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TRABALHO Ações
Seleção alimentar em peixes frugívoros associada à morfologia dos frutos
Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
Tipo Trabalho de Conclusão de Curso
Data 29/04/2020
Área ECOLOGIA
Orientador(es)
  • Rudi Ricardo Laps
Coorientador(es)
    Orientando(s)
    • Willian Nassar Moreira Eduardo
    Banca
    • Francisco Valente Neto
    • Franco Leandro de Souza
    • Rafael Dettogni Guariento
    • Raul Costa Pereira
    Resumo Muitos ambientes aquáticos dependem das florestas que crescem em suas margens para complementar seu ciclo energético, principalmente rios de menor ordem, que são muitas vezes sombreados e apresentam baixa produtividade primária. A mata ripária fornece material para a água, como folhas, frutos e sementes. Peixes podem agir como dispersores de sementes e consomem muitos frutos em ambientes inundáveis durante a cheia, porém não se sabe se esses animais selecionam os frutos baseados nas características físico-químicas destes. Aqui testamos se a morfologia do fruto interfere na seleção alimentar de peixes. Usamos frutos artificiais para isolar variáveis e observamos o comportamento dos animais em duas situações: diante de frutos de tamanhos diferentes e depois diante de cores diferentes. O tamanho do fruto foi determinante para seu consumo, enquanto a cor só influenciou a seleção alimentar dos animais quando estes estavam sozinhos. Como as características dos frutos interferiram em seu consumo podemos supor que plantas diferentes precisam de dispersores diferentes nos ambientes aquáticos. No cenário atual de exploração pesqueira e construção de barragens algumas populações de peixes podem desaparecer e, assim, interferir na dispersão de sementes. O processo de colonização por angiospermas em ambientes alagáveis pode estar relacionado ao comportamento alimentar de peixes e nossos resultados mostram que a interação entre florestas e rios pode ser mais complexa do que se pensava.
    From individuals to the community: trophic resources use by anurans in a Cerrado area of Brazil
    Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
    Tipo Trabalho de Conclusão de Curso
    Data 15/04/2020
    Área ECOLOGIA
    Orientador(es)
    • Diego Jose Santana Silva
    Coorientador(es)
      Orientando(s)
      • Jorge Arnaldo Diaz Perez
      Banca
      • Denise Brentan da Silva
      • Diogo Borges Provete
      • Franco Leandro de Souza
      • MIRCO SOLE KIENLE
      • Paula Cabral Eterovick
      Resumo O uso de recursos tróficos é um aspecto fundamental da ecologia animal, com grande relevância para a compreensão do comportamento alimentar, relações intra e interespecíficas e estrutura de comunidade. Nesta dissertação, explorei a composição da dieta, a seletividade de presas, a partilha de nichos e a estrutura trófica de anuros co-ocorrentes em lagoas de uma área de Cerrado, Mato Grosso do Sul, Brasil central. No primeiro capítulo, descrevo a composição da dieta de Chiasmocleis mehelyi (Anura: Microhylidae) e avalio seu comportamento alimentar considerando a disponibilidade ambiental de presas. Os resultados mostram que C. mehelyi se alimentou de um espectro reduzido de presas, selecionando ativamente formigas, similar a outros microilídeos neotropicais. No segundo capítulo, avaliei a sobreposição de nicho entre duas espécies de hilídeos co-ocorrentes (Dendropsophus nanus e D. minutus) e avaliei os efeitos das características morfológicas e da especialização individual em suas dietas. Eu observei uma sobreposição de nicho na dieta relativamente alta e tamanhos de presas semelhantes entre essas duas espécies. Além disso, observei um alto e significativo grau de especialização individual apenas em D. nanus. Considero que a alta diversidade e abundância de presas durante a estação chuvosa e preferências semelhantes de presas são os principais fatores potenciais que explicam o padrão observado de uso de recursos entre essas duas espécies estreitamente relacionadas. Finalmente, no terceiro capítulo, avaliei a estrutura trófica e a associação de características morfológicas com a composição de presas em uma comunidade de anuros. Registrei dez espécies de anuros e Hylidae e Leptodactylidae foram as famílias mais abundantes. Também não observei segregação quanto ao uso de recursos tróficos entre espécies, nem associação entre características morfológicas e dieta. Sugiro que a alta disponibilidade de água e presas no período do estudo podem ser os principais fatores por trás do padrão observado, similar ao observado em outras comunidades de anuros neotropicais.
      Roadkill risk for capybaras in an urban environment
      Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
      Tipo Dissertação
      Data 30/03/2020
      Área ECOLOGIA
      Orientador(es)
      • Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos
      Coorientador(es)
      • Jorge Fernando Saraiva de Menezes
      Orientando(s)
      • Ana Carolina França Balbino da Silva
      Banca
      • Fabio de Oliveira Roque
      • FERNANDA DELBORGO ABRA
      • Fernanda Zimmermann Teixeira
      • Fernando Jorge Portela Martins Ascensão
      • Simone Rodrigues de Freitas
      Resumo Wildlife vehicle-collision is one of the most visible negative effects that roads exerts on animals and has increased dramatically across the world. Despite its conspicuousness,
      studies about roadkills in cities have been neglected lacking in road ecology. Due to
      that, we developed new approach for estimating capybara roadkill hotspots in Campo
      Grande city, Brazil. We also investigated potential driving factors correlated with
      roadkill occurrence, to build a predictive roadkill map for entire city and propose
      mitigation measures. We monitored capybara roadkills for thirteen years and found
      hotspots using a graph-based kernel density estimation. We tested four predictors to
      identify which characteristics influence roadkill occurrence: distance from water bodies,
      distance from parks, vegetation cover, and traffic flow. We used a generalized linear
      mixed model to test for significant effects and to predict roadkill occurrences. Hotspots
      analysis showed four hotspots surrounding large green areas and water bodies, probably
      due to capybara physiological requirements. The predictive map shows new hotspots,
      locations that have the characteristics necessary for a capybara to live but where we do
      not have observed deaths. To mitigate risk, we recommend using speed reduction tools
      around parks. A decrease in capybaras roadkills could positively impact human
      population welfare and material damage caused by these collisions.
      Terrestrial arthropods in restoration ecology: a global bibliometrics and the monitoring of recolonization
      Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
      Tipo Trabalho de Conclusão de Curso
      Data 30/03/2020
      Área ECOLOGIA
      Orientador(es)
      • Leticia Couto Garcia Ribeiro
      Coorientador(es)
        Orientando(s)
        • Felipe Luis Gomes Borges
        Banca
        • Fabio de Oliveira Roque
        • Jerônimo Boelsums Barreto Sansevero
        • Pedro Giovâni da Silva
        • Yasmine Antonini
        Resumo O grave impacto das mudanças climáticas estabelece uma situação de vulnerabilidade a milhões de pessoas em todo o mundo. Ações de promoção da biodiversidade como a restauração ecológica são reconhecidas internacionalmente como instrumentos de controle da decrescente resiliência dos ecossistemas. Sabemos que os invertebrados são responsáveis por grande parte da diversidade no planeta e representam um componente fundamental dos processos autogênicos dos ecossistemas. No entanto, a pesquisa acerca desses organismos ainda é pouco expressiva na ecologia da restauração. Assim, no presente estudo, buscamos sistematizar o conhecimento produzido nas últimas décadas e também propor métodos de monitoramento desse importante grupo de organismos. Assim, no primeiro capítulo, conduzimos uma análise bibliométrica, a partir de termos-chave na plataforma Web of Science. Com objetivos de explorar o estado atual da pesquisa acerca dos invertebrados terrestres, em função de características intrínsecas aos projetos de restauração como idade, tamanho da área, técnica de restauro adotada, distúrbio prévio, bioma e índice utilizado. Nossos resultados indicam uma sensível concentração de estudos em poucos contextos de restauração, onde apenas alguns grupos como Hymenoptera e Coleoptera apresentam número expressivo de pesquisas. No segundo capítulo, abordamos o tema do monitoramento, onde utilizamos o modelo bilateral de análise do ambiente de borda. Nosso objetivo foi definir métodos eficientes de análise através da identificação de padrões convergentes ao longo de uma cronossequencia. Avaliamos os índices abundância, riqueza e diversidade beta, a partir do estudo dos grupos taxonômimcos (GTs) Araneae, Coleoptera, Formicidae, Hemiptera, Orthoptera, Blattaria, Dermaptera, Chilopoda, Scorpiones, Pseudoscorpiones e Amblypygi. Como primeiro método, utilizamos a análise do efeito de borda local. O segundo se baseou no estudo de todo o gradiente amostral, em função do contraste criado entre restauração e matriz. Evidenciamos, assim, o potencial de uso do modelo bilateral de monitoramento para os grupos Araneae, Formicidae, Hemiptera, Orthoptera e total da comunidade, a partir da análise do efeito de borda local. Já para o índice diversidade beta, Araneae, Coleoptera, Formicidae, Orthoptera e total da comunidade foram grupos sensíveis. Assim, o presente estudo apresenta evidências acerca da falta de estudos dos invertebrados na restauração apontando, também, o que já sabemos e o que é necessário ser investigado de maneira a guiar futuras pesquisas e ações de monitoramento. Além disso, para esse último, apresenta evidências de que o modelo bilateral de amostragem pode ser uma abordagem adequada a ser aplicada na ecologia da restauração.
        Aggregation, biogeography and landscape ecology of bat ectoparasites
        Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
        Tipo Tese
        Data 12/03/2020
        Área ECOLOGIA
        Orientador(es)
        • Gustavo Graciolli
        Coorientador(es)
          Orientando(s)
          • Alan Fredy Eriksson
          Banca
          • Boris Krasnov
          • Ciro Libio Caldas dos Santos
          • Luiz Eduardo Roland Tavares
          • Romeo Alberto Saldana Vásquez
          Resumo Parasitismo é um dos estilos de vida mais bem-sucedido na natureza. Estimativas mostram que praticamente metade das espécies na Terra são parasitas. Essa diversidade reflete a importância dos parasitas para os ecossistemas. Parasitas controlam a população de hospedeiros, influencia no comportamento e no fenótipo dos animais, são importantes para as redes alimentares e o fluxo de energia. Apesar desta importância, a ecologia dos parasitas ainda é pouco estudada quando comparada com organismos de vida livre. Morcegos são extremamente importantes nos ambientes naturais devido a suas funções como polinizador, dispersor, predador e vetor de doenças. Sobre o corpo dos morcegos são encontrados uma diversa comunidade de artrópodes ectoparasitas. Esses organismos influenciam o comportamento dos morcegos, o acasalamento o uso de abrigos e podem ser responsáveis pela disseminação de patógenos. Nesta tese eu avaliei três aspectos da ecologia de ectoparasitas de morcegos: a distribuição espacial, biogeografia e os efeitos da mudança na paisagem sobre a prevalência. Primeiro, comparei os padrões de agregação de duas espécies de moscas ectoparasitas de Artibeus planirostris no Pantanal e Cerrado. Meus resultados mostraram que as populações de moscas ectoparasitas são mais agregadas no Pantanal que nos planaltos de entorno. Essa diferença no padrão de distribuição espacial reflete os diferentes tipos de abrigos disponíveis para os morcegos nas duas regiões. Segundo, analisando dados publicados de abundância de moscas e seus hospedeiros nos Neotrópicos, abordei os efeitos da distância geográfica, variáveis ambientais e composição de espécies de hospedeiros sobre a estrutura das comunidades de moscas ectoparasitas. Mostro que a composição de espécies hospedeiras e diferenças ambientais foram as variáveis mais importantes na estruturação das comunidades de moscas ectoparasitas de morcegos. Argumento que a especificidade e o tempo que o parasita passa fora do hospedeiro são características importantes na estruturação das comunidades de ectoparasitas. Por último, através de coletas sistemáticas em vinte sítios amostrais eu analisei os efeitos da mudança na paisagem sobre a prevalência de nove ectoparasitas em quatro espécies de morcegos. Eu encontrei que apenas a prevalência do carrapato Ornithodoros hasei sobre A. planirostris foi afetada pela quantidade de cobertura vegetal. Eu argumento que esse resultado advém da densidade de morcegos dentro dos abrigos. O fato de a perda de habitat influenciar apenas os carrapatos pode ser explicado pela sobrevida do parasita quando não está em contato com o hospedeiro. Meus resultados elucidam importantes aspectos da ecologia de ectoparasitas de morcegos na região Neotropical: o ambiente influencia na distribuição de ectoparasitas sobre os morcegos; a especificidade e o tempo que o parasita passa fora do hospedeiro influenciam a estrutura das comunidades de ectoparasitas; e os efeitos da mudança da paisagem na prevalência de ectoparasitas de morcegos são espécies específicas.
          Distribution and ecological traits of amphibians in the Pantanal-Paraguay Basin and the efficiency of protected areas under changing climate
          Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
          Tipo Tese
          Data 10/02/2020
          Área ECOLOGIA
          Orientador(es)
          • Diego Jose Santana Silva
          Coorientador(es)
          • Mário Ribeiro de Moura
          Orientando(s)
          • Matheus de Oliveira Neves
          Banca
          • Débora Leite Silvano
          • Emanuel Teixeira da Silva
          • Priscila Lemes de Azevedo SIlva
          • Thaís Barreto Guedes da Costa
          Resumo O mundo está enfrentando uma grave crise global do meio ambiente com uma acelerada extinção em massa e medidas que busquem a conservação das espécies são necessárias cada vez mais. O estabelecimento de Áreas de Proteção (APs) é o principal meio de conservar a biodiversidade, porém a rede de APs existentes apresenta relativa ineficiência em abrigar padrões de riqueza e diversidade. Alterações no uso da terra e mudanças climáticas causam grandes efeitos na distribuição das espécies com uma acelerada taxa de extinção, principalmente para os anfíbios, que são considerados um dos grupos mais afetados. Para melhores resultados nas tomadas de decisão em conservação, é necessário levar em consideração as alterações causadas pelas mudanças climáticas e o uso da terra. Muitos trabalhos tem recorrido ao uso de modelos de distribuição de espécies (SDM – Species Distribution Models), porém a escassez de dados de ocorrência e erros de identificação tem prejudicado resultados mais robustos. Outras informações, como traços ecológicos, também podem auxiliar em estudos posteriores já que estes determinam a capacidade das espécies de persistirem no ambiente. Informações acerca de anfíbios são muitas vezes escassas em algumas regiões, como ocorre na Bacia do Alto Paraguai (BAP). A BAP cobre a maior parte do Pantanal e outras ecorregiões circundantes e localiza-se no centro da América do Sul entre Brasil, Bolívia e Paraguai. A região apresenta muitas lacunas amostrais e muitas espécies fora de APs em uma visão continental. Assim, o objetivo deste trabalho foi disponibilizar dados verificados e corrigidos de ocorrência de espécies de anfíbios, assim como avaliar a eficiência das APs existentes da região em abriga-las atualmente e sob mudanças climáticas e uso da terra usando estes dados verificados. Também, disponibilizamos traços ecológicos das espécies e indicamos áreas com alta riqueza e valores de conservação para estabelecimento de novas APs. No primeiro capítulo desta tese, compilamos mais de 17 mil registros de ocorrência de espécies e 30 características de traços ecológicos para 113 espécies de anfíbios que ocorrem na BAP. As informações compiladas são disponibilizadas através de dois conjuntos de dados diferentes. O primeiro contém os registros de ocorrência das espécies e informa a sua identificação, coleção científica, localidade, coordenadas geográficas, acurácia, data e coletores. O segundo conjunto de dados abrange atributos de traços ecológicos em nível de espécie para morfometria, dieta, atividade, habitat e estratégia reprodutiva. No segundo capítulo, através do uso de SDMs encontramos que os padrões de riqueza de anfíbios atualmente se estabelecem principalmente nas regiões sudeste da BAP e relacionado a áreas de altitude. Em cenários futuros grandes mudanças ocorrerão tanto em riqueza de espécies quanto em substituição (turnover) dentro de comunidades. As APs mostraram baixa eficiência em abrigar as espécies de anfíbios atualmente com um relevante decréscimo no futuro, porém abrigam áreas importantes para absorver os impactos das mudanças na distribuição das espécies causadas pelas mudanças climáticas e uso da terra. O procedimento de priorização de áreas através do Zonation indicou regiões com altos valores para conservação espalhadas pela BAP, principalmente nos planaltos de entorno. Algumas regiões são importantes para a conservação das espécies, tanto atualmente quanto no futuro, mas não possuem nenhuma proteção, tais como a Serrania de Santiago na Bolívia e a região de Chaco Úmido no Brasil. É de extrema importância a disponibilidade de dados para que estudos ecológicos posteriores sejam realizados, principalmente em áreas negligenciadas como a BAP. Além disso, avaliar a situação da rede de APs e indicar novas áreas com altos valores conservacionistas não são suficientes. Necessita-se também mitigar as emissões de gases poluentes e de exploração humana e também restaurar alguns ambientes já perdidos, principalmente aumentando a conectividade entre APs.
          Are scattered trees crow's nests in a crop ocean? A dispersal experiment using release platforms
          Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
          Tipo Trabalho de Conclusão de Curso
          Data 31/01/2020
          Área ECOLOGIA APLICADA
          Orientador(es)
          • Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos
          Coorientador(es)
            Orientando(s)
            • Vitor Quadros Altomare Sanches
            Banca
            • Manoel Comes Muanis
            • Marcus Vinicius Vieira
            • Mauricio de Almeida Gomes
            • NILTON CARLOS ROSA JÚNIOR
            Resumo A fragmentação dos ecossistemas naturais e a perda de habitat para atividades humanas faz com que
            populações naturais restrinjam-se a ilhas de remanescentes de ecossistemas naturais em um oceano
            de variados tipos de matriz. A persistência nessas ilhas das espécies silvestres depende da
            capacidade dos indivíduos de movimentarem-se entre elas formando metapopulações ou
            populações. Para estudarmos movimentos dispersivos, devemos considerar a conectividade
            funcional entre fragmentos que é influenciada por fatores intrínsecos e extrínsecos. Movimentos
            dispersivos podem ser separados em três estágios: (1) emigração, (2) transição e (3) imigração. No
            estágio 2, que geralmente ocorre na matriz, os indivíduos são expostos a vários perigos. Árvores na
            matriz podem, além de muitas outras funções, facilitar a orientação, funcionando como cestos da
            gávea (ponto de observação em navios) em um oceano de monoculturas. Nosso objetivo foi
            identificar o impacto de árvores isoladas na performance de dispersão de indivíduos de Didelphis
            albiventris em diferentes tipos de matriz. A performance de dispersão varia proporcionalmente com
            a capacidade perceptual, habilidade de orientação e sucesso de dispersão e é inversamente
            proporcional à tortuosidade dos trajetos desenvolvidos. D. albiventris é o maior didelfídeo brasileiro,
            onívoro, generalista, escansorial e comum em áreas antropizadas, mas sua presença está relacionada
            a fragmentos de habitats naturais. Realizamos solturas de indivíduos em três tipos de matriz: campo
            colhido, milho e soja, nas distâncias de 30, 50 e 100m do fragmento mais próximo. Nas distâncias e
            matrizes fora da capacidade perceptual dos indivíduos, realizamos solturas sobre plataformas de
            aproximadamente 2m de altura para testar se a altura traria alguma melhora para a performance de
            dispersão dos indivíduos. O fragmento-alvo foi um remanescente de floresta de cerrado com árvores com altura média de 15m. As solturas foram realizadas através de um aparato que minimiza a
            influência da presença dos pesquisadores no comportamento de orientação dos indivíduos. Para
            rastreamento foram utilizados carretéis de linha presos aos indivíduos que, após pelo menos 12h da
            soltura, tiveram os trajetos medidos com o auxílio de bússola e trena. Para cada tipo de soltura,
            considerando tipo de matriz, distância e altura de soltura, foi realizado um teste de Rayleigh. A maior
            distância, em cada tipo de matriz, onde o teste apontou orientação significativa para o fragmento foi
            considerada como capacidade perceptual das espécies naquela matriz. Calculamos a tortuosidade, a
            habilidade de orientação e o sucesso de dispersão para cada distância, matriz e altura de soltura.
            Testamos os efeitos dos tipos de matriz, distância e da altura da soltura na performance de dispersão
            dos indivíduos através do modelo parametrizado por completo. Soltamos e rastreamos 14 indivíduos
            no campo colhido, todos no chão; 30 indivíduos no milho, 22 no chão e 8 em plataformas; 17 na soja,
            12 no chão e 5 em plataformas. O tipo de matriz influenciou significativamente a capacidade
            perceptual que foi de 100m no campo colhido, 50m no milho e menos que 30m na soja. As
            plataformas aumentaram a capacidade perceptual dos indivíduos somente no milho de 50 para
            100m. No campo colhido os indivíduos apresentam a melhor performance de dispersão. As
            plataformas aumentaram significativamente a performance de dispersão somente para indivíduos
            libertados no milho. Árvores isoladas podem exercer um efeito de cesto da gávea em plantações de
            milho, mas não em plantações de soja. Esse efeito deve estar relacionado às pistas visuais e olfativas
            às quais os indivíduos têm acesso ao se orientarem inicialmente em um lugar acima da altura das
            plantas da matriz. Na soja, o efeito de cesto da gávea provavelmente é perdido durante a
            movimentação devido à alta obstrução provocada pelas plantas durante o trajeto na matriz. A soja
            pode ser uma matriz problemática, uma vez que as espécies não ocorrem nela e aparentemente têm
            grandes dificuldades de realizar movimentos entre fragmentos quando ela forma a matriz. Árvores
            isoladas desenvolvem vários papéis importantes na manutenção da biodiversidade em ambientes
            alterados, nós concluímos que, para a fauna, além dos efeitos já conhecidos de abrigar, alimentar e
            hidratar, as árvores podem exercer o papel de cesto da gávea na orientação durante migrações entre
            fragmentos
            Population ecology of freshwater turtles in urban area of Southern Brazil
            Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
            Tipo Tese
            Data 17/12/2019
            Área ECOLOGIA APLICADA
            Orientador(es)
            • Vanda Lucia Ferreira
            Coorientador(es)
              Orientando(s)
              • Sabine Borges da Rocha
              Banca
              • Camila Kurzmann Fagundes
              • Carlos Rouco Zufiaurre
              • Elizângela Silva de Brito
              • Franco Leandro de Souza
              • Luis Arias de Reyna Martínez
              Resumo O processo de urbanização representa uma ameaça significativa aos ecossistemas,
              especialmente para os aquáticos. Mudanças na vegetação ripária e na estrutura do corpo
              d'água, bem como a introdução de espécies exóticas e o contato de animais silvestres e
              seres humanos, são alguns dos impactos enfrentados nas áreas urbanas. Como
              conseqüência das mudanças no ambiente, as espécies selvagens podem ser afetadas.
              Dessa forma, os principais objetivos deste estudo são: i) avaliar os parâmetros
              populacionais de de três espécies de quelônios de água doce urbanas, uma nativa
              (Phrynops geoffroanus) e duas espécies exóticas (Trachemys dorbigni dorbigni,
              Trachemys scripta elegans); ii) analisar sua área de vida, seleção de habitat e distância
              máxima percorrida por cada espécie; iii) identificar quais características urbanas podem
              influenciar seu padrão de movimento. Coletamos quelônios entre Julho de 2016 e
              Agosto de 2018 em um parque urbano no estado do Paraná, Brasil, e usamos o método
              de captura-recaptura e radiotelemetria para monitorar populações durante esse período.
              Tanto as espécies nativas quanto as exóticas apresentaram parâmetros populacionais
              semelhantes, a área de vida variou de acordo com o método de coleta dos dados e
              estimador utilizado (MCP100 e KDE95), e elas selecionam habitats com características
              urbanas (principalmente com a presença humana). Nosso estudo é o primeiro no Brasil a
              analisar a ecologia populacional de espécies nativas e exóticas de quelônios de água
              doce que coexistem. O monitoramento a longo prazo das três espécies deve ser
              considerado pelas autoridades brasileiras para evitar a extinção local das espécies
              nativas e controlar as espécies exóticas. Além disso, as atividades de educação
              ambiental ajudarão a população a se preocupar com os danos que a introdução de novos
              indivíduos (liberando animais de estimação) pode causar aos ecossistemas, mesmo nas
              áreas urbanas.
              Multi-taxa responses to different environmental gradients: a taxonomic, functional and phylogenetic approach
              Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
              Tipo Tese
              Data 13/12/2019
              Área ECOLOGIA APLICADA
              Orientador(es)
              • Fabio de Oliveira Roque
              Coorientador(es)
                Orientando(s)
                • Clarissa de Araujo Martins
                Banca
                • Damien Picard
                • Mauricio de Almeida Gomes
                • Natália Mossmann Koch
                • Tadeu de Siqueira Barros
                Resumo Comunidades biológicas são compostas por espécies que interagem ou potencialmente interagem entre si. Elas são o resultado de eventos relacionados à história e neutralidade, e também podem ser resultado de mecanismos evolutivos e ecológicos. Em relação aos mecanismos ecológicos, as espécies em uma determinada comunidade podem responder às interações ecológicas, como por exemplo, competição, mutualismo, facilitação. E também podem responder ao meio abiótico, por exemplo, gradientes ambientais de clima, solo, cobertura florestal. Nesse sentido, o principal objetivo da minha tese é entender como diferentes gradientes ambientais moldam as comunidades biológicas. Utilizando dois tipos de gradientes ambientais, (i) diversidade latitudinal e (ii) intensificação do uso da terra (particularmente, perda de vegetação nativa na Serra da Bodoquena, MS, Brasil). No primeiro capítulo, investiguei como os padrões filogenéticos nas comunidades de plantas, metazoários e microrganismos diferem entre as regiões tropical e temperada. Discutimos as hipóteses clássicas de padrões latitudinais de diversidade e conectamos com possíveis mecanismos que podem ter gerado esses padrões. No segundo capítulo, usamos métricas taxonômicas, funcionais e filogenéticas para entender como a perda de vegetação nativa afeta vários fatores biológicos. Especificamente, testamos se a resposta à perda de vegetação nativa de insetos aquáticos, odonatas, anuros e mamíferos terrestres é linear ou não. No terceiro capítulo, investigamos se o tamanho do corpo de odonatas, anuros e mamíferos terrestres influencia na resposta à perda de vegetação nativa. Aqui, discutimos mecanismos relacionados à capacidade de dispersão, taxas metabólicas e algumas características intrínsecas de cada um dos grupos taxonômicos.
                Land use scenarios for the Pantanal: Implications for conservation, management and ecosystem functioning
                Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                Tipo Tese
                Data 08/11/2019
                Área ECOLOGIA APLICADA
                Orientador(es)
                • Rafael Dettogni Guariento
                Coorientador(es)
                  Orientando(s)
                  • Angélica Guerra
                  Banca
                  • Aliny Patricia Flauzino Pires
                  • Arnildo Pott
                  • Mauricio de Almeida Gomes
                  Resumo A construção de cenários é uma ferramenta fundamental para entendermos como a natureza responderá a diferentes caminhos do desenvolvimento humano e de políticas públicas. Além disso, entender como será o futuro de ecossistemas importantes como o Pantanal, uma das maiores áreas úmidas do mundo e considerada hotspot de serviços ecossistêmicos, pode contribuir para formulação de políticas públicas que diminuam ou amenizem os impactos da atividade humana. Por isso, nesta tese usamos cenários para avaliar como diferentes leis ambientais podem impactar a perda de vegetação. No Capítulo 1, usamos um modelo espacialmente explícito para identificar fatores de perda de vegetação no planalto e na planície da Bacia do Alto Paraguai (UPRB) e projetar a perda de vegetação até 2050, de acordo com a tendência de uso da terra (2008 a 2016) e considerando as taxas de Reserva Legal previstas na Lei de Proteção à Vegetação Nativa (NVPL), popularmente conhecida como “Novo Código Florestal”. Identificamos que os fatores de perda de vegetação são diferentes entre o planalto e a planície e que mais de 14.000 km² de vegetação nativa espera-se que a UPRB se perca em 2050. Além disso, identificamos um Arco de perda de vegetação no Pantanal. A identificação do arco é de extrema importância para que políticas públicas emergenciais sejam implementadas nesta área, por apresentar rápida conversão. No capítulo 2 usamos o mesmo modelo usado no capítulo 1 para projetar a perda de vegetação na BAP sob diferentes taxas de reserva legal previstas em leis ambientais ou projetos de lei. (i) BAU: Business as usual, que considera as leis existentes: a Lei de Proteção à Vegetação Nativa (NVPL) e o Decreto Estadual de Mato Grosso do Sul (14.273 de 2015); (ii) LRE: extinção da Reserva Legal (LR) devido ao projeto de lei recentemente proposto; (iii) LR50: considera a proposta de 50% da LR para o Pantanal; e (iv) LR80: sugerimos uma proposta de 80% da LR para as planícies do Pantanal e 35% para o planalto do Pantanal. Além disso, avaliamos como cada cenário de perda de vegetação afetaria a erosão do solo, exportação de sedimentos e custos de reposição de nutrientes do solo. O cenário LRE geraria perda de mais de 30.000 km² de vegetação nativa no Pantanal. Os cenários LR80 e LR50 podem impedir a perda de 3% e 2% de vegetação nativa, respectivamente, em comparação com o cenário da BAU. A redução das taxas de RL aumentará a erosão do solo e a produção de sedimentos no Pantanal em até 7% e 10%, respectivamente, onde mais de 90% dos sedimentos transportados para a planície pantaneira vieram do planalto. O cenário LR80 projeta uma redução nos custos de reposição de nutrientes do solo em 10% em comparação com o BAU, enquanto o cenário LR50 diminui em 1,5%. O cenário LRE prevê um aumento de 8% dos custos de reposição de nutrientes do solo quando comparado ao BAU. Nossos resultados mostram a importância da reserva legal no Pantanal para evitar perdas de serviços ecossistêmicos como a qualidade do solo, e também a importância para a agricultura
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                  From large to small-scale: drivers of Geoffroy´s cat diet across South America and ecological features in a human-modified landscape on southern Brazil
                  Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                  Tipo Tese
                  Data 31/07/2019
                  Área ECOLOGIA APLICADA
                  Orientador(es)
                  • Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos
                  Coorientador(es)
                  • Jorge Fernando Saraiva de Menezes
                  Orientando(s)
                  • Marcos Adriano Tortato
                  Banca
                  • Grasiela Edith de Oliveira Porfirio Petry
                  • Jayme Augusto Prevedello
                  • Ronaldo Gonçalves Morato
                  • Tatiane Campos Trigo
                  Resumo Os mamíferos carnívoros desempenham um papel crucial na natureza, exercendo controle ‘top-down’ nas comunidades. Sua influência ecológica é principalmente impulsionada pelas características espaciais e interações intra e interespecíficas. Compreender a relação predador-presa e como carnívoros lidam com as mudanças na paisagem são questões centrais nos estudos desta guilda. Por apresentar ampla distribuição geográfica e por habitar diferentes ambientes, o gato-do-mato Leopardus geoffroyi se tornou um excelente modelo para estudar essas relações. Neste estudo foram abordados dois aspectos da ecologia do gato-do-mato. O primeiro em larga escala, onde investigamos como a composição da dieta muda no gradiente de latitude, altitude e distúrbios humanos. O segundo em pequena escala, com o objetivo de estimar o tamanho da área de vida, seleção de habitat e o padrão de atividade deste pequeno carnívoro em uma paisagem intensamente modificada pelo homem. Nós revisamos 20 estudos de dieta do gato-do-mato em toda a América do Sul e medimos os efeitos dos impulsionadores de mudanças na composição da dieta, especialização e tamanho médio do mamífero presa. Além disso, rastreamos 14 gatos-do-mato utilizando colares GPS para determinar como os felinos usam o espaço em uma área no Bioma Pampa no sul do Brasil. Utilizamos Modelagem de Equações Estruturais para testar as hipóteses de relações de mudanças na dieta em larga escala. E estimamos os tamanhos das áreas de vida por meio das técnicas de mínimo polígono convexo e Kernel, além de determinar a seleção de habitat e o padrão de atividade por meio da análise de seleção de passos. Cavia, Ctenomys e Lepus são as principais presas do gato-do-mato em toda a América do Sul. A latitude, distúrbios humanos e especialmente a altitude tiveram efeitos diretos e indiretos na composição da dieta, especialização e seleção do tamanho de presas. No sul do Brasil, o tamanho das áreas de vida é tão grande quanto as outras regiões da América do Sul. Áreas de vida de machos são maiores do que as áreas de fêmeas e a área de vida aumenta com o aumento do peso de machos. O gato-do-mato seleciona floresta durante todo o dia. Arrozais, áreas úmidas e entorno de casas de fazendas foram selecionados no período noturno e evitados na fase clara do dia. Pastagens foram sempre evitadas. Todos os impulsionadores de mudanças da dieta levaram à substituição de espécies de presas ao longo dos gradientes biogeográficos e antropogênico. Limitações físicas e biológicas da paisagem podem explicar essas mudanças. A especialização da dieta foi correlacionada com o consumo de presas grandes, principalmente Lepus. Nossos dados reforçam as predições de que este pequeno felino é tolerante quando submetido a habitats antropizados. O uso intenso de áreas manejadas apoia esta afirmação. A floresta ripária e áreas úmidas são essenciais para o gato-do-mato nas paisagens modificadas pelo homem no extremo sul do Brasil.
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                  Avaliação espaço-temporal na densidade de focos do mosquito Aedes (Stegomyia) aegypti (Linnaeus, 1762) a partir de índices de sensoriamento remoto.
                  Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                  Tipo Dissertação
                  Data 16/07/2019
                  Área ECOLOGIA DE ECOSSISTEMAS
                  Orientador(es)
                  • Luiz Eduardo Roland Tavares
                  Coorientador(es)
                    Orientando(s)
                    • Rodrigo Cabrera da Silva
                    Banca
                    • Cesar Augusto Marchioro
                    • Fabio de Oliveira Roque
                    • Francisco Valente Neto
                    • Roberto Macedo Gamarra
                    Resumo No território brasileiro as populações de Aedes (Stegomyia) aegypti (Linnaeus, 1762) normalmente estão associadas com o ambiente antrópico, onde ocorrem construções urbanas e hospedeiros humanos. Os corpos de água na paisagem urbana (desde pequenas lagoas até extensas zonas úmidas) proporcionam umidade, e promovem o resfriamento, em microclimas adjacentes. Nesse estudo analisamos, na área urbana do município de Campo Grande (Mato Grosso do Sul), se a variação na densidade de áreas construídas e na quantidade corpos de água expostos influenciam na densidade de focos de A. aegypti. Para testar esse efeito utilizamos modelos lineares generalizados mistos. A densidade de áreas construídas e a quantidade de corpos de água contribuem significativamente para a variação na densidade de focos de A. aegypti entre os bairros. Porém, elas explicam muito pouco essa variação. Já a variação entre bairros, meses e anos explicaram bastante a variação na densidade de focos de A. aegypti. Concluímos, portanto, que o aumento na densidade de áreas construídas, a presença da maior quantidade de corpos de água expostos e a variação espaçotemporal têm influência sobre a dinâmica populacional de A. aegypti.
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                    Padrões e processos ecológicos e evolutivos de Deuterocohnia meziana (Bromeliaceae)
                    Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                    Tipo Tese
                    Data 28/06/2019
                    Área ECOLOGIA APLICADA
                    Orientador(es)
                    • Aline Pedroso Lorenz
                    Coorientador(es)
                    • Gecele Matos Paggi
                    Orientando(s)
                    • Luciana Vicente da Silva
                    Banca
                    • Clarisse Palma da Silva
                    • Fábio Pinheiro
                    • Márcia Goetze
                    • Thadeu Sobral de Souza
                    Resumo Deuterocohnia meziana Kuntze ex Mez é uma espécie de bromélia saxícola que habita
                    afloramentos áridos. Estes afloramentos estão distribuídos de forma fragmentada no Brasil, na
                    Bolívia e no Paraguai. Espécies como D. meziana que apresentam distribuição restrita são
                    consideradas bons modelos para avaliar o efeito do isolamento ecológico na evolução,
                    diversidade e estrutura genética populacional. Sendo assim, o objetivo da tese foi investigar a
                    história evolutiva de Deuterocohnia meziana avaliando aspectos demográficos, genéticos e
                    morfológicos. Nós usamos a modelagem de nicho ecológico para avaliar a distribuição
                    potencial atual de D. meziana e para testar a hipótese de refúgio glacial, além de avaliar os
                    efeitos das mudanças climáticas futuras na distribuição de D. meziana. Nós projetamos o
                    modelo para o UMG (Último Máximo Glacial ~21 m.a.a.), para o Médio Holoceno (~6
                    m.a.a.) e também para 2050 (RCP8.5) e 2070 (RCP8.5). A projeção do modelo para o UMG
                    mostrou que o clima seco e frio foi desfavorável para D. meziana, apresentando menor
                    distribuição potencial e menor adequabilidade ambiental. Dessa forma, D. meziana pode ter
                    permanecido em refúgios glaciais em pequenas regiões com melhores condições para sua
                    sobrevivência. Já durante o Médio-Holoceno, a distribuição potencial de D. meziana
                    aumentou, provavelmente devido à elevação da temperatura e da precipitação. Nas projeções
                    de 2050 e 2070, o clima (seco e quente) deve reduzir as áreas de alta adequabilidade climática
                    (0,8-1,0), porém deve aumentar a disponibilidade de habitat adequado total (<0,8) expandindo
                    a distribuição de D. meziana. Nós também utilizamos dados de microssatélites nucleares e de
                    cloroplasto para avaliar os efeitos da distribuição fragmentada na diversidade e estruturação
                    genética de seis populações de D. meziana. Para investigar os possíveis mecanismos
                    envolvidos na manutenção da diversidade genética de D. meziana, nós avaliamos a proporção
                    de rametes e genetes, o número de migrantes entre as populações e a contribuição relativa do
                    pólen e da semente para o fluxo gênico. Além disso, nós combinamos os dados genéticos com
                    a modelagem de nicho ecológico para descrever o efeito das oscilações climáticas do passado
                    nas rotas de dispersão. De acordo com nossos resultados D. meziana apresentou alta
                    diversidade e moderada estruturação genética entre suas populações. O número de rametes foi
                    alto em relação aos genetes e a dispersão via pólen foi aproximadamente quatro vezes mais
                    eficiente do que pela semente. O número de migrantes entre as populações foi baixo e os
                    maiores valores de estruturação foram encontrados nas comparações entre as populações do
                    Maciço do Urucum e da Serra da Bodoquena. O baixo número de migrantes e a grande
                    abundância local indicam que a reprodução clonal somada a poucos eventos de dispersão podem ser suficientes para manter alta diversidade genética de D. meziana, garantindo a
                    estabilidade local dessas populações. Os mapas das rotas de dispersão entre o Maciço do
                    Urucum e a Serra da Bodoquena, mostraram a uma barreira entre estas regiões. Esta barreira
                    pode ser causada pela distância entre as morrarias e/ou pela baixa adequabilidade ambiental
                    da região que está sujeita aos ciclos de inundação do Pantanal. Por fim, nós descrevemos o
                    polimorfismo na cor das flores de D. meziana e avaliamos o efeito da cor da flor no número
                    de visitas e na preferência dos polinizadores. O polimorfismo na cor das flores de D. meziana
                    ocorre devido à variação na cor das sépalas e dos ramos florais que varia conforme um
                    gradiente que vai de amarelo claro até vermelho escuro. A variação gradativa da cor e o fato
                    da maior parte dos indivíduos da população apresentarem inflorescências laranja podem
                    indicar uma herança quantitativa poligênica das cores das flores. O número de visitas dos
                    polinizadores foi maior nas inflorescências amarelas quando comparadas com as vermelhas.
                    Esse resultado pode estar relacionado à faixa do espectro visível dos polinizadores, que reduz
                    a detectabilidade relativa das inflorescências vermelhas em relação às amarelas. Sendo assim,
                    o contexto ecológico e a história natural de D. meziana subesp. meziana podem ser
                    responsáveis pela manutenção do polimorfismo da cor das flores.
                    Relações de parentesco e concentração de mercúrio total em ariranhas (Pteronura brasiliensis)
                    Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                    Tipo Tese
                    Data 28/06/2019
                    Área ECOLOGIA APLICADA
                    Orientador(es)
                      Coorientador(es)
                      • Haydée Andrade Cunha
                      Orientando(s)
                      • Grazielle Cristina Garcia Soresini
                      Banca
                      • Aline Pedroso Lorenz
                      • Caroline Leuchtenberger
                      • Fernanda Michalski
                      • Marcelo Lopes Rheingantz
                      Resumo Molecular methodologies evaluate the genetic similarity between individuals and can be used to infer kinship relationships. Giant otters (Pteronura brasiliensis) are social carnivores, present cooperative breeding and are territorial. The general objective of this study was to estimate the relatedness in a subpopulation of giant otters from the Southern Pantanal through the amplification of microsatellite loci. I collected tissue (skin) and fur samples from 24 free-ranging giant otters. Microsatellite markers revealed high genetic diversity and on average the sampled otters were third degree relatives. Using relatedness, I reconstructed a partial pedigree and examined the mating system, the possibility of territory inheritance and the reproductive success of each individual. Additionally, I used the fur samples to measure the total mercury concentration, since otters are top predators in the trophic chain and have the potential to accumulate mercury by biomagnification. High values of total mercury concentration were found when compared to values considered normal for other otter species.
                      Estrutura comunitária de metazoários parasitos de Triportheus nematurus (Characiformes: Triportheidae) da Baía da Medalha, Pantanal, Brasil
                      Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                      Tipo Dissertação
                      Data 07/06/2019
                      Área ECOLOGIA
                      Orientador(es)
                      • Luiz Eduardo Roland Tavares
                      Coorientador(es)
                        Orientando(s)
                        • Camyle Arye Maruyama
                        Banca
                        • Fernando Paiva
                        • Gustavo Graciolli
                        • Karla Magalhães Campião
                        • Reinaldo José da Silva
                        • Ricardo Massato Takemoto
                        Resumo A busca de conhecimento sobre a biodiversidade parasitária e a compreensão do seu papel no ecossistema é de grande interesse para a comunidade científica. Atualmente sabe-se que há muitos parasitos a serem descobertos e que a importância do parasitismo não se resume apenas no efeito patogênico em seu hospedeiro, mas também na estruturação das comunidades de animais, estabilização da cadeia alimentar e na seleção natural. No entanto, ainda têm algumas lacunas que precisam ser investigadas. Dessa forma, o presente trabalho visa aumentar o conhecimento sobrea biodiversidade da fauna parasitária e compreender melhor como os parasitos se comportam no ecossistema pantaneiro. O primeiro capítulo é um estudo descritivo da comunidade de metazoários parasitos de Triportheus nematuruscapturados na Baía da Medalha, Pantanal de Mato Grosso do Sul, Brasil. No segundo capítulo verificamos se a composição e estrutura da comunidade parasitáriadeT. nematurus encontrada varia ao longo do tempo.
                        Estrutura comunitária de metazoários parasitos de Triportheus nematurus (Characiformes: Triportheidae) da Baía da Medalha, Pantanal, Brasil.
                        Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                        Tipo Trabalho de Conclusão de Curso
                        Data 07/06/2019
                        Área ECOLOGIA
                        Orientador(es)
                          Coorientador(es)
                          Orientando(s)
                            Banca
                            • Fernando Paiva
                            • Gustavo Graciolli
                            • Karla Magalhães Campião
                            • Reinaldo José da Silva
                            • Ricardo Massato Takemoto
                            Resumo A busca de conhecimento sobre a biodiversidade parasitária e a compreensão do seu
                            papel no ecossistema é de grande interesse para a comunidade científica. Atualmente
                            sabe-se que há muitos parasitos a serem descobertos e que a importância do parasitismo
                            não se resume apenas no efeito patogênico em seu hospedeiro, mas também na
                            estruturação das comunidades de animais, estabilização da cadeia alimentar e na seleção
                            natural. No entanto, ainda têm algumas lacunas que precisam ser investigadas. Dessa
                            forma, o presente trabalho visa aumentar o conhecimento sobrea biodiversidade da
                            fauna parasitária e compreender melhor como os parasitos se comportam no
                            ecossistema pantaneiro. O primeiro capítulo é um estudo descritivo da comunidade de
                            metazoários parasitos de Triportheus nematuruscapturados na Baía da Medalha,
                            Pantanal de Mato Grosso do Sul, Brasil. No segundo capítulo verificamos se a
                            composição e estrutura da comunidade parasitáriadeT. nematurus encontrada varia ao
                            longo do tempo.
                            Terrestrial herbivorous mammals in a mosaic of Cerrado, Atlantic Forest and land-use changes
                            Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                            Tipo Tese
                            Data 05/06/2019
                            Área ECOLOGIA
                            Orientador(es)
                              Coorientador(es)
                              Orientando(s)
                                Banca
                                  Resumo Os hotspots de biodiversidade do Cerrado e da Mata Atlântica têm experimentado mudanças rápidas no uso da terra nas últimas cinco décadas, resultando em fragmentação de habitat, invasão de espécies exóticas e perda de biodiversidade. Os mamíferos herbívoros são uma comunidade chave para investigar os impactos das mudanças no uso da terra na biodiversidade, porque são diretamente influenciados pela estrutura da paisagem. Em uma primeira etapa, revisamos artigos publicados entre 2002 e 2018 sobre mamíferos terrestres em contextos de mudança no uso da terra no Cerrado brasileiro. Descobrimos que as respostas negativas dos mamíferos às mudanças no uso da terra foram associadas principalmente à agricultura, pecuária, estradas e áreas urbanas. Além disso, identificamos grandes lacunas de conhecimento, por exemplo, na cobertura de áreas ou espécies de pesquisa. Em segundo lugar, coletamos dados sobre a comunidade de mamíferos herbívoros através de gradientes de mudanças no uso da terra no planalto de Bodoquena, no Brasil, entre fevereiro de 2016 e dezembro de 2017. Analisamos como e em qual escala três métricas da paisagem (porcentagem de cobertura florestal, densidade de manchas e densidade de arestas) afetam a ocorrência de quatro espécies herbívoras (Dasyprocta azarae, Pecari tajacu, Mazama gouazoubira e Tapirus terrestris). Encontramos diferenças nas escalas em que as espécies responderam a diferentes métricas da paisagem. Finalmente, modelamos a ocupação de 23 mamíferos herbívoros na paisagem do planalto de Bodoquena. O padrão de ocupação em função da porcentagem de cobertura florestal mostrou respostas idiossincráticas por espécie às mudanças no uso da terra. Portanto, recomendamos estratégias diferentes e complementares, incluindo restauração de habitat para conservação e manejo de mamíferos herbívoros no platô de Bodoquena.
                                  Terrestrial herbivorous mammals in a mosaic of Cerrado, Atlantic Forest and land-use changes
                                  Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                                  Tipo Tese
                                  Data 05/06/2019
                                  Área ECOLOGIA
                                  Orientador(es)
                                  • Fabio de Oliveira Roque
                                  Coorientador(es)
                                    Orientando(s)
                                    • Cyntia Cavalcante Santos
                                    Banca
                                    • Alexine Keuroghlian
                                    • Christophe Baltzinger
                                    • Erich Arnold Fischer
                                    • Fabio de Oliveira Roque
                                    • Maria Luisa da Silva Pinto Jorge
                                    • Walfrido Moraes Tomás
                                    Resumo Os hotspots de biodiversidade do Cerrado e da Mata Atlântica têm experimentado mudanças rápidas no uso da terra nas últimas cinco décadas, resultando em fragmentação de habitat, invasão de espécies exóticas e perda de biodiversidade. Os mamíferos herbívoros são uma comunidade chave para investigar os impactos das mudanças no uso da terra na biodiversidade, porque são diretamente influenciados pela estrutura da paisagem. Em uma primeira etapa, revisamos artigos publicados entre 2002 e 2018 sobre mamíferos terrestres em contextos de mudança no uso da terra no Cerrado brasileiro. Descobrimos que as respostas negativas dos mamíferos às mudanças no uso da terra foram associadas principalmente à agricultura, pecuária, estradas e áreas urbanas. Além disso, identificamos grandes lacunas de conhecimento, por exemplo, na cobertura de áreas ou espécies de pesquisa. Em segundo lugar, coletamos dados sobre a comunidade de mamíferos herbívoros através de gradientes de mudanças no uso da terra no planalto de Bodoquena, no Brasil, entre fevereiro de 2016 e dezembro de 2017. Analisamos como e em qual escala três métricas da paisagem (porcentagem de cobertura florestal, densidade de manchas e densidade de arestas) afetam a ocorrência de quatro espécies herbívoras (Dasyprocta azarae, Pecari tajacu, Mazama gouazoubira e Tapirus terrestris). Encontramos diferenças nas escalas em que as espécies responderam a diferentes métricas da paisagem. Finalmente, modelamos a ocupação de 23 mamíferos herbívoros na paisagem do planalto de Bodoquena. O padrão de ocupação em função da porcentagem de cobertura florestal mostrou respostas idiossincráticas por espécie às mudanças no uso da terra. Portanto, recomendamos estratégias diferentes e complementares, incluindo restauração de habitat para conservação e manejo de mamíferos herbívoros no platô de Bodoquena.
                                    Diversificação de linhagens e demografia histórica de Scinax curicica Pugliese, Pombal & Sazima, 2004 em ilhas de altitude na Serra do Espinhaço
                                    Curso Mestrado em Ecologia e Conservação
                                    Tipo Dissertação
                                    Data 29/05/2019
                                    Área ECOLOGIA
                                    Orientador(es)
                                    • Diego Jose Santana Silva
                                    Coorientador(es)
                                    • Ricardo Koroiva
                                    Orientando(s)
                                    • Eric Ragalzi da Silva
                                    Banca
                                    • Aline Pedroso Lorenz
                                    • Davor Vrcibradic
                                    • Felipe Camurugi Almeida Guimarães
                                    • Paulo Nogueira da Costa
                                    • Rafael Felix de Magalhães
                                    Resumo "Sky Islands", são habitats de altitude, acima de 1200 m, que estão situados em isolamento dentro de uma área de terras baixas, onde o ambiente contrasta grandemente com o ambiente das terras altas da montanha. Tais contrastes podem levar a uma distinção biogeográfica significativa na biodiversidade montanhosa de ilhas. No presente trabalho, analisamos a linhagem, diversificação, demografia histórica e como os efeitos históricos podem ter afetado a distribuição atual de Scinax curicica Pugliese, Pombal e Sazima, 2004. Esta é uma espécie de anuro endêmica da Serra do Espinhaço, a maior cadeia de montanhas do Brasil (que se estende pelos estados de Minas Gerais e Bahia) encontrada em pastagens acima de 1000 metros de altitude. Em testes genéticos, amplificamos 31 sequências do gene mitocondrial 16S rRNA (16s) e 37 seqüências do gene nuclear da rodopsina (Rhod) de Scinax curicica. Três populações foram encontradas: uma na porção sul do Espinhaço, uma na porção central e uma ao norte do Espinhaço. A população norte apresentou uma divergência genética de 3 a 4% do 16S em relação às de Minas Gerais. As redes de haplótipos feitas com 16S mostraram 14 haplótipos e um alto nível de diversidade haplotípica (0,916), o que não aconteceu com Rhod, em que as sequencias apresentaram apenas dois haplótipos com baixa diversidade haplotípica (0,424). Para a análise da escala de tempo de desenvolvimento, foi realizado o teste Tajima D, resultando em um índice negativo, indicando expansão recente. Assim, acreditamos que Scinax curicica pode ser um complexo de "espécies crípticas" - morfologicamente semelhantes - em vez de um único táxon. O isolamento da Serra do Espinhaço e as alterações climáticas ocorridas no período do Pleistoceno, parecem ter exercido uma influência significativa sobre a estrutura genética da população dessa espécie.
                                    High-performance bioindicators for stream condition monitoring in tropical biodiversity hotspots
                                    Curso Doutorado em Ecologia e Conservação
                                    Tipo Tese
                                    Data 28/05/2019
                                    Área ECOLOGIA APLICADA
                                    Orientador(es)
                                      Coorientador(es)
                                      Orientando(s)
                                        Banca
                                          Resumo Em minha tese, avaliei a resposta de insetos aquáticos e peixes frente à perda de vegetação nativa em riachos tropicais, focando em três dimensões subexploradas, limiar ecológico, escala e custo monetário, relacionadas ao processo de seleção de indicadores em iniciativas de monitoramento de sistemas de água doce. Realizei também em um dos córregos um estudo específico na procura de resultados mais refinados a nível local para testar se diferentes densidades de carbono da madeira submergida influenciam os grupos funcionais de alimentação e a riqueza de espécies de insetos aquáticos. Usei dois modelos, a região cárstica do Planalto da Bodoquena, Centro-Oeste do Brasil e a Paisagem Natural Protegida Gran Piedra, Santiago de Cuba, Cuba, ambas as áreas localizadas dentro de dois hotspots de biodiversidade mundial. Identifiquei 25 espécies com potencial de indicação, 14 de insetos aquáticos e 11 de peixes. Entre elas, 13 espécies de insetos e peixes apresentam limiares claros frente à perda de vegetação nativa nos sistemas aquáticos deste modelo de estudo. Dentre os insetos aquáticos, os taxa que mostraram maior sensibilidade apresentaram limiares entre 10 e 25% de perda de vegetação nativa. Obtive resultados similares em termos do número de espécies em declínio de insetos aquáticos e peixes com respostas na escala de 100 metros, mas os insetos aquáticos mostraram uma maior sensibilidade do que peixes a mudanças na vegetação ripária em escala local. Mostrei, que o uso de indicadores é escala-dependente e que incluir a dimensão monetária é importante na seleção de indicadores de condições ecológicas e pode reduzir os custos na conservação e biomonitoramento. No segundo modelo, previ que madeiras mais duras abrigassem riqueza de espécies de insetos aquáticos e grupos funcionais diferentes das madeiras menos duras, e que grupos de coletores e filtradores fossem mais abundantes na madeira macia. Encontrei que Diptera e Ephemeroptera foram os grupos mais abundantes, e que as taxas de decomposição são diferentes entre as espécies de plantas. Mostrei evidências que a riqueza e a organização funcional de insetos aquáticos têm relação com às taxas de decomposição e a quantidade de lignina da madeira proveniente da vegetação ripária. Os resultados sugerem que os programas de biomonitoramento em sistemas aquáticos tropicais devem considerar o trade-offs custo-benefício na obtenção de informação, priorizando à viabilidade operacional e financeira e os grupos com maior sensibilidade, e que a seleção dos indicadores dependerá da escala de avalição. Outra mensagem em minha tese é que existe a possibilidade que a perda de árvores de alta densidade de carbono em florestas tropicais afete a biodiversidade aquática local com implicações na conservação e biomonitoramento.
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