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TRABALHO Ações
Comunidade de aves e o efeito do desenvolvimento urbano sobre a riqueza, a abundância e a composição de espécies em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil
Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
Tipo Tese
Data 03/08/2018
Área ECOLOGIA
Orientador(es)
  • Franco Leandro de Souza
Coorientador(es)
  • Jose Manuel Ochoa Quintero
Orientando(s)
  • Berinaldo Bueno
Banca
  • Augusto Joao Piratelli
  • Márcio Rodrigo Gimenes
  • Renato Cintra
Resumo As áreas urbanas têm se expandido rapidamente devido ao aumento da população humana e as investigações dos padrões de diversidade de aves nas cidades estão se tornando comuns. O grupo das aves é ideal para estudar os efeitos da urbanização, pois muitas espécies ocorrem em áreas urbanas e possuem alta sensibilidade às mudanças na estrutura e composição do habitat. Os estudos que avaliaram os efeitos da urbanização sobre a avifauna apontam que a riqueza de espécies é inversamente proporcional a urbanização. No Brasil, alguns trabalhos avaliaram os efeitos da urbanização sobre a avifauna, porém no Cerrado e no Mato Grosso do Sul os estudos ainda são escassos. Dessa forma, os principais objetivos deste estudo são descrever a composição da comunidade de aves da área urbana de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil e avaliar se a riqueza, a abundância e a composição das aves variam ao longo de um gradiente de urbanização. A coleta de dados foi realizada entre os meses de fevereiro e março de 2016 em 61 hexágonos com diferentes porcentagens de superfície impermeável que estavam distribuídos por toda a cidade. Em cada hexágono, quatro pontos de contagem foram estabelecidos e todas as aves vistas e/ou ouvidas foram registradas. As variáveis ambientais relacionadas ao percentual de superfície impermeável, número de edificações e árvores de diferentes alturas e número de postes foram registradas para cada hexágono. Cento e vinte e uma espécies de aves pertencentes a 40 famílias e 18 ordens foram registradas. A comunidade de aves foi constituída principalmente por espécies nativas, residentes e com dietas flexíveis, onde umas poucas espécies tiveram elevada abundância de indivíduos. Além disso, a avifauna é predominantemente florestal. A variável impermeabilidade influenciou negativamente a riqueza e a abundância de espécies por reduzir as áreas disponíveis para as espécies e a heterogeneidade ambiental. Contrariamente, a variável edificações até 5 m de altura afetou positivamente a abundância devido a presença de residências e seus diferentes recursos para a avifauna. A quantidade de postes não influenciou a comunidade de aves possivelmente porque os postes precisam estar associados a outros elementos urbanos para que existam efeitos na avifauna. A vegetação não afetou a avifauna provavelmente porque a avifauna esteja mais relacionada com a origem nativa ou exótica da vegetação do que com a quantidade e a estrutura vertical das árvores. Para que o efeito negativo da urbanização sobre a avifauna seja mitigado é fundamental o melhor planejamento e gestão do meio urbano. A manutenção e a ampliação das áreas verdes urbanas, bem como a diversificação arquitetônica e estrutural das residências aumentam a heterogeneidade ambiental e disponibilidade de habitats, o que favorece a existência de uma rica diversidade de aves.
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    Ocupación de hábitat del mapache cangrejero (Procyon cancrivorus) en sabanas del Área Protegida Municipal Pampas del Yacuma en Beni, Bolivia
    Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
    Tipo Dissertação
    Data 09/07/2018
    Área ECOLOGIA
    Orientador(es)
    • Guilherme de Miranda Mourão
    Coorientador(es)
      Orientando(s)
      • Zulia Regina Porcel Balboa
      Banca
      • Carolina Carvalho Cheida
      • Marcelo Oscar Bordignon
      • Rita de Cássia Bianchi
      Resumo Conocer los factores que influyen en la ocupación de hábitats por una especie, nos ayuda a comprender cómo esta interactúa con las características del paisaje y a tomar decisiones para su conservación. Algunos estudios encontraron que el mapache cangrejero (Procyon cancrivorus) depende de cuerpos de agua para alimentarse y de bosques para refugiarse, sin embargo, la información sobre su ecología y su relación con el paisaje es escasa. El objetivo de mi trabajo fue determinar qué factores del paisaje influyen la ocupación de P. cancrivorus durante la estación seca en un área ganadera en las sabanas inundadas del Beni. Utilicé transectos en cuadrantes de 1 km2 y 60 sitios de captura de cámara instalados en un área de 132.4 km2 y a través de modelos Single Season, estimé los efectos de la distancia al río principal (río Yacuma), pequeños cuerpos de agua y el porcentaje de cobertura de vegetación, en la probabilidad de ocupación y detección de esta especie. Registré un total de 193 cuadrantes y 201 fotos independientes. Los resultados tanto de trampas cámara como de transectos mostraron que la probabilidad de ocupación de la especie fue influenciada positivamente por la distancia al río principal. Contrario a mis expectativas, la ocupación de la especie no fue influenciada por hábitats cercanos a cuerpos de agua y con cobertura de bosque, pues mis resultados encontraron que el mapache cangrejero ocupa hábitats inmersos en las matrices de pastizales naturales y antropizados inundables asociados o no a parches o islas de bosque que están lejanos del río. Este estudio muestra que la ocupación de una especie de dieta oportunista como el mapache cangrejero, podría depender de estos ambientes que le brindan alimento y refugio, recursos determinados posiblemente por la estacionalidad. Esta podría ser una estrategia de forrajeo para la especie ya que al ocupar estas áreas, no necesitaría usar el rio principal, sin embargo, la presencia de predadores podría también explicar porque no ocupa el río. Por tanto, esta especie podría ser considerada una especialista de hábitats húmedos pero generalista a escala de paisaje al usar hábitats amplios. Es necesario abordar estudios sobre la conectividad del paisaje que posiblemente expliquen mejor la ocurrencia de la especie y su relación con el paisaje. Por otro lado, este proyecto muestra la importancia del área protegida “Pampas del Yacuma” que alberga tanto ecosistemas de sabanas como parches de bosque, los cuales son cruciales para la fauna existente.
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        The role of environment and the regional force in structuring the diversity of phyllostomid bats in the Neotropics
        Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
        Tipo Dissertação
        Data 25/06/2018
        Área ECOLOGIA
        Orientador(es)
        • Nilton Carlos Caceres
        Coorientador(es)
          Orientando(s)
          • Ismari Ramirez Lucho
          Banca
          • Diogo Borges Provete
          • Erich Arnold Fischer
          • Gustavo Graciolli
          • Marcelo de Moraes Weber
          • Rudi Ricardo Laps
          Resumo Os mecanismos que mantêm e controlam os padrões de diversidade de espécies em escalas locais e regionais, assim como a extensão geográfica em os processos locais e regionais ocorrem, continuam a ser um tema central e controverso na ecologia. Nossa hipótese é de que as variáveis ambientais e regionais influenciam a riqueza e o turnover dos morcegos filostomídeos dos Neotrópicos mais fortemente que as condições ambientais locais, levando a uma maior variação na diversidade de espécies regionalmente do que localmente. Para representar a escala regional, dividimos a Região Neotropical em 147 células de 2° de latitude por 2° de longitude. Dentro de cada célula, pontos individuais de amostragem foram usados para medir a diversidade de espécies na escala local. Utilizamos a partição de variância para desvendar a contribuição do meio ambiente (representada pela temperatura, precipitação e ecorregiões) na variação da escala regional e local na riqueza e turnover das espécies. Descobrimos que o ambiente é um bom preditor da riqueza de espécies em escala regional. Nos também descobrimos que a riqueza de espécies de morcegos é mais alta em latitudes menores e que o turnover das espécies muda quase linearmente através da Região Neotropical do hemisfério sul para o norte. A pesar da associação do ambiente com a riqueza de espécies, a diversidade de espécies nos Neotrópicos foi impulsada principalmente pelo turnover. Nossos resultados sugerem que os processos regionais são muito influentes na diversidade geral de espécies do que os processos locais impulsados pelas condições ambientais.
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            Efeitos da heterogeneidade e complexidade do habitat sobre comunidades de aracnídeos
            Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
            Tipo Dissertação
            Data 30/05/2018
            Área ECOLOGIA
            Orientador(es)
            • Josue Raizer
            Coorientador(es)
            • Camila Aoki
            Orientando(s)
            • Bruno Arguelho Arrua
            Banca
            • Antonio Domingos Brescovit
            • Everton Tizo Pedroso
            • Fabio de Oliveira Roque
            • Francisco Valente Neto
            • Rogerio Rodrigues Faria
            Resumo Heterogeneidade e complexidade de habitat têm sido utilizadas para descrever as variações horizontal e vertical de estruturas de ambientes em pequenas e grandes escalas espacial. A hipótese da heterogeneidade ambiental vem sendo tratada em diversos estudos, com diferentes grupos taxonômicos. Esta hipótese prevê que a biodiversidade é maior em ambientes mais heterogêneos, pois a variedade de nichos é maior. Tais variações, têm sido frequentemente correlacionadas à fauna afim de identificar padrões que regem a estrutura das comunidades. Estudos com a fauna de aracnídeos e outros grupos taxonômicos indicam correlação positiva com heretogeneidade/complexidade do habitat, mas ainda existem controvérsias, com alguns estudos apontando para efeitos negativos ou neutros. Por meio deste trabalho fizemos uma revisão de literatura a fim de saber quais variáveis preditoras exercem efeitos sobre as comunidades de aranhas e se, de maneira geral, heterogeneidade ou complexidade de exerce efeitos sobre as comunidades de aranhas. Serapilheira, cobertura por arbustos, altitude, abundância de presas, altura da vegetação, cobertura herbáceas, umidade do solo, área, riqueza de plantas, diversidade de plantas e cobertura de dossel são variáveis que demonstraram exercer um efeito significativo sobre a fauna de aranhas. Fizemos também um estudo para verificar os efeitos da heterogeneidade e complexidade de habitat sobre aracnídeos de solo. Esse estudo foi conduzido no Maciço do Urucum, Corumbá – MS. Coletamos os aracnídeos utilizando armadilhas de queda (pitifall) e extratores de Winkler. A heterogeneidade e a complexidade de habitat foram estimadas através de imagens de satélite por meio do índice de vegetação por diferença normalizada (NDVI). No Maciço do Urucum, a comunidade de aracnídeos não está estruturada pela heterogeneidade e complexidade do habitat, mas há um efeito da altitude. A riqueza e composição de aracnídeos no Maciço do Urucum é afetada pela altitude. Picos de riqueza são encontrado em altitudes médias. A composição difere com o gradiente altitudinal.
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              Sucesso reprodutivo de Byrsonima cydoniifolia (Malpighiaceae) na presença de predadores generalistas de visitantes florais
              Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
              Tipo Dissertação
              Data 30/05/2018
              Área ECOLOGIA
              Orientador(es)
              • Josue Raizer
              Coorientador(es)
              • Camila Aoki
              Orientando(s)
              • Joana Roxinsky Teodoro
              Banca
              • André Rodrigo Rech
              • Augusto Cesar de Aquino Ribas
              • Denise Lange
              Resumo As plantas atraem uma série de invertebrados, os quais podem estabelecer interações mutualistas (como polinizadores) ou antagonistas (como pilhadores e herbívoros), e por esta razão, são comumente exploradas como locais de forragemanto por predadores generalistas. Entender essas interações é fundamental para a compreensão dos mecanismos que estruturam comunidades biológicas. Nesse sentido, realizamos uma revisão na literatura sobre informações a respeito de redes de interação tritróficas (aranhas-visitantes florais/herbívoros-plantas) e, posteriormente, testamos em campo os efeitos da presença de predadores generalistas (aranhas) sobre os visitantes florais e, consequentemente, sobre sucesso reprodutivo de uma espécie de planta (Byrsonima cydoniifolia, Malpighiaceae), conhecida popularmente como canjiqueira. A revisão mostrou que as aranhas podem exercer efeitos variados nessas redes (positivos, negativos ou neutros), e que essa variação depende da composição e números de elementos considerados dentro da rede, bem como do comportamento anti-predatório tanto de herbívoros como de polinizadores. No experimento realizado com canjiqueira, verificamos que a comunidade de aranhas apresenta um efeito positivo sobre o sucesso reprodutivo da planta, já que sua presença diminuiu a abundância de pilhadores e aumenta o peso de sementes dessa espécie. Isso demonstra a importância de considerar o papel dos diferentes níveis tróficos envolvidos na rede.
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                Threatened species in priority areas for biodiversity conservation: data systematization, influence of choice of methods and applications, in Mato Grosso do Sul, Brazil
                Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                Tipo Tese
                Data 29/05/2018
                Área ECOLOGIA
                Orientador(es)
                • Danilo Bandini Ribeiro
                Coorientador(es)
                  Orientando(s)
                  • Sylvia Torrecilha
                  Banca
                  • DANIEL DE PAIVA SILVA
                  • ELEONORE ZULNARA FREIRE SETZ
                  • Mauricio de Almeida Gomes
                  • Rafael Dettogni Guariento
                  • Reinaldo Francisco Ferreira Lourival
                  • Roberto Macedo Gamarra
                  Resumo Nesta tese utilizei as espécies de aves e mamíferos ameaçados na seleção de áreas prioritárias à conservação da biodiversidade no estado de Mato Grosso do Sul.
                  No primeiro Capítulo sistematizamos uma base de dados georreferenciados de registros de espécies de aves e mamíferos ameaçados no Mato Grosso do Sul. No segundo capítulo avaliamos a efetividade dos polígonos da IUCN na sistematização da distribuição das espécies numa escala espacial detalhada. O terceiro capítulo buscou avaliar o papel das áreas protegidas na conservação de 16 espécies ameaçadas de aves de campos naturais.
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                    Área de vida, seleção de habitat e atividade diária de capivaras vivendo em uma área urbana
                    Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                    Tipo Dissertação
                    Data 29/05/2018
                    Área ECOLOGIA
                    Orientador(es)
                    • Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos
                    Coorientador(es)
                      Orientando(s)
                      • Samara Serra Medeiros
                      Banca
                      • Marcelo Oscar Bordignon
                      • María José Corriale
                      • Mauricio de Almeida Gomes
                      • Ubiratan Piovezan
                      Resumo A biodiversidade está constantemente ameaçada pela urbanização. No entanto, algumas espécies com maior plasticidade fenotípica conseguem se estabelecer nestes locais, alterando algumas de suas características. Mudanças comportamentais nos padrões de atividade e de movimentação podem reduzir os tamanhos das áreas de vida de algumas espécies que se estabelecem em áreas urbanas. Eu estudei o uso do espaço por capivaras num contexto urbano hipotetizando que: (i) as áreas de vida dos indivíduos fossem menores que nos ambientes naturais, (ii) eles selecionariam diferentes tipos de habitat ao longo do dia e (iii) exibiriam dois picos de atividade no dia. As áreas de vida estimadas por MCP nos ambientes urbanos (MÉDIA 35,28 ha) foram maiores que nos naturais (MÉDIA 12,50 ha). As capivaras selecionaram ambientes florestais e corpos d’água durante o dia e áreas abertas durante a noite, evitando áreas urbanas em todos os horários. Capivaras foram mais ativas nos períodos crepuscular e noturno e exibiram dois picos de movimentação que coincidiram com as mudanças na estratégia de seleção de habitat. Gramados em abundância e de fácil acesso, e a falta de predadores nos ambientes urbanos podem ter favorecido a expansão das áreas de vida das capivaras em comparação com estudos realizados em ambientes naturais. A evitação de áreas pavimentadas parece ser um padrão comum para espécies que habitam grandes centros urbanos. A seleção de corpos d’água, florestas e áreas abertas cobertas por gramíneas é característico do comportamento de capivaras. A presença de um mosaico de habitats que inclui florestas, áreas abertas e corpos d’água dentro das áreas urbanas favorece o estabelecimento de populações de capivaras em áreas urbanas. Entender como a urbanização influencia o uso do espaço, os padrões de atividade e a seleção de habitat destes animais pode contribuir para o estabelecimento de estratégias de manejo desta espécie nas cidades.
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                        Incorporando múltiplas contribuições da natureza para a humanidade na orientação de Transferência Fiscal Intergovernamental Ecológica
                        Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                        Tipo Dissertação
                        Data 10/05/2018
                        Área ECOLOGIA
                        Orientador(es)
                          Coorientador(es)
                            Orientando(s)
                            • Fábio Padilha Bolzan
                            Banca
                            • Fabio de Oliveira Roque
                            • Leticia Couto Garcia Ribeiro
                            • Mauricio de Almeida Gomes
                            • Mauricio Stefanes
                            Resumo Instrumentos econômicos de política ambiental têm-se mostrado cada vez mais importantes em promover múltiplos benefícios da natureza para a humanidade. Aqui, utilizamos o instrumento econômico de transferência fiscal intergovernamental ecológica (TFE) brasileiro, denominado de ICMS-Ecológico, com o objetivo de analisar suas potenciais sinergias e “trade-offs” frente um conjunto de dados ambientais que informam diferentes alvos de conservação e contribuições da natureza no Estado de Mato Grosso do Sul. Sumarizamos nossos dados ambientais na escala municipal e então construímos uma matriz de correlação de Pearson a fim de avaliar as relações entre nosso conjunto de dados ambientais e também entre o esquema ICMS-Ecológico. Nossos resultados apontaram forte correlação positiva (> 0.9) entre o conjunto de dados ambientais, enquanto diante do esquema ICMS-Ecológico, tais correlações foram desprezíveis (~=0). Isso nos sugere que: 1) múltiplos benefícios são providos em um mesmo município independente do alvo de conservação ou contribuição da natureza e, 2) o descompasso entre o conjunto de dados ambientais e o ICMS-E sugere que fatores históricos, culturais e de gestão territorial podem ter levado a criação das áreas protegidas, sobretudo as unidades de conservação, sem considerar critérios ecológicos e de priorização. Por fim, este estudo permitiu uma visualização simplificada das potencialidades de cada município do Mato Grosso do Sul, indicando oportunidades de melhoria na distribuição de recursos públicos para a conservação, abrindo novas janelas para a utilização de esquemas mais equitativos que valorizem a conservação das múltiplas contribuições da natureza, incluindo incentivos para a conservação em áreas públicas e privadas.
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                              Efeitos de macroconsumidores em comunidades de macroinvertebrados bentônicos e processos ecossistêmicos em um rio cárstico
                              Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                              Tipo Dissertação
                              Data 09/05/2018
                              Área ECOLOGIA
                              Orientador(es)
                              • Fabio de Oliveira Roque
                              Coorientador(es)
                                Orientando(s)
                                • Giovane Lima Vilhanueva
                                Banca
                                • Francisco Valente Neto
                                • Rafael Dettogni Guariento
                                • Yzel Rondon Súarez
                                Resumo Entender como os ecossistemas são afetados pela crescente perda de biodiversidade tem sido um desafio nos últimos anos. Em sistemas aquáticos, a perda de macroconsumidores resulta em diversos efeitos na produtividade primária do sistema, efeitos de cascata trófica, processamento de matéria orgânica e ciclagem de nutrientes. Porém, há uma lacuna de estudos referente aos ambientes aquáticos de paisagens cársticas. As paisagens cársticas apresentam um alto grau de endemismo de animais troglóbios e sofrem com o crescente impacto causado pela ação do homem. O nosso objetivo nesse estudo foi analisar como a perda de macroconsumidores pode afetar os processos ecossistêmicos em um rio cárstico. Para isso, os macroconsumidores (ex. peixes e camarões) foram excluídos por meio do método de exclusão elétrica a fim de testar potenciais efeitos destes nas comunidades de macroinvertebrados bentônicos, taxa de decaimento foliar e acúmulo de cálcio. A exclusão de macroconsumidores não apresentou efeitos na composição das comunidades de macroinvertebrados bentônicos, nas taxas de decaimento foliar e acúmulo de cálcio. Porém, foram observados efeitos da exclusão dos macroconsumidores na abundância de grupos funcionais como os coletores e raspadores. Nossos resultados demonstraram que a propagação de efeitos causado por macroconsumidores parece ser contexto dependente. A exclusão dos macroconsumidores não levou a efeitos nos processos ecossistêmicos nesse sistema.
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                                  Reproductive ecology of cacti species in the Brazilian Chaco
                                  Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                                  Tipo Trabalho de Conclusão de Curso
                                  Data 06/04/2018
                                  Área ECOLOGIA
                                  Orientador(es)
                                    Coorientador(es)
                                    Orientando(s)
                                      Banca
                                      • Angela Lucia Bagnatori Sartori
                                      • Erich Arnold Fischer
                                      Resumo Cactaceae é uma das famílias mais diversas da região Neotropical, com cerca de 1480 espécies. Estas plantas produzem flores e frutos que são uma importante fonte de recursos para diferentes grupos animais, os quais potencialmente atuam como polinizadores ou dispersores de sementes. No Chaco brasileiro, região mais afetada pelo desmatamento na planície pantaneira, esta família está representada por 16 espécies, ainda pouco conhecidas quanto aos diferentes aspectos de sua ecologia reprodutiva. Este cenário enfatiza a necessidade de mais estudos que investiguem e forneçam dados ecológicos para Cactaceae, contribuindo com informações que podem ser usadas em iniciativas de conservação para a família. Neste sentido, eu abordo diferentes aspectos da ecologia reprodutiva das cactáceas que ocorrem na região do Chaco brasileiro, incluindo fenologia e interações ecológicas com mutualistas e antagonistas. O primeiro capítulo foca na floração e frutificação de dez espécies de cactáceas que ocorrem no Chaco brasileiro. Eu avaliei como estas plantas respondem a sazonalidade climática dessa região, buscando entender padrões temporais de disponibilidade de recursos para consumidores, os quais influenciam o sucesso reprodutivo dessas espécies e a dinâmica da comunidade. Temperatura e comprimento do dia foram os principais fatores desencadeando os eventos fenológicos das espécies estudadas, que floresceram e produziram frutos principalmente na estação chuvosa. No segundo capítulo, eu descrevo a morfologia de flores, frutos e sementes, e relaciono tais características com os potenciais polinizadores e dispersores de sementes. A maioria das espécies tem flores brancas que abrem a noite, sugerindo polinização por vetores noturnos tais como como mariposas e morcegos. Todos os frutos registrados são bagas de coloração atrativa, sugerindo as aves como potenciais dispersores de sementes. Por sua vez, no terceiro capítulo, foram estudadas duas espécies de cactos colunares Echinopsis rhodotricha e Stetsonia coryne, cujas flores são noturnas mas se mantêm abertas e funcionais até o final da manhã do dia seguinte. Dessa forma podem usar serviços de polinização tanto de visitantes noturnos quanto diurnos, resultando em sistemas mistos de polinização. Realizei análises de eficiência dos polinizadores e avaliei a contribuição de cada grupo na produção de frutos e sementes destas espécies. Os resultados do experimento de exclusão mostraram que os visitantes diurnos foram mais efetivos que os noturnos. A baixa taxa de visitas e de capturas de mariposas, sugere que este grupo de polinizadores tem uma baixa contribuição para sucesso reprodutivo de S. coryne e E. rhodotricha. No quarto capítulo, avaliei os efeitos da florivoria sobre o sucesso reprodutivo de E. rhodotricha. Quantifiquei e comparei a produção de frutos em uma população natural, considerando flores intactas e danificadas. Duas espécies de vertebrados consomem as flores de E. rhodotricha, reduzem a atratividade e recompensas aos polinizadores, e afetam o seu sucesso reprodutivo. Adicionalmente, como material suplementar, nós produzimos o Guia de campo dos cactos do Chaco brasileiro. Este guia traz informações sobre a flora de cactos do Chaco, aumentando o conhecimento sobre a diversidade de espécies e visando incentivar sua conservação na região.
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                                        Reproductive ecology of cacti species in the Brazilian Chaco
                                        Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                                        Tipo Tese
                                        Data 06/04/2018
                                        Área ECOLOGIA
                                        Orientador(es)
                                        • Andrea Cardoso de Araujo
                                        Coorientador(es)
                                          Orientando(s)
                                          • Vanessa Gabrielle Nobrega Gomes
                                          Banca
                                          • Angela Lucia Bagnatori Sartori
                                          • Erich Arnold Fischer
                                          • Isabel Cristina Sobreira Machado
                                          • Zelma Glebya Maciel Quirino
                                          Resumo Cactaceae é uma das famílias mais diversas da região Neotropical, com cerca de 1480 espécies. Estas plantas produzem flores e frutos que são uma importante fonte de recursos para diferentes grupos animais, os quais potencialmente atuam como polinizadores ou dispersores de sementes. No Chaco brasileiro, região mais afetada pelo desmatamento na planície pantaneira, esta família está representada por 16 espécies, ainda pouco conhecidas quanto aos diferentes aspectos de sua ecologia reprodutiva. Este cenário enfatiza a necessidade de mais estudos que investiguem e forneçam dados ecológicos para Cactaceae, contribuindo com informações que podem ser usadas em iniciativas de conservação para a família. Neste sentido, eu abordo diferentes aspectos da ecologia reprodutiva das cactáceas que ocorrem na região do Chaco brasileiro, incluindo fenologia e interações ecológicas com mutualistas e antagonistas. O primeiro capítulo foca na floração e frutificação de dez espécies de cactáceas que ocorrem no Chaco brasileiro. Eu avaliei como estas plantas respondem a sazonalidade climática dessa região, buscando entender padrões temporais de disponibilidade de recursos para consumidores, os quais influenciam o sucesso reprodutivo dessas espécies e a dinâmica da comunidade. Temperatura e comprimento do dia foram os principais fatores desencadeando os eventos fenológicos das espécies estudadas, que floresceram e produziram frutos principalmente na estação chuvosa. No segundo capítulo, eu descrevo a morfologia de flores, frutos e sementes, e relaciono tais características com os potenciais polinizadores e dispersores de sementes. A maioria das espécies tem flores brancas que abrem a noite, sugerindo polinização por vetores noturnos tais como como mariposas e morcegos. Todos os frutos registrados são bagas de coloração atrativa, sugerindo as aves como potenciais dispersores de sementes. Por sua vez, no terceiro capítulo, foram estudadas duas espécies de cactos colunares Echinopsis rhodotricha e Stetsonia coryne, cujas flores são noturnas mas se mantêm abertas e funcionais até o final da manhã do dia seguinte. Dessa forma podem usar serviços de polinização tanto de visitantes noturnos quanto diurnos, resultando em sistemas mistos de polinização. Realizei análises de eficiência dos polinizadores e avaliei a contribuição de cada grupo na produção de frutos e sementes destas espécies. Os resultados do experimento de exclusão mostraram que os visitantes diurnos foram mais efetivos que os noturnos. A baixa taxa de visitas e de capturas de mariposas, sugere que este grupo de polinizadores tem uma baixa contribuição para sucesso reprodutivo de S. coryne e E. rhodotricha. No quarto capítulo, avaliei os efeitos da florivoria sobre o sucesso reprodutivo de E. rhodotricha. Quantifiquei e comparei a produção de frutos em uma população natural, considerando flores intactas e danificadas. Duas espécies de vertebrados consomem as flores de E. rhodotricha, reduzem a atratividade e recompensas aos polinizadores, e afetam o seu sucesso reprodutivo. Adicionalmente, como material suplementar, nós produzimos o Guia de campo dos cactos do Chaco brasileiro. Este guia traz informações sobre a flora de cactos do Chaco, aumentando o conhecimento sobre a diversidade de espécies e visando incentivar sua conservação na região.
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                                            Patrón alimenticio de murciélagos filostómidos en un gradiente de cobertura de vegetal nativa en la Serra da Bodoquena
                                            Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                            Tipo Dissertação
                                            Data 26/03/2018
                                            Área ECOLOGIA
                                            Orientador(es)
                                            • Rafael Dettogni Guariento
                                            Coorientador(es)
                                              Orientando(s)
                                              • Neder Luis Oviedo Morales
                                              Banca
                                              • Ana Maria Rui
                                              • Erich Arnold Fischer
                                              • Marlon Zortéa
                                              • Mauricio de Almeida Gomes
                                              • Roberto Lobo Munin
                                              Resumo La fragmentación y degradación del hábitat, son las dos causas principales que afectan la estructura de las comunidades de murciélagos. Así, los quirópteros son bio-indicadores de la calidad de hábitat y la salud de los ecosistemas, al responder a estas alteraciones ambientales son buenos objetos de estudio. En este sentido, el presente trabajo tuvo como objetivo estudiar la dieta de murciélagos frugívoros de la familia Phyllostomidae, a lo largo de un gradiente de cobertura vegetal en la Serra da Bodoquena, Brasil. Nuestros resultados muestran que no existe una relación directa entre las proporciones de cobertura vegetal sobre el patrón alimenticio de murciélagos frugívoros, donde la riqueza y composición de ítems en la dieta no presento cambios en los diferentes paisajes que conformaron el gradiente de cobertura vegetal. La amplia distribución espacial de plantas pioneras y la alta movilidad que presentan los murciélagos frugívoros les permiten forrajear áreas con distintos usos de la tierra como zonas de cultivo, pastos y diferentes estados sucesionales garantizando un suministro constante de alimentos, pues posiblemente utilizan parches con mayor grado conectividad para acceder a estos recursos. Creemos que la complementación del paisaje puede ser el factor que permita la persistencia de murciélagos frugívoros en paisajes altamente fragmentados.
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                                                O EFEITO DE LUZ E NUTRIENTES SOBRE A ESTEQUIOMETRIA DO SÉSTON
                                                Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                                Tipo Trabalho de Conclusão de Curso
                                                Data 23/03/2018
                                                Área ECOLOGIA
                                                Orientador(es)
                                                  Coorientador(es)
                                                  Orientando(s)
                                                    Banca
                                                      Resumo A estequiometria ecológica busca compreender como a proporção entre os elementos influencia aspectos ecológicos através das demandas dos organismos e da composição elementar de seus alimentos. Produtores primários, bactérias, protozoários e elementos abióticos compõem o séston, que é a base de recursos dos consumidores primários em lagos e oceanos, e que pode se alterar sistematicamente com a razão luz:nutriente. A hipótese luz:nutriente estipula que os produtores primários de ambientes com muita luz possuem alta razão C:P enquanto que em baixa luminosidade possuem baixa razão C:P, sendo portanto a variação da razão luz:nutriente importante para afetar as taxas de herbivoria e fluxo de energia para níveis tróficos superiores. Neste estudo avaliamos a hipótese luz:nutriente em 100 lagos naturais e artificiais no Estado do Rio Grande do Norte e testamos se a variação da razão luz:nutriente afeta a estequiometria de séston (razão C:nutriente). Analisamos as características físico-químicas e limnológicas dos lagos, bem como quantificamos as biomassas de fitoplâncton e zooplâncton, além da composição fitoplanctônica. Encontramos variação nas características físico-químicas e biológicas dos lagos e uma relação positiva entre a razão luz:nutriente e a razão C:P do séston, indicando que o efeito da luz e dos nutrientes na sua estequiometria se dá de forma conjunta e também que a estequiometria do séston pode ser influenciada de forma aditiva pela contribuição relativa de cianobactérias para o fitoplâncton. Dessa forma, concluímos que a razão luz:nutriente é um fator determinante na variação da razão C:P do séston ao longo de uma ampla distribuição espacial de lagos, assim como a contribuição relativa de cianobactérias.
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                                                        O EFEITO DE LUZ E NUTRIENTES SOBRE A ESTEQUIOMETRIA DO SÉSTON
                                                        Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                                        Tipo Dissertação
                                                        Data 23/03/2018
                                                        Área ECOLOGIA
                                                        Orientador(es)
                                                        • Rafael Dettogni Guariento
                                                        Coorientador(es)
                                                          Orientando(s)
                                                          • Yasmine Marçola de Souza
                                                          Banca
                                                          • Adriano Caliman Ferreira da Silva
                                                          • Diogo Borges Provete
                                                          • Fabio de Oliveira Roque
                                                          • Simone Jaqueline Cardoso
                                                          Resumo A estequiometria ecológica busca compreender como a proporção entre os elementos influencia aspectos ecológicos através das demandas dos organismos e da composição elementar de seus alimentos. Produtores primários, bactérias, protozoários e elementos abióticos compõem o séston, que é a base de recursos dos consumidores primários em lagos e oceanos, e que pode se alterar sistematicamente com a razão luz:nutriente. A hipótese luz:nutriente estipula que os produtores primários de ambientes com muita luz possuem alta razão C:P enquanto que em baixa luminosidade possuem baixa razão C:P, sendo portanto a variação da razão luz:nutriente importante para afetar as taxas de herbivoria e fluxo de energia para níveis tróficos superiores. Neste estudo avaliamos a hipótese luz:nutriente em 100 lagos naturais e artificiais no Estado do Rio Grande do Norte e testamos se a variação da razão luz:nutriente afeta a estequiometria de séston (razão C:nutriente). Analisamos as características físico-químicas e limnológicas dos lagos, bem como quantificamos as biomassas de fitoplâncton e zooplâncton, além da composição fitoplanctônica. Encontramos variação nas características físico-químicas e biológicas dos lagos e uma relação positiva entre a razão luz:nutriente e a razão C:P do séston, indicando que o efeito da luz e dos nutrientes na sua estequiometria se dá de forma conjunta e também que a estequiometria do séston pode ser influenciada de forma aditiva pela contribuição relativa de cianobactérias para o fitoplâncton. Dessa forma, concluímos que a razão luz:nutriente é um fator determinante na variação da razão C:P do séston ao longo de uma ampla distribuição espacial de lagos, assim como a contribuição relativa de cianobactérias.
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                                                            INFLUÊNCIA DO AMBIENTE NAS REDES ANTAGONISTAS MOSCA-MORCEGO EM DUAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DA AMAZÔNIA CENTRAL BRASILEIRA
                                                            Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                                            Tipo Trabalho de Conclusão de Curso
                                                            Data 28/02/2018
                                                            Área ECOLOGIA
                                                            Orientador(es)
                                                              Coorientador(es)
                                                              Orientando(s)
                                                                Banca
                                                                • ANALIA GLADYS AUTINO
                                                                • Elizabete Captivo Lourenço
                                                                • Enrique Reyes Novelo
                                                                • Erich Arnold Fischer
                                                                Resumo A relação moscas parasitas e morcegos são interações muito específicas que tem sido pouco testado no Neotrópico, esses parasitos têm distribuição cosmopolita mesmo que seus hospedeiros. As poucas investigações realizadas nesse campo têm encontrado que são muitos os fatores que influenciam nessa relação, além disso, concluíram que características próprias de ambos (moscas e morcegos) tem a sua contribuição. No presente estudo se pretende avaliar se fatores climáticos (chuva e seca) e o tipo de ambiente (várzea inundada e sem inundação) influenciam nas interações parasito-hospedeiro em moscas parasitas e morcegos. Para isso, o trabalho foi feito em duas bacias hidrográficas na floresta da Amazônia central brasileira, rio Purus e rio Madeira. Os morcegos foram coletados por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Amazónicas (INPA) utilizando redes de neblina ao nível de sub-bosque e abertas durante seis horas na noite; as moscas foram extraídas com pinças de ponta fina e depois identificadas no Laboratório de Sistemática, Ecologia e Evolução da universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande (Brasil). Foram coletadas no total, 2045 moscas parasitas de morcegos, agrupadas em duas famílias (Streblidae e Nycteribiidae), 13 géneros e 57 espécies, em 424 morcegos de três famílias (Phyllostomidae, Mormoopidae e Vespertilionidae), 21 géneros e 31 espécies. Os resultados não corroboram nossa primeira hipótese de que o clima e o ambiente influenciam a estrutura das comunidades dos morcegos e, por conseguinte das moscas, como uma resposta as mudanças dos seus hospedeiros, devido à alta especificidade nessa relação. Enquanto, os resultados das métricas nas redes de interação mosca-morcego, como a especialização, sim evidenciaram estar influenciadas pelos fatores ambientais estudados. Assim, neste trabalho se conclui que as associações nos organismos estudados, além de ser muito especificas, são sensíveis as mudanças ambientais no seu entorno, e elas encontrassem adaptadas a tais mudanças naturais. Pela primeira vez são estudadas estas interações na Amazônia central brasileira, contribuindo assim com o conhecimento do parasitismo nos morcegos do Neotrópico.
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                                                                  INFLUÊNCIA DO AMBIENTE NAS REDES ANTAGONISTAS MOSCA-MORCEGO EM DUAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DA AMAZÔNIA CENTRAL BRASILEIRA
                                                                  Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                                                  Tipo Dissertação
                                                                  Data 28/02/2018
                                                                  Área ECOLOGIA
                                                                  Orientador(es)
                                                                  • Gustavo Graciolli
                                                                  Coorientador(es)
                                                                    Orientando(s)
                                                                    • Adrian Alonso Duran de la Ossa
                                                                    Banca
                                                                    • ANALIA GLADYS AUTINO
                                                                    • Elizabete Captivo Lourenço
                                                                    • Enrique Reyes Novelo
                                                                    • Erich Arnold Fischer
                                                                    • Romeo Alberto Saldana Vásquez
                                                                    Resumo A relação moscas parasitas e morcegos são interações muito específicas que tem sido pouco testado no Neotrópico, esses parasitos têm distribuição cosmopolita mesmo que seus hospedeiros. As poucas investigações realizadas nesse campo têm encontrado que são muitos os fatores que influenciam nessa relação, além disso, concluíram que características próprias de ambos (moscas e morcegos) tem a sua contribuição. No presente estudo se pretende avaliar se fatores climáticos (chuva e seca) e o tipo de ambiente (várzea inundada e sem inundação) influenciam nas interações parasito-hospedeiro em moscas parasitas e morcegos. Para isso, o trabalho foi feito em duas bacias hidrográficas na floresta da Amazônia central brasileira, rio Purus e rio Madeira. Os morcegos foram coletados por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Amazónicas (INPA) utilizando redes de neblina ao nível de sub-bosque e abertas durante seis horas na noite; as moscas foram extraídas com pinças de ponta fina e depois identificadas no Laboratório de Sistemática, Ecologia e Evolução da universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande (Brasil). Foram coletadas no total, 2045 moscas parasitas de morcegos, agrupadas em duas famílias (Streblidae e Nycteribiidae), 13 géneros e 57 espécies, em 424 morcegos de três famílias (Phyllostomidae, Mormoopidae e Vespertilionidae), 21 géneros e 31 espécies. Os resultados não corroboram nossa primeira hipótese de que o clima e o ambiente influenciam a estrutura das comunidades dos morcegos e, por conseguinte das moscas, como uma resposta as mudanças dos seus hospedeiros, devido à alta especificidade nessa relação. Enquanto, os resultados das métricas nas redes de interação mosca-morcego, como a especialização, sim evidenciaram estar influenciadas pelos fatores ambientais estudados. Assim, neste trabalho se conclui que as associações nos organismos estudados, além de ser muito especificas, são sensíveis as mudanças ambientais no seu entorno, e elas encontrassem adaptadas a tais mudanças naturais. Pela primeira vez são estudadas estas interações na Amazônia central brasileira, contribuindo assim com o conhecimento do parasitismo nos morcegos do Neotrópico.
                                                                    Palavras-chave: Amazônia, morcegos, Nycteribiidae, parasitismo, redes de
                                                                    Download
                                                                      Processos estruturadores de comunidades aquáticas em áreas alagáveis tropicais
                                                                      Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                                                                      Tipo Trabalho de Conclusão de Curso
                                                                      Data 05/12/2017
                                                                      Área ECOLOGIA
                                                                      Orientador(es)
                                                                      • Rafael Dettogni Guariento
                                                                      Coorientador(es)
                                                                        Orientando(s)
                                                                        • Milena Delatorre Nunes
                                                                        Banca
                                                                        • Diogo Borges Provete
                                                                        • Fabio de Oliveira Roque
                                                                        • Geraldo Alves Damasceno Junior
                                                                        • Tadeu de Siqueira Barros
                                                                        Resumo Apesar de o Pantanal ser um ecossistema de água doce altamente dinâmico pouco se conhece sobre os padrões e processos que governam a montagem de comunidades, sobretudo de organismos aquáticos. Assim, no primeiro capítulo busco entender se grupos taxonômicos que tem características anfíbias, porém com distintas habilidades de dispersão – plantas aquáticas e anuros adultos – apresentam congruência na estrutura de metacomunidade em lagoas de água doce. Ainda, quantifiquei a importância relativa de processos ecológicos locais, os quais inferem nicho, e regionais relacionados a dispersão dos organismos. Portanto, investiguei a interação entre variáveis naturais, perturbações humanas e espaciais na organização das metacomunidades. Para tal, apliquei duas abordagens complementares: Análise dos elementos da estrutura de metacomunidade – EMS; e Partição da variância, usando análise de redundância parcial – pRDA, em dados qualitativos, quantitativos e excluindo espécies raras. Demonstrei que a distribuição de espécies de ambos os grupos podem ser congruentes e apresentar o mesmo padrão estrutural na montagem de metacomunidade. No entanto, os padrões alteram conforme removo espécies raras e/ou faço uso de dados de presença-ausência e abundância. Os padrões mais comuns foram aninhados (nestedness) e aleatórios (random). Para plantas, o uso da terra pelo gado foi correlacionado aos padrões estruturais encontrados. Já a estrutura da metacomunidade de anuros foi associada a estabilidade da lagoa. O puro efeito do ambiente mais que do espaço explicou a distribuição das espécies de plantas aquáticas, e somente as variáveis ambientais e a conectividade hidrológica contribuíram para a organização da metacomunidade de anuros. No entanto, a elevada proporção de variação não explicada, somada aos padrões aleatórios de distribuição das espécies sugerem que além do processo de nicho, o principal condutor da organização das metacomunidades, processos estocásticos também podem atuar na montagem de metacomunidade de organismos aquáticos em lagoas do Pantanal. No segundo capítulo adicionei a propriedade funcional para buscar padrões na organização das comunidades incorporando traços das espécies de plantas aquáticas ao longo da heterogeneidade ambiental das lagoas do Pantanal. Investiguei se há turnover na composição de espécies e de traços na medida que altera a estabilidade da lagoa e seu pH. Também testei se as plantas aquáticas são espacialmente estruturadas e se o gradiente ambiental é correlacionado às propriedades taxonômica (riqueza e abundância) e funcional (riqueza e diversidade) das comunidades. Para analisar o turnover apliquei os métodos RLQ e fourth-corner. Na busca por estrutura espacial usei análises de coordenadas principais de matrizes vizinhas (PCNM) e correlograma de Mantel. Por último, correlacionei as características ambientais com as propriedades taxonômicas e funcionais usando correlações de Pearson com permutações. Como esperado as espécies e os traços funcionais são guiados por processos de nicho. Contrariando nossa expectativa de que haveria autocorrelação espacial, processos espaciais não tiveram importância alguma na distribuição das espécies de plantas aquáticas, sugerindo que a inundação deva atuar fortemente na dispersão de propágulos o que leva a coocorrência das espécies entre as lagoas. Ainda discordando das expectativas, não houve correlação entre a riqueza taxonômica e o gradiente de estabilidade das lagoas, o que leva a conclusão de que as variações na estabilidade das lagoas promovam efeitos prioritários e como consequência o contingenciamento histórico no estabelecimento das espécies.
                                                                        Alterações da paisagem e padrões de diversidade de morcegos e de suas moscas ectoparasitas no limite norte do Cerrado
                                                                        Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                                                                        Tipo Trabalho de Conclusão de Curso
                                                                        Data 21/11/2017
                                                                        Área ECOLOGIA
                                                                        Orientador(es)
                                                                        • Gustavo Graciolli
                                                                        Coorientador(es)
                                                                          Orientando(s)
                                                                          • Ciro Libio Caldas dos Santos
                                                                          Banca
                                                                          • Enrico Bernard
                                                                          • Enrique Reyes Novelo
                                                                          • Ludmilla Moura de Souza Aguiar
                                                                          • Mauricio de Almeida Gomes
                                                                          Resumo O conhecimento dos fatores relacionados aos padrões de diversidade em escala local e regional é uma das principais prioridades na criação de estratégias para reduzir os impactos antrópicos sobre a biodiversidade. Entre os biomas com maior perda de hábitat, o Cerrado se destaca devido à redução da vegetação nativa para a agropecuária e intensificação do número de incêndios. Na zona norte do limite do Cerrado, pertencente ao estado do Maranhão, as alterações na paisagem são consequências principalmente dos monocultivos de eucalipto e soja. O objetivo deste estudo é avaliar se esta perda de vegetação no nordeste maranhense na última década pode afetar os padrões de diversidades das espécies de morcegos e seus ectoparasitos nas áreas remanescentes. No período de 2014 e 2015, realizamos capturas em 48 pontos amostrais de seis municípios no nordeste maranhense, com diferentes níveis de perturbação relacionadas ao desmatamento e ao fogo. Como variáveis explicativas nos modelos da diversidade beta e de abundância de morcegos e seus ectoparasitos, utilizamos a porcentagem de cobertura arbórea (2014) e perda de vegetação (2000-2014), número de focos de queimadas (2000-2015) e médias de variáveis climáticas. As associações foram analisadas a partir de modelos lineares mistos generalizados e de partição hierárquica. Capturamos 1.571 morcegos nos 48 pontos amostrais, pertencentes a 37 espécies das famílias Emballonuridae (1 espécie), Molossidae (1), Phyllostomidae (32), Thyropteridae (1) e Vespertilionidae (2). Quanto às moscas ectoparasitas, coletamos 3.114 indivíduos de 30 espécies das famílias Nycteribiidae (4 espécies) e Streblidae (26). Encontramos uma maior estimativa da riqueza de espécies nos municípios com maior cobertura de vegetação e/ou menor número de focos de queimadas. A variação da diversidade beta de morcegos esteve associada às diferenças no histórico de exposição ao fogo entre as áreas estudadas, em interação com a proporção de cobertura e perda de vegetação existentes. No entanto, os efeitos foram diferentes entre as diversidades filogenética, funcional, taxonômica e de espécies analisadas, demonstrando a necessidade de utilizar estes tipos de diversidade para melhor descrever os possíveis efeitos nestas comunidades. A seleção da média pluviométrica nos modelos dos ectoparasitos indica a importância da inclusão de variáveis climáticas, nas análises de interação parasito-hospedeiro com a paisagem. Para a abundância dos morcegos, o fogo teve maior expressividade nos modelos selecionados, sugerindo que algumas espécies de frugívoros devem utilizar áreas abertas como rotas de forrageamento. Estes resultados indicam a importância do fogo e da perda de vegetação na composição de espécies de morcegos nas áreas de cerrado estudadas. Assim, políticas públicas devem priorizar a manutenção das áreas remanescentes e o manejo adequado do fogo para manutenção da biodiversidade local.
                                                                          Download
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                                                                            Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                                                                            Tipo Tese
                                                                            Data 06/11/2017
                                                                            Área ECOLOGIA
                                                                            Orientador(es)
                                                                              Coorientador(es)
                                                                              Orientando(s)
                                                                                Banca
                                                                                  Resumo
                                                                                  A especificidade parasitária e a variação geográfica de artrópodos ectoparasitos em morcegos em Mato Grosso do Sul, com informação filogenética
                                                                                  Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                                                                                  Tipo Tese
                                                                                  Data 06/11/2017
                                                                                  Área ECOLOGIA
                                                                                  Orientador(es)
                                                                                  • Gustavo Graciolli
                                                                                  Coorientador(es)
                                                                                    Orientando(s)
                                                                                    • Camila de Lima Silva
                                                                                    Banca
                                                                                    • ANALIA GLADYS AUTINO
                                                                                    • Fernando Paiva
                                                                                    • Karla Magalhães Campião
                                                                                    • Luiz Eduardo Roland Tavares
                                                                                    Resumo As análises comparativas de redes hospedeiro-parasito podem revelar padrões com implicações para a estabilidade e dinâmica coevolucionária dessas associações e no entendimento sobre como a diversidade de parasitos é regulada nos ecossistemas naturais. As redes de interação, de acordo com seus dados representados, podem ser classificadas como redes qualitativas (ou binárias) ou quantitativas (ou ponderadas). Foram avaliadas interações parasito-hospedeiro com uma abordagem de rede, e se o acréscimo de peso nas análises poderia alterar a estrutura das ligações nas redes de interação entre morcegos e sua comunidade de artrópodos ectoparasitos. As redes de interação apresentaram estruturas modulares, nas quais as espécies pertencentes aos módulos interagem entre si, com poucas conexões a espécies de outros módulos. O principal atributo do hospedeiro que influenciou a modularidade observada foi a taxonomia: espécies de hospedeiros mais próximas tiveram composições parasitárias mais aninhadas e maior probabilidade de pertencer ao mesmo módulo na rede. É importante analisar não somente a capacidade de um parasito de infestar poucas ou muitas espécies hospedeiras em um determinado local, mas também, o seu potencial para expandir sua distribuição geográfica e infestar novas espécies de hospedeiro. Portanto, foi verificado se em diferentes regiões Mato Grosso do Sul poderia haver dissimilaridade de espécies hospedeiras entre as moscas ectoparasitas em morcegos (beta-especificidade), e o grau de especificidade filogenética, ou seja, o quanto os hospedeiros de um parasito são aparentados entre si. As moscas ectoparasitas apresentaram alta especificidade filogenética e alta beta-especificidade, infestando morcegos filogeneticamente relacionados. Foi observado "turnover" e aninhamento, e a riqueza de espécies hospedeiras pode ter influenciado os resultados.
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