ao menos um tipo de achado adverso na criança, com uma chance 8 vezes (OR 8,0; IC 95% 1,6–37,9) quando comparadas às crianças nascidas de mulheres que tiveram a infecção no terceiro trimestre. O estudo permitiu estimar a incidência de anomalias congênitas, durante a epidemia do ZIKV; descrever o acompanhamento das crianças com a SCZ por meio de avaliações clínicas; estimar o risco para desfechos imediatos e tardios, bem como estimar o risco para cada trimestre de gestação, segundo a infecção materna. Espera-se que os resultados deste estudo possam contribuir para a elucidação das consequências da infecção pelo ZIKV durante a gravidez, e que desperte a atenção para o acompanhamento de crianças expostas ou potencialmente expostas ao ZIKV durante a gravidez, mesmo que não apresentam defeitos estruturais ao nascimento.
            PERFIL METABOLÔMICO SÉRICO DE PACIENTES NA FASE AGUDA DE CHIKUNGUNYA
            Curso Doutorado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
            Tipo Tese
            Data 06/10/2022
            Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
            Orientador(es)
            • James Venturini
            Coorientador(es)
              Orientando(s)
              • Camila Amato Montalbano
              Banca
              • Adriana de Oliveira Franca
              • Ana Lucia Lyrio de Oliveira
              • James Venturini
              • Julio Henrique Rosa Croda
              • MARIO MACHADO MARTINS
              • PATRICIA VIEIRA DA SILVA
              • PAULA DE SOUZA SANTOS
              Resumo Chikungunya é um arbovírus de RNA que causa artralgia debilitante de duração prolongada. O presente estudo teve como objetivo identificar o perfil metabolômico sérico de pacientes durante a fase aguda da doença. Para tanto, foram incluídos 25 indivíduos com diagnóstico clínico-laboratorial para Chikungunya (CHIKV) (Grupo CHIKV+), 19 indivíduos com sintomatologia típica de chikungunya, porém com resultados laboratorial negativo para CHIKV (Grupo CHIKV-) e 15 indivíduos saudáveis (Grupo controle- CG). Os pacientes do Grupo CHIKV+ e do Grupo CHIKV- foram avaliados em dois momentos: Fase M0 (1 a 10 dias de sintomas) e Fase M1 (11 a 22 dias de sintomas). Esses pacientes foram ainda divididos em quatro subgrupos, de acordo com a intensidade da artralgia e se atingiram a cronicidade ou não: subgrupo Hight Severity (HS), subgrupo Mild to Moderate Severity (MMS), subgrupo Cronic (C) e subgrupo Non cronic (NC). As amostras séricas selecionadas foram submetidas à purificação com metanol e, em seguida, passaram pela Cromatografia Líquida de Alta Eficiência hifenado ao Espectrômetro de Massa (CLAEM/EM). Por fim, foi feita a identificação dos compostos e interpretação biológica dos achados em ferramentas adequadas. Os resultados revelaram 12 compostos lipídicos sub-regulados durante o M0 no CHIKV+ em relação ao CHIKV- e ao CG, sendo que muitos destes estão envolvidos na formação de membranas celulares, as quais são importantes para cada parte dos ciclos de vida de flavivírus e togavírus, incluindo entrada, replicação, montagem e saída. Sendo assim, o CHIKV utiliza demasiadamente estes lipídios dentro das células, havendo esgotamento no soro. Dez lipídios desses mantém seus níveis reduzidos no M1 demonstrando que o vírus continua utilizando lipídios em favor a sua perpetuação. O 17-phenyl trinor PGF2α-AS é um biomarcador de dor do momento inicial de fase aguda e de cronificação. A sub-regulação do composto Gln Arg Phe foi identificado como biomarcador de cronicidade. A descoberta destas alterações metabólicas pode levar a elucidação de fatores da fisiopatologia da doença, sendo útil para melhor compreensão desta, o que pode melhorar o manejo dos doentes, oferecendo-lhes melhor qualidade de vida durante o tratamento e evitar as fases subsequentes desta enfermidade.

              Palavras-chave: chikungunya, fase aguda, análise metabolômica.
              INFECÇÃO PELO HIV: PREVALÊNCIA, PrEP E A TECNOLOGIA A FAVOR DE ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO
              Curso Doutorado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
              Tipo Tese
              Data 30/09/2022
              Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
              Orientador(es)
              • Ana Rita Coimbra Motta de Castro
              Coorientador(es)
                Orientando(s)
                • Gabriela Alves Cesar
                Banca
                • Ana Rita Coimbra Motta de Castro
                • Ana Tereza Gomes Guerrero
                • ANDREA FACHEL LEAL
                • Clarice Souza Pinto
                • Grazielli Rocha de Rezende
                • Tayana Serpa Ortiz Tanaka
                Resumo O combate à epidemia causada pela infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) é contínuo e atemporal. No Brasil, a epidemia está concentrada em alguns grupos populacionais que estão em risco aumentado de aquisição da infecção pelo HIV. Com base nessas informações, o Ministério da Saúde disponibilizou estratégias voltadas à prevenção da infecção pelo HIV, chamada Prevenção Combinada, e dentre elas encontra-se a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) oral. A PrEP consiste no uso de antirretrovirais diários que previnem a infecção pelo HIV mesmo em casos de exposição a esse vírus. De novembro de 2011 a setembro de 2013, foi conduzido o primeiro estudo abordando os aspectos epidemiológicos e moleculares da infecção pelo HIV em homens que fazem sexo com homens (HSH), mulheres transgênero e travestis (TW) em Campo Grande-MS. Anos mais tarde, diante da elevada prevalência da infecção pelo HIV em HSH e TW, da necessidade urgente de diminuir o número de novos casos de HIV e da disponibilidade de PrEP no Brasil, um segundo estudo transversal foi conduzido com o objetivo de avaliar os dados sociodemográficos e a taxa de incidência de infecções sexualmente transmissíveis (IST) na população usuária de PrEP atendida no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Para alcançar os objetivos do terceiro estudo, um software foi desenvolvido com informações gerais sobre PrEP, que visam a melhoria da qualidade de vida, adesão e uso racional da PrEP pelo usuário. O primeiro estudo foi conduzido com 430 participantes, sendo 278 HSH e 152 TW. A prevalência da infecção pelo HIV nesta população foi de 9% (25/278) entre os HSH e 24,3% (37/152) entre as TW. Após a análise uni e multivariada, ter idade maior ou igual a 30 anos foi associada à infecção pelo HIV nos HSH. Enquanto para o grupo das TW, as variáveis associadas foram: ter sido forçado a ter relações sexuais com alguém, coinfecção HIV e sífilis e coinfecção HIV e hepatite C (HCV). Em relação às análises filogenéticas, 65% das sequências foram classificadas como subtipo B. No segundo estudo, foram incluídos 261 usuários de PrEP, a maioria com idade variando de 18 a 30 anos e do sexo biológico masculino (92,7%). Em relação a identidade de gênero, 84,6% eram gays ou HSH, 7,6% eram mulheres transgênero e 7,6% eram mulheres cisgênero. Foram identificados 31/261 novos casos de sífilis ativa, com uma taxa de incidência de 11,8 por 100 pessoas/ano. Novos casos de HIV (7/261) e novos casos de coinfecção HIV e sífilis (3/261 ) também foram encontrados. Entre os usuários de PrEP estudados, histórico de contato sexual com pessoa de mesmo sexo permaneceu associado aos novos casos de IST. Com relação ao desenvolvimento do software, o Instituto Nacional de Propriedade Industrial expediu os certificados de registro de programa de computador, de números BR 51202101589-4; BR 5120211590-8 e BR 512021001591-6. Os resultados demonstram uma elevada prevalência de infecção pelo HIV em HSH e TW quando comparada com as taxas observadas na população em geral. Apesar de mais expostos ao risco de infecção, jovens e gays/HSH constituem a maioria da população usuária de PrEP, ressaltando a urgente necessidade de políticas de saúde pública específicas que aumentem a participação das mulheres e mulheres transsexuais com relação ao diagnóstico, tratamento e medidas de prevenção. O desenvolvimento de novas tecnologias pode contribuir para o monitoramento, adesão e uso racional da PrEP, visando assim a redução de novos casos de infecção pelo HIV.

                Palavras-chave: HIV, Prevenção combinada, Profilaxia Pré-Exposição (PrEP).
                ASPECTOS HEMATOLÓGICOS E REGULAÇÃO DO METABOLISMO DO FERRO NA PARACOCCIDIOIDOMICOSE
                Curso Doutorado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                Tipo Tese
                Data 28/09/2022
                Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                Orientador(es)
                • Anamaria Mello Miranda Paniago
                Coorientador(es)
                  Orientando(s)
                  • Eliana da Costa Alvarenga de Brito
                  Banca
                  • Adriana de Oliveira Franca
                  • Anamaria Mello Miranda Paniago
                  • Claudia Elizabeth Volpe Chaves
                  • Eduardo Benedetti Parisotto
                  • Eliane Borges de Almeida
                  • Jeniffer Michelline de Oliveira
                  • Rinaldo Poncio Mendes
                  Resumo Paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica, causada por fungos do gênero Paracoccidioides spp., que pode provocar alterações hematológicas e no metabolismo do ferro e está relacionada à resposta inflamatória do hospedeiro. Assim, anemia, leucocitose, eosinofilia e linfocitose têm sido descritas, principalmente na forma aguda/subaguda da doença. As alterações hematológicas e no metabolismo do ferro na forma crônica da PCM são pouco conhecidas. O objetivo deste estudo foi analisar e interpretar os aspectos hematológicos, bem como o metabolismo do ferro em diferentes compartimentos e avaliar a hepcidina sérica em pacientes com a forma crônica da PCM durante o processo de cura. Foram realizados três estudos, desenvolvidos no Hospital Dia Professora Esterina Corsini na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Com indivíduos diagnosticados com a forma crônica da PCM nos anos de 2013 a 2021. No primeiro estudo, com o propósito de contribuir com o conhecimento sobre as alterações das células hematológicas na forma crônica da PCM e no monitoramento do tratamento, avaliou-se o hemograma de pacientes com PCM crônica antes do início e durante diferentes estágios do tratamento. Os 62 pacientes incluídos tinham média de idade de 54,3 (DP 6,9) anos, sendo predominantemente homens (96,8%) e trabalhadores rurais (88,7%). Notou-se que na PCM crônica, as alterações no hemograma foram principalmente anemia e monocitose, no entanto, as alterações não são exuberantes. Após o tratamento, principalmente ao atingir a cura clínica, a maioria dos índices hematológicos alteram-se significativamente refletindo a interferência da infecção nestes parâmetros. No segundo estudo, com o intuito de compreender quais e quão intensos são os distúrbios no metabolismo do ferro em pacientes com forma crônica de PCM analisou-se os diferentes compartimentos de ferro, antes do tratamento e após a cura clínica. Notou-se que a PCM altera os compartimentos de estoque e funcional do ferro, sem alterar o compartimento de transporte. Apesar de que antes do tratamento as medidas centrais (média ou mediana) de ferritina, hemoglobina, eritrócitos, hematócrito e ferro sérico estavam normais, notou-se uma redução dos níveis de ferritina e aumento dos outros parâmetros entre o início do tratamento e a cura clínica. Além disso, observou-se que as alterações dos compartimentos de estoque e funcional do ferro apresentaram uma associação com a gravidade do quadro da doença. Os parâmetros do compartimento funcional apresentaram correlação negativa com a proteína C reativa, deste modo, foi possível inferir que a PCM interfere no metabolismo do ferro por transferir ferro do compartimento funcional para o de estoque, caracterizando uma anemia de inflamação. O terceiro estudo analisou os níveis de hepcidina sérica em pacientes com a forma crônica da PCM antes e durante o tratamento. Correlacionou-se a hepcidina com parâmetros do metabolismo do ferro e com as células sanguíneas. Apesar do aumento de hemoglobina e ferro e redução de ferritina observados entre antes do tramento e em cura clínica, não houve redução nos níveis de hepcidina, como era esperado. No entanto, observou-se correlação direta com células leucocitárias (r = 0,483; p = 0,001), neutrófilos (r = 0,418; p = 0,006), monócitos (r = 0,396; p = 0,009) - duas células fagocitárias que atuam na primeira linha de defesa da PCM e são sabidamente produtoras de hepcidina. Em síntese, a forma crônica da PCM cursa com alterações no metabolismo do ferro e nas células hematológicas, que de modo geral, estão associadas com a gravidade da doença e melhoram após o tratamento.
                  FIBROGÊNESE PULMONAR NA PARACOCCIDIOIDOMICOSE: COMPARAÇÃO DO PERFIL PROTÊOMICO DE DIFERENTES MODELOS EXPERIMENTAIS DE FIBROSES PULMONAR E HEPÁTICA .
                  Curso Doutorado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                  Tipo Tese
                  Data 18/08/2022
                  Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                  Orientador(es)
                  • James Venturini
                  Coorientador(es)
                    Orientando(s)
                    • Amanda Ribeiro dos Santos
                    Banca
                    • Anamaria Mello Miranda Paniago
                    • Bárbara Casella Amorim
                    • Gil Benard
                    • Giovana Cristina Giannesi
                    • James Venturini
                    • Marcia de Souza Carvalho Melhem
                    • Ricardo de Souza Cavalcante
                    Resumo Introdução. A paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica causada por fungos do gênero
                    Paracoccidioides. É uma doença endêmica na América Latina, sendo a primeira causa de morte entre todas as micoses sistêmicas no Brasil. Essa doença afeta principalmente os trabalhadores rurais e induz sequelas graves, incluindo a fibrose pulmonar (FP) e o enfisema pulmonar. De modo geral, a fibrogênese é caracterizada pela hiperplasia de miofibroblastos e intensa deposição de colágeno no parênquima e em vasos sanguíneos. Com o tempo, esse processo induz mudanças na arquitetura do órgão afetado induzindo o declínio da função. Em geral, o conhecimento dos mecanismos envolvidos na fibrogênese é baseado em estudos, por exemplo, de fibroses hepática (FH) e pulmonares não infecciosas, como a fibrose pulmonar idiopática (FPI). Na PCM, os mecanismos envolvidos na FP ainda permanecem pouco esclarecidos. Objetivo. Identificar vias de sinalizações relevantes para a FP na PCM experimental através da comparação do proteoma pulmonar de camundongos infectados
                    com P. brasiliensis e camundongos com FP induzida por bleomicina (BLM), bem como proteínasalvo relevantes que sejam comuns nos modelos de FP (PCM e BLM) e no modelo de FH induzida
                    por tetracloreto de carbono (CCl4). Metodologia. O modelo de FP-PCM foi constituído por
                    camundongos da linhagem BALB/c, adultos, machos, inoculados com leveduras de P. brasiliensis
                    (isolado Pb326) pela via intra-traqueal e foram avaliados após oito semanas. O modelo de FP-BLM
                    foi constituído por camundongos BALB/c, adultos, machos, nos quais foram administradas três doses
                    de bleomicina pela via intraperitoneal e foram avaliados após duas semanas da última dose. O modelo
                    de FH foi constituído por camundongos da linhagem C57Bl/6, adultos, machos, nos quais foram
                    administradas 12 doses de CCl4, intraperitonealmente, duas vezes por semana durante seis semanas.
                    Os grupos controles foram constituídos por camundongos BALB/c e C57Bl/6 submetidos às mesmas
                    condições de inóculos, utilizando-se solução salina estéril. Pulmões e fígado foram coletados de
                    acordo com cada modelo e foram submetidos a análise histopatológica e recuperação de fungos
                    viáveis para o modelo FP-PCM. A análise proteômica foi realizada utilizando nano-cromatografia
                    líquida acoplada ao espectrofotômetro de massas de ionização por electrospray (nano-LC-ESI-MS /
                    MS). O software Protein Lynx Global Service (PLGS) foi usado para identificar a diferença na
                    expressão das proteínas identificadas, onde p <0.05 e 1 - p> 0.95, foram usados para a determinação
                    de proteínas sub- ou super expressas respectivamente. Análises de bioinformática foram realizadas
                    para a identificação das vias significantemente enriquecidas nas quais as proteínas com expressão
                    similar ou diferentes entre os grupos participavam. Para esta análise, o banco de dados de vias
                    Reactome foi utilizado através do Cluego v2.0.7 + Clupedia v1.0.8 plug-in no software Cytoscape.
                    Resultados e discussão. A análise proteômica revelou 919 proteínas diferencialmente expressas entre
                    os pulmões do modelo FP-PCM e o pulmão saudável do grupo controle. Foi observado, ainda, que a
                    infecção por P. brasiliensis induziu super expressão em vias relacionadas com sinalizações prófibróticas, incluindo: resposta neutrofílica, resposta celular ao estresse, resposta pró-fibrótica mediada
                    pela sinalização do receptor TGF-β na transição celular de epitelial para mesenquimatosa, fase de
                    atenuação e fenótipo secretor associado à senescência, degranulação plaquetária e sinalização PI3K.
                    Foram identificadas 355 proteínas em comum com os três modelos de fibroses avaliados. A análise
                    do padrão de expressão dessas proteínas através de heatmap revelou que a fibrogênese observada na
                    PCM experimental apresentou maior similaridade entre as proteínas diferencialmente expressas pelo
                    modelo de FH induzida por CCl4. As proteínas Rho GTPases, HSP-90 e vimentina estavam super
                    expressas nos tecidos fibróticos desses dois grupos. Conclusão. Nossos achados contribuem para
                    identificar mecanismos moleculares mais específicos envolvidos na fibrogênese da PCM, bem como identificar alvos proteicos para possíveis drogas anti-fibróticas na PCM.
                    FATORES DE RISCO PARA ÓBITO PELA COVID-19 E EFETIVIDADE DAS VACINAS CORONAVAC E CHADOX1 FRENTE A VARIANTE GAMA NO BRASIL
                    Curso Doutorado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                    Tipo Tese
                    Data 25/05/2022
                    Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                    Orientador(es)
                    • Julio Henrique Rosa Croda
                    Coorientador(es)
                      Orientando(s)
                      • Patrícia Vieira da Silva
                      Banca
                      • Ana Lucia Lyrio de Oliveira
                      • James Venturini
                      • Julio Henrique Rosa Croda
                      • Karla Regina Warszawski de Oliveira
                      • Marco Antonio Moreira Puga
                      • Rivaldo Venancio da Cunha
                      • Roberto Dias de Oliveira
                      Resumo Em dezembro de 2019, um surto de pneumonia de origem desconhecida foi relatado
                      na China. O agente etiológico foi identificado como coronavírus causador da síndrome
                      respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2) e a doença nomeada como doença do novo
                      coronavírus 2019 (COVID-19). O vírus se espalhou por todo mundo e no Brasil foram
                      registrados mais de 30 milhões de casos e 663 mil mortes. Números altamente
                      desproporcionais de mortes foram identificados entre alguns grupos, levando a
                      necessidade de elucidar quais fatores de risco estão associados a desfechos graves
                      pela COVID-19. As vacinas contra o SARS-CoV-2 foram desenvolvidas,
                      comprovadamente eficazes e implantadas em campanhas de vacinação em massa.
                      Destacam-se entre elas, as duas primeiras vacinas distribuídas no Brasil, a
                      CoronaVac e a ChAdOx1. O surgimento das variantes de preocupação (VOCs), como
                      a variante Gama, criou a necessidade do monitoramento contínuo da efetividade das
                      vacinas, uma vez que mutações observadas nessas variantes podem conferir escape
                      a imunidade e neutralização dos imunizantes. Diante do exposto, este estudo teve
                      como objetivo descrever os fatores de risco para óbito pela COVID-19 e estimar a
                      efetividade das duas primeiras vacinas frente a variante Gama no Brasil. Diferentes
                      metodologias foram utilizadas neste estudo. Para identificar os fatores de risco para
                      óbito, foi realizada uma análise de sobrevida com todos os pacientes internados com
                      COVID-19 confirmada por RT-PCR no estado de São Paulo cadastrados no Sistema
                      de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-GRIPE) no período de 26 de fevereiro
                      de 2020 a 10 de outubro de 2020. Para o estudo de efetividade foi realizado um casocontrole
                      pareado com teste negativo, comparando os casos de COVID-19 confirmada
                      por RT-PCR, hospitalização e óbito, em idosos durante a epidemia com alta
                      prevalência da variante Gama no estado de São Paulo, com as doses aplicadas da
                      CoronaVac e ChAdOx1. Observamos que homens, idosos, e pessoas com
                      comorbidades tiveram maior risco de óbito pela COVID-19. A efetividade ajustada da
                      CoronaVac contra COVID-19 sintomática foi de 24,7% em 0-13 dias e 46,8% em ≥14
                      dias após a segunda dose. Já a efetividade ajustada contra internações foi de 55,5%
                      e contra óbitos foi de 61,2% ≥14 dias após a segunda dose. A efetividade da
                      CoronaVac diminuiu com o aumento da idade. A partir de 28 dias após a primeira
                      dose, a efetividade da ChAdOx1 foi de 33,4% contra COVID-19 sintomática, 55,1%
                      contra hospitalização e 61,8% contra óbito. A partir de 14 dias após a segunda dose,
                      a efetividade do esquema de duas doses da ChAdOx1 foi 77,9% contra COVID-19,
                      87,6% contra hospitalização e 93,6% contra óbito. De acordo com os resultados
                      obtidos, pessoas que apresentam fatores de risco para agravamento da infecção
                      devem ser priorizadas na vacinação, afim de diminuir a mortalidade pela COVID-19.
                      Além disso, a conclusão do cronograma vacinal de duas doses com CoronaVac e
                      ChAdOx1 oferece proteção contra casos leves e graves da COVID-19 em idosos
                      durante a circulação generalizada da variante Gama.
                      ASPECTOS SOROEPIDEMIOLÓGICOS E MOLECULARES DAS HEPATITES A e E EM DIFERENTES GRUPOS POPULACIONAIS NOS ESTADOS DE SÃO PAULO E MATO GROSSO DO SUL
                      Curso Doutorado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                      Tipo Tese
                      Data 30/03/2022
                      Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                      Orientador(es)
                      • Ana Rita Coimbra Motta de Castro
                      Coorientador(es)
                        Orientando(s)
                        • Sabrina Moreira dos Santos Weis Torres
                        Banca
                        • Ana Rita Coimbra Motta de Castro
                        • Bárbara Vieira do Lago
                        • Grazielli Rocha de Rezende
                        • James Venturini
                        • Larissa Melo Bandeira
                        • Roosecelis Brasil Martines
                        • Vanessa Salete de Paula
                        Resumo O objetivo deste estudo foi caracterizar os aspectos soroepidemiológicos e moleculares das infecções causadas pelos vírus das hepatites A (HAV) e E (HEV) em diferentes grupos populacionais de Mato Grosso do Sul (MS) e de São Paulo (SP). Em MS, os grupos populacionais estudados foram: doadores de sangue (BD), comunidades afrodescendentes (AFD), imigrantes japoneses e seus descendentes (JMS), catadores de materiais recicláveis (PC), privados de liberdade (PPL), privados de liberdade com tuberculose ativa (PTB), homens que fazem sexo com homens (HSHMS), mulheres trans (TW), pacientes com hepatite C crônica (PHCV) e pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA). Em SP, o presente estudo foi conduzido na população de imigrantes japoneses e seus descendentes (JSP). Além disso, visou-se estimar as taxas de sororreversão e de incidência da infecção pelo HEV em população privada de liberdade (PPL). Foram testadas 3243 amostras para pesquisa de marcadores sorológicos da infecção pelo HAV (anti-HAV total e/ou IgM) por meio de ensaio imunoquimioluminescente (VITROS Eci) e um total de 5301 amostras foram submetidas à detecção dos marcadores de exposição ao HEV (anti-HEV IgG e IgM) utilizando ensaio imunoenzimático (WANTAI HEV ELISA kit). Após extração, o RNA viral das amostras anti-HEV IgM positivas foi amplificado por RT-qPCR. A prevalência do marcador anti-HAV total encontrada neste estudo foi de 78,6% (95% IC: 77,1 – 79,9). A maior prevalência foi observada na população de PC (96,4%), seguida por PVHA (95,0%), PHCV (93,8%), PTB (85,2%), JMS (78,9%), JSP (69,5%) e AFD (66,9%). Os fatores associados à presença de anti-HAV total nos grupos populacionais de MS foram: idade maior que 30 anos (AFD e JMS), ter baixa escolaridade (PC, PTB), ter parceiro sexual fixo (JMS), uso irregular do preservativo (AFD), ser do sexo feminino e ter sido recrutado no lixão (PC). Em São Paulo (população JSP) os fatores associados à essa infecção foram: ter idade maior que 30 anos, não ter nascido em São Paulo, ser imigrante ou filho de imigrante japonês, não ser descendente de okinawanos e não ter tatuagem. Das 1010 amostras testadas para o marcador anti-HAV-IgM somente uma amostra foi positiva. A prevalência de exposição ao HEV encontrada neste estudo foi de 9,8% (95% IC: 9,0 – 10,7). Apenas 50 participantes apresentaram positividade ao anti-HEV-IgM (1,1%), dos quais apenas um apresentou RNA de HEV detectável e pertencia à população AFD. A maior prevalência de infecção pelo HEV foi encontrada na população PC (14,8%), seguida por PPL (14,6%), PTB (12,9%), PVHA (9,4%), JSP (8,9%), HSHMS (8,2%), TW (8,1%), PHCV (7,4%), AFD (6,7%), BD (6,4%) e JMS (6,0%). Os fatores associados à presença dos marcadores de exposição ao HEV nas populações estudadas foram: idade maior que 30 anos (PTB, JSP), não ter nascido no MS (BD e PC), baixa escolaridade (PPL, HSHMS), uso regular do preservativo (PTB) e uso de heroína (PPL). A taxa de incidência de infecção pelo HEV em privados de liberdade foi de 1,0/100 pessoas-ano, e a taxa de sororreversão foi de 7,8/100 pessoas-ano. Esses dados indicam elevada prevalência de marcadores anti-HAV na maioria das populações estudadas, apesar da existência de indivíduos jovens suscetíveis à essa infecção nas populações de JMS, JSP e AFD. Recomenda-se, portanto, a elaboração de estratégias adequadas e acessíveis de vacinação contra hepatite A nestes grupos populacionais. Os dados epidemiológicos da infecção pelo HEV nos grupos populacionais estudados demonstram que as prevalências podem variar de acordo com a população estudada e evidenciam a ocorrência de novos casos (soroconversão), bem como sororreversão dos marcadores de infecção pelo HEV em ambientes prisionais. Além disso, as informações geradas a partir desta pesquisa podem contribuir para maior conhecimento dessas infecções no Brasil, ressaltando a importância de delineamento de intervenções em saúde pública mais específicas e direcionadas aos diferentes grupos populacionais.
                        EPIDEMIOLOGIA MOLECULAR DO HIV-1 E INFECÇÃO PELO VÍRUS DA HEPATITE E EM POPULAÇÃO PRIVADA DE LIBERDADE DE MATO GROSSO DO SUL
                        Curso Doutorado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                        Tipo Tese
                        Data 18/02/2022
                        Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                        Orientador(es)
                        • Ana Rita Coimbra Motta de Castro
                        Coorientador(es)
                          Orientando(s)
                          • Tayana Serpa Ortiz Tanaka
                          Banca
                          • Ana Rita Coimbra Motta de Castro
                          • Bárbara Vieira do Lago
                          • Diogo Gama Caetano
                          • Grazielli Rocha de Rezende
                          • Marco Antonio Moreira Puga
                          • Victor Figueiredo Pimentel
                          Resumo A população privada de liberdade (PPL) enfrenta dificuldades em obter o diagnóstico precoce, o tratamento em momento oportuno, e a aderir ao tratamento para várias doenças transmissíveis. Por isso, nesse subgrupo populacional, ainda se observam prevalências alarmantes de doenças transmissíveis, como as infecções causadas pelos vírus da imunodeficiência humana (HIV) e coinfecção pelo vírus da hepatite E (HEV). Por isso, o presente estudo teve como objetivo identificar a variabilidade genética do HIV-1 circulante, verificar a ocorrência de redes de transmissão do HIV-1 e descrever as principais mutações associadas à resistência aos antirretrovirais presentes no gene da polimerase (protease e transcriptase reversa) e possíveis fatores sociocomportamentais associados a estas na PPL infectada pelo HIV-1 (artigo 1). No artigo 2, visou-se estimar a prevalência da coinfecção pelo vírus da hepatite E (HEV), bem como identificar os fatores associados à essa coinfecção nessa população. A população-alvo do estudo foi composta por indivíduos privados de liberdade (IPL) de Mato Grosso do Sul (MS), previamente diagnosticados como infectados pelo HIV-1 na ocasião de estudos anteriores e de busca ativa em estabelecimentos prisionais, contabilizando um total de 103 indivíduos. Para o artigo 1, o DNA proviral foi extraído das amostras de sangue total de 100 indivíduos para os quais tínhamos material biológico armazenado e fragmento parcial da polimerase foi amplificado por nested-PCR em 93 destes. Os produtos purificados dos isolados virais foram submetidos ao sequenciamento nucleotídico por Sanger para identificação de mutações de resistência, classificação dos subtipos do HIV-1 e verificação da ocorrência de grupos de transmissão, por meio da análise filogenética combinada ao cálculo de distância genética. Sete amostras foram excluídas por estarem duplamente amostradas e duas, devido ao sequenciamento incompleto. Assim, resultados moleculares de 84 indivíduos permitiram caracterizar 49 (58,3%) como pertencentes ao subtipo B do HIV-1, 12 (14,3%) ao C, 1 ao D (1,2%),1 (1,2%) ao F1 e formas recombinantes foram detectadas em 21 (25,0%). Dos 84 indivíduos, 50 (59,5%) faziam uso de antirretrovirais, enquanto 34 (40,5%) eram virgens de tratamento antirretroviral. Entre os previamente tratados, mutações de resistência aos antirretrovirais foram encontradas em 32,0% (16/50), sendo que 6,0% dos indivíduos apresentavam múltiplas mutações principalmente a NNRTI e NRTI . Entre aqueles virgens de tratamento antirretroviral, 5,9% (2/34) apresentavam mutações relacionadas à resistência. Foram detectados quatorze clusters entre sequências obtidas da PPL e/ou sequências obtidas da base de dados de Los Alamos, com uma média de 3,5 sequências/cluster. Ser homem que faz sexo com homens (HSH) aumenta a chance de formar um cluster em 9,38 vezes (IC95% 1,59-55,25) e ser infectado por subtipo não-B é fator protetor para a formação de cluster. As redes indicam que a PPL pode estar influenciando na transmissão não apenas dentro das prisões, mas também na comunidade fora delas. O artigo 2 teve como objetivo estimar a prevalência da coinfecção HEV-HIV, para tal foram utilizados kit comerciais para detecção qualitativa de anti-HEV IgG e IgM, por ensaio imunoenzimático. Dos 104 indivíduos triados para detecção da coinfecção HEV-HIV, 14 (13,5%; IC95%: 8,1-21,6) IPL apresentavam anti-HEV IgG e 5 (4,8%; IC95%: 2,0-11,2) anti-HEV IgM, sendo estas altas prevalências similares às encontradas em pessoas vivendo com o HIV em outras cidades brasileiras. Em conjunto o aprimoramento do conhecimento da PPL, com diagnóstico precoce de infecções virais e seguida de início precoce de tratamento pode limitar a dinâmica de transmissão destes vírus, e ajudar a delinear intervenções de saúde pública mais específicas a esses cenários.
                          DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DE FLEBOTOMÍNEOS E DA LEISHMANIOSE VISCERAL EM ÁREA DE TRANSMISSÃO INTENSA, CAMPO GRANDE, MS, BRASIL
                          Curso Doutorado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                          Tipo Tese
                          Data 09/07/2021
                          Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                          Orientador(es)
                          • Alessandra Gutierrez de Oliveira
                          Coorientador(es)
                            Orientando(s)
                            • Wagner de Souza Fernandes
                            Banca
                            • Alessandra Gutierrez de Oliveira
                            • Andrey José de Andrade
                            • Eunice Aparecida Bianchi Galati
                            • Mirella Ferreira da Cunha Santos
                            • Reginaldo Peçanha Brazil
                            • Renato Andreotti e Silva
                            Resumo As perturbações no ambiente causadas pela abertura desordenada de novas áreas para atender
                            a crescente demanda da população, incluindo aquelas com baixas condições socioeconômicas
                            e que vivem em precárias condições sanitárias, favorecem a emergência ou reemergência de
                            diversas doenças transmitidas por vetores, como as leishmanioses. A cidade de Campo Grande,
                            localizada na porção Centro-Oeste do Brasil, é classificada como área de transmissão intensa
                            para leishmaniose visceral (LV), com as primeiras notificações em 2001, seguida de franca
                            expansão na área nos anos seguintes. O presente estudo teve como objetivo identificar a
                            distribuição espaço-temporal de flebotomíneos e da LV na cidade de Campo Grande, Mato
                            Grosso do Sul e entender como a urbanização alterou a fauna local desses dípteros. Foram
                            utilizados dados primários da fauna obtidos através de coletas sistemáticas realizadas com o
                            auxílio de armadilhas automáticas luminosas instaladas a cada quinze dias em dezesseis bairros,
                            de julho de 2017 a junho de 2019. Foram ainda utilizados dados secundários de trabalhos
                            realizados na área urbana entre os anos de 1999 e 2000 e de 2003 a 2005. O Índice de Vegetação
                            por Diferença Normalizada (NDVI) foi utilizado para calcular a porcentagem de área
                            urbanizada entre 1999 e 2017 e os dados das variáveis climáticas para avaliar a influência dos
                            fatores abióticos na abundância e distribuição desses insetos. Para avaliar a distribuição de LV
                            foi calculada a incidência e descrição das características demográficas da população. Os casos
                            notificados foram geocodificados e agrupados por bairro para estimar riscos relativos
                            suavizados e avaliados de acordo com a análise de dados de área usando Modelo Aditivo
                            Generalizado. Entre 2017 e 2019 foram capturados 1572 flebotomíneos pertencentes a quatro
                            espécies: Bichromomyia flaviscutellata, Evandromyia lenti, Lutzomyia longipalpis e
                            Nyssomyia whitmani. Observou-se redução em cerca de 85% das espécies previamente
                            encontradas na cidade. Lutzomyia longipalpis, com 99,4% foi a espécie mais frequente e
                            dominante. A frequência da espécie apresentou correlação com as médias de temperatura,
                            umidade e velocidade do vento e a sazonalidade observada reflete o risco de infecção por
                            Leishmania (Leishmania) infantum ao longo do ano na área urbana. Os ambientes amostrados
                            apresentaram aumento de áreas urbanizadas nos últimos 20 anos. Em consonância com os
                            demais resultados, evidenciou-se a rápida transição de área epidêmica para endêmica e o padrão
                            de dispersão centrífuga da LV em Campo Grande, e que o índice de qualidade de vida urbana,
                            calculado com base em dados de renda, escolaridade, condições de moradia e saneamento
                            ambiental são determinantes na ocorrência da doença. Enfatizamos que compreender a relação
                            de flebotomíneos com as mudanças ambientais e as condições socioeconômicas de uma
                            população são essenciais para entender a dinâmica das leishmanioses, buscando fornecer
                            subsídios para propor e implementar medidas de prevenção e controle da doença.
                            PREVALÊNCIA DE ASPERGILOSE PULMONAR CRÔNICA EM PACIENTES COM TUBERCULOSE
                            Curso Doutorado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                            Tipo Tese
                            Data 24/03/2021
                            Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                            Orientador(es)
                            • Anamaria Mello Miranda Paniago
                            Coorientador(es)
                              Orientando(s)
                              • Claudia Elizabeth Volpe Chaves
                              Banca
                              • Anamaria Mello Miranda Paniago
                              • Antonio José Grande
                              • Marcello Mihailenko Chaves Magri
                              • Marcia de Souza Carvalho Melhem
                              • Paulo de Tarso Guerrero Muller
                              • Rinaldo Poncio Mendes
                              Resumo Aspergilose pulmonar crônica (APC) é uma doença fúngica negligenciada, com alta morbidade e mortalidade e as alterações anatômicas induzidas pela tuberculose pulmonar (TBP) são o principal fator predisponente. O seu diagnóstico é um desafio e a sua prevência pouco conhecida e provavelmente, subestimada pela ausência de métodos diagnósticos mais acurados. Além dos exames microbiológicos, testes sorológicos como imunodifusão dupla em gel de ágar (IDD) ou contraimunoeletroforese (CIE) são ainda utilizados na rotina diagnóstica de APC. Mais recentemente o ELISA vem sendo utilizado como teste alternativo. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de APC em pacientes com TBP em dois serviços de saúde, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul e a acurácia dos testes sorológicos para o seu diagnóstico. Foram realizados dois estudos. O primeiro estudo foi uma revisão sistemática com objetivo de comparar a acurácia do teste ELISA com o teste de referência (IDD e/ou CIE) para o diagnóstico de APC. O estudo foi conduzido de acordo com “Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyzes” (PRISMA). Nós realizamos a pesquisa nas bases eletrônicas MEDLINE (PubMed), EMBASE (Elsevier), LILACS (VHL), Cochrane library, and ISI Web of Science. Foram incluídos 14 artigos com casos de APC que foram submetidos aos dois testes: ELISA (teste índice) e IDD e/ou CIE (testes de referência) e que avaliaram a acurácia dos testes, mas somente quatro puderam ser metanalisados. Não encontramos diferença significativa em sensibilidade e especificidade nos 4 estudos metanalisados inicialmente, com uma moderada e alta heterogeneidade, respectivamente. Quando analisamos dois estudos com testes comerciais, as sensibilidades agrupadas foram de 0.95 (95% CI 0.93–0.97) e 0.49 (95% CI 0.45–0.54) respectivamente, para o teste ELISA e IDD/CIE, com nenhuma heterogeneidade. O segundo estudo foi transversal analítico com pacientes com TBP atendidos no ambulatório de Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (HUMAP) ou admitidos no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, entre fevereiro de 2016 a novembro de 2019. Para estimar a prevalência de APC nessa população, 193 pacientes consecutivos elegíveis foram incluídos no estudo. Foram submetidos à avaliação clínica, tomográfica, exames de escarro e sorologias pelo teste ELISA e IDD. A prevalência global de APC foi de 10,9%. Ter tido TBP há 4 anos ou mais e apresentar hemoptise foram mais frequentes em pacientes com APC, com odds ratio de 17.54 (1.85-166.67) e 9.61 (2.21-41.67), respectivamente. Cavitações, espessamento pleural e presença de bola fúngica foram as alterações tomográficas mais frequentes em APC. Considerando os casos de APC confirmados e 100 doadores de sangue saudáveis, não houve diferença significativa na avaliação de sensibilidade e especificidade, porém o teste de ELISA apresentou um desempenho melhor do que o teste IDD na avaliação do teste de Youden. A frequência de óbitos entre os pacientes com APC foi de 28,6%. Esses achados indicam a necessidade de vigilância contínua de APC em pacientes com TBP desde o tratamento e ao longo da vida, com avaliação clínica, tomográfica e sorológica, preferencialmente pelo método ELISA que demonstrou um melhor desempenho no diagnóstico de APC.

                              ANTIGENEMIA CRIPTOCÓCCICA EM PACIENTES COM AIDS E IMUNOSSUPRESSÃO GRAVE
                              Curso Doutorado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                              Tipo Tese
                              Data 07/10/2020
                              Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                              Orientador(es)
                              • Anamaria Mello Miranda Paniago
                              Coorientador(es)
                                Orientando(s)
                                • Adriana Carla Garcia Negri
                                Banca
                                • Anamaria Mello Miranda Paniago
                                • Everton Ferreira Lemos
                                • James Venturini
                                • Marcia de Souza Carvalho Melhem
                                • Mauricio Antonio Pompilio
                                • Ricardo de Souza Cavalcante
                                Resumo
                                PREVALÊNCIA DE TOXOPLASMA GONDII E NEOSPORA CANINUM EM AMOSTRAS DE GESTANTES
                                Curso Doutorado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                                Tipo Tese
                                Data 20/07/2020
                                Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                                Orientador(es)
                                • Renato Andreotti e Silva
                                Coorientador(es)
                                  Orientando(s)
                                  • Pâmella Oliveira Duarte
                                  Banca
                                  • Eduardo de Castro Ferreira
                                  • Everton Falcao de Oliveira
                                  • Izaias Pereira da Costa
                                  • Marcos Valério Garcia
                                  • Renato Andreotti e Silva
                                  • Sonia Maria Oliveira de Andrade
                                  Resumo
                                  PANORAMA DA TUBERCULOSE EM POPULAÇÕES PRIVADAS DE LIBERDADE E NOVOS DESAFIOS: UMA ABORDAGEM SOBRE PROFILAXIA PRIMÁRIA E CUSTO EFETIVIDADE PARA TRIAGEM EM MASSA
                                  Curso Doutorado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                                  Tipo Tese
                                  Data 30/06/2020
                                  Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                                  Orientador(es)
                                  • Julio Henrique Rosa Croda
                                  Coorientador(es)
                                    Orientando(s)
                                    • Roberto Dias de Oliveira
                                    Banca
                                    • Crhistinne Cavalheiro Maymone Goncalves
                                    • Flávia Patussi Correia Sacchi
                                    • Julio Henrique Rosa Croda
                                    • Leonardo Martinez Pantoja
                                    • Marli Marques
                                    • Valeria Cavalcanti Rolla
                                    Resumo
                                    INFECÇÃO POR PAPILOMAVÍRUS HUMANO, GARDNERELLA VAGINALLIS E CHLAMYDIA TRACHOMATIS EM PACIENTES ATENDIDAS NO HOSPITAL DE AMOR, UNIDADE DE CAMPO GRANDE – MS
                                    Curso Doutorado em Doenças Infecciosas e Parasitárias
                                    Tipo Tese
                                    Data 16/04/2020
                                    Área DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
                                    Orientador(es)
                                    • Ines Aparecida Tozetti
                                    Coorientador(es)
                                      Orientando(s)
                                      • Larissa Zatorre Almeida
                                      Banca
                                      • Adriane Cristina Bovo
                                      • Alda Maria Teixeira Ferreira
                                      • Cacilda Tezelli Junqueira Padovani
                                      • Camila Mareti Bonin Jacob
                                      • Ines Aparecida Tozetti
                                      • Luana Silva Soares
                                      Resumo
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