Bioindicadores de alta performance para monitoramento de condições de córregos em hotspots de biodiversidade tropical. |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
28/05/2019 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
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Resumo |
Em minha tese, avaliei a resposta de insetos aquáticos e peixes frente à perda de vegetação nativa em riachos tropicais, focando em três dimensões subexploradas, limiar ecológico, escala e custo monetário, relacionadas ao processo de seleção de indicadores em iniciativas de monitoramento de sistemas de água doce. Realizei também em um dos córregos um estudo específico na procura de resultados mais refinados a nível local para testar se diferentes densidades de carbono da madeira submergida influenciam os grupos funcionais de alimentação e a riqueza de espécies de insetos aquáticos. Usei dois modelos, a região cárstica do Planalto da Bodoquena, Centro-Oeste do Brasil e a Paisagem Natural Protegida Gran Piedra, Santiago de Cuba, Cuba, ambas as áreas localizadas dentro de dois hotspots de biodiversidade mundial. Identifiquei 25 espécies com potencial de indicação, 14 de insetos aquáticos e 11 de peixes. Entre elas, 13 espécies de insetos e peixes apresentam limiares claros frente à perda de vegetação nativa nos sistemas aquáticos deste modelo de estudo. Dentre os insetos aquáticos, os taxa que mostraram maior sensibilidade apresentaram limiares entre 10 e 25% de perda de vegetação nativa. Obtive resultados similares em termos do número de espécies em declínio de insetos aquáticos e peixes com respostas na escala de 100 metros, mas os insetos aquáticos mostraram uma maior sensibilidade do que peixes a mudanças na vegetação ripária em escala local. Mostrei, que o uso de indicadores é escala-dependente e que incluir a dimensão monetária é importante na seleção de indicadores de condições ecológicas e pode reduzir os custos na conservação e biomonitoramento. No segundo modelo, previ que madeiras mais duras abrigassem riqueza de espécies de insetos aquáticos e grupos funcionais diferentes das madeiras menos duras, e que grupos de coletores e filtradores fossem mais abundantes na madeira macia. Encontrei que Diptera e Ephemeroptera foram os grupos mais abundantes, e que as taxas de decomposição são diferentes entre as espécies de plantas. Mostrei evidências que a riqueza e a organização funcional de insetos aquáticos têm relação com às taxas de decomposição e a quantidade de lignina da madeira proveniente da vegetação ripária. Os resultados sugerem que os programas de biomonitoramento em sistemas aquáticos tropicais devem considerar o trade-offs custo-benefício na obtenção de informação, priorizando à viabilidade operacional e financeira e os grupos com maior sensibilidade, e que a seleção dos indicadores dependerá da escala de avalição. Outra mensagem em minha tese é que existe a possibilidade que a perda de árvores de alta densidade de carbono em florestas tropicais afete a biodiversidade aquática local com implicações na conservação e biomonitoramento. |
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High-performance bioindicators for stream condition monitoring in tropical biodiversity hotspots |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
28/05/2019 |
Área |
ECOLOGIA APLICADA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- ANDERSON FERREIRA
- Danilo Bandini Ribeiro
- Franco Leandro de Souza
- Leandro Juen
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Resumo |
Em minha tese, avaliei a resposta de insetos aquáticos e peixes frente à perda de vegetação nativa em riachos tropicais, focando em três dimensões subexploradas, limiar ecológico, escala e custo monetário, relacionadas ao processo de seleção de indicadores em iniciativas de monitoramento de sistemas de água doce. Realizei também em um dos córregos um estudo específico na procura de resultados mais refinados a nível local para testar se diferentes densidades de carbono da madeira submergida influenciam os grupos funcionais de alimentação e a riqueza de espécies de insetos aquáticos. Usei dois modelos, a região cárstica do Planalto da Bodoquena, Centro-Oeste do Brasil e a Paisagem Natural Protegida Gran Piedra, Santiago de Cuba, Cuba, ambas as áreas localizadas dentro de dois hotspots de biodiversidade mundial. Identifiquei 25 espécies com potencial de indicação, 14 de insetos aquáticos e 11 de peixes. Entre elas, 13 espécies de insetos e peixes apresentam limiares claros frente à perda de vegetação nativa nos sistemas aquáticos deste modelo de estudo. Dentre os insetos aquáticos, os taxa que mostraram maior sensibilidade apresentaram limiares entre 10 e 25% de perda de vegetação nativa. Obtive resultados similares em termos do número de espécies em declínio de insetos aquáticos e peixes com respostas na escala de 100 metros, mas os insetos aquáticos mostraram uma maior sensibilidade do que peixes a mudanças na vegetação ripária em escala local. Mostrei, que o uso de indicadores é escala-dependente e que incluir a dimensão monetária é importante na seleção de indicadores de condições ecológicas e pode reduzir os custos na conservação e biomonitoramento. No segundo modelo, previ que madeiras mais duras abrigassem riqueza de espécies de insetos aquáticos e grupos funcionais diferentes das madeiras menos duras, e que grupos de coletores e filtradores fossem mais abundantes na madeira macia. Encontrei que Diptera e Ephemeroptera foram os grupos mais abundantes, e que as taxas de decomposição são diferentes entre as espécies de plantas. Mostrei evidências que a riqueza e a organização funcional de insetos aquáticos têm relação com às taxas de decomposição e a quantidade de lignina da madeira proveniente da vegetação ripária. Os resultados sugerem que os programas de biomonitoramento em sistemas aquáticos tropicais devem considerar o trade-offs custo-benefício na obtenção de informação, priorizando à viabilidade operacional e financeira e os grupos com maior sensibilidade, e que a seleção dos indicadores dependerá da escala de avalição. Outra mensagem em minha tese é que existe a possibilidade que a perda de árvores de alta densidade de carbono em florestas tropicais afete a biodiversidade aquática local com implicações na conservação e biomonitoramento. |
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Bioindicadores de alta performance para monitoramento de condições de córregos em hotspots de biodiversidade tropical. |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
28/05/2019 |
Área |
ECOLOGIA APLICADA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- ANDERSON FERREIRA
- Danilo Bandini Ribeiro
- Franco Leandro de Souza
- Leandro Juen
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Resumo |
Em minha tese, avaliei a resposta de insetos aquáticos e peixes frente à perda de vegetação nativa em riachos tropicais, focando em três dimensões subexploradas, limiar ecológico, escala e custo monetário, relacionadas ao processo de seleção de indicadores em iniciativas de monitoramento de sistemas de água doce. Realizei também em um dos córregos um estudo específico na procura de resultados mais refinados a nível local para testar se diferentes densidades de carbono da madeira submergida influenciam os grupos funcionais de alimentação e a riqueza de espécies de insetos aquáticos. Usei dois modelos, a região cárstica do Planalto da Bodoquena, Centro-Oeste do Brasil e a Paisagem Natural Protegida Gran Piedra, Santiago de Cuba, Cuba, ambas as áreas localizadas dentro de dois hotspots de biodiversidade mundial. Identifiquei 25 espécies com potencial de indicação, 14 de insetos aquáticos e 11 de peixes. Entre elas, 13 espécies de insetos e peixes apresentam limiares claros frente à perda de vegetação nativa nos sistemas aquáticos deste modelo de estudo. Dentre os insetos aquáticos, os taxa que mostraram maior sensibilidade apresentaram limiares entre 10 e 25% de perda de vegetação nativa. Obtive resultados similares em termos do número de espécies em declínio de insetos aquáticos e peixes com respostas na escala de 100 metros, mas os insetos aquáticos mostraram uma maior sensibilidade do que peixes a mudanças na vegetação ripária em escala local. Mostrei, que o uso de indicadores é escala-dependente e que incluir a dimensão monetária é importante na seleção de indicadores de condições ecológicas e pode reduzir os custos na conservação e biomonitoramento. No segundo modelo, previ que madeiras mais duras abrigassem riqueza de espécies de insetos aquáticos e grupos funcionais diferentes das madeiras menos duras, e que grupos de coletores e filtradores fossem mais abundantes na madeira macia. Encontrei que Diptera e Ephemeroptera foram os grupos mais abundantes, e que as taxas de decomposição são diferentes entre as espécies de plantas. Mostrei evidências que a riqueza e a organização funcional de insetos aquáticos têm relação com às taxas de decomposição e a quantidade de lignina da madeira proveniente da vegetação ripária. Os resultados sugerem que os programas de biomonitoramento em sistemas aquáticos tropicais devem considerar o trade-offs custo-benefício na obtenção de informação, priorizando à viabilidade operacional e financeira e os grupos com maior sensibilidade, e que a seleção dos indicadores dependerá da escala de avalição. Outra mensagem em minha tese é que existe a possibilidade que a perda de árvores de alta densidade de carbono em florestas tropicais afete a biodiversidade aquática local com implicações na conservação e biomonitoramento. |
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Bioindicadores de alta performance para monitoramento de condições de córregos em hotspots de biodiversidade tropical. |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
28/05/2019 |
Área |
ECOLOGIA APLICADA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- ANDERSON FERREIRA
- Danilo Bandini Ribeiro
- Franco Leandro de Souza
- Leandro Juen
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Resumo |
Em minha tese, avaliei a resposta de insetos aquáticos e peixes frente à perda de vegetação nativa em riachos tropicais, focando em três dimensões subexploradas, limiar ecológico, escala e custo monetário, relacionadas ao processo de seleção de indicadores em iniciativas de monitoramento de sistemas de água doce. Realizei também em um dos córregos um estudo específico na procura de resultados mais refinados a nível local para testar se diferentes densidades de carbono da madeira submergida influenciam os grupos funcionais de alimentação e a riqueza de espécies de insetos aquáticos. Usei dois modelos, a região cárstica do Planalto da Bodoquena, Centro-Oeste do Brasil e a Paisagem Natural Protegida Gran Piedra, Santiago de Cuba, Cuba, ambas as áreas localizadas dentro de dois hotspots de biodiversidade mundial. Identifiquei 25 espécies com potencial de indicação, 14 de insetos aquáticos e 11 de peixes. Entre elas, 13 espécies de insetos e peixes apresentam limiares claros frente à perda de vegetação nativa nos sistemas aquáticos deste modelo de estudo. Dentre os insetos aquáticos, os taxa que mostraram maior sensibilidade apresentaram limiares entre 10 e 25% de perda de vegetação nativa. Obtive resultados similares em termos do número de espécies em declínio de insetos aquáticos e peixes com respostas na escala de 100 metros, mas os insetos aquáticos mostraram uma maior sensibilidade do que peixes a mudanças na vegetação ripária em escala local. Mostrei, que o uso de indicadores é escala-dependente e que incluir a dimensão monetária é importante na seleção de indicadores de condições ecológicas e pode reduzir os custos na conservação e biomonitoramento. No segundo modelo, previ que madeiras mais duras abrigassem riqueza de espécies de insetos aquáticos e grupos funcionais diferentes das madeiras menos duras, e que grupos de coletores e filtradores fossem mais abundantes na madeira macia. Encontrei que Diptera e Ephemeroptera foram os grupos mais abundantes, e que as taxas de decomposição são diferentes entre as espécies de plantas. Mostrei evidências que a riqueza e a organização funcional de insetos aquáticos têm relação com às taxas de decomposição e a quantidade de lignina da madeira proveniente da vegetação ripária. Os resultados sugerem que os programas de biomonitoramento em sistemas aquáticos tropicais devem considerar o trade-offs custo-benefício na obtenção de informação, priorizando à viabilidade operacional e financeira e os grupos com maior sensibilidade, e que a seleção dos indicadores dependerá da escala de avalição. Outra mensagem em minha tese é que existe a possibilidade que a perda de árvores de alta densidade de carbono em florestas tropicais afete a biodiversidade aquática local com implicações na conservação e biomonitoramento. |
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Efeito da latitude e cobertura florestal na dieta da onça-pintada ao longo da sua distribuição geográfica |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
17/05/2019 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Matheus Hammarstron Justino
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Banca |
- Andrea Cardoso de Araujo
- Erich Arnold Fischer
- Helena De Godoy Bergallo
- Renata Pardini
- RONALDO GONCALVES DA SILVA
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Resumo |
Resumo: 1. A perda de área florestal pode levar ao declínio da diversidade de espécies e
afetar as relações entre predadores e presas e como estes lidam com diferentes ambientes em
sua distribuição geográfica. Neste estudo, investigo os efeitos da latitude e cobertura
florestal na dieta da onça-pintada (Panthera onca), com enfoque na composição de suas
presas, tamanho médio do componente de presas e nível de especialização da dieta.
2. Utilizei os dados de 37 trabalhos sobre a porcentagem de ocorrência de presas na
dieta da onça-pintada, cobrindo toda sua distribuição geográfica. Com um modelo de
equações estruturais, verifiquei as relações entre a latitude, cobertura florestal,
componente de presas, tamanho médio do componente de presas e a especialização da
dieta.
3. A latitude exerceu efeito direto sobre o componente de presas e indiretas sobre o
tamanho médio do componente de presa e especialização da dieta. Cobertura florestal
demonstrou efeito direto e negativo na especialização, indicando uma dieta mais
generalista em área com maior porcentagem de florestas. Também afetou a composição
das presas e exerceu efeito indireto no tamanho médio do componente de presas. Maior
cobertura florestal resulta em dieta mais generalista.
4. O padrão encontrado reflete uma dieta oportunista, possivelmente ligada a
abundância das presas no ambiente. O efeito da latitude pode estar relacionado a
distribuição geográfica das presas. O efeito causado pela cobertura florestal sugere uma
maior diversidade de presas em potencial em ambientes florestais
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Redes de interacción entre aves y ectoparásitos en un gradiente de fragmentación forestal |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
07/05/2019 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Andrea Cardoso de Araujo
- Gustavo Graciolli
- Maria Alice dos Santos Alves
- Rudi Ricardo Laps
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Resumo |
Conocer el impacto de las actividades humanas es uno de los objetivos actuales en bajo el abordaje de redes de interacción como nuevo enfoque de biodiversidad para obtener una visión más completa sobre cómo puede afectar la alteración del paisaje a los organismos. Estudiamos a diferentes escalas espaciales cómo la fragmentación y pérdida de hábitat altera las variables de redes antagonistas (modularidad, especialización y conectividad) y las variables de parasitismo (prevalencia e intensidad de infección). Estudiamos la comunidad de aves y sus ectoparásitos en 20 parcelas, cuyas características de paisaje varían en un gradiente de cobertura forestal, longitudes de borde, el número de fragmentos y la distancia al Parque Nacional Serra da Bodoquena que constituye la zona continua de bosque. Obtuvimos que la modificación del ambiente altera principalmente las redes de interacción antagonista a los 1000, 2500 y 5000m, mientras que en términos generales, a 500m no observamos efectos de la alteración de paisaje. Concluimos que la alteración del paisaje afecta a las redes de interacción antagonista entre aves y ectoparásitos, principalmente a grandes escalas, lo que confirma la importancia de los estudios a escala de paisaje ya que es la adecuada para obtener los cambios de origen antropogénico con el abordaje de redes de interacción. |
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The role of environmental temperature on daily movement decisions of a physiologically imperfect homeotherm |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
27/03/2019 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
- Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Jorge Fernando Saraiva de Menezes
- Nilton Carlos Caceres
- Nina Attias
- Yamil Edgardo Di Blanco
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Resumo |
1. A termorregulação comportamental pode ter importante influência sobre o
movimento animal. Homeotérmicos imperfeitos mostram respostas comportamentais
conspícuas a variações termais, sendo assim modelos valiosos para compreendermos
como a fisiologia pode influenciar decisões de movimento.
2. Nesse estudo, nós investigamos o efeito da temperatura ambiental sobre três
variáveis descritoras do movimento de um homeotérmico imperfeito (tamanduá
bandeira): uso de hábitat, distância percorrida e área usada.
3. Nós monitoramos 52 tamanduás bandeira em sete áreas de savana, registrando a
localização dos animais e a temperatura atmosférica local ao longo do período de
monitoramento. Nós estimamos a intensidade de uso de hábitats florestais, a distância
percorrida, a área usada e a temperatura atmosférica média para cada dia de
monitoramento de cada indivíduo. Nós modelamos esses dados usando Equações
Estruturais Mistas – considerando as possíveis interações entre nossas variáveis e
controlando por tamanho amostral, massa e sexo – para fornecer uma perspectiva
integrada do papel da temperatura ambiental nas decisões de movimento dos tamanduás
bandeira.
4. Em dias com temperaturas médias e altas, animais grandes, majoritariamente
machos, percorreram distâncias maiores e usaram áreas maiores que os pequenos. Em
dias quentes, os tamanduás bandeira percorreram as mais longas distâncias, usando
áreas abertas médias e grandes. Durante dias com temperaturas médias, eles mostraram
uso intermediário de florestas e percorreram distâncias intermediárias, usando as
maiores áreas. Em dias frios, eles usaram principalmente florestas e reduziram distância
percorrida e área usada.
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5. Dias com temperaturas médias e altas pareceram ser mais propícios ao
movimento. Animais grandes percorreram distâncias maiores e usaram maiores áreas
que os pequenos em temperaturas favoráveis provavelmente por que eles requerem mais
recurso alimentar. Dias frios foram os mais desfavoráveis ao movimento de tamanduás
bandeira provavelmente devido à baixa temperatura corpórea e à baixa taxa metabólica
desses animais. Então, abrigar-se em florestas e reduzir atividade locomotora parecem
ser importantes estratégias para reduzir a perda de calor corpóreo.
6. Diante das previsões de mudanças climáticas, com aumento da frequência e
intensidade de eventos climáticos extremos, nós mostramos a necessidade de preservar
fragmentos florestais para oferecer condições adequadas para tamanduás-bandeira
termorregularem comportamentalmente. Além disso, nós enfatizamos o papel de
abordagens integrativas para entender interações complexas entre os organismos e o
ambiente.
Palavras-chave: termorregulação comportamental, biomonitoramento, tamanduá
bandeira, GPS, Equações Estruturais Mistas, ecologia do movimento, Xenarthra. |
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Composição da dieta, amplitude de nicho e posição trófca de Astyanax lineatus (Perugia, 1891) em riachos de cabeceira do Pantanal |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
21/03/2019 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Adriana Maria Espinoza Fernando
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Banca |
- Elaine Antoniassi Luiz Kashiwaqui
- Fernando Rogerio de Carvalho
- Karina Keyla Tondato de Carvalho
- Rafael Dettogni Guariento
- Sidnei Eduardo Lima Junior
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Resumo |
A seleção de recursos pelos organismos é afetada principalmente por fatores como a morfologia dos
indivíduos, que variam com a ontogenia, e diversidade e abundância dos recursos, que variam com
as condições ambientais. Neste sentido, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito da ontogenia e
das características dos riachos na composição da dieta de Astyanax lineatus em riachos de cabeceira
no Planalto do Pantanal. Hipotetizamos que, quando os recursos são abundantes, esses dois fatores
afetam a composição da dieta, diminuindo a amplitude do nicho trófico, passando a ocupar uma
posição trófica mais alta. Para isso, analisamos 107 espécimes de A. lineatus, utilizamos a
composição da dieta, a proporção de itens alóctones, a amplitude do nicho trófico e a posição trófica
como variáveis respostas em Modelos Aditivos Generalizados e as características dos riachos e o
comprimento padrão de cada indivíduo, como variáveis explanatórias. A composição da dieta
evidenciou que A. lineatus é uma espécie onívora. Observamos uma mudança na composição da
dieta, influenciada principalmente pela ontogenia dos indivíduos e cobertura vegetal dos riachos. A
maior cobertura vegetal disponibiliza os vegetais terrestres, principal item na dieta dos indivíduos
maiores, pois estes possuem uma morfologia que os possibilita se especializar no consumo de itens
maiores e com maior dureza. Portanto, a posição trófica diminuiu com o tamanho do corpo dos
indivíduos, uma vez que itens maiores não necessariamente ocupam posições tróficas mais altas. |
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Reproductive phenology and operational sex ratio of Cecropia pachystachya Trécul in urban remnants of Cerrado |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
20/03/2019 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Christiane Erondina Corrêa
- Erich Arnold Fischer
- Geraldo Alves Damasceno Junior
- Spencer Charles Hilton Barrett
- Vanessa Gabrielle Nobrega Gomes
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Resumo |
Desvios na razão sexual operacional em espécies dióicas ocorrem em resposta a custos
diferenciais associados à reprodução entre machos e fêmeas. Os períodos de floração e frutificação
também podem variar entre os sexos, a fim de maximizar o uso de recursos abióticos e bióticos.
Assim, é importante compreender os aspectos que influenciam a variação da razão sexual e das
fenofases de floração e frutificação, pois se relacionam com a dinâmica populacional, e têm
consequências sobre a disponibilidade de recursos e interações com os animais. Neste estudo
investiguei a variação na razão sexual operacional, o dimorfismo sexual e a fenologia reprodutiva
de Cecropia pachystachya (Urticaceae) em três áreas no perímetro urbano do município de
Campo Grande. Mensalmente, no período de outubro de 2017 a outubro de 2018, monitorei a
fenologia e status reprodutivo de 90 árvores de C. pachystachya. Embora a razão sexual
operacional tenha sido próxima de 1:1, ao analisar os 90 indivíduos ao longo do ano, flutuações
significativas foram observadas entre meses e entre as áreas na razão sexual. Não houveram
diferenças significativas na altura, circunferência na altura do peito (CAP) e circunferência na
altura do solo (CAS), entre os gêneros. A floração ocorreu ao longo do ano, com maior frequência
no final da estação chuvosa. Em relação às correlações com variáveis climáticas (precipitação e
temperatura), apenas a frutificação e a floração masculina apresentaram correlação com a
temperatura. Meus resultados indicam que, além das variáveis climáticas, outros fatores como
demografia e história de vida, podem influenciar a ecologia reprodutiva de Cecropia pachystachya
na área de estudo. |
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Socioecologia da caça de subsistência em populações tradicionais do sudoeste da Amazônia |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
18/01/2019 |
Área |
ECOLOGIA APLICADA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- RAFAEL MORAIS CHIARAVALLOTI
- Walfrido Moraes Tomás
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Resumo |
A carne de caça é consumida em grande escala por famílias tradicionais que vivem no interior de áreas protegidas ou próximas a elas na Amazônia. Nessa situação estão populações indígenas e rurais que habitam áreas remotas e vivem à margem da economia formal. Para elas a carne de caça é o principal recurso de subsistência, de grande importância social, nutricional e econômica. Nessa tese, investiguei como relações sociais podem ser moldadas em torno da caça de subsistência e como as populações tradicionais no sudoeste da Amazônia são economicamente dependentes da carne de caça. A tese está estruturada em três capítulos; no primeiro capítulo procuro entender como fatores sociais e atributos dos caçadores influenciam a partilha de carne de caça entre famílias ribeirinhas. No segundo capítulo, investigo se atributos dos caçadores e características socioeconômicas influenciam o uso do espaço e a eficiência na caça. No terceiro e último capítulo, avalio cenários econômicos de renda doméstica das populações tradicionais, dos três países que compõem o sudoeste da Amazônia, para assegurar o consumo de proteína doméstica em caso de proibição ou colapso da caça de subsistência, tomando em conta a substituição de carne de caça por carne bovina. Em geral, partilhar carne de caça depende em grande parte da biomassa caçada, e não da estrutura social, parentesco ou espécies de presas abatidas por caçadores na Reserva Extrativista Riozinho da Liberdade. Por outro lado, a idade do caçador afeta significativa e positivamente a importância dele na rede de partilha de carne, indicando a influência de atributos pessoais no padrão de compartilhamento. Esses caçadores também são mais eficientes na caça, assim como aqueles que possuem renda baixa. Em contrapartida, viver em vilas pequenas e constituir famílias grandes implica usar áreas maiores para caça. Redução ou proibição da caça de subsistência a longo prazo causariam sérios problemas de segurança alimentar, conservação e economia, já que demonstro que a renda familiar é insuficiente para substituir o consumo de carne de caça pelo consumo de carne bovina. Assim, discuto nesta tese a importância dos fatores sociais e econômicos como forças direcionadoras que influenciam e moldam como a caça de subsistência é praticada. Além disso, evidencio que a carne de caça é um recurso insubstituível para populações tradicionais e rurais na Amazônia. |
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Socioecologia da caça de subsistência em populações tradicionais do sudoeste da Amazônia |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Trabalho de Conclusão de Curso |
Data |
18/01/2019 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- André Pinassi Antunes
- José Manuel Vieira Fragoso
- RAFAEL MORAIS CHIARAVALLOTI
- Renaud Pierre-Cyril
- Walfrido Moraes Tomás
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Resumo |
A carne de caça é consumida em grande escala por famílias tradicionais que vivem no
interior de áreas protegidas ou próximas a elas na Amazônia. Nessa situação estão
populações indígenas e rurais que habitam áreas remotas e vivem à margem da
economia formal. Para elas a carne de caça é o principal recurso de subsistência, de
grande importância social, nutricional e econômica. Nessa tese, investiguei como
relações sociais podem ser moldadas em torno da caça de subsistência e como as
populações tradicionais no sudoeste da Amazônia são economicamente dependentes da
carne de caça. A tese está estruturada em três capítulos; no primeiro capítulo procuro
entender como fatores sociais e atributos dos caçadores influenciam a partilha de carne
de caça entre famílias ribeirinhas. No segundo capítulo, investigo se atributos dos
caçadores e características socioeconômicas influenciam o uso do espaço e a eficiência
na caça. No terceiro e último capítulo, avalio cenários econômicos de renda doméstica
das populações tradicionais, dos três países que compõem o sudoeste da Amazônia, para
assegurar o consumo de proteína doméstica em caso de proibição ou colapso da caça de
subsistência, tomando em conta a substituição de carne de caça por carne bovina. Em
geral, partilhar carne de caça depende em grande parte da biomassa caçada, e não da
estrutura social, parentesco ou espécies de presas abatidas por caçadores na Reserva
Extrativista Riozinho da Liberdade. Por outro lado, a idade do caçador afeta
significativa e positivamente a importância dele na rede de partilha de carne, indicando
a influência de atributos pessoais no padrão de compartilhamento. Esses caçadores
também são mais eficientes na caça, assim como aqueles que possuem renda baixa. Em
contrapartida, viver em vilas pequenas e constituir famílias grandes implica usar áreas
maiores para caça. Redução ou proibição da caça de subsistência a longo prazo
causariam sérios problemas de segurança alimentar, conservação e economia, já que
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demonstro que a renda familiar é insuficiente para substituir o consumo de carne de
caça pelo consumo de carne bovina. Assim, discuto nesta tese a importância dos fatores
sociais e econômicos como forças direcionadoras que influenciam e moldam como a
caça de subsistência é praticada. Além disso, evidencio que a carne de caça é um
recurso insubstituível para populações tradicionais e rurais na Amazônia.
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ENDOPARASITISMO EM ANUROS DURANTE A ESTAÇÃO REPRODUTIVA, NA REGIÃO NHECOLÂNDIA, PANTANAL, BRASIL |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
21/12/2018 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Priscilla Soares dos Santos
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Banca |
- Fabio de Oliveira Roque
- Karla Magalhães Campião
- Luiz Eduardo Roland Tavares
- Rafael Dettogni Guariento
- Ricardo Massato Takemoto
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Resumo |
O parasitismo é considerado como um importante mecanismo que impulsiona as dinâmicas nas comunidades hospedeiras. Sua relação com anuros acompanham as histórias de vida bifásicas desse grupo, pois quando em estágios juvenis e adultos, esses hospedeiros ocorrem em dispersas paisagens terrestres, e podem atingir altas densidades apenas em agregações durante a reprodução nos locais aquáticos, as quais acentuam a transmissão dos parasitos; e quando em estágios larvais ou em metamorfose, a imunidade é menor em relação aos adultos, tornando essas fases mais suscetíveis às infecções parasitárias, e consequentemente em alguns casos, levando a mortalidade. Entranto, os anfíbios apresentam-se como modelos para estudos parasitológicos, visto a sua importância nos ecossistemas, e consequentemente, atuam como hospedeiros intermediários ou definitivos para diversos parasitos, em hábitats terrestres e aquáticos. Dessa forma, o conhecimento da fauna parasitária associada aos anuros pode contribuir para o entendimento dos fenômenos biológicos de interações. Outro aspecto relacionado ao parasitismo é a importância da sua distribuição em relação ao habitat dos anuros, bem como, a relação dos parasitos com a reprodução dos seus hospedeiros. Contudo, o presente estudo teve como objetivo caracterizar e estimar a composição de infracomunidades de metazoários endoparasitos, em cinco espécies de anuros (Boana raniceps, Pithecopus azureus, Pseudis platensis, Scinax acuminatus e S. nasicus) durante estações reprodutivas no Pantanal sul-mato-grossense. Complementarmente, foi analisada a comunidade componente de parasitos em relação ao microhabitat dessas espécies, e se as comunidades componentes de parasitos de duas espécies (Pithecopus azureus e Pseudis platensis) estariam correlacionadas com o seu investimento reprodutivo. |
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Genetic distances within and among species of Teloschistaceae (Ascomycota) and delimitation of the bipolar Polycauliona candelaria (L.) Frödén, Arup & Søchting and Rusavskia elegans (Link) S. Y. Kondr. and Kärnefelt |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
30/11/2018 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
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Resumo |
A presente tese descreveu a variação no DNA barcode (capítulo 1) em uma das mais diversas e amplamente distribuídas famílias de fungos liquenizados, Teloschistaceae, e focou na diversidade genética de duas espécies bipolares, Polycauliona candelaria (capítulo 2) e Rusavskia elegans (capítulo 3). Apesar do marcador ITS (DNA barcode universal para fungos) ser amplamente utilizado em estudos filogenéticos de fungos liquenizados, os padrões gerais dos limites intra- e interespecíficos são apenas estabelecidos e testados para Parmeliaceae. No capítulo inicial, as sequências de DNA barcode de Teloschistaceae disponíveis no GenBank utilizando critérios de seleção (utilizando-se sequências representantes como base de busca) foram exploradas, a monofilia de espécies testada, e, subsequentemente, aplicadas à dois métodos de validação de espécies. As distâncias estimadas no primeiro capítulo podem ser utilizadas como referência e serem úteis em estudos integrativos com espécies dessa família. Para os capítulos dois (P. candelaria) e três (R. elegans), os liquens foram coletados com o suporte dos Programas Antárticos Argentino e Brasileiro nas ilhas Shetlands do Sul, peninsula Antártica e ilha James Ross, assim como no sul da América do Sul. Adicionalmente, espécimes do Hemisfério Norte e Colombia foram coletadas por colegas ou concedidos por herbários. As análises realizadas no capítulo dois sugerem que Polycauliona candelaria é uma única espécie originada na América do Norte 1.3 milhões de anos atrás, e que a dispersão para a América do Sul ocorreu em eventos de longa dispersão recentes (LDD), possivelmente utilizando os Andes como pontos de paradas (mountain hopping). Os menores índices de diversidade genética foram encontrados na Antártia, provavelmente devido a recente efeito fundador que ocorreu no final do período Pleistoceno. No capítulo três, todos os talos de R. elegans analisados foram encontrados na ilha James Ross, e três linhagens moleculares divergentes foram identificadas. Rusavskia elegans provou ser difícil de encontrar nas ilhas Shetlands do Sul e península, onde todo material coletado foi morfologiamente e geneticamente identificado como Caloplaca ou Austroplaca. A distribuição desta espécie na Antártica parece ser mais restrita do que previamente considerada, e ausente de ambientes ricos em nitrogênio. Dados químicos e ecológicos mostraram baixa resolução taxonômica, enquanto caracteres anatômicos, como a presença de estruturas isidioides, espessura do tecido parahimênico e a margem do himênio, foram utilizados para caracterizar as diferentes linhagens. Espécies crípticas e plasticidade fenotípica ocorrem dentro de R. elegans, e a dispersão para a Antártica parece ter ocorrido por múltiplos eventos de dispersão de longa distância. Com essa tese, o sucesso da colonização de espécies da família Teloschistaceae em ambientes extremos é mais uma vez reforçada, assim como a importância de estudos integrativos para delimitar e avaliar a história evolutiva de fungos liquenizados. Os dados de distâncias genéticas se mostraram eficientes como ferramenta adicional para a caracterização de grupos, incluindo complexos de espécies. O período Pleistoceno foi importante para a colonização da Antártica por liquens, e os grupos provavelmente chagaram ao continente por eventos recentes de dispersão de longa distância. |
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Genetic distances within and among species of Teloschistaceae (Ascomycota) and delimitation of the bipolar Polycauliona candelaria (L.) Frödén, Arup & Søchting and Rusavskia elegans (Link) S. Y. Kondr. and Kärnefelt |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
30/11/2018 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
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Resumo |
A presente tese descreveu a variação no DNA barcode (capítulo 1) em uma das mais diversas e amplamente distribuídas famílias de fungos liquenizados, Teloschistaceae, e focou na diversidade genética de duas espécies bipolares, Polycauliona candelaria (capítulo 2) e Rusavskia elegans (capítulo 3). Apesar do marcador ITS (DNA barcode universal para fungos) ser amplamente utilizado em estudos filogenéticos de fungos liquenizados, os padrões gerais dos limites intra- e interespecíficos são apenas estabelecidos e testados para Parmeliaceae. No capítulo inicial, as sequências de DNA barcode de Teloschistaceae disponíveis no GenBank utilizando critérios de seleção (utilizando-se sequências representantes como base de busca) foram exploradas, a monofilia de espécies testada, e, subsequentemente, aplicadas à dois métodos de validação de espécies. As distâncias estimadas no primeiro capítulo podem ser utilizadas como referência e serem úteis em estudos integrativos com espécies dessa família. Para os capítulos dois (P. candelaria) e três (R. elegans), os liquens foram coletados com o suporte dos Programas Antárticos Argentino e Brasileiro nas ilhas Shetlands do Sul, peninsula Antártica e ilha James Ross, assim como no sul da América do Sul. Adicionalmente, espécimes do Hemisfério Norte e Colombia foram coletadas por colegas ou concedidos por herbários. As análises realizadas no capítulo dois sugerem que Polycauliona candelaria é uma única espécie originada na América do Norte 1.3 milhões de anos atrás, e que a dispersão para a América do Sul ocorreu em eventos de longa dispersão recentes (LDD), possivelmente utilizando os Andes como pontos de paradas (mountain hopping). Os menores índices de diversidade genética foram encontrados na Antártia, provavelmente devido a recente efeito fundador que ocorreu no final do período Pleistoceno. No capítulo três, todos os talos de R. elegans analisados foram encontrados na ilha James Ross, e três linhagens moleculares divergentes foram identificadas. Rusavskia elegans provou ser difícil de encontrar nas ilhas Shetlands do Sul e península, onde todo material coletado foi morfologiamente e geneticamente identificado como Caloplaca ou Austroplaca. A distribuição desta espécie na Antártica parece ser mais restrita do que previamente considerada, e ausente de ambientes ricos em nitrogênio. Dados químicos e ecológicos mostraram baixa resolução taxonômica, enquanto caracteres anatômicos, como a presença de estruturas isidioides, espessura do tecido parahimênico e a margem do himênio, foram utilizados para caracterizar as diferentes linhagens. Espécies crípticas e plasticidade fenotípica ocorrem dentro de R. elegans, e a dispersão para a Antártica parece ter ocorrido por múltiplos eventos de dispersão de longa distância. Com essa tese, o sucesso da colonização de espécies da família Teloschistaceae em ambientes extremos é mais uma vez reforçada, assim como a importância de estudos integrativos para delimitar e avaliar a história evolutiva de fungos liquenizados. Os dados de distâncias genéticas se mostraram eficientes como ferramenta adicional para a caracterização de grupos, incluindo complexos de espécies. O período Pleistoceno foi importante para a colonização da Antártica por liquens, e os grupos provavelmente chagaram ao continente por eventos recentes de dispersão de longa distância. |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
30/11/2018 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
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Resumo |
A presente tese descreveu a variação no DNA barcode (capítulo 1) em uma das mais diversas e amplamente distribuídas famílias de fungos liquenizados, Teloschistaceae, e focou na diversidade genética de duas espécies bipolares, Polycauliona candelaria (capítulo 2) e Rusavskia elegans (capítulo 3). Apesar do marcador ITS (DNA barcode universal para fungos) ser amplamente utilizado em estudos filogenéticos de fungos liquenizados, os padrões gerais dos limites intra- e interespecíficos são apenas estabelecidos e testados para Parmeliaceae. No capítulo inicial, as sequências de DNA barcode de Teloschistaceae disponíveis no GenBank utilizando critérios de seleção (utilizando-se sequências representantes como base de busca) foram exploradas, a monofilia de espécies testada, e, subsequentemente, aplicadas à dois métodos de validação de espécies. As distâncias estimadas no primeiro capítulo podem ser utilizadas como referência e serem úteis em estudos integrativos com espécies dessa família. Para os capítulos dois (P. candelaria) e três (R. elegans), os liquens foram coletados com o suporte dos Programas Antárticos Argentino e Brasileiro nas ilhas Shetlands do Sul, peninsula Antártica e ilha James Ross, assim como no sul da América do Sul. Adicionalmente, espécimes do Hemisfério Norte e Colombia foram coletadas por colegas ou concedidos por herbários. As análises realizadas no capítulo dois sugerem que Polycauliona candelaria é uma única espécie originada na América do Norte 1.3 milhões de anos atrás, e que a dispersão para a América do Sul ocorreu em eventos de longa dispersão recentes (LDD), possivelmente utilizando os Andes como pontos de paradas (mountain hopping). Os menores índices de diversidade genética foram encontrados na Antártia, provavelmente devido a recente efeito fundador que ocorreu no final do período Pleistoceno. No capítulo três, todos os talos de R. elegans analisados foram encontrados na ilha James Ross, e três linhagens moleculares divergentes foram identificadas. Rusavskia elegans provou ser difícil de encontrar nas ilhas Shetlands do Sul e península, onde todo material coletado foi morfologiamente e geneticamente identificado como Caloplaca ou Austroplaca. A distribuição desta espécie na Antártica parece ser mais restrita do que previamente considerada, e ausente de ambientes ricos em nitrogênio. Dados químicos e ecológicos mostraram baixa resolução taxonômica, enquanto caracteres anatômicos, como a presença de estruturas isidioides, espessura do tecido parahimênico e a margem do himênio, foram utilizados para caracterizar as diferentes linhagens. Espécies crípticas e plasticidade fenotípica ocorrem dentro de R. elegans, e a dispersão para a Antártica parece ter ocorrido por múltiplos eventos de dispersão de longa distância. Com essa tese, o sucesso da colonização de espécies da família Teloschistaceae em ambientes extremos é mais uma vez reforçada, assim como a importância de estudos integrativos para delimitar e avaliar a história evolutiva de fungos liquenizados. Os dados de distâncias genéticas se mostraram eficientes como ferramenta adicional para a caracterização de grupos, incluindo complexos de espécies. O período Pleistoceno foi importante para a colonização da Antártica por liquens, e os grupos provavelmente chagaram ao continente por eventos recentes de dispersão de longa distância. |
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Genetic distances within and among species of Teloschistaceae (Ascomycota) and delimitation of the bipolar Polycauliona candelaria (L.) Frödén, Arup & Søchting and Rusavskia elegans (Link) S. Y. Kondr. and Kärnefelt |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
30/11/2018 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Andre Aptroot
- Diego Jose Santana Silva
- Manuela Dal Forno
- Paulo Eduardo Aguiar Saraiva Câmara
- Robert Karl Luecking
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Resumo |
A presente tese descreveu a variação no DNA barcode (capítulo 1) em uma das mais diversas e amplamente distribuídas famílias de fungos liquenizados, Teloschistaceae, e focou na diversidade genética de duas espécies bipolares, Polycauliona candelaria (capítulo 2) e Rusavskia elegans (capítulo 3). Apesar do marcador ITS (DNA barcode universal para fungos) ser amplamente utilizado em estudos filogenéticos de fungos liquenizados, os padrões gerais dos limites intra- e interespecíficos são apenas estabelecidos e testados para Parmeliaceae. No capítulo inicial, as sequências de DNA barcode de Teloschistaceae disponíveis no GenBank utilizando critérios de seleção (utilizando-se sequências representantes como base de busca) foram exploradas, a monofilia de espécies testada, e, subsequentemente, aplicadas à dois métodos de validação de espécies. As distâncias estimadas no primeiro capítulo podem ser utilizadas como referência e serem úteis em estudos integrativos com espécies dessa família. Para os capítulos dois (P. candelaria) e três (R. elegans), os liquens foram coletados com o suporte dos Programas Antárticos Argentino e Brasileiro nas ilhas Shetlands do Sul, peninsula Antártica e ilha James Ross, assim como no sul da América do Sul. Adicionalmente, espécimes do Hemisfério Norte e Colombia foram coletadas por colegas ou concedidos por herbários. As análises realizadas no capítulo dois sugerem que Polycauliona candelaria é uma única espécie originada na América do Norte 1.3 milhões de anos atrás, e que a dispersão para a América do Sul ocorreu em eventos de longa dispersão recentes (LDD), possivelmente utilizando os Andes como pontos de paradas (mountain hopping). Os menores índices de diversidade genética foram encontrados na Antártia, provavelmente devido a recente efeito fundador que ocorreu no final do período Pleistoceno. No capítulo três, todos os talos de R. elegans analisados foram encontrados na ilha James Ross, e três linhagens moleculares divergentes foram identificadas. Rusavskia elegans provou ser difícil de encontrar nas ilhas Shetlands do Sul e península, onde todo material coletado foi morfologiamente e geneticamente identificado como Caloplaca ou Austroplaca. A distribuição desta espécie na Antártica parece ser mais restrita do que previamente considerada, e ausente de ambientes ricos em nitrogênio. Dados químicos e ecológicos mostraram baixa resolução taxonômica, enquanto caracteres anatômicos, como a presença de estruturas isidioides, espessura do tecido parahimênico e a margem do himênio, foram utilizados para caracterizar as diferentes linhagens. Espécies crípticas e plasticidade fenotípica ocorrem dentro de R. elegans, e a dispersão para a Antártica parece ter ocorrido por múltiplos eventos de dispersão de longa distância. Com essa tese, o sucesso da colonização de espécies da família Teloschistaceae em ambientes extremos é mais uma vez reforçada, assim como a importância de estudos integrativos para delimitar e avaliar a história evolutiva de fungos liquenizados. Os dados de distâncias genéticas se mostraram eficientes como ferramenta adicional para a caracterização de grupos, incluindo complexos de espécies. O período Pleistoceno foi importante para a colonização da Antártica por liquens, e os grupos provavelmente chagaram ao continente por eventos recentes de dispersão de longa distância. |
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Environmental conflicts: international overview and the Colombian post conflict case |
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Curso |
Mestrado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Dissertação |
Data |
30/11/2018 |
Área |
ECOLOGIA APLICADA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Andrea Catalina Torres Rodriguez
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Banca |
- Diana Lucia Maya Vélez
- Fabio Rodrigo Leiva Barón
- Geraldo Alves Damasceno Junior
- Nicola Clerici
- Rudi Ricardo Laps
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Resumo |
O presente estudo tem como objetivo principal abordar o problema das lacunas de informação existentes referentes à literatura científica sobre conflitos ambientais registrados em dois recursos da web: Web of Science e Environmental Atlas Justice. Também tem por objetivo aprofundar o conhecimento sobre os conflitos ambientais apresentados na Colômbia no cenário de pós-conflito que precisam ser resolvidos (como a priorização de desafios quanto à preservação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos).
O estudo está dividido em dois capítulos: no primeiro capítulo procuramos reconhecer a distribuição e as lacunas de informação sobre esses conflitos ambientais. Para tanto, realizamos uma revisão de literatura em Web of Science dos conflitos ambientais registrados nos últimos 5 anos. Verificamos as lacunas de informações baseadas em uma comparação dos artigos publicados com os conflitos ambientais relatados no atlas ambiental justiça, reconhecido como um inventário global único de casos de conflitos socioambientais. Constatamos que há uma distribuição heterogênea de conflitos e uma fraca correlação entre os conflitos ambientais registrados, que podem ter diferentes causas, dentre as quais destacamos: dificuldade de acesso a publicações, conflitos armados que afetam vários países, falta de recursos financeiros, coleta de dados e dados confiáveis. Um dos resultados encontrados é a existência de conflitos que estão mal documentados nas publicações científicas, mas que podem gerar grandes impactos ambientais no futuro.
O segundo capítulo enfoca a identificação dos desafios para a conservação da biodiversidade e serviços ecossistêmicos no cenário pós-conflito na Colômbia através da priorização de questões de pesquisa. Para tanto, geramos questões de pesquisa que foram editadas, analisadas e escolhidas por membros de ONGs, academia e governo, grupos-chave para a tomada de decisões ambientais em âmbito nacional. Como resultado, não foram encontradas diferenças e/ou registros significativos entre a percepção dos grupos e uma predileção por questões focadas em comunidades locais, além de mudança no uso da terra. O objetivo da priorização de questões de pesquisa foi gerar informações para planos de manejo e estratégias para a conservação da biodiversidade e serviços ecossistêmicos no pós-conflito na Colômbia.
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Porcos ferais invasores em paisagens naturais e agrícolas do Mato Grosso do Sul: Ecos dissonantes de um país megadiverso sob ameaça alienígena |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
16/10/2018 |
Área |
ECOLOGIA APLICADA |
Orientador(es) |
- Antonio Conceicao Paranhos Filho
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Adriano Garcia Chiarello
- Camila Leonardo Mioto
- Carlos Henrique Salvador de Oliveira
- Fabio Verissimo Goncalves
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Resumo |
A proposta deste trabalho não é de apenas desenvolver uma tese, mas a de promover uma síntese sobre o tema central que permeia e orienta três capítulos distintos, tanto no conteúdo como também no formato, todos abordando assuntos complementares. O primeiro trata de gestão pública em linguagem de conservação; o segundo foca o público geral em formato de divulgação científica; e o terceiro trata de questões científicas, das relações e variáveis ecológicas, ambientais, socioeconômicas que se misturam ao afetar o mesmo tema. O tema é a invasão de porcos ferais exóticos e outras espécies alienígenas em diferentes escalas, no estado de Mato Grosso do Sul, no Pantanal e no Brasil, bem como suas causas, consequências, implicações e desafios para a sociedade e a gestão pública, desde que responsáveis e competentes para lidar com o assunto. No geral, trata da necessidade que o país tem de integrar suas políticas de gestão da fauna silvestre e exótica em sistemas produtivos racionais e sustentáveis, buscando harmonizar o que chamo de ecos dissonantes, representados por forças socioeconômicas e socioambientais que historicamente se antagonizam no Brasil, quando deveriam convergir e se complementar, a exemplo do que ainda pode ser vislumbrado no MS. Em especial, por ainda abrigar boa parte de sua biodiversidade e áreas naturais, sobretudo o Pantanal, em boas condições para contrapor a lógica convencional de mercado que hoje estimula apenas o paradigma da invasão alienígena. Com base nesse desequilíbrio econômico-ecológico (ecos) e como objetivo final, debato as questões abordadas e apresento o modelo vigente de gestão da fauna em que o governo detém sua tutela não-econômica e assim faz pesar a balança em favor de espécies exóticas de produção, que atendem muito bem às demandas básicas da sociedade, porém atua contra a conservação da biodiversidade e da gestão das reservas naturais brasileiras. Por fim, proponho um novo modelo de gestão e manejo da fauna silvestre com propriedade privada e incentivos de mercado para uso de espécies nativas, buscando anular as contradições que atuam em desfavor às potencialidades estratégicas representadas pela diversidade de recursos ambientais e faunísticos brasileiros. É preciso honrar e fazer valer a riqueza nacional de origem indígena, estimulando seus usos para se contraporem aos usos de produção convencionais com a oferta também de parte de seus recursos ambientais como produtos valiosos para o mercado de bens de capital natural que atendam às necessidades da sociedade demandante. Temo que somente isso poderá diminuir e reverter o acelerado processo de invasão alienígena, contribuindo para atender demandas socioeconômicas tanto por animais de estimação como de produção, manejo extensivo e cinegético. Gestores ambientais de todo o mundo contribuíram na elaboração da Convenção sobre Diversidade Biológica, que defende estratégias de mercado como forma de reverter a crise de conservação da biodiversidade que assola o planeta, como acontece no Brasil e no estado de Mato Grosso do Sul. A diferença é que aqui se tem muito a mais a perder do que em qualquer outro país do mundo. Pergunto: até quando? |
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Análise nutricional da dieta de um grupo de Alouatta caraya: proteínas e metabólitos secundários |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
10/10/2018 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
- Vanessa Katherinne Stavis Kras Borges
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Banca |
- Denise Brentan da Silva
- ELEONORE ZULNARA FREIRE SETZ
- Fernando De Camargo Passos
- Zelinda Maria Braga Hirano
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Resumo |
O Bioma Cerrado é o segundo maior bioma do Brasil e tem apresentado uma alta taxa
de desmatamento nos últimos anos. Os animais do Cerrado mantêm uma
interdependência com relação à flora, portanto evoluíram e se adaptaram aos aspectos
da sazonalidade, que influenciam toda a dinâmica da vida no bioma, desde os hábitos
alimentares, reprodutivos e de abrigos. As populações de primatas brasileiros
necessitam de ambientes com estrato arbóreo, utilizando essas áreas para viverem e se
reproduzirem ou como corredores entre duas manchas maiores. Estudos sobre a
ecologia nutricional de primatas herbívoros se concentram em termos de composição
das plantas e os recursos consumidos. Os primatas têm sido descritos em uma variedade
de escalas, incluindo o tempo gasto alimentando-se de diferentes itens, ingestão de
macronutrientes e micronutrientes, além da ingestão de metabólitos secundários de
plantas, sendo que muitos deles são tóxicos. Os trabalhos referentes à dieta do gênero
Alouatta buscam compreender quais são os principais fatores que influenciam a seleção
de determinado item alimentar e espécie vegetal que irá compor sua dieta. A limitação
de proteínas tem sido considerada um fator chave nas hipóteses sobre a evolução das
diversas características dos primatas, sugerindo que os animais devem priorizar as
proteínas em suas escolhas alimentares. O gênero Alouatta possui a dieta mais folívora
entre os primatas neotropicais, sendo animais que apresentam alta capacidade de
adaptação a diferentes tipos de floresta. A composição química das plantas tem papel
fundamental na seleção de plantas utilizadas como alimento pelos animais. A
palatabilidade, digestibilidade, valor calórico ou nutricional e grau de toxidez são
fundamentais para esta seleção e são aspectos ainda pouco investigados dentro das
espécies de primatas neotropicais. A metabolômica é uma ferramenta utilizada
especificamente para determinação do metabolismo de compostos de baixo peso
molecular, e assim pode ser aplicada na compreensão dos metabólitos secundários
presentes na dieta. Em estudos realizados anteriormente observaram-se algumas
preferências de um grupo de A. caraya sobre determinadas espécies vegetais em
detrimento de outras. Destas observações surgiu este trabalho que teve como objetivo
principal identificar o perfil nutricional do tecido foliar de espécies vegetais consumidas
e não consumidas por um grupo de Alouatta caraya em fragmento de Floresta
Estacional Semidecídua inserida em uma área do Bioma Cerrado, e verificar se esses
metabólitos estão influenciando ou não a seleção de plantas da dieta desses animais.
Foram escolhidas 15 espécies vegetais classificadas em três grupos para análise
quantitativa de metabólitos primários (proteínas) e secundários (fenol e tanino), além de
estudos metabolômicos. Os extratos vegetais foram analisados quanto a sua toxicidade
em Caenorhabditis elegans e atividade antioxidante (DPPH). As concentrações de
fenóis e taninos totais não apresentaram diferenças significativas entre os três grupos de
plantas analisados, a quantificação de proteínas apresentou diferença significativa do
grupo das não abundantes mais consumidas com relação às abundantes não consumidas.
O perfil metabolômico observado das espécies vegetais revelou que as espécies vegetais
evitadas na dieta dos primatas continham substâncias como alcaloides, triterpenos e
alguns derivados fenilpropanóicos. Os resultados encontrados neste estudo contribuem
de várias formas para o entendimento da ecologia e conservação do gênero Alouatta
além de direcionar pesquisas aplicadas visando entender essas interações complexas em
mais detalhes enriquecendo assim o conhecimento sobre a saúde e fisiologia dos bugios
com relação à seleção de alimentos. |
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Redes de interações planta-polinizadores em ecossistemas sazonais do Brasil Central |
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Curso |
Doutorado em Ecologia e Conservação |
Tipo |
Tese |
Data |
27/08/2018 |
Área |
ECOLOGIA |
Orientador(es) |
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Coorientador(es) |
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Orientando(s) |
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Banca |
- Ana María Martín González
- André Rodrigo Rech
- Erich Arnold Fischer
- Isabela Galarda Varassin
- Jeferson Vizentin-Bugoni
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Resumo |
O uso de atributos funcionais (e.g. morfologia, fenologia) em conjunto com a abordagem de redes é promissor para avaliar a associação entre a estrutura das interações em comunidades e o seu funcionamento. Nesta tese, focamos especificamente na interação entre plantas e polinizadores em ambientes tropicais sazonais (Cerrado e Pantanal). A tese foi dividida em três capítulos, que abordam diferentes aspectos da estrutura da rede de interações em ambientes tropicais ricos em espécies, com principal foco no Pantanal Sul. Foi investigado como a variação temporal (capítulo 1), os atributos das espécies e a composição de polinizadores (capítulo 2) e o método de amostragem (capítulo 3), podem influenciar a estrutura dessas redes. De acordo com os resultados apresentados no capítulo 1, as redes dos ambientes estudados (Campo sujo, Chaco, Vereda e Pantanal) foram caracterizadas por menor riqueza e abundância de recursos florais e tiveram maiores níveis de particionamento de interação na estação seca, provavelmente devido a maior competição entre as espécies. No capítulo 2, baseados em dados coletados durante dois anos no Pantanal Sul, evidenciamos uma rede de polinização significativamente modular, com espécies animais e vegetais agrupadas em onze módulos diferentes, consistentes com os sistemas de polinização. O tamanho da flor, cor e tipo de recompensa são as principais variáveis associadas à estrutura modular. Por fim, no capítulo 3, os resultados indicaram que a amostragem de interaçções polinizador-planta apenas do ponto de vista fitocêntrico, abordagem usualmente empregada na maioria dos estudos, pode superestimar a especialização e o nível de modularidade das redes. Foram encontradas diferenças significativas em relação aos índices em nível de espécie (e.g. especialização e modularidade) entre as abordagens (fitocêntrica e zoocêntrica), sendo essas diferenças explicadas por grupos de polinizadores e recursos florais oferecidos. Esta tese contribui com o entendimento dos processos que determinam as interações entre espécies em comunidades ecológicas. Esforços adicionais nesse sentido, como a inclusão de outros atributos funcionais como preditores, bem como estudos mais detalhados avaliando os efeitos de espécies exóticas como Apis mellifera, são possíveis caminhos para o desenvolvimento de outras hipóteses que podem contribuir para uma melhor compreensão dos padrões de interação e seus efeitos na estrutura das comunidades tropicais. |
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